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Curso: Educação Profissional Técnica de Nível Médio
Eixo: Ambiente e Saúde – Técnico em Enfermagem
MÓDULO IV
1
SUMÁRIO
Enfermagem em Saúde Pública .............................................. 02
Enfermagem Pediátrica ........................................................... 25
Enfermagem Cirúrgica ............................................................ 45
 Psicologia Aplicada .............…................................................. 70
 Enfermagem Obstétrica e Ginecologia ........................…....... 89
 Termos Técnicos ....................................................................... 101
1
2
Enfermagem em Saúde
Pública
Promoção da Saúde:
É uma estratégia de articulação transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a
saúde da população em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no nosso
País, visando à criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam
radicalmente a equidade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas
públicas.” (Política Nacional de Promoção da Saúde, Brasil, 2006)
Deve ser:
 Ser transversal, integrada e intersetorial;
 Favorecer o diálogo entre o setor sanitário, os outros setores do Governo e a sociedade;
 Articular redes de compromisso e co-responsabilidade.
Objetivos
 Promover a qualidade de vida e saúde; 
 Reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde;
 Favorecer a preservação do meio ambiente;
 Prevenir doenças e agravos à saúde.
Distinção entre Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças 
Prevenir
 Preparar, chegar antes de, impedir que se realize;
 Exige ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença para tornar seu
progresso improvável;
 Implica o conhecimento epidemiológico para o controle e redução do risco de doenças;
 Projetos de prevenção e educação baseiam-se na informação científica e recomendações
normativas.
Promover
 Impulsionar, fomentar, originar, gerar;
 Refere-se a medidas que não se dirigem a doenças específicas, mas que visam aumentar a saúde e
o bem-estar;
 Implica o fortalecimento da capacidade individual e coletiva para lidar com a multiplicidade dos
determinantes e condicionantes da saúde.
2
3
Níveis de Prevenção das Doenças
Prevenção primária: Nesse nível, encontram-se agrupadas as medidas ou ações especialmente
destinadas ao período que antecede a ocorrência da doença. Dentre elas, destacam-se o saneamento
básico, a vacinação e o controle de vetores, por exemplo.
“Significa evitar a ocorrência de uma doença, eliminando fatores de risco ou tratamento de lesões
precursoras. Ela é definida como promoção de saúde e as prevenções de enfermidades ou profilaxia. ”
Alunos
Alguns Exemplos: 
1-) Uso de preservativos para evitar a infecção por DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis)
2-) Uso de Capacete pelo Motociclista. Uso de cinto de segurança, airbag, capacetes e outros dispositivos
de segurança para ciclistas e motociclistas. 
3-) Uso de luvas para manipular material biológico. 
4-) Controle de vetores, vacinas, como a vacina para poliomielite.
5Ginástica Laboral e Exercício Físico para aqueles que nunca tiveram tendinite, diminuirá as
possibilidades de que os mesmos desenvolvam a doença.
Prevenção secundária: Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de doenças já
existentes e, em consequência, suas complicações. Os exames periódicos e o auto-exame de mama, entre
outros, são procedimentos de reconhecida eficácia para o diagnóstico precoce, que permite o início
imediato do tratamento e evita, muitas vezes, o agravamento da enfermidade. “Prevenção secundária
significa prevenção da evolução das enfermidades através da execução de procedimentos diagnósticos ou
terapêuticos.”
Alguns Exemplos: 
1 Um paciente hipertenso, previamente diagnosticado, que tem monitoramento de profissionais de saúde,
exercício físico orientado, dieta adequada, é livrado das situações de estresse do cotidiano, terá uma
evolução muito lenta da patologia, diminuindo incrivelmente as possíveis complicações da doença. 
2 Um paciente com infecção por HPV (papiloma vírus humano) no colo do útero com acompanhamento e
orientação do ginecologista, pode evitar o câncer de colo de útero.
3 Um paciente com tendinite em fase aguda, inicial, com o tratamento fisioterapêutico correto, pode
evitara piora que evolui para a diminuição dos movimentos do braço.
4 Um paciente com AIDS, fazendo uso correto da medicação diminui as possibilidades de complicações,
melhora a qualidade de vida e garante maior sobrevida.
Prevenção terciária: Esse último nível engloba ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou
o controle da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida. Fazem parte dessas medidas a
fisioterapia, fisiatria, a terapia ocupacional e a colocação de próteses, por exemplo. Lida com a
recuperação funcional de sequelas, que muitas vezes são irreversíveis.
Enfim, as medidas preventivas à nossa disposição são inúmeras, e muitas delas devem ser incorporadas ao
nosso estilo ou hábito de vida porque certamente contribuem para a manutenção de nossa qualidade de
vida.
Vigilância em Saúde
A Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população,
articulando-se num conjunto de ações que se destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde
de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui
tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.
3
4
A Vigilância em Saúde constitui-se de ações de promoção da saúde da população, vigilância, proteção,
prevenção e controle das doenças e agravos à saúde, abrangendo:
 I - Vigilância epidemiológica: vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e
agravos, como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, prevenção de qualquer mudança
nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos;
II - Promoção da saúde: conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela
atuação sobre os determinantes sociais da saúde;
III - Vigilância da situação de saúde: desenvolve ações de monitoramento contínuo do País, Estado,
Região, Município ou áreas de abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que
identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde,
contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente;
IV - Vigilância em saúde ambiental: conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de
mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana,
com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais
relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde;
V - Vigilância da saúde do trabalhador: visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da
população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus
determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos;
VI - Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de
intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços do interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo, que direta ou
indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao
consumo, e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
 Lei Municipal n. 2.272/89 - "Criação da Vigilância Sanitária".basicamente, a hemodinâmica do bebê, e
incluem verificar. Saturação de oxigênio. Temperatura. Frequência cardíaca, respiração por minuto, PA e
verificar qual o nivel de dor o RN aparenta naquele momento, através da aplicação “da escala de dor”
propria.
Saturação de Oxigênio
O oxímetro de pulsa é um método não invasivo que avalia a oxigenação dos tecidos por meio da
espectrometria infravermelha e reflete a saturação de oxigênio da hemoglobina. Nos neonatos, a
enfermagem deve colocar os eletrodos nas extremidades (mãos ou pés) sempre, com o eletrodo “acesso
com a luz vermelha em cima da artéria local para que consiga fazer a leitura, o de cima fica alinhado com
o de baixo, e envolvem-se ambos com o coban para mantê-los posicionados. Faz-se o rodizio deste sensor
aproximadamente de 3 em 3 horas.
Verificação da Temperatura
A temperatura axilar do bebê pode ser verificada com termômetro digital. Antes e após utilizar o
termômetro, deve-se fazer sua desinfecção com álcool a 70% Posicionar o termometro sob a axila do bebê
e esperar que o mesmo “apite” avisando que já chegou a temperatura máxima, verificar e anotar nos
controles do bebê. Se o bebé estiver mantendo sensor de pele ou sensor retal, a temperatura será mostrada
continuamente na tela do monitor de parâmetros vitais juntamente com os outros sinais vitais.
29
30
Controle Térmico
A temperatura central pode ser obtida de forma intermitente por via axilar ou contínua por meio de sensor
abdominal. A temperatura da pele sobre o fígado tem sido bastante usada como indicador da temperatura
central (sensor na linha media da porção superior do abdome. Estando a recém-nascido em supino, ou
colocar o sensor no dorso do recém-nascido, na região escapular) A temperatura periférica pode ser
aferida nos membros, mais comumente nos pés.
 Não se recomenda a avaliação da temperatura retal.
 Faixa de normalidade: 36,5 a 37 °C
 Hipotermia:
 Potencial estresse do frio (hipotermia leve), temperatura entre 36,0 e 36,4°C
 Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C
 Hipotermia grave: temperatura 37.5°C
Prevenção da Hipotermia:
 Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C,
 Ligar a fonte de calor radiante antes do nascimento e pré-aquecer os campos;
 Recepcionar o recém-nascido em campos aquecidos e
 Colocá-lo sob calor radiante: Secare remover os campos úmidos;
 Uso de gorro de algodão;
 Cobertura oclusiva com filme de polietileno, polivinil ou poliuretano (que serão colocadas na mãe e no recém-nascido com: nome completo da mãe, sexo do
RN, quarto, leito, data, hora do parto e em alguns serviços o peso.
MEDICAÇÕES DE EMERGÊNCIA PARA O RN NO NASCIMENTO
As medicações necessárias para os cuidados imediatos ao recém-nascido são: adrenalina, bicarbonato de
sódio 8,4%, gluconato de cálcio a 10%, glicose a 10% e 50%, Soro fisiológico 0,9% 250 ml e 5 ml, soro
glicosado a 5%, água destilada 5 e 10 ml, expansor de volume, naloxone, atropina, dopamina e seringas,
agulhas, equipos de soro, abocath nº.24, entre outras. ―O uso de medicações na reanimação da sala de
parto, sem ventilação e massagem cardíaca adequadas, será pouco efetivo‖. Sua utilização é rara, desde
que a ventilação e a massagem sejam efetivas. 
Indicações: FC permanece abaixo de 80 bpm, após 30 segundos de VPP com O2 100% ou quando o RN
estiver em parada cardíaca. Nesta última situação, os medicamentos devem ser administrados logo após o
nascimento, sempre acompanhados de ventilação e massagem cardíaca. 
Drogas Mais Utilizadas: adrenalina, bicarbonato de sódio, expansor de volume, naloxone e dopamina. 
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
OBJETIVOS:
- Apresentar o suporte básico de vida em pediatria e as ações que compõem a cadeia de sobrevivência; 
- Apresentar os princípios da avaliação da criança em parada cardiorrespiratória; e 
- Apresentar a sequência e as manobras para reanimação cardiorrespiratória e desobstrução de vias aéreas
superiores em crianças.
Suporte Básico de Vida (SBV) em pediatria
 São ações que visam a sobrevivência de crianças em risco de morte, tanto no ambiente extra-
hospitalar como intra-hospitalar. 
32
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 A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) rápida e eficaz, em ambiente extra-hospitalar, pode estar
associada ao retorno da circulação espontânea e sobrevivência sem sequelas neurológicas em crianças.
 Define-se como crianças: lactentes (com necessidade de anticonvulsivantes deve ser hospitalizado.
Tranquilizar e educar os pais.
 
Quais são os primeiros socorros a serem prestados em caso de convulsão?
 Afrouxar as vestes que estejam justas
 Proteger a cabeça do paciente e colocá-la de lado, evitando que a língua caia para trás e obstrua a
passagem da respiração.
 Colocar uma proteção entre os dentes - um rolo de pano, por exemplo. Isso tanto evita o ranger
violento dos dentes bem como a mordedura da língua. Evitar colocar os dedos, que também
podem ser feridos.
 Deitar o paciente sobre um lugar espaçoso e contê-lo para que ele não caia e não se fira,
permitindo que os movimentos convulsivos se realizem até que terminem espontaneamente.
Retirar objetos perigosos das proximidades do paciente.
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 Aguardar para que o paciente recobre a respiração normal, o que em geral se dá após um período
de apneia que termina por uma inspiração profunda.
 Manter-se junto do paciente até que ele recobre completamente sua orientação.
 Salvo nos casos de status convulsivos, em que as convulsões se repetem sem intervalos, ou nos
casos em que ocorrerem complicações, nenhuma medicação precisa ser administrada
imediatamente em seguida a uma convulsão. Medicações ou outras medidas terapêuticas só devem
ser administradas com vistas a prevenir novas crises. E devem ser prescritas por um médico.
 Em convulsões de causas ainda desconhecidas deve ser providenciada assistência médica que
esclareça a causa.
Doenças Peculiares em Pediatria
BRONQUIOLITE
Bronquiolite é uma infecção infantil comum, em que ocorre o inchaço e acúmulo de muco nos
bronquíolos, que são passagens menores de ar presentes nos pulmões. 
Causas 
A bronquiolite ocorre quase sempre quando um vírus infecta os bronquíolos, que são as menores das vias
aéreas, ramificadas a partir dos brônquios – os principais tubos de respiração dos pulmões. Bronquiolite
pode, eventualmente, também ser causada por infecção bacteriana, mas é raro. A infecção viral faz com
que os bronquíolos inchem e fiquem inflamados. O muco fica acumulado nos bronquíolos, o que dificulta
o fluxo do ar para dentro e para fora dos pulmões. A maioria dos casos de bronquiolite são causadas pelo
vírus sincicial respiratório (RSV, na sigla em inglês). Este é um vírus comum que costuma infectar
crianças até os dois anos de idade, principalmente durante as estações frias do ano – com pico maior
durante o inverno. Mas a bronquiolite também pode ser causada por outros vírus, incluindo aqueles que
causam a gripe ou o resfriado comum. A bronquiolite é uma doença contagiosa. Uma criança contrai o
vírus causador da mesma forma que contrairia o vírus do resfriado e da gripe – no ar, geralmente após
uma pessoa doente tossir, espirrar ou falar. Também é possível contrair bronquiolite por meio de objetos
compartilhados, tais como utensílios de cozinha, toalhas ou brinquedos. 
Fatores de risco 
O principal fator de risco para a bronquiolite é a idade. A doença só atinge crianças até os dois anos de
idade, mas quanto mais jovem a pessoa for, mais riscos ela tem de contrair a doença. Isso porque o
aparelho respiratório de crianças muito pequenas ainda não está totalmente desenvolvido, bem como o
sistema imunológico. Por isso, bebês prematuros e crianças menores de um ano possuem os maiores
riscos de contrair bronquiolite. 
Outros fatores de risco para a doença incluem: 
 Falta de amamentação
 Nascimento prematuro
 Alguma condição subjacente no coração ou nos pulmões
 Sistema imunológico enfraquecido ou ainda não totalmente desenvolvido
 Exposição à fumaça do cigarro
 Entrar em contato com várias crianças, como no caso de crechesFrequentar ambientes fechados e
muito cheios 
Sintomas de Bronquiolite 
A intensidade dos sintomas típicos da bronquiolite costumam variar de criança para criança. Algumas
podem apresentar poucos sintomas ou sintomas mais leves em comparação a outras. 
36
37
A bronquiolite começa como uma leve infecção respiratória. Depois de dois a três dias, a criança
desenvolve ainda mais problemas respiratórios, incluindo chiado no peito e tosse. 
Os sintomas mais comuns são: 
 Cianose, caracterizada pela pele azulada devido à falta de oxigênio
 Dificuldade para respirar, incluindo chiado no peito e falta de ar
 Tosse
 Fadiga
 Febre
 Retrações intercostais, em que os músculos ao redor das costelas afundam à medida que a criança
tenta respirar
 Respiração rápida (taquipneia)
Diagnóstico de Bronquiolite 
Testes e raios-X geralmente não são necessários para diagnosticar bronquiolite. O médico normalmente
pode identificar o problema por meio da simples observação dos sintomas e de um exame físico. Pode ser
que demore mais do que uma consulta para que o diagnóstico possa ser feito com precisão,
principalmente porque os sintomas de bronquiolite costumam ser facilmente confundidos com os da gripe
ou do resfriado. Se seu filho está em maior risco de bronquiolite severa, se os sintomas estão piorando ou
se houver suspeita de que outro problema esteja causando os sintomas, o médico poderá solicitar alguns
exames para eliminar possíveis outras causas, a exemplo de: 
 RaioX da região torácica
 Teste de uma amostra de muco extraído
 Exame de sangue 
Tratamento de Bronquiolite 
A grande maioria dos casos de bronquiolite pode ser tratada em casa. Faça uso de medicamentos
devidamente orientados pelo médico para melhorar a congestão nasal de seu filho e certifique-se de que
ele está tomando líquido o suficiente. Leite materno e fórmulas infantis são adequados para crianças
menores de um ano de idade. Como bronquiolite é quase sempre causada por uma infecção viral,
antibióticos - que são utilizadas para o tratamento de infecções causadas por bactérias - não são eficazes
nesses casos. Se o seu filho tem uma infecção bacteriana associada à bronquiolite, como a pneumonia, por
exemplo, o médico poderá prescrever um antibiótico específico. 
Medicamentos para Bronquiolite 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de bronquiolite são: 
 Cefanaxil
 Clindamin-C
 Leucogen
 Meticorten
 Mucosolvan
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem
correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se
automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais
de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. 
Complicações possíveis 
As complicações da bronquiolite podem incluir: 
 Cianose, uma condição na qual a pele parece azulada ou cinzenta, especialmente os lábios, causada
pela falta de oxigênio
37
38
 Nas crianças mais jovens, bronquiolite aguda às vezes pode causar longas pausas na respiração
(apneia)
 Desidratação
 Fadiga e insuficiência respiratória, que pode requerer internação hospitalar
 Outras infecções respiratórias mais graves, como 
Prevenção 
A maioria dos casos de bronquiolite não são fáceis de evitar porque os vírus que causam a doença são
comuns no meio ambiente. Lavagem cuidadosa das mãos, especialmente antes de cuidar de bebês, pode
ajudar a prevenir a disseminação dos vírus. 
Membros da família com infecção respiratória devem ser especialmente cuidadosos ao redor dos bebês.
Lave as mãos com frequência, especialmente antes de lidar com a criança. 
Refluxo Gastroesofágico 
É o retorno do conteúdo gástrico ao esôfago, decorrente de uma diminuição da função de uma válvula
(esfíncter) que se localiza entre o esôfago e o estômago, podendo se exteriorizar clinicamente através do
vômito e/ou regurgitação (golfadas), ou por outros sintomas, tais como, anemia, falta de apetite,
dificuldade de ganho de peso, irritabilidade, azia, enjoo, dor ou queimação no peito que são consequentes
à esofagite de refluxo (inflamação do esôfago). Halitose, aftase soluço também podem ocorrer. Outra
forma de apresentação clínica é através da presença de sintomas respiratórios (chiado no peito, bronquite,
asma, broncopneumonia, tosse crônica, laringite, amigdalite, faringite, rinite, otite, sinusite, nódulos de
corda vocal, rouquidão, apnéia ou parada da respiração, engasgos, pigarro).
A maioria dos bebês antes de seis meses de idade apresenta Refluxo Gastroesofágico Fisiológico
(RGE), ou seja, vomitam ou regurgitam, mas sem consequências para o seu desenvolvimento. À medida
que se desenvolvem e começam a receber alimentos mais consistentes, principalmente após os seis meses
de idade, os sintomas melhoram. 
DIAGNÓSTICO
É consenso nacional e internacional que o diagnóstico do refluxo gastroesofágico deve ser
realizado através dos sintomas que a criança apresenta. Existem alguns exames que podem ser utilizados,
mas até o momento, nenhum deles é considerado um método padrão-ouro para diagnosticar o refluxo
gastroesofágico.
O RX contrastado do esôfago-estômago-duodeno (REED) pode demonstrar ou não a presença de
refluxos, no entanto ele não diferencia o refluxo gastroesofágico fisiológico da doença do refluxo
gastroesofágico. Este exame é importante para demonstrar se existe alguma malformação congênita desta
região que possa produzir o refluxo.
A cintilografia esofágica é um método radiológico que avalia a presença do refluxo gastroesofágico,
porém como o REED não diferencia o refluxo gastroesofágico fisiológico da doença do refluxo
gastroesofágico. Uma das indicações deste exame é para verificar se há aspiração pulmonar que possa
justificar os quadros de bronquite e broncopneumonia.
A Phmetria esofágica de 24 horas é realizada através da colocação de uma sonda pelo nariz, na parte
inferior do esôfago. Esta sonda possui um eletrodo que medirá o pH no esôfago durante 24 horas. Se êste
pH for semelhante ao do estômago em frequência e tempo que obedeça a parâmetros estipulados pelos
estudos, indica que a criança tem um refluxo gastroesofágico fisiológico ou patológico. 
 
38
39
TRATAMENTO
Quanto ao tratamento, é importante ressaltar que não vai curar o RGE e sim evitar as complicações.
O RGE fisiológico deve ser tratado somente com medidas posturais e dietéticas, que veremos a seguir.
A DRGE deve ser tratada com medidas posturais e dietéticas, além de medicamentos.
Medidas posturais:
 - elevar a cabeceira da cama em um ângulo de 30 a 45º e, na medida do possível, colocar bebê deitado do
lado esquerdo.
Medidas dietéticas:
- Manter aleitamento materno exclusivo.
- Se o bebê receber leite em pó, fracionar as mamadeiras e, em alguns casos, engrossar o leite.
- O espessamento da mamadeira pode ser indicado pelo médico, lembrando que algumas vezes este
procedimento causa piora dos sintomas, já que o leite engrossado pode se tornar mais difícil de ser
digerido.
- As mamadeiras devem ser tomadas com o bebê em posição semi-elevada e, após as mesmas, esperar
pelo menos quarenta minutos para deitar.
-É muito importante a forma como a mãe segura seu filho durante a amamentação ou administração da
mamadeira, apoiando toda coluna da criança em seus braços, evitando-se assim a flexão do abdômen.
- A mamadeira deve ser retirada a partir dos dois anos e meio. Ela é um grande vilão para o RGE. Ela
promove a congestão das vias aéreas superiores colaborando com os sintomas respiratórios já citados,
além de permitir uma maior ingestão de ar, o que promove a distensão do estômago e consequente
refluxo.
- Para controlar o refluxo de seus bebês, muito importante não oferecer mamadeira para dormir (ela não é
calmante) e durante a madrugada.
- Lembre-se que após mamar é necessário que a criança permaneça durante pelo menos 30 a 40 minutos
no colo, sentada ou brincando.
- Alguns bebês apresentam alergia à proteína do leite de vaca, o que pode estar colaborando para o RGE e
necessitam retirar o leite de vaca e derivados de sua alimentação por um período, substituindo por outro
tipo de proteína com menor possibilidade de alergia.
- Lembrem que a alergia ao leite de vaca não é sinônimo de intolerância à lactose (leia alergia alimentar).
- A soja não é uma boa opção para todos os casos de alergia. Não usar as fórmulas de soja líquida para
crianças menores de 1 ano.
- Quando não for possível utilizar a soja, o médico optará por outras fórmulas que não promovam reações
alérgicas. São as fórmulas à base de proteínas extensamente hidrolisadas e que por isto tornam-se
hipoalergênicas.
- O leite de cabra também não deve ser usado
O tratamento medicamentoso deve sempre ser realizado pelo médico, e consiste de medicamentos
que inibem a secreção ácida proveniente do estômago, causadora das complicações citadas acima,
além de remédios que possam tonificar a válvula que se localiza entre o esôfago e o estômago,
dificultando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago.
- Os medicamentos que inibem a secreção ácida mais frequentemente utilizados em nosso meio são:
ranitidina, omeprazol, lansoprazol, pantoprazol. Além deste, outros indicados principalmente para
adultos: esomeprazol magnésio, rabeprazol, nizatidina e famotidina.
- Os medicamentos que tonificam o esfíncter esofageano inferior (válvula) mais comumente utilizados em
nosso meio são: domperidona e bromoprida. Além destes, existe a metoclopramida e a eritromicina. 
- Os remédios não curam o RGE mas controlam-no.
- O tempo mínimo de tratamento é de dois a três meses, podendo durar anos em alguns pacientes.
- Pequena parte de pacientes necessitam o fechamento cirúrgico da válvula.
