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Fisioterapia na prática clínica - Final

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Prévia do material em texto

Elias Nasrala Neto 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Mara Lílian Soares Nasrala 
 Olyvia Ribeiro Derze 
(Organizadores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA NA PRÁTICA CLINICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNOPAR Editora 
2019 
 
 
 
 
 
Fisioterapia na Prática Clinica 
 
 
Diretoria de Pós-Graduação Stricto Sensu e Pesquisa da Kroton 
Hélio Hiroshi Suguimoto 
 
 
Universidade de Cuiabá – Unic 
 
Reitoria 
Maria Angelica Motta da Silva Esser 
 
 
Pró-Reitoria Acadêmica 
José Claudio Perecin 
 
 
Coordenação Acadêmica 
Edirles Mattje Backes 
 
 
Coordenação do Curso de Fisioterapia - Unic 
Maria Amélia Nascimento Braga Gonçalves 
 
 
 
Conselho Editorial 
Dra. Ariane Hidalgo Mansano Pletsch - UNIC 
Dra. Maristela Prado e Silva Nazario - ICEC 
Dra. Maria Amélia Nascimento Braga Gonçalves – UNIC 
Dra. Walkiria Shimoya Bittencourt – UNIC 
Dra. Viviane Martins Santos - UNIC 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558 
 
F464 Fisioterapia na prática clínica. / Elias Nasrala Neto [et al.] (organizadores). – 
Londrina: UNOPAR Editora, 2019. 
 
ISBN 978-85-7184-014-0 
 
1. Fisioterapia. 2. Saúde Humana. 3. Idoso. 4. Dor. I. Nasrala Neto, Elias. 
II. Bergamim, Juliana Santi Sagin Pinto. III. Nasrala, Mara Lílian Soares. 
IV. Derze, Olyvia Ribeiro. V. III. Título. 
 
 CDD 615.82 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Apresentação .................................................................................................................... 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Olyvia Ribeiro Derze 
 
04 
Capitulo 01 
Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage: Revisão Narrativa .............................. 
Isabella Silva Zattar de Faria 
Talyssa Oliveira Taques 
Maristela Prado e Silva Nazario 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Olyvia Ribeiro Derze 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
 
 
05 
Capitulo 02 
Funcionalidade do idoso hospitalizado com índice de Barthel ..................................... 
Maressa Raquel de Carvalho Serafim 
Meriane Mendes Tavares da Silva 
Maristela Prado e Silva Nazario 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
 
 
11 
Capitulo 03 
As Vantagens da Mobilização Precoce em Pacientes na Unidade de Terapia 
Intensiva ........................................................................................................................... 
Debora Pereira Pinheiro 
Rayssa Laura de Carvalho Magalhães 
Olyvia Ribeiro Derze 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Maristela Prado e Silva Nazario 
 
 
 
17 
Capitulo 04 
Escala de Dor Baseada no Questionário de Mcgill em Idosos com Dor Crônica 
................................................................................................................... 
Daiane Binsfeld Garcez 
Tatiane Briene Couto 
Maristela Prado e Silva Nazario 
Olyvia Ribeiro Derze 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
 
 
 
31 
Capitulo 05 
Fisioterapia em Crianças com Microcefalia .................................................................. 
Emily Fernandes Da Silva Cordeiro 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Olyvia Ribeiro Derze 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Maristela Prado e Silva Nazario 
Izabella Oliveira 
 
37 
 
 
 
 
 
Capitulo 06 
Incidências da Mortalidade das Doenças do Aparelho Circulatório no Estado de 
Mato Grosso ..................................................................................................................... 
Aldo Ricci Figueiredo Filho 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Olyvia Ribeiro Derze 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Maristela Prado e Silva Nazario 
 
 
 
49 
Capitulo 07 
Ligamentoplastia de LCA: Procedimentos Fisioterapêuticos em Sua Reabilitação ... 
Paulo Henrique de Figueiredo de Sousa 
Olyvia Ribeiro Derze 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Maristela Prado e Silva Nazario 
 
 
56 
Capitulo 08 
O Uso da Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas em Crianças: Revisão 
Integrativa da Literatura ................................................................................................ 
Douglas Cardoso Alves 
Olyvia Ribeiro Derze 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim 
Nelma Sueli Marques Borges 
Maristela Prado e Silva Nazario 
 
 
 
64 
Capitulo 09 
Tratamento Fisioterapêutico na Fibromialgia .............................................................. 
Crislayne Almeida dos Santos 
SayaraTainã Cavallari 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch 
Maristela Prado e Silva Nazario 
Jonatan Costa Gomes 
Patricia Haranaka Ide 
 
 
73 
Capitulo 10 
Perfil de pacientes hospitalizado no Hospital Geral Universitário .............................. 
Ana Paula da Silva 
Eli Aparecida Matheus 
Elza da Silva Santiago 
Issaira Teodoro Amorim Ferreira 
Viviane Martins Santos 
Walkiria Shimoya-Bittencourt 
 
84 
 
4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O presente trabalho foi elaborado em forma de artigo e desenvolvido pelos discentes do 
Curso de Graduação em Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura- ICEC e da 
Universidade de Cuiabá – UNIC, visando contribuir com a pratica na área da fisioterapia 
referentes as áreas Hospitalar, Ortopédica, Idosos e Crianças. 
Este livro digital intitulado: FISIOTERAPIA NA PRATICA CLINICA, é o resultado 
da parceria entre ICEC e UNIC que são as duas maiores faculdades do curso de Fisioterapia de 
Cuiabá que receberam da avaliação do MEC a nota 4, devido a dedicação, qualificação dos 
docentes que buscam sempre mostrar aos seus alunos os caminhos para a melhoria da saúde da 
população. 
Estes artigos foram selecionados e aprimorados pelos docentes das duas instituições, 
abrangendo uma totalidade de 10 artigos, sendo oito do ICEC e dois da UNIC, referindo-se 
especificamente aos trabalhos de conclusão de curso apresentados pelos discentes das duas 
instituições. São temas abrangentes e resultantes da pratica realizada pelos graduandos em 
Hospital conveniado e clinica das instituições. 
Através deste livro digital agradecemos de maneira especial aos discentes participantes 
das duas instituições e ao mesmo tempo oferecer aos acadêmicos e aos profissionais da área da 
saúde resultados que contribuirão de forma positiva na pratica profissional. 
 
 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim e Olyvia Ribeiro Derze 
Docente do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura- ICEC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
CAPITULO 01 
 
Escala de Depressão Geriátrica de YESAVAGE: Revisão Narrativa 
 
 
Isabella Silva Zattar de Faria1 
Talyssa Oliveira Taques2 
Maristela Prado e Silva Nazario3 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch4 
Olyvia Ribeiro Derze5 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim6 
 
 
Resumo 
Introdução: É de suma importância relatar que o envelhecimento é um fator natural e 
individual com alterações funcionais, morfológica, bioquímicas e psicológicas. E quando são 
correlacionados a diversas patologias, podem acarretar um declínio da capacidade funcional do 
idoso. Torna-se uma condição comum, principalmente naqueles hospitalizados. Objetivo: O 
presente artigo se propôs a realizar uma revisão narrativa sobre o uso da Escala de Depressão 
Geriátrica na versão reduzida em idosos hospitalizados e institucionalizados. Método: Trata-se 
de estudo de revisão narrativa realizada através das seguintes bases de dados nos últimos dez 
anos: Lilacs, Medline, Ibecs, Scielo e Cumed. Resultados: Durante a pesquisa, no total foram 
encontrados 49 artigos. Porém, apenas 18 foram incluídos na pesquisa. Resultados: Foi 
possível ressaltar que existe uma grande diferença nos resultados de idosos hospitalizados e 
institucionalizados dependendo em qual tipo de situação cada idosovive. Contudo, relata-se 
que a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage obteve melhores resultados em idosos 
institucionalizados. Conclusão: A Escala de Depressão Geriátrica versão reduzida, serve 
apenas como um complemento para identificar os transtornos de humor e conhecimento a 
respeito da à saúde mental do idoso. Para obter um diagnóstico mais específico da depressão 
sugerimos que seja feita a realização de outros exames que avaliam a saúde mental deste idoso. 
 
Palavras-chave: Avaliação Geriátrica, Saúde do idoso institucionalizado, Envelhecimento. 
 
