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1 BEATRIZ VICTÓRIA ALVES LEITE CARLOS EDUARDO DA SILVA ARAÚJO DAYANNE SANTANA DE AQUINO EMILLY GRAZIELLA MARIHO PACINI EVA MILENA MARTINS COSTA PANTALEÃO FELIPE BRUNO LOYO CADETTE FREIRE LAUANNA PARENTE MONTEIRO LUCIANA BALDUÍNO PONTES ROCHA MAIZY MONTEIRO DE CARVALHO MARINA RODRIGUES SILVA A MUSICOTERAPIA APLICADA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO Projeto apresentado na disciplina de Práticas Integrativas III, do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade CESUP, como requisito para obtenção de nota referente. Prof.ª Ma. Fabiana Pires Rodrigues de Almeida Lopes PALMAS – TO 2024 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 1.1 Problema de pesquisa ........................................................................................... 4 1.2 Justificativa ............................................................................................................ 4 1.3 Objetivo ............................................................................................................... 5 1.3.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 5 1.3.2 Objetivo Específico .............................................................................................. 5 2 METODOLOGIA ............................................................................................... 5 3 RESULTADOS ................................................................................................... 6 3.1 Fotos da ação ........................................................................................................ 7 4 CONCLUSÃO .................................................................................................... 7 5 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 8 3 1. INTRODUÇÃO As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são abordagens terapêuticas que promovem a saúde de maneira integral, considerando os aspectos físicos, mentais, emocionais e sociais dos indivíduos. Eles fazem parte de um modelo de cuidado que busca complementar os tratamentos convencionais, utilizando métodos baseados em conhecimentos tradicionais, ancestrais e naturais. Entre as práticas integrativas mais comuns estão acupuntura, fitoterapia, meditação, reiki, yoga, aromaterapia e musicoterapia. Essas práticas valorizam a prevenção de doenças e a promoção da saúde, focando na melhoria da qualidade de vida e no equilíbrio geral do organismo. No Brasil, as PICs estão integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), o que facilita o acesso da população a essas terapias. As PICs são vistas como uma forma de cuidado humanizado, que trata o indivíduo de forma holística e respeita suas necessidades e preferências. A inclusão das PICs na assistência de enfermagem, por exemplo, amplia o escopo de atuação dos enfermeiros, permitindo que utilizem essas práticas como complemento ao cuidado tradicional. Elas podem ser aplicadas em diversas áreas, desde a promoção do bem-estar até o manejo de sintomas como dor, ansiedade e estresse, em um ambiente de cuidado acolhedor e centrado no paciente. A musicoterapia é uma prática terapêutica que utiliza a música e seus elementos — como melodia, ritmo, harmonia e som — com o objetivo de melhorar o bem-estar físico, emocional e social dos indivíduos. Guiada por profissionais especializados, a musicoterapia promove disciplinas que facilitam a expressão emocional, estimulam a comunicação e favorecem o desenvolvimento cognitivo e motor. Essa prática é amplamente utilizada em diversas faixas etárias e contextos, como escolas, clínicas, hospitais e centros de reabilitação, devido ao seu caráter não invasivo e à sua capacidade de envolver os pacientes de maneira criativa e personalizada. No campo da saúde, a musicoterapia se destaca por seus benefícios em áreas como reabilitação física, redução da dor, alívio da ansiedade e promoção do bem-estar emocional. Estudos apontam que a música pode atuar positivamente no sistema nervoso central, auxiliando 4 na modulação da percepção da dor e na redução do estresse. Em cuidados paliativos, por exemplo, a musicoterapia proporciona conforto e suporte emocional tanto para os pacientes quanto para suas famílias. Em tratamentos de doenças crônicas e neurológicas, como Alzheimer e câncer, ela auxilia no manejo dos sintomas e melhora a qualidade de vida dos pacientes. Na enfermagem, o uso de práticas complementares, como a musicoterapia, tem se mostrado eficaz para humanizar o cuidado e melhorar a experiência do paciente durante a hospitalização. Enfermeiros, diretamente envolvidos no acompanhamento e cuidado contínuo dos pacientes, podem integrar a música como uma ferramenta para promover o relaxamento, reduzir a ansiedade e facilitar o enfrentamento do tratamento. Em ambientes como unidades de internação, pediatria e geriatria, a musicoterapia pode ser utilizada para criar um ambiente mais acolhedor e minimizar o impacto de procedimentos dolorosos ou desgastantes, colaborando para um cuidado integral e centrado no paciente. 