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Crianças maiores
* EVITAR:
Refrigerantes, chocolate, achocolatado, “todinhos”, frituras, salgadinhos fritos ou de pacote, catchup,
maionese, mostarda, miojo, consumo em excesso de frutas ácidas ou seus sucos (laranja, uva, maçã,
morango, acerola, maracujá, abacaxi, carambola), hambúrguer, salsicha, linguiça, salame, presunto gordo,
churrascos, queijos amarelos e gordurosos, mussarela, creme de leite, mortadela, bacon, consumo em
excesso de doces, balas, chicletes, biscoitos recheados, pipoca, pizza com recheios gordurosos. Os sucos
industrializados devem ser consumidos com moderação já que eles são acrescidos de acidulantes,
conservantes, aromatizantes e corantes. Uma dica para diminuir a acidez destes sucos seria diluí-los em
água, tornando-os menos concentrados.
* PERMITIDO:
Pães, torradas, biscoitos simples, margarina ou requeijão light, arroz, feijão (caldo ou poucos grãos),
massa com molho de tomate feito em casa ou branco, carne de vaca, ave, peixe (grelhados ou cozidos),
ovos cozidos ou pouche, leite semi-desnatado, queijo branco, ricota, iogurtes e yakults devem ser
consumidos com critério, verduras, saladas e legumes à vontade, porém com pouco tempero, frutas de
preferência as não ácidas (mamão, pêra, ameixa, banana-prata, manga, melancia, goiaba, melão),
gelatinas, flans, sagú, bolo simples . 
DIARREIA
A diarreia é uma síndrome de má absorção de água e eletrólitos, podendo ser causada por agentes
infecciosos como o vírus, bactéria ou protozoário sendo atingido qualquer nível do trato intestinal, ocorre
um aumento no volume e na frequência das evacuações, tendo diminuição na consistência das fezes. O
processo infeccioso da diarreia pode perdurar enquanto o seu causador estiver presente ao local da
infecção. Esse fenômeno tem como evolução dez dias, porém esse prazo pode se estender de acordo com
o agente etiológico, assim após eliminar a causa, os efeitos da diarreia secretora desaparecerão, A diarreia
aguda mesmo sendo uma enfermidade autolimitada, ainda é um problema de saúde de grande magnitude,
principalmente em crianças de baixa idade que vivem em condições precárias socioeconômicas. Até o
segundo ano de vida a diarreia é a queixa mais frequente,após essa idade apresentam mais doenças
respiratórias. A doença diarreica representa como principal causa de morbidade e mortalidade infantil,
podendo levar a uma desnutrição.
Sintomas: Os sintomas da doença diarreica podem ser desde a ausência de manifestações até a morte por
desidratação, sendo o rotavírus principal causador da diarreia com desidratação.
Diagnóstico: “A anamnese e o quadro clínico típico tornam provável o diagnóstico. Se a diarreia cessar
em 2-3 dias, ou se a sintomatologia acentuar-se deve ser investigado outros causadores de diarreia, como
a salmonela”.
Tratamento: A diarreia infecciosa aguda é uma das principais preocupações relacionadas a desidratação
e a consequentemente deterioração física, sendo necessário a reposição hídrica, terapia nutricional e
monitoração dos eletrólitos com sua reposição, dar atenção especial as medidas que previnem
disseminação como a higiene pessoal, abastecimento de água, controle de esgotos e preparação de
alimento.
DESIDRATAÇÃO
A desidratação é uma disfunção que ocorre em função dos líquidos corporais em lactentes e crianças,
ocorrendo todas as vezes que vier a ter eliminação total de líquidos que foram ultrapassar a sua ingestão
total independente da causa. Sendo que a desidratação pode ser resultado de diversas doenças que
provoquem perdas insignificantes através da pele, das vias aéreas, excreção renal aumentada, e o trato
gastrointestinal. De acordo com a proporção de perdas de água e sódio é definido o tipo de desidratação,
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podendo ser isonatrêmica, hiponatrêmica e hipernatrêmica, tendo como grau de intensidade a
porcentagem de peso e os sinais clínicos apresentados.
Sinais e sintomas:
Os sinais e sintomas da desidratação podem ser:
* Fezes mucoides: em pequenas quantidades, comumente vistas em desnutrição grave, mas não causam
desidratação;
* Olhos encovados: é um sinal útil da desidratação, mas só quando a mãe diz que o aparecimento é
recente. Em alguns casos de desnutrição grave, a criança apresenta olhos encovados;
* Estado mental: uma criança gravemente desnutrida é usualmente apática quando deixada sozinha, e
irritável quando manuseada;
* Boca, língua e lágrimas: as glândulas salivares e lacrimais estão atrofiadas na desnutrição severa, de
modo que a criança usualmente tem boca seca e lágrimas ausentes;
* Elasticidade da pele: a perda de tecidos de suporte e a ausência de gordura subcutânea na desnutrição
fazem com que a pele fique fina e frouxa. A prega cutânea, após pinçamento da pele, se desfaz muito
lentamente ou pode mesmo não desfazer.
Tratamento:
O tratamento para a desnutrição deve ser: avaliar cuidadosamente a criança; repor as perdas
hidreletrolíticas; preservar o estado nutricional da criança; combater o agente etiológico, tentando
diminuir o tempo do processo infeccioso; prevenir ou minimizar as consequências da desidratação.
ICTERÍCIA
Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos. Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos
olhos que é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo,
gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. A criança fica ictérica quando a formação de
bilirrubina é maior do que a capacidade do seu fígado de metabolizá-la.
Sintomas: A icterícia normalmente aparece ao redor do segundo ou terceiro dia de vida. Começa pela
cabeça e progride para baixo. A pele de um bebê ictérico ficará amarela primeiro na face, depois no tórax,
no abdômen e, finalmente, nas pernas. O branco dos olhos de uma criança também poderá ficar amarelo.
Como se reconhece que uma criança está com icterícia?
Um teste simples para icterícia é apertar suavemente com a ponta do dedo a ponta do nariz ou a testa da
criança. Se a pele permanece branca (este teste funciona para todas as raças) não há icterícia; se a cor for
amarelada, você deve levar sua criança ao pediatra para ver se a icterícia é significativa e requer algum
tipo de tratamento. Na presença de pele muito amarelada, há necessidade de exames de sangue para
avaliar a intensidade, fazer um diagnóstico mais preciso do tipo de icterícia e indicar o tratamento mais
adequado.
Porque existe preocupação com uma criança com icterícia?
O acúmulo deste pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para o sistema nervoso,
podendo causar lesões graves e irreversíveis.
Tipos de icterícia
Há vários tipos de icterícia no recém-nascido. Os mais comuns são os seguintes:
Icterícia fisiológica (normal): Ocorre em mais de 50% dos recém-nascidos. Esta icterícia é devida à
característica própria do bebê que leva a um metabolismo lento da bilirrubina. Geralmente surge entre o
2o e o 4o dias de vida e desaparece entre a 1a e a 2a semana de idade.
Icterícia da prematuridade: Ocorre com muita frequência em bebês prematuros uma vez que eles levam
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muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficazmente.
Icterícia do leite materno: Em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito, pode ocorrer icterícia causada por
substâncias que reduzem a excreção intestinal da bilirrubina. Começa geralmente ao redor dos 4 a 7 dias
de vida e pode durar de 3 a 10 semanas.
Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes
começa já durante o primeiro dia de vida. Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de icterícia,
sendo prevenida com uma injeção de imunoglobulina anti-Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72
horas após o parto. Isto impede a formação de anticorpos que poderiam colocar em risco os próximos
bebês.
Prevenção de complicações da icterícia
O pediatra da sua criança deverá ser procurado imediatamente se:
A icterícia for identificável durante as primeiras 24 horas de vida.
A icterícia alcançar os braços ou pernas.
Seu bebê apresentar febre.
Sua criança começa a parecer doente.
Por incompatibilidade do grupo
Alterações Congênitas mais Frequentes
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
As malformações congênitas estão entre os problemas médicos de prevenção e cura mais difíceis.
Decorrentes de causas diversas afetam músculos, esqueleto, órgãos sensoriais, os sistemas respiratório e
nervoso, a circulação e o metabolismo do recém-nascido. Dá-se o nome de malformações congênitas às
anomalias funcionais ou estruturais do recém-nascido, sejam elas manifestam ou latentes.
Tipos e causas
 Os defeitos congênitos não são resultados de uma única causa. Podem ser devidos à herança genética, a
doenças preexistentes ou contraídas pela mãe nos primeiros meses de gravidez, à ingestão de
medicamentos por está no mesmo período e ainda à ação conjunta de alguns desses fatores.
Determinar a fase da gravidez em que as malformações se produzem implica estabelecer uma clara
distinção entre embrião e feto. O período das oito semanas seguintes à fecundação corresponde ao estado
embrionário. Nessa fase, a incipiente forma de vida adquire sua estrutura essencial e seus tecidos
começam a definir-se e a distribuir-se. A partir da oitava semana de gravidez o embrião se transforma em
feto e nele se produz a progressiva e definitiva diferenciação dos tecidos, bem como o crescimento.
Existem anomalias que se manifestam no feto, sobretudo nos olhos, no cérebro e no ouvido interno. É no
estado embrionário, no entanto, que se produzem as malformações mais frequentes, muitas das quais só
se manifestam anos mais tarde. Quando o agente causal é genético, a malformação pode resultar de um
gene dominante, caso em que se manifesta em todos os portadores, ou de um gene recessivo, que só
produz efeitos quando transmitido por ambos os pais. Um exemplo do primeiro caso é a acondroplasia ou
nanismo, em que a cartilagem se transforma em osso e nessa mutação o crescimento fica paralisado. Os
portadores dessa malformação são vulgarmente conhecidos como anões. Apresentam movimentos rápidos
e ágeis, passos curtos, intensa movimentação das mãose inteligência viva. As extremidades superiores e
inferiores ficam muito curtas, mas conservam normais as demais dimensões. Entre os defeitos congênitos
de origem genética, são mais comuns aqueles que derivam de gene recessivo. Incluem albinismo, ou
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ausência do pigmento da pele e dos pêlos, microcefalia, processo em que o cérebro não se desenvolve
plenamente; hemofilia, patologia do sangue que impede a coagulação; e muitas outras enfermidades de
tipo metabólico. Há defeitos comuns, como a luxação congênita do quadril, que não se explicam por ação
de um único gene, mas cuja transmissão decorre do acúmulo de vários genes. Essa herança é frequente
em algumas famílias e também se registra em descendentes de casamentos consanguíneos. Um defeito
congênito também pode ser causado por mutações espontâneas, ou seja, por alterações súbitas no código
hereditário de um gene. Além disso, também são possíveis anomalias cromossômicas na divisão celular.
Deve-se a elas a maior parte dos casos em que se dá a morte do feto, que são também responsáveis por
outros defeitos relativamente comuns, como o mongolismo, ou Síndrome de Down, que decorre de um
defeito na divisão cromossômica. Entre as doenças maternas que produzem anomalias congênitas estão a
toxoplasmose, que na forma congênita acomete o sistema nervoso e causa coriorretinite, com consequente
cegueira, e a rubéola, que contraída no início da gestação acarreta defeitos graves para o embrião.
Produtos farmacêuticos também podem provocar defeitos congênitos, como ocorreu com a talidomida,
medicamento que na década de 1960 fez nascerem crianças sem braços e pernas. A radiação, se afeta
células que estão se dividindo ativamente, também pode ocasionar mutações. 
Incidência de defeitos congênitos
Cerca de vinte por cento dos natimortos e crianças que morrem na primeira semana de vida -- que
representam 0,6% do total de nascimentos -- apresentam malformações congênitas graves. A incidência
dos diferentes tipos de malformação é variável. A frequência do mongolismo por trissomia no par 21, por
exemplo, é de uma para cada 700 nascidos vivos e responde por 17% dos casos de atraso mental. Defeitos
menos graves que podem ser considerados congênitos (manchas na pele, áreas isoladas de calvície etc.)
são de incidência menos frequente. Certos defeitos são mais frequentes em determinadas áreas
geográficas (anemia falciforme, no norte da África; falta de parte do cérebro, na Irlanda e na região oeste
da Inglaterra etc.). Outros não variam com o país, mas dependem de outros fatores, como ocorre com o
mongolismo, em que a idade da mãe é determinante.
Acidentes na Infância
Alguns fatos sobre os acidentes na infância.
Os acidentes domésticos figuram entre as principais causas de morte na infância, além de ser a origem de
invalidez em inúmeras crianças. Estima-se que, para cada criança que morre outras 900 podem sofrer
sequelas de todos os tipos, incluindo invalidez permanente.
Quais são as causas mais comuns dos acidentes infantis?
Os acidentes mais comuns envolvendo crianças são provocados por quedas, armas de fogo, afogamentos,
engasgos, queimaduras, envenenamentos, sufocação e falta de segurança no transporte. Convém destacar
que entre os acidentes infantis, a queda da cama ou do trocador de fraldas, por exemplo, figura entre as
primeiras razões de morte acidental.
Os riscos de acidentes são os mesmos para todas as faixas etárias?
Não. Cada etapa da infância oferece seus riscos. Dados epidemiológicos demonstram que, na fase escolar,
a criança desenvolve atividades independentes do seu círculo familiar, na escola, entre os amigos e
praticando esportes, o que a expõe a maiores oportunidades de acidentes. Na sequência, a segunda faixa
etária mais atingida corresponde à etapa dos 2 aos 4 anos incompletos. Nesta idade, a criança caminha
sozinha, sua curiosidade é inata ao seu desenvolvimento e o ambiente pode ser propício aos acidentes.
Entre os 4 e 6 anos incompletos, correspondentes à fase pré-escolar, a criança dispõe-se a realizar tarefas
ainda inadequadas ao seu desenvolvimento físico e intelectual, o que pode levar a acidentes.
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O sexo da criança influência nos acidentes?
De acordo com pesquisas, os meninos seriam mais propícios aos acidentes, mas, como representam pouco
mais da metade dos acidentes infantis, há indícios de que novas tendências culturais estão mudando esta
realidade, uma vez que cada vez mais as meninas estão também brincando mais com bolas, bicicletas
eskates. Além disso, meninas se queimam muito, com a mania dos pais de deixarem que brinquem na
cozinha.
Onde normalmente ocorrem os acidentes?
Em 63,3% dos casos, os acidentes acontecem em casa. Um dado alarmante revelado por pesquisas é que
em 62,3% na maioria dos casos atendidos em hospitais, o local em que se deram os acidentes envolvendo
crianças foi sua própria casa ou a de parentes. Com um índice bem mais reduzido, a escola desponta
como o segundo palco dos acidentes infantis: 15,7%, seguida da rua, onde ocorrem 11,1% dos casos.
É possível evitar os acidentes na infância?
Muitos dos acidentes que mutilam a infância - em especial as queimaduras, afogamentos, quedas,
agressões, atropelamentos, envenenamentos, transporte inadequado, entre outros - poderiam ser evitados.
Como fazer para prevenir os Acidentes Infantis
0 aos 6 meses
Do zero aos 6 meses, a criança precisa de proteção o tempo todo e os acidentes tendem a ocorrer mais
frequentemente quando ela adquire o hábito de se virar, engatinhar e pegar objetos.
7 aos 12 meses
As crianças nesta faixa etária já começam a engatinhar, ficam de pé e podem começar a caminhar. Eles
põem tudo na boca. Deve-se ter cuidado, em especial, com os riscos de afogamento e de queimaduras,
evitando-se a cozinha, considerada o local mais perigoso da casa.
1 a 3 anos
Crianças de 1 a 2 anos são muito ativas e têm necessidade de investigar, escalando, abrindo portas e
gavetas, retirando coisas de armários e brincando com água. Observar de perto as crianças desta idade é
essencial para evitar acidentes. Elas necessitam de proteção, supervisão e disciplina firme.
3 a 5 anos
Com esta idade a criança explora a vizinhança, corre, escala, anda com velocípede, aprende a andar de
bicicleta, brinca com outras crianças, atravessa a rua e esses movimentos precisam ser feitos sob atenta
vigilância. Nesta fase as crianças sobem em árvores, ficam em pé em balanços, brincam com mais
violência com os brinquedos, bolas pesadas, fósforos e isqueiros.
6 a 12 anos
Durante esta faixa etária, em que os filhos estão longe de casa, por vezes durante horas, disciplina e
orientação são essenciais. A escola e grupos comunitários partilham de responsabilidade por sua
segurança.
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Enfermagem Cirúrgica
TEMPOS CIRÚRGICOS
Diérese, em cirurgia, é o nome dado ao processo de divisão dos tecidos que possibilita o acesso a região a
ser operada.
A diérese é o ato de separar os tecidos com fins operatórios; podemos encontrar dois tipos de diérese:
Incisão=ato de separar os tecidos com corte e Divulsão = ato de separar os tecidos sem corte.
Diérese = separação dos tecidos por intervenção manual ou de instrumental. Pode ser cruenta ou incruenta
o Incruenta = com laser, criobisturi, bisturi eletro-cirúrgico
o Cruenta
o Arranamento = indicado para feixes vásculo-nervosos ou pedículos. Cria superficies irregulares, causa
fixação do coágulo
o Curetagem = raspagem
o Debridamento = para remover bridas
o Divulsão ou deslocamento = para separar e não para cortar. Pode ser realizada com a tesoura entrando
fechada e saindo aberta ou com os dedos
o Escarificação = raspagem superficial, utilizada para coletar material para biópsia
o Esmagamento = com a utilização de emasculadres (burdizo)
o Incisão
o Por pressão = técnica de estocada ou lâmina invertida
o Por deslizamento
o Vai e vem
o Osteotomia = para corrigir desvios ósseos
Hemostase
Hemostase é o conjunto de mecanismosque o organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é
formado um trombo que obstrui a lesão na parede vascular. Ao contrário do que muitos pensam, esse
trombo não é constituído de coágulo e sim de plaquetas. A coagulação, além de fornecer pequena
quantidade de fibrina para o trombo plaquetário, colabora na estabilização do trombo.
Os métodos de hemostasia dividem-se em temporários e definitivos.
Métodos de hemostasia temporária:
o torniquete
o posição anti-hemorrágica
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombo_plaquet%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coagula%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plaquetas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Co%C3%A1gulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido
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o vasoconstritor de aplicação local (ex.: adrenalina)
o distensão dos tecidos
o tamponamento compressivo
o bandagem compressiva
o ligadura ou pinçamento transitório com clamps atraumáticos, fios, fitas ou sondas
 Métodos de hemostasia definitiva:
o substância de aplicação local: adesivo de fibrina, gelatina absorvível, celulose oxidada, colágeno
absorvível, adesivo de cianocrilato, cera óssea
o coagulação térmica: por frio ou por calor
o pinçamento dos vasos
o forcitorção dos vasos
o ligadura, individual ou em massa
o ligadura por transfixação
o ligadura de pedículos vasculares
o síntese de vaso
Exérese é uma manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a totalidade de um órgão ou tecido
visando a finalidade terapêutica. Engloba vários procedimentos cirúrgicos, por exemplo: Remoção de
lesões patológicas, osteotomias, curetagens, exodontias, etc.
Síntese é uma das etapas do processo cirúrgico no qual ocorre a reaproximação das extremidades
dos tecidos       seccionados ou ressecados com a posterior sutura com a finalidade de acelerar
a cicatrização por acelerar as suas fases iniciais, favorecendo o restabelecimento da contiguidade tecidual.
A redução do espaço morto é importante para evitar a formação de seroma, o que pode causar
contaminação e consequente deiscência de sutura. Também é importante para diminuir a tensão sobre a
sutura de pele, o que diminuirá o risco de necrose por perda de irrigação do local. Ao diminuir a tensão da
sutura de pele, permite também a utilização de fio de sutura mais fino, o que contribui para uma cicatriz
mais esteticamente aceitável.
Na síntese cirúrgica, faz-se uso de agulhas, pinças e fios.
Agulhas
As agulhas transpassam os tecidos, perpassando juntamente com elas o fio de sutura, que permanecerão
até serem retirados (fios inabsorvíveis) ou serem absorvidos pelo próprio organismo. Os tipos de agulha
geralmente utilizados são as Traumáticas (Necessitam de se montar o fio na agulha), Atraumáticas (Já
vêm com o fio acoplado a elas de fábrica), Curvas (as mais utilizadas) e as Retas (utilizadas para
transpassar um fio com a mão). 
Pinças
As pinças servem para aproximar os tecidos, facilitando a sutura, uma vez que a pele possui alta tração,
sendo difícil realizar a sutura sem elas. As pinças anatômicas são bastante utilizadas, porém também
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Fio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pin%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agulha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cicatriza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sutura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cir%C3%BArgico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exodontia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Curetagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osteotomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgia
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existem as pinças com dentes (pinça dente-de-rato), que são bastante úteis para a aproximação das bordas
e em aponeuroses, porém são mais traumáticas. 
Fios
Os fios utilizados são classificados em Absorvíveis (dissolvidos pelo organismo), Inabsorvíveis (Não são
absorvidos pelo organismo), Monofilamentares
(fios lisos) e Polifilamentares (fios trançados). 
**Cirurgia: contaminação.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
De acordo com os riscos de contaminação, as cirurgias são classificadas em: limpas, potencialmente
contaminadas, contaminadas e infectadas.
1- CIRURGIAS LIMPAS
São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso
local. Consideram-se limpas as cirurgias realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas
musculoesquelético, nervoso e cardiovascular.
2- CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS
São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários
com comunicação como meio externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso
local.
Consideram-se potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos gastrintestinal (exceto
cólon), respiratório superior e inferior, geniturinário, cirurgias oculares e de vias biliares.
3- CIRURGIAS CONTAMINADAS
São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso local.
Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas,
e cirurgias de traumatismo crânio encefálico aberto.
4- CIRURGIAS INFECTADAS
São as realizadas em qualquer tecido, na presença de processo infeccioso local.
5- INCIDÊNCIA ESPERADA DE INFECÇÃO EM FERIDA CIRÚRGICA SEGUNDO O
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
 LIMPAS: 1 a 5%
 POTENCIALMENTE CONTAMINADADAS: 3 a 11%
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 CONTAMINADAS: 10 a 17%
 INFECTADAS: maior que 27%
Equipe cirúrgica
Uma equipe cirúrgica é composta de:
 Cirurgião chefe: Médico especialista em cirurgia, é o chefe da equipe. Dá as ordens de
como fazer a intervenção cirúrgica;
 Cirurgião assistente: Médico que faz as incisões, suturas, cauterização, sucção e melhora o
acesso ao órgão lesionado afastando outras camadas e órgãos. Deve facilitar à intervenção
do cirurgião chefe em todos os passos;
 Anestesiólogo : médico que aplica a anestesia e monitora o nível de consciência, oxigênio
e sinais vitais do paciente;
 Enfermeiro circulante : Prepara a sala e auxilia em eventualidades. Administra os materiais
e equipamentos necessários, como gazes, algodão e sangue. Pode executar ações típicas
de enfermagem como esterilizar a pele, administrar uma injeção ou regular a velocidade de
goteio do soro;
 Técnico de enfermagem : Conecta o ambiente estéril e não estéril, trazendo e levando os
materiais solicitados pela equipe médica. Pode verificar o funcionamento, a conservação e
a manutenção dos equipamentos necessários ao funcionamento do Centro Cirúrgico;
 Instrumentador cirúrgico : técnico em cirurgias. Tem o dever de antecipar as necessidades
do cirurgião para fornecer os materiais corretos o mais rapidamente possível.
Processo cirúrgico
Pré-operatório imediato 
• O paciente está a 24 horas da cirurgia. Onde é anestesiado ou pré anestesiado, onde são
realizados todos os cuidados necessários para que a cirurgia possa ocorrer sem
complicações.
Intra-operatório
• Durante a realização da cirurgia.
Pós-operatório Imediato
• Período crítico onde se deve ter muita atenção, começa ao final da cirurgia e dura 24hs.
Pós-operatório Mediato 
• Período em que o paciente se encontra internado, das 24hs iniciais até 7 dias depois
(geralmente quando se obtém a alta).
