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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS ETAPA 3 PRÁTICAS ARTÍSTICAS NO CURSO DE ARTES VISUAIS DA UNIASSELVI CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br Curso de Práticas de Artes Visuais Centro Universitário Leonardo da Vinci Organização Vania Konell Ana Lucia Caetano Bergamo Brigitte Grossmann Cairus Camila Klug Oliveira Cristiane Kreisch Clara Aniele Schley Débora Costa Pires Elisiane Souza Saiber Lopes Franciele Alves Iglicoski Mary Lucia Himbes Tatiane Jeruza Odorizzi Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Diagramação e Capa Renan Willian Pacheco Revisão José Roberto Rodrigues 2 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS 1 INTRODUÇÃO A prática artística proporciona exercícios que relacionam aspectos da história da arte, da compreensão estética e da leitura de imagem. O acadêmico, que será um futuro docente, se preparará para mediar a teoria e a prática com seus alunos. Em outras palavras, a prática contribui para a aprendizagem de vários conceitos estudados nas disciplinas durante o semestre, garantindo a apropriação de novos saberes a partir das experiências que agregam o fazer artístico. Por sua natureza interdisciplinar, compreende a articulação entre teoria, prática e pesquisa bibliográfica, possibilitando ao futuro docente uma compreensão holística das Artes Visuais. 2 UM TRILHAR PELAS PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE SEMINÁRIO DA PRÁTICA III , IV, V, VI E VII 2.1 SEMINÁRIO DA PRÁTICA III No 3º módulo do curso, especificamente na disciplina de Seminário da Prática III, serão contemplados conceitos da história da arte conforme as disciplinas estudadas abaixo: • História da arte: Pré-história à Idade média. • História da arte: Moderna e Contemporânea. • Arte Brasileira. • Didática e metodologia do ensino de artes. No 3º módulo teremos dois exercícios práticos, o primeiro faz alusão ao gênero paisagem, com um exercício de pintura e intervenções de materiais, a ser realizado na disciplina História da arte: Moderna e Contemporânea. O segundo exercício irá abordar a pintura da figura humana em que o exercício irá contemplar a monocromia e a policromia, a ser realizado na disciplina de Arte brasileira. OBJETIVOS: • Conhecer a história da arte e os estilos artísticos a partir da leitura de imagem. • Promover o conhecimento das diferentes técnicas de pintura através da prática artística. • Criar ressignificações explorando a criatividade e imaginação por intermédio do estilo escolhido para realização da prática. 3 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA Na história da arte, a pintura pode ser considerada uma das expressões mais antigas da humanidade, visto que envolvia diversos temas do cotidiano, era realizada com diferentes tipos de materiais e técnicas. Por meio do uso de cores, formas, linhas, texturas, os artistas representam suas concepções e, desta maneira, podemos conhecer as pinturas através das diversas técnicas utilizadas e classificá-las em diferentes gêneros. A pintura acompanha a trajetória e o desenvolvimento do ser humano por toda sua história. Em alguns períodos históricos, a concepção da pintura passou por mudanças, dependendo de cada movimento artístico, pois este agrega influências do artista, do seu estilo artístico, bem como do meio social. EXERCÍCIO PRÁTICO 1: Neste momento serão apresentadas as atividades realizadas pelo acadêmico no exercício 1, seguindo passo a passo: PASSO 1: As imagens abaixo fazem alusão ao gênero: paisagem. Foi representado por meio de diversas técnicas de pintura, que estão inseridas em vários movimentos artísticos presentes no contexto histórico da arte. O acadêmico deverá realizar a análise das imagens: FIGURA 1 – A Noite Estrelada (1889). Artista: Vincent van Gogh. FIGURA 2 – O Porto (1953). Artista: Tarsila do Amaral. FIGURA 3 – Brodósqui (1942). Artista: Cândido Portinari. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2017. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2017. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2017. Após a análise das imagens, cabe a seleção de fragmentos das três obras para criar uma nova composição, ou seja, outra paisagem. Escolhendo fragmentos de cada imagem para compor uma nova criação. 4 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS PASSO 2: Pode-se agregar outros materiais, como: revistas, jornais, papéis coloridos, lápis de cor, giz de cera, cola e tesoura. Para enriquecer o trabalho ainda é possível procurar, em revistas e jornais, imagens semelhantes aos fragmentos encontrados nas obras de arte, como também, criar esses fragmentos utilizando papéis coloridos para compor a criação. Além desses materiais, é viável utilizar lápis de cor ou giz de cera para complementar algum detalhe da atividade artística. PASSO 3: Ao finalizar a produção artística, sugere-se escrever em uma das laterais do trabalho realizado o nome e o ano da realização. Se preferir, pode ser a assinatura. EXERCÍCIO PRÁTICO 2: Para o desenvolvimento dessa atividade, cabe uma ressignificação, escolhendo uma das imagens que constam no quadro. Seguem-se os passos para a realização da prática artística. PASSO 1: O acadêmico irá iniciar com a análise das duas imagens, verificando a técnica de pintura utilizada pelo artista, que concerne à monocromia e à policromia. FIGURA 5 – ARTISTA: Ismael Nery – Nós, 1926. Óleo/cartão. FIGURA 6 – ARTISTA: Pablo Picasso – Duas Meninas Lendo, 1934. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2017. F O N T E : D i s p o n í v e l e m : . Acesso em: 09 ago. 2017. Nessa obra podemos observar a utilização da técnica monocromia, que consiste nas variações de uma cor em diferentes tonalidades, ou seja, adicionar em uma cor gradativamente o branco para clarear e o preto para escurecer. Observando a obra, podemos perceber a utilização de diversas cores na pintura para esta técnica que chamamos de policromia. Observando a atividade anterior, podemos notar a diferença entre ambas as técnicas. 5 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS PASSO 2: O acadêmico deverá escolher uma das figuras: figura 1 ou figura 2. PASSO 3: Após a escolha da imagem, cabe a produção artística em uma folha A4. Poderá utilizar toda a folha para criar o desenho, sem necessariamente fazer uma margem. PASSO 4: Para a realização da atividade, faz-se necessário efetuar um esboço antes da produção artística. Lembrando-se de escolher as cores que vão ser utilizadas, caso a escolha for a policromia. Porém, se a escolha for a monocromia, deverá optar por uma cor, somente, e adicionar o preto e o branco. Os materiais para a pintura podem ser tinta guache, lápis de cor ou giz de cera. Porém, para realizar a técnica da monocromina é melhor utilizar tinta, devido à mistura que deve ser feita durante a atividade. Caso o acadêmico escolher a técnica da policromia, poderão ser utilizados lápis de cor ou giz de cera. PASSO 5: Ao finalizar a produção artística, sugere-se escrever em uma das laterais do trabalho realizado o nome e o ano da realização. Se preferir, pode ser a assinatura. 2.2 SEMINÁRIO DA PRÁTICA IV No 4º módulo do curso, especificamente na disciplina de Seminário da PráticaIV, serão contemplados conceitos bidimensionais, conforme as disciplinas elencadas abaixo: • Desenho artístico e de aprendizagem. • Desenho da figura humana. • Técnicas de pintura. • Gêneros de pintura. No 4º módulo teremos dois exercícios práticos. O primeiro exercício irá contemplar duas etapas: a primeira concerne ao exercício de desenho referente à escala tonal, enquanto a segunda refere-se ao desenho de corpo da figura humana, que será realizado na disciplina de Desenho da figura humana. O segundo exercício será de desenho de observação, realizado na disciplina de Técnicas de Pintura. OBJETIVOS • Conhecer os materiais de desenho utilizados na técnica do grafite. • Fazer desenhos de observação usando os materiais específicos da técnica. • Aprender a técnica do desenho da figura humana compreendendo as características físicas do corpo humano. • Perceber as articulações e pontos de movimento do corpo humano, entendendo assim as medidas e as proporções necessárias para desenhar o corpo humano. 