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Introdução
Olá, aluno(a)! O profissional da contabilidade deve estar atento a qualquer tipo de
mudança ou alteração no ambiente interno ou externo da entidade contábil, pois
isso poderá ocasionar mudanças na forma com que ele deverá realizar o seu
trabalho. Algumas funções, por mais simples que sejam, podem provocar impactos
sérios na forma como ele desenvolve os procedimentos e as operações que afetam
a contabilização do patrimônio da entidade.
A contabilidade é algo que se apresenta dentro de uma entidade como um todo
coeso, mas também como partes que se inter-relacionam. Como exemplo,
podemos salientar a contabilidade tributária que cuida do cálculo dos impostos,
tributos e taxas. Temos, ainda, a contabilidade que cuida dos cálculos trabalhistas,
tratando, especificamente, da forma como as entidades realizam o registro e o
pagamento dos salários de seus colaboradores.
Neste material, serão trabalhados diversos conteúdos relacionados à escrituração
contábil e de que maneira ela reflete na forma como as entidades apresentam as
suas demonstrações contábeis aos usuários das informações evidenciadas. Serão
abordados, também, importantes conceitos da contabilidade que devem ser de
conhecimento geral e irrestrito de todos que atuam ou pretendem atuar na área.
Dentre esses conceitos, destaca-se o plano de contas, isto é, como ele pode ser
apresentado nas entidades, e o conceito de contabilidade por balanços sucessivos,
ou seja, como esses balanços impactam o dia a dia da contabilidade. Ademais,
será apresentada a importância de realizar o balancete de verificação. Bons
estudos!
Escrituração Contábil (Fundamentos de
Contabilidade)
Johny Henrique Magalhães Casado
Autor
Objetivos de Aprendizagem
Compreender o processo de escrituração contábil nas empresas
Analisar a importância de técnicas contábeis que auxiliam na geração de
informações.
Refletir sobre a necessidade de elaboração de balanços sucessivos e
balancete de verificação.
Escrituração contábil: conceitos e
especificidades
O processo de escrituração contábil, assim como toda a contabilidade, tem
evoluído ao longo dos anos. Durante muito tempo, a contabilidade tinha todas as
suas atenções voltadas, única e exclusivamente, ao processo de registro e controle
do patrimônio. Essa tendência foi herdada da escola italiana de contabilidade e
perdurou por muitos anos. Atualmente, “as normas de Contabilidade dão enfoque
total aos relatórios contábeis, por entender que são o produto final da
Contabilidade e que é por meio de sua análise que os diversos usuários podem
realizar seus estudos e tomar suas decisões” (MARION; CARDOSO; RIOS, 2019, p. 7).
Existem diversas teorias que tratam da escrituração contábil. Dentre elas, destaca-
se a denominada Teoria das Cinco Contas Gerais, que foi elaborada por Edmond De
Grandes (IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2018). Existem algumas que possuem muita
importância diante das demais. São elas:
capital;
lucros e perdas;
caixa;
mercadorias, e
créditos e débitos.
Com a evolução da teoria das cinco contas, desenvolveu-se e evoluiu o princípio do
“débito” e do “crédito” das contas das entidades. Em via de regra, essa teoria se
pauta na seguinte afirmação: debitar aquele que recebe e creditar aquele que
fornece. O princípio do débito e do crédito, basicamente, está fundamentado no
fato de que direitos e obrigações são opostos, portanto, considerando uma
empresa fornecedora de mercadorias e serviços, é possível compreender o
seguinte: 
direito é crédito;
obrigação é débito;
diminuição de direito é débito; e
diminuição de obrigação é crédito.
Atenção!
Escrituração Fiscal e Escrituração Contábil
“A escrituração fiscal é parte integrante da escrituração contábil, por
isso é oportuno destacar que hoje o fisco não se preocupa em
identificar irregularidades somente no imposto destacado, mas
também com o pago, o declarado, o recolhido, com a natureza das
operações, com o movimento físico de mercadorias e produtos, com o
movimento financeiro e, não menos importante, com a ocorrência de
inadimplência fraudulenta por meio da escrituração contábil”
(HENRIQUE, 2016, p. 55).
Fonte: Henrique (2016, p.55).
O princípio do débito e do crédito é caracterizado, então, por estar apoiado em
relações de direito. Segundo Iudícibus, Marion e Rios (2018, p. 237), “a tradicional
divisão da conta em seção de débitos e seção de crédito é corroborada
suficientemente por essa teoria, porquanto débito e crédito são situações jurídicas
admiravelmente ajustadas às relações de direitos e obrigações entre pessoas”. A
escrituração contábil é condição indispensável para que seja possível gerar
informações no tempo certo, isto é, que sejam informações fidedignas e que
representem a realidade. Também é preciso que sejam compreensíveis a todos os
usuários que se utilizaram dela.