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Pós- operatório Tardio
• Após os 7 dias e o reconhecimento da alta. O pós-operaratório tardio é o tempo de
cicatrização e prevenção das complicações, este período pode durar semanas ou meses
após a cirurgia.
CCIH
 A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é um órgão deliberativo que tem por finalidade a
definição de ações que visem ao controle e à prevenção de infecções hospitalares. É regulamentada pela
Portaria MS 2616/98, a qual define as ações de controle de infecção hospitalar no país.
Portanto, a CCIHdo Hospital, atendendo a Portaria citada anteriormente, é constituída por representantes
da área médica, enfermagem, farmácia, e direção administrativa e divide-se entre membros consultores e
membros executores.
Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e são
encarregados de desenvolver o Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), que é um conjunto
de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, para a máxima redução possível da incidência e
da gravidade das infecções hospitalares.
Desta forma a CCIH tem como dever:
 elaborar, implementar, manter e avaliar o programa de controle de infecção hospitalar;
 implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares;
 adequar, implementar e supervisionar as normas e rotinas técnico-operacionais, visando a prevenção e
controle das infecções hospitalares;
 capacitar o quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e
controle das infecções hospitalares;
 uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares; 
 realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas
imediatas de controle;
 elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de
instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a situação do controle das infecções hospitalares,
promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar;
 elaborar, implantar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a
disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução
e de isolamento;
 adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando à
prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares;
 definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de
antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a instituição;
 cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter
capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das
infecções hospitalares;
 elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;
 notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos e
surtos diagnosticados ou suspeitos de infecção associadas à utilização de insumos e/ou produtos
industrializados.
Assim, para organização do serviço, a CCIH realiza reuniões ordinárias mensais, registradas em ata, e
quando necessário, reuniões extraordinárias podem ser convocadas.
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O SCIH atua de forma direta aplicando o PCIH em todos os setores da instituição hospitalar: unidades de
internação, UTI, centro cirúrgico, pronto atendimento, serviços de apoio (serviço de nutrição e dietética,
lavanderia, higienização), setores administrativos.
Desta forma, observamos a grande importância da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar dentro da
instituição, atuando de forma abrangente, visando reduzir a incidência e a gravidade das infecções
hospitalares às menores taxas possíveis, a fim de garantir qualidade e segurança na assistência prestada
aos nossos clientes.
O PAPEL DO ENFERMEIRO NA CCIH
O trabalho na Central de Material e Esterilização tem o enfermeiro como o seu responsável, sendo o
trabalho realizado pela enfermagem e gerenciado pelo enfermeiro é previsto pela Lei do Exercício da
Enfermagem e na Resolução SS-392, além de também ser defendido por vários autores.
“O enfermeiro é a figura chave no setor de Controle de Infecção Hospitalar. Sua presença é
indispensável na realização de tarefas inerentes ao trabalho.” (HOSPITAL UNIMED, 2005)
Algumas de suas atribuições são:
1. Fazer rotineiramente uma visita ao hospital para detectar algum problema;
2. Elaborar plano de limpeza, desinfecção e esterilização das unidades;
3. Em conjunto com os demais profissionais da CCIH, normalizar a utilização de germicidas hospitalares;
4. Avaliar e orientar medidas de isolamento e precauções de doenças perante a equipe multiprofissional;
5. Verificar o funcionamento mensal das autoclaves, pressão, temperatura, controle de esterilização
através de marcadores biológicos e químicos;
6. Treinar profissionais quanto à importância da lavagem das mãos;
7. Não deixar faltar sabão e álcool para a limpeza das mãos.
A lavagem de mãos é a arma mais importante e econômica na prevenção das infecções hospitalares,
impedindo que os microrganismos presentes nas mãos dos profissionais de saúde sejam transferidos para
o paciente e a infecção de um paciente pode ser transmitida de um paciente para outro (infecção cruzada),
caso a lavagem de mãos não seja praticada. Não se deve comparar as taxas de infecção hospitalar entre os
hospitais porque cada hospital possui uma clientela diferente e variados níveis de atendimento. Dentro de
um mesmo hospital o risco de adquirir infecção hospitalar também varia, de acordo com os diversos
serviços e procedimentos realizados. Só um profissional qualificado pode reconhecer as circunstâncias
que permitem a comparação entre serviços. Caso contrário, as taxas de infecção hospitalar tornam-se um
número sem sentido, podendo parecer muito ou pouco, conforme o entendimento pessoal, porém sem
base científica.
CENTRAL DE MATERIAL
É um centro especializado com área física de 94,03 m² que é destinado à lavagem, desinfecção, preparo,
esterilização, guarda e distribuição de material por pessoal habilitado, visando oferecer condições
máximas de segurança aos pacientes e a equipe. Seus objetivos principais são: fornecer material estéril
com segurança e qualidade; seguir rigorosamente as técnicas de prevenção e controle de infecção;
centralizar o fornecimento de material proporcionando controle de qualidade e otimização dos serviços;
realizar o preparo de materiais de consumo para atendimento nas clínicas e centro-cirúrgico; promover
ensino, pesquisa e treinamento. Deve ser localizado próximo das unidades que utilizam materiais
esterilizados, em local próprio para receber ventilação, luz natural, instalações hidráulicas, elétricas e
vapor. Se localizado fora do CC, deve manter um bom sistema de comunicação, como por exemplo,
elevadores e monta-carga.
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Existem três tipos de Centro de materiais:
1. Centralizado : todas as fases do processo são executadas em suas dependências;
2. Semi-centralizado : o material já vem limpo e acondicionado das unidades, para ser esterilizado;
3. Descentralizado : cada unidade ou conjuntos delas prepara e esteriliza seu próprio material.
TIPO CENTRALIZADO - VANTAGENS:
 Economia de pessoal, material, área, equipamento e energia, pois evita multiplicidade de recursos;
 maior controle de materiais, equipamentos e técnicas de esterilização;
 maior segurança;
 padronização de técnicas, evitando desgastes do material e pouca durabilidade;
 treinamento e eficiência do pessoal: gerando, consequentemente, maior produtividade;
 estímulo a ensino e pesquisa;
 flexibilidade no uso do material, atendendo prontamente às necessidades de qualquer unidade.
ORGANIZAÇÃO
Com relação à organização da Central de Material, não devemos esquecer a problemática enfrentada pelas
instituições de saúde em que a descentralização ou a centralização parcial de processos ainda é uma
realidade, os problemas advindos dessas práticas resultam em falta de controle de qualidade do produto,
duplicação de pessoal, gasto com equipamentos e principalmente dificuldade no treinamento e supervisão
de funcionários. A centralização do processamento dos artigos, ou seja, a definição de um local destinado
à recepção e expurgo, preparo e esterilização, guarda e distribuição do materialpara as unidades do
estabelecimento de Saúde, permite a otimização dos recursos materiais, desenvolvimento de técnicas
seguras para o trabalhador e solução dos problemas mencionados. A estrutura física da CME deve
proporcionar condições para que o desenvolvimento dos procedimentos ocorra de forma realmente
centralizada, devendo atender a duas áreas distintas, uma delas denominada área suja (expurgo) que é
destinada a receber materiais sujos, efetuar limpeza, descontaminação e secagem. A outra é chamada área
limpa, é um local reservado à seleção de materiais, acondicionamento, identificação, esterilização,
armazenamento e distribuição. Ambas devem ser separadas por uma barreira física, guichê que impeça o
fluxo de pessoal de uma área à outra.
FINALIDADES
A central de material tem por finalidades:
 fornecer material estéril com segurança e qualidade;
 seguir rigorosamente as técnicas de prevenção e controle de infecção;
 centralizar o fornecimento de material proporcionando controle de qualidade e otimização dos serviços;
 realizar o preparo de matérias de consumo para atendimento nas clínicas e centro-cirúrgico;
 promover ensino, pesquisa e treinamento.
ESTRUTURA
A Central de material deve compor de salas como:
1. Área para recepção e triagem - além de receber os materiais e tria-los para limpeza, a devolução de
materiais não conformes é feita nesta sala, depois de analisados na Sala de limpeza, sendo necessário
neste ambiente a existência de uma bancada para o apoio dos materiais recepcionados e equipamentos,
como a secadora e a seladora. A secadora serve para uso em materiais que chegam molhados e a seladora
é usada para fechar as embalagens dos materiais que serão devolvidos. É importante a existência de
prateleiras para acomodar os materiais recebidos até sua distribuição.
2. Sala de Limpeza – o acesso a esta sala deve ser feito através de uma antecâmara, neste ambiente, são
desenvolvidas atividades de limpeza utilizando ar comprimido, ultrassom e processos manuais. Após a
limpeza os materiais são encaminhados para a Sala de preparo. Deve existir bancada de trabalho com boa
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iluminação e balde porta detritos, deve ser executada lavagem final com água deionizada pelo sistema de
osmose reversa, em um balcão com cubas. Os materiais devem passar por um processo de secagem antes
de serem enviados para a sala de preparo.
3. Sala de Preparo – o acesso a esta sala também deverá ser feito por antecâmara, neste ambiente os
materiais após passarem pelo processo de limpeza, são embalados, classificados e encaminhados para a
esterilização, nesta sala são desenvolvidas atividades de empacotamento e de classificação, sendo
necessárias seladoras, etiquetadores em tamanhos diversos, prateleiras e/ou armários para guarda de
embalagens, bancadas de trabalho, microcomputador com mesa de trabalho e impressora para a
classificação.
4. Sala de Estoque, Armazenamento e Distribuição – ambiente destinado à guarda e à distribuição de
materiais, neste ambiente são necessárias bancadas de trabalho, local para armazenamento dos materiais
antes de serem distribuídos e equipamentos como seladoras, suporte para embalagens, pistola para fita
adesiva.
5. Laboratório de Controle de Qualidade – deve possuir equipamentos como cromatógrafo, refrigerador com
temperatura controlada, incubadora de bio indicadores, estufa de cultura, capela de fluxo laminar, dentre
outros que permitam a realização das análises necessárias.
Além dos ambientes técnicos são imprescindíveis outros de apoio como: área de carga e descarga, área de
degermação, depósito de material de limpeza, almoxarifado, administração, recepção, depósito de lixo,
sanitário e vestiário para funcionários.
ATIVIDADES
Limpeza – é o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujidade) de
superfícies e de objetos, normalmente é realizada através de fricção mecânica, utilizando água e sabão ou
detergente, ou através de máquinas de limpeza e ultrassom.
Descontaminação – é o processo de limpeza terminal de objetos e de superfícies contaminados com
microorganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para a manipulação. Nesses casos, utiliza-se
comumente a imersão em soluções desinfetantes.
Enxágue – para o enxágue, após a limpeza e/ou descontaminação, a água deve ser potável e corrente.
Secagem - a secagem dos artigos objetiva evitar a interferência da umidade nos processos posteriores e
pode ser feita com pano limpo e seco, por secador de ar quente/frio, por estufa ou por ar comprimido
medicinal.
Processamento – pode ser de dois tipos, esterilização ou desinfecção.
Estocagem – após submeter os artigos ao processamento adequado, a estocagem deve ser feita em área
separada, limpa, livre de poeiras, em armários fechados, são proibidas áreas de estocagem próximas a
pias, águas ou tubos de drenagem.
Além das etapas acima descritas, antes da limpeza, os artigos passam pela etapa de conferência e
classificação. Na primeira, todo material a ser submetido à limpeza deve ser conferido, pois os
incompletos ou danificados não serão submetidos ao processo. E na segunda, o artigo é classificado de
acordo com o risco potencial de infecção. Entre as etapas de secagem e processamento é realizada a
embalagem, onde é feito o acondicionamento adequado de cada artigo.
FLUXOGRAMA INTERNO
O fluxo de trabalho numa Central de esterilização deve acontecer de forma direta, de modo que não haja
retorno de materiais para um ambiente pelo qual já passou. Esse cuidado visa evitar a contaminação dos
mesmos. Com esse mesmo objetivo, os materiais são recepcionados na Área para Recepção e Triagem
através de um guichê e levados para a Sala de Limpeza. Desta sala para a sala de Preparo a passagem do
material também se dá através de guichê. Da sala de preparo os materiais saem devidamente
empacotados, sendo transportados em carros para a Sala de Esterilização. Após o processo de
esterilização, os materiais são levados para a Sala de Aeração e, em seguida, para a Sala de Estoque,
Armazenamento e Distribuição.
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SETORES E FUNÇÕES
Expurgo – a conscientização para a utilização dos EPIs pelos funcionários é ponto relevante para a
prevenção de acidentes com secreções biológicas e perfuro cortantes, são utilizados protetores auriculares
adequados para o tipo de ruído dos equipamentos, botas impermeáveis com certificado de aprovação,
luvas antiderrapantes, de procedimentos e aventais descartáveis.
1. Máquina ultrassônica : facilita a limpeza do instrumental cirúrgico, pois lava por processo de cavitação,
fazendo com que a matéria orgânica se desprenda dos instrumentais com maior rapidez que no método
manual.
2. Máquina desinfetadora : utiliza jatos de água quente e fria, enxágue e drenagem automatizado, que,
junto como detergente enzimático, facilita a limpeza.
Preparo – as embalagens utilizadas para o acondicionamento dos materiais são selecionadas por testes
realizados na CME, levando-se em conta não só seu custo, mas a qualidade para a manutenção dos
materiais esterilizados.
1. Testes biológicos: a esterilização é monitorada por indicadores biológicos de terceira geração, cuja
leitura é realizada em incubadora com método de fluorescência, obtendo resultado para liberação dos
testes em três horas, trazendo maior segurança na liberação dos materiais.
2. Impressora: as autoclaves na CME são monitoradas por técnicos de enfermagem que são treinados para
operar equipamentos de alta tecnologia, os parâmetros de esterilização são registrados a cada minuto por
impressoras específicas para autoclaves e são arquivadas para controle.
3. Liberação do material esterilizado : os materiais submetidos à esterilização são liberados após cheque
list feito pelo enfermeiro especializado no setor, garantindo o processo e minimizando as falhas.
4.Esterilização a baixa temperatura por vapor de folmaldeido : está sendo testada a esterilização por
vapor e folmaldeido em autoclave, uma tecnologia nova para o Brasil, mas muito utilizada na Europa para
materiais termossensíveis.
Processo de Validação das Autoclaves – é realizado anualmente por firma terceirizada.
EQUIPAMENTOS (EPIs)
Os EPIs são fornecidos gratuitamente por cada empresa, adequados aos riscos e em perfeito estado de
conservação (NR-6 da portaria 3214, de 1978), cabendo ao usuário zelar por sua conservação, limpeza e
guarda, o objetivo do uso dos EPIs é proteger a integridade física do trabalhador e são regulamentados
pelo Ministério do Trabalho. É também de responsabilidade da empresa periodicamente realizar
programas de treinamento para a correta utilização dos EPIs, a adequação desses equipamentos deve levar
em consideração não só a eficiência necessária para controle do risco de exposição, mas também o
conforto oferecido ao profissional, pois se há desconforto no uso do equipamento, é maior a possibilidade
de o profissional deixar de incorporá-lo rotineiramente. Os EPIs mais utilizados pela equipe de
Enfermagem são:
 Luvas de procedimento: descartáveis ao término de cada procedimento, indicadas para uso sempre que
for previsto contato com matéria orgânica ou superfície contaminada e precaução de contato. Ao calçá-las
verificar sua integridade sempre e optar por um tamanho adequado às mãos.
 Luvas cirúrgicas: descartáveis e indicadas quando se requer técnica asséptica, garante a não-
contaminação do procedimento, ao calçá-las verificar sempre sua integridade e optar por tamanho
adequado às mãos.
 Luvas de borracha: reutilizáveis, oferecem proteção à pele no manuseio de material biológico e produtos
químicos, devem possuir cano longo quando se prevê exposição até o antebraço, após o uso lavá-las com
água e sabão e desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%.
 Óculos de acrílico: reutilizáveis, oferecem proteção da mucosa ocular, devem ser de acrílico e não
interferir com a acuidade visual do profissional e permitir uma perfeita adaptação à face, oferecendo
ainda proteção lateral, após o uso, devem ser lavados com água e sabão e desinfecção com germicida.
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 Protetor facial de acrílico: reutilizável e oferece proteção à face, deve ser de acrílico de modo que não
interfira com a acuidade visual do profissional e permita uma perfeita adaptação à face, deve oferecer
proteção lateral, é indicado durante a limpeza mecânica de instrumentais (CME, expurgos, laboratórios,
sala de necropsia), após o uso deve ser lavado com água e sabão e desinfecção com germicida.
 Máscara cirúrgica: de uso único devendo ser descartada ao término do procedimento ou quando o
profissional avaliar que está úmida, comprometendo a proteção, é indicada para a proteção da mucosa
oronasal em situações assépticas e proteção ambiental de secreções respiratórias.
 Avental impermeável e capote de manga comprida: artigos reutilizáveis e oferecem a proteção à roupa
e à pele do profissional, após o uso devem ser reprocessados com lavagem e desinfecção.
 Bota ou sapato fechado impermeável: são artigos reutilizáveis, mas devem ser utilizados
individualmente, oferecem proteção à pele do profissional em locais úmidos ou com quantidade
significativa de material infectante, devem possuir um solado antiderrapante, são de uso exclusivo das
áreas de trabalho e necessitam ser guardados em local ventilado.
 Gorros: artigos descartáveis que oferecem proteção aos cabelos e couro cabeludo de matéria orgânica ou
produtos químicos, e em situações assépticas, propiciam proteção relativa à cabeça.
 Jaleco e calça em TNT para uso diverso: vestimentas de segurança que além de hidro-repelência,
oferecem impermeabilidade e resistência mecânica as névoas e partículas sólidas. Sua durabilidade é
limitada e havendo deteriorização deverá ser trocada, e este tipo de material não deve ser usado próximo
ao calor de fogo, faísca ou em ambientes que contenham produtos inflamáveis ou ainda explosivos, pois
sua consumação é rápida.
RECURSOS HUMANOS
A gestão de recursos humanos é a função que permite colaboração eficiente e eficaz das pessoas para
alcançar objetivos organizacionais e individuais. As organizações atualmente reconhecem que as pessoas
são parceiras das empresas, e não mais simples empregados contratados, é por meio da administração de
Recursos Humanos que se estabelece políticas e práticas para conduzir grupos, incluindo recrutamento,
seleção, desenvolvimento e avaliação de desempenho. Nos serviços de Enfermagem a gestão de recursos
humanos é conduzida pelo Serviço de Educação Continuada onde este serviço e chefes ou responsáveis
pela Equipe de Enfermagem devem trabalhar em conjunto para estabelecer a gestão dos recursos
humanos, desenvolvendo um planejamento que atenda às necessidades de pessoal da instituição e a
alocação e desenvolvimento dos profissionais de Enfermagem, dessa forma, a Educação Continuada é
vista como estratégia de promover transformações e oferecer oportunidades de capacitação e
desenvolvimento.
RECURSOS MATERIAIS
Os recursos materiais representam 75% do capital das organizações e na área da saúde são responsáveis
por 30 a 45% das despesas, tornando necessário o aprimoramento de sistemas de gerenciamento desses
recursos para garantir assistência de qualidade com custo aceitável e menor risco para pacientes,
Normalmente os hospitais dispõem de departamentos específicos para desenvolver a administração de
materiais, acompanhando todas as suas fases e levando em consideração 3 aspectos fundamentais:
1. A grande quantidade de material utilizado;
2. A diversidade de materiais hoje num mercado em constante mudança;
3. E as ações de saúde que envolvem uso de recursos materiais e não podem sofrer interrupções.
Antes da compra devem-se executar alguns passos para melhor escolha dos produtos:
- Padronização: determina o produto específico para procedimentos específicos;
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Abertura de Material Estéril: fundamentação teórica e prática
Manuseio de Material Estéril
Assepsia cirúrgica, assepsia médica, métodos de esterilização e classificações dos materiais
hospitalares.
O grande número de pacientes que contem infecções durante sua permanência hospitalar é extremamente
preocupante para os profissionais da saúde. Segundo o Ministério da Saúde, assepsia é o processo pelo
quase se consegue afastar os germes patogênicos de determinados locais ou objetos. Para diminuir o risco
de uma infecção é fundamental a aplicação das técnicas de assepsia médica e cirurgia por todos que
atuam no ambiente hospitalar.
ASSEPSIA CIRÚRGICA
Consiste no processo e no manuseio do material de modo de evitar o contato do paciente com qualquer
organismo vivo. Na assepsia cirúrgica o material deverá ser esterilizado. O material cirúrgico é estéril
isento de micro-organismos, devemos tomar os seguintes cuidados em seu manuseio:
SEGUINTES CUIDADOS:
1. Lavar as mãos antes de pegá-lo.
2. Não falar, tossir ou espirrar próximo a ele.
3. Examinar com cuidado se o pacote apresenta buracos, manchas ou umidade: Se houver qualquer
dúvida quanto à integridade do material, despreze-o.
4. Verificar a data da esterilização e a data da validade.
5. Guardar os pacotes em armários próprios, limpos longe de poeira e insetos.
6. Abrir os pacotes usando a técnica correta.
7. Trabalhar sempre na frente para o campo esterilizado.
8. Manter o material sempre acima do nível da cintura ou nível da mesa.
9. Não atravessar nada por cima do campo esterilizado, nem fazer movimentos bruscos ao redor
dele.
10. Nunca tocar em um material ou campo esterilizado com objetos que não estão
Assepsia Médica 
Consiste na utilização de técnicas que visam à redução de micro-organismos patogênicos e à diminuição
do risco de transmissão de pessoa a pessoa. É utilizada em qualquer atividade que envolvaAtividades das Vigilâncias: 
 A Proteção do ambiente e da defesa do desenvolvimento sustentado;
 O saneamento básico; 
 A fiscalização de alimentos, água e bebidas para consumo humano; 
 A fiscalização de medicamentos, equipamentos, produtos imunológicos e outros insumos de
interesse para a saúde. 
 A proteção do ambiente do trabalho e da saúde do trabalhador 
 A execução de serviços de assistência Médica 
 A produção, o transporte, a distribuição, a guarda, o manuseio e a utilização de outros bens,
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 A fiscalização da coleta, do processamento e da transfusão do sangue e seus derivados; 
 O controle e a fiscalização de radiação de qualquer natureza; e 
 A colaboração, com a União, na fiscalização dos portos, aeroportos e fronteiras. 
Objetivos das Vigilâncias:
 Eliminar, diminuir ou prevenir riscos de agravo à saúde do indivíduo e da coletividade; 
 Intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção, distribuição,
comercialização e uso de bens capital e consumo, e de prestação de serviços de interesse da saúde.
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Saúde coletiva e suas atribuições
A Saúde Coletiva e suas contribuições para a ressingularização da epidemiologia, do planejamento, da
política e da gestão em saúde, mas também para a ressingularização da clínica (equipes multiprofissionais
e saberes interdisciplinares, projetos terapêuticos singulares, articulações em redes sociais e de serviços
de saúde, práticas cuidadoras em saúde e ações intersetoriais). 
“A saúde coletiva é um campo de produção de conhecimento e de intervenção profissional especializada,
mas também interdisciplinar, onde não há disputa por limites precisos ou rígidos entre as diferentes
escutas ou diferentes modos de olhar, pensar e produzir saúde”.
Se entendermos então, que a saúde coletiva é um campo de práticas inovadoras e transdisciplinares
encontraremos coletivamente caminhos que nos exercitem a pensar de quais fazeres a população necessita
e de como somos capazes de nos desprender de nossas tecnologias individuais e consigamos a capacidade
de compartilhar saberes e a partir de então planejarmos projetos terapêuticos que deem conta do problema
que nos apresenta. Todas as práticas de saúde orientadas para os modos de vida, melhorando as condições
de existência das pessoas e coletividades demarcam intervenção e possibilidades às transformações nos
modos de viver, trabalham com promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, ações de
reabilitação psicossocial e proteção da cidadania, entre outras práticas de proteção e recuperação da
saúde. 