6 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA Muitos objetos, construções, máquinas e expressões artísticas foram produzidos por meio do desenho, além disso, diversas técnicas foram criadas para a sua elaboração com o objetivo de atender a diversas finalidades. Figuras e objetos constituem-se de formas e podem ser facilmente representados por meio do grafismo, bem como pela pintura. Para desenvolver a habilidade do desenho e da pintura, é necessário usar materiais adequados e ter conhecimento das diversas técnicas. É possível criar imagens explorando essas práticas, que estimulam a criatividade, a percepção visual e as habilidades técnicas. EXERCÍCIO PRÁTICO 1 (PRIMEIRA ETAPA): Neste momento serão apresentadas as atividades realizadas pelo acadêmico no exercício 1, seguindo passo a passo: PASSO 1: Cabe a observação da escala tonal a seguir, que está dividida em nove partes. Ela inicia com o branco e intensifica-se até chegar ao preto. Usando o lápis grafite é possível fazer a escala, alcançando tonalidades tanto claras quanto escuras, conforme a força usada na mão. FIGURA 7 – MODELO DE ESCALA TONAL FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. PASSO 2: Desenhar um retângulo na folha A4 do tamanho que desejar. Não será necessário fazer divisões na escala, como apresenta o modelo a seguir. PASSO 3: Utilizando o lápis grafite macio, poderá ser desenvolvida no retângulo uma escala tonal. Deste modo, deverá intensificar a cor ou clarear sem deixar que a transição entre um tom e outro seja aparente. EXERCÍCIO PRÁTICO 1 (SEGUNDA ETAPA): Agora será apresentada a segunda parte do exercício 1. Foi disponibilizada uma atividade direcionada para o desenho da figura humana. Estas práticas são consideradas fáceis de realizar, por isso deve-se seguir corretamente o passo a passo. 7 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS PASSO 1: Primeiramente cabe a observação dos desenhos do corpo humano retratados no quadro a seguir. O desenho 1 inicia com o esboço em forma de palito, que é um procedimento primário. A partir da forma palito pode-se dar volume, conforme as ilustrações 2 e 3. Utilizando o lápis grafite macio de qualquer preferência, serão reproduzidas nos retângulos abaixo as atividades apresentadas, conforme o passo a passo explicado anteriormente para desenhar uma figura do corpo humano. Observe o desenho do quadro: 1 2 3 QUADRO 1 – CORPO HUMANO FONTE: Equipe pedagógica NEAD PASSO 2: O desenho no quadro a seguir mostra o corpo humano em movimento. Novamente, cabe a realização das atividades nos retângulos que seguem, conforme orientações apresentadas nas imagens dos quadros 1 e 2 que estão ilustrando a imagem em movimento. 8 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS 1 2 QUADRO 2 – CORPO HUMANO EM MOVIMENTO FONTE: Equipe pedagógica NEAD PASSO 3: A imagem a seguir é uma escultura grega de um atleta, intitulada “Discóbolo”. Esta obra mostra a imagem do corpo humano também em movimento. Neste exercício será feito o inverso dos exercícios anteriores, ou seja, se transformará o corpo humano em palito. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. QUADRO 3 – ESTÁTUA DO CORPO HUMANO EM MOVIMENTO O exercício anterior permitiu perceber que toda a forma do corpo humano passa por uma visualização simplificada, por meio dos traços e linhas. EXERCÍCIO PRÁTICO 2: Através do efeito de luz e sombra conseguimos dar profundidade e volume nos desenhos, como também na pintura. No entanto, observando o desenho a seguir 9 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS e utilizando o lápis grafite, o apontador, a borracha, a régua e o esfuminho, será reproduzido esse desenho na folha de papel A4 (sulfite ou canson). Desta maneira, acompanhe o passo a passo. PASSO 1: Primeiramente, cabe a escolha de uma das figuras (figura 7 ou figura 8) para desenhar: FIGURA 7 – FOTOGRAFIA DE UMA