 
1 Introdução 
O envelhecimento é um fenômeno comum a todos os seres vivos, mas ainda existem 
vários pontos obscuros quanto á natureza desse processo, pois ocorrem diversas alterações que 
influenciam o desempenho funcional desses indivíduos. Tais fatores são: alterações funcionais, 
morfológica, bioquímicas e psicológicas (ESQUENAZI, 2014). O processo do envelhecimento 
é individual, ou seja, tudo depende de como o indivíduo leva a sua vida, qual o seu gênero, qual 
 
1 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
2 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
3 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
4 Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá (UNIC) 
5 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
6 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
 
 
 
6 
 
sua classe social, meio de educação, contexto sócio econômico, meio ambiente, acidentes e 
doenças (FECHINE; TROMPIERI 2012). 
É de suma importância relatar que os fatores citados, quando correlacionados a diversas 
patologias, podem acarretar um declínio da capacidade funcional do idoso (CONDÉ et al., 
2010). Desenvolvendo assim vários tipos de dependência, interferindo na sua capacidade de 
realizar atividades de vida diárias (AVD) e levando o mesmo a desenvolver problemas 
psicológicos, sendo o principal a depressão (CONDÉ et al., 2010). 
A depressão é uma doença que vem abrangendo quadros com alterações psicopatológicas 
diversas que podem diferir consideravelmente em relação à sintomatologia, gravidade, curso e 
prognóstico (CARNEIRO et al., 2007). Com isso a depressão no idoso torna-se uma condição 
comum, principalmente naqueles hospitalizados (TRINDADE et al., 2013). 
Portanto a atenção ao diagnóstico clínico deve ser redobrada. Por estes apresentar maior 
risco para desenvolverem um declínio físico e psicológico (TRINDADE et al., 2013). O idoso 
hospitalizado quando deprimido pode apresentar períodos prolongados de dor, dificuldades em 
se alimentar levando ao emagrecimento profundo, declínio da mobilidade física, incapacidade 
de dormir e diminuição da autonomia (SIQUEIRA et al., 2009). 
Diante desses diversos tipos de transtornos, a depressão acaba tornando-se um problema 
de saúde mental associada a um maior risco de morbidade e mortalidade na terceira idade 
(LIMA 1999). A escolha do tipo de avaliação, como o tipo de escala a ser utilizada deve ser 
feita através da facilidade e familiaridade que o profissional da saúde deve ter com os tipos de 
casos e sua sensibilidade de monitorar mudanças ao longo do tempo, para que ocorra uma 
melhor forma para ser administrada (ALMEIDA; ALMEIDA 1999). 
Para avaliação da depressão do idoso geralmente é utilizada a Escala de Depressão 
Geriátrica (EDG) (NÓBREGA et al., 2015). Ela é um dos instrumentos mais frequentemente 
utilizados no mundo e foi desenvolvida especialmente para identificação de depressão em 
idosos. Criada por Yesavage et al. em 1983 originalmente com 30 itens, na língua inglesa 
(GERIATRIC DEPRESSION SCALE – GDS) (YESAVAGE et al., 1983). 
Em 1986, Sheike e Yesavage elaboraram uma nova versão reduzida composta de 15 itens, 
já validada no Brasil e obteve níveis adequados de sensibilidade e especificidade e 
confiabilidade. Essa versão é mais utilizada em ambulatórios, com o intuito de avaliar o nível 
de depressão no idoso hospitalizado por exigir um menor tempo para ser administrada, diferente 
da composta de 30 itens (PARADELA et al., 2005). A escala é composta por 15 perguntas 
negativas/afirmativas, um ponto é dado para cada questão com conotação negativa e uma 
 
 
 
7 
 
pontuação de seis ou mais é sugestivo de depressão (PARADELA et al., 2005, FERRARI; 
DALACORTE 2007) referente ao humor e ao estado de saúde. O ponto de corte varia, 
considerado de 0 a 5, estado normal; de 5 a 10, depressão moderada; e acima de 10 pontos, 
depressão grave (ALMEIDA; ALMEIDA 1999, ROESLER et al., 2012). 
Dessa maneira, o presente estudo teve como principal objetivo identificar o uso da Escala 
De Depressão Geriátrica versão reduzida descrita por Yesavage et al (1983), em idosos tanto 
hospitalizados como institucionalizados. 
 
2 Metodologia 
O processo de pesquisa para o presente estudo narrativo foi realizado através das palavras-
chave: Escala de Yesavage, Depressão, Avaliação Geriátrica, Saúde do idoso 
institucionalizado, Envelhecimento, utilizando as seguintes bases de dados nos últimos dez 
anos: PubMed, Lilacs, Scielo, Medline, Ibecs e Cumed. Durante a pesquisa, no total foram 
encontrados 49 artigos. 
Para os critérios de inclusão foram: Artigos que utilizaram o questionário da Escala de 
Depressão Geriátrica descrita por Yesavage et al. (1983) versão reduzida, em idosos 
hospitalizados ou não, com idade média entre 60 a 80 anos; artigos disponíveis na íntegra, 
artigos em inglês e português e publicado nos últimos dez anos. Mediante a leitura dos resumos 
foram selecionados apenas 18 artigos aplicados na pesquisa. Portanto, foram excluídos aqueles 
que não correspondiam com os critérios citados, artigos que não estavam disponíveis na internet 
e artigos que não apresentaram nenhuma informação sobre a metodologia empregada. 
 
3 Resultados e Discussão 
A Escala de Depressão Geriátrica versão reduzida quando aplicada no âmbito hospitalar 
apresenta itens individuais com pouca estabilidade, pois a informação obtida não é o suficiente 
para produzir uma resposta consistente (ALMEIDA; ALMEIDA 1999). Além disso, alguns 
fatores podem ser contribuintes para reduzir a taxa de confiabilidade estudada pelos autores às 
respostas do instrumento, que poderiam variar de acordo com o tempo, sendo que apenas oito 
das questões demonstraram estabilidade na condição de reteste (ALMEIDA; ALMEIDA 1999). 
No estudo de Paradela et al. (2005) mostrou que a escala tem grande valia em ambientes 
não especializados. As características dos pacientes estudados foram semelhantes aos outros 
estudos feitos pelo Brasil, assim mostrando uma maior prevalência de depressão em mulheres 
idosas devido ao fato de a grande maioria se encontrar viúvas ou separadas Sendo de extrema 
 
 
 
8 
 
importância ter um melhor conhecimento da escala e saber identificar o seu ponto de corte de 
5/6, que foi sugerida também por outros autores (PARADELA et al., 2005, FERRARI; 
DALACORTE 2007, AGUIAR et al., 2014). Além do mais foi citado que se a escala fosse 
adequadamente utilizada poderia servir como um instrumento muito valioso na saúde pública 
para a identificação da depressão geriátrica (PARADELA et al., 2005). 
No relato de Ferrari e Dalacorte (2007), a Escala de Depressão Geriátrica versão reduzida 
é pouco adequada e menos sensível sobre o idoso hospitalizado, devido a situação de doença 
em que se encontram, pois automaticamente responderam às perguntas de forma negativa. A 
escala apresentou perguntas que causaram desconforto ao paciente no decorrer do 
questionamento alguns pacientes desistiram de finalizar a escala. Houve ainda pacientes que 
apresentaram quadro sintomático leves, mas que não foram diagnosticados com uma depressão 
maior (FERRARI;DALACORTE, 2007). 
O estudo feito por Siqueira et al. (2009), sinalizou uma maior predominância da depressão 
nos homens do que nas mulheres, pois estas dificultaram nas respostas das perguntas da escala, 
por apresentarem baixo nível cognitivo. Esses pesquisadores idealizaram a criação de uma 
nova escala em virtude das dificuldades encontradas em aplicar a escala nos idosos avaliados 
por eles, visto que a aplicação da Escala de Depressão Geriátrica não seria o suficiente para 
indicar um quadro depressivo no idoso (SIQUEIRA et al., 2009). 
 Com relação á analise do estudo feito por Nascimento et al. (2013) em idosos 
institucionalizados, baseado no questionário em versão reduzida constatou-se que cerca de 65% 
deles apresentaram quadro de depressão leve ou grave. Levando em consideração que a 
diferença entre os índices de depressão em idosos hospitalizados e institucionalizados é devido 
à função de diversos outros fatores em que este indivíduo pode se encontrar. 
No estudo de Guths et al. (2017) em idosos institucionalizados, o GDA -15 revelou que 
53% dos idosos apresentaram sintomas de depressão moderada e um idoso de depressão grave. 
Em um estudo realizado em Erechim-RS observou que 57% dos idosos estão no 
parâmetro da normalidade, 38 % apresentavam depressão leve e somente 0,5% de depressão 
grave, isso demonstra um resultado positivo que o município está promovendo para essa 
população, idoso estar institucionalizado não define que o mesmo vá desenvolver a doença, 
sendo este um argumento empírico da sociedade (RALDI et al., 2016). 
O diferencial encontrado em base desse estudo é que os referidos autores levaram em 
consideração que o idoso necessita de atividades multidisciplinares, visando melhorar a saúde 
e o bem-estar dos idosos (NASCIMENTO et al., 2013). Sendo assim, evitando o surgimento de 
 
 
 
9 
 
alterações do humor ou quaisquer outras doenças psicossomáticas (ROESLER et al., 2012, 
AGUIAR et al., 2014). Porém, sempre levando em consideração que deve existir mais estudos 
aprofundados em relação ao surgimento da depressão em idosos (RALDI et al., 2016). 
 
