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REINCIDENCIA X MAUS ANTECEDENTES – P. DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA: 
A pena é aplicada em três etapas, em escalada – é o chamado sistema trifásico: ART 68 DO CP: 
ELEMENTAR E QUALIFICADORA
EX: 06-20 HOMICIO SIMPLES
EX: 12 – 30 ANOS 
EX: 01- 04
EX: 02 – 08 
Roubo majorado pelo uso de arma fogo:
157,§2-A: 2/3
157,§2º-B: DOBRO
TENTATIVA DE FURTO QUALIFICADO PELA FRAUDE
1) Na primeira fase, a fixação DA PENA-BASE, o juiz observa o artigo 59 do CP (circunstâncias judiciais) –– 02 – 08: NÃO PODE APLICAR MAIS DO QUE 08 E NÃO PODE APLICAR MENOS DO QUE 02. EX: 02,03, 04 ANOS E 2M, 07, ATÉ 08 ex: 08
Quando o juiz mantém a Pena-base no mínimo legal – 02 anos – circunstâncias judiciais são todas positivas/ favoráveis
ANTECEDENTES (BONS, MAUS)
MAUS ANTECEDENTES – CIRCUNST JUDICIAL DESFAVORÁVEL
2) Em seguida, na segunda fase, fixa a pena intermediária, em que observa as AGRAVANTES e ATENUANTES, previstas nos artigos 61 a 66 do CP. –REINCIDÊNCIA – AGRAVANTE –02 – 08: NÃO PODE APLICAR MAIS DO QUE 08 E NÃO PODE APLICAR MENOS DO QUE 02. EX: 02,03, 04 ANOS E 2M, 07, ATÉ 08 ex: embriagada preordenada – 08
ART 61, I C/C 63 C/C 64 cp
3) Por fim, passa à terceira fase, em que fixa a pena final, observado as CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO DA PENA, previstas tanto na parte geral quanto na parte especial do CP- MAJORANTES/MINORANTES. – 
Majorante/minorante: uso fração!!! Aumenta-se” dobro” aumenta-se “triplo”
Aplicar: 01 ano/ 10/15/20/25..., - o juiz não está limitado ao mínimo e ao máximo legal.
ART 14, II E p.u – 1/3 até 2/3 
OBS:
Ex: furto – 1 – 4 anos 
Ex: homicídio qualificado – 12 – 30 anos
1º fase : PENA BASE: MAUS ANTECEDENTES – CIRSCUNST. JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS – O JUIZ DEVE SE MANTER NO LIMITE PREVISTO NA LEI PARA A PENA 
 “manteve a pena base no mínimo legal” – todas as circunstâncias judiciais (art 59) são positivas – a culpabilidade, os antecedentes, as circuns.......// ( entre 01 e 04 anos) – o juiz manteve a pena base no mínimo: em 01 ano/ 12 anos. 
2º fase: REINCIDÊNCIA - AGRAVANTE – DEVE O MAGISTRADO NÃO ULTRAPASSAR O MÁXIMO DE PENA PREVISTO NA LEI E NÃO APLICAR AQUÉM DO MÍNIMO LEGAL 
3ºFASE – PENA FINAL: CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE PENA. 
EX: TENTATIVA. – 15 ANOS/ 40 ANOS 
ORDEM DE PREPONDERÂNCIA PARA SE EVITAR O BIS IN IDEM:
1- ELEMENTAR: 
2- QUALIFICADORA – HOMICIDIO MOTIVO FUTIL: 12-30
3- CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE PENA: 
4- AGRAVANTES E ATENUANTES (2ª FASE) - REINCIDÊNCIA – AGRAVANTE – MOTIVO FUTIL 
5- Circunstâncias JUDICIAIS (1º FASE)- MAUS ANTECEDENTES – CIRCUNST JUDICIAL DESFAVORÁVEL MOTIVO (FUTIL) 
- É NECESSÁRIO TER UMA SENTENÇA CONDENATÓRIA ANTERIOR TRANSITADA EM JULGADO – P. DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – ENTÃO ESSA SENTENÇA ANTERIOR OU VAI GERAR A REINCIDÊNCIA OU VAI GERAR OS MAUS ANTECEDENTES. MAS AS DUAS SITUAÇÕES AO MESMO TEMPO E EM DECORRÊNCIA DA ANÁLISE DO MESMO FATO É IMPOSSÍVEL – VIOLARIA O BIS IN IDEM. 