MAÇÃ FIGURA 8 – FOTOGRAFIA DE UM VASO FONTE: Equipe pedagógica NEAD FONTE: Equipe pedagógica NEAD PASSO 2: Após a escolha do desenho, será feita uma margem de 1,2 cm na folha de papel A4 com o lápis grafite. PASSO 3: Após a realização da margem, poderá ser reproduzido o desenho escolhido no tamanho proporcional ao da folha A4. Lembrando-se de observar no desenho a forma, o volume, a luz e a sombra, como também aspectos sobre a perspectiva, a simetria e o enquadramento. Todo o desenho, inclusive a pintura, deverá ser feito utilizando apenas o lápis grafite. Havendo interesse, poderá desenhar as duas figuras do exercício prático, pois esses exercícios são a base para que haja continuidade na experiência com o desenho. PASSO 4: Ao finalizar a produção artística, sugere-se escrever em uma das laterais do trabalho realizado o nome e o ano da realização. Se preferir, pode ser a assinatura. 2.3 SEMINÁRIO DA PRÁTICA V No 5º módulo do curso, especificamente na disciplina de Seminário da Prática V, serão contemplados conceitos tridimensionais, conforme as disciplinas elencadas abaixo: • Técnica e gêneros de escultura. • Modelagem. • Cerâmica. • Gravura. 10 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS No 5º módulo teremos dois exercícios práticos, o primeiro é escultura feita de papel a ser realizado na disciplina de Modelagem. O segundo é uma escultura produzida com diversos materiais, baseada na ressignificação da escolha de uma das três imagens escultóricas propostas, a ser feita na disciplina de Cerâmica. OBJETIVOS • Compreender o processo da tridimensionalidade. • Conhecer e manipular materiais diversos para a criação artística. • Conhecer artistas e obras que pesquisam determinada linguagem. • Desenvolver uma produção artística com base na ressignificação de uma das obras abordadas. • Estimular o processo criativo, a autonomia e a percepção estética. . CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA A tridimensionalidade na linguagem artística é própria da escultura, cerâmica, instalação e objeto e prenuncia a ocupação de espaço por uma forma estruturada (MOREIRA, 2012, p. 28). Ao falarmos da tridimensionalidade, temos que, primeiramente, pensar no homem, que interage com o meio natural com o qual se relaciona e extrai dele elementos para criação de utensílios de uso humano. Entende-se que essa relação homem-natureza ocorre em um ambiente tridimensional, em que o homem-artista passa a respeitar o material que lhe é proporcionado do habitat natural para criação de objetos utilitários e artísticos. EXERCÍCIO PRÁTICO 1: Neste momento serão apresentadas as atividades realizadas pelo acadêmico no exercício 1, seguindo passo a passo: PASSO 1: Observando as duas imagens (figura 9 e figura10), será desenvolvida a leitura/ ressignificação das obras. Ao observar as obras, é necessário realizar uma reflexão e interpretação sobre a imagem que está sendo apreciada. Em seguida, deve-se observar os elementos visuais que estas imagens contêm, como: cor, forma, volume, proporção etc. 11 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS Lygia Clark FIGURA 9 – “BICHO EM SI" - 1962 FIGURA 10 – ANIMAL (BICHO) - 1969 FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. A artista cria a série bichos, a qual as esculturas feitas em alumínio permitem a mobilidade do material para criar inúmeras formas, assim, construindo suas obras artísticas. PASSO 2: Após a análise das imagens, deve-se iniciar o exercício da tridimensionalidade. Para a realização será necessário escolher primeiramente o material para a execução, como: papel cartão, canson, papelão ou usar mais de um material e determinar também a cor do papel que será utilizado nessa atividade. PASSO 3: Com a escolha do material, o acadêmico irá criar diversas formas geométricas em tamanhos e cores diversas e recortar. Em seguida, fazer uma composição com essas formas, proporcionando equilíbrio na produção, para então poder colar as partes com cola ou grampeá-las. Lembre-se de que este exercício deverá ter um resultado