Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 AnAnáálise de Estabilidade de lise de Estabilidade de TaludesTaludes UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: ESTABILIDADE DE TALUDES Prof. FProf. Fáábio Lopes Soares, DSc.bio Lopes Soares, DSc. SumSumáário da Aulario da Aula 1 1 –– Aspectos Gerais e DefiniAspectos Gerais e Definiçções;ões; 2 2 –– Aspectos a Serem Considerados na AnAspectos a Serem Considerados na Anáálise de Estabilidade;lise de Estabilidade; 2.1 2.1 –– CondiCondiçções de Resistência ao Cisalhamento drenada e não ões de Resistência ao Cisalhamento drenada e não drenada;drenada; 2.2 2.2 –– Tempo CrTempo Críítico para Antico para Anáálise do Fator de Seguranlise do Fator de Segurançça;a; 2.3 2.3 –– AnAnáálise em Termos de Tensões Totais e Efetivas;lise em Termos de Tensões Totais e Efetivas; 3 3 –– FormulaFormulaçção Bão Báásica do Tipo de Equilsica do Tipo de Equilííbriobrio--Limite para CLimite para Cáálculo do lculo do Fator de SeguranFator de Segurançça;a; 3.1 3.1 –– Modelos de AnModelos de Anááliselise 4 4 –– MMéétodos de Antodos de Anáálises de Estabilidade de Taludes;lises de Estabilidade de Taludes; 4.1 4.1 –– MMéétodo do Momento para todo do Momento para φφ = 0;= 0; 4.2 4.2 –– MMéétodo de Taludes Infinitos;todo de Taludes Infinitos; 4.3 4.3 –– MMéétodo de Fellenius;todo de Fellenius; 4.4 4.4 –– MMéétodo de Bishop Modificado;todo de Bishop Modificado; 5 5 –– Etapas para o CEtapas para o Cáálculo Operacional;lculo Operacional; 6 6 –– AnAnáálise de Estabilidade Tridimensional;lise de Estabilidade Tridimensional; 2 1 – Aspectos Gerais e Definições A análise de estabilidade envolve um conjunto de procedimentos visando a determinação de um índice ou de uma grandeza que permita quantificar o quão próximo da ruptura um determinado talude ou uma encosta se encontra, considerando um determinado conjunto de condicionantes atuantes (poro pressões neutras, sobrecarga, geometria, natureza do terreno, etc.). Uma análise de estabilidade significa verificar se o talude é estável através da determinação do fator de segurança associado a uma superfície potencial de deslizamento crítica. Os métodos de análise de estabilidade podem ser divididos em três grupos principais (Augusto Filho & Virgili, 1998): • Métodos analíticos (equilíbrio-limite): envolvendo os baseados na teoria do equilíbrio-limite e nos modelos matemáticos de tensão e deformação; • Métodos experimentais: empregando modelos físicos de diferentes escalas; • Métodos observacionais: baseados na experiência acumulada com a análise de rupturas anteriores (retroanálise, ábacos de projeto, opinião de especialistas, etc). 9A análise de equilíbrio limite considera que as forças que tendem a induzir a ruptura são exatamente balanceadas pelos esforços resistentes. 9O fator de segurança define o estado da estabilidade de uma encosta. Quando o fator de segurança tem valor unitário, a encosta encontra-se na condição de equilíbrio limite. 3 Obs: Um aspecto básico de uma análise de estabilidade reside na seleção adequada dos valores dos parâmetros envolvidos no cálculo do FS (pressões neutras ângulo de atrito, coesão, peso específico). FS = Grandezas resistentes que ocorrem na ruptura (R) Grandezas resistentes necessárias ao equilíbrio (S) FATOR DE SEGURANÇA 2.0 ou maior1.5Custo de reparação muito maiores do que o custo de construção. Perigo a vidas humanas ou prejuízo a outros bens se o talude romper. 1.51.25Custo de reparação comparável ao de construção. Nenhum perigo a vidas humanas ou a outros bens se o talude romper. Grande 2Pequeno 1 Incerteza na medida de resistência Custos e conseqüências numa ruptura do talude 1 as incertezas nas medidas de resistência são pequenas, se as condições do solo forem uniformes e os parâmetros de resistência obtidos dos ensaios forem consistentes e de elevada qualidade. 