S. 444 STJ - AÇÕES PENAIS EM CURSO E IP EM CURSO – NÃO GERA REINCIDENCIA E NÃO GERA OS MAUS ANTECEDENTES! 
1 º FASE: MAUS ANTECEDENTES (X BONS ANTECEDENTES)
2º FASE: REINCIDENCIA ( X PRIMÁRIO)
3º FASE: MAJORANTES/MINORANTES
ORDEM PREPONDERÂNCIA: REINCIDENCIA PREPONDERA SOBRE OS MAUS ANTECEDENTES. 
REINCIDENCIA??? ART 63 CP: 
Reincidência 1º REGRA: 
        Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS) DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR
Reincidência 2º REGRA: 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
OBJETIVA DA OAB – MODIFICADA - Tício praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia 10/01/2000, um crime de roubo (art. 157 do Código Penal) no dia 25/11/2001 e um crime de extorsão (art. 158 do Código Penal) no dia 30/5/2003. Tício foi condenado pelo crime de furto em 20/11/2001, e a sentença penal condenatória transitou definitivamente em julgado no dia 31/3/2002. Pelo crime de roubo, foi condenado em 30/04/2002, com sentença transitada em julgado definitivamente em 10/06/2003 e, pelo crime de extorsão, foi condenado em 20/8/2004, com sentença transitando definitivamente em julgado no dia 10/6/2006. Responda
1- Ticio na sentença do crime de furto, possui bons ou maus antecedentes? – 
Ticio é portador de bons antecedentes – não há qualquer sentença condenatória transitada em julgado anterior – P. da presunção de inocência.
2- Tício na sentença do crime de roubo é portador de bons ou maus antecedentes? Ele é primário ou reincidente?
3- Ticio na sentença do crime de extorsão é portador de bons ou maus antecede//? Ele é primário ou reincidente?
COM RELAÇÃO A SENTENÇA DO CRIME DE FURTO: 
10/01/00 (PRATICA/FURTO) – 20/11/01 (SENTENÇA) - 31/03/02 (TJ) 
25/11/01 ( PRATICA DO ROUBO) – 30/04/02 (SENTENÇA) – 10/06/03 (TJ) 
30/05/03 (PRATICA DA EXTORSÃO) - 20/08/04 (SENTENÇA) – 10/6/2006.
 
COM RELAÇÃO A SENTENÇA DO CRIME DE ROUBO: 
10/01/00 (PRATICA/FURTO) – 20/11/01 (SENTENÇA) - 31/03/02 (TJ) 
25/11/01 ( PRATICA DO ROUBO) – 30/04/02 (SENTENÇA) – 10/06/03 (TJ) 
30/05/03 (PRATICA DA EXTORSÃO) - 20/08/04 (SENTENÇA) – 10/6/2006.
 
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO (ROUBO) TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS) DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR (FURTO – 31/03/02) 
TICIO É PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES
QUANTO A SENTENÇA DO CRIME DE EXTORSÃO:
10/01/00 (PRATICA/FURTO) – 20/11/01 (SENTENÇA) - 31/03/02 (TJ) 
25/11/01 ( PRATICA DO ROUBO) – 30/04/02 (SENTENÇA) – 10/06/03 (TJ) 
30/05/03 (PRATICA DA EXTORSÃO) - 20/08/04 (SENTENÇA) – 10/6/2006.
SENTENÇA DO CRIME DE EXTORSÃO COM RELAÇÃO AO TRANSITO EM JULGADO DO FURTO: 31/03/02
10/01/00 (PRATICA/FURTO) – 20/11/01 (SENTENÇA) - 31/03/02 (TJ) 
30/05/03 (PRATICA DA EXTORSÃO) - 20/08/04 (SENTENÇA) – 10/6/2006.
 
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO EXTORSÃO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS)30/05/03 DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR 31/03/02 –
TICIO É REINCIDENTE EM RELAÇÃO AO CRIME DE FURTO. 