tridimensional, ou seja, poderá ser colado em uma base leve para que se possa apreciar de vários ângulos. EXERCÍCIO PRÁTICO 2: Neste momento serão apresentadas as atividades realizadas pelo acadêmico no exercício 2, seguindo passo a passo: PASSO 1: Inicialmente será necessário escolher uma das imagens a seguir para fazer a ressignificação: 12 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS FIGURA 11 – ELKE HERING ESCULTURA EM CRISTAL FIGURA 12 – MARIA MARTINS FIGURA – S/D – ESCULTURA EM BRONZE FIGURA 13 – JULIO GONZALEZ MEDIA MÁSCARA CON DIENTES – 1935 -1936 FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. PASSO 2: Após a escolha da imagem da obra, o acadêmico irá desenvolver a ressignificação (uma leitura reflexiva sobre a imagem escolhida, como: a que ela remete, percepções, conexão com outras imagens, histórias, fatos etc.). Em seguida, será o momento de colocar as ideias no papel, fazendo um esboço da escultura que irá produzir, além de pensar nos materiais que farão parte na sua construção. Tendo a definição do projeto da escultura, cabe concretizá-la, se apropriando de diversos materiais. O acadêmico deverá colar em uma base sua produção, para que possa ser vista por vários ângulos. 2.4 SEMINÁRIO DA PRÁTICA VI No 6º módulo do curso, especificamente na disciplina de Seminário da Prática VI, serão contemplados conceitos sobre a cultura e a estética, conforme as disciplinas elencadas abaixo: • Cultura Popular Brasileira. • Leitura de imagem. • Estética. 13 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS Nesse módulo teremos dois exercícios práticos. O primeiro irá contemplar conteúdos da disciplina Cultura Popular, com um exercício de modelagem de argila, e será realizado na disciplina de Leitura de Imagem. O segundo irá contemplar conteúdos da Leitura de Imagem, com um exercício de interpretação de imagem e desenho em carvão de uma natureza morta, e será realizado na disciplina de Estética. OBJETIVOS • Promover o conhecimento da técnica da cerâmica por meio da prática artística. • Estimular o processo criativo tridimensional e produzir um trabalho tridimensional. • Distinguir e compreender as diferenças entre arte e artesanato. • Conhecer a arte popular e alguns artesãos brasileiros. • Produzir um trabalho tridimensional. • Realizar leitura de imagem com base em um gênero de pintura. • Elaborar um desenho com carvão com base nas imagens observadas. CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA A cultura popular contribui para a riqueza cultural brasileira e a cerâmica é uma das linguagens muito exploradas da nossa cultura. A natureza morta é um gênero de pintura que tomou força desde o Renascimento e que ainda é bastante trabalhado na contemporaneidade. As atividades aqui propostas têm como base o trabalho feito por ceramistas, e a leitura de imagem e desenho, de observação, de pintura e desenho de natureza morta. O objetivo dessa atividade é fazer com que o acadêmico consiga associar os conhecimentos teóricos e práticos, ampliando as possibilidades de trabalho com argila e com desenho em carvão, em suas concepções educativas e artísticas. EXERCÍCIO PRÁTICO 1: O primeiro exercício envolve a criação de um objeto cerâmico construído a partir da observação de três exemplos de peças de cerâmica do artesanato brasileiro. Deve-se seguir passo a passo: PASSO 1: O acadêmico deve observar atentamente as imagens: os detalhes, a composição, as formas, as cores: 14 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS FIGURA 14 – MESTRE VITALINO FIGURA 15 – MESTRE VITALINO FIGURA 16 – BONECAS E NOIVAS DO VALE DO JEQUITINHONHA FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. PASSO 2: A partir da observação realizada, deve-se escolher uma das imagens. A escolhida será a inspiração para produzir um objeto em argila, mas lembre-se de que seu trabalho deve ser original e não uma cópia do modelo. PASSO 3: É necessário preparar a mesa, protegendo-a com a folha de EVA. Após a mesa arrumada, pode-se colocar a argila para trabalhar. Também é importante