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Introdução Olá, aluno(a)! O profissional da contabilidade deve estar atento a qualquer tipo de mudança ou alteração no ambiente interno ou externo da entidade contábil, pois isso poderá ocasionar mudanças na forma com que ele deverá realizar o seu trabalho. Algumas funções, por mais simples que sejam, podem provocar impactos sérios na forma como ele desenvolve os procedimentos e as operações que afetam a contabilização do patrimônio da entidade. A contabilidade é algo que se apresenta dentro de uma entidade como um todo coeso, mas também como partes que se inter-relacionam. Como exemplo, podemos salientar a contabilidade tributária que cuida do cálculo dos impostos, tributos e taxas. Temos, ainda, a contabilidade que cuida dos cálculos trabalhistas, tratando, especificamente, da forma como as entidades realizam o registro e o pagamento dos salários de seus colaboradores. Neste material, serão trabalhados diversos conteúdos relacionados à escrituração contábil e de que maneira ela reflete na forma como as entidades apresentam as suas demonstrações contábeis aos usuários das informações evidenciadas. Serão abordados, também, importantes conceitos da contabilidade que devem ser de conhecimento geral e irrestrito de todos que atuam ou pretendem atuar na área. Dentre esses conceitos, destaca-se o plano de contas, isto é, como ele pode ser apresentado nas entidades, e o conceito de contabilidade por balanços sucessivos, ou seja, como esses balanços impactam o dia a dia da contabilidade. Ademais, será apresentada a importância de realizar o balancete de verificação. Bons estudos! Escrituração Contábil (Fundamentos de Contabilidade) Johny Henrique Magalhães Casado Autor Objetivos de Aprendizagem Compreender o processo de escrituração contábil nas empresas Analisar a importância de técnicas contábeis que auxiliam na geração de informações. Refletir sobre a necessidade de elaboração de balanços sucessivos e balancete de verificação. Escrituração contábil: conceitos e especificidades O processo de escrituração contábil, assim como toda a contabilidade, tem evoluído ao longo dos anos. Durante muito tempo, a contabilidade tinha todas as suas atenções voltadas, única e exclusivamente, ao processo de registro e controle do patrimônio. Essa tendência foi herdada da escola italiana de contabilidade e perdurou por muitos anos. Atualmente, “as normas de Contabilidade dão enfoque total aos relatórios contábeis, por entender que são o produto final da Contabilidade e que é por meio de sua análise que os diversos usuários podem realizar seus estudos e tomar suas decisões” (MARION; CARDOSO; RIOS, 2019, p. 7). Existem diversas teorias que tratam da escrituração contábil. Dentre elas, destaca- se a denominada Teoria das Cinco Contas Gerais, que foi elaborada por Edmond De Grandes (IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2018). Existem algumas que possuem muita importância diante das demais. São elas: capital; lucros e perdas; caixa; mercadorias, e créditos e débitos. Com a evolução da teoria das cinco contas, desenvolveu-se e evoluiu o princípio do “débito” e do “crédito” das contas das entidades. Em via de regra, essa teoria se pauta na seguinte afirmação: debitar aquele que recebe e creditar aquele que fornece. O princípio do débito e do crédito, basicamente, está fundamentado no fato de que direitos e obrigações são opostos, portanto, considerando uma empresa fornecedora de mercadorias e serviços, é possível compreender o seguinte: direito é crédito; obrigação é débito; diminuição de direito é débito; e diminuição de obrigação é crédito. Atenção! Escrituração Fiscal e Escrituração Contábil “A escrituração fiscal é parte integrante da escrituração contábil, por isso é oportuno destacar que hoje o fisco não se preocupa em identificar irregularidades somente no imposto destacado, mas também com o pago, o declarado, o recolhido, com a natureza das operações, com o movimento físico de mercadorias e produtos, com o movimento financeiro e, não menos importante, com a ocorrência de inadimplência fraudulenta por meio da escrituração contábil” (HENRIQUE, 2016, p. 55). Fonte: Henrique (2016, p.55). O princípio do débito e do crédito é caracterizado, então, por estar apoiado em relações de direito. Segundo Iudícibus, Marion e Rios (2018, p. 237), “a tradicional divisão da conta em seção de débitos e seção de crédito é corroborada suficientemente por essa teoria, porquanto débito e crédito são situações jurídicas admiravelmente ajustadas às relações de direitos e obrigações entre pessoas”. A escrituração contábil é condição indispensável para que seja possível gerar informações no tempo certo, isto é, que sejam informações fidedignas e que representem a realidade. Também é preciso que sejam compreensíveis a todos os usuários que se utilizaram dela. Saiba mais! CFC