A diferença entre os recortes está na ênfase em uma ou outra habilidade, no exercício da clínica
individual e nas prescrições ou implementações terapêuticas específicas. A clínica e a terapêutica se
valem predominantemente da prática de atenção individual, ainda que para serem eficazes necessitem
incorporar o social e o subjetivo e atuar com práticas de prevenção e promoção à saúde. Seguindo a
mesma lógica, a vigilância em saúde se vale da clínica para intervir de forma adequada, e assim por
diante.
Há alguns marcos conceituais importantes da saúde coletiva, como, por exemplo, o cruzamento entre
diferentes saberes e práticas; a ênfase à integralidade e equidade na lógica do SUS; a superação do
biologicismo e do modelo clínico hegemônico (centrado no saber e prática médica, na doença, nos
procedimentos, no especialismo e na orientação hospitalar); a valorização do social e da subjetividade; a
valorização do cuidado e não só da prescrição; o estímulo à convivência e ao estabelecimento de laços
entre a população e os profissionais de saúde; a atenção à saúde organizada a partir da lógica de linhas do
cuidado e não da doença; a crítica à medicalização e ao “mercado da cura”; entre outros princípios.
A Saúde Coletiva privilegia nos seus modos de análise quatro focos de tomada de decisão: 
- As políticas (formas de distribuição do poder, eleição de prioridades, perspectivas de inclusão social e
visão de saúde); 
- As práticas (ações institucionais, profissionais e relacionais, permeabilidade às culturas, produção de
conhecimento); 
- As técnicas (organização e regulação dos recursos e processos produtivos) e os instrumentos (os meios
para a intervenção). 
As ações da saúde coletiva têm como eixo norteador as necessidades sociais em saúde e, nesse sentido,
preocupam-se com a saúde do público, sejam indivíduos, grupos étnicos, gerações, classes sociais e
populações, instigando uma maior e mais efetiva participação da sociedade nas questões da vida, da
saúde, do sofrimento e da morte, na dimensão do coletivo e do social.
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ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial,
operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde.
Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em
uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção,
recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta
comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da
família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil,
especialmente no contexto do SUS.
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela evolução histórica
e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a
adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994, apresentou um
crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser
sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no
âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e
de qualidade de vida da população assistida.
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um
importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior
racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos
principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes de saúde da família.
Equipes de Saúde
O trabalho de equipes da Saúde da Família é o elemento-chave para a busca permanente de comunicação
e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe e desses com o saber popular do
Agente Comunitário de Saúde. As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um
enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda
com: um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental.
Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de cerca de 3 mil a 4 mil e 500 pessoas ou de mil
famílias de uma determinada área, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde. A atuação
das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da
comunidade, caracterizando-se: como porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de
saúde; por ter território definido, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; por intervir
sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; por prestar assistência integral, permanente
e de qualidade; por realizar atividades de educação e promoção da saúde.
E, ainda: por estabelecer vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com a população; por
estimular a organização das comunidades para exercer o controleo paciente e o
meio ambiente, por meio de procedimentos como: Lavar as mãos frequentemente. Limpar as superfícies
com desinfetantes, para reduzir o número de micro-organismos.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
1- AUTOCLAVE: esteriliza pelo vapor saturado sob pressão, destruindo todas as formas de micro-
organismos. É eficaz pelo alto poder de penetração, levando consigo o calor. Validade: sete dias.
2- ESTUFA: esterilização pelo calor seco. A destruição bacteriana se dá pela oxidação celular.
3- ÓXIDO DE ETILENO: é um gás incolor a temperatura ambiente, cujo ponto de congelamento é –
(menos) 111,3 graus e de ebulição é 10,7 graus. Seu odor é semelhante ao éter. Validade: 2 ou 3 anos
dependendo do fabricante.
Utilização de materiais estéreis
1. Esterilização
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2. É um processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas microbianas,
inclusive os esporos bacterianos.
3. Principais tipos de invólucros:
4. Tecido de algodão cru, duplo (trama de 56 fios por centímetros).
5. Embalagem de papel cirúrgico, embalagem de papel crepado (celulose tramada).
6. Caixa metálica de aço e inox
7. Container rígido (aço inoxidável)
TÉCNICA PARA ABRIR UM PACOTE ESTÉRIL
1- Lavar as mãos.
2- Colocar o pacote sobre a superfície limpa e seca.
3- Posicionar o pacote de modo que a dobra de cima do invólucro fique de frente para você. Retire a fita
adesiva para autoclave termos sensíveis.
4 - Puxar a dobra de cima do pacote, abrindo de modo que a ponta se abra. Mantenha seu braço fora das
bordas externas do pacote aberto.
5- Abrir as dobras laterais uma de cada vez.
6- Abrir a dobra mais próxima de você por último.
7- O interior do invólucro é considerado estéril, podendo ser usado com base de campo esterilizado.
Técnica para abertura de material:
1. Lavar as mãos;
2. Segurar o pacote afastado do campo solte as pontas fixadas com adesivo;
3. Afastar as pontas do invólucro, próximo ao conteúdo do pacote;
4. Abrir as duas faces das pontas com as duas mãos, tendo o cuidado de não contaminar a face
interna do invólucro.
Precauções Universais ou precauções padrão.
Pela natureza de suas funções, o profissional de saúde corre mais riscos de contrair doenças infecciosas,
chamado riscos profissionais. As doenças mais graves são as transmitidas pelo sangue e por fluidos
orgânicos. São elas: hepatite B, hepatite C e infecção por HIV. Para reduzir os riscos profissionais, é
necessário o uso de precauções ou medidas que proporcionam maior segurança no manuseio de sangue e
de outros fluidos orgânicos.
As precauções universais determinadas pelo Ministério da saúde são:
1. Lavagem das mãos, antes e após qualquer contato com secreções do doente e após a remoção das luvas.
2. Uso de luvas para contatos com líquidos corporais, mucosas, pele não integra e para venopunção.
3. Uso de aventais máscaras e óculos de proteção para procedimentos em que sangue ou líquido corporais
possam ser espirrados.
4. Agulhas e instrumentos cortantes devem ser colocados em recipientes sólidos e resistentes.
5. Não reencapar, dobrar ou quebrar as agulhas utilizadas.
6. Não remover as agulhas das seringas.
7. Evitar deixar o material contaminado exposto no meio ambiente.
8. Amostras para laboratório devem ser enviadas dentro de sacos plásticos transparentes. Sangue e fluidos
derramados no ambiente devem ser limpos com hiplocorito de sódio a 1%.
Se a higiene do paciente for precária ou se houver possibilidade de contaminação do ambiente com
sangue ou secreção deve-se colocá-lo em quarto privativo.
Os equipamentos reutilizáveis não devem ser usados em outros pacientes antes de serem limpos,
desinfetados e esterilizados.
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Atenção: como descartar o material perfurante:
Nunca reencapar a agulha após o uso.
Nunca separar a agulha da seringa.
Nunca jogar seringas no lixo comum.
Matérias cortantes (agulhas, escalpes, lâminas) devem ser descartados em recipientes adequados,
rígidos, resistentes e impermeável.
Uma das técnicas fundamentais para evitar a propagação de micro-organismos patogênicos de um
indivíduo; para outro é a técnica de lavagem das mãos, atividade que deve tornar-se um habito para o
profissional de enfermagem.
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS HOSPITALARES
 Materiais críticos: São aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo os tecidos sub-
epiteliais, e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este
sistema.
 Materiais semi-críticos: São todos aqueles que entram em contato com a pele não íntegra, ou com
mucosas íntegras.
 Materiais não críticos: São aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra, e ainda os que não
entram em contato direto com o paciente.
 
Por que embalar artigos esterilizados?
 Ao término de um procedimento correto de esterilização, os produtos no interior da câmara do
esterilizador estarão esterilizados. O ar da sala onde o esterilizador estiver instalado contém
partículas de poeira que podem conter micro-organismos. Logo, ao remover a carga do
esterilizador, esta será novamente contaminada. Além do mais, normalmente os artigos esterilizados
são armazenados por algum tempo antes de serem utilizados e ainda por cima são transportados
dentro do ambiente hospitalar até o local onde serão utilizados. Fica claro que qualquer artigo,
quando não protegido, será recontaminado até o momento de ser usado.
 Os artigos devem ser acondicionados em embalagens para evitar a recontaminação após a
esterilização. Ao mesmo tempo, o material da embalagem deve ser adequado para permitir a
esterilização dos artigos contidos dentro dela!
 Além do que, a embalagem deve proteger seu conteúdo durante o manuseio e transporte.
Principais Cirurgias dos Sistemas:
**Nervoso:
 Tratamento Cirúrgico dos Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
O objetivo da cirurgia no cérebro é a ressecção do tumor. Para os tumores cerebrais, a cirurgia pode ser
realizada por diferentes razões, como retirada de uma amostra do tumor para diagnóstico (biópsia),
remoção da maior quantidade possível do tumor ou para ajudar a prevenir ou tratar possíveis
complicações do tumor.
Os principais tipos de cirurgia para os tumores cerebrais são:
 Cirurgia para Remoção do Tumor
Na maioria dos casos, o primeiro passo no tratamento de tumores do cérebro é a remoção do tumor com
segurança sem afetar as funções normais do cérebro. O tratamento cirúrgico isolado ou combinado com
radioterapia pode curar muitos tumores, como astrocitomas de baixo grau, ependimomas,
craniofaringiomas, gangliogliomas e meningiomas.
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Os tumores que tendem a se disseminar difusamente nas proximidades do tecido cerebral, como
astrocitomas anaplásicos ou glioblastomas não são curados por cirurgia. Mas a cirurgia pode reduzir o
tamanho do tumor para posterior tratamento com radioterapia ou quimioterapia, possibilitando uma
melhor resposta a esses tratamentos.
A cirurgia também pode aliviar alguns sintomas causados pelos tumores cerebrais, particularmente os
causados por acúmulo de pressão dentro do crânio, como dores de cabeça, náuseas, vômitos e alterações
na visão. A cirurgia pode também ser realizada para ajudar a controlar convulsões.
A cirurgia pode não ser indicada em casos, como:
1. A localização do tumor é muito profunda dentro do cérebro.
2. Se o tumor estiver em uma região do cérebro que não possa ser removido, como o tronco cerebral.
3. Se o paciente não tem condições clínicas de realizar a cirurgia, por outros motivos de saúde. 
 Craniotomia
A craniotomia consiste na abertura cirúrgica do crânio para tratamento de tumores cerebrais.
A craniotomia é uma cirurgia de grande porte na qual o cirurgião utiliza vários instrumentos para
visualizar o cérebro e realizar o procedimento de forma segura. Neste procedimento o cirurgião realiza
uma pequena incisão no cérebro para chegar ao tumor.O cirurgião pode usar imagens de ressonância
magnética, tomografia computadorizada ou ultrassom para localizar o tumor e suas bordas. A remoção
pode ser simples apenas com o bisturi, com dispositivos de sucção simples ou com dispositivos de vácuo.
Neste procedimento, o cirurgião remove o máximo possível do tumor, sem afetar o tecido saudável ou
causar qualquer dano ao paciente. Durante o procedimento o cirurgião detecta as funções do cérebro em
torno do tumor estimulando-as eletricamente e monitorando sua resposta. Isto mostra se estas áreas
controlam alguma função importante. O uso desta técnica, conhecida como estimulação cortical intra
operatória, reduz o risco da remoção de partes vitais do cérebro.
Após a cirurgia, os pacientes geralmente ficam alguns dias na unidade de tratamento intensivo (UTI) onde
são rigorosamente monitorados, especialmente no que se refere à pressão intracraniana e às vezes são
colocados temporariamente em máquinas que auxiliam a respiração.
 Cirurgia para colocação de Derivação ou Cateter de Acesso Ventricular
O bloqueio do fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR) por um tumor pode aumentar a pressão dentro do
crânio causando sintomas como, dores de cabeça, náuseas e sonolência.
Para drenar o excesso do LCR e diminuir a pressão, o neurocirurgião pode inserir um cateter de silicone
(derivação ventrículo peritoneal). Uma extremidade do cateter é colocada em um ventrículo (área
preenchida com LCR) e a outra extremidade no abdome ou no coração. O fluxo do LCR é controlado por
uma válvula colocada ao longo desse cateter. Este cateter pode ser temporário ou permanente.
Possíveis Riscos e Efeitos Colaterais
Como em todos os procedimentos cirúrgicos a cirurgia do cérebro pode apresentar riscos e complicações
potenciais, como: sangramento, infecção ou reações à anestesia. Uma das principais preocupações após a
cirurgia é o inchaço no cérebro. Corticosteroides são normalmente administrados por vários dias após a
cirurgia para ajudar a diminuir esse risco.
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A cirurgia no cérebro depende muito da localização do tumor. Visão, audição, olfato, fala, equilíbrio,
força e coordenação motora, pensamento e memória podem ser afetados. Os efeitos colaterais podem
aparecer tardiamente e podem, também, ser confundidos com sintomas do tumor.
HIDROCEFALIA
O termo hidrocefalia vem do grego e significa “água na cabeça”. Caracteriza-se por um aumento da
quantidade e da pressão do líquor, levando a uma dilatação dos ventrículos e à compressão do tecido
nervoso de encontro ao estojo ósseo.
O tratamento invariavelmente depende do distúrbio subjacente causador da hidrocefalia e pode ser
clínico ou cirúrgico.
O principal procedimento cirúrgico para a resolução da hidrocefalia é a derivação extracraniana. Entre as
inúmeras técnicas de derivações extracranianas as mais comuns são as derivações ventrículos-atriais,
ventrículos-pleurais e lombo-peritoniais, mas particularmente, a derivação ventrículo-peritonial. Essas
técnicas utilizam-se do auxílio de um shunt e de uma válvula unidirecional entre o ventrículo lateral, e
outra cavidade do corpo (átrio, peritônio, pleura) que permitem a drenagem do LCR. A derivação controla
a pressão dos ventrículos, drenando o líquor em excesso, sendo este reabsorvido na corrente sanguínea,
evitando assim, que o quadro se agrave. Os sintomas causados pela pressão elevada habitualmente
melhoram. Entretanto, o dano ao tecido cerebral permanece.
Para a maioria dos pacientes com hidrocefalia infantil, uma única operação não é suficiente, sendo
necessárias múltiplas revisões para acomodar o crescimento. Em bebês a termo, um shunt implantado no
período neonatal necessitará de, pelo menos, uma revisão antes do desenvolvimento completo da criança.
Já nos bebês prematuros, o número de revisões é maior, sendo necessário o alongamento do shunt original
no primeiro ano de vida. Além das derivações para o LCR, foram realizados esforços para colocar um
tubo no aqueduto, por meio de neuroendoscopia, para reduzir a produção de LCR, com a cauterização do
plexo coroide. O uso de neuroendoscopia para abrir uma janela no terceiro ventrículo, para desviar do
aqueduto, terceira ventriculostomia, obteve sucesso, evitando as derivações extracranianas em
determinadas crianças. Essa técnica pode ser aplicada para fazer janelas entre os ventrículos ou em
paredes císticas, por meio do septo prelúcido, o que é positivo se houver fluxo desigual de LCR entre os
ventrículos laterais. Essa técnica é uma maneira interessante para evitar derivações em longo prazo, mas é
efetiva apenas se o sistema ventricular estiver bastante dilatado na ocasião. Outro método utilizado para
tratamento cirúrgico consiste nas derivações intracranianas, que está indicado para hidrocefalias não
comunicantes. Consiste na realização de fístulas entre o espaço subaracnoideo e o sistema ventricular.
Fratura craniana
A fratura craniana é a ruptura de um osso do crânio. As fraturas estão presentes na maioria das
tomografias de pacientes que sofreram lesões cerebrais. As fraturas cranianas podem lesionar artérias e
veias, provocando sangramento nos espaços em torno do tecido cerebral. As fraturas podem romper as
meninges – as camadas de tecido que revestem o cérebro. Caso isto aconteça, o líquido cefalorraquidiano,
que circula entre o cérebro e as meninges, pode sair pelo nariz ou pelo ouvido.
A fratura craniana com afundamento de crânio é o fragmento ósseo fraturado afundado, comprimindo e
lesionando o tecido cerebral adjacente. O fragmento ósseo também pode causar a laceração da dura-máter
(membrana que envolve o cérebro) resultando no vazamento do líquido cefalorraquidiano.
A cirurgia é recomendada se o afundamento for maior que 8-10 mm, se houver déficit neurológico
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relacionado com a pressão ou lesão no cérebro, se houver vazamento do líquido cefalorraquidiano;
se for uma fratura exposta.
Fraturas na Base do crânio
A fratura de base de crânio envolve a base craniana. Incluem fraturas nos ossos frontais, esfenoide,
temporal e occipital.
Os sinais clínicos de fratura na base do crânio são: vazamento do líquido cefalorraquidiano pelo nariz e
ouvido; hematoma atrás do ouvido, hematoma ao redor dos olhos, lesão nos nervos do crânio: fraqueza na
face, perda de audição, redução visual, visão dupla.
A maioria deste tipo de fratura não requer tratamento. Elas tendem a curarem-se sozinhas. Porém se o
vazamento de líquido cefalorraquidiano persistir há necessidade de cirurgia de reparo, principalmente se o
vazamento estiver relacionado com fratura no osso frontal.
**Respiratório: 
Traqueostomia
A traqueostomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos descritos na literatura médica, algo
parecido com um "buraco na garganta para permitir a passagem de ar". Esta descrição simplificada
representa bem o procedimento, mas para entender melhor a traqueostomia, é necessário conhecer um
pouco mais da anatomia das vias aéreas.
O ar segue um caminho definido para entrar e sair dos pulmões. Imaginando uma inspiração profunda, o
ar entra pelas narinas (ou pela boca), atravessa a laringe por entre as pregas vocais e segue pela traqueia
até alcançar os brônquios. Sendo assim, o paciente que para respirar precisa da ajuda de aparelhos recebe
o ar através de um tubo que passa pela boca, pela laringe, por entre as pregas vocais, até alcançar a
traqueia.
Uma vez realizado um orifício na traqueia, teremos um atalho para levar o ar aos pulmões (ou remover
secreções dos brônquios).
Este procedimento é feito no centro cirúrgico ou na própria UTI, sob anestesia geral, através de uma
pequena incisão no meio do pescoço. Após a abertura da traqueia, uma cânula de traqueostomia é
introduzida e conectada ao aparelho de ventilação. Na ponta da cânula tem um balão que é insuflado para
que o ar injetado pelo aparelho siga obrigatoriamente seu trajeto até os pulmões, evitando vazamentoao
redor da cânula 
Para que serve?
Quando a presença de um tubo pela boca precisa se prolongar por muito tempo, isto começa a ser um
problema, principalmente por:
- Incômodo ao paciente: imagine o desconforto que um tubo na boca e na garganta provoca num paciente
que está acordado ou então despertando de sedação.
- Lesões provocadas pelo tubo: sua presença por períodos mais longos pode provocar estragos na própria
boca, nas cordas vocais, na laringe e na traqueia. Estas lesões podem causar as chamadas "estenoses" que
são estreitamentos da via aérea por cicatrização exacerbada destas estruturas. As estenoses são de difícil
manejo e muitas vezes implicam numa cirurgia de grande porte para sua correção.
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A traqueostomia, portanto, é mais confortável para o paciente e diminui os riscos de complicações tardias
relacionadas ao tubo.
Os pacientes que estão respirando por aparelhos ou aqueles que estão muito debilitados produzem muita
secreção e tem dificuldade de tossir para expeli-la, o que gera muitas complicações respiratórias. Portanto
essa secreção precisa ser retirada por meio de aspiradores. A aspiração através da traqueostomia é mais
efetiva uma vez que o aspirador chega aos brônquios muito mais facilmente e de forma mais confortável
para o doente.
Outra vantagem da traqueostomia é a proteção da via aérea em casos de aspiração. Alimentos e líquidos
quando engolidos passam diretamente ao esôfago e não entram na traqueia devido ao fechamento das
pregas vocais durante o processo de deglutição. Quando este processo falha ocorre o "engasgo" e a
paciente tosse, para expulsar o material que foi aspirado erroneamente para a via aérea. Alguns pacientes,
principalmente aqueles com distúrbios neurológicos perdem o reflexo da deglutição e este processo fica
deficiente. Neste caso, graças ao balão da traqueostomia, estando insuflado, ainda que o alimento entre
pelo "caminho errado" ele não progride para a traqueia e os pulmões, onde seria realmente danoso.
Por fim, a traqueostomia ainda facilita a retirada dos aparelhos, pois, como o caminho a ser percorrido
pelo ar é mais curto na presença do traqueostoma, o esforço respiratório que o paciente precisa manter
acaba sendo menor. Além disso, se o paciente melhorar a ponto de desligar as máquinas que o ajudam a
respirar, caso ele necessite novamente de ventilação assistida é só reconectar o aparelho -na ausência da
traqueostomia seria necessário passar o tubo novamente pela boca, sedação, desconforto, riscos etc.
E as consequências?
Como qualquer procedimento cirúrgico, a traqueostomia não é totalmente isenta de complicações. Os
mais comuns são sangramento e infecção no corte, mas ambas não são frequentes. Uma consequência (e
não complicação!) da traqueostomia é a dificuldade do paciente para falar. Na verdade, enquanto ele
estiver dependendo dos aparelhos para respirar, na ponta da cânula de traqueostomia o balão ficará
insuflado para impedir vazamento de ar e, nesta condição, realmente não vai poder falar. Porém, uma vez
o paciente livre do aparelho, o balão pode até ser esvaziado e assim o ar pode escapar em volta da cânula
e passar pelas cordas vocais. Para o paciente falar, então, basta ocluir o orifício externo da cânula de
traqueostomia com o dedo ou com uma tampa, fornecida pelo médico. No caso de haver algum tipo de
obstrução da via aérea acima da traqueia impedindo a passagem do ar, como por exemplo, nos tumores da
laringe, a traqueostomia é necessária até que se resolva a obstrução, podendo até ser definitiva. Nos
demais casos, em que a indicação da traqueostomia foi substituir o tubo de conexão aos aparelhos, uma
vez revertida esta situação, inicia-se um processo chamado de canulação, em que gradualmente troca-se a
cânula de plástico por outras de metal, sem balão e com diâmetro progressivamente menor, até que o
paciente fique com nenhuma cânula e o orifício feche espontaneamente.
Lobectomia
A lobectomia é um procedimento cirúrgico realizado para remover um dos lobos dos pulmões. O
procedimento pode ser realizado quando uma anormalidade foi detectada numa parte específica do
pulmão. Quando apenas o lobo afetado do pulmão é removido, o tecido saudável restante é poupado para
manter a função pulmonar adequada.
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A lobectomia é mais frequentemente realizada durante um procedimento cirúrgico chamado de uma
toracotomia (incisão cirúrgica do peito). Outros procedimentos de cirurgia do pulmão que podem ser
realizados por toracotomia incluem:
 Pneumonectomy - a retirada de um pulmão inteiro quando uma anormalidade ou doença é
detectada em todo o pulmão
 Ressecção em cunha - a retirada de uma pequena parte de um lobo quando uma anormalidade ou
doença envolve apenas uma pequena área de tecido pulmonar.
 Ressecção segmentar - remoção de um segmento, ou subdivisão de um lobo.