SENTENÇA DO CRIME DE EXTORSÃO COM RELAÇÃO AO TRANSITO EM JULGADO DO ROUBO: 10/06/03 
25/11/01 ( PRATICA DO ROUBO) – 30/04/02 (SENTENÇA) – 10/06/03 (TJ) 
30/05/03 (PRATICA DA EXTORSÃO) - 20/08/04 (SENTENÇA) – 10/6/2006.
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO EXTORSÃO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS)30/05/03 DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR 10/06/03 –
TICIO É MAUS ANTECEDENTES EM RELAÇÃO AO CRIME DE ROUBO
CÁLCULO DA PENA DO CRIME DE EXTORSÃO:
1º FASE: MAUS ANTECEDENTES – CRIME DE ROUBO (TJ)
2º FASE: REINCIDENTE - CRIME DE FURTO (TJ) 
QUESTÃO OAB/FGV:
SENTENÇA RELATIVA AO CRIME DE ROUBO (27/02/02) O JUIZ IRÁ CONSIDERAR TICIO PRIMÁRIO OU REINCIDENTE? TICIO IRA SER CONSIDERADO PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES OU BONS ANTECEDENTES? 
10/01/00 (PRATICA/FURTO) – 20/11/01 (SENTENÇA) - 31/03/02 (TJ) 
25/11/01 ( PRATICA DO ROUBO) – 27/02/02 (SENTENÇA) – 10/06/03 (TJ) 
30/05/03 (PRATICA DA EXTORSÃO) - 20/08/04 (SENTENÇA) – 10/6/2006.
TICIO É PORTADOR DE BONS ANTECEDENTES E É PRIMÁRIO.
OUTRA QUESTÃO DA OAB: 
- Ricardo cometeu um delito de roubo no dia 10/11/2007, pelo qual foi condenado no dia 29/08/2009, sendo certo que o trânsito em julgado definitivo de referida sentença apenas ocorreu em 15/05/2010. Ricardo também cometeu, no dia 10/09/2009, um delito de extorsão. A sentença condenatória relativa ao delito de extorsão foi prolatadaem 18/10/2010, tendo transitado definitivamente em julgado no dia 07/04/2011. Ricardo também praticou, no dia 12/03/2010, um delito de estelionato, tendo sido condenado em 25/05/2011. Tal sentença apenas transitou em julgado no dia 27/07/2013.
Nesse sentido, tendo por base apenas as informações contidas no enunciado, responda aos itens a seguir.
A) O juiz, na sentença relativa ao crime de roubo, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes?
B) O juiz, na sentença relativa ao crime de extorsão, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário? 
C) O juiz, na sentença relativa ao crime de estelionato, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário? 
1 - O juiz, na sentença relativa ao crime de roubo, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes?
PRIMARIO E PORTADOR DE BONS ANTECEDENTES – NÃO HÁ QQ SENTENÇA TJ ANTERIOR. 
10/11/07 (PRÁTICA ROUBO) - 29/08/09 (SENTENÇA) - 15/05/10 (TJ - TRÂNSITO) 
10/09/09 (PRÁTICA EXTORSÃO) – 18/10/10 (SENTENÇA) – 07/04/11 (TJ)
12/03/10 (PRÁTICA DO ESTELIONATO) – 25/05/11 (SENTENÇA) – 27/07/13 (TJ)
B) O juiz, na sentença relativa ao crime de extorsão, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário? 
10/11/07 (PRÁTICA ROUBO) - 29/08/09 (SENTENÇA) - 15/05/10 (TJ - TRÂNSITO) 
10/09/09 (PRÁTICA EXTORSÃO) – 18/10/10 (SENTENÇA) – 07/04/11 (TJ)
12/03/10 (PRÁTICA DO ESTELIONATO) – 25/05/11 (SENTENÇA) – 27/07/13 (TJ)
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO EXTORSÃO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS 10/09/09 DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR 15/05/10– NÃOOOOO- PORTANTO, ELE É PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES. 
C) O juiz, na sentença relativa ao crime de estelionato, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário? 