apresenta interpretação técnica sobre escrituração contábil O Conselho Federal de Contabilidade apresentou, em 12 de dezembro de 2014, a revisão da Interpretação Técnica de número 2000. Segundo esse documento, é possível observar as necessidades das entidades em relação ao processo de escrituração contábil. O documento objetiva estabelecer “critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade” (CFC, 2014, on-line). Fique por dentro do assunto consultando o seguinte endereço eletrônico: Clique Aqui Fonte: elaborado pelo autor. Sobre a escrituração contábil, em especial o processo de evolução que ela passou nos últimos anos, é importante considerar que: Ultrapassada a fase conceitual quanto à obrigatoriedade da escrituração contábil, percebe-se que a atual contabilidade, como escrituração, difere muito do modelo utilizado no passado, em que basicamente se resumia a efetuar registros, sintetizar e informar fatos financeiros das operações de uma entidade, cujo objetivo fundamental era atender à imposição da legislação tributária. Hoje, ela está muito mais complexa, seja em razão da evolução da sociedade que está mais exigente quanto à transparência das entidades, seja pela necessidade de observar as normas tributárias relacionadas (HENRIQUE, 2016, p. 24). É necessário que todos os profissionais que atuam na escrituração contábil reconheçam a sua relevância diante de outros processos dentro da organização. Tão importante quanto isso é, também, considerar que a escrituração se relaciona com inúmeros processos e departamentos, por isso ela precisa ser pensada de forma abrangente e considerando toda a sua complexidade. No Brasil, a obrigatoriedade da escrituração contábil surgiu no século XIX, a partir do Código Comercial de 25 de junho de 1850, que impunha a necessidade aos comerciantes de registrarem as operações de compras e vendas de suas operações em livros que deveriam ficar à disposição da fiscalização governamental (SILVA; MARION, 2013). Com esses livros, seria possível aos governos efetuar o controle das operações comerciais ocorridas no período, bem como controlar e efetuar o cálculo dos impostos que seriam devidos por esses comerciantes. Saiba mais! SPED e seus impactos na escrituração O processo de escrituração deve observar os dispositivos legais que impactam os procedimentos, as mudanças provocadas pelo Sistema Público de Escrituração Digital, mais conhecido como SPED, que apresentou uma série de mudanças em relação à forma como as empresas devem realizar as suas escriturações. A Lei nº 6.404 (BRASIL, 1976) também impactou a forma como as empresas realizam as escriturações, principalmente quando se trata das empresas denominadas S.A.’s. Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico: Clique Aqui Fonte: elaborado pelo autor. O acompanhamento das leis e normas brasileiras acabaram ressaltando, nos últimos anos, a necessidade que as organizações possuem de apresentar um processo de escrituração contábilestruturado. As principais escriturações são evidenciadas a seguir. A Lei de número 10.406, de 10 de janeiro de 2002, revogou o Código Comercial vigente e apresentou o Código Civil. Em seu art. 1.179, o Código Civil apresenta que os empresários e as empresas são obrigados a “seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva” (BRASIL, 2002, on-line). Além disso, estabelece-se, por meio dessa Lei, a obrigatoriedade de as empresas apresentarem todos os anos o seu balanço patrimonial e o seu resultado econômico. O Código Civil ainda destacou outras necessidades das empresas, dentre elas, a uniformização dos livros contábeis e a necessidade de manter um profissional da contabilidade para que possa se responsabilizar por todas as operações realizadas. Saiba mais! Órgãos fiscalizadores A EFD ICMS-IPI incide sobre as operações que geram a obrigação de recolher o ICMS e o IPI. Assim, todas as organizações que realizam operações industriais ou importam mercadorias são obrigadas a realizar essa obrigação. A Receita Estadual do Domicílio da Organização é o órgão fiscalizador responsável por apresentar as obrigações relacionadas à escrituração dos impostos estaduais. Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico: Clique Aqui Fonte: elaborado pelo autor. A Lei Complementar de número 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Essa Lei reforçou a necessidade da escrituração contábil ao apresentar que as pequenas empresas poderão adotar contabilidade simplificada, mas que não podem deixar de realizar os seus registros e controles. Segundo o art. 27, “as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, facultativamente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor” (BRASIL, 2006, on-line). A Resolução de número 1.330 de 2011, do Conselho Federal de Contabilidade, apresenta que “a escrituração contábil deve ser adotada por todas as entidades, independentemente da natureza e do porte, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver” (SILVA; MARION, 2013, p. 79). Saiba mais! Informatização da escrituração A Receita Federal e os órgãos ligados aos estados e municípios têm feito uma série de mudanças na forma como as empresas prestam as informações; dentre as principais, as empresas passarão a contar, nos últimos anos, com três obrigações relacionadas ao seu processo de escrituração: EFD-ICMS-IPI, EFD Contribuições e EFD-Reinf. Uma das grandes virtudes do sistema Sped, considerando o fluxo dos arquivos eletrônicos, é oferecer segurança jurídica para os usuários. Criaram- se, no país, as condições necessárias para fornecer garantia de autenticidade. Os profissionais ligados à contabilidade devem estar atentos a essas obrigações. Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico: Clique Aqui Fonte: elaborado pelo autor. O Decreto de número 3.048, de 6 de maio de 1999, devido a uma exigência da Previdência Social, impõe às organizações que elas deverão registrar todos os meses os títulos próprios que são gerados das contribuições recolhidas especificamente a esse órgão. Essa necessidade de registro apresentada pelo órgão demonstra a importância de realizar uma escrituração contábil de acordo com o exposto na legislação (BRASIL, 1999). A Lei de número 5.172, de 25 de outubro de 1966, instituiu o Código Tributário Nacional e apresentou, em seu art. 195, os livros obrigatórios que as organizações devem manter em seu registro, bem como expôs a necessidade de se manter os comprovantes dos lançamentos efetuados nesses livros até que ocorra a prescrição deles (BRASIL, 1966). A Lei de número 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, apresenta os processos de recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Segundo essa Lei, as organizações que desejarem solicitar o processo de falência e recuperação judicial devem apresentar “as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável” (SILVA; MARION, 2013, p. 79). O processo de escrituração contábil deverá, ainda, ser apresentado de acordo com os princípios da contabilidade. É importante ressaltar que o nível de detalhamento do processo de escrituração deve estar em conformidade com as necessidades de informação que os usuários desse tipo de informação carecem. Assim, considera- se que o profissional da contabilidade deverá estar atento a essa necessidade. Existem cinco regras básicas que direcionam a forma como as organizações deverão realizar a sua escrituração contábil. Vejamos no infográfico a seguir. O processo de escrituração contábil também deverá ser realizado considerando algumas fases de grande importância para que a referida escrituração possa apresentar os resultados almejados. Essas fases podem ser observadas na Figura 1. Na primeira fase da escrituração contábil, ocorrem a recepção, a análise e a classificação de todos os documentos que serão utilizados para o registro dos fatos contábeis pela entidade. Nessa primeira fase, o profissional responsável por realizar a escrituração contábil deverá identificar e relacionar todos os fatos observados e que tenham a devida comprovação documental. Em relação ao plano de contas FIGURA 1 Fases da escrituração fiscal FONTE: Elaborada pelo autor adotado pela entidade, deverá, aqui também, realizar os lançamentos a débito e a crédito que são necessários para o processo de contabilização. Como forma de finalizar a primeira fase da escrituração, o profissional deverá realizar a conferência de todos os saldos das contas que receberam os respectivos lançamentos efetuados. Saiba mais! Escrituração Digital (EFD Contribuições) A EFD-Contribuições foi disciplinada a partir da Instrução Normativa RFB nº 1.252 (BRASIL, 2012). Com essa obrigação, as empresas deverão realizar de forma digital a escrituração das suas contribuições para o PIS/Pasep, Cofins e Contribuição Previdenciária. Para saber mais, consulte o seguinte endereço eletrônico: Clique Aqui Fonte: elaborado pelo autor. Na fase seguinte, os fatos deverão ser registrados no livro diário, que é o livro adequado aos registros que servirão de prova para os registros em questão. Na segunda fase, também serão realizadas a retratação do livro razão e a escrituração por contas individuais. O momento de realização desse registro é de grande importância para a escrituração contábil, assim, os profissionais deverão efetuar todos os registros corretamente e seguindo todas as orientações e recomendações dos órgãos normativos da contabilidade. A terceira fase da escrituração contábil consiste, basicamente, no momento em que é elaborado o balancete de verificação com o objetivo principal de constatar se a somatória dos débitos e dos créditos foi realizada corretamente. Nessa terceira fase, é possível, também, realizar e elaborar todos os ajustes e as devidas conciliações que a