 Toracotomia exploradora - abertura da parede torácica para a visualização direta dos pulmões e
outras estruturas no peito quando há evidência de uma anormalidade ou doença que não tenha sido
verificada por outros métodos de diagnóstico.
Existem diferentes tipos de toracotomia, dependendo da localização da entrada cirúrgica, e quanto pulmão
é removida. Em geral, durante uma lobectomia a incisão é feita ao nível do lobo afetado. A incisão é feita
na parte frontal da caixa sob a linha de mamilo e estende-se em torno da volta sob a omoplata. O cirurgião
insere a cavidade torácica, através das nervuras expostas para remover o lóbulo.
Câncer de Pulmão
Os tumores malignos do pulmão podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Ou,
então, essas modalidades terapêuticas podem ser combinadas.
A radioterapia é frequentemente utilizada em conjunto com a cirurgia. Há vários casos em que, ao invés
de se fazer a cirurgia, a radioterapia é combinada com a quimioterapia.
A quimioterapia - tratamento com medicações que combatem os tumores - também é utilizada em
conjunto com a cirurgia, seja para tornar os tumores menores, facilitando a cirurgia, seja para ajudar a
destruir as células cancerosas no local do tumor.
Tratamento cirúrgico
Utilizamos a VATS - Video Assisted Thoracic Surgery - (cirurgia com vídeo) ou a cirurgia convencional
para o diagnóstico, estadiamento e tratamento do câncer do pulmão.
Nossos cirurgiões e radiologistas regularmente utilizam técnicas minimamente invasivas para punção ou
remoção de tumores pulmonares, tanto para a obtenção quanto para a confirmação do diagnóstico. Os
linfonodos do mediastino (próximos ao coração) podem também ser submetidos à biópsia para o correto
estadiamento do câncer de pulmão com a mesma técnica.
Quando o câncer é confirmado, poderão ser indicados os seguintes procedimentos:
 Ressecção “em cunha”: remoção do tumor e do tecido pulmonar ao redor dele
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 Segmentectomia: remoção do tumor e das estruturas anatômicas próximas
(vasos e brônquios), para um controle oncológico mais rigoroso, o que deve ser suficiente
para tumores bem pequenos e na periferia do pulmão.
 Lobectomia: remoção do lobo pulmonar que contém o tumor. Esta é a cirurgia
padrão para a maioria dos casos de câncer de pulmão.
 Pneumonectomia: retirada de todo um pulmão, indicada nos casos de doença
avançada, mas com boa reserva respiratória.
Em muitos casos, a cirurgia vídeoassistida permite a alta hospitalar bastante rápida - em dois ou quatro
dias - um tempo menor do que o praticado na cirurgia convencional, que é de quatro a seis dias.
Deformidades da Parede Torácica
A deformidade mais comumente encontrada na parede do tórax é o Pectus, caracterizado pelo
abaulamento (carinatum) ou retração (excavatum) do osso esterno, que divide o tórax ao meio.
A deformidade do tórax geralmente exige tratamento cirúrgico. A nossa equipe dispõe de métodos
minimamente invasivos que garantem o resultado, com menor agressão ao corpo.
A técnica de Nuss é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva utilizada para tratar o pectusexcavatum.
Envolve, basicamente, a colocação de uma barra na caixa torácica. A barra é girada, empurrando o
esterno e corrigindo a deformidade. A permanência da barra no tórax varia de acordo com o caso, sendo o
mínimo de um ano, geralmente chegando a três anos.
**Cardiovascular:
Tipos de cirurgias cardíacas:
- Válvulas
As válvulas são uma das principais partes do coração, e são várias. Se uma delas não funcionar direito,
elas podem ser trocadas ou reparadas. Entre elas estão a mitral, aórtica, tricúspide e a pulmonar. A
cirurgia de reparação de alguma dessas válvulas permite ao médico cirurgião cardiologista consertá-la
sem precisar substituí-la. Quando isso não é possível, ela deve ser substituída por uma válvula artificial,
ou prótese valvar, que podem ser de material biológico, como os de tecido animal, ou fabricadas a partir
da liga de metais.
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- Coronárias
Quando uma ou mais artérias coronárias ficam obstruídas é necessário proceder à cirurgia de
revascularização do miocárdio. Esse tipo de cirurgia consiste, basicamente, na utilização de enxertos
arteriais (mamária/ radial) ou de veia safena que melhoram o fluxo sanguíneo na área afetada.
Popularmente, esse tipo de cirurgia é conhecida como “pontes de safena”, a qual tem por objetivo evitar o
infarto e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
- Correção de doenças congênitas
As doenças congênitas do coração, ou as cardiopatias congênitas, são defeitos no coração que a pessoa
apresenta desde o nascimento. Elas podem ou não, necessitar de uma correção cirúrgica. Uma das
doenças congênitas mais comuns é a de “defeito do septo atrial”, que é uma abertura não convencional,
após o nascimento, em uma das paredes internas do coração. A cirurgia para corrigir este problema, visa
fechar esta abertura. Além “desta, existem outras como a “persistência do canal arterial”, “tetralogia de
Fallot”, atresia da válvula tricúspide”, entre outras.
- Marca-passo
A famosa cirurgia de marca-passo é a implantação de pequenos geradores de impulsos elétricos, que são
conduzidos por meio de eletrodos, até a parte interna do coração para auxiliar nos batimentos cardíacos.
Para saber como isso funciona, é preciso lembrar que dentro do coração existem células com propriedades
de gerar impulsos elétricos que são transmitidos compassadamente e são responsáveis pelas batidas do
coração. Quando esses impulsos começam a falhar, o coração fica descontrolado e a pessoa pode até
morrer. Por isso, é necessário colocar um marca-passo para corrigir o ritmo do coração. O marca-passo
cardíaco é um aparelho que vai comandar os batimentos cardíacos.
Transplante de coração
O transplante de coração, também chamado de transplante cardíaco, é caracterizado pela substituição do
coração por outro, vindo de outro indivíduo.
Como é feito um transplante de coração
O transplante de coração é feito por uma equipe médica especializada dentro de um hospital devidamente
equipado. Existem 2 tipos de transplante do coração, num deles o coração é totalmente removido e no seu
lugar é colocado o novo órgão e na outra técnica deixa-se parte do coração do indivíduo e por cima dele,
coloca-se o outro coração.
O transplante cardíaco demora horas e durante todo o período o indivíduo deverá estar sedado e
respirando com o auxílio de aparelhos. Após o transplante o indivíduo deverá permanecer internado no
hospital por cerca de 1 mês para recuperar-se e para evitar infecções.
**Digestório:
A Cirurgia gastrintestinal é a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma intervenção
manual ou instrumental no estômago e/ou no intestino uma vez que gastrintestinal é relativo a estômago e
ao intestino. As principais cirurgias são as gastrectomias, ostomia, hernioplastias, apendicectomias e
hemorroidectomia.
 
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PRINCIPAIS CIRURGIAS DO SISTEMA GASTRINTESTINAL
- Gastrectomia
Consiste na retirada total ou parcial do estômago resultando em consequências nutricionais, agudas ou
crônicas, perfeitamente prognosticáveis, mas nem sempre ponderadas na terapia pós-operatória. O
objetivo é rever as participações mecânicas e químicas do estômago no aproveitamento do nutriente
dietético, e as consequências nutricionais da gastrectomia.
Procedimento:
A via de acesso ao estômago pode ser feita através de videolaparoscopia (cirurgia realizada através de
pequenos orifícios com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos especiais) ou cirurgia aberta. A
primeira opção parece ser menos agressiva e permite uma recuperação mais rápida, mas a retirada de
gânglios normalmente não é tão minuciosa. O tratamento consiste na retirada cirúrgica total ou parcial do
estômago, de um avental de gordura preso ao estômago chamado “epiplon” ou “omento” e dos linfonodos
(gânglios linfáticos) ao seu redor. Estes linfonodos também são encontrados ao redor das artérias que
levam sangue até o estômago, fígado e baço. Como podem estar afetados pela doença, devem também ser
retirados (linfadenectomia radical D2). A extensão de estômago que precisa ser removida depende da
localização do tumor. Tumores no antro normalmente são tratados com retirada parcial do estômago
(gastrectomia parcial ou subtotal). Os de corpo, fundo e cárdia requerem a retirada completa do órgão
(gastrectomia total). Se houver invasão direta de outros órgãos ao redor do estômago (fígado, pâncreas e
baço, principalmente) é possível retirar a parte acometida destes órgãos “em bloco” com o estômago,
ainda oferecendo oportunidade de cura. Faz-se então uma emenda entre o que restou do estômago e o
intestino delgado (gastrectomia subtotal) ou entre o esôfago e o intestino delgado (gastrectomia total).
Após o término do procedimento, é colocado um dreno próximo à área em que foi feita a emenda e no
território onde os gânglios foram retirados. Opcionalmente, pode ser colocada uma sonda para
alimentação precoce. Esse procedimento dura em média de 3 a 4 horas.
Ostomias
A ostomia é obtida por meio de uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre um
órgão interno e o exterior com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo por impossibilidade de
fazê-lo pelas vias normais. A nova abertura que se cria com o exterior através da ostomia chama-se
"ostoma", que significa boca. Comumente, se conhece pelo nome de "ânus; contrário à natureza". As
ostomias que afetam o aparelho digestivo chamam-se ostomias digestivas e o conteúdo ou produto
eliminado para o exterior são as fezes. As ostomias urinárias são aquelas que afetam o aparelho urinário e
o conteúdo eliminado para o exterior é a urina. As ostomias podem ser permanentes ou temporárias.
Hernioplastia
As hérnias abdominais são classificadas de acordo com a sua localização e origem. Os tipos mais comuns
são as hérnias inguinais, as umbilicais, as epigástricas e as incisionais.
- Hérnia inguinal: As hérnias inguinais são hérnias que ocorrem na região da virilha, e correspondem a
75% de todas as hérnias abdominais. Este tipo de hérnia é 25 vezes mais comum em homens do que em
mulheres. O tratamento das hérnias inguinais é cirúrgico.
- Hérnia umbilical: A hérnia umbilical é causada por um defeito no fechamento da cicatriz umbilical,
que pode ser congênito ou adquirido durante a vida. Nas crianças, em geral a hérnia umbilical se fecha até
os dois anos, mas caso persista até os cinco anos, será necessário o tratamento cirúrgico. O exame
abdominal revela a presença de abaulamento umbilical, principalmente quando o paciente faz força com o
abdômen O tratamento é simples, e consiste na sutura do defeito umbilical.
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- Hérnia epigástrica: As hérnias epigástricas são as que acometem a linha mediana do abdome, tanto
acima (mais comum) quanto abaixo da cicatriz umbilical. Também se caracterizam por abaulamento da
região abdominal, e são tratadas com sutura do orifício herniário.
- Hérnia incisionai: As hérnias incisionais ocorremem locais do abdômen que já foram submetidos a
uma incisão cirúrgica, e são resultantes da cicatrização inadequada dessas incisões. Este tipo de hérnia
tem como característica apresentar altos índices de recidiva e de complicações. Os principais fatores que
levam ao desenvolvimento de hérnias incisionais são: a infecção da ferida cirúrgica no pós-operatório, a
obesidade, o tratamento com corticoides e quimioterapia, complicações respiratórias (tosse) no pós-
operatório, má nutrição e idade avançada. Nas hérnias incisionais pequenas, o tratamento pode ser
realizado apenas com a sutura simples do defeito da parede abdominal (herniorrafia). No entanto, nos
casos de grandes hérnias incisionais, há a necessidade de colocação de uma rede própria, que é
reabsorvida e serve para reforço da aponeurose. Nos pacientes obesos, a colocação da rede por via
laparoscópica (por dentro do abdômen) pode apresentar vantagens. A alta incidência dessa doença faz das
hernioplastias as operações mais comumente realizadas por cirurgiões gerais.
Apendicectomia
É a remoção cirúrgica de um apêndice inflamado ou infeccionado (apendicite). O apêndice é uma
pequena bolsa de tecido intestinal em formato de dedo localizado entre o intestino delgado (ceco) e o
intestino grosso (cólon). Se o apêndice estiver infeccionado (apendicite), deve ser removido
cirurgicamente, (apendicectomia de urgência) antes que apareça um buraco no apêndice (perfuração) e a
infecção se espalhe para o espaço abdominal inteiro (peritonite). Os sintomas da apendicite aguda
incluem dor abdominal no lado inferior direito, febre (temperatura elevada), diminuição do apetite
(anorexia) e náusea, vômitos. Mesmo que a cirurgia não encontre o apêndice infeccionado (o que pode
acontecer em até 25% dos casos) o médico verificará os outros órgãos abdominais e remover o apêndice
do mesmo jeito.
Procedimento: A cirurgia é realizada enquanto o paciente está em sono profundo (anestesia geral). Uma
pequena incisão é feita na parte inferior direita do abdome e o apêndice é removido. Se um foco de
infecção (abscesso) se formou ou se o apêndice estiver rompido, o abdome será inteiro lavado durante a
cirurgia e um pequeno tubo será deixado para ajudar a drenar os líquidos e o pus. O procedimento é
indicado nos casos de infecção ou inflamação do apêndice (apendicite aguda).
Cirurgia de refluxo – (Cardioplastia Hiatal)
Cirurgia de refluxo – (Cardioplastia Hiatal) - tratamento cirúrgico da hérnia de hiato e do refluxo
gastro-esofágico, feito por videolaparoscopia. É uma cirurgia muito praticada e deve ser feita com
esmero, para evitar recorrência de sintomas e necessidades de reoperações. 
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Peritonite
Peritonite é uma inflamação (irritação) do peritônio, o tecido fino que reveste a parede interna do
abdômen e cobre a maioria dos órgãos abdominais.
Causas - A peritonite é causada pelo acúmulo de sangue, fluidos corporais ou pus no abdômen (abscesso
intra-abdominal).
Veja os tipos específicos de peritonite:
 Peritonite espontânea
 Peritonite – secundária
Exames: O médico ou enfermeiro realizará um exame físico. Geralmente, o abdômen fica sensível. Pode
ficar firme ou como uma "tábua". Indivíduos com peritonite geralmente não deixam ninguém tocar a área.
Testes sanguíneos, raios x e tomografias computadorizadas podem ser realizados. Se houver muito fluido
na área da barriga, o médico poderá usar uma agulha para remover um pouco desse liquido e enviá-lo
para exames.
 
 Sintomas de Peritonite
A barriga (abdômen) fica muito dolorida ou sensível. A dor pode piorar quando a barriga é tocada ou
quando a pessoa se move.
A barriga pode ter aparência ou sensação de estar inchada. Isso se chama distensão abdominal.
Outros sintomas podem incluir:
 Febre e calafrios
 Líquido no abdômen
 Poucas fezes ou nenhuma passagem de fezes ou gases
 Fadiga excessiva
 Pouca urina
 Náusea e Vômitos
 Coração acelerado
 Falta de fôlego. 
**Urinário:
Nefrectomia- Definições
É a remoção cirúrgica de um rim• Retirada total ou parcial do rim.
Tipos de Nefrectomia:• Nefrectomia Parcial e Nefrectomia Radical. Nefrectomia Laparoscópica.
Indicações da Nefrectomia• Carcinoma renal. • Rim não funcional (que pode causar hipertensão arterial
sistêmica). • Rim pequeno congênito (quando o rim está inchado, causando pressão nos nervos, podendo
gerar dor nas costas). A Nefrectomia também é realizada quando alguém vai doar um rim para transplante
renal.
Nefrectomia Parcial- Remoção cirúrgica de uma parte do rim, tratamento ideal tendo em vista que é a
técnica que mais preserva a função renal. A nefrectomia parcial é uma operação escolhida em casos de:
anomalias congênitas, tumores benignos ou em alguns traumatismos que afetem um polo renal.
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Laparoscopia
Geralmente o paciente é internado e submetido à anestesia geral e, conforme a cirurgia pode deixar o
hospital no mesmo dia ou um pouco mais à frente. A laparoscopia consiste em que o médico faça uma
pequena incisão na região a ser examinada ou tratada, por onde introduz o laparoscópio (aparelho por
meio do qual irá visualizar e tratar a região abordada), que consiste em um fino tubo de fibras óticas,
através do qual pode visualizar os órgãos internos e fazer intervenções diagnósticas ou terapêuticas.
Outras pequenas incisões podem ser necessárias para introduzir os instrumentos cirúrgicos. Os
instrumentos usados no vídeo de laparoscopia são idênticos aos usados nas cirurgias tradicionais, só que
mais delicados. Se a cirurgia for no abdômen, uma certa quantidade de gás (dióxido de carbono) é
introduzida dentro da cavidade abdominal a fim de expandi-la e criar um campo de trabalho para se
realizar a cirurgia. Esta técnica tem a vantagem de ser minimamente invasiva e ocasionar, assim, um
menor trauma cirúrgico, menos sangramento intraoperatório, menor dor pós-operatória, recuperação pós-
cirúrgica mais rápida e retorno mais cedo às atividades habituais e ao trabalho, além de menores
cicatrizes. Ela reduz a taxa de infecções e a ocorrência de aderências pós-operatórias e também pode ser
utilizada em outros tipos de cirurgias, como em operações nas articulações (artroscopias), por exemplo,
principalmente em cirurgias no joelho. Além dessas, praticamente todas as cirurgias ginecológicas (cistos
de ovário, dilatação das trompas, torção de ovário, gravidez ectópica, etc.) e urológicas podem ser
realizadas por laparoscopia. A retirada e os prolapsos do útero, bem como a
cistocele (prolapso da bexiga – “queda da bexiga”) ou retocele (prolapso do reto) também podem ser
tratadas por laparoscopia.
CÁLCULO RENAL 
Os procedimentos cirúrgicos são várias técnicas cirúrgicas realizadas por via endoscópica, sem a
necessidade de incisões cirúrgicas. Estes procedimentos minimamente invasivos são realizados através
dos orifícios naturais do corpo. Para os cálculos ureterais realizamos a cirurgia através da introdução de
um endoscópio fino chamado ureteroscópio que é introduzido no ureter e o cálculo pode ser fragmentado
e removido com pinças especiais. 
Tratamento Cirúrgico do Câncer de Próstata
A prostatectomia radical é a cirurgia que visa a cura do câncer de próstata. Ela é realizada na maioria das
vezes se o tumor está contido na glândula. O principal tipo de cirurgia para o câncer de próstata é a
prostatectomia radical. Nesta cirurgia é realizada a retirada de toda a próstata, além de alguns dos tecidos
à sua volta, incluindo as vesículas seminais.
Prostatectomia Radical Retropúbica
Esta é a cirurgia realizada pela maioria dos cirurgiões. Este procedimento é feito com anestesia geral,
anestesia raquidiana ou peridural com sedação. Nesta técnica, o cirurgião faz uma incisão na pele na parte
inferior do abdômen, do umbigo até o osso púbico. Se, existe uma chance razoável, baseado nos
resultados do PSA, toque retale da biópsia, o cirurgião remove os linfonodos localizados em torno da
próstata. O cirurgião prestará especial atenção para os dois feixes de nervos minúsculos que correm a
cada lado da próstata, e que controlam as ereções. Mas, se o tumor se desenvolveu dentro ou muito perto
desses nervos, o cirurgião terá que removê-los. Se ambos são removidos, o paciente se torna impotente, o
que significa que vai precisar de ajuda (como medicamentos ou bombas) para ter ereções. Caso seja
necessária a remoção desses nervos em apenas um dos lados, ainda haverá uma pequena chance de o
paciente ter ereções. Se os nervos não foram afetados pela doença serão poupados, e dentro de alguns
meses a um ano após a cirurgia o paciente voltará a ter ereção. 
Após a cirurgia, é mantido um cateter no pênis, durante 1 - 2semanas, para drenar a bexiga. Quando o
cateter é retirado, o paciente volta a urinar normalmente.
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 Prostatectomia Radical Perineal
Nesta cirurgia, o cirurgião faz a incisão na pele entre o ânus e o escroto (períneo). Esta abordagem é
usada com menos frequência, porque não há como poupar os nervos, e os gânglios linfáticos não podem
ser removidos. No fim do ato cirúrgico um cateter é inserido no pênis para ajudar a drenar a bexiga. O
cateter geralmente permanece no local por 1 a 2 semanas, e após a remoção do mesmo o paciente volta a
urinar normalmente.
Tratamento Cirúrgico do Câncer de Bexiga
O objetivo da cirurgia é a remoção completa do tumor e dos gânglios linfáticos acometidos.
Cistectomia
A cistectomia parcial ou total é realizada para tumores de bexiga invasivos:
 Cistectomia Parcial - Se o tumor invadiu o músculo, mas não é pequeno e está localizado, pode
ser removido sem retirar toda a bexiga.
 Cistectomia Radical - Se o tumor é grande ou está localizado em várias áreas da bexiga é
realizada a cistectomia radical, que consiste na remoção de toda a bexiga e dos gânglios linfáticos.
Nos homens, a próstata também é removida. Nas mulheres, os ovários, trompas de Falópio, útero
e uma pequena parte da vagina são frequentemente removidos junto com a bexiga.
**Transplantes:
O transplante, também chamado de transplantação, é a transferência de células, tecidos e órgãos vivos
com a finalidade de restabelecer uma função perdida. Os transplantes mais realizados no mundo são os de
medula óssea, rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas. Podem ser também utilizados intestinos, córneas,
pele, osso, válvulas cardíacas e tendões. Atualmente, equipes médicas internacionais têm tido sucesso no
transplante de rostos e membros como mãos e pernas. Pacientes com insuficiência renal podem se
submeter ao procedimento como uma alternativa à diálise. Além disso, a doação pode ser feita por um
doador vivo, já que cada indivíduo tem dois rins, e a retirada de um não acarreta mudanças significativas
no organismo. A cirurgia envolve o enxerto do órgão, conexão dos vasos sanguíneos e do trato urinário
do receptor. O transplante de fígado é a única opção para indivíduos cujo órgão deixa de funcionar. Em
alguns casos, é possível enxertar apenas parte (entre 20% a 60%) do fígado retirado de um doador vivo.
Essa prática é mais comum quando o receptor é um bebê ou uma criança. Pela capacidade de regeneração
do órgão, casos bem-sucedidos mostram recuperação de até 90% do volume normal do fígado.
Procedimentos envolvendo o coração são indicados para pacientes que apresentam doenças cardíacas
graves e não podem ser tratados com medicamentos ou outras cirurgias. Em casos em que uma doença
pulmonar provocou lesão cardíaca, o transplante de ambos os órgãos é realizado de forma combinada. O
pulmão pode ser de um doador vivo (apenas um lado) ou falecido (os dois lados). Com o objetivo de
prevenir mais complicações decorrentes do diabetes, o transplante de pâncreas é realizado.
Inicialmente realizado para o tratamento da leucemia, e outras doenças do sangue, o transplante de
medula óssea atualmente beneficia pacientes com outros tipos de câncer que se submetem a
quimioterapias e radioterapias. Desta maneira, o líquido da medula é retirado antes do tratamento e
posteriormente injetado no corpo para a recuperação. A medula óssea também pode ser obtida de um
doador vivo compatível.
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Psicologia Aplicada
História da Psicologia
A primeira ciência que se conhece desde as épocas mais remotas é a filosofia. Esta ciência tem por
objetivo a reflexão, o questionamento, a crítica, a fim de obter da inteligência a sabedoria.
A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens na filosofia.
Tem-se afirmado que a psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com uma curta história, pois
os povos desdem a antiguidade sempre manifestaram a preocupação com os problemas da alma e da vida
humana. Vários pesquisadores afirmam que o primeiro manual de psicologia vem da Grécia (390 A.C.),
onde Aristóteles escreveu sobre a alma. É sua a tese de que o todo vem antes das partes e é, portanto,
mais que a somatória das suas partes. Outros filósofos e cientistas marcaram sua importância como Santo
Agostinho em 354 (método da auto-observação e o da descrição da experiência interior), John Looke
(papel das impressões sensoriais no desenvolvimento das experiências), etc.