4 Conclusão 
Ressalta-se, que saber escolher a população a ser avaliada é de extrema importância. Pois 
idosos que se encontram internados podem estar fragilizados e serem portadores de diversas 
patologias. Fazendo uso de determinados medicamentos ou até mesmo com a capacidade 
funcional reduzida. Assim se tornam mais suscetíveis a sintomas depressivos e acabam 
respondendo ás perguntas de formas negativas reduzindo a confiabilidade da escala nos idosos 
hospitalizados. Além disso, o hospital já é um ambiente onde prevalece um estado de tristeza, 
devido às tais condições que o idoso se encontra. 
Entretanto, a escala demonstrou um resultado mais satisfatório nos estudos feitos em 
idosos que se encontravam institucionalizados em abrigos e não no ambiente hospitalar. 
Conclui-se que a Escala de Depressão Geriátrica versão reduzida, serve apenas como um 
complemento para identificar os transtornos de humor e conhecimento a respeito da à saúde 
mental do idoso. Para obter um diagnóstico mais específico da depressão sugerimos que seja 
feita a realização de outros exames que avaliam a saúde mental deste idoso. 
 
Referências 
AGUIAR, A.M.A. et al. Prevalência e determinantes de sintomatologia depressiva em idosos 
assistidos em serviço ambulatorial. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v.17, n.4, p.853-866, 2014. 
 
ALMEIDA, O.P.; ALMEIDA, S.A. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão 
em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arq. Neuro-Psiquiatr. v.57(2-B), p.421-426, 1999. 
 
CONDÉ, S.A.L. et al. Declínio cognitivo, depressão e qualidade de vida em pacientes de 
diferentes estágios da doença renal crônica. J. Bras. Nefrol., v.32, n.3, p.242-248, 2010. 
 
CARNEIRO, R.S. et al. Qualidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com 
habilidades sociais. Psicol. Reflexão Crít., v.20, n.2, p. 229-237, 2007. 
 
ESQUENAZI, D.; SILVA, S.R.B; GUIMARÃES, M.A.M. Aspectos fisiopatológicos do 
envelhecimento humano e quedas em idosos. Rev. Hosp. Univers. Pedro Ernesto, v.13, n.2, 
p.11-20, 2014. 
 
FECHINE, B.R.A; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais alterações 
que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Rev Cient. Int., v.20, n.1, p.106-194, 2012. 
 
FERRARI, J.F.; DALACORTE, R.R. Uso da escala de depressão geriátrica de Yesavage para 
avaliar a prevalência de depressão em idosos hospitalizados. Scie. Med., v.17, n.1, p.3-8, 2007. 
 
 
 
10 
 
 
GÜTHS, J.L.S. et al. Perfil sociodemográfico, aspectos familiares, percepção de saúde, 
capacidade funcional e depressão em idosos institucionalizados no Litoral Norte do Rio Grande 
do Sul, Brasil. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v.20, n.2, p.175-185, 2017. 
 
LIMA, M.S. Epidemiologia e impacto social. Rev. Bras. Psiquiatr., v.21(Suppl 1), p.1-5, 1999. 
 
NASCIMENTO, D.C.; BRITO, M.A.C; SANTOS, A.D. Depressão em idosos residentes em 
uma instituição asilar da cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. J. Manag. Prim. Health 
Care, v.4, n.3, p.146-150, 2013. 
 
NÓBREGA, I.R.A.P. et al. Fatores associados à depressão em idosos institucionalizados: 
revisão integrativa. Saúde Debate, v.39, n.105, p.536-50, 2015. 
 
PARADELA, E.M.P.; LOURENÇO, R.A.; VERAS, R.P. Validação da escala de depressão 
geriátrica em um ambulatório geral. Rev. Saúde Pública, v.39, n.6, p.918-923, 2005. 
 
RALDI, G.V.; CANTELE, A.B.; PALMEIRAS, G.B. Avaliação Da Prevalência de Depressão 
em Idosos Institucionalizados em uma ILPI No Norte do RS. Rev. Enferm., v.12, n.12, p.48-63, 
2016. 
 
ROESLER, E. et al. Prevalência e fatores associados à depressão entre idosos 
institucionalizados: subsídio ao cuidado de enfermagem. Rev. Esc. Enferm.. USP, v.46, n.6, 
p.1387-1393, 2012. 
 
SIQUEIRA, G.R. et al. Análise da sintomatologia depressiva nos moradores do Abrigo Cristo 
Redentor através da aplicação da Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Ciênc. Saúde Coletiva, 
v.14, n.1, p.253-259, 2009. 
 
YESAVAGE, J.A. et al. Development and validation of a geriatric depression screening scale: 
a preliminary report. J. Psychiat. Res., v.17, n.1, p.37-49, 1983. 
 
TRINDADE, A.P.N.T. et al. Repercussão do declínio cognitivo na capacidade funcional em 
idosos institucionalizados e não institucionalizados. Fisioter. Mov., v.26, n.2, p.281-289, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
CAPITULO 02 
 
 
Funcionalidade do Idoso Hospitalizado com Índice de Barthel: Revisão Narrativa 
 
 
Maressa Raquel de Carvalho Serafim1 
Meriane Mendes Tavares da Silva2 
Maristela Prado e Silva Nazario3 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch4 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim5 
 
 
 
Resumo 
Introdução: O aumento da expectativa de vida dos brasileiros traz como consequência evidente 
a busca por atendimento hospitalar devido a distúrbios psicológicos, físicos e acidentes 
ocorridos pela perda de mobilidade advindo do aumento da idade. Objetivo: O estudo visa 
identificar o declínio da funcionalidade do idoso e seus riscos consecutivos. Deste modo, 
mostrar como a avaliação da capacidade funcional torna-se indispensável para fundamentar um 
diagnóstico, prognóstico e também servir como uma base para orientação sobre o cuidado 
necessário ao idoso hospitalizado. Método: Foi realizado uma revisão narrativa através da 
biblioteca on line SciELO durante os meses de agosto e setembro de 2018. Os critérios de 
inclusão utilizados foram sobre o Índice de Barthel e sua funcionalidade na avaliação de idosos 
hospitalizados. Resultados: O Índice de Barthel é uma avaliação que procura compreender os 
aspectos da vida diária e a funcionalidade da independência nos quesitos locomoção, cuidados 
pessoais, movimentos e outros. A aposentadoria ou perda das práticas individuais de 
responsabilidade geram distúrbios como depressão,quedas e distorções no humor, além disso, 
a necessidade de hospitalização interfere plenamente no cotidiano dessas pessoas. Conclusão: 
O estudo conclui que a avaliação da funcionalidade do idoso utilizando o Índice de Barthel é 
um método eficaz para conseguir medir o grau de independência desse indivíduo com maior 
facilidade, com a finalidade de respeito e de garantir o bem-estar deste idoso, porém 
observamos a necessidade de desenvolver novos instrumentos que avaliem essa funcionalidade 
de uma maneira globalizada. 
 
Palavras-chave: Idoso. Hospitalização. Indice de Barthel. 
 
 
1 Introdução 
A Organização Mundial da Saúde - OMS define o idoso como todo indivíduo com idade 
igual ou superior a 60 anos. Em sua maioria já apresentam doenças crônicas adquiridas na 
juventude ou consequência de seu envelhecimento. A partir desta definição podemos interligar 
 
1 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
2 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
3 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
4 Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá (UNIC) 
5 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
 
 
 
12 
 
a situação atual da sociedade brasileira, na qual há uma aceleração demográfica da população 
idosa, com o aumento da expectativa de vida OMS, 2005. Ainda em detrimento das informações 
da OMS e o crescimento desta população, Borges et al. (2015) acrescenta que problemas são 
inerentes a essa situação, assim como, o aumento no índice de internação hospitalar. 
Segundo Converso e Lartelli (2007) o curso do envelhecimento intervém na capacidade 
funcional (CF) do idoso. As mudanças ocorridas na funcionalidade dos idosos são perceptíveis 
e enfatizadas quando ocorre a sua hospitalização podendo levar a uma incapacidade (CUNHA 
et al., 2009). O índice de Barthel é um instrumento utilizado para medir a CF e a mobilidade do 
indivíduo. Esse índice é medido através de atividades diárias da CF desses idosos (MAHONEY; 
BARTHEL, 1965). 
O estudo realizado por Araújo et al. (2007) mostra que o Índice de Barthel tem um nível 
competente de fidelidade, tornando-se decisivo para escolha do instrumento e viabilizando uma 
clara avaliação da CF do idoso e suas respectivas divergências6. Como a avaliação da CF torna-
se indispensável para fundamentar um diagnóstico, prognóstico e também servir como uma 
base para orientação sobre o cuidado necessário ao idoso hospitalizado, o estudo visou 
identificar o declínio da funcionalidade do idoso e seus riscos consecutivos. 
 
2 Metodologia 
Foi realizado uma revisão narrativa através da biblioteca on line SciELO durante os meses 
de agosto e setembro de 2018, com as seguintes palavra-chave: Índice de Barthel, idoso, 
avaliação, funcionalidade e hospitalização. Os critérios de inclusão utilizados para o 
desenvolvimento deste trabalho foram estudos que utilizaram o Índice de Barthel para avaliação 
da funcionalidade na avaliação de idosos hospitalizados. 
Após a leitura de 31 resumos, selecionamos 17 artigos lidos na integra e analisados 
conforme população alvo, tipos de estudos e objetivos que preencheram os critérios de inclusão. 
Foram excluídos estudos e que não estavam relacionados ao Índice de Barthel e capacidade 
funcional do idoso. 
 