contabilidade apresenta como necessárias. Um dos exemplos de conciliação precisa é o fato de que a empresa pode ter emitido cheques que ainda não foram compensados, assim, alguns ajustes deverão ser realizados aqui. O encerramento das contas contábeis e a apuração do resultado do exercício, bem como a apuração do lucro ou prejuízo que a entidade obteve no período, apresentam-se como atividades que são desenvolvidas nessa fase. A quarta e última fase da escrituração contábil se divide em duas partes distintas e que se inter-relacionam. A primeira parte é responsável pelo processo de elaboração das principais demonstrações financeiras, dentre elas, destacam-se: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração do Resultadodo Exercício e todas as demais demonstrações necessárias para que os usuários da informação contábil carecem. A segunda parte será responsável por finalizar o livro diário da entidade; aqui, deve- se realizar a escrituração da data, na sequência, além de fazer o registro das assinaturas dos diretores, sócios responsáveis e do profissional contábil encarregado pelos registros. É importante que se garanta a qualidade ao processo de escrituração contábil, por isso é necessário que todos os profissionais envolvidos nesse processo se empenhem ao máximo, pois: [...] uma escrituração contábil sem qualidade expõe a entidade e o profissional contabilista a riscos, por isso é conveniente que os administradores das entidades apoiem e acompanhem os trabalhos dos contabilistas responsáveis pela escrituração contábil e, da mesma forma, é importante que os contabilistas estejam atentos quanto aos seus subordinados (HENRIQUE, 2016, p. 75). Uma escrituração contábil bem estruturada auxilia as organizações a se desenvolverem mais eficazmente, pois, com informações mais confiáveis, os gestores terão dados com maior qualidade para subsidiar as suas tomadas de decisões (MARION, 2019). Para que a escrituração seja possível, é importante que o profissional responsável realize todos os lançamentos corretamente, assim, é necessário considerar que os lançamentos têm duas funções primordiais: uma função histórica, ou seja, visa realizar o registro das operações em uma data específica; uma função de efetuar os registros monetários das operações, por isso todos os registros devem apresentar, além de uma breve descrição da operação em si, um acompanhamento do seu respectivo valor monetário. Os registros dos lançamentos dos fatos ocorridos nas entidades são efetuados, basicamente, em dois tipos de livros. Eles estão apresentados na Figura 2. O livro diário é considerado um dos principais para a escrituração contábil, pois ele é obrigatório. É justamente nele que são apresentadas as informações de forma individualizada, estando organizadas em ordem cronológica, ou seja, daquelas que ocorreram na empresa no período e que geraram alguma movimentação no seu patrimônio ou, ainda, que deverão gerar alguma movimentação no futuro. Segundo Iudícibus, Marion e Faria (2018, p. 252), “a NBC T-2-1 admite a escrituração do livro diário por meio de partidas mensais, bem como sua escrituração de forma resumida, desde que haja escrituração analítica em registros auxiliares”. Assim, devem ser observadas todas as obrigatoriedades legais existentes em relação à confecção do diário na entidade. No quadro 1, é possível observar como seria o lançamento em um livro diário. Livro Diário da Companhia JHMC S.A Ref. Data Conta Contábil Débito Crédito Histórico 1 16/07/2020 Contas a receber R$ 10.000 Venda para cliente XYZ com NF 01.Receita R$ 10.000 2 17/07/2020 Caixa R$ 5.000 Baixa boleto 02. Contas a receber R$ 5.000 3 18/07/2020 Contas a pagar Baixa despesa NF 564.Caixa R$ 5.000 FIGURA 2 Livros da escrituração fiscal FONTE: Elaborada pelo autor Quadro 1- Modelo de livro diário. Fonte: Elaborado pelo autor. O livro razão e o livro diário constituem o registro permanente da entidade. Entretanto, o primeiro livro não segue as mesmas formalidades que o segundo. Por intermédio da análise desse livro, é possível conhecer os valores de contas a pagar e a receber que a empresa registrou no período. No livro razão, o registro seria efetuado por conta contábil, conforme apresentado no Quadro 2.2. Livro Razão da Companhia JHMC S.A. Ref Data Contra Partida Documento Histórico Débito Crédito Saldo D/C Contas a Receber 1 16/07/2020 Conta Receita NF 01 Venda para cliente XYZ R$ 10.000 R$ 10.000 D 2 17/07/2020 Conta Caixa Boleto 02 Baixa boleto R$ 5.000 R$ 5.000 Quadro 2 - Modelo de livro razão. Fonte: Elaborado pelo autor. O livro caixa é considerado um livro auxiliar da escrituração contábil. Esse livro tem a função de efetuar todos os registros relacionados às entradas e saídas de dinheiro da entidade. É importante ressaltar que esse livro é obrigatório para as microempresas e para as empresas de pequeno porte que são optantes pelo simples