10/11/07 (PRÁTICA ROUBO) - 29/08/09 (SENTENÇA) - 15/05/10 (TJ - TRÂNSITO) 
10/09/09 (PRÁTICA EXTORSÃO) – 18/10/10 (SENTENÇA) – 07/04/11 (TJ)-
12/03/10 (PRÁTICA DO ESTELIONATO) – 25/05/11 (SENTENÇA) – 27/07/13 (TJ)
10/11/07 (PRÁTICA ROUBO) - 29/08/09 (SENTENÇA) - 15/05/10 (TJ - TRÂNSITO) 
12/03/10 (PRÁTICA DO ESTELIONATO) – 25/05/11 (SENTENÇA) – 27/07/13 (TJ)
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO ESTELIONATO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS 12/03/10 DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR 15/05/10– NÃOOOOO- PORTANTO, ELE É PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES. 
10/09/09 (PRÁTICA EXTORSÃO) – 18/10/10 (SENTENÇA) – 07/04/11 (TJ)-
12/03/10 (PRÁTICA DO ESTELIONATO) – 25/05/11 (SENTENÇA) – 27/07/13 (TJ)
QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO ESTELIONATO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS 12/03/10 DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR 07/04/11– NÃOOOOO- PORTANTO, ELE É PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES. 
REGRAS – REINCIDÊNCIA: 
1º REGRA ART 63 DO CP :
 QUE O CRIME PELO O QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO TENHA SIDO PRATICADO APÓS (DEPOIS) O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO CRIME ANTERIOR 
2º REGRA –ART 64, I
- não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos,
 ENTRE A DATA DA PRÁTICA DO NOVO DELITO PELO QUAL ELE ESTÁ SENDO CONDENADO (E A DATA DO TÉRMINO DO CUMPRIMENTO DA PENA DO DELITO ANTERIOR (SE TENHAM PASSADO CINCO ANOS– 
TERCEIRA QUESTÃO – OAB ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXXVI Exame de Ordem Unificado Prova 
tico-Profissional Aplicada em 11/12/2022
Juntos, Bruno, Leila, Valter e Vinícius cometeram determinado ilícito em 2016. O processo veio a ser desmembrado, de forma que Bruno aceitou a suspensão condicional do processo, em 2017; Leila foi condenada, definitivamente, em 2018, tendo terminado de cumprir a sua condenação em 2020; Valter foi condenado em primeira instância, porém, interpôs recurso, vindo a transitar em julgado o acórdão condenatório em 2022; e Vinícius, por sua vez, não foi encontrado para ser citado, tendo o processo sido suspenso, assim como o prazo prescricional, na forma do Art. 366 do CPP. Em 2021, os amigos se reúnem e praticam novo ilícito penal, sem violência ou grave ameaça à pessoa. Na qualidade de advogado de todos eles, responda às questões a seguir. 
B) Caso condenado(s) pelo novo fato, se fixada pena abaixo de quatro anos, qual(is) acusado(s) poderá(ão) se beneficiar do regime aberto? justifique. (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. 
Quanto a questão material, apenas Leila é reincidente, incidindo na obrigatoriedade de regime inicial, ao menos, semiaberto. Todos os demais podem, em tese, serem beneficiados com o regime aberto, pois considerados primários. Art. 33, § 2º, alínea c, do C
· BRUNO: PRATICA DO CRIME: 2016 – SURSIS PROCESSUAL (2017) – NÃO CONDENAÇÃO ANTERIOR TRANSITADA EM JULGADO
PRÁTICA DO NOVO CRIME: 2021 – SENTENÇA? NÃO TEM ANOTAÇÃO NA FAC – PRIMÁRIO E DE BONS ANTC// - REG ABERTO: 04 ANOS
· LEILA PRATICA DO CRIME: 2016 – CONDENADA (TJ- 2018) – TÉRMINO PENA: 2020
PRÁTICA DO NOVO CRIME: 2021
1º REGRA: QUE O CRIME PELO QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO (NOVO CRIME) TENHA SIDO PRATICADO (2021) APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DO DELITO ANTERIOR (2018) – REINCIDENTE
2º
 REGRA: QUE ENTRE A DATA DO TÉRMINO DO CUMPRIMENTO DA PENA DO DELITO ANTERIOR (2020) E A PRÁTICA DO NOVO DELITO (2021) NÃO TENHAM SE PASSADO CINCO ANOS – REINCIDENTE 
REGIME INICIAL? PENA DE 04 ANOS – SEMIABERTO. 