Saiba mais!
CFC apresenta interpretação técnica sobre escrituração contábil
O Conselho Federal de Contabilidade apresentou, em 12 de dezembro
de 2014, a revisão da Interpretação Técnica de número 2000. Segundo
esse documento, é possível observar as necessidades das entidades
em relação ao processo de escrituração contábil. O documento
objetiva estabelecer “critérios e procedimentos a serem adotados pela
entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por
meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da
documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do
profissional da contabilidade” (CFC, 2014, on-line). 
Fique por dentro do assunto consultando o seguinte endereço
eletrônico:
Clique Aqui
Fonte: elaborado pelo autor.
Sobre a escrituração contábil, em especial o processo de evolução que ela passou
nos últimos anos, é importante considerar que:
Ultrapassada a fase conceitual quanto à obrigatoriedade da
escrituração contábil, percebe-se que a atual contabilidade,
como escrituração, difere muito do modelo utilizado no
passado, em que basicamente se resumia a efetuar registros,
sintetizar e informar fatos financeiros das operações de uma
entidade, cujo objetivo fundamental era atender à imposição
da legislação tributária. Hoje, ela está muito mais complexa,
seja em razão da evolução da sociedade que está mais
exigente quanto à transparência das entidades, seja pela
necessidade de observar as normas tributárias relacionadas
(HENRIQUE, 2016, p. 24).
É necessário que todos os profissionais que atuam na escrituração contábil
reconheçam a sua relevância diante de outros processos dentro da organização.
Tão importante quanto isso é, também, considerar que a escrituração se relaciona
com inúmeros processos e departamentos, por isso ela precisa ser pensada de
forma abrangente e considerando toda a sua complexidade. No Brasil, a
obrigatoriedade da escrituração contábil surgiu no século XIX, a partir do Código
Comercial de 25 de junho de 1850, que impunha a necessidade aos comerciantes
de registrarem as operações de compras e vendas de suas operações em livros
que deveriam ficar à disposição da fiscalização governamental (SILVA; MARION,
2013). Com esses livros, seria possível aos governos efetuar o controle das
operações comerciais ocorridas no período, bem como controlar e efetuar o cálculo
dos impostos que seriam devidos por esses comerciantes.
Saiba mais!
SPED e seus impactos na escrituração
O processo de escrituração deve observar os dispositivos legais que
impactam os procedimentos, as mudanças provocadas pelo Sistema
Público de Escrituração Digital, mais conhecido como SPED, que
apresentou uma série de mudanças em relação à forma como as
empresas devem realizar as suas escriturações. A Lei nº 6.404 (BRASIL,
1976) também impactou a forma como as empresas realizam as
escriturações, principalmente quando se trata das empresas
denominadas S.A.’s.
Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico:
Clique Aqui
Fonte: elaborado pelo autor.
O acompanhamento das leis e normas brasileiras acabaram ressaltando, nos
últimos anos, a necessidade que as organizações possuem de apresentar um
processo de escrituração contábilestruturado. As principais escriturações são
evidenciadas a seguir.
A Lei de número 10.406, de 10 de janeiro de 2002, revogou o Código Comercial
vigente e apresentou o Código Civil. Em seu art. 1.179, o Código Civil apresenta
que os empresários e as empresas são obrigados a “seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de
seus livros, em correspondência com a documentação respectiva” (BRASIL,
2002, on-line). Além disso, estabelece-se, por meio dessa Lei, a
obrigatoriedade de as empresas apresentarem todos os anos o seu balanço
patrimonial e o seu resultado econômico. O Código Civil ainda destacou
outras necessidades das empresas, dentre elas, a uniformização dos livros
contábeis e a necessidade de manter um profissional da contabilidade para
que possa se responsabilizar por todas as operações realizadas.
Saiba mais!
Órgãos fiscalizadores
A EFD ICMS-IPI incide sobre as operações que geram a obrigação de
recolher o ICMS e o IPI. Assim, todas as organizações que realizam
operações industriais ou importam mercadorias são obrigadas a
realizar essa obrigação. A Receita Estadual do Domicílio da
Organização é o órgão fiscalizador responsável por apresentar as
obrigações relacionadas à escrituração dos impostos estaduais.
Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico:
Clique Aqui
Fonte: elaborado pelo autor.
A Lei Complementar de número 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu o
Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Essa Lei
reforçou a necessidade da escrituração contábil ao apresentar que as
pequenas empresas poderão adotar contabilidade simplificada, mas que não
podem deixar de realizar os seus registros e controles. Segundo o art. 27, “as
microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
poderão, facultativamente, adotar contabilidade simplificada para os
registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do
Comitê Gestor” (BRASIL, 2006, on-line).
A Resolução de número 1.330 de 2011, do Conselho Federal de Contabilidade,
apresenta que “a escrituração contábil deve ser adotada por todas as
entidades, independentemente da natureza e do porte, observadas as
exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver” (SILVA;
MARION, 2013, p. 79).
Saiba mais!
Informatização da escrituração
A Receita Federal e os órgãos ligados aos estados e municípios têm
feito uma série de mudanças na forma como as empresas prestam as
informações; dentre as principais, as empresas passarão a contar, nos
últimos anos, com três obrigações relacionadas ao seu processo de
escrituração: EFD-ICMS-IPI, EFD Contribuições e EFD-Reinf. Uma das
grandes virtudes do sistema Sped, considerando o fluxo dos arquivos
eletrônicos, é oferecer segurança jurídica para os usuários. Criaram-
se, no país, as condições necessárias para fornecer garantia de
autenticidade. Os profissionais ligados à contabilidade devem estar
atentos a essas obrigações.
Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico:
Clique Aqui
Fonte: elaborado pelo autor.
O Decreto de número 3.048, de 6 de maio de 1999, devido a uma exigência da
Previdência Social, impõe às organizações que elas deverão registrar todos os
meses os títulos próprios que são gerados das contribuições recolhidas
especificamente a esse órgão. Essa necessidade de registro apresentada pelo
órgão demonstra a importância de realizar uma escrituração contábil de
acordo com o exposto na legislação (BRASIL, 1999).
A Lei de número 5.172, de 25 de outubro de 1966, instituiu o Código Tributário
Nacional e apresentou, em seu art. 195, os livros obrigatórios que as
organizações devem manter em seu registro, bem como expôs a necessidade
de se manter os comprovantes dos lançamentos efetuados nesses livros até
que ocorra a prescrição deles (BRASIL, 1966).
A Lei de número 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, apresenta os processos de
recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da
sociedade empresária. Segundo essa Lei, as organizações que desejarem
solicitar o processo de falência e recuperação judicial devem apresentar “as
demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as
levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita
observância da legislação societária aplicável” (SILVA; MARION, 2013, p. 79).
O processo de escrituração contábil deverá, ainda, ser apresentado de acordo com
os princípios da contabilidade. É importante ressaltar que o nível de detalhamento
do processo de escrituração deve estar em conformidade com as necessidades de
informação que os usuários desse tipo de informação carecem. Assim, considera-
se que o profissional da contabilidade deverá estar atento a essa necessidade.
Existem cinco regras básicas que direcionam a forma como as organizações
deverão realizar a sua escrituração contábil. Vejamos no infográfico a seguir.
O processo de escrituração contábil também deverá ser realizado considerando
algumas fases de grande importância para que a referida escrituração possa
apresentar os resultados almejados. Essas fases podem ser observadas na Figura 1.
Na primeira fase da escrituração contábil, ocorrem a recepção, a análise e a
classificação de todos os documentos que serão utilizados para o registro dos fatos
contábeis pela entidade. Nessa primeira fase, o profissional responsável por realizar
a escrituração contábil deverá identificar e relacionar todos os fatos observados e
que tenham a devida comprovação documental. Em relação ao plano de contas
FIGURA 1 Fases da escrituração fiscal
FONTE: Elaborada pelo autor
adotado pela entidade, deverá, aqui também, realizar os lançamentos a débito e a
crédito que são necessários para o processo de contabilização. Como forma de
finalizar a primeira fase da escrituração, o profissional deverá realizar a conferência
de todos os saldos das contas que receberam os respectivos lançamentos
efetuados.
Saiba mais!
Escrituração Digital (EFD Contribuições)
A EFD-Contribuições foi disciplinada a partir da Instrução Normativa
RFB nº 1.252 (BRASIL, 2012). Com essa obrigação, as empresas deverão
realizar de forma digital a escrituração das suas contribuições para o
PIS/Pasep, Cofins e Contribuição Previdenciária.
Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico:
Clique Aqui
Fonte: elaborado pelo autor.
Na fase seguinte, os fatos deverão ser registrados no livro diário, que é o livro
adequado aos registros que servirão de prova para os registros em questão. Na
segunda fase, também serão realizadas a retratação do livro razão e a escrituração
por contas individuais. O momento de realização desse registro é de grande
importância para a escrituração contábil, assim, os profissionais deverão efetuar
todos os registros corretamente e seguindo todas as orientações e recomendações
dos órgãos normativos da contabilidade.
A terceira fase da escrituração contábil consiste, basicamente, no momento em
que é elaborado o balancete de verificação com o objetivo principal de constatar
se a somatória dos débitos e dos créditos foi realizada corretamente. Nessa terceira
fase, é possível, também, realizar e elaborar todos os ajustes e as devidas
conciliações que a contabilidade apresenta como necessárias. Um dos exemplos
de conciliação precisa é o fato de que a empresa pode ter emitido cheques que
ainda não foram compensados, assim, alguns ajustes deverão ser realizados aqui.
O encerramento das contas contábeis e a apuração do resultado do exercício, bem
como a apuração do lucro ou prejuízo que a entidade obteve no período,
apresentam-se como atividades que são desenvolvidas nessa fase. 
A quarta e última fase da escrituração contábil se divide em duas partes distintas e
que se inter-relacionam. A primeira parte é responsável pelo processo de
elaboração das principais demonstrações financeiras, dentre elas, destacam-se:
Balanço Patrimonial, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor
Adicionado, Demonstração do Resultadodo Exercício e todas as demais
demonstrações necessárias para que os usuários da informação contábil carecem.
A segunda parte será responsável por finalizar o livro diário da entidade; aqui, deve-
se realizar a escrituração da data, na sequência, além de fazer o registro das
assinaturas dos diretores, sócios responsáveis e do profissional contábil
encarregado pelos registros.
É importante que se garanta a qualidade ao processo de escrituração contábil, por
isso é necessário que todos os profissionais envolvidos nesse processo se
empenhem ao máximo, pois:
[...] uma escrituração contábil sem qualidade expõe a entidade
e o profissional contabilista a riscos, por isso é conveniente que
os administradores das entidades apoiem e acompanhem os
trabalhos dos contabilistas responsáveis pela escrituração
contábil e, da mesma forma, é importante que os contabilistas
estejam atentos quanto aos seus subordinados (HENRIQUE, 2016,
p. 75).
Uma escrituração contábil bem estruturada auxilia as organizações a se
desenvolverem mais eficazmente, pois, com informações mais confiáveis, os
gestores terão dados com maior qualidade para subsidiar as suas tomadas de
decisões (MARION, 2019). Para que a escrituração seja possível, é importante que o
profissional responsável realize todos os lançamentos corretamente, assim, é
necessário considerar que os lançamentos têm duas funções primordiais:
uma função histórica, ou seja, visa realizar o registro das operações em uma
data específica;
uma função de efetuar os registros monetários das operações, por isso todos
os registros devem apresentar, além de uma breve descrição da operação em
si, um acompanhamento do seu respectivo valor monetário.
Os registros dos lançamentos dos fatos ocorridos nas entidades são efetuados,
basicamente, em dois tipos de livros. Eles estão apresentados na Figura 2.
O livro diário é considerado um dos principais para a escrituração contábil, pois ele
é obrigatório. É justamente nele que são apresentadas as informações de forma
individualizada, estando organizadas em ordem cronológica, ou seja, daquelas que
ocorreram na empresa no período e que geraram alguma movimentação no seu
patrimônio ou, ainda, que deverão gerar alguma movimentação no futuro. Segundo
Iudícibus, Marion e Faria (2018, p. 252), “a NBC T-2-1 admite a escrituração do livro
diário por meio de partidas mensais, bem como sua escrituração de forma
resumida, desde que haja escrituração analítica em registros auxiliares”. Assim,
devem ser observadas todas as obrigatoriedades legais existentes em relação à
confecção do diário na entidade. No quadro 1, é possível observar como seria o
lançamento em um livro diário.
Livro Diário da Companhia JHMC S.A
Ref. Data Conta Contábil Débito Crédito Histórico
1 16/07/2020
Contas a
receber
R$ 10.000  
Venda para
cliente XYZ
com NF 01.Receita   R$ 10.000
2 17/07/2020
Caixa   R$ 5.000
Baixa boleto
02.
Contas a
receber
  R$ 5.000
3 18/07/2020
Contas a pagar     Baixa
despesa NF
564.Caixa R$ 5.000  
FIGURA 2 Livros da escrituração fiscal
FONTE: Elaborada pelo autor
Quadro 1- Modelo de livro diário.
Fonte: Elaborado pelo autor.
O livro razão e o livro diário constituem o registro permanente da entidade.
Entretanto, o primeiro livro não segue as mesmas formalidades que o segundo. Por
intermédio da análise desse livro, é possível conhecer os valores de contas a pagar
e a receber que a empresa registrou no período. No livro razão, o registro seria
efetuado por conta contábil, conforme apresentado no Quadro 2.2.
Livro Razão da Companhia JHMC S.A.
Ref Data
Contra
Partida
Documento Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Contas a Receber
1 16/07/2020
Conta
Receita
NF 01
Venda
para
cliente
XYZ
R$
10.000
 
R$
10.000
D
2 17/07/2020
Conta
Caixa
Boleto 02
Baixa
boleto
 
R$
5.000
R$
5.000
 
Quadro 2 - Modelo de livro razão.
Fonte: Elaborado pelo autor.
O livro caixa é considerado um livro auxiliar da escrituração contábil. Esse livro tem
a função de efetuar todos os registros relacionados às entradas e saídas de
dinheiro da entidade. É importante ressaltar que esse livro é obrigatório para as
microempresas e para as empresas de pequeno porte que são optantes pelo
simples como regime tributário.
Ademais, o livro conta corrente é outro livro considerado auxiliar da escrituração
contábil; este, por sua vez, tem como função efetuar o registro de todas as
movimentações que representam direitos e obrigações das empresas no período.
Já o livro de registro das duplicatas objetiva efetuar o registro de todas as
duplicatas emitidas pela entidade, assim como as informações relacionadas à
data, ao valor das faturas originárias e às suas respectivas datas de expedição.
Uma consideração importante a ser realizada em relação aos registros dos fatos
contábeis remete aos razonetes ou, como alguns os denominam, gráfico T. O
razonete é apresentado como a versão simplificada do livro razão. A principal
vantagem da utilização do razonete é a sua simplicidade, na qual é possível
visualizar o saldo da conta, além de todos os seus débitos e créditos. Na Figura 3, é
possível observar um modelo de razonete.
A elaboração dos razonetes ocorre para cada uma das contas que a empresa tiver,
assim, ele é individual. Com a informatização da contabilidade, a utilização dos
razonetes tem caído em desuso, porém é uma importante ferramenta para o
estudo e entendimento dos lançamentos contábeis e das contas.
FIGURA 3 Modelo de razonete
FONTE: Elaborada pelo autor
Planos de contas e as suas
características
Conhecer e compreender a importância das contas é uma das importantes tarefas
que são desempenhadas pelos profissionais da contabilidade. As contas possuem
uma função essencial na contabilidade: elas objetivam auxiliar no processo de
registro e controle das operações realizadas pela entidade, assim, elas auxiliam no
controle do patrimônio e de todas as suas mutações.
Segundo Ribeiro (2018, p. 31), “o plano de contas é um conjunto de contas, diretrizes
e normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a
uniformização dos registros contábeis. É um instrumento de grande importância no
desenvolvimento do processo contábil de uma empresa”. Nesse sentido, cada
empresa poderá elaborar um plano de contas que atenda melhor às suas
necessidades. Entretanto, algumas observações devem ser feitas no tocante às
necessidades de cumprir normas que estejam relacionadas ao setor que a
empresa esteja vinculada.
Geralmente, o plano de contas se divide em contas patrimoniais e conta de
resultado, sendo que elas apresentam numerações específicas que permitem
diferenciar e identificar cada uma delas. A seguir, é possível observar os algarismos
que estão relacionados a cada tipo das contas e que compõem o plano de contas
da grande maioria das entidades brasileiras.
Contas do ativo (patrimonial).
Contas do passivo (patrimonial).
Contas de receitas (resultado).
 Contas de despesas (resultado).
 Contas de apuração do resultado (resultado).
As contas patrimoniais são aquelas apresentadas no Balanço Patrimonial da
entidade e possuem como principal função representar o patrimônio da entidade,
assim, o plano de contas é composto por uma numeração que permite identificar
os ativos, os passivos e o patrimônio líquido da entidade. No Quadro 2.3, é possível
observar como as contas patrimoniais podem ser codificadas no plano de contas
de uma empresa.
CONTAS PATRIMONIAIS
1. ATIVO 2. PASSIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
  1.1.01 Caixa
  1.1.02 Bancos conta Movimento
  1.1.03 Clientes
  1.1.04 Duplicatas a Receber
  1.1.05 Promissórias a Receber
  1.1.06 Estoque de Mercadorias
  1.1.07 Estoque de Material de
Expediente
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
  2.1.01 Fornecedores
  2.1.02 Duplicatas a Pagar
  2.1.03 Promissórias a Pagar
  2.1.04 Salários a Pagar
  2.1.05 Impostos e Taxas a Recolher
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
  1.2.01 Duplicatas a Receber
  1.2.02 Promissórias a Receber
  1.2.03 Computadores
  1.2.04 Imóveis
  1.2.05 Instalações
  1.2.06 Móveis e Utensílios
  1.2.07 Veículos1.2.08 Fundo de Comércio
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
  2.2.01 Duplicatas a Pagar
  2.2.02 Promissórias a Pagar  
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
  2.3.01 Capital
  2.3.02 Lucros Acumulados  
Quadro 3 - Plano de contas: Contas Patrimoniais.
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2018).
As contas apresentadas na demonstração dos resultados do exercício também
estão contidas no plano de contas, assim, uma sugestão de organização dessas
contas pode ser observada no Quadro 4.
CONTAS DE RESULTADO
3. DESPESAS 4. RECEITAS
3.1 DESPESAS OPERACIONAIS
  3.1.01 Água e Esgoto
  3.1.02 Aluguéis Passivos
  3.1.03 Café e Lanches
  3.1.04 Combustíveis
  3.1.05 Descontos Concedidos
  3.1.06 Despesas Bancárias
  3.1.07 Despesas (ou gastos) de
Organização
  3.1.08 Energia Elétrica
  3.1.09 Fretes e Carretos
  3.1.10 Impostos e Taxas
  3.1.11 Juros Passivos
  3.1.12 Material de Expediente
  3.1.13 Material de Limpeza
4.1 RECEITAS OPERACIONAIS
  4.1.01 Aluguéis Ativos
  4.1.02 Descontos Obtidos
  4.1.03 Juros Ativos
  4.1.04 Receitas Eventuais
  4.1.05 Receitas de Serviços
5. CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADO
  3.1.14 Serviços de Terceiros
  3.1.15 Telefones
  3.1.16 Despesas Eventuais
5.1 RESULTADO LÍQUIDO
 5.1.01 Resultado do Exercício
Quadro 4 - Plano de contas: Contas de resultado.
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2018).
O plano de contas simplificado, conforme apresentado nos Quadros 3 e 4, é muito
utilizado pelas empresas, pois ele acaba por atender às necessidades de
organização das contas. Para Silva e Marion (2013, p. 168):
O plano de contas, mesmo que simplificado, deve ser
elaborado considerando-se as especificidades e natureza das
operações realizadas, bem como deve contemplar as
necessidades de controle de informações no que se refere aos
aspectos fiscais e gerenciais. É estruturado de forma ordenada
e leva em consideração algumas características fundamentais,
como: tamanho da empresa; ramo de atividade em que a
empresa opera; sistema contábil (equipamentos contábeis);
interesses dos usuários etc.
Os profissionais da contabilidade devem buscar desenvolver um plano de contas
que atenda às necessidades da entidade com respeito às normas e aos
regulamentos em vigência e que, principalmente, permita aos usuários das
informações contábeis compreenderem as informações apresentadas.
Contabilidade por balanços sucessivos
As organizações são entidades dinâmicas, portanto, a todo momento, é possível
observar mudanças em suas operações e atividades. Essas mudanças, por sua vez,
acabam impactando em grande parte no patrimônio dessas entidades. Como
contabilidade, compete a função de efetuar os registros que identifiquem as
mudanças no patrimônio. Pode-se afirmar que também é sua função registrar todo
o dinamismo que ocorre nas organizações.
Em suma, a contabilidade por balanços sucessivos se efetiva por meio da
elaboração de um novo balanço patrimonial a partir de cada alteração no campo
dos direitos, bens e obrigações percebidas na entidade. Como forma de
demonstrar a elaboração de balanços de forma sucessiva em uma entidade, é
pertinente considerar o exemplo a seguir.
EXEMPLO: Organizações JHMC LTDA
Os empresários João Henrique e Matheus Cunha estão abrindo uma empresa em
sociedade no ramo comercial. Eles pretendem abrir uma loja de tênis esportivos na
cidade de Curitiba, a capital do Paraná. Já iniciaram os contatos com possíveis
fornecedores, prestadores de serviços e já escolheram o ponto comercial que
receberá a sua loja. Ambos os sócios concordaram em investir valores iguais no
negócio, assim, eles deverão manter a sociedade com 50% para cada empresário.
Ficou combinado que cada um deveria investir a quantia de R$ 100.000,00 para
iniciar os processos de abertura da loja. Como forma de organizar a contabilidade
da nova empresa, eles contrataram um escritório de contabilidade que pudesse
cuidar de todos os trâmites burocráticos relacionados à abertura do negócio e que
pudesse apresentar relatórios semanais sobre como os recursos estavam sendo
aplicados nesse novo empreendimento. A evolução do negócio deveria ser
apresentada por meio do balanço patrimonial da nova empresa.
O exemplo apresentado das Organizações JHMC S.A. demonstra a clara
necessidade de se realizar a contabilidade por balanços sucessivos, portanto, a
partir dos fatos a seguir, novos balanços seriam constituídos.
Primeiro fato: os sócios João Henrique e Matheus Cunha constituem as
Organizações JHMC LTDA realizando um investimento inicial de R$ 100.000,00 cada
um. Esse valor foi desembolsado em dinheiro na primeira semana da sociedade.
No Quadro 5, é possível observar o primeiro Balanço Patrimonial da empresa.
Balanço Patrimonial - Organizações JHMC LTDA
Ativo Passivo
CAIXA                              R$ 200.000,00
 
Patrimônio Líquido
Capital Social                              R$
200.000,00
   TOTAL                          R$ 200.000,00
   TOTAL                                      R$
200.000,00
Quadro 5 - Balanço Patrimonial - Semana 1.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Satisfeitos com os serviços prestados pelo escritório de contabilidade na primeira
semana da empresa, os sócios decidiram avançar sobre os seus planos de
abertura do empreendimento. Com isso, eles decidiram comprar alguns itens para
utilizar no ambiente da loja e optaram por comprar um automóvel para que fosse
possível efetuar a entrega dos produtos adquiridos pelos clientes, além de utilizar
nas demais atividades operacionais da empresa.
Segundo fato: compra de móveis para a empresa no valor de R$ 50.000,00 e
compra de um automóvel no valor de R$ 35.000,00. O pagamento dessas duas
compras foi na modalidade à vista e ocorreu na segunda semana da empresa.
No Quadro 6, é possível observar o segundo Balanço Patrimonial da empresa.
Balanço Patrimonial - Organizações JHMC LTDA
Ativo Passivo
CAIXA                              R$ 115.000,00
MÓVEIS                           R$  50.000,00
VEÍCULOS                       R$  35.000,00
 
Patrimônio Líquido
Capital Social                              R$
200.000,00
   TOTAL                          R$ 200.000,00
   TOTAL                                      R$
200.000,00
Quadro 6 - Balanço Patrimonial - Semana 2.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Em continuidade ao processo de implementação dos seus negócios, os sócios
decidem efetuar a primeira grande compra de produtos que seriam
comercializados pela empresa. Em contato com um grande fornecedor, eles
acertaram a compra de R$ 150.000,00 em mercadorias; desse valor, R$ 75.000,00
seriam pagos à vista e o restante seria pago no prazo de 60 dias pela empresa.
Terceiro fato: compra de R$ 150.000,00 em mercadorias para compor o estoque da
empresa, sendo que o pagamento dessa mercadoria ocorreu em R$ 75.000,00 à
vista e, para o restante, foi assumida uma duplicata para pagamento em 60 dias.
No Quadro 7, é possível observar o terceiro Balanço Patrimonial da empresa.
Balanço Patrimonial - Organizações JHMC LTDA
Ativo Passivo
CAIXA                              R$ 40.000,00
MÓVEIS                           R$  50.000,00
VEÍCULOS                       R$  35.000,00
ESTOQUES                     R$ 150.000,00
DUPLICATAS A PAGAR              R$
75.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social                              R$
200.000,00
   TOTAL                          R$ 275.000,00
   TOTAL                                     R$
275.000,00
Quadro 7 - Balanço Patrimonial - Semana 3.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Com a elaboração dos balanços sucessivos, os sócios conseguem ter uma visão de
todo o processo de evolução do patrimônio, assim, essa técnica é de grande
importância para o processo de tomada de decisão. No exemplo apresentado, ficou
claro como a empresa foi constituída, bem como o seu patrimônio se modificou ao
longo das semanas. O movimento do débito e do crédito das operações também
ficou claro a partir do momento em que as compras foram realizadas e as
respectivas saídas do caixa ocorreram.
Balancete de verificação
O balancete de verificação é uma importante ferramenta utilizada paraconfrontar
os saldos das contas nos lançamentos com os saldos que serão utilizados para a
elaboração das demonstrações. Para Ribeiro (2019, p. 113), o “balancete é uma
relação de contas extraídas do Livro Razão (ou dos Razonetes), com seus
respectivos saldos devedores e credores”. Assim, a quantidade de informações do
balancete deve estar de acordo com a sua finalidade. Por esse motivo, é importante
ressaltar que o profissional da contabilidade deverá fazer uso do modelo que
melhor se adapte à necessidade dos usuários da informação.
As informações do balanço de verificação devem permitir que os usuários das
informações realizem a conferência de todos os lançamentos dos razonetes e dos
livros utilizados na escrituração contábil da empresa. Portanto, “se a conta no
Razonete apontar saldo devedor, esse saldo será transportado para a coluna do
saldo devedor do Balancete; por outro lado, se a conta apresentar, no Razonete,
saldo credor, esse saldo será transportado para a coluna do saldo credor do
Balancete” (RIBEIRO, 2018, p. 99).
No Quadro 8, observa-se como ficaria o balancete de verificação das Organizações
JHMC LTDA após o fim da terceira semana e considerando os saldos de todas as
suas contas.
N. CONTAS
SALDO
DEVEDOR CREDOR
1 CAIXA R$ 40.000,00  
2 CAPITAL   R$ 200.000,00
3 MÓVEIS R$ 50.000,00  
4 VEÍCULOS R$ 35.000,00  
5 ESTOQUES R$150.000,00  
FIGURA 4 Informações do balancete de verificação
FONTE: Elaborada pelo autor
6
DUPLICATAS A
PAGAR
  R$ 75.000,00
  TOTAIS R$ 275.000,00 R$ 275.000,00
Quadro 8 - Balancete de verificação das Organizações JHMC LTDA - Semana 3.
Fonte: Elaborado pelo autor.
É importante observar que, no balancete de verificação, há os saldos das contas da
entidade. Essas contas são apresentadas e organizadas de acordo com o fato de
débito ou crédito. Segundo Ribeiro (2018, p. 99), “assim, ao relacionar, no Balancete,
todas as contas utilizadas pela contabilidade de uma empresa, com seus
respectivos saldos devedores e credores, a soma da coluna do débito deverá ser
igual à soma da coluna do crédito”.      
O balancete permite aos gestores realizar diversas análises que dependam de
informações financeiras. Para Iudícibus, Marion e Faria (2018, p. 261), “o balancete
que se destinar aos fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do
contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC. O
balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente”.
A elaboração do balancete de verificação se faz importante para que os
profissionais da contabilidade possam fazer todas as análises das contas e de
todas as movimentações ocorridas no período. Muitos profissionais se utilizam do
balancete em seu dia a dia e somente emitem as demais demonstrações ao fim do
período.
Agora que você concluiu a leitura deste estudo, veja, nos vídeos a seguir, temas que
complementarão seus estudos:
 
Indicação de leitura:
Livro: Livros contábeis: a escrituração contábil no atual cenário tributário.
Autor: Manoel Almeida de Henrique.
Ano: 2016.
Editora: Trevisan.
ISBN: 978-85-99519-92-9.
Comentário: essa obra é fundamental para todos que pretendem estudar e
compreender como os processos relacionados à escrituração contábil impactam o
processo de tomada de decisões dentro das empresas. Ao longo da obra, é possível
observar como as empresas vêm se adaptando às novas exigências concernentes
aos órgãos fiscalizadores.
Atividade
Segundo Henrique (2016, p. 25), “compreender e saber interpretar as
mudanças ocorridas nos procedimentos contidos nos aspectos intrínsecos
e extrínsecos dos livros contábeis é muito importante. Um fato que
demonstra isso é a situação vigente da escrituração contábil dos estoques,
seja ela de entidades de grande a pequeno porte”.
HENRIQUE, M. A. Livros contábeis: a escrituração contábil no atual cenário
tributário. São Paulo: Trevisan Editora, 2016.
Considerando o exposto, assinale a alternativa que apresenta as contas
relacionadas à Teoria das Cinco Contas Gerais. 
A. Capital, lucros e perdas, caixa, mercadorias, créditos e débitos.
B. Ativo, passivo, receita, despesa e apuração do resultado. 
C. Ativo, ativo circulante, ativo não circulante, ativo intangível e ativo
imobilizado. 
D. Passivo, passivo circulante, passivo não circulante, patrimônio
líquido e reservas. 
E. Ativo, passivo, ativo circulante, passivo circulante e patrimônio
líquido.
Atividade
A escrituração contábil ocorre por meio de vários livros que são registrados
em diferentes operações, de acordo com as normas, regulamentos e em
conformidade com as necessidades de informações que as entidades
possuem. Acompanhar as informações das normas e regulamentos é uma
condição indispensável para se elaborar esses livros. Referente ao exposto,
qual livro traz as informações que possibilitam conhecer os valores de
contas a pagar e a receber que a empresa registrou no período?
A. Livro registro das duplicatas.
B. Livro caixa. 
C. Livro contas no banco. 
D. Livro razão.
E. Livro compras das mercadorias. 
Atividade
De acordo com Ribeiro (2018, p. 93), “também denominado gráfico em T ou
conta em T, o razonete nada mais é do que o livro razão. O livro razão é o
mais importante dos livros utilizados pela contabilidade. Por meio dele, é
possível controlar separadamente o movimento de todas as contas”. 
RIBEIRO, O. M. Contabilidade fundamental. São Paulo: Saraiva, 2018.
No que concerne ao exposto, assinale a alternativa que apresenta a
demonstração elaborada pela contabilidade e que possui maior relação
com o processo de elaboração dos razonetes. 
A. Balanço Patrimonial.
B. Balancete de verificação.
C. Demonstração dos Resultados do Exercício.
D. Livro contas no banco.
E. Livro compras das mercadorias. 
 
Síntese
O registro dos fatos contábeis é indispensável para que as organizações possam
organizar a sua contabilidade, a fim de que seja possível prestar contas aos órgãos
fiscalizadores e apresentar as informações aos tomadores de decisões. A
contabilidade, como uma ciência que já vem se desenvolvendo há muitos anos,
oferece aos seus usuários uma série de ferramentas para ser possível atender aos
anseios por informações de qualidade.
A elaboração dos livros a partir da escrituração contábil e a de demonstrações,
como o balancete de verificação, possibilitam aos usuários obterem informações
sobre a evolução do patrimônio da entidade ao longo dos períodos. A elaboração
de balanços sucessivos também proporciona informações fidedignas e que
representem a realidade patrimonial da entidade.
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Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária
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Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
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BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por
Ações. Diário Oficial da União. Disponível
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BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das
Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no
10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de
1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de
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https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/ITG2000(R1).pdf

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