deixar próximo um pote com água, a esponja, os palitos, garfos, colheres e outros materiais pontiagudos que poderão ser utilizados na ausência da esteca. PASSO 4: Iniciar cortando a argila (poderá ser cortada com fio de náilon). Deve-se bater a argila sobre uma superfície resistente, com a finalidade de retirar bolhas de ar que podem danificar o trabalho. Explorar a argila, mexer, perceber a temperatura, as texturas do material. Feito isso, o acadêmico pode começar a dar forma à figura que ele deseja criar. Este é o momento de modelar a peça. PASSO 5: É preciso ser feito os detalhes necessários na peça, para isso poderão ser utilizados palitos, garfos ou colheres (se tiver as estecas, esse é o momento de utilizá-las) para retirar o excesso de argila a fim de dar forma aos detalhes que se deseja produzir. Quando a peça estiver modelada, passa-se uma esponja umedecida com água para dar o acabamento. Caso o acadêmico queira colorir o trabalho, precisa esperar a argila secar. PASSO 6: Quando o trabalho estiver pronto, coloque-o em cima de um jornal para secar. A secagem demora muitas horas. PASSO 7: Ao finalizar a peça, poderá ser escrito o nome com o auxílio de um palito. 15 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS EXERCÍCIO PRÁTICO 2: Neste momento serão apresentadas as atividades realizadas pelo acadêmico no exercício 2, seguindo passo a passo: PASSO 1: Observar atentamente as figuras abaixo e realizar a leitura de imagem, observando como os artistas transformaram o espaçopictórico. A análise poderá ser realizada em grupo: Como é a organização desse espaço em cada obra? Quais elementos você observa nas obras de arte? Os elementos apresentam texturas, luz, sombra e cor? Existe repetição dos elementos dispostos, eles são decorativos? As cores são vibrantes, neutras, quentes ou frias? FIGURA 17 – ARTISTA: PAUL CÉZANNE. OBRA: AINDA VIDA COM MAÇÃS DO ANO 1890 – 1894. FIGURA 18 – ARTISTA: PAULO TELES GRILO. OBRA: CARVÃO SOBRE PAPEL- PAULO TELES GRILO – 2005. TÉCNICA: CARVÃO. DESCRIÇÃO: Paul Cézanne é um artista que resgatou o gênero de pintura: natureza-morta, que foi abandonado por volta do século XIX. Nas suas obras de arte, as maçãs apresentam uma forma simplificada, sendo definidas mais pela cor, pois ele as utiliza para dar forma ao elemento que deseja pintar. Cézanne utiliza a luz na cor, para dar volume ao objeto e, deste modo, as cores são responsáveis pela sensação de avanço e recuo nos elementos. O artista estudava atentamente a disposição dos objetos que iria pintar, porém, apesar deste cuidado, a ordem dos elementos não importava muito. DESCRIÇÃO: Esta obra se trata de um estudo realizado sobre o gênero: natureza-morta utilizando o carvão vegetal como material. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. PASSO 2: Agora, após a análise da obra de arte e do estudo com carvão, vamos iniciar a primeira atividade acerca do gênero natureza-morta. Para realizar esta atividade será necessária a disposição de um cenário, que poderá ser organizado pelo tutor externo, ou o acadêmico poderá criar sua natureza-morta. Serão utilizados diversos materiais para enriquecer a composição, como: frutas, livros, louças, flores, objetos etc. 16 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS PASSO 3: Após ter montado o cenário, o acadêmico irá reproduzir a imagem projetada na folha de papel canson A3 ou A4 em forma de desenho usando o carvão. É necessário analisar a composição e iniciar o desenho observando os aspectos da natureza-morta que está a sua frente, procurando explorar o contorno, as formas, a luz, a sombra, a textura dos objetos, utilizando apenas o carvão. PASSO 4: Ao final do trabalho, também poderá colorir alguns elementos da composição, destacando o que considera mais importante, utilizando para isto lápis de cor ou giz de cera. É aconselhável que ao final do trabalho realizado com o carvão seja passado um spray fosco próprio para fixar o carvão na folha, ou pode ser substituído por spray de cabelo. O spray deve ser passado com uma certa distância da folha, para evitar que escorra o spray. 