como regime tributário. Ademais, o livro conta corrente é outro livro considerado auxiliar da escrituração contábil; este, por sua vez, tem como função efetuar o registro de todas as movimentações que representam direitos e obrigações das empresas no período. Já o livro de registro das duplicatas objetiva efetuar o registro de todas as duplicatas emitidas pela entidade, assim como as informações relacionadas à data, ao valor das faturas originárias e às suas respectivas datas de expedição. Uma consideração importante a ser realizada em relação aos registros dos fatos contábeis remete aos razonetes ou, como alguns os denominam, gráfico T. O razonete é apresentado como a versão simplificada do livro razão. A principal vantagem da utilização do razonete é a sua simplicidade, na qual é possível visualizar o saldo da conta, além de todos os seus débitos e créditos. Na Figura 3, é possível observar um modelo de razonete. A elaboração dos razonetes ocorre para cada uma das contas que a empresa tiver, assim, ele é individual. Com a informatização da contabilidade, a utilização dos razonetes tem caído em desuso, porém é uma importante ferramenta para o estudo e entendimento dos lançamentos contábeis e das contas. FIGURA 3 Modelo de razonete FONTE: Elaborada pelo autor Planos de contas e as suas características Conhecer e compreender a importância das contas é uma das importantes tarefas que são desempenhadas pelos profissionais da contabilidade. As contas possuem uma função essencial na contabilidade: elas objetivam auxiliar no processo de registro e controle das operações realizadas pela entidade, assim, elas auxiliam no controle do patrimônio e de todas as suas mutações. Segundo Ribeiro (2018, p. 31), “o plano de contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. É um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma empresa”. Nesse sentido, cada empresa poderá elaborar um plano de contas que atenda melhor às suas necessidades. Entretanto, algumas observações devem ser feitas no tocante às necessidades de cumprir normas que estejam relacionadas ao setor que a empresa esteja vinculada. Geralmente, o plano de contas se divide em contas patrimoniais e conta de resultado, sendo que elas apresentam numerações específicas que permitem diferenciar e identificar cada uma delas. A seguir, é possível observar os algarismos que estão relacionados a cada tipo das contas e que compõem o plano de contas da grande maioria das entidades brasileiras. Contas do ativo (patrimonial). Contas do passivo (patrimonial). Contas de receitas (resultado). Contas de despesas (resultado). Contas de apuração do resultado (resultado). As contas patrimoniais são aquelas apresentadas no Balanço Patrimonial da entidade e possuem como principal função representar o patrimônio da entidade, assim, o plano de contas é composto por uma numeração que permite identificar os ativos, os passivos e o patrimônio líquido da entidade. No Quadro 2.3, é possível observar como as contas patrimoniais podem ser codificadas no plano de contas de uma empresa. CONTAS PATRIMONIAIS 1. ATIVO 2. PASSIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.01 Caixa 1.1.02 Bancos conta Movimento 1.1.03 Clientes 1.1.04 Duplicatas a Receber 1.1.05 Promissórias a Receber 1.1.06 Estoque de Mercadorias 1.1.07 Estoque de Material de Expediente 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.01 Fornecedores 2.1.02 Duplicatas a Pagar 2.1.03 Promissórias a Pagar 2.1.04 Salários a Pagar 2.1.05 Impostos e Taxas a Recolher 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.01 Duplicatas a Receber 1.2.02 Promissórias a Receber 1.2.03 Computadores 1.2.04 Imóveis 1.2.05 Instalações 1.2.06 Móveis e Utensílios 1.2.07 Veículos1.2.08 Fundo de Comércio 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.01 Duplicatas a Pagar 2.2.02 Promissórias a Pagar 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.01 Capital 2.3.02 Lucros Acumulados Quadro 3 - Plano de contas: Contas Patrimoniais. Fonte: Adaptado de Ribeiro (2018). As contas apresentadas na demonstração dos resultados do exercício também estão contidas no plano de contas, assim, uma sugestão de organização dessas contas pode ser observada no Quadro 4. CONTAS DE RESULTADO 3. DESPESAS 4. RECEITAS 3.1 DESPESAS OPERACIONAIS 3.1.01 Água e Esgoto 3.1.02 Aluguéis Passivos 3.1.03 Café e Lanches 3.1.04 Combustíveis 3.1.05 Descontos Concedidos 3.1.06 Despesas Bancárias 3.1.07 Despesas (ou gastos) de Organização 3.1.08 Energia Elétrica 3.1.09 Fretes e Carretos 3.1.10 Impostos e Taxas 3.1.11 Juros Passivos 3.1.12 Material de Expediente 3.1.13 Material de Limpeza 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 4.1.01 Aluguéis Ativos 4.1.02 Descontos Obtidos 4.1.03 Juros Ativos 4.1.04 Receitas Eventuais 4.1.05 Receitas de Serviços 5. CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADO 3.1.14 Serviços