No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-
se necessário para dar respostas e soluções práticas no campo da técnica industrial. O conhecimento
torna-se independente da fé, a racionalidade do homem aparece. A noção da verdade passa a contar com o
aval da ciência. Os problemas e temas da psicologia passam a serem investigados pela fisiologia e
neurofisiologia, pois era necessário compreender o funcionamento da máquina de pensar humana: o
cérebro.
A partir daí a psicologia passa a definir seus objetos de estudo, delimitar seu campo, formular métodos e
teorias.
PRINCIPAIS TEORIAS DO SECULO 20
Behaviorismo: Comportamento - afirma que a única fonte de dados sobre o ser humano era o seu
comportamento, o que as pessoas faziam e o que diziam. Esta concepção valorizou os experimentos com
animais, cujo comportamento mais simples facilita a investigação e possibilita conclusões transponíveis
para seres humanos. O condicionamento era a base para explicar toda a aprendizagem. O ambiente tinha
papel primordial na formação da personalidade.
Gestalt: Esta linha afirmava que as outras linhas tinham o indivíduo como um ser passivo. Para esta linha
o todo e mais do que a soma das partes.
Psicanálise: É a linha mais conhecida pelo público, apesar de não ser compreendida. Quem fundou
Esta linha foi um médico alemão chamado Sigmund Freud. Insatisfeito com os tratamentos para tratar
desordens mentais, passou a investigar as origens mentais dos comportamentos. Divulgou a motivação
para o comportamento, a importância da primeira infância na formação da personalidade, deu grande
ênfase à sexualidade do indivíduo o que gerou grande polêmica na época.
Esta abordagem explicou o comportamento humano de forma radicalmente diversa das demais. Pela
ausência de experimentação, costumam ser rejeitadas pelos cientistas de laboratório, mas o clínico tende a
apoiá-la.
Humanismo: É um movimento mais recente em psicologia. Enfatiza a necessidade de estudar o homem e
não os animais, os indivíduos normais psicologicamente e não os perturbados.
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Enquanto área de conhecimento, a psicologia está relacionada com os diferentes fatores de natureza
política, social, cultural e científica, pois para compreender o ser humano é necessário conhecer o meio
em que ele está inserido, sua problemática, valores, tradições e história. Não devemos esquecer o fato de
que o ser humano está em permanente movimento e transformação.
A psicologia está inserida nas mais diferentes áreas do saber como a médica, a educacional, a social,
lazer, segurança, trabalho, justiça, comunidade, comunicação, ambiente, etc. têm porobjetivo conhecer o
ser humano individualmente e em grupo visando encontrar meios para ele viver de forma equilibrada nas
mais diversas situações, desenvolver seus potenciais, prevenir possíveis problemas e auxiliando o
relacionamento humano.
Qual a importância da psicologia para as profissões?
a. Procurar entender as necessidades do indivíduo e sociedade e estratégias para supri-las e preveni-las,
b. Estudar o papel da inteligência emocional;
Orientar, selecionar e identificar métodos e técnicas para uma vida melhor,
a. Identificar distúrbios, falhas e procurar meios de saná-los ou amenizá-los.
b. Trabalhar relacionamento intrapessoal e interpessoal,
c. Identificar perfil, potencial, treiná-los e acompanhá-los
Relação da Psicologia com a Enfermagem
Há duas correntes na área da saúde que se deve conhecer para responder esta questão: a primeira que trata
o doente como um paciente passivo e vê a doença como um fator único que pode ser retirada com
medicamentos e procedimentos e a segunda corrente que percebe que além de apresentar sintomas da
doença, o paciente possui problemas sociais, econômicos, pessoais, psicológicos que se influenciam e que
contribui para o surgimento de novas doenças. Para melhor compreender a forma de agir, pensar e sentir
humano o aparelho psíquico foi dividido por Freud em sistemas e o conteúdo mental em níveis de
consciência, assim como procurou entender o papel dos sonhos em nossas vidas.
Psicologia do desenvolvimento: estágios do desenvolvimento físico
Para entendermos como a aprendizagem acontece no indivíduo, é necessário compreender como o ser
humano se desenvolve, é no trabalho como professor que você perceberá a cada momento a importância
deste conhecimento para todo o processo de ensino-aprendizagem. Esta área do conhecimento da
Psicologia estuda o desenvolvimento do ser humano, desde o seu nascimento até a fase adulta, em todos
os seus aspectos: físico, motor, intelectual, afetivo, emocional e social. Desde Rousseau, a criança não é
mais vista como um adulto em miniatura, ao contrário, a criança apresenta características próprias em
cada idade, e estudar o seu desenvolvimento significa conhecer essas características em cada faixa etária.
Quando passamos algum tempo sem ver nossos alunos, notamos seu crescimento e a mudança de sua
aparência, enquanto que os pais, estão envolvidos com seus filhos no dia-a-dia, acabam não percebendo
tais mudanças, resultantes principalmente da maturação física do organismo e que ocorre de forma lenta e
contínua. A maneira de a criança pensar, o seu comportamento, a sua convivência social, o conhecimento
dos conteúdos escolares são mudanças que também ocorrem, resultantes, em sua maior parte, da
construção da aprendizagem. É muito comum, nós adultos, exigirmos das crianças comportamentos e
respostas a determinadas situações impróprias para a sua faixa. Precisamos nos colocar no lugar da
criança e respeitar cada idade, porque, para cada fase de desenvolvimento infantil, existem padrões de
comportamentos apropriados.
O que uma criança faz em cada idade? Por que faz isso nessa idade? São questionamentos que
normalmente são feitos no contexto educacional, assim como no contexto familiar. Uma criança com três
ou quatro anos pode falar “consego” ao invés de consigo, de acordo com os padrões dos adultos. Essa
maneira de se expressar pode ser considerada imatura, isto é, o indivíduo é maduro na medida em que se
comporta adequadamente conforme sua faixa de desenvolvimento, entretanto, pode não ser imaturo de
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acordo com os padrões infantis. Um comportamento é maduro, na medida em que for igual ao
comportamento da grande parte das pessoas que têm a mesma idade. Por exemplo, dizer “Onde você
vamos?” aos três anos de idade é um comportamento maduro, pois a maioria das crianças dessa faixa
etária pode falar dessa maneira, enquanto que aos nove anos isso representa um comportamento imaturo.
De acordo com a nossa cultura, um menino de dezessete anos interage com os outros por meio de
empurrões e brincadeiras desagradáveis pode ser considerado um rapaz imaturo em termos de
desenvolvimento social, portanto, maturidade, em termos psicológicos, é o nível de desenvolvimento em
que a pessoa se encontra, em comparação com as outras da mesma idade, nos aspectos intelectual, social,
emocional e físico que devem estar intimamente relacionados e coordenados. O ser humano modifica o
seu comportamento de acordo com o crescimento do organismo, principalmente sob a influência de
fatores internos e externos.
FATORES INTERNOS: 
Maturação
A maturação é um fator interno importante que influi no desenvolvimento.
Este fator consiste nas mudanças do organismo, determinadas de dentro para fora, como por exemplo,
aumento de altura, tamanho dos órgãos, desenvolvimento de habilidades de correr e andar, que permitem
ao indivíduo comportamentos e um domínio do mundo que anteriormente não possuía. Um fato bem claro
que comprova isso é a possibilidade de descobertas de uma criança, quando ela começa a engatinhar,
andar e correr, em relação a quando, esta criança estava no berço com alguns dias de vida. Um
comportamento precisa, além da maturação interna, interagir com o meio para se desenvolver com
harmonia. Pais e professores deveriam aproveitar mais cada momento de aprendizagem e maturidade da
criança para incentivar e mediar.
Quando citamos a maturação, não estamos nos referindo apenas à maturação física, biológica, existem
outros tipos de maturidade que acontecem em decorrência do outro de forma sistêmica. Nenhum destes
aspectos da maturidade podem ser esquecidos pela escola, que pode e deve proporcionar oportunidades
para seu desenvolvimento como um todo.
Maturidade Social
Segundo Mouly (op, cit., p. i64), as características de uma pessoa considerada socialmente madura são: a)
Relativa liberdade com relação ao domínio de seus pais e colegas, e já não procura a segurança através da
dependência infantil, nem apresenta as explosões e a rebeldia do adolescente. b) Não apenas aceitação da
responsabilidade pelos seus atos e por sua pessoa, mas também pelos outros. c) Sensibilidade social, de
forma a poder integrar suas necessidades e ações com as necessidades e direitos dos outros, além de ser
capaz de comunicar-se de maneira eficiente para permitir harmonia e ação em situações sociais; d)
Capacidade de enfrentar várias situações, sem sacrificar seus valores básicos e padrões de conduta,
apenas para “ser aceito”. e) Ajustamento sexual, pois é motivado pelos aspectos morais do sexo, e não
apenas pelos aspectos biológicos, têm muitos amigos íntimos de ambos os sexos. f) Capacidade de
avaliação crítica das questões, a partir de seu efeito a longo prazo, sobre o grupo e sobre si mesmo, e não
de um ponto de vista egoísta. g) Capacidade de participação efetiva de relações sociais, mas também o
nível de participação compatível coma sua personalidade, seus recursos e suas necessidades, bem como
com as necessidades do grupo.
Maturidade Intelectual
Alguns psicólogos entraram em um acordo no que se refere aos aspectos do desenvolvimento mental,
veremos segundo Mouly (op, p.177-180):
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a) O desenvolvimento mental envolve a ampliação dos horizontes intelectuais, temporais e espaciais.
Com o desenvolvimento, o indivíduo torna-se sempre mais capaz de compreender e de pensar o passado,
o presente e o futuro, a criança pequena só tem condições de perceber e viver o presente, o ser adulto
pode perceber e, até certo ponto, viver o passado e o presente, sempre mais distantes. b) Quando ao
espaço, ocorre a mesma coisa, a criança só compreende o espaço mais próximo, desenvolvendo-se,
amplia mais a extensão desse espaço, até incluir nele o mundo e o universo. c) O desenvolvimento mental
envolve um aumento da capacidade para lidar com abstrações e símbolo. O exemplo mais característicodeste desenvolvimento é o da linguagem. Por volta de dois anos, a criança usa aproximadamente cento e
cinquenta palavras, aos sete anos pode utilizar aproximadamente duas mil e quinhentas palavras. Além da
ampliação do vocabulário, sua linguagem torna-se cada vez mais complexa e rica em possibilidades de
expressão. d) O desenvolvimento mental envolve uma capacidade de concentração por períodos mais
longos. Quanto mais nova a criança, menor sua capacidade de atenção e concentração em uma tarefa. Ela
se cansa facilmente e tende a mudar a atividade. O adulto, por sua vez, pode manter-se por muito tempo
em uma mesma atividade. e) O desenvolvimento mental envolve um declínio do devaneio e da fantasia.
Os sonhos e fantasias infantis não constituem fuga da realidade, mas são normais e necessários para o
desenvolvimento da criança. Na idade adulta, sonhos e fantasias exageradas podem ser sintoma de
problemas reais dos quais a pessoa está tentando fugir. Neste caso, sonhos e fantasias não contribuem
para que o indivíduo perceba e enfrente a realidade, mas para que a deturpe e fuja dela. f) O
desenvolvimento mental envolve o desenvolvimento da memória.
Muitos podem pensar que é na infância que a pessoa tem maiores possibilidades no campo da memória.
Entretanto, isso não é verdade, pois a linguagem, as experiências, as percepções e a compreensão infantil
estão longe de ter atingido seu desenvolvimento máximo, e portanto, de possibilitar uma memória
altamente desenvolvida. g) O desenvolvimento mental envolve um aumento da capacidade de raciocínio.
O raciocínio adulto será menos ingênuo e egocêntrico que o raciocínio infantil.
Maturidade Emocional
“Maturidade emocional quer dizer também capacidade de usar recursos emocionais a fim de obter
satisfação por coisas agradáveis; ser capaz de amar e de aceitar amor; experimentar cólera frente a
contrariedades que provocariam a ira em qualquer pessoa razoável, aceitar e compreender o significado
do medo que surge quando se enfrenta algo ameaçador, sem precisar usar falsa máscara de coragem,
alcançar e buscar o que a vida possa oferecer, ainda que isso signifique enfrentar a possibilidade de ganho
e de perda, de alegria ou de tristeza”.
Podemos dar um exemplo de maturidade do aluno para o aprendizado da escrita. Para que o aluno consiga
dominar a linguagem escrita e o ato de escrever é necessário, segundo algumas teorias, que ele tenha
atingido maturidade intelectual, que é a capacidade que o indivíduo tem de pensar e também, ou ainda, do
conhecimento que a pessoa tem de si mesmo e do mundo que o cerca. Aqui ele precisa compreender o
significado dos sinais gráficos. Já a maturidade física, que se refere ao crescimento orgânico, é
responsável pela manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo. No caso do aluno que está
aprendendo a escrever, deve ter condições de segurar o lápis e maneja-lo de maneira adequada. A
maturidade social é a maneira como esse aluno reage diante das situações que envolvem outras pessoas;
quanto mais ela cresce, mais aceita os outros e torna-se aceita, sendo capaz de interagir no grupo de
maneira satisfatória. A maturidade emocional é o modo particular como cada aluno integra as suas
experiências. É o sentir vergonha, medo, e a capacidade de se concentrar nas atividades que fazem parte
do aprendizado da escrita.
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Dentre os Fatores Externos destacamos:
Ambiente Social: O ambiente social em que a criança vive é um fator que influência em seu
comportamento; podemos incluir aqui a escola, a família, a classe e o grupo social ao qual a criança
pertence. O ambiente social em que a criança convive deverá proporcionar oportunidades para um
desenvolvimento sadio.
Alimentação: A alimentação é uma necessidade primária e, quando não saciada, pode interferir na
disponibilidade da pessoa para qualquer atividade. Uma criança com fome está menos disponível para
brincar, correr e, inclusive, para aprender, encontrando assim inúmeras dificuldades. Um dos aspectos
fundamentais a serem discutidos são os hábitos alimentares. Uma criança precisa de uma alimentação rica
e saudável para um bom desenvolvimento.
Fases do Desenvolvimento Humano: O desenvolvimento é um processo dinâmico do organismo, e não
há momentos de rupturas radicais, ou seja, vai-se completando em diferentes níveis de amadurecimento.
Crianças não podem se comportar como adultos, porque resultam de níveis de amadurecimento
diferentes. Sabendo que o desenvolvimento do ser humano é contínuo, alguns estudiosos dividiram esse
processo em etapas, com características próprias, a fim de facilitar o estudo. São elas: pré-natal, que
compreende a vida intra-uterina; a infância, que se estende do nascimento aos doze anos; a adolescência,
compreendida entre doze e vinte e um anos; a fase adulta, dos vinte e um aos sessenta e cinco anos, e a
velhice, após aos sessenta e cinco anos. Essa divisão foi baseada em diferentes critérios que se
estabelecem para concluir se um indivíduo ainda é criança, se já é adolescente, ou um adulto.
Desenvolvimento da Personalidade
Sigmund Freud – Fundador da psicanálise, nasceu em 06/05/1856 e faleceu em 23/09/1939. A construção
da personalidade ocupa um papel de suma importância para a psicanálise, que muito contribui para que
possamos compreender a afetividade do ser humano. Pesquisas mostram que o sujeito se desenvolve,
também em virtude do interjogo entre o sujeito e o ambiente, ou seja, é o resultado das operações,
cognitivo – afetivo, possuindo um caráter estrutural e outro energético, vindo da conduta do sujeito. Há
necessidade de haver uma integração entre os fatores do meio e os que o sujeito já possui. A
personalidade é o ponto pacífico para que haja a aprendizagem e o desenvolvimento, uma vez que ela
reúne os padrões individuais de reação e interação com os outros, reunindo o afetivo e o cognitivo. Freud
expressava, em suas primeiras obras, grande convicção de que o psiquismo do ser humano se estruturava
em Consciente; Pré-consciente e Inconsciente. Revendo mais tarde sua distinção, Freud apresentou do
que realmente se constrói o aparelho mental: Id, Ego e Superego.
ID: corresponde ao inconsciente, o qual segundo Freud é a parte primeira, à qual, temos menos acesso. 
Existem ali forças poderosas, nessas forças podemos incluir nossos impulsos sexuais. O id busca, sempre,
satisfação imediata e nunca leva em conta as circunstâncias, Freud deu o nome de princípio do prazer, a 
atuação do id.
EGO: é o que ele já denominava consciente. O ego representa a razão. É o mediador entre o “eu” e o 
“mundo externo”. O ego está sempre consciente da realidade, assim, Freud o chamou de princípio da 
realidade. Existe uma interação entre eles para que possamos manter o equilíbrio entre os impulsos do 
desejo e o que a realidade me exige como comportamento.
SUPEREGO: desenvolve-se cedo na infância, através de “regras” e “limites”, o superego surge como 
uma censura, determinado por autocontrole. Se por um lado o ego tenta mediar as paixões e os impulsos 
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do id, o superego inibiu por completo. São os instintos propulsores de toda a dinâmica de todo o 
comportamento humano, no sentido amplo de toda a atividade observável.
Motivação
Motivação (do Latim movere, mover) refere-se em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas à
condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras
palavras é o impulso interno que leva à ação. Assim a principal questão da psicologia da motivação é "porquê o
indivíduo se comporta da maneira como ele o faz?". "O estudo da motivação comporta a busca de princípios
(gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos e animais em determinadas situações
específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações". 
Motivação é um construto ese refere ao direcionamento momentâneo do pensamento, da atenção, da ação
a um objetivo visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e engloba
conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho, esperança entre outros. Já para
Stephen Robbins. a motivação é resultante da interação do indivíduo com a situação e seu nível varia
tanto de indivíduo para indivíduo, quanto em um mesmo indivíduo, em diferentes situações. Sua
definição foi dada como o processo que determina a intensidade, a direção e a persistência dos esforços
de uma pessoa para alcançar sua meta. Os indivíduos motivados permanecem na realização de suas
tarefas até atingirem seus objetivos.
Motivação intrínseca e motivação extrínseca
Outro conceito que influenciou o estudo da motivação foi a diferenciação entre motivação intrínseca e
extrínseca. Enquanto a primeira refere-se à motivação gerada por necessidades e motivos da pessoa, a
motivação extrínseca refere-se à motivação gerada por processos de reforço e punição (ver
condicionamento operante). No entanto é falso dizer que a motivação extrínseca é fruto da ação do
ambiente e a intrínseca da pessoa, porque, como se verá, a motivação é sempre fruto de uma interação
entre a pessoa e o ambiente. Importante também é observar que os dois tipos de motivação podem
aparecer mesclados, como, por exemplo, quando a pessoa estuda um tema que a interessa (motivação
intrínseca) e consegue com isso uma boa nota (reforço: motivação extrínseca)5 . Outro aspecto da relação
entre motivação intrínseca e reforço é o chamado efeito de superjustificação ou de corrupção da
motivação. Sob esse nome entende-se o fenômeno de que a motivação intrínseca do indivíduo em
determinadas situações diminui, em que ele é recompensado pelo comportamento apresentado. Em um
experimento clássico, Lepper e seus colaboradores (1973)6 dividiram um grupo de crianças em três
grupos menores: cada um dos grupos recebeu a tarefa de desenhar com canetas coloridas; o primeiro
grupo foi informado de que ganhariam um brinde de reconhecimento pelo trabalho, o segundo recebeu
um brinde surpresa, sem ter sido informado e o terceiro não recebeu nada. Os autores observaram que
todas as crianças desenharam com as canetas - atividade apreciada pelas crianças - mas as crianças a
quem havia sido prometido um brinde desenharam muito menos e com menos entusiasmo do que as
outras, o que os levou à conclusão de que a promessa de uma recompensa pelo trabalho diminuiu a
motivação intrínseca das crianças em fazer algo que elas gostam.
**Motivos de sobrevivência
"Diariamente nós realizamos atos que se situam no nível psico-biológico da nossa vida; atos que se
situam no nível psico-social; e atos que se situam no nível psico-espiritual. Nesses três níveis de nossa
vida o impulso de desenvolvimento global se expande e aí desencadeia nosso comportamento.
**No nível psico-biológico temos dois impulsos: o impulso de auto-conservação e o impulso sexual.
** No nível psico-social de nossa vida temos dois impulsos: o impulso de sociabilidade e o impulso de
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auto-afirmação.
** No nível psico-espiritual [...] também dois impulsos se manifestam: o impulso de cogitação do sentido
da existência (que Victor Frankl denomina vontade de significação) e o impulso de auto-transcedência".
BRAGHIROLLI (2001, p.91), baseada em Aragão e Edwards, apresenta três categorias de motivos:
A) Necessidades fisiológicas ou motivos de sobrevivência;
B) Necessidades de interação com outras pessoas ou motivos sociais;
C) E motivos de competência do Ego. Pesquisando uma contribuição da Psicologia Humanista, para
melhor entendermos a motivação, encontramo-la na Hierarquia de necessidade humanas, formulada por
Abraham Maslow (1908-1970). Para Maslow há cinco níveis de necessidades cujas primeiras são
basilares e imediatas, seguindo em ordem decrescente de urgência até a última, são elas:
(1º) fisiológica: comida, água, ar , sono e sexo;
(2º) de garantia: segurança, estabilidade, ordem, proteção e libertação do medo e da ansiedade;
(3º) de pertinência e de amor;
(4º) de estima dos outros e de si mesmo;
(5º) e de auto-realização.
Dado o exposto, a motivação se constitui como fator essencial para garantir a existência, sobretudo 
humana nos meios, natural e social, pois a importância ou nível de dedicação que, a pessoa humana, 
atribui a qualquer outra pessoa, ação ou coisa existentes neste meio, são consequências de sua motivação, 
que pode ser além de individual, social, mesclando-se aos demais processos de seu comportamento.
** Enfrentamento do Processo de Luto
As dificuldades de enfrentar uma perda e a Teoria do Apego
O impacto de uma perda pode ser considerado com base na Teoria do Apego proposta por Bowlby
(1985), essa teoria tem em sua base etiológica e psicanalítica a compreensão da importância do vínculo
inicial da criança com a mãe, considerando o comportamento do apego a partir das relações objetais.
Segundo Laplanche e Pontalis (1997), as relações objetais dizem respeito ao modo de relação do sujeito
com o seu mundo, resultante da organização da sua personalidade. De acordo com o autor referido, o
apego faz parte constituinte da personalidade do indivíduo e é influenciado por fatores como as
características maternas, características pessoais da criança e o meio no qual estão inseridos. O apego é
uma resposta de busca de proximidade e proteção, geralmente desencadeada pela necessidade de
sobrevivência da espécie. O comportamento característico do apego é a busca constante de proximidade
com o objeto de ligação, pelo estabelecimento de maior ou menor segurança, pela reação de protesto em
função da separação ou perda de algo e pela consequente busca de recuperação da figura de apego. É com
a interação dessas características que se estabelece um modelo operativo interno que determina o
sentimento de segurança e o sentido de valor pessoal do indivíduo (Bowlby,1985).