2.5 SEMINÁRIO DA PRÁTICA VII No 7º módulo do curso, especificamente na disciplina de Seminário da Prática VII, serão contemplados conceitos sobre as linguagens artísticas e a tecnologia, conforme as disciplinas elencadas a seguir: • Arte e novas tecnologias. • Educação musical. • Artes cênicas. No 7º módulo teremos dois exercícios práticos, o primeiro irá contemplar conteúdos da disciplina Arte e novas tecnologias, com um exercício de gravura (cologravura), a ser realizado na disciplina de Educação musical. O segundo irá contemplar conteúdos da Educação musical, com a confecção de um instrumento musical, a ser realizado na disciplina de Artes cênicas. OBJETIVOS • Identificar a gravura como importante gênero artístico. • Utilizar o processo da cologravura na construção artística. • Compreender o conceito de gravação de uma matriz a partir de materiais de baixo custo. • Perceber o processo de impressão como meio de linguagem artística. • Conhecer alguns instrumentos musicais feitos com sucata. • Confeccionar instrumentos musicais feitos com sucata. 17 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA A gravura é uma manifestação artística muito presente no desenvolvimento histórico da humanidade. Desde as tribos primitivas, o ato de gravar foi amplamente utilizado como meio de comunicação e expressão humanas nos mais diversos períodos da história. A música é uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade. Desde a pré-história, a música faz parte do nosso cotidiano, estando inserida nos mais diversos rituais em diferentes civilizações. As atividades aqui propostas servem como caminho para a prática docente e contemplam uma oficina de criação de gravura com colagem (cologravura) e uma oficina de confecção de instrumentos musicais feitos a partir de materiais de sucata. A cologravura é uma reprodução fotomecânica, resultante do emprego de substâncias coloides, ou seja, é utilização da cola sobre a matriz para agregar materiais que possibilitarão a formação de um desenho ou textura. EXERCÍCIO PRÁTICO 1: Neste momento serão apresentadas as atividades realizadas pelo acadêmico no exercício 1, seguindo passo a passo: PASSO 1: Leia o texto a seguir: No desenvolvimento da gravura no Brasil, acabou ser tornando muito comum a utilização de recursos alternativos, devido à dificuldade de materiais específicos. Uma das técnicas cada vez mais comum a ser empregada no mundo artístico, bem como em ações educativas, é a da cologravura. Sendo esta uma reprodução fotomecânica, resultante do emprego de substâncias coloides, ou seja, é o emprego da cola sobre a matriz para agregar materiais que possibilitarão a formação de um desenho ou textura. PASSO 2: Veja abaixo um exemplo de uma matriz e uma impressão usando a técnica da cologravura, como caminho para a criação do seu trabalho artístico. 18 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS FIGURA 19 – FÁTIMA LOURENÇO, RE - NASCER (MATRIZ). 1990. FIGURA 20 – FÁTIMA LOURENÇO, RE - NASCER. 1990. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. FONTE: Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2016. PASSO 3: No primeiro momento será criada a matriz. Para isto, é necessário posicionar sobre o papel sulfite ou canson os elementos da obra, como papéis, papelões, barbantes etc. Depois de fazer a composição da obra, deve-se colar os objetos sobre o papel. Os elementos da colagem podem explorar diversas características da gravura, como as linhas e as texturas. PASSO 4: No segundo momento será realizada a preparação da tinta. Na bandeja, despeje uma pequena quantidade de tinta na cor que queira fazer a impressão. Com o rolinho de pintura, espalhe a tinta pela bandeja de maneira que esta esteja uniforme na bandeja e em volta de todo o rolo, sem excessos. PASSO 5: No terceiro momento temos a impressão. Forrar a mesa com jornal e colocar sobre ela uma folha de papel sulfite. Utilizando o rolo de pintura, passar a tinta sobre a matriz com cuidado, para evitar o excesso de tinta. Colocar a matriz sobre o papel sulfite com a tinta virada para este, pressionando com muito cuidado toda a matriz para que esta não escorregue e borre o desenho. Após pressionar a matriz contra o papel durante alguns segundos, retirá-la com muito cuidado. É importante observar que determinados tipos de tinta, como o guache, por exemplo, precisam que a impressão seja feita rapidamente, para evitar a secagem da tinta ainda na matriz, ou seja, utilizando o rolo de pintura, deve-se passar a tinta sobre a matriz e rapidamente colocá-la sobre o papel sulfite para fazer a impressão. Caso seja necessário, a matriz ainda pode ser alterada após a primeira impressão, para alcançar o resultado esperado pelo acadêmico. Lembre-se de que a prova do artista é uma prática muito comum na gravura. Pode-se fazer várias impressões utilizando diferentes cores. É importante ressaltar queao final 19 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS da impressão, como característica da gravura, o desenho sairá com a imagem invertida. Quando fizer um trabalho abstrato, a inversão da impressão não se torna tão notória. EXERCÍCIO PRÁTICO 2: Para este exercício foi proposta uma oficina de confecção de instrumentos musicais feitos a partir de materiais de sucata, seguindo passo a passo: PASSO 1: Visualize as imagens abaixo que apresentam diferentes instrumentos musicais. Chocalho de pote de leite fermentado Cordofone de elástico Tambor de balão Como fazer o chocalho: Pegue um pote de leite fermentado (Yakult, Chamyto, Batavinho etc.), lave bem e deixe secar. Estes potes são ótimos por serem pequenos, o que facilita seu manuseio por parte das crianças. Após seco, coloque pequenos objetos em grande quantidade, recomenda- se arroz, miçangas ou grãos de areia. Estes objetos soam melhor por serem rígidos e pequenos, emitindo um som mais harmonioso. Por sua vez, o milho, o feijão, ou demais objetos um pouco maiores, não produzem um som tão bonito. Deve-se preencher cerca de 1/3 do pote, ou você pode ir testando a quantidade de acordo com o timbre que quer. Após ter colocado o material dentro do pote, você irá tampar o furo com a fita adesiva. Na Educação Infantil recomenda-se utilizar o esparadrapo, por não ser tóxico, tendo em vista que é comum as crianças colocarem os chocalhos na boca. Caso você queira, o pote pode ser decorado com colagem ou pintura. Abra um buraco em uma caixa de papelão (pode ser de leite, sapato ou similar) como se fosse a “boca” de um violão. O buraco pode ser como preferir, quadrado, retangular, redondo etc. Coloque elásticos de diferentes tipos ao redor da caixa, com bom espaçamento entre um e outro e que fiquem sobre a abertura da caixa que você fez. Próximo à borda, entre a caixa e o elástico, coloque um lápis, caneta ou pedaço de madeira nas duas extremidades. Pronto, agora basta dedilhar nos elásticos para seu instrumento soar. Caso você queira, a caixa pode ser decorada com colagem ou pintura. Como fazer o tambor: Pegue latas ou potes de plástico de diferentes tamanhos para servir de tambor. Com uma ferramenta pontiaguda, faça um furo na lateral da lata ou pote para a saída de ar. Depois pegue um balão e corte a “boca” cuidadosamente com uma tesoura. Estique o balão sobre a abertura do pote, como se fosse uma tampa. Passe uma fita ou elástico perto da extremidade para que o balão não escape. Como baquetas poderão ser utilizados lápis ou canetas. Caso você queira, o tambor pode ser decorado com colagem ou pintura. 20 Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados. PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS REFERÊNCIAS MASCELANI, Angela. Caminhos da arte popular: o Vale do Jequitinhonha. Rio de Janeiro: Museu Casa do Pontal, 2008. MOREIRA, Roseli. O tridimensional: dimensões para arte e educação. Blumenau: Nova letra, 2012. UNIASSELVI. Diretrizes de Seminário da Prática de Artes Visuais. Indaial, 2016. Centro Universitário Leonardo da Vinci Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000 - lndaial-SC Home-page: www.uniasselvi.com.br