de Terceiros 3.1.15 Telefones 3.1.16 Despesas Eventuais 5.1 RESULTADO LÍQUIDO 5.1.01 Resultado do Exercício Quadro 4 - Plano de contas: Contas de resultado. Fonte: Adaptado de Ribeiro (2018). O plano de contas simplificado, conforme apresentado nos Quadros 3 e 4, é muito utilizado pelas empresas, pois ele acaba por atender às necessidades de organização das contas. Para Silva e Marion (2013, p. 168): O plano de contas, mesmo que simplificado, deve ser elaborado considerando-se as especificidades e natureza das operações realizadas, bem como deve contemplar as necessidades de controle de informações no que se refere aos aspectos fiscais e gerenciais. É estruturado de forma ordenada e leva em consideração algumas características fundamentais, como: tamanho da empresa; ramo de atividade em que a empresa opera; sistema contábil (equipamentos contábeis); interesses dos usuários etc. Os profissionais da contabilidade devem buscar desenvolver um plano de contas que atenda às necessidades da entidade com respeito às normas e aos regulamentos em vigência e que, principalmente, permita aos usuários das informações contábeis compreenderem as informações apresentadas. Contabilidade por balanços sucessivos As organizações são entidades dinâmicas, portanto, a todo momento, é possível observar mudanças em suas operações e atividades. Essas mudanças, por sua vez, acabam impactando em grande parte no patrimônio dessas entidades. Como contabilidade, compete a função de efetuar os registros que identifiquem as mudanças no patrimônio. Pode-se afirmar que também é sua função registrar todo o dinamismo que ocorre nas organizações. Em suma, a contabilidade por balanços sucessivos se efetiva por meio da elaboração de um novo balanço patrimonial a partir de cada alteração no campo dos direitos, bens e obrigações percebidas na entidade. Como forma de demonstrar a elaboração de balanços de forma sucessiva em uma entidade, é pertinente considerar o exemplo a seguir. EXEMPLO: Organizações JHMC LTDA Os empresários João Henrique e Matheus Cunha estão abrindo uma empresa em sociedade no ramo comercial. Eles pretendem abrir uma loja de tênis esportivos na cidade de Curitiba, a capital do Paraná. Já iniciaram os contatos com possíveis fornecedores, prestadores de serviços e já escolheram o ponto comercial que receberá a sua loja. Ambos os sócios concordaram em investir valores iguais no negócio, assim, eles deverão manter a sociedade com 50% para cada empresário. Ficou combinado que cada um deveria investir a quantia de R$ 100.000,00 para iniciar os processos de abertura da loja. Como forma de organizar a contabilidade da nova empresa, eles contrataram um escritório de contabilidade que pudesse cuidar de todos os trâmites burocráticos relacionados à abertura do negócio e que pudesse apresentar relatórios semanais sobre como os recursos estavam sendo aplicados nesse novo empreendimento. A evolução do negócio deveria ser apresentada por meio do balanço patrimonial da nova empresa. O exemplo apresentado das Organizações JHMC S.A. demonstra a clara necessidade de se realizar a contabilidade por balanços sucessivos, portanto, a partir dos fatos a seguir, novos balanços seriam constituídos. Primeiro fato: os sócios João Henrique e Matheus Cunha constituem as Organizações JHMC LTDA realizando um investimento inicial de R$ 100.000,00 cada um. Esse valor foi desembolsado em dinheiro na primeira semana da sociedade. No Quadro 5, é possível observar o primeiro Balanço Patrimonial da empresa. Balanço Patrimonial - Organizações JHMC LTDA Ativo Passivo CAIXA R$ 200.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social R$ 200.000,00 TOTAL R$ 200.000,00 TOTAL R$ 200.000,00 Quadro 5 - Balanço Patrimonial - Semana 1. Fonte: Elaborado pelo autor. Satisfeitos com os serviços prestados pelo escritório de contabilidade na primeira semana da empresa, os sócios decidiram avançar sobre os seus planos de abertura do empreendimento. Com isso, eles decidiram comprar alguns itens para utilizar no ambiente da loja e optaram por comprar um automóvel para que fosse possível efetuar a entrega dos produtos adquiridos pelos clientes, além de utilizar nas demais atividades operacionais da empresa. Segundo fato: compra de móveis para a empresa no valor de R$ 50.000,00 e compra de um automóvel no valor de R$ 35.000,00. O pagamento dessas duas compras foi na modalidade à vista e ocorreu na segunda semana da empresa. No Quadro 6, é possível observar o segundo Balanço Patrimonial da empresa. Balanço Patrimonial - Organizações JHMC LTDA Ativo Passivo CAIXA R$ 115.000,00 MÓVEIS R$ 50.000,00 VEÍCULOS R$ 35.