2 as incertezas nas medidas de resistência são grandes, se as condições do solo forem complexas e os parâmetros de resistência obtidos dos ensaios não forem consistentes. NBR-11682/1991 NBR-11682/2009 NBR-11682/2009 4 NBR-11682/2009 A depender dos fatores condicionantes e acionantes atuando em um maciço, podemos ter variações do fator de segurança com o tempo, conforme ilustra a Figura Abaixo: Variação do fator de segurança com o tempo 5 2 – Aspectos a Serem Considerados na Análise de Estabilidade De uma forma geral, as informações mínimas necessárias a uma análise de estabilidade são: 9Características do problema: FS/ Tempo crítico, análise em termos de tensões totais ou efetivas, etc; 9Geometria do talude (inclinação, altura, forma); 9Perfil geotécnico; 9Parâmetros geotécnicos dos materiais; 9Hidrologia superficial e subterrânea; 9Poro pressões; 9Estudo da pluviometria; 9Condições de carregamento (externo e interno); 9Escolha do método de cálculo; 9Definição da (s) superfície (s) potencial (ais) de ruptura; 9Obtenção de um fator de segurança mínimo. 2.1 – Condições de Resistência ao Cisalhamento Movimentos de massa podem ocorrer sob condições drenadas ou não drenadas. Solos que apresentam baixos valores de permeabilidade não tem tempo de drenarem a água interna durante o período de tempo em que carregamentos são variados, ocasionando um desequilíbrio de excesso de poro pressões, podendo levar a encosta à ruptura, caracterizando desta forma, uma condição de ruptura não drenada. Submetendo-se a mesmas razões de carregamento solos com maiores permeabilidades, ocorre drenagem da água, significando ausência de excessos de poro pressões. 6 Numa análise de estabilidade os parâmetros de resistência representados pelo ângulo de atrito e a coesão são as propriedades mais significativas dos materiais envolvidos num deslizamento. A Figura abaixo ilustra correlaciona as tensões normais e as tensões cisalhantes obtidas de um ensaio de cisalhamento direto Correlação entre Tensão Cisalhante e Tensão Normal (condição drenada) Resistência ao cisalhamento não drenada de um solo argiloso A resistência ao cisalhamento na condição não drenada é representada na Figura. Observa-se que a tensão cisalhante (τ) não é influenciada com aumento das tensões normais aplicadas (σ). Como conseqüência temos que a coesão corresponde a tensão cisalhante representada por Su (τ = Su). 7 2.2 – Tempo Crítico para Análise do Fator de Segurança Variação do Fator de Segurança com o Tempo Observa-se na Figura ao lado que o fator de segurança é mínimo no final da construção do aterro (curto prazo) coincidindo com máximas poro pressões, já que as mesmas requerem um período de tempo além da construção para sua dissipação. Com o tempo, ocorrendo a dissipação das poro pressões, as tensões efetivas aumentam, consequentemente, aumentando também a resistência e o fator de segurança. O inverso ocorre numa escavação, conforme ilustra a Figura ao lado, onde o fator de segurança é mínimo apenas a longo prazo. Observa-se que logo após a escavação, as poro pressões atuantes são mínimas e o fator de segurança é máximo. Ao longo do tempo as poro pressões negativas são dissipadas com o tempo, conduzindo a uma redução da resistência e do fator de segurança com o tempo. Variação do FS com o tempo – Escavação 8 2.3 – Análise em Termos de Tensões Totais e Efetivas A escolha da análise em termos de tensões totais ou efetivas irá depender das características dos materiais e de condições impostas. As análises em tensões efetivas representam as melhores análises, podendo ser utilizada em qualquer situação; desde que se tenham o conhecimento das tensões totais e das poro pressões atuantes no caso em questão. A análise em tensões totais é mais simples de se realizar; pois não é necessário o conhecimento de poro pressões atuantes, porém pode não representar uma análise precisa do problema. A dificuldade da análise em tensões efetivas é o conhecimento das poro pressões, já que as mesmas não são grandezas de simples definição. 