A soma das experiências infantis, das características de personalidade de cada indivíduo e do contexto de
vida definem, de certa forma, um padrão de apego às figuras de ligação ao longo da vida. Esse padrão
será o fundamento tanto para os sentimentos de conforto e segurança vividos nas relações posteriores,
quanto para as respostas à separação ou perda de algo. Os modelos internos de funcionamento de uma
criança tendem a se repetir durante toda a sua vida assim, a criança que tem em sua experiência um
modelo seguro de apego, terá mais facilidade e desenvolverá experiências positivas em relação ao mundo,
acreditando na possibilidade de satisfação das suas necessidades. Myers (1998, p.67), confirma: “o apego
é um poderoso impulso de sobrevivência que mantém os bebês ligados às pessoas que cuidam
dele”, ampliando essa ideia, considera que o apego consiste em uma pessoa proporcionar à outra uma
base segura na exploração do mundo, bem como um refúgio nos momentos de estresse. Conforme o autor
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citado, nossos apegos mudam gradativamente à medida que amadurecemos e pode-se dizer então, que há
uma relação entre a segurança do apego e a competência social, uma vez que as experiências infantis
podem influenciar em nosso desenvolvimento social. Dessa forma, embora geralmente a questão do
apego esteja relacionada à infância, é possível que esse conceito seja transposto para a vida adulta,
contribuindo para a compreensão dos fenômenos que ocorrem com os adultos, frente às perdas, bem
como às reações de luto manifestas, uma vez que o processo de luto constitui-se numa forma de reação à
perda e pode indicar uma grande variedade de processos psicológicos provocados pela perda do objeto
amado. Embora cada sujeito seja único e existem diferenças individuais na maneira como esses reagem às
perdas, considerando o que foi dito pelos autores já citados, podemos de certaforma considerar que
existem alguns sintomas que são muito comuns e que podem ser considerados como reações de luto
frente a perda:
- Necessidade de chorar e buscar o desejado para si.
- Necessidade de inibir ou controlar as manifestações do sofrimento, expressando o conflito entre a
necessidade de buscar e simultaneamente conter a expressão de pesar pela frustração da busca.
- Necessidade de reaprender as concepções básicas do mundo, alternando hábitos de pensamentos e
referenciais que fazem a ligação entre o indivíduo e o objeto perdido.
- Sentimentos de tristeza, de vazio, de solidão e desespero.
- Ansiedade, medo, impotência e isolamento.
- Sentimentos de culpa.
- Raiva e hostilidade.
- Agitação que se expressa por tensão, inquietação.
- Choro.
- Comportamentos de auto-reprovação, baixa autoestima, sensação de inadequação e frustração.
** Psicologia Anormal
Psicologia anormal é o ramo da psicologia que estuda padrões incomuns de emoção, comportamento e
pensamento. Incide sobre a interrupção ou a angústia que um comportamento problemático pode causar.
Se um comportamento de indivíduos atrapalha sua vida pessoal, profissional ou social, então esse tipo de
comportamento é considerado como um comportamento anormal que requer algum tipo de intervenção
em saúde mental. Se um comportamento de indivíduos atrapalha sua vida pessoal, profissional ou social,
então esse tipo de comportamento é considerado como um comportamento anormal que requer algum tipo
de intervenção em saúde mental. Perspectivas diferentes têm sido usadas em psicologia anormal. A
poucos psicólogos ou psiquiatras se concentrarem em uma única perspectiva, enquanto a maioria dos
outros usam elementos de várias áreas que ajuda a compreender e tratar distúrbio psicológico. Psicologia
anormal se manifesta como depressão, assim, a maioria dos seus sintomas reflete os experientes por
indivíduos deprimidos. Um indivíduo pode sofrer de vícios, transtornos alimentares, transtornos de
humor, transtornos de personalidade, distúrbios psicológicos, distúrbios sexuais e transtornos de
ansiedade, que são às vezes referidos como neuroses. Esses transtornos ainda são divididos em quatro
tipos, sendo o primeiro um transtorno de ansiedade generalizada. Esta condição é caracterizada por
ansiedade, apreensão, desamparo e paranoia. Transtorno do pânico é o próximo tipo e indivíduos com
esta condição frequentemente sofrem de ataques de pânico. Estes ataques de pânico vêm em forma de
ansiedade extrema e repentina e isso leva a se comportar de forma anormal. Em psiquiatria e em
psicologia prefere-se falar em transtornos ou perturbações ou disfunções ou distúrbios psíquicos e não
em doença; isso porque apenas poucos quadros clínicos mentais apresentam todas as características de
uma doença no sentido tradicional do termo - isto é, o conhecimento exato dos mecanismos envolvidos e
suas causas explícitas. O conceito de transtorno, ao contrário, implica um comportamento diferente,
desviante, "anormal". 
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Psicologia Hospitalar
Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do
adoecimento. Ela não trata apenas aquelas doenças com causas psicológicas classicamente denominadas
psico-somáticas, mas sim dos aspectos psicológicos existentes em toda e qualquer doença. A finalidade
da psicologia hospitalar é ajudar o paciente a atravessar a experiência do adoecimento. Geralmente a
doença chega como um susto, desarrumando a vida da pessoa e sacudindo sua subjetividade. E agora? O
que fazer? É aí que entra em cena o psicólogo se oferecendo para, com sua escuta, ajudar o paciente a
encontrar uma resposta para esta pergunta. Enquanto a medicina objetiva curar a doença, a psicologia
hospitalar busca reposicionar o sujeito em relação a sua doença. Para realizar seu trabalho de ajudar o
paciente a atravessar a experiência do adoecimento o psicólogo se vale de seu único e legítimo
instrumento de trabalho, a palavra. Sim o psicólogo só conversa, acontece que a conversa não é “só isso”,
é um “muito mais que isso”, aponta para “um além disso” contido nas palavras. A estratégia da psicologia
hospitalar pode ser resumida nesta magnífica frase de Freud: “...o trabalho clínico consiste em ajudar a
pessoa a reencontrar a magia das palavras” 
Objetivo:
 O objetivo principal do psicólogo hospitalar é auxiliar o paciente em seu processo de adoecimento,
visando à minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. Esse profissional deve prestar
assistência ao paciente, bem como seus familiares e a equipe de serviço, sendo que este deve levar em
consideração um leque amplo de atuações, tendo em vista a pluralidade das demandas. De acordo com a
definição do órgão que rege o exercício profissional do psicólogo no Brasil, o CFP (2003a), o psicólogo
especialista em Psicologia Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de
atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como: atendimento
psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psico profilaxia; atendimentos em ambulatório e
unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto
hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.
O psicólogo deve estar cônscio de seu papel na instituição hospitalar, visto que sua atuação não abrange
somente a hospitalização em si, em relação a patologia, mas, sobretudo, as sequelas e consequências
emocionais decorrentes do adoecimento. Nessa perspectiva o psicólogo deve atuar de modo preventivo,
evitando o agravamento do problema. Como o fato da psicologia hospitalar ser uma área que lida
diretamente com a subjetividade e sofrimento do outro, é essencial que o psicólogo entenda os limites de
sua atuação para não se tornar um dos elementos invasivos provenientes da hospitalização.
Embora o paciente esteja necessitando de atendimento é necessário balizar à vontade ou não paciente de
receber assistência, a vontade do sujeito deve ser respeitada. Assim, pode-se pensar em uma atuação que
respeita a condição humana e caminhe dentro dos princípios morais e éticos. A psicologia hospitalar não
deve se colocar no contexto hospitalar como uma força solitária. Deve, acima de tudo, colaborar com seus
objetivos para promover a humanização e a transformação social no ambiente hospitalar, sem ficar preso
somente as teorizações que isolam os conflitos mais amplos.
**Equipe de Trabalho: comunicação entre os membros da equipe, a liderança, a
flexibilização do papel do profissional de enfermagem.
A comunicação da equipe é fundamental, para o sucesso da conquista dos objetivos. Por meio da
comunicação as pessoas passam a se conhecer melhor, e automaticamente, a sentir umas às outras, o que
aumenta a compreensão e o equilíbrio de todos os participantes. A boa comunicação entre os membros da
equipe proporciona um melhor relacionamento e uma melhor interação de todo o grupo de trabalho,
fazendo com que as ideias, opiniões, sugestões, teorias, fluam rapidamente e possam ser divididos entre
os integrantes, de modo que possam ser aperfeiçoados e colocados em prática, quando necessário. A boa
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comunicação desperta a criatividade, a qualidade do trabalho e a produtividade, garantindo melhores
resultados e proporcionando um ambiente mais harmonioso e feliz.
O trabalho em equipe compensa para ambos, os funcionários que se sentem cada vez mais motivados e a
empresa que amplia sua produção, vendas e lucratividade. Mas para um bom trabalho em equipe, a
comunicação precisa ser simples, clara, objetiva e chegar a todos os membros da equipe com rapidez e
segurança. Para isso, todos devem ter consciência da importância do que falam e do modo como
transmitem a mensagem. Estar certo que estarão sempre falando a verdade, sendo sincerossocial das ações e serviços de saúde; por
utilizar sistemas de informação para o monitoramento e a tomada de decisões; por atuar de forma
intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas com diferentes segmentos sociais e institucionais, de
forma a intervir em situações que transcendem a especificidade do setor saúde e que têm efeitos
determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos- famílias- comunidade.
Agentes Comunitários de Saúde
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da Família. Nos
municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de transição para a Saúde
da Família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas por um
enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica de saúde.
Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em duas situações distintas em relação à rede
do SUS: a) ligados a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da Família; e
b) ligados a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe multiprofissional.
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Atualmente, encontram-se em atividade no país 204 mil ACS, estando presentes tanto em comunidades
rurais e periferias urbanas quanto em municípios altamente urbanizados e industrializados.
Desafios Institucionais
Como desafios institucionais para expandir e qualificar a atenção básica no contexto brasileiro destaca-se:
1 - A expansão e estruturação de uma rede unidades básicas de saúde que permitam a atuação das equipes
na proposta da saúde da família;
2 - A contínua revisão dos processos de trabalho das equipes de saúde da família com reforço as
estruturas gerenciais nos municípios e estados;
3 - A elaboração de protocolos assistenciais integrados (promoção, prevenção, recuperação e reabilitação)
dirigidos aos problemas mais frequentes do estado de saúde da população, com indicação da continuidade
da atenção, sob a lógica da regionalização, flexíveis em função dos contextos estaduais, municipais e
locais;
4 - Ações que visem o fortalecimento das estruturas gerenciais nos municípios e estados com vistas a:
programação da atenção básica, supervisão das equipes, supervisão dos municípios, supervisão regional,
uso das informações para a tomada de decisão;
5 - Revisão dos processos de formação. Educação em saúde com ênfase na educação permanente das
equipes, coordenações e gestores;
6 - A definição de mecanismos de financiamento que contribuam para a redução das desigualdades
regionais e para uma melhor proporcionalidade entre os três níveis de atenção;
7 - A institucionalização de processos de acompanhamento, monitoramento e avaliação da atenção básica;
8 - Ações articuladas com as instituições formadoras para promover mudanças na graduação e pós-
graduação dos profissionais de saúde, de modo a responder aos desafios postos pela expansão e
qualificação da atenção básica, incluindo aí a articulação com os demais níveis de atenção.
**Assistência Domiciliar
No Brasil foi instituído em 1988 o Sistema Único de Saúde (SUS), ao qual cabe identificar e divulgar
fatores condicionantes e determinantes da saúde; formular políticas de saúde destinadas a promover ações
e serviços de saúde; bem como assistir as pessoas por meio de ações de promoção, proteção e recuperação
da saúde.
Os valores que regem a assistência à saúde têm sido modificados e o SUS busca alternativas para
incrementar a qualidade desta assistência de acordo com as novas demandas. Com vista na assistência
integral à saúde da população, elaborou-se o Programa de Saúde da Família (PSF) que, atualmente, tem
sido denominado Estratégia de Saúde da Família (ESF), uma vez que não possui caráter programático, e
sim características estratégicas de mudança do padrão de atenção à saúde da população. As práticas da
ESF visam ter como foco do trabalho a família, assim como possuir ações de caráter preventivo sobre a
demanda. Dessa forma, constitui uma prática menos reducionista sobre a saúde, avançando para além da
simples intervenção médica, que busca a integração com a comunidade, numa atuação interdisciplinar dos
profissionais que compõem as equipes de saúde da família.
A ESF prevê a utilização da assistência domiciliar à saúde, em especial, a visita domiciliar, como forma
de instrumentalizar os profissionais para sua inserção e o conhecimento da realidade de vida da
população, bem como o estabelecimento de vínculos com a mesma; visando atender as diferentes
necessidades de saúde das pessoas, preocupando-se com a infraestrutura existente nas comunidades e o
atendimento à saúde das famílias.
O trabalho interprofissional na ESF assume fundamental importância para a abordagem da saúde da
família, em especial na assistência domiciliar à saúde, que envolve os profissionais e as pessoas/famílias
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atendidas. Sendo assim, a práticas da assistência domiciliar pelos profissionais da ESF devem ser
consideradas de modo a lhes revelar suas perspectivas, possibilitando uma reflexão acerca de sua prática
profissional na ESF. Deste modo, temos a questão norteadora do trabalho: como é realizada a assistência
domiciliar à saúde na ESF pelos profissionais de saúde?
Com base nesta questão os objetivos a serem atingidos foram: verificar como é realizada a assistência
domiciliar à saúde na U.S. da ESF; investigar quais são as categorias da atenção domiciliar à saúde mais
utilizada; averiguar como os profissionais de saúde compreendem a assistência domiciliar e identificar
como são trabalhados os diferentes contextos domiciliares. 
Atenção, assistência e visita domiciliar a saúde:
A atenção domiciliar à saúde constitui a modalidade geral da atenção à saúde prestada no domicílio,
sendo uma categoria genérica que engloba e representa o atendimento, a visita e a internação
domiciliares, cada qual com seus objetivos e características. Ela é considerada um componente
do continuum dos cuidados à saúde, pois os serviços de saúde são oferecidos ao indivíduo e sua família
em suas residências com o objetivo de promover, manter ou restaurar a saúde, maximizar o nível de
independência, minimizando os efeitos das incapacidades ou doenças, incluindo aquelas sem perspectiva
de cura.
A assistência domiciliar à saúde é uma categoria da atenção domiciliar à saúde que pode ser também
denominada atendimento ou cuidado domiciliar e baseia-se na plena interação do profissional com o
paciente, sua família e o cuidador, quando esse existe. Ela constitui um conjunto de atividades de caráter
ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio, e pode ser instrumentalizada pela
visita ou internação domiciliar.
A atenção domiciliar e a assistência domiciliar à saúde são atividades com diversos aspectos em comum,
mas diferenciam-se na prática. A atenção domiciliar à saúde diferencia-se por constituir uma modalidade
ampla que envolve as ações de promoção à saúde em sua totalidade, incluindo a prática de políticas
econômicas, sociais e de saúde, que influenciam o processo saúde-doença dos indivíduos, além de
envolver ações preventivas e assistenciais das outras categorias que engloba (atendimento, visita e
internação domiciliar). O atendimento domiciliar à saúde é uma categoria diretamente relacionada à
atuação profissional no domicílio, que pode ser operacionalizada por meio da visita e da internação
domiciliar, envolvendo, assim, atividades que vão da educação e prevenção à recuperação e manutenção
da saúde dos indivíduos e seus familiares no contexto de suas residências.
A visita domiciliar é uma categoria da atenção domiciliar à saúde que prioriza o diagnóstico da realidade
do indivíduo e as ações educativas. É um instrumento de intervenção fundamental na saúde da família e
na continuidade de qualquer forma de assistência e/ou atenção domiciliar à saúde,e que somente
transmitiram mensagem de apoio e crescimento mútuos.
As técnicas de comunicação envolvem:
Velocidade de centralização em tarefas simples e complexas.
Precisão em tarefas simples e complexas.
Saturação.
Satisfação dos membros da equipe.
LIDERANÇA
O cenário organizacional mudou as relações empresariais se modificaram com o passar dos anos. Sai à
figura do chefe, entra a do líder. Com isso, as relações se estreitaram e o trabalho em equipe se
fortaleceu. Ser facilitador e desenvolvedor de colaboradores são algumas das características que o atual
mercado exige do líder. Flexibilidade e comunicação, também são essenciais. “Fazer junto, ser admirado,
assumir riscos, puxar a equipe, ir junto, acelerar resultados, esses são alguns dos diferenciais do líder de
hoje”.
A liderança é o processo chave nas organizações, está presente em todos os níveis hierárquicos, e não
pode ser confundido com chefia, gerência ou direção. “Ser líder é uma capacitação, competências que
devem ser desenvolvidas, aprender a lidar com as diferentes situações no dia a dia, sejam elas de caráter
individual ou coletivo. É uma habilidade a ser trabalhada”.
Liderança e motivação! Podemos considerar que esse seja o lema das organizações no contexto atual. O
trabalho em equipe fortalece a organização e consequentemente favorece os resultados. Mas motivar uma
equipe não é tarefa fácil para quem não está preparado, pois em um determinado grupo podemos
encontrar colaboradores com perfis e objetivos, profissionais e de vida, distintos.
Deve se entender que se um membro não estiver na mesma sintonia que os demais, os projetos e objetivos
da organização correm grande risco de não serem concretizados. Cabe ao líder prever, diagnosticar e
resolver esse tipo de situação, pois cada colaborador funciona como uma célula na organização, fazendo
com que o organismo funcione como um todo. A liderança está ligada diretamente a incentivos, sejam
eles: motivacionais, financeiros ou de conquista de objetivos. O trabalho em equipe exige mais que
colaboradores especializados em determinadas funções, necessita de um líder que seja altamente
capacitado para gerir de forma sistêmica as equipes, ouvir e sentir as necessidades dos profissionais
alinhá-los a cultura organizacional, e dessa forma fortalecer as relações de colaboração e produção. Afinal
o Líder é aquele que faz junto, que puxa que motiva; que une seus colabores em busca de melhores
resultados.
“O líder tem que saber identificar os desejos e anseios de cada colaborador. Pode trabalhar a equipe como
um todo, mas deve sempre buscar potencializar as competências individuais e uni-las no alcance das
metas. Para isso, deve estar atento, tomar decisões coesas, procurar delegar de forma justa, acompanhar o
trabalho, motivar e apoiar o desenvolvimento e capacitação de cada um de seus liderados. Conseguindo
isso, ele terá resultados rápidos e extraordinários”.
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DEPRESSÃO
É uma doença afetiva causada por alterações químicas no cérebro, que afeta seus pensamentos,
sentimentos, saúde e comportamento. Pode ser causada por fatores biológicos e por fatores psicológicos.
É uma doença afetiva ou do humor.
A depressão ocorre quando um dos neurotransmissores químicos chamados serotonina (molécula
responsável pela transmissão de impulsos nervosos) que regula o humor, o sono, o apetite, a memória, a
agressividade, estão em desequilíbrio. O indivíduo apresenta sintomas de generalizar situações de forma
negativa.
Entre os fatores desencadeadores da depressão, estão: doenças físicas, medicamentos, drogas e álcool
genéticos e história familiar, personalidade. Percebe-se que uma pessoa está deprimida quando permanece
apática, tristonha, chorando por qualquer motivo, sem vontade de realizar alguma atividade, etc.
Psicologia – busca de causas e trabalho com as mesmas, ou auxílio para que a pessoa estabeleça objetivos
em sua vida, recuperando o entusiasmo em viver.
Entre os medicamentos estão:
a. Tranquilizantes – que acalmam os sintomas dolorosos, como angustia perturbações sexuais,
perturbações do apetite, do sono, etc. São os tratamentos de apoio ao tratamento antidepressivo.
b. Antidepressivos – ajudam a restaurar o equilíbrio das substâncias químicas no cérebro.
ESTRESSE
É um conjunto de sensações físicas e químicas do organismo, desencadeadas pelo cérebro, para tornar a
pessoa apta a enfrentar uma situação nova, que exige adaptação. O termo é utilizado para definir
diferentes sensações (nervoso, cansado, etc.). Nem sempre o estímulo que dispara o estresse é ruim
(paixão, emprego, etc.), provocando alterações no equilíbrio interno do organismo, situações essas que
precisam ser adaptadas. Se o indivíduo consegue lidar com o estímulo estressor, eliminando ou
aprendendo a lidar com a situação, o organismo volta ao equilíbrio, mas se o estímulo persistir sendo
entendido como estressor, irá haver uma evolução para sintomas maiores, mais graves e até doenças.
As causas variam de pessoa para pessoa, ou seja, saber até que ponto uma fonte de estresse afeta uma
pessoa é relativo e depende de seu modo de vida, sua classe social; ex. preocupações, contrariedade,
insatisfação no trabalho, demissão inesperada, problemas de relacionamento, etc.
Os sintomas também variam de pessoa para pessoa, e podem ser: irritabilidade, ansiedade excessiva,
insônia ou excesso de sono, dores de cabeça e nas costas, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de
concentração, perda ou excesso de apetite, falhas de memória, alterações repentinas no estado emocional
(agressividade), fobias, diminuição da criatividade, perda de interesse sexual, dificuldades de digestão,
maior vulnerabilidade ás doenças.
Consequências fisiológicas do excesso de estresse:
Males menores: taquicardia, gastrite, alergias e problemas respiratórios;
Males maiores: ataque cardíaco, derrame cerebral ou outros distúrbios fatais;
Consequências emocionais do excesso de estresse:
Aumento das tensões físicas e psicológicas;
Aumento da hipocondria;
Mudanças nos traços de personalidade;
Enfraquecem as restrições de ordem moral e emocional;
Depressão e sensação de desamparo;
Autoestima diminui de forma aguda.
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Tratamento: exercícios físicos, técnicas de autocontrole e relaxamento; alimentação equilibrada;
tratamento psicológico específico.
Prevenção: Aprender a administrar o tempo; juntar as pessoas agradáveis; praticar diariamente técnicas de
relaxamento; fazer algum tipo de exercício aeróbico; não permitir que o trabalho domine toda a sua vida
reduzir seu peso se este o incomoda mantendo-o num nível agradável; preservar suas liberdades pessoais;
encontrar tempo todos os dias para ficar sozinho e pensar; ter um ou mais passatempos relaxantes; abrir-
se a novas experiências, reduzir ou eliminar o hábito de ver tv.
SÍNDROME DE BURNOUT
Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e
mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e
mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional".
A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do
esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após
constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970. A dedicação exagerada à atividade profissional é uma
característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto
grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela
capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer termina quando
esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização
profissional se transformam em obstinação e compulsão1 ; o paciente nesta busca sofre, além deproblemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma patologia que
atinge membros da Segurança Pública, da Saúde Pública, setor bancário, Educação, Cartorários
e Tecnologia da informação.
ESTÁGIOS
São doze os estágios de Burnout:
 Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz
 Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do
dia (imediatismo);
 Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
 Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando
ocorrem as manifestações físicas;
 Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização:
lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
 Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou
com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais
evidentes;
 Recolhimento e aversão a reuniões (anti-socialização);
 Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom
humor);
 Despersonalização (evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc);
 Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
 Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
 E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso
físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência. 
SINTOMAS
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Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de
humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen
Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Berlim, parte
dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento
profissional. O professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de
Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de "Burnout" em ambientes
profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de
forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais
depressivos; a terceira desenvolve um transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já
foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional. Burnout é geralmente desenvolvida
como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para
recuperação. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos
estudiosos defendem que Burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e
ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial da depressão clínica
mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de
despersonalização). Trabalhadores da área de saúde são frequentemente propensos ao burnout. Cordes e
Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem frequentes
interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.
Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e
no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, mas com o
estudo intenso continuado com privação do lazer, de actividades lúdicas, ou de outro equivalente de
fruição hedónica. Talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com
altos níveis de stress ou consumição podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em
níveis normais de stress ou esforço. Profissionais de TI, policiais,Taxistas, bancários, controladores de
tráfego aéreo, engenheiros, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que
outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout(de acordo
com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos
níveis de burnout)
O "Burnout" em Enfermeiros
Os enfermeiros, pelas características do seu trabalho, estão também predispostos a desenvolver burnout.