· VALTER PRATICA DO CRIME: 2016 – TJ (ACORDÃO): 2022
PRÁTICA DO NOVO CRIME: 2021
SE VC TIVESSE CERTEZA: QUE O JUIZ AO JULGAR O NOVO PROCESSO: ELE JÁ TIVESSE ACESSO AO ACORDÃO CONDENATÓRIO: 2022. 
1º REGRA: QUE O CRIME PELO QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO (NOVO CRIME) TENHA SIDO PRATICADO (2021) APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DO DELITO ANTERIOR (2022) – NÃO É REINCIDENTE – PORTADOR DE MAUS ANTECDENTES
REGIME INICIAL? PRIMÁRIO – EM TESE, ABERTO. 
· VINICIUS PRATICA DO CRIME: 2016 – PROCESSO SUSPENSO (SEM CONDENAÇÃO ANTERIOR) 
PRÁTICA DO NOVO CRIME: 2021
REGIME? ABERTO – PRIMÁRIO E PORTADOR DE BONS ANTECDEENTES – NÃO HÁ NENHUMA SENTENÇA CONDENATÓRIA TJ ANTERIOR. 
OAB FGV
Jaime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/1982, praticou, no dia 30/11/2000 delito de furto qualificado pelo abuso de confiança (art. 155, parágrafo 4e, II, do CP). Devidamente denunciado e processado, Jaime foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão. A sentença transitou definitivamente em julgado no dia 15/01/2002, e o término do cumprimento da pena se deu em 20/03/2006. No dia 24/03/2006, Jaime subtraiu um aparelho de telefone celular que havia sido esquecido por Lara em cima do balcão de uma lanchonete. Todavia, sua conduta fora filmada pelas câmeras do estabelecimento, o que motivou o oferecimento de denúncia, por parte do Ministério Público, pela prática de furto simples (art. 155, caput, do CP). A denúncia foi recebida em 14/04/2006, e, em 18/10/2006, Jaime foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão e 10 (dez) dias-multa...JAIME É REINCIDENTE OU PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES??/
30/11/00 ( PRÁTICA -FURTO QUALIFICADO) – 15/01/02(TJ) – 20/03/06 (TÉRMINO DO CUMPRIMENTO DA PENA)
24/03/06 (PRÁTICA FURTO SIMPLES) – 18/10/06 (SENTENÇA) 
DO DIA 20/03/06 ATÉ 24/03/06 SE PASSARAM CINCO ANOS???? NÃO, FORAM APENAS DIAS...... 
NOVA QUESTÃO - ALTERANDO A DATA DA PRÁTICA DO FURTO SIMPLES:
Jaime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/1982, praticou, no dia 30/11/2000 delito de furto qualificado pelo abuso de confiança (art. 155,parágrafo 4e, II, do CP). Devidamente denunciado e processado, Jaime foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão. A sentença transitou definitivamente em julgado no dia 15/01/2002, e o término do cumprimento da pena se deu em 20/03/2006. No dia 24/03/2006 24/03/16 , Jaime subtraiu um aparelho de telefone celular que havia sido esquecido por Lara em cima do balcão de uma lanchonete. Todavia, sua conduta fora filmada pelas câmeras do estabelecimento, o que motivou o oferecimento de denúncia, por parte do Ministério Público, pela prática de furto simples (art. 155, caput, do CP). A denúncia foi recebida em 14/04/2016, e, em 18/10/2016, Jaime foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão e 10 (dez) dias-multa...JAIME É REINCIDENTE OU PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES??/
30/11/00 ( prática –furto qualificado) – 15/01/02(TJ) – 20/03/06 (término do cumprimento da pena)
24/03/16 (prática furto simples) – 18/10/16 (sentença) 
1º REGRA: 
.
QUE O CRIME PELO QUAL O RÉU ESTEJA SENDO CONDENADO (FURTO SIMPLES) TENHA SIDO PRATICADO 24/03/16 APÓS/DEPOIS DO TJ DO CRIME ANTERIOR 15/01/02 – SIMMMMMMMMMMMM
2º REGRA:
QUE ENTRE A DATA DO TÉRMINO DO CUMPRIMENTO DA PENA 20/03/06 E A PRATICA DO NOVO DELITO (FURTO SIMPLES - 24/03/16) NÃO TENHAM SE PASSADO CINCO ANOS!!! – NÃOOOOO É REINCIDENTE
ELE É PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES
Não se aplica para o reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal.