3 –Formulação Básica do Equilíbrio-Limite Considere um bloco apoiado sobre um plano de inclinação i, conforme ilustra a Figura abaixo: Relação de forças na análise de equilíbrio-limite FS = Forças Resistentes (R) Forças Solicitantes (S) FS = P cos i . tg φ = tg φ P sen i tg i Na condição de equilíbrio-limite (FS=1) tem-se: i = φ. τ = P cos i . tg φ onde: R = P cos i . tgφ A Considerando c=0, temos: 9 3.1 – Modelos de Análises Os métodos mais utilizados de análise de estabilidade subdividem a massa de solo em potencial de deslizamento em “fatias”, conforme ilustra as Figuras abaixo: Divisão da superfície de deslizamento em fatias (Duncan, 1996). As grandezas atuantes em cada fatia são representadas na Figura abaixo. Pode-se observar que as grandezas atuantes são as cargas externas, o peso próprio (W), a pressão da água (U) e a resistência do solo (τ = T). Observa-se também na Figura outras grandezas atuantes tais como: o esforço normal na base da fatia (N=P), o esforço horizontal nas laterais das fatias (E) e a força cisalhante entre fatias (X). A largura da fatia (b) e o ângulo de inclinação (α) também são representados. A condição de equilíbrio pode ser considerada fatia por fatia. Se a condição de equilíbrio for satisfeita para cada fatia, consequentemente também será válida para toda a massa. 10 EQUAÇÕES INCÓGNITAS Métodos que satisfazem apenas o equilíbrio de forças N = equilíbrio horizontal N = equilíbrio vertical 2N Total de equações N = forças normais na base das fatias N – 1 = forças laterais N – 1 = ângulos entre forças laterais 1 = fator de segurança 3N – 1 Total de incógnitas Métodos que satisfazem o equilíbrio e o momento de forças N = equilíbrio horizontal N = equilíbrio vertical N = equilíbrio do momento 3N Total de equações N = forças normais na base das fatias N = localização das forças normais na base das fatias N – 1 = forças laterais N – 1 = ângulos entre forças laterais N – 1 = localização das forças laterais nas fatias 1 = fator de segurança 5N – 1 Total de incógnitas Equações e incógnitas na análise do equilíbrio-limite Se os momentos de equilíbrio requeridos podem ser satisfeitos, mesmo com a simplificação assumida das forças de equilíbrio entre as fatias, uma melhor solução da análise de estabilidade é obtida em comparação com uma análise feita apenas em termos do equilíbrio de forças. 4 – Métodos de Análise de Estabilidade Método de Spencer Método de Morgenstern e Price Método de Janbu Método de Sarma Método dos Blocos Superfície qualquer Método de Fellenius Método de Bishop Método de Bishop Modificado Superfície circular NÃO LINEARES Método do momento p/ φ=0 Taludes infinitos Método de Culman Método de Rendulic Método do círculo de atrito LINEARES MÉTODOS As hipóteses gerais para os métodos aqui apresentados são baseados no equilíbrio- limite, descritas a seguir: O equilíbrio de uma massa de material é delimitada por uma superfície potencial de ruptura; O caso em estudo é considerado bidimensional; O estado de ruptura dos materiais é definido pelo critério de Morh-Coulomb: τ = c + σ tan φ (análise em tensão efetiva) ; τ = Su (análise em tensão total) Cada método apresenta suas próprias características para satisfazer o equilíbrio e solução do problema, sendo: - Considerações das formas de superfície de ruptura: circular e não circular; - Hipóteses simplificadoras: posição da força normal na base da fatia, definição sobre as forças entre fatias (inclinação, posição, etc.); - Equações de equilíbrio: ΣFV , ΣFH , Σ M 0. 