Esses profissionais trabalham diretamente e intensamente com pessoas em sofrimento.
Particularmente os enfermeiros que trabalham em áreas como oncologia, a psiquiatria e a medicina,
muitas vezes se sentem esgotados pelo fato de continuamente darem muito de si próprios aos seus doentes
e, em troca, pelas características da doença, receberem muito pouco. Luís Sá (2006), num estudo
realizado com 257 enfermeiros de oncologia, verificou que estes profissionais se encontravam mais
desgastados emocionalmente quando comparados com enfermeiros de outras áreas. Um dos principais
fatores encontrados da origem do burnout, foi a falta de controle sobre o trabalho. Faz-se necessário,
ainda, acrescentar que nos territórios da Saúde, a Síndrome de Burnout adquire aspectos mais complexos
pelo fato de agregar valores oriundos dos sistemas de saúde que se alimentam de perspectivas utópicas
que interferem, diretamente, no trabalho do enfermeiro. Currículos, diretrizes, orientações e demais
processos burocráticos acabam por disseminar discussões que sempre acabam acumulando estresse nas
práticas profissionais e, consequentemente, envolve o enfermeiro e sua práxis. A sociedade, por sua vez
transfere responsabilidades extras ao enfermeiro, sobrecarregando-o e inculcando-lhe papéis que não
serão desempenhados com a competência necessária
Cada dia mais se agrega mais atividades para o enfermeiro nas instituições e os processos de qualidade
inserem cada vez mais itens a serem checados, também há a desvalorização salarial e a sobrecarga horária
a que são submetidos, fazendo com que os enfermeiros não respeitem individualmente um período de
repouso entre uma jornada e outra, acumulando empregos e chegando a trabalhar 36 e 48 horas
ininterruptas, com repousos de 1 a 2 horas no máximo entre as jornadas de 12 horas.
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NEUROSE
A neurose é um conjunto de conflitos, que conduzem a uma inibição das condutas sociais. É a
intermediária entre a normalidade e a psicose. A pessoa neurótica tenta superar seus conflitos e
ansiedades usando mecanismos inadequados. Ex. mania de limpeza, objetos que quando utilizados dão
sorte, etc.
A neurose se manifesta por muitos sintomas, onde os mais comuns são os seguintes:
Estado de Angustia – são momentos de inquietação, ansiedade na qual a pessoa fica em alerta psíquico
diante de uma ameaça indeterminada (algumas vezes não sabe explicar por que está sentindo tal
sensação).
Hipocondria – é uma doença imaginária, em que a pessoa numa solução de fuga, acha-se doente e torna-
se doente;
Histeria – envolve conflitos, onde a pessoa sem saída produz comportamentos descontrolados ou com
sintomas de doença (cegueira, paralisia, etc.).
Fobia – é um medo irracional, que substitui o medo real.
HABILIDADE INTERPESSOAL
É a habilidade de se relacionar consigo mesmo. Reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre é a chave
da inteligência emocional. A falta de habilidade de reconhecer nossos verdadeiros sentimentos deixa-nos
a mercê de nossas próprias emoções (resultado de como vemos e julgamos determinados fatos). Cada
emoção prepara o corpo para um determinado tipo de resposta. O autoconhecimento emocional é saber
reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre, conseguindo assim maior controle de nossas emoções
(seremos melhorespilotos de nossas vidas). Dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para
manter-se caminhando sempre em busca, para manter-se sempre no controle e para manter a mente
criativa na busca de soluções. As pessoas bem-sucedidas pessoal e profissionalmente agem usando as
emoções de forma inteligente, elas conseguem aliar inteligência emocional a inteligência racional. Sabem
colocar em pratica os conhecimentos que adquirem e se relacionam bem com todos.
Reconhecimento de emoções em outras pessoas. A empatia permite que reconheçamos as necessidades e
desejos dos outros, permitindo-lhe relacionamentos mais eficazes. A arte de relacionamento é a arte de
gerenciar sentimentos em outros. Esta habilidade é base de sustentação de popularidade, liderança e
eficiência pessoal.
“O homem vale-se de comunicação em todas as experiências de vida, de modo interpessoal ou dual, em
pequenos ou grandes grupos, até quando não está em uma dessas situações, se refletir um pouco
percebera que se encontra sob o impacto ou influência da comunicação”;
Assim, acreditamos que em todos os momentos de encontro entre dois ou mais seres há um momento de
interação e percepção. Nesse aspecto, o enfermeiro não pode fugir da comunicação, pois ele já comunica
algo com sua presença. O enfermeiro, precisa saber que é um elemento nuclear da equipe de saúde, na
qual o paciente se apoia na busca de informação, suporte emocional, satisfação de suas necessidades
básicas, tais como: segurança, higiene, conforto, etc. Diante disso, o profissional auxiliar técnico de
enfermagem deve trabalhar melhor as questões do conhecimento interpessoal e intrapessoal a fim de
desenvolver habilidades de comunicação que possa contribuir para o bem-estar dele e do paciente.
“A imagem é o sinal característico de nossa individualidade, e a impressão extrema do nosso eu. É através
dela que provocamos sentimentos diversos nas pessoas, é ela que determina a causa principal de nosso
sucesso ou e nosso insucesso”.
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O TRABALHO DE EQUIPE
Uma equipe de trabalho constitui-se de vários profissionais, cada um com o seu saber especifico, que
muitas vezes atendem individualmente sem a necessidade de obter informações de outros profissionais e
em outras situações há profissionais que trabalham em conjunto para a melhor solução de um problema.
Na área da saúde é de comprovada importância a utilização dessa segunda equipe para melhor entender o
paciente, sua doença e a forma mais eficiente de tratamento.
Equipes Pluridisciplinares: estudo do mesmo objeto por diferentes disciplinas sem que haja
convergência de conceitos e métodos. Na área da saúde, o paciente é atendido por deferentes especialistas
havendo pouco ou nenhuma troca de informação.
Equipes Transdisciplinares: trabalho coletivo que compartilha conceitos, teorias e abordagens para
tratar problemas em comum. A disciplina em si perde seu sentido e não há limites precisos na identidade
disciplinar. Esta equipe segundo os especialistas deverá ser a disciplina do futuro.
Equipes Interdisciplinares: há um nível de associação entre as disciplinas onde a cooperação entre elas
provoca intercâmbios reais, trazendo enriquecimentos mútuos. Ocorre um aprofundamento entre as
disciplinas que acaba ou criando uma outra disciplina ou transferindo o método de uma disciplina para
outra.
Equipes Multidisciplinares: nesse caso as várias disciplinas, os diversos profissionais trocam ideias e
informações sobre sua prática. Debatem pontos de vista e complementam os entendimentos sobre o
problema em questão. É extremamente difícil o trabalho em equipe. Trabalhar em harmonia e de forma
integrada com profissionais de formações diferentes, mesmo quando exige um objetivo em comum, é
muito complicado. Nem sempre conseguimos abrir mão de nossas vaidades profissionais ou encarar as
inseguranças que temos ao compartilhar com o grupo a nossa forma de atuar. É preciso ter habilidade
inter e intrapessoal para que o trabalho tenha bons resultados.
Se todos nos profissionais conseguíssemos superar suas limitações, teríamos um cotidiano criativo e
interessante, contribuindo assim para vencer as grandes dificuldades que a área da saúde enfrenta hoje no
Brasil.
Podemos dizer que trabalho em equipe é um conjunto de pessoas com habilidades complementares,
comprometidas umas com as outras pela missão em comum e com um plano de trabalho bem definido.
Reconhece-se a diversidade de conhecimentos e a importância de cada um, já que o paciente é visto como
um todo.
É importante que se defina com clareza para todos do grupo, os objetivos individuais e do grupo a ser
alcançados, a importância de se construir em conjunto um plano de trabalho e definir as responsabilidades
de cada membro; a avaliação constante dos processos e resultados; percepção de que o sucesso e o
fracasso de um é de todos; trabalhar as diferenças e conflitos e não eliminá-las; ouvir e considerar as
experiências de cada um. Os objetivos devem ser desafios para o grupo além de estímulos para seus
integrantes.
Fazer parte de um grupo e um grande desafio que passa pela mão de todos.
O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA SOCIEDADE
O que se observa hoje é um reflexo da forma como foi construindo-se a profissão de enfermagem.
Não é de se estranhar que o contingente de trabalhadores na área de enfermagem seja ainda feminino.
Outro fato observável é o grande número de auxiliares em relação a técnicos, já que se levando em conta
o valor diferenciado de salários, é possível a contratação de um maior número de auxiliares, pois são os
que recebem os menores salários. Alem disso, são se pode negar o fato de que em diversos serviços não
há uma clara diferenciação entre as atribuições do auxiliar e do técnico em enfermagem.
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O auxiliar de enfermagem de hoje, não pode ser imaginado como uma pessoa submissa, cumpridora de
escalas, alheio a todo o processo que envolve a doença, o paciente, o hospital, etc.
Mudou-se o olhar sobre a doença. Hoje se busca a saúde. Assim, o auxiliar de enfermagem também se
desloca de seu local tradicional, o hospital e se faz presente nas escolas, clubes, empresas, comunidades,
etc.
Dessa forma, pode-se dizer que houve uma flexibilização do papel do auxiliar de enfermagem, passando a
ser um ser crítico, consciente, capaz de refletir sobre os limites de sua ação e de intervir em prol do
cliente de acordo com os recursos existentes. Para isso, espera-se que ele seja uma pessoa crítica, atenta
as transformações do mundo moderno, já que conhecer a realidade em que está inserido é quesito
fundamental para que sua intervenção possa ser realmente eficaz.
Deve ainda perceber sua co-responsabilidade social a partir do papel que desempenha papel esse que não
se resume ao de um simples cuidador, mas de alguém que interage e modifica a realidade através de ações
de saúde. A sensibilização para o cuidado em saúde é uma das inúmeras preocupações que o professor /
educador tem tido com o graduando dos cursos de enfermagem. Cabe a nós, como educadores,
instrumentalizar tecnicamente o aluno para o desenvolvimento de sua habilidade manual, isso não quer
dizer, que a técnica em si torna o cuidado sensível (ESPIRIDIÃO &
MUNARI, 2004).
A utilização da saúde mental como tema transversal no currículo de Enfermagem já é realidade em
algumas escolas no Brasil, pois, apesar da saúde mental constantemente estar associada a práticas que só
se desenvolvem em ambientes considerados da psiquiatria, ela pode auxiliar o enfermeiro a desenvolver
durante sua prática assistencial uma atitude de responsabilização, preocupação e envolvimento afetivo
com o outro.O ser humano é um ser singular em um mundo plural que merece atenção e o enfermeiro
merece estar alerta para não cair na ilusão de que o cuidado está atrelado apenas ao corpo, esquecendo
que esse sujeito doente é possuidor de vontade, sentimentos e expectativas que não podem ser esquecidas
(MONTEIRO,2003).
Logicamente observamos alunos que desempenham suas atividades com um desvelo digno de apreciação,
outros são extremamente hábeis nas tarefas que lhe foram designadas, mas extrapolam para o meio
externo dos laboratórios de enfermagem atitudes de distanciamento do sujeito de sua ação, como se
estivessem cuidando do boneco no qual aprenderam as técnicas de enfermagem, como, por exemplo, no
caso da administração de medicamentos. Um braço mecânico não sente dor, não tem uma história de vida,
não tem pai, nem mãe. É apenas um artefato de ensino, recurso tecnológico imprescindível para o
desenvolvimento da habilidade manual.
Para nós a ideia de que o bom enfermeiro é aquele que com os anos de profissão passa a ser frio em suas
ações, como se nossa profissão para ser reconhecida deva perder sua humanidade, esquecendo o
sofrimento do outro é perversa. Essa atitude se dá segundo ROCHA et al (2003) quando esses agentes do
cuidar não se permitem fazer contato com suas sensações, seus sentimentos e emoções.
Deixando de lado as dores humanas, o aluno reproduz esse ciclo vicioso e histórico da frieza e distância
do enfermeiro, esquece da necessidade de acolher e escutar, da necessidade de aprender a lidar com
emoções que são suas, mas, que também são do outro. Quando nos deparamos com essa afirmação, nos
perguntamos. Que cuidado é esse? Que ignora o sofrimento de estar doente, a dúvida de não saber o que
se tem, a espera pela consulta médica ou pela visita que não chega; o odor da ferida, que mostra à pessoa
doente o quanto o nosso corpo é vulnerável. Onde está o cuidado em instalar uma punção venosa sem ao
menos dizer o próprio nome, identificando-se como profissional.
Todos esses afetam, a nosso ver a credibilidade do nosso fazer cotidiano, não desmerecendo a
necessidade da competência técnica, mas apenas fazendo um alerta para a competência do olhar amoroso
em direção ao outro.
A incursão por uma disciplina extremamente técnica como a intitulada em nosso curso de
Enfermagem – Bases técnicas da assistência de Enfermagem e, em outras escolas de enfermagem, como
Cuidados de acesso ao homem, fundamentos de enfermagem, entre outros; fez-nos lançar um olhar
amoroso em relação ao tema. Nossa formação em saúde mental nos ensina, diariamente que não devemos
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ignorar a dor do outro, nem suas dificuldades, ou diferenças no agir e no pensar. Em contrapartida,
observamos e vivenciamos o quanto essas atitudes tão caras à saúde mental em alguns momentos são
deixadas de lado por outras áreas consideradas ‘mais técnicas’. O contato com uma disciplina em que,
geralmente, a habilidade manual é valorizada em detrimento da necessidade de acolher o outro, (sujeito
de nosso cuidado), nos fez desenvolver algumas estratégias de ensino de técnicas de enfermagem
utilizando ferramentas teóricas e metodológicas da saúde mental.
Durante a discussão da estratégia destacamos algumas questões que foram levantadas pelos alunos, entre
elas;
a. a necessidade do respeito ao outro;
b. a humanização do atendimento;
c. a falta de preparo do enfermeiro para esse tipo de situação;
d. a utilização do termo ‘pacote’ como impessoal desrespeitoso e depreciativo;
e. o vínculo com o paciente;
f. a necessidade ou não de ser mais ‘frio’ nesse tipo de situação;
g. a dúvida se o enfermeiro está pronto para dar a notícia do óbito à família.
São questões que apontam para um caminho que os docentes da área devem considerar quando
construírem seus planos de ensino. Outras estratégias foram criadas por nós para essa disciplina,
considerando sempre que o aluno é fundamental nessa construção e que o aprendizado técnico científico
também deve ser sensível. Sensível aos sentidos, ao outro, a profissão, à aprendizagem e principalmente a
si mesmo.
O TÉCNICO DE ENFERMAGEM E A PACIENTE
De toda a equipe de saúde envolvida, é o técnico de enfermagem quem executa a maior parte das tarefas
com o paciente. O corpo do paciente é o objeto de atenção, a quem cabe a tarefa de cuidado diária. A
enfermagem detém a permissão social e cultural para tocar o corpo do outro, podendo desnudar, limpar,
amarrar, banhar, secar, alimentar, injetar, raspar, vestir e nesse momento, mesmo que não se aperceba
disso, expressa seu sistema de valores, consequência de sua cultura, da realidade do mundo ao qual faz
parte. Assim, também é o corpo. A ideia que temos de corpo também foi sendo construída a partir dos
valores a ele atribuídos. Ele não é experimentado, entendido de modo igual para todos os indivíduos. A
percepção que temos do corpo é resultado da nossa cultura específica. Ele é, na verdade, uma
simbolização, ou seja, o corpo é uma representação dos nossos conceitos de pessoa, sexualidade, dentre
outros. A experiência corporal não é universal. O corpo não fala por si próprio, a cultura vai deixando
marcas e atribuindo significados que não são eternos. O cuidado do corpo por parte do pessoal de
enfermagem inclui uma manipulação do outro mediante procedimentos e técnicas do ato de cuidar. Além
dos sentidos usa-se também a intuição, a percepção, a sensibilidade criando uma linguagem corporal
própria, na qual pela forma de tocar, olhar, cuidar, são expressos valores, conceitos, receios, preconceitos,
temores, etc. Tomar consciência dos próprios temores, preconceitos, duvidas e limites em relação ao seu
próprio corpo e ao do paciente e fundamental para que se estabeleça uma relação na qual esse corpo se
personifique, ganhe uma identidade, deixe de ser apenas um objeto que precisa de cuidados para pertencer
a uma pessoa que tem também seus próprios preconceitos, duvidas, timidez e vergonha, principalmente
no memento de um contato mais íntimo. Devemos tentar naturalizar a situação hospitalar. Do mesmo
modo que um bebe é amamentado, a alimentação não é a única necessidade que se está sendo atendida,
mas também através desse contato, o bebe sente-se acariciado, protegido, desenvolvendo, a partir daí, um
sentimento de confiança, etc. Desse modo, no ato de prover as necessidades físicas do indivíduo,
promovendo o cuidado com o corpo, algo além do próprio cuidado está em jogo. É possível estabelecer
uma relação de solidariedade, percebendo as dificuldades, duvidas e temores do paciente. Há muita
insegurança por parte do paciente, no mento da hospitalização e na própria experiência da doença. Muitas
vezes a pessoa não sabe ao certo o que vai lhe acontecer. A ansiedade faz-se presente, principalmente em
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procedimentos cirúrgicos que representam ameaça à integridade corporal ou que comprometam a
autonomia da pessoa, como nos casos de colostomia, mastectomia e amputações. É importante
compreender que não e simplesmente um simples membro que vai ser extirpado em troca de melhor
prognostico, mas sim uma parte da pessoa que tem uma função e significados específicos. Tal medida
requeira um aprendizado para se conviver com a nova situação. Assim, é mais aconselhável tentar
entender a sua tristeza e estar disposto a escutá-lo, em vez de tentar reanimá-lo. É compreensível um certo
desconforto, uma certa estranheza e, muitas vezes, para negar essas sensações, se mantem uma distância
emocional em relação aos pacientes, por meio de uma padronização dos mesmos, que são vistos como
iguais, no pior sentido que isso possa ter, no que se refere a perda da identidade.
Todos nos sentimos medo, vergonha, culpa, tristeza, alegria, amor, etc. Nem tudo pode ser explicado pela
razão. Sentimentos são para ser sentidos, experimentados, respeitados, para aprendermos a lidar com eles
e deforma que possamos nos conhecer e viver melhor. Um auxiliar de enfermagem sensível, bom
observador, conhecedor de suas próprias emoções, limites e possibilidades tem maior chance de maior
atuação junto aos clientes. É importante perceber que cada paciente é único, apesar das tarefas executas
serem as mesmas.Isso entendido pode ser um facilitador para ambas as partes, propiciando ao paciente
um tratamento mais humanizado e ao profissional um melhor desempenho.
MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade médica caracterizada pela atenção
integral à saúde e por levar em consideração a inserção do paciente na família e na comunidade. No
Brasil, foi reconhecida pelo Ministério da Educação, por intermédio da Comissão Nacional de Residência
Médica em 1981, com o nome de Medicina Geral Comunitária. Mas, desde 1976, tinha programas de
formação específica em Porto Alegre (Murialdo), Rio de Janeiro(UERJ) e Recife (UFPE).
Em 2002 ganha nova nomenclatura por intermédio de uma resolução conjunta do Conselho Federal de
Medicina, Associação Médica Brasileira e Comissão Nacional de Residência Médica em proposta da
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) apesar da resistência corporativista
de algumas áreas.
Características: O médico de família e comunidade é, por excelência, um médico de Atenção Primária à
Saúde, ou seja, deve ter um vínculo com seus pacientes antes mesmo deles adoecerem, e quando esses
sentirem algo deve ser o primeiro médico a ser consultado. Dessa forma, nessa especialidade os médicos
estão em uma posição privilegiada para fazer promoção de saúde, prevenção de doenças, diagnóstico
precoce, e mesmo o tratamento de doenças que façam parte de sua capacidade clínica — na MFC não
existe dicotomia entre prevenção e cura. A visita domiciliar (ou domiciliária) é parte importante
da semiologia para os médicos de família e comunidade, mas as consultas são realizadas prioritariamente
no consultório médico, a não ser em contextos específicos como o dos pacientes acamados. Outro recurso
importante é o conhecimento da comunidade em que paciente habita, o que engloba desde infra-
estrutura até valores culturais; esse aspecto é mais importante na Estratégia Saúde da Família (conhecido
até 2005 como Programa de Saúde da Família ou PSF). O médico de família e comunidade atende a
pessoas de todas as idades e ambos gêneros, de maneira continuada e integral, trabalha em equipe
interdisciplinar. Segundo a literatura mundial este profissional é resolutivo em 80 a 90% das questões que
demandam assistência `a saúde. Esta especialidade resgata a relação médico-paciente prejudicada pela
grande fragmentação decorrente da ultra-especialização da medicina. A Estratégia de Saúde da Família
inciou-se pelo setor público (SUS) e posteriormente foi adotada também no setor privado, sendo a Caixa
de Assistência as Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) a primeira empresa do país a implantar este
modelo com excelentes resultados na condição de saúde das pessoas que utilizam estes serviços, em
consequência obteve-se redução de custos e aumento da satisfação de seus associados. 
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ESTIGMA SOCIAL
Estigma social é uma forte desaprovação de características ou crenças pessoais, que vão contra normas
culturais. Estigmas sociais frequentemente levam à marginalização.
Caracterização: Exemplos de estigmas sociais históricos ou existentes podem ser deficiências
físicas ou mentais, ilegitimidade, homossexualidade, filiação a uma nacionalidade, religião (ou falta de
religião ouetnicidade específicas, tais como ser judeu, negro ou cigano. Outrossim,
a criminalidade carrega um forte estigma social. O estigma pode se apresentar em três formas,
segundo Erving Goffman: as deformações físicas (deficiências motoras, auditivas, visuais, desfigurações
do rosto etc.); características e alguns desvios de comportamento (distúrbios mentais, vícios,
toxicodependências, sexualidade, reclusão prisional etc.); e estigmas tribais (relacionados com a pertença
a uma raça, nação ou religião). Embora as características sociais específicas que se tornaram
estigmatizadas possam variar através do tempo e espaço, as três formas básicas de estigma (deformidade
física, características pessoais e status tribal desviante) são encontrados na maioria das culturas e épocas,
levando alguns psicólogos a teorizar que a tendência para estigmatizar possa ter raízes evolucionárias. Há
também, estigmas de comportamento que definem e limitam aspetos da vida cotidiana. Por exemplo: a
cor rosa no vestuário apenas para mulheres e o futebol como esporte de homens. Esses estigmas são
associados a outros, como por exemplo: roupas largas são para homens e justas são para mulheres -
pessoas que desobedecem esta norma são consideradas homossexuais. Apesar de esses estigmas
enfraquecerem com o tempo, eles permanecem ativos até que um grande choque cultural os derrube.
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Enfermagem Obstétrica e
Ginecologia
A ginecologia literalmente significa "a ciência da mulher", mas na medicina é a especialidade que trata de
doenças do sistema reprodutor feminino, útero, vagina e ovários. 
É o conjunto de técnicas e conhecimentos empregados no cuidado de gestantes, parturientes, recém-
nascidos e seus familiares. O objetivo é garantir a normalidade no nascimento das crianças e a qualidade
de vida da mulher. 
O obstetra é o médico especializado em acompanhar a gravidez e realizar os partos. Durante a gravidez a
presença do obstetra é importante pois é ele quem faz o pré-natal solicitando os exames necessários para
avaliar a saúde da mulher e do bebê. Obstetrizes atendem às gestantes e, depois, às mães e aos recém-
nascidos, durante o período neonatