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ALUNA : Lyvia Christine Wetterling dos Santos
MATRÍCULA : 18213120222
CURSO : LETRAS
POLO : SÃO FRANCISCO
Assumo o compromisso de confidencialidade e de sigilo escrito, fotográfico e verbal sobre as
questões do exame ou avaliação pessoais que me serão apresentadas, durante o curso desta
disciplina.
Comprometo-me a não revelar, reproduzir, utilizar ou dar conhecimento, em hipótese alguma,
a terceiros e a não utilizar tais informações para gerar benefício próprio ou de terceiros.
Reitero minha ciência de que não poderei fazer cópia manuscrita, registro fotográfico, filmar
ou mesmo gravar os enunciados que me são apresentados.
Declaro, ainda, estar ciente de que o não cumprimento de tais normas caracterizará infração
ética podendo acarretar punição nas esferas penal, civil e administrativa de acordo com a
legislação vigente.
Nome completo: Lyvia Christine Wetterling dos Santos
 
1.
A. “Uma vez, Rubem Braga relacionou o cronista a um cigano sem-teto, e lembro que aquilo
me caiu bem. Ele disse que certos autores constroem casas imensas, sólidas, e nelas se
estabelecem. O cronista não; ele arma sua tenda toda a noite e, pela manhã, já precisa
desmanchá-la, jamais se assenta, tem que seguir viagem rumo a um novo anoitecer.”
 
B. 
Pellanda aborda em sua crônica uma comparação entre o trabalho de um cronista e de um
cigano. Desta forma, destaca perspectivas do cotidiano destes com o objetivo de aproximá-la
da subjetividade do leitor, fazendo com que este identifique e correlacione aspectos do seu
cotidiano na crônica, conferindo um caráter intimista a esta. Sendo assim, confere um grau de
intimismo em sua escrita e valoriza tanto a crônica, na medida em que escreve sobre a
crônica, tanto quem escreve crônica. 
C.
 “Acho que temos mais em comum com as ciganas. Sim, andamos por aí à caça de homens e
mulheres de boa fé. Caprichamos na fantasia, exibimos um duvidoso mostruário de
acessórios, este festival de penduricalhos espelhados e dentes de ouro, armadilhas de lógica
e estilo. Abusamos do kajal nos olhos, dos cílios postiços e das verdades postiças, das
sombras e dos lenços floridos. Mas nada disso é gratuidade ou pompa, é apenas o teatro das
ruas. Às vezes até podemos resvalar em alguma frivolidade, mas e daí? Nenhum texto
prescinde de sua camada de maquiagem, e mesmo a cara limpa é também uma máscara,
tudo no rosto humano é linguagem.”
 
“E será tudo em troca de grana? Não. Gostamos de dinheiro, mas se dinheiro não houver, dez
minutos de sua atenção nos bastam. Porque também nos excitam os sulcos em sua mão
aberta, esta palma suada exposta às violências de nossa época. E somos curiosos,
exagerados sim, vemos beleza em qualquer linha da vida, mesmo nas mais apagadas, e toda
essa beleza evanescente nos comove, nos dá prazer. Agora, se vocês nos esnobarem e
sumirem na próxima esquina, se nós passarmos em branco e ninguém nos ler, malditos sejam
os seus olhos, pois os nossos já o são, condenados à miragem disto a que se chama
cotidiano.”
 
 
2.
A autorreflexão pode ser considerada sim um aspecto importante no conto moderno e
contemporâneo brasileiro na medida em que o cotidiano é explorado, alcançando desta forma
o leitor. Além disso, ao compartilhar sua subjetividade o autor também toca o leitor. 
Assim sendo, essas narrativas trazem o leitor para perto, fazendo-o conceber novas ideias,
novos pensamentos, novas reflexões e suas próprias conclusões a partir da reflexão do
escritor. Pellanda, por exemplo, em sua crônica, nos leva a refletir sobre um cronista e sua
vida ao trazer a analogia da vida dos ciganos, imprimindo sua reflexão. 
Clarice Lispector vale-se desse recurso quando leva o leitor a se questionar acerca do que ele
é, fazendo com que ele reflita sobre si mesmo, além de quando a referida autora retrata em
seus escritos o universo feminino com a criação das protagonistas femininas, aflorando-as de
forma mais profunda. 
3.
TRECHO DESTACADO 
ASPECTO
CARACTERÍSTICO DA
CRÔNICA 
JUSTIFICATIVA
“Agora, se vocês nos esnobarem 
e sumirem na próxima esquina, 
se nós passarmos em branco e 
ninguém nos ler, malditos sejam 
os seus olhos, pois os nossos já 
o são, condenados à miragem 
disto a que se chama cotidiano.”
O desafio permanente do
cronista em relação ao leitor
em alcançar a sua
subjetividade e de retratar
novidade. 
Nas crônicas são
discutidos aspectos
presentes no cotidiano do
autor ou do leitor, fazendo
com que este identifique o
que é análogo em seu
cotidiano. 
“Rubem Braga escreveu que o 
cronista é um desajustado 
emocional, um neurótico do 
desabafo.”
O leitor e o cronista
estabelecem relação bem
próxima na crônica.
Além de externar sua voz,
na crônica, o uso da
primeira pessoa concede
a possibilidade do leitor
assumir a voz do autor. 
“Um cronista é isso, uma 
máquina efêmera de produzir 
símbolos e memória.”
O cronista possui uma
destreza inconfundível em
sua escrita ao
construir/produzir seus
registros. 
Valendo-se de uma
linguagem simples, que
atinge qualquer leitor, o
cronista escreve com
simplicidade sobre a nossa
existência de fato, nosso
cotidiano, nossa realidade.