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social R$ 200.000,00 TOTAL R$ 200.000,00 TOTAL R$ 200.000,00 Quadro 6 - Balanço Patrimonial - Semana 2. Fonte: Elaborado pelo autor. Em continuidade ao processo de implementação dos seus negócios, os sócios decidem efetuar a primeira grande compra de produtos que seriam comercializados pela empresa. Em contato com um grande fornecedor, eles acertaram a compra de R$ 150.000,00 em mercadorias; desse valor, R$ 75.000,00 seriam pagos à vista e o restante seria pago no prazo de 60 dias pela empresa. Terceiro fato: compra de R$ 150.000,00 em mercadorias para compor o estoque da empresa, sendo que o pagamento dessa mercadoria ocorreu em R$ 75.000,00 à vista e, para o restante, foi assumida uma duplicata para pagamento em 60 dias. No Quadro 7, é possível observar o terceiro Balanço Patrimonial da empresa. Balanço Patrimonial - Organizações JHMC LTDA Ativo Passivo CAIXA R$ 40.000,00 MÓVEIS R$ 50.000,00 VEÍCULOS R$ 35.000,00 ESTOQUES R$ 150.000,00 DUPLICATAS A PAGAR R$ 75.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social R$ 200.000,00 TOTAL R$ 275.000,00 TOTAL R$ 275.000,00 Quadro 7 - Balanço Patrimonial - Semana 3. Fonte: Elaborado pelo autor. Com a elaboração dos balanços sucessivos, os sócios conseguem ter uma visão de todo o processo de evolução do patrimônio, assim, essa técnica é de grande importância para o processo de tomada de decisão. No exemplo apresentado, ficou claro como a empresa foi constituída, bem como o seu patrimônio se modificou ao longo das semanas. O movimento do débito e do crédito das operações também ficou claro a partir do momento em que as compras foram realizadas e as respectivas saídas do caixa ocorreram. Balancete de verificação O balancete de verificação é uma importante ferramenta utilizada paraconfrontar os saldos das contas nos lançamentos com os saldos que serão utilizados para a elaboração das demonstrações. Para Ribeiro (2019, p. 113), o “balancete é uma relação de contas extraídas do Livro Razão (ou dos Razonetes), com seus respectivos saldos devedores e credores”. Assim, a quantidade de informações do balancete deve estar de acordo com a sua finalidade. Por esse motivo, é importante ressaltar que o profissional da contabilidade deverá fazer uso do modelo que melhor se adapte à necessidade dos usuários da informação. As informações do balanço de verificação devem permitir que os usuários das informações realizem a conferência de todos os lançamentos dos razonetes e dos livros utilizados na escrituração contábil da empresa. Portanto, “se a conta no Razonete apontar saldo devedor, esse saldo será transportado para a coluna do saldo devedor do Balancete; por outro lado, se a conta apresentar, no Razonete, saldo credor, esse saldo será transportado para a coluna do saldo credor do Balancete” (RIBEIRO, 2018, p. 99). No Quadro 8, observa-se como ficaria o balancete de verificação das Organizações JHMC LTDA após o fim da terceira semana e considerando os saldos de todas as suas contas. N. CONTAS SALDO DEVEDOR CREDOR 1 CAIXA R$ 40.000,00 2 CAPITAL R$ 200.000,00 3 MÓVEIS R$ 50.000,00 4 VEÍCULOS R$ 35.000,00 5 ESTOQUES R$150.000,00 FIGURA 4 Informações do balancete de verificação FONTE: Elaborada pelo autor 6 DUPLICATAS A PAGAR R$ 75.000,00 TOTAIS R$ 275.000,00 R$ 275.000,00 Quadro 8 - Balancete de verificação das Organizações JHMC LTDA - Semana 3. Fonte: Elaborado pelo autor. É importante observar que, no balancete de verificação, há os saldos das contas da entidade. Essas contas são apresentadas e organizadas de acordo com o fato de débito ou crédito. Segundo Ribeiro (2018, p. 99), “assim, ao relacionar, no Balancete, todas as contas utilizadas pela contabilidade de uma empresa, com seus respectivos saldos devedores e credores, a soma da coluna do débito deverá ser igual à soma da coluna do crédito”. O balancete permite aos gestores realizar diversas análises que dependam de informações financeiras. Para Iudícibus, Marion e Faria (2018, p. 261), “o balancete que se destinar aos fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC. O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente”. A elaboração do balancete de verificação se faz importante para que os profissionais da contabilidade possam fazer todas as análises das contas e de todas as movimentações ocorridas no período. Muitos profissionais se utilizam do balancete em seu dia a dia e somente emitem as demais demonstrações ao fim do período. Agora que você concluiu a leitura deste estudo, veja, nos vídeos a seguir, temas que complementarão seus estudos: Indicação de leitura: Livro: Livros contábeis: a escrituração contábil no atual cenário tributário. Autor: Manoel Almeida de Henrique. Ano: 2016. Editora: Trevisan. ISBN: 978-85-99519-92-9. Comentário: essa obra é fundamental para todos que pretendem estudar e compreender como os processos relacionados à escrituração contábil impactam o processo de tomada de decisões dentro das empresas. Ao longo da obra, é possível observar como as empresas vêm se adaptando às novas exigências concernentes aos órgãos fiscalizadores. Atividade Segundo Henrique (2016, p. 25), “compreender e saber interpretar as mudanças ocorridas nos procedimentos contidos nos aspectos intrínsecos e extrínsecos dos livros contábeis é muito importante. Um fato que demonstra isso é a situação vigente da escrituração contábil dos estoques, seja ela de entidades de grande a pequeno porte”. HENRIQUE, M. A. Livros contábeis: a escrituração contábil no atual cenário tributário. São Paulo: Trevisan Editora, 2016. Considerando o exposto, assinale a alternativa que apresenta as contas relacionadas à Teoria das Cinco Contas Gerais. A. Capital, lucros e perdas, caixa, mercadorias, créditos e débitos. B. Ativo, passivo, receita, despesa e apuração do resultado. C. Ativo, ativo circulante, ativo não circulante, ativo intangível e ativo imobilizado. D. Passivo, passivo circulante, passivo não circulante, patrimônio líquido e reservas. E. Ativo, passivo, ativo circulante, passivo circulante e patrimônio líquido. Atividade A escrituração contábil ocorre por meio de vários livros que são registrados em diferentes operações, de acordo com as normas, regulamentos e em conformidade com as necessidades de informações que as entidades possuem. Acompanhar as informações das normas e regulamentos é uma condição indispensável para se elaborar esses livros. Referente ao exposto, qual livro traz as informações que possibilitam conhecer os valores de contas a pagar e a receber que a empresa registrou no período? A. Livro registro das duplicatas. B. Livro caixa. C. Livro contas no banco. D. Livro razão. E. Livro compras das mercadorias. Atividade De acordo com Ribeiro (2018, p. 93), “também denominado gráfico em T ou conta em T, o razonete nada mais é do que o livro razão. O livro razão é o mais importante dos livros utilizados pela contabilidade. Por meio dele, é possível controlar separadamente o movimento de todas as contas”. RIBEIRO, O. M. Contabilidade fundamental. São Paulo: Saraiva, 2018. No que concerne ao exposto, assinale a alternativa que apresenta a demonstração elaborada pela contabilidade e que possui maior relação com o processo de elaboração dos razonetes. A. Balanço Patrimonial. B. Balancete de verificação. C. Demonstração dos Resultados do Exercício. D. Livro contas no banco. E. Livro compras das mercadorias. Síntese O registro dos fatos contábeis é indispensável para que as organizações possam organizar a sua contabilidade, a fim de que seja possível prestar contas aos órgãos fiscalizadores e apresentar as informações aos tomadores de decisões. A contabilidade, como uma ciência que já vem se desenvolvendo há muitos anos, oferece aos seus usuários uma série de ferramentas para ser possível atender aos anseios por informações de qualidade. A elaboração dos livros a partir da escrituração contábil e a de demonstrações, como o balancete de verificação, possibilitam aos usuários obterem informações sobre a evolução do patrimônio da entidade ao longo dos períodos. A elaboração de balanços sucessivos também proporciona informações fidedignas e que representem a realidade patrimonial da entidade. Referências Bibliográficas BRASIL. Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1999/decreto-3048-6-maio- 1999-368532-publicacaooriginal-96753- pe.html#:~:text=Dados%20da%20Norma-,DECRETO%20N%C2%BA%203.048%2C%20DE%206% 0DE%20MAIO%20DE%201999,que%20lhe%20confere%20o%20art. Acesso em: 4 jul. 2020. BRASIL. Instrução Normativa nº 1.252, de 01 de março de 2012. Dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições). Diário Oficial da União. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action? idAto=37466&visao=compil. Acesso em: 4 jul. 2020. BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. Acesso em: 2 jul. 2020. BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Diário Oficial da União. Disponível https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1999/decreto-3048-6-maio-1999-368532-publicacaooriginal-96753-pe.html#:~:text=Dados%20da%20Norma-,DECRETO%20N%C2%BA%203.048%2C%20DE%206%20DE%20MAIO%20DE%201999,que%20lhe%20confere%20o%20arthttp://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=37466&visao=compil http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 2 jul. 2020. BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 4 jul. 2020. BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm. Acesso em: 4 jul. 2020. CONSELHO Federal de Contabilidade - CFC. ITG 2000 (R1) - Escrituração contábil. 2014. Disponível em: https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/ITG2000(R1).pdf. Acesso em: 4 jul. 2020. HENRIQUE, M. A. Livros contábeis: a escrituração contábil no atual cenário tributário. São Paulo: Trevisan Editora, 2016. IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C.; FARIA, A. C. Introdução à teoria da contabilidade: para graduação. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 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