3 Resultados e Discussão 
Segundo Minosso et al. (2010) o Índice de Barthel é uma avaliação que procura 
compreender os aspectos da vida diária e a funcionalidade da independência nos quesitos 
locomoção, cuidados pessoais, movimentos e outros. Este é o objeto do nosso estudo que visa 
acompanhar e observar as atitudes decorrentes deste processo, tais como: vestir-se, ingerir 
 
 
 
13 
 
alimentos, fazer higiene pessoal, subir e descer escadas, a utilização do sanitário, entre outros 
(MAHONEY; BARTHEL 1965). 
Santos e Cunha (2014), discorrem que vários profissionais da saúde como fisioterapeutas 
e enfermeiros têm utilizado a avaliação da CF como instrumento para obter dados 
multidisciplinares e atender os idosos com qualidade. Desse modo, os autores afirmam ainda 
que a partir desta verificação de escalas e trabalho com questionamentos é possível verificar 
como funciona a capacidade dos idosos de realizar as atividades comuns do cotidiano. A equipe 
multidisciplinar é importante nesse patamar para identificar e planejar as atuações tanto na 
prevenção de doenças e riscos, como na reabilitação dessas pessoas que devem ter autonomia 
para exercer suas funções (CRISTO; PERNAMBUCO 2009). 
O aumento da expectativa de vida do Brasil transforma o país em uma pátria de idosos, 
desse modo, a geração necessita de cuidados específicos em detrimento das dificuldades 
encontradas neste período da vida (OMS, 2005). Desse modo, inúmeros fatores podem 
contribuir para a dependência de ações da vida diária, como o risco da hospitalização e doenças 
com dificuldade de recuperação, visto sua fragilidade (CHERNICHARO; FERREIRA 2015). 
Chernicaro e Ferreira (2015) acrescentam ainda que o trabalho de educação em saúde é 
importante tanto quando o idoso se encontra hospitalizado como quando recebe alta. É um 
processo contínuo que se inicia no hospital com o treinamento para os familiares ou cuidadores 
agirem de forma correta no domicílio, garantindo ao idoso tratamento adequado e evitando uma 
maior dependência deste. Algo a ser ressaltado nesta prática é a atribuição de materias 
educativos que explicitem as principais dúvidas ocorridas no processo, concretizando 
procedimentos necessários para o desenvolvimento deste idoso e sua recuperação. 
Sobre as características emocionais do idoso durante a hospitalização, Care (2007) relata 
que a transição ocorrida durante a terceira idade pode facilitar o aparecimento reações negativas 
no idoso. A aposentadoria ou perda das práticas individuais de responsabilidade geram 
distúrbios como depressão, quedas e distorções no humor. 
Além disso, a necessidade de hospitalização interfere plenamente no cotidiano dessas 
pessoas. Care (2007) demonstra ainda que o idoso precisa ser compreendido, e ter seus anseios 
e preocupações identificados, papel atribuído ao psicólogo. São comuns as indagações por meio 
dos doentes sobre o seu estado de saúde, por isto necessita de um olhar diferenciado que paute 
na preservação de sua integridade física, emocional e religiosa. 
É importante ressaltar que a fragilidade existente deve ser gerida pela equipe de saúde e 
familiares, a fim de promover o bem-estar dessas pessoas. Conhecer os causadores da 
 
 
 
14 
 
fragilidade em idosos e procurar estratégias que as solucione é algo inerente a um país que passa 
por um período de evolução do processo de envelhecimento. Desse modo, podem facilitar a 
identificação de certos agravantes que contribuem para o preparo dos profissionais da saúde 
para lidarem com os casos e/ou trabalhar a prevenção destas questões (CARNEIRO, et al. 
2016). 
Com a finalidade de diagnósticos precisos e orientações perspicazes, é utilizado por 
profissionais de saúde instrumentos que procuram avaliar a capacidade de realização de 
diversas atividades, a chamada funcionalidade, nesta questão específica, a do idoso (LIMA; 
PORTELLA, 2010) 
O Índice de Barthel, portanto, é uma escala que possibilita uma avaliação da 
independência do idoso, atribuindo pontos para cada atividade desenvolvida, que podem variar 
de 0 a 100 (APOSTOLO, 2012). 
Na alimentação, a pontuação zero é atribuída à incapacidade de alimentar-se sozinha, a 
cinco a necessidade de auxílio para elementos como efetuar cortes, entre outros, e a dez para a 
independência nas atividades referidas. No banho, são duas pontuações, zero para auxilio e 
cinco para independente. As atividades de higiene pessoal como fazer abarba, escovar os 
dentes, pentear os cabelos, recebem zero para a necessidade de ajuda e cinco para a 
independência (APOSTOLO, 2012). 
Para ações como se vestir é atribuído zero quando o idoso é dependente de auxilio, cinco 
quando necessita de auxílio em uma parte específica e dez quando se veste totalmente sozinho, 
incluindo zíper, laços e botões (APOSTOLO, 2012). 
Com relação ao intestino as classificações estão entre zero para incontinente, cinco para 
situações ocasionais e dez para continente, essa mesma pontuação é utilizada para o sistema 
urinário. O uso do banheiro segue a seguinte escala: zero para dependente, cinco para ajuda 
parcial e dez para independência total (APOSTOLO, 2012). 
Casos como a transferência de uma cama para cadeira ou cadeira/cama são proferidos 
zero para incapacidade de realização, cinco para ajuda de uma ou duas pessoas, dez para pouca 
ajuda e quinze para independência de ações mesmo com bengala (APOSTOLO, 2012). 
No caso da mobilidade em ambientes planos, as medições referem zero para a 
incapacidade, cinco cadeiras de rodas independente, dez caminhadas com auxílio de uma pessoa 
e quinze para realização independente (APOSTOLO, 2012). 
Nas escadas, zero é atribuído para incapacidade, cinco para ajuda e dez independências 
(APOSTOLO, 2012). 
 
 
 
15 
 
Paixão Junior e Reichenhem (2005) complementam que a avaliação dos idosos de forma 
qualitativa e a proveitos condizentes com a realidade da maioria dos pacientes, proporcionaria 
uma prevenção de diagnósticos que colaborariam para a identificação e tratamento de doenças 
de forma a não os retirar de seus lares. Já que a hospitalização se torna um agravante em diversas 
dimensões para a população idosa, o que existe na atualidade não atua de forma necessária para 
garantir a qualidade de vida dessas pessoas. 
Paixão Junior e Reichenhem (2005) indagam ainda, a necessidade de existir um 
processo de comparação de resultados, novos instrumentos que mapeiem e consigam dinamizar 
a avaliação dos idosos, a fim de proporcionar ajuda nas decisões a serem tomadas. A partir das 
definições destes instrumentos é possível efetuar considerações sobre as patologias e as ações 
sobre elas, desse modo devemos observar que ao efetuar reavaliações periodicamente, ficaria 
mais fácil à introdução de novos procedimentos caso haja uma maior debilidade da 
funcionalidade. Outro caso seria poder avaliar patologias que por muitas vezes passariam 
despercebidas. 
 
4 Conclusão 
Compreende-se é que há necessidade de que os idosos hospitalizados tenham um 
suporte diferenciado no andamento de suas atividades cotidianas. Analisando e identificando o 
desenvolvimento da sua funcionalidade e criando uma estrutura que proporcione estímulos e 
melhor qualidade para o convívio diário dos idosos hospitalizados. Algo importante a 
acrescentar é que a análise detalhada da capacidade funcional do idoso é a chave principal para 
que consigamos progredir nos tratamentos necessários. 
A fase da vida em questão colabora para diversas interrupções da capacidade funcional 
dos indivíduos, desse modo, através do índice de Barthel, analisamos que a hospitalização deste 
idoso vem a contribuir para a piora deste quadro. Portanto este instrumento é tido como um 
método claro e eficaz de avaliação, comprovando que após certo período hospitalizado há um 
declínio gradual deste idoso. Porém é preciso desenvolver novos instrumentos que avaliam este 
paciente de uma maneira globalizada. 
 
Referências 
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de Coimbra, 2012. 
 
ARAÚJO, F. et al. Validação do índice de Barthel numa amostra de idosos não 
institucionalizados. Qualidade de vida, v. 25, n 2, 2007. 
 
 
 
16 
 
 
AZEVEDO, P.W. et al. Avaliação da funcionalidade dos idosos institucionalizados em um 
pensionato do sul do Brasil através do índice de Barthel. Mov. Saúde, v.4, n.20, p.1-5, 2012. 
 
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v. 22, n. 2, p. 38-41, 2015; 
 
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CARNEIRO, J.A. et al. Prevalence and factors associated with frailty in non-institutionalized 
older adults. Rev. Bras. Enferm., v.69, n.3, p.408-415, 2016. 
 
CHERNICHARO, I.M.; FERREIRA, M.A. Sentidos do cuidado com o idoso hospitalizado na 
perspectiva dos acompanhantes. Esc. Anna Nery, v.19, n.1, p.80-85, 2015. 
 
CONVERSO, M.E.R.; LARTELLI, I. Caracterização e análise do estado mental e funcional de 
idosos institucionalizados em instituições públicas de longa permanência. J. Bras. Psiquiatr., 
v.56, n.4, p.267-272, 2007. 
 