1.1 Problema de Pesquisa Como a musicoterapia, enquanto prática integrativa, pode melhorar a qualidade de vida de pacientes hospitalizados em unidades de internação? 1.2 Justificativa As ações de musicoterapia são fortemente embasadas em sua capacidade de promover bem-estar e auxiliar em tratamentos de saúde, especialmente no contexto de humanização hospitalar e de unidades de saúde. Dessa forma, a musicoterapia se mostra eficaz em reduzir a dor, a ansiedade, e em facilitar o relaxamento e a comunicação, sendo uma ferramenta de grande eficácia em diferentes contextos terapêuticos. Em alguns hospitais, a musicoterapia tem sido aplicada para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves, como por exemplo câncer, transtorno do espectro autista, dor crônica, alzheimer, AVC, e também de pacientes no pós-operatório, demonstrando uma redução significativa da dor e da pressão arterial. Além disso, em unidades de saúde, a implementação da musicoterapia na sala de espera tem contribuído para humanizar o atendimento, criando um espaço de acolhimento e vínculo entre profissionais de saúde e usuários. A necessidade de ações de promoção à saúde e bem-estar associada a humanização do cuidado norteou a realização deste projeto no Hospital Oswaldo Cruz de Palmas Tocantins. A musicoterapia foi utilizada como um instrumento terapêutico na internação do hospital, 5 promovendo a interação dos pacientes com a música, o relaxamento e o despertar de emoções positivas por meio do alívio emocional e do ambiente calmo e acolhedor proporcionado pelo momento ofertado. Em suma, a musicoterapia é uma intervenção acessível, de baixo custo e com grandes benefícios psicofisiológicos e terapêuticos, o que justifica sua inclusão em projetos de saúde e políticas públicas. 1.3 Objetivo 1.3.1 Objetivo Geral Este projeto tem como objetivo investigar de que forma a musicoterapia, como prática integrativa, contribui para a melhoria da qualidade de vida de pacientes hospitalizados em unidades de internação, analisando seus efeitos na redução do estresse, na dor, na ansiedade e na promoção do bem-estar emocional e físico. 1.3.2 Objetivos Específicos Analisar os efeitos da musicoterapia na redução da ansiedade e do estresse em pacientes na unidade de internação. Avaliar a influência da musicoterapia na percepção da dor e no controle da dor em pacientes hospitalizados. Investigar como a musicoterapia pode favorecera comunicação e a expressão emocional dos pacientes na internação. Examinar a relação entre a musicoterapia e a melhoria dos parâmetros vitais dos pacientes, como frequência cardíaca e pressão arterial. Identificar as experiências e percepções dos profissionais de saúde sobre a implementação da musicoterapia na unidade de internação. 2. METODOLOGIA Foram empregadas técnicas como escuta livre e canto. Escuta livre: quando é disponibilizado para o paciente um local seguro de paz e tranquilidade com o uso de música tranquila e som ambiente para ouvir e relaxar. Canto: uma música calma com melodia e ritmo cantada com suavidade e permitindo que o paciente cante junto e acompanhe a música e a letra. Apresentação de relatos de pacientes que passaram por musicoterapia, destacando suas experiências e a mudança em seu estado emocional e comportamental. Entrevista e questionário dos relatos dos pacientes com o intuito de comparar o resultado de acordo com as respostas dadas antes e depois da realização da musicoterapia. 6 3. RESULTADOS Diante dos resultados obtidos, conclui-se que a musicoterapia se apresenta como uma abordagem terapêutica eficaz com diversos benefícios para a saúde física e mental dos pacientes, proporcionando uma nova experiência e perspectiva de internação. Logo, por meio da música, do relaxamento e da interação os pacientes conseguem se desafixar de seus quadros clínicos e permitir que a música adentre seus sentidos, tornando esta prática terapêutica eficaz e complementar ao cuidado. Dessa forma, reforça-se a necessidade de incluir a musicoterapia em diferentes contextos e práticas multidisciplinares. Quanto a metodologia utilizada, foram empregadas técnicas como escuta livre e canto, em que a música de característica religiosa calma e suave proporcionou a construção de um ambiente terapêutico humanizado e focado na melhora do estado emocional, comportamental e físico dos pacientes. Foi possível avaliar de acordo com cada aspecto: • Saúde Mental: Os dados segundo relato dos pacientes, indicam que a musicoterapia contribuiu significativamente para a redução da ansiedade e sentimento de depressão e tristeza em pacientes, com relatos de melhorias durante a ação. No aguardo do seu quadro dentro da internação do hospital Oswaldo Cruz. • Aspectos Fisiológicos: Os resultados mostraram que a musicoterapia pode reduzir a frequência cardíaca e a pressão arterial, contribuindo para um estado de relaxamento e bem-estar. Relato dos pacientes: Com o término da ação, onde envolveram vários pacientes, os mesmos relataram grande satisfação, momentos de gratidão e relatos de melhora no quadro de ansiedade e de sentimentos ruins durante o período em que precisam aguardar o tratamento na sala de internação para melhora de seus quadros. Como no caso de uma paciente que citou: “que é muito ruim ficar ali só olhando para as paredes, e que foi um ótimo momento de distração e relaxamento”. 