STF. Plenário. RE 593818/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/8/2020 (Repercussão Geral - Tema 150).
Reincidência 3º REGRA: 
  Reincidência
· Art. 63 CP - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
· Art. 7º DL 3688/41 Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
	Se a pessoa é condenada definitivamente por
	E depois da condenação definitiva pratica novo(a)
	Qual será a consequência?
	CRIME
(no Brasil ou exterior)
	CRIME
	REINCIDÊNCIA ART 63 DO CP
	CRIME
(no Brasil ou exterior)
	CONTRAVENÇÃO
(no Brasil)
	 REINCIDÊNCIA
	CONTRAVENÇÃO
(no Brasil)
	CONTRAVENÇÃO
(no Brasil)
	 REINCIDÊNCIA
	CONTRAVENÇÃO
(no Brasil )
 
	 CRIME
	NÃO HÁ reincidência.
Foi uma falha da lei.
Mas gera maus antecedentes.
Reincidência 4º REGRA: 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
!!! 
(FGV – 2017 – OAB – XXIII EXAME DE ORDEM)
Caio, Mário e João são denunciados pela prática de um mesmo crime de estupro (Art. 213 do CP). Caio possuía uma condenação anterior definitiva pela prática de crime de deserção, delito militar próprio, ao cumprimento de pena privativa de liberdade. Já Mário possuía uma condenação anterior, com trânsito em julgado, pela prática de crime comum, com aplicação exclusiva de pena de multa. Por fim, João possuía condenação definitiva pela prática de contravenção penal à pena privativa de liberdade. No momento da sentença, o juiz reconhece agravante da reincidência em relação aos três denunciados.
Considerando apenas as informações narradas, de acordo com o Código Penal, o advogado dos réus
· Caio - TJ ANTERIOR: DESERÇÃO (DELITO MILITAR PRÓPRIO) 
Pratica do crime de estupro - SENTENÇA CONDENATÓRIA- 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
· Mário – TJ ANTERIOR: CRIME COMUM – PENA EXCLUSIVA MULTA
Pratica do crime de estupro – SENTENÇA CONDENATÓRIA - 
· JOÃO – TJ ANTERIOR: CONTRAVENÇÃO PENAL 
Pratica do crime de estupro – SENTENÇA CONDENATÓRIA – 
	CONTRAVENÇÃO
( TRANSITOU EM JULGADO - no Brasil )
 
	 PRÁTICA DE CRIME APÓS O Transito Em julgado de uma contravenção penal 
	NÃO HÁ reincidência.
Foi uma falha da lei.
Mas gera maus antecedentes.
A)  não poderá buscar o afastamento da agravante, já que todos são reincidentes. 

B)  poderá buscar o afastamento da agravante em relação a Mário, já que somente Caio e João são reincidentes.
C)  poderá buscar o afastamento da agravante em relação a João, já que somente Caio e Mário são reincidentes. 

D)  poderá buscar o afastamento da agravante em relação a Caio e João, já que somente Mário é reincidente.