CRISTO, G.O.; PERNAMBUCO, A.C.A. O impacto na funcionalidade de idosos internados 
em um hospital geral. Rev Einstein, v.7, n.3, p.266-270, 2009. 
 
CUNHA, F.C.M. et al. Fatores que predispõem ao declínio funcional em idosos hospitalizados. 
Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v.12, n.3, p.475-487, 2009. 
 
LIMA, M.J.B.; PORTELLA, M.C. Elaboração e avaliação da confiabilidade de um instrumento 
para medição da qualidade de vida relacionada à saúde de idosos independentes. Cad. Saúde 
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MAHONEY, F.I.; BARTHEL, D.W. Functional Evaluation: the Barthel Index. Maryland State 
Med. J., v.14, p.56-61, 1965. 
 
MINOSSO, J.S.M. et al. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos atendidos em 
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PAIXÃO, J.R.C.M; REICHENHEM, M.E. Uma revisão sobre instrumentos de avaliação do 
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SANTOS, G.S.; CUNHA, I.C.K.O. Capacidade funcional e sua mensuração em idosos: uma 
revisão integrativa. REFACS, v.2, n.3, p.269-278, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
CAPITULO 03 
 
As Vantagens da Mobilização Precoce em Pacientes na Unidade de Terapia Intensiva 
 
 
Debora Pereira Pinheiro1 
Rayssa Laura de Carvalho Magalhães1 
Olyvia Ribeiro Derze2 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim3 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch4 
Maristela Prado e Silva Nazario5 
 
Resumo 
Introdução: Na Unidade de terapia intensiva a perda de mobilidade em pacientes 
hospitalizados tem impacto negativo em vários sistemas orgânicos e pode levar ao 
aumento do tempo de internação e à mortalidade. Sendo assim, torna-se importante o 
uso da mobilização precoce com o intuito de diminuir o risco de hospitalização prolongada e 
os custos relacionados à pacientes com alta taxa de permanência em leitos de UTI. Objetivo: 
O presente artigo tem como proposta analisar a importância da mobilização precoce em 
pacientes críticos na unidade de terapia intensiva. Métodos: Trata-se de uma revisão de 
literatura baseada em trabalhos escritos em português e inglês, através de um levantamento 
bibliográfico encontrado em materiais publicados em redes eletrônicas cientificas obtida nas 
bibliotecas on line Scielo e Bireme, no período de 2009 a 2018. Resultados: Verificou-se que 
a mobilização precoce em pacientes críticos na unidade de terapia intensiva traz benefícios aos 
pacientes hospitalizados em relação à recuperação de forma rápida e reduzindo os problemas 
respiratórios e musculares. Dessa forma, reforça o papel do fisioterapeuta nesse processo, já 
que o mesmo é responsável pela conduta da terapia. Conclusão: Conclui-se que a mobilização 
precoce em pacientes que se encontram nas unidades de terapia intensiva é eficaz e benéfica, 
preservando a força muscular periférica e respiratória. 
 
Palavras-chave: Deambulação Precoce. Fisioterapia. Unidades de Terapia Intensiva. 
 
 
1 Introdução 
As transformações ocorridas no mundo da saúde, trazem a partir da década de 70 a 
importância do fisioterapeuta na equipemultidisciplinar nos hospitais e atuando com pacientes 
em estágio crítico. A fisioterapia intensiva, ganha destaque e a terapia de mobilização precoce 
nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) contribuem significativamente para que o 
paciente se recupere de forma mais rápida. 
Nesse novo cenário da medicina onde a partir do século XX, houve um avanço em relação 
 
1 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
2 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
3 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
4 Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá (UNIC). 
5 Docente do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
 
 
 
18 
 
a técnica de mobilização precoce em pacientes críticos. A imobilidade, juntamente com a 
utilização de medicamentos podem afetar o sistema musculoesquelético assim como as funções 
viscerais, causando impactos no sistema respiratório, cardiovascular e o sistema urinário. Daí 
vem a importância da fisioterapeuta e principalmente da mobilidade precoce na unidade de 
terapia intensiva propiciando uma melhor qualidade de vida ao paciente, contribuindo para uma 
recuperação mais rápida (PINHEIRO, 2009). 
 A fisioterapia é indissociável nas unidades de terapia intensiva, quando a mobilização 
precoce é utilizada de forma eficaz além dos benefícios psicológicos, físicos e ganho de 
qualidade de vida e recuperação rápida do paciente, ainda reduz os custos hospitalares e 
contribui para a redução do tempo de permanência, gerando maior oferta de leitos vagos para a 
população e reduzindo os efeitos deletérios da imobilidade prolongada (REIS et al. 2018). 
Portanto será abordado tal assunto para descobrir a relevância da mobilidade precoce 
como terapia, possibilitando uma recuperação rápida e uma maior qualidade de vida aos 
pacientes em estágio critico na unidade de terapia intensiva. Demonstrando a importância da 
fisioterapia na equipe multidisciplinar, auxiliando o paciente, a equipe e a família do paciente. 
O objetivo desse artigo é analisar as vantagens da mobilização precoce em pacientes com 
estágio critico que se encontram na UTI, bem como, demonstrar os benefícios que a 
mobilização precoce como: preservar a força e a massa muscular, melhorando o fluxo 
sanguíneo, estimulando a produção de citocinas anti-inflamatórias, além de contribuir para 
redução de complicações pulmonares e musculoesqueléticas. 
 
2 Metodologia 
Foi realizado um estudo de revisão de literatura em relação à abordagem do tema. A 
pesquisa foi baseada em trabalhos escritos em português e inglês no período de 2009 a 2018, 
através de um levantamento bibliográfico encontrado em materiais publicados nas bibliotecas 
on line Scielo e Bireme, e todos os meios científicos confiáveis. 
Por fim serão extraídas informações e explicações sobre a mobilidade precoce, 
demonstrando sua eficiência e eficácia para uma pratica hospitalar de qualidade, levando a 
melhoria e rapidez de recuperação do paciente critico na UTI. 
 
3 Resultados e discussão 
3.1 Unidades de Terapia Intensiva e a Fisioterapia na UTI 
O conceito de UTI, e sua idealização vai de encontro com a ideia de acolher pacientes 
 
 
 
19 
 
que estão em estado grave de sobrevida e precisam de cuidados especiais e complexos, além de 
um monitoramento constante (ASSOBRAFIR, 2009). Nesse aspecto, a unidade de terapia 
intensiva exige uma equipe multidisciplinar, que ainda discorre que o conceito e equipe com 
seus valores implica na existência de uma visão ampla e coletiva, em que é necessária a 
coerência de propósito, a sincronização e a continuidade de ação (KAMADA, 1978). Não basta 
que um determinado grupo trabalhe em conjunto; é imprescindível que o mesmo esteja 
estreitamente unido e motivado para um objetivo comum. 
A alta tecnologia adotada nos leitos de UTI, com aparelhos, assim como os medicamentos 
e o próprio processo de imobilidade trazem incomodo aos pacientes em estágio critico, dessa 
maneira a partir de 1995, tem início ao movimento de humanização nos leitos de UTI que visam 
aumentar os laços de proximidade, auxiliando para que o ambiente hospitalar possa ser mais 
humano. Por isso, a organização desse ambiente é de grande importância para proporcionar aos 
pacientes e à equipe o máximo de conforto e segurança possível, de forma que os aspectos 
sejam incluídos na prática de humanização. O fisioterapeuta exerce um papel fundamental na 
reabilitação dos pacientes internados em UTI, e, além de qualidade técnica, deve prezar pela 
qualidade relacional de sua assistência, a fim de transmitir confiança e de estar atento às 
necessidades dos pacientes (MONDADORI et al. 2016). 
De acordo com Pinheiro e Christofoletti (2012), no ambiente hospitalar, os serviços 
prestados, pelos profissionais de saúde tem como objetivo recuperar a condição clinica dos 
pacientes, a fim de que eles possam retornar a realidade com qualidade de vida. Nesse aspecto, 
em relação a estrutura da unidade de terapia intensiva temos: “Cada leito na UTI deve conter 
uma cama Fowler, monitor multiparamétrico, bomba de infusão contínua, AMBU e rede de 
gases, com no mínimo saídas de ar comprimido e oxigênio, aspirador, ventilador mecânico 
microprocessado e colchões especiais que visam diminuir os quadros de úlceras por pressão” 
(PINHEIRO, 2009). 
O papel do profissional de fisioterapia na unidade de terapia intensiva torna-se essencial 
e parte integrante no atendimento multidisciplinar, a atuação desse profissional evita danos 
respiratórios e danos motores, com a prática da mobilidade precoce (CRUZ, 2018). Um foco 
multidisciplinar na mobilização precoce é necessário como parte das rotinas clínicas diárias na 
UTI. A estrutura da equipe multidisciplinar e a inclusão de fisiatras, médicos, terapeutas 
ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisiologista e assistentes 
sociais pode servir como um excelente modelo para a construção de uma equipe de mobilidade 
precoce na UTI. Isto pode ser útil para avaliar os diferentes componentes de um programa de 
 
 
 