11 4.1 – Método do Momento para φ = 0 É assumido que a ruptura ocorre pela rotação de um bloco de solo numa superfície cilíndrica onde apenas a resistência não drenada é mobilizada (resistência puramente coesiva), conforme ilustra a Figura abaixo. Cálculo do fator de segurança para o Método do momento p/ φ=0 (Nash, 1987). Considerando-se o comprimento do arco: L = R θ; τ é a resistência ao cisalhamento ao longo de L, então: T = τ.L e considerando-se W = peso do bloco de solo, temos: MO : Momento solicitante = Wx; momento resistente = T.R Critério de ruptura: S = CU Resistência ao cisalhamento mobilizada: τ = S/F; então τ = CU/F; onde F= fator de segurança No equilíbrio: Wx = T.R Onde: Wx = CU L R F = CU L R F Wx Onde: F = fator de segurança; L = comprimento do arco R = raio do arco W = peso da fatia X = distância entre o centro O e a força W 12 4.2 – Método de Taludes Infinitos É assumido que a ruptura ocorre pelo deslizamento de um bloco de solo formando uma superfície de ruptura planar e paralela ao nível do terreno. Cálculo do fator de segurança para o Método de talude infinito Para a fatia mostrada na figura 3.10: na base – tensão normal total σ, tensão de cisalhamento τ, poro pressão u Talude infinito: QL = QR Perpendicular a base do talude: P = W cos β = σ l; então: σ = W cos2 β b Paralelo a base do talude: T = W sin β = σ l; então: σ = W sin β cos β b Critério de ruptura de Mohr- Coulomb: s = c’+ (σ-u) tan φ’ Resistência ao cisalhamento mobilizada: τ = s/F onde F é o fator de segurança Assim: W sin β cos β = 1 (c’ + [ W cos2 β – u] tan φ’) b F b FS = c’ + [ γ z cos2 β – u] tan φ’ γ z sin β cos β 13 Casos particulares: a) Taludes em solos não coesivos (c´ = 0) sem percolação (solo homogêneo): c´ = 0 FS = γ z cos2β tg φ γ z cosβ senβ u = 0 p/ FS =1 tgβ crít = tg φ ´ ; β crít = φ ´ b) Taludes em solos homogêneos não coesivos (c´ = 0) com percolação (NA =NT) : c´ = 0 ; FS = (γ z cos2β - γw z cos2β ) tg φ ´ = (γ - γw) tg φ ´ γ z cosβ senβ γ tg β Zr = Z p/ FS =1 tgβ = γ sub tg φ γ sat tgβ ≈ 1/2 tg φ ´ (β ≈ φ ´/2) Exemplo: Calcule o FS para o talude abaixo e emita seu parecer quanto a estabilidade do talude. Dados: solo homogêneo L/D > 10 φ ´ = 28º γ h = 17kN/m3 γ sat = 19kN/m3 Aplicação da fórmula geral: FS = c’ + [ γ z cos2 β – u] tan φ’ γ z sin β cos β Desenvolvimento da fórmula: FS = c ´+ [ (γ sat z sat + γ h z h - γ w zsat) cos2β ] tg φ ´ (γ sat z sat + γ h z h ) cos β sem β Variáveis utilizadas: z sat = 6,0 - 2,0 = 4,0m zh = 2,0m c ´ = 40 kPa , φ ´ = 28º γ h = 17kN/m3 γ w = 10kN/m3 γ sat = 19kN/m3 β = 40º Desenvolvimento do cálculo: FS = 40 + [ (19 x 4 + 17 x 2 - 10 x 4) cos240 ] tg 28 (19 x 4 + 17 x 2 ) cos40 sen40 FS = 1,14 Parecer: Talude marginalmente estável. Recomenda-se solução de estabilidade para aumentar o FS. 14 4.3 – Método de Fellenius É assumido que a ruptura ocorre pela rotação de um bloco de solo numa superfície cilíndrica de deslizamento centrada no ponto O. Examinando o momento de equilíbrio em relação ao ponto O, é obtida uma expressão para o fator de segurança. Cálculo do fator de segurança para o Método de Fellenius Hipóteses: resultante das forças entre fatias em cada fatia é paralela a sua base (θ=α), força normal no centro da base da fatia; Condição de equilíbrio: Σ Fnormal à base = 0 ; ΣM 0.= 0 Para a fatia mostrada na figura: na base – tensãonormal total σ, tensão de cisalhamento τ, poro pressão u Critério de ruptura de Mohr- Coulomb: s = c’+ (σ-u) tan φ’ Resistência ao cisalhamento mobilizada: τ = s/F onde F é o fator de segurança P = σ l ; T = τ l então T = 1 (c’l + (P – ul) tan φ’) F Assumindo que resultante das forças entre fatias Q é paralela a base da fatia Resolvendo normal a base da fatia: P = W cos α Momento de equilíbrio em relação ao ponto O: Σ W R sin α = Σ T R (as forças entre fatias são internas e seu momento resultante é nulo) então: Σ W R sin α = Σ 1 (c’l + (P-ul) tan φ’) F FSm = Σ (c’l + (P-ul) tan φ’) ; substituindo por P: Σ W sin α ( )∑ φll )( ( ) ∑ ∑ −+= α φα Wsin ulWlc Fm 'tan)cos(' onde, Fm = fator de segurança; c’= coesão efetiva; l = variação do comprimento do arco na base da fatia; W = peso da fatia; α = ângulo que a força normal faz com a vertical; u =poro-pressão; φ’= ângulo de atrito efetivo 15 Características do Método de Fellenius: • É utilizado somente para superfícies circulares; • Satisfaz as condições de equilíbrio de momento; • Não satisfaz o equilíbrio das forças horizontais e verticais; • É assumido que a resultante das forças entre fatias em cada fatia é paralela a sua base; • É altamente impreciso para análises em termos de tensões efetivas em taludes com altos valores de poro-pressão, o fator de segurança obtido é muito baixo; • O método é bem acurado para análises com φ =0 e para qualquer tipo de análise em termos de tensões totais usando superfícies circulares; • Não possui problemas numéricos; • Não fornece diretamente o fator de segurança mínimo ou crítico; • Não possui iterações, e permite análise com heterogeneidade do solo; • É o método mais simples, mais rápido, porém, menos preciso na análise de estabilidade do que os outros métodos. 4.4 – Método de Bishop Modificado É assumido que a ruptura ocorre pela rotação de um bloco de solo numa superfície cilíndrica de deslizamento centrada no ponto O. Examinando o momento de equilíbrio em relação ao ponto O, é obtida uma expressão para o fator de segurança. Cálculo do fator de segurança para o Método de Bishop Modificado Hipóteses: as forças entre fatias são horizontais (θ=0), força normal no centro da base da fatia; Condição de equilíbrio:Σ FV= 0 ; ΣM 0.= 0 16 Para a fatia mostrada na figura: na base – tensão normal total σ, tensão de cisalhamento τ, poro pressão u Critério de ruptura de Mohr- Coulomb: s = c’+ (σ-u) tan φ’ Resistência ao cisalhamento mobilizada: τ = s/F onde F é o fator de segurança P = σ l ; T = τ l então T = 1 (c’l + (P – ul) tan φ’) F Resolvendo verticalmente: : Σ FV= 0 ; P W cos α + T sin α = W – (XR - XL) Assumindo XR - XL = 0 (forças horizontais entre fatias) P = [ W - 1 (c’l sin α -ul tan φ’ sin α)] / mα F onde: ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ += F tgtgm '1cos φααα Σ M 0.= 0 : Σ W R sin α = Σ TR Substituindo por T: FSm = Σ (c’l + (P-ul) tan φ’) Σ W sin α Substituindo P (W= γ h b; b l cosα) [ ] ∑ ∑ −+= α φγ α sen /')('.( W mtguhcb Fm onde: Fm = fator de segurança; b =base da fatia; c’= coesão efetiva; γ = peso específico; W = peso da fatia; α = ângulo que a força normal faz com u =poro-pressão; φ’= ângulo de atrito efetivo Características do Método de Bishop Modificado: • É utilizado somente para superfícies circulares; • Satisfaz as condições de equilíbrio de momento e de forças verticais; • Não satisfaz o equilíbrio das forças horizontais; • É assumido que a resultante das forças entre fatias é horizontal; • É um método iterativo; • É preciso para todas as condições, exceto quando são encontrados problemas numéricos; • É usado como comparação com outros métodos mais sofisticados. 17 5 – Etapas para o Cálculo Operacional 9 Escolha do método de cálculo; 9 Definir superfície potencial; 9 Definir número e a posição das fatias; 9 Definir variáveis necessárias à equação / FS; 9 Determinar tabela e cálculo da equação / FS; 9 Obtenção do FS crítico. EXEMPLO: Roteiro para cálculo de método de Bishop modificado: Equações: [ ] ∑ ∑ −+= α φγ α sen /')('.( W mtguhcb Fm onde, ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ += F tgtgm '1cos φααα F = Σ (16) Σ (9) FSFSFSFSFSFS4x 13 2+ 12 3x 11 γh-uu4x6x8sinααγhhbtg φ’c’fatia 14/mα mα 16151413121110987654321 18 6 – Análise de Estabilidade Tridimensional Embora os métodos de cálculo de análise de estabilidade descritos anteriormente sejam formulados para duas dimensões (2D), encontramos numa situação real uma dimensão tridimensional (3D). Um questionamento que se faz refere-se a acurária e a representatividade de uma análise em 2D, aplicada a um caso real (3D). Fatores de segurança utilizando usando análises em 3D são maiores do que os calculados em 2D, conforme ilustra a Figura ao lado.
Compartilhar