3.1 Fotos da ação 7 4. CONCLUSÃO Com base nos resultados discutidos, conclui-se que a musicoterapia se apresenta como uma prática integrativa essencial na assistência de enfermagem, promovendo uma abordagem holística centrada no paciente. Ao longo do ciclo vital, especialmente em cuidados paliativos, sua aplicação tem mostrado ser eficaz na restauração do equilíbrio emocional, alívio do sofrimento e melhoria da qualidade de vida. Estudos reforçam seu papel em pacientes com Alzheimer, evidenciando melhorias na comunicação e na redução de ansiedade e depressão. A integração da musicoterapia na enfermagem, já reconhecida pela legislação brasileira, fortalece o compromisso da profissão com uma assistência humanizada e baseada em 8 evidências. No entanto, desafios como a falta de capacitação específica e a resistência de alguns profissionais e pacientes ainda precisam ser enfrentados. A superação dessas barreiras requer educação continuada e políticas públicas que promovam maior aceitação dessas práticas. Assim, ao incorporar a musicoterapia na rotina de cuidados, a enfermagem amplia suas ferramentas terapêuticas, oferecendo uma assistência mais completa, focada nas necessidades físicas, emocionais e espirituais dos pacientes, contribuindo para um cuidado mais inclusivo e humanizado. 5. REFERÊNCIAS BRASIL. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006. Diário Oficial da União, seção 1, p. 20 de maio de 2006 Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pics/pnpic acesso em 17 out. 2024. BRAZOLOTO, Thiago. Intervenções musicais e musicoterapia no tratamento da dor: revisão de literatura. Scielo, 2021. p. 369; 370; 371. Disponível em: https://www.scielo.br/j/brjp/a/mjRMKMDN98699FRrptYsnTb/?lang=pt#. Acesso em: 16 out. 2024. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Manual de práticas integrativas e complementares / São Paulo: COREN-SP, 2023. Cap. 10, p. 101. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp- content/uploads/2023/12/Manual_de_praticas_integrativas_e_complementares . Acesso em: 15 out. de 2024. OLIVEIRA, Clara Costa; GOMES, Ana. Breve história da musicoterapia, suas conceptualizações e práticas. Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, 2014. Disponível em: https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/39982. Acesso em: 17 out. 2024. PIMENTEL, Adriana. A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo. Scielo, 2011. p. 742; 743. https://www.scielo.br/j/icse/a/dR4F4sMYLZQ47C79ZKD57pH/#. Acesso em: 16 out. 2024 https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pics/pnpic https://www.scielo.br/j/brjp/a/mjRMKMDN98699FRrptYsnTb/?lang=pt https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2023/12/Manual_de_praticas_integrativas_e_complementares https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2023/12/Manual_de_praticas_integrativas_e_complementares https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/39982 https://www.scielo.br/j/icse/a/dR4F4sMYLZQ47C79ZKD57pH/ 9 PROJETO INTEGRADOR ATIVIDADE DE EXTENSÃO Nome da Atividade: A MUSICOTERAPIA APLICADA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO Ano: 2024 Tipologia da extensão: ( ) Evento ( )Palestra ( ) Curso ( ) Liga Acadêmica ( X ) Projeto vinculado a disciplina Curso Proponente: ENFERMAGEM Professor (a) responsável pela atividade: Prof. Ms. Fabiana Pires Rodrigues de Almeida Lopes Carga Horária: 05 horas Objetivo Geral: Realizar atividade de extensão do curso de enfermagem abordando um atendimento pratico com conteúdo que envolve outras áreas da saúde, como saúde mental. Objetivos Específicos: ● Realizar atividade pratica com musicoterapia direcionada a pacientes acamadas no setor de internação. ● Oportunizar aos alunos da graduação a realizar atividade pratica com pacientes. ● Analisar os resultados de acordo com a atividade de musicoterapia de acordo com o que foi estudado. ● Realizar um auxílio na melhoria dos pacientes que participarão da atividade com musicoterapia. Metodologia: Escuta livre e canto. Áreas envolvidas: Praticas integrativas III Público Alvo: pacientes do setor de internação do Oswaldo Cruz. Pré-requisitos (caso haja): não há pré-requisito. Cronograma de realização do evento Data Horário Local Atividades Professor e/ou responsável CH da atividade 18/10/2024 8h as 12h Hosp. Oswaldo Cruz Musicoterapia FABIANA 05 Materiais necessários: Caixa de som e/ou smartfone com acesso à internet.