20 
 
treinamento próprio, incluindo o tipo, frequência, intensidade e exercícios específicos, além do 
tipo de programas e intervenções psicossocial (BORGES et al., 2009; FRANÇA et al., 2012). 
Lopes e Brito (2009) relatam que a questão técnica é importante, no entanto a relação 
com o paciente num aspecto humanizado deve ser primordial pois nas condições que os 
pacientes se apresentam durante o tratamento intenso, as questões psicológicas estão adjuntas 
a patologias físicas. 
A história da fisioterapia vai desde a Antiguidade, utilizando propriedades físicas e 
químicas como, gelo, calor, para o alivio da dor, sequencialmente surgiu às técnicas de 
massagem e enfaixamento para alívio das dores e diminuição das deformidades. Porém só na 
segunda guerra mundial a fisioterapia se disseminou se tornando conhecida através da fundação 
de escolas de cinesioterapia para aprimorar o tratamento dos soldados mutilados, sobreviventes 
da guerra (LOPES; BRITO, 2009). 
A fisioterapia foi regulamentada como profissão pelo decreto lei de número 938, 13 de 
outubro de 1969. Tem como principais atribuições: a realização de métodos, técnicas e 
procedimentos terapêuticos, sob contato físico aplicados diretamente ao paciente, estando ele 
consciente ou não (BRAZ et al., 2009). 
A portaria do ministério da saúde número 3432, em vigor desde de 12/08/1998 diz que as 
UTI, com nível terciário devem contar com assistência fisioterapêutica em período integral 
dessa forma reduzem os custos hospitalares e principalmente contribuem para uma recuperação 
mais eficaz de pacientes em estado crítico, que ainda complementa lembrando da resolução da 
SOBRATI (AssociaçãoBrasileira de Terapia Intensiva) acerca da terapia intensiva. A resolução 
número 7 da RDC (Resolução da Diretoria Colegiada), que dispõe dos requisitos mínimos para 
o funcionamento das UTI, deu novas disposições a fisioterapia, onde deve haver um 
fisioterapeuta coordenador, especializado em terapia intensiva de modo que aumente a carga 
horária e principalmente que a cada dez leitos, tem que haver um profissional de fisioterapia 
(ULTRA, 2009). 
Nesse aspecto a terapia intensiva é conceituada dessa forma: 
 
O fisioterapeuta intensivista é aquele que tem sua dedicação total voltada ao paciente 
critico, realizando seu diagnóstico funcional [...] com objetivo de melhora do quadro 
do paciente, debatendo com a equipe multidisciplinar deforma coerente a estadia do 
paciente na terapia intensiva (SUBTIL et al., 2011). 
 
Um dos pontos considerados importantes, é que a assistência fisioterapêutica pode 
auxiliar nos problemas precoces cinéticos-funcionais, em pacientes em estágio grave na unidade 
de terapia intensiva (SOARES et al., 2010). Desse modo, a partir da inserção do fisioterapeuta 
 
 
 
21 
 
na equipe multidisciplinar nas unidades de terapia intensiva na década de 70, houve avanços 
em relação a como o tratamento com exercícios e principalmente através da mobilidade 
precoce, trouxeram vantagens a esses pacientes. O oficio do fisioterapeuta na UTI, ganha um 
outro patamar, aplicando técnicas motoras respiratórias, introduzindo a reabilitação 
respiratória de cuidados com a via aérea artificial e mais recentemente a manipulação da 
ventilação mecânica invasiva e não invasiva (ASSOBRAFIR, 2009). 
As especialidades envolvidas em pacientes críticos estão na resolução número 400 de 
2011, que trata especialmente da fisioterapia respiratória e na resolução de número 402 de 2011 
que são reconhecidas pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(COFFITO), sendo essenciais para uma prática hospitalar eficaz do fisioterapeuta. Nesse 
aspecto, o papel do fisioterapeuta vai de encontro com a humanização das unidades de terapia 
intensiva. O seu oficio é de grande parte usar as mãos como instrumento de trabalho, um 
atendimento sem empatia e sem humanização seria praticamente nulo aos pacientes críticos. 
Para que o contato entre o fisioterapeuta e o paciente seja considerado bom, deve haver 
empatia, reciprocidade, confiança e afeto, para com isso reduzir o desconforto dos entes 
queridos e utilizando práticas que mostram boa conduta profissional e de humanização 
(SUBTIL et al., 2011). 
Nesse aspecto em relação a fisioterapia enquanto ciência temos abaixo esse conceito: 
 
Ciência voltada para o entendimento da funcionalidade humana, a fisioterapia tem 
papel fundamental no processo de recuperação dos pacientes internados em UTI, onde 
o profissional trabalha com o objetivo de reabilitar indivíduos hospitalizados, 
auxiliando em seu processo de cura. Sabe-se da importância da intervenção 
fisioterápica em pacientes assistidos nas unidades de terapia intensiva e que os 
benefícios são vários (como prevenir e reduzir os efeitos deletérios ocasionados pelo 
leito, propiciar bem-estar psíquico aos pacientes, melhorar a capacidade respiratória e 
cardiovascular, promover independência funcional, proporcionar e acelerar uma 
recuperação de qualidade, além de diminuir o tempo de hospitalização desses 
indivíduos (MONDADORI et al., 2016). 
 
São abundantes os procedimentos que um fisioterapeuta pode realizar nas UTI tais como 
avaliar e tratar as funções motoras e respiratórias, determinar as medidas para o suporte 
ventilatório instalando e manuseando a oxigenioterapia ou oxigenação mecânica, técnicas 
fisioterapêuticas que incluem manobras de higienização brônquica, exercícios respiratórios, 
fortalecimento muscular global, readequação evolutiva do paciente aos esforços (PINHEIRO, 
2009). 
Dentre as principais atividades do fisioterapeuta que atua na unidade de terapia intensiva 
encontra esses dois aspectos: 
 
 
 
22 
 
a) A fisioterapia respiratória: é o suporte ventilatório, com a parte de fisiologia 
respiratória, suporte respiratório, oxigenioterapia, ventilação mecânica não 
invasiva e ventilação mecânica invasiva e toda essa parte de cuidado 
respiratório do paciente, que é um dos motivos que o leva a UTI. 
b) A fisioterapia motora: a fisioterapia motora inclui a parte de fortalecimento, 
reabilitação, prevenção de deformidades e tratamento de complicações 
relacionadas com a permanência desses pacientes que estão muito tempo 
imóveis no leito. É muito importante nesse contexto a mobilização precoce, 
cujo planejamento também é feito por esse profissional. No momento em que 
entramos na UTI já devemos pensar em mobilizar esse paciente o mais rápido 
possível. 
 
Portanto, ao longo da história compreendemos os avanços da medicina e as suas 
mudanças. A formação, concepção e objetivo das unidades de terapia intensiva, assim como o 
papel do fisioterapeuta nessas unidades que ganharam e vem ganhando uma ótica humanizada, 
proporcionando a equipe multidisciplinar uma maior empatia para com o paciente. Nesse 
aspecto, a fisioterapia se torna um instrumento que vai além das técnicas impostas nas terapias, 
e sim no ato de se doar e principalmente colaborar com a recuperação rápida e eficaz dos 
pacientes em estado crítico. O fisioterapeuta contribui não somente com o paciente, mas com 
todos os envolvidos no processo, demonstrando que esse oficio é essencial e primordial para 
um ambiente hospitalar eficiente e humanizado. 
 
3.2 Mobilização Precoce para Pacientes em UTI 
As Unidades de Terapia Intensiva têm por foco o suporte à vida, e ao tratamento de 
pacientes com instabilidade clínica. A impossibilidade de movimentação, associadas ao uso de 
medicamentos e ventilação mecânica, acarretam efeitos colaterais, como a diminuição da 
capacidade física. Para que haja bons resultados na qualidade de vida do paciente, se faz 
necessário uma multidisciplinaridade no âmbito hospitalar, de forma que a equipe médica esteja 
em sintonia com os fisioterapeutas, de forma que o tratamento ocorra sem muitas 
intercorrências. 
Pacientes admitidos em uma UTI e que sobrevivem à fase aguda de uma doença crítica 
relatam que apresentam fraqueza muscular. Estudos realizados sugerem que ela ocorre em 25% 
a 60% dos pacientes que recuperam a consciência depois de uma semana de ventilação 
mecânica, tendo, muitas vezes, repercussões por meses ou anos após a alta hospitalar, com 
impacto na realização das atividades de vida diária, na qualidade de vida e reintegração do 
paciente à sociedade (JONGHE 2009; VINCENT; NORRENBERG, 2009). Sibinelli et al. 
(2012), afirmam que: 
 
 O sistema musculoesquelético é projetado para se manter em movimento, sendo que 
https://www.iespe.com.br/blog/reabilitacao-acelerada-fisioterapia/
 
 
 
23 
 
são necessários apenas sete dias de repouso no leito para reduzir a força muscular em 
30%, levando a perda adicional de 20% da força restante a cada semana. 
 
A imobilidade no leito aliada a reações medicamentosas traz impactos para o paciente, 
podendo afetar o sistema musculoesquelético além das funções viscerais, causando assim 
alterações nos sistemas: respiratório, cardiovascular, e sistema urinário. Tendo em vista o 
quanto a imobilização é prejudicial a estes pacientes, se observa a necessidade da fisioterapia 
em intervir antecipadamente (PINHEIRO, 2009). 
Pacientes graves em uma UTI, realizando a mobilização precoce, algo vantajoso e viável. 
Um estudo de Borges et al. (2009) demonstrou que é um procedimento seguro, com muitas 
vantagens em se iniciar um tratamento precocemente. Segundo o estudo, a mobilização precoce 
é viável em qualquer paciente crítico estável hemodinamicamente, são raros os eventos 
adversos e não houve nenhum sério, ou seja, nenhum que ocasionasse em extubações ou 
complicações que acarretassem oaumento de custos ou o prolongamento da permanecia no 
centro hospitalar. 
A mobilização precoce é a base para a recuperação funcional, melhora o transporte de 
oxigênio, mantem a capacidade musculoesquelética, reduz as complicações do imobilismo e 
melhora a qualidade de vida após alta hospitalar. Essa mobilização será viável quando não 
houver ou quando for diminuída a sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular, visto que 
contribuem para o agravamento dos resultados. O ortostatismo, a eletroestimulação 
neuromuscular, mudança de decúbito, mobilização passiva e deambulação são algumas das 
estratégias para realização do procedimento. De acordo com Silva et al., (2014): 
 
Há, cada vez mais, sobreviventes de doenças críticas, cujas complicações decorrentes 
da permanência prolongada na UTI contribuem para desordens neuromusculares, 
piora nas habilidades funcionais, aumento dos custos assistenciais e redução da 
qualidade de vida após alta hospitalar. A disfunção muscular pode ser agravada por 
consequências de doença, sedação e imobilidade no leito, bem como intensidade e 
duração inadequadas da reabilitação física. A frequência e gravidade da fraqueza 
neuromuscular e suas manifestações clínicas podem ser amenizadas, utilizando-se 
alternativas como a mobilização precoce (MP) para a prevenção e o tratamento de tais 
complicações. A terapia física precoce, inclusive durante o período de intubação e 
suporte ventilatório, pode ser realizada com segurança, melhorando os resultados 
funcionais dos pacientes. 
 
No ambiente hospitalar, o objetivo do serviço prestado pelos profissionais da saúde é 
recuperar a condição clínica dos pacientes, resultando em qualidade de vida após a alta 
hospitalar. A imobilidade, o descondicionamento físico e a fraqueza muscular estão associados 
a maior incapacidade e a reabilitação prolongada (PINHEIRO; CHRISTOFOLETTI, 2012). 
 
 
 
24 
 
Os efeitos benéficos relacionados à mobilização precoce em pacientes internados em UTI, 
não excluem a avaliação de alguns fatores de segurança antes da realização dessas atividades 
nesse ambiente. Os principais fatores de segurança que devem ser analisados são: fatores 
intrínsecos ao paciente, como antecedentes médicos, reservas cardiovascular e respiratória; e 
fatores extrínsecos ao paciente, como acesso vascular no paciente, ambiente e equipe (SILVA 
et al. 2010). 
Conceição et al. (2017), diz que, fatores externos como força física e funcionalidades 
prévias, nível de cooperação, dispositivos anexados ao paciente e a cultura de mobilização 
existente na unidade são relevantes para a reabilitação do paciente em UTI, resultando em uma 
melhora na qualidade de vida posterior a alta hospitalar. A própria autora afirma que: 
 
Estudos demonstram que a MP é segura e viável, porém ainda não há consenso em 
relação a seus desfechos. Estudos mostram potenciais benefícios como redução do 
tempo de ventilação mecânica, permanência na UTI, internação hospitalar, sedação e 
duração do delirium, custos hospitalares, além da melhora dos desfechos clínicos e 
funcionais na alta hospitalar. No entanto, estes resultados contrastam com os de outros 
estudos randomizados e controlados, que demonstraram que a realização de 
mobilização intensiva e precoce não altera funcionalidade e qualidade de vida quando 
avaliados na alta e até 6 meses após alta hospitalar. 
 
Acreditava-se, durante muitos anos, que o repouso absoluto seria a melhor forma de tratar 
o enfermo que se encontra em estado crítico, uma vez que este não resistiria a uma atividade 
física. Havia a crença de que era benéfico para a estabilização clínica do paciente. Entretanto, 
já se sabe que o descondicionamento físico e a fraqueza muscular, são complicações que surgem 
devido à imobilidade. Por essa prática, havia a piora do paciente e, ao mesmo tempo, risco de 
infecções e morbimortalidade (MUSSALEM et al., 2014). 
França et al. (2012) elenca os efeitos negativos e complicações que surgem devido à 
imobilidade. Entre eles estão: aumento da frequência cardíaca máxima; diminuição do volume 
total de sangue; alterações na relação ventilação / perfusão; diminuição na pressão arterial de 
oxigênio; aumento da excreção de cálcio, fósforo e magnésio; e diminuição da força e 
capacidade muscular. Desta forma, o repouso absoluto dos pacientes em UTI seria um declínio 
funcional para os mesmos, além de gerar mais gastos assistenciais. 
A fisioterapia é fundamental no atendimento aos pacientes em UTI, envolvendo 
atendimento a quadros críticos que necessitam ou não de suporte ventilatório, visando evitar 
possíveis complicações respiratórias e motoras ocasionadas pela imobilidade do paciente 
(CRUZ, 2018). A fisioterapia é uma ciência capaz de promover a recuperação e preservação da 
funcionalidade, podendo minimizar estas complicações. 
 
 
 
 
25 
 
O fisioterapeuta intensivista deve ter o compromisso de realizar a mobilização de 
forma precoce para proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida e assim 
evitando na medida do possível os efeitos deletérios da síndrome do imobilismo 
(BORGES et al., 2009). 
 
Junior e Badaró (2013) indaga que a fisioterapia é de extrema relevância para a 
recuperação clínica de pacientes em UTI, trazendo benefícios funcionais. A mobilização 
precoce deve ser diariamente realizada com os pacientes críticos, internados em unidade de 
terapia intensiva, tanto naqueles estáveis, que se encontram acamados, inconscientes e sob 
ventilação mecânica, quanto naqueles conscientes capazes de realizar de forma independente. 
 
O treinamento físico tem sido cada vez mais reconhecido como um importante 
componente no cuidado de pacientes críticos que requerem ventilação mecânica 
prolongada, ao proporcionar melhora na função pulmonar, muscular e na 
independência funcional, acelerando o processo de recuperação e diminuindo assim o 
tempo de ventilação mecânica e de permanência na UTI (FRANÇA et al., 2009). 
 
A mobilização precoce traz benefícios físicos, psicológicos e evita os riscos da 
hospitalização prolongada, diminuindo a incidência de complicações, acelerando a recuperação 
e normalização do quadro após a alta do paciente. Se realizada precocemente, nos primeiros 
dias de internação, otimiza a recuperação funcional (CRUZ, 2018). 
As atividades desenvolvidas pelo fisioterapeuta em UTI podem ser: mudanças de 
decúbito e posicionamento no leito, mobilização passiva, exercícios ativo-assistidos e ativo 
livres, uso de cicloergômetro, eletroestimulação, treino de atividades de vida diária e 
funcionalidade, sedestação, ortostatismo, marcha estática, transferência da cama para cadeira e 
deambulação (FRANÇA et al., 2012). 
O fisioterapeuta é responsável pela prescrição e implementação dos exercícios e 
treinamentos, juntamente com os demais da equipe médica e assistencial responsável. Há um 
protocolo de mobilização, que vai desde exercícios com menor taxa metabólica como a 
mobilização passiva, a realização de transferências até exercícios com carga para membros 
superiores e membros inferiores e a utilização de ergômetros (FRANÇA et al., 2009). Para 
realizá-los, é preciso seguir algumas recomendações e analisar se existe alguma 
contraindicação. Em pacientes críticos, por exemplo, é necessário verificar a ventilação minuto 
pelo peso corporal. Após 2 horas de iniciada a hemodiálise ou já ter sido realizada a filtragem 
de 3.000ml é contraindicado realizar a mobilização (JUNIOR; BADARÓ, 2013). 
 
Tem sido adotado programas para início e evolução da mobilização precoce do 
paciente crítico, e são divididos em 4 ou 5 fases de fácil aplicação. As informações 
fornecidas incluem os tipos de pacientes para os quais cada fase é adequada, 
mobilidade na cama, transferências, marcha, exercícios terapêuticos, o 
 
 
 
26 
 
posicionamento, a educação, e a duração e frequência das sessões de mobilidade. Uma 
boacomunicação dentro da equipe multidisciplinar da UTI, que inclui um médico, 
fisioterapeuta e enfermeiro, é fundamental para proporcionar a mobilização adequada, 
dependendo da estabilidade clínica do paciente (JUNIOR; BADARÓ, 2018). 
 
A equipe multidisciplinar será responsável por analisar e identificar as indicações e 
contraindicações para que ocorra a mobilização precoce, a partir do conjunto de dados. Na UTI, 
geralmente, pacientes em estado crítico são sedados logo no princípio da internação para que o 
paciente tenha alívio da dor e diminua a ansiedade, para reduzir o consumo de oxigênio e 
impedir que o paciente desconecte o ventilador mecânico. Dependendo das drogas ministradas 
ao paciente, é contraindicado a realização da mobilização precoce, e a frequência de sedativos 
pode acarretar uma piora no quadro de imobilismo (SARTI et al., 2016). 
 