OAB FGV Aplicada em 28/08/2022
No dia 04 de março de 2019, Júlio, insatisfeito com a falta de ajuda de sua mãe no tratamento que vinha fazendo contra dependência química, decide colocar fogo no imóvel da família em fazenda localizada longe do centro da cidade. Para tanto, coloca gasolina na casa, que estava desabitada, e acende um fósforo, sendo certo que o fogo gerado destruiu de maneira significativa o imóvel, que era completamente afastado de outros imóveis, e, como ninguém costumava passar pelo local, o crime demorou algumas horas para ser identificado. Júlio foi localizado, confessou a prática delitiva e, realizado exame de alcoolemia, foi constatado que se encontrava completamente embriagado, sem capacidade de determinação do caráter ilícito do fato, em razão de situação não esperada, já que ele solicitou uma água com gás e limão em determinado bar, mas o proprietário, sem que Júlio soubesse, misturou cachaça na bebida, que ingerida junto com o remédio que vinha tomando para combater a dependência química, causou sua embriaguez. Foi, ainda, realizado exame de local, constando da conclusão que o imóvel foi destruído, havendo prejuízo considerável aos proprietários, mas que não havia ninguém no local no momento do crime e nem outras pessoas ou bens de terceiros a serem atingidos. Com base em todos os elementos informativos produzidos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Júlio, perante a 2ª Vara Criminal da Comarca de Florianópolis/SC, juízo competente, imputando-lhe a prática do crime do Art. 250 do Código Penal. Foi concedida liberdade provisória. Após citação e apresentação de defesa, entendeu o magistrado por realizar produção antecipada de provas, ouvindo as vítimas antes da audiência de instrução e julgamento, motivando sua decisão no risco de esquecimento, já que a pauta de audiência de processos de réu solto estava para data longínqua, tendo a defesa questionado a decisão. Após oitiva das vítimas, foi agendada audiência de instrução e julgamento, que foi realizada em 05 de março de 2021, ocasião em que os fatos acima narrados foram confirmados. Em seu interrogatório, o réu confirmou a autoria delitiva, destacando que pouco, porém, se recordava sobre o ocorrido. Após apresentação da manifestação cabível pelas partes, o juiz proferiu sentença condenando o réu nos termos da denúncia. No momento de aplicar a pena base, reconheceu a existência de maus antecedentes, aumentando a pena em 03 meses, tendo em vista que, na Folha de Antecedentes Criminais, acostada ao procedimento, constava uma condenação de Júlio pela prática do crime de tráfico, por fato ocorrido em 20 de abril de 2019, cujo trânsito em julgado ocorreu em 10 de março de 2020. Na segunda fase, reconheceu a presença da agravante do Art. 61, inciso II, alínea b, do Código Penal, aumentando a pena em 05 meses, já que o meio empregado por Júlio poderia resultar perigo comum. Não foram reconhecidas atenuantes da pena. Na terceira fase, não foram aplicadas causas de aumento ou de diminuição de pena, sendo mantida a pena de 03 anos e 8 meses de reclusão e multa de 15 dias, a ser cumprida em regime semiaberto, não sendo substituída a privativa de liberdade por restritiva de direitos com base no Art. 44, III, do CP. Intimado da sentença, o Ministério Público se manteve inerte, sendo a defesa técnica de Júlio intimada em 11 de julho de 2022, segunda-feira.RESPOSTA: TEORIA DA PENA: CÁLCULO: 
No dia 04 de março de 2019 04/03/19 – INCENDIO – SENTENÇA (05/03/21) 
 
VC SÓ PODE ANALISAR CRIMES PRATICADOS ANTERIORMENTE AO INCENDIO!!! O TRAFICO DE DROGAS FOI PRATICADO POSTERIORMENTE AO INCENDIO!!
20 de abril de 2019 (PRATICA), crime de tráfico - cujo trânsito em julgado ocorreu em 10 de março de 2020 10/03/2020
1] REGRA: QUE O CRIME PELO QUAL O REU ESTEJA SENDO CONDENADO (INCENDIO) TENHA SIDO PRATICADO DEPOIS (04/03/19) DO TJ DO CRIME ANTERIOR (10/03/20) – NÃO É REINCIDENTE E SIM PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES. 
Superadas as principais teses de mérito, caberia ao advogado, com base no princípio da eventualidade, questionar a sanção penal aplicada. No momento de aplicar a pena base, equivocou-se o magistrado, tendo em vista que o fato que justificou a condenação definitiva de Júlio por tráfico ocorreu depois da suposta prática do crime de incêndio, logo não pode ser considerado maus antecedentes. Na segunda fase, deveria requerer o afastamento da agravante, já que ser utilizado instrumento que causou perigo comum já era elementar do tipo, uma vez que o crime de incêndio é classificado como crime de perigo comum. Alternativamente, aceita-se o pedido de afastamento da agravante por não haver a ocultação ou vantagem de outro ilícito. Ademais, deveria ter sido reconhecida a atenuante da confissão espontânea, nos termos do Art. 65, III, d, do CP. Aplicada a pena no mínimo legal, deveria ter sido fixado o regime inicial aberto para cumprimento da pena, conforme Art. 33, § 2º, alínea c, do CP, bem como seria possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do Art. 44 do CP.

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