3.3 Perspectivas e Discussões acerca da Mobilização Precoce 
Foi observado que após três horas de mobilização passiva contínua diária, por meio de 
cicloergômetro apropriado para realização deste tipo de mobilização precoce, houve redução 
na atrofia de fibras e perda de proteínas (FRANÇA et al. 2009). Machado et al (2017) realizou 
um ensaio clínico randomizado envolvendo 38 pacientes em ventilação mecânica com 
fisioterapia convencional e outro grupo com fisioterapia convencional e exercícios passivos em 
cicloergômetro cinco vezes por semana, resultou que a realização de mobilização passiva 
contínua de forma cíclica auxilia na recuperação da força muscular periférica de pacientes 
internados em UTI. 
Pinheiro e Christofoletti (2012), afirmam que: 
 
Estudos recentes demonstram a importância de programas mobilização precoce na 
UTI, pois produz efeitos significativos nos desfechos clínicos, é considerada uma 
intervenção segura e viável após a estabilização cardiorrespiratória e neurológica do 
paciente crítico. Utilizada por muitos fisioterapeutas, a mobilização precoce deve ser 
aplicada diariamente nos pacientes internados em unidade de terapia intensiva, tanto 
naqueles estáveis, que se encontram acamados e inconscientes (que estão em 
ventilação mecânica), quanto naqueles conscientes e que realizam a marcha 
independente. 
 
Pacientes com maior tempo de internação em UTI, sob ventilação mecânica prolongada, 
estão naturalmente sujeitos à maior perda de massa muscular, com uma recuperação funcional 
mais demorada, em relação aos internados a pouco tempo. Vários fatores causam o 
descondicionamento físico e contribuem para um maior tempo de internação do paciente, o que 
o predispõe a um maior risco de infecção hospitalar e a outros efeitos colaterais à sua saúde 
(JUNIOR; BADARÓ, 2018). 
 
 
 
27 
 
Feliciano et al. (2012) em um estudo realizado, utilizando um protocolo de mobilização 
precoce, cujo objetivo foi comparar a eficácia da mobilização em pacientes que tiveram 
insuficiência respiratória, não se observou nenhuma intercorrência durante a sua aplicação, 
sendo ele considerado seguro; e os pacientes submetidos a esse protocolo apresentaram uma 
redução no tempo de internamento na UTI e uma redução de custos hospitalares. 
Outro estudo realizado por Pinheiro e Christofoletti (2012) que durou 6 semanas de 
treinamento físico, onde realizavam fortalecimento muscular, deambulação, e atividades 
funcionais em pacientes em ventilação mecânica comparado a outro grupo, onde os pacientes 
não realizavam nada disso, observou- se que houve um aumento significativo de ganho de força 
muscular de membros e também de função pulmonar nos pacientes que realizaram o 
treinamento fisioterapêutico. E os pacientes que não fizeram parte do estudo, houve redução de 
força muscular e maior comprometimento respiratório, sugerindo que a imobilidade é uma 
consequência importante em pacientes graves que estão em ventilação mecânica prolongada. 
Malkoc et al. (2009), em um estudo controlado com 510 pacientes, avaliaram os efeitos 
da mobilização precoce no tempo de estadia na UTI. Verificou-se que os pacientes mobilizados 
ficaram em média de 6 a 10 dias a menos internados na UTI. 
Santos et al. (2017) observaram que a mobilização precoce em pacientes após cirurgia 
cardíaca previne complicações pós-operatórias, melhora a capacidade funcional e reduz tempo 
de internação hospitalar. 
Rocha et al. (2017) estratégias de mobilização precoce na unidade de terapia intensiva 
podem resultar na prevenção e redução da polineuromiopatia no paciente crítico, melhora 
da qualidade de vida, redução da permanência na UTI e do hospital e 
menor mortalidade durante a hospitalização. 
Dantas et al. (2012) num ensaio clínico, controlado e randomizado realizado em 59 
pacientes, em ventilação mecânica avaliaram a mobilização precoce observaram que houve 
ganho da força muscular inspiratória e periférica quando submetida a um protocolo de 
mobilização precoce e sistematizado. 
Assim sendo, para Nascimento (2013) se mostra de forma evidente que a mobilização 
precoce oferta uma melhora na função motora e cognitiva, que podem influenciar 
negativamente no processo de reabilitação. Entretanto Sarti et. al. (2016) dizem que, apesar dos 
benefícios apresentados ela realização da mobilidade precoce, mais estudos são necessários 
para saber quais são os melhores exercícios, a duração, a repercussão e a intensidade da 
fisioterapia motora para cada paciente crítico. Para que a mobilização aconteça com segurança 
 
 
 
28 
 
e seja viável ao paciente, é necessário a análise de alguns critérios como: respiratório, 
circulatório e neurológico para que os exercícios não agravem o quadro clínico. Caso esses 
critérios estejam de acordo, a mobilização precoce poderá ser segura e viável, podendo diminuir 
os efeitos deletérios da imobilidade prolongada. 
É de grande importância à atuação do Fisioterapeuta, na prevenção das sequelas do 
Imobilismo, pois, somente fazendo uso das técnicas devidas, estando dentro do contexto de 
multidisciplinaridade, é que fará a diferença na evolução gradativa do paciente, evitando 
sequelas, diminuição significativa na permanência do mesmo na Unidade de Terapia Intensiva 
e prevenção de patologias ocasionadas pelo imobilismo. De forma a se garantir assim, uma 
melhora na qualidade de vida. 
 
4 Conclusão 
Apesar dos avanços na área da saúde e principalmente a humanização nos leitos de UTI, 
além do reconhecimento da importância da fisioterapia intensiva no tratamento dos pacientes 
críticos, ainda existe certo desconhecimento e também uma desvalorização desse profissional. 
A mobilização precoce é a base para recuperação funcional dos pacientes que se 
encontram nos leitos das unidades de terapia intensiva. A técnica é eficaz e benéfica, auxiliando 
na preservação da força muscular e respiratória. Os benefícios vão além da questão física, 
também configuram na melhora psicológica do paciente e dos familiares, já que a recuperação 
se torna mais rápida. 
O grande desafio é que se faça mais estudos em relação ao tema para que haja cada vez 
mais a padronização e protocolos de tratamentos, otimizando a terapia e gerando benefícios 
tanto para o conhecimento dos profissionais da área, quanto para os próprios pacientes. 
Portanto, por meio dessa revisão de literatura, o objetivo desse estudo fica evidente e demonstra 
a importância da mobilização precoce em pacientes que se encontram nas unidades de terapia 
intensiva. 
 
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31 
 
CAPITULO 04 
 
Escala de Dor Baseada no Questionário de Mcgill em Idosos com Dor Crônica 
 
Daiane Binsfeld Garcez1 
Tatiane Briene Couto2 
Maristela Prado e Silva Nazario3 
Olyvia Ribeiro Derze4 
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch5 
Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim6 
 
 
Resumo 
Introdução: O questionário de Mcgill possui como desfecho, fornecer informação imediata 
sobre a realidade do desempenho dos pacientes e ser capaz de avaliar as diferentes dimensões 
da dor. Nas pessoas idosas pode ser associado a complicações como: depressão, ansiedade, 
incapacidade física e funcional, dependência, alterações na dinâmica familiar, desequilíbrio 
econômico, desesperança, sentimento de morte e outros. Objetivo: Verificar as evidências 
científicas sobre a confiabilidade da aplicação do questionário de Mcgill em idosos com dor 
crônica. Método: Foi realizado um estudo de revisão narrativa na base de dados Lilacs e na 
Scielo. Resultados: O Questionário de McGill é considerado um bom instrumento para a 
avaliação da dor crônica e é o mais utilizado para caracterizar e discernir os componentes 
afetivo, sensitivo e avaliativo da dor quando se pretende obter informações qualitativas e 
quantitativas. Nos idosos as queixas relacionadas à dor são atribuídas devido à faixa etária e 
consideradas próprias ao processo de envelhecimento deixam, assim, de ser tratado, o que vai 
influenciar negativamente na qualidade de vida na velhice. Conclusão: Os profissionais da área 
da saúde podem contribuir para que esse impacto seja diminuído, evitando sofrimento indevido. 
Assim saberão valorizar a dor referida pelos idosos, gerando a possibilidade de orientar e 
interferir de modo a minimizar esta aflição, proporcionando ao idoso uma qualidade de vida 
satisfatória. 
 
Palavras-chave: Idoso. Envelhecimento. Dor Crônica. Medição da Dor. 
 
1 Introdução 
Conforme a Organização Mundial da Saúde (2006) idoso é todo indivíduo com idade 
igual ou superior a 60 anos para países em desenvolvimento ou 65 anos, no caso de nações 
desenvolvidas (MACIEL, 2010). O envelhecimento, dentro desta perspectiva, pode ser definido 
como uma deterioração funcional progressiva e generalizada que resulta na perda da capacidade 
 
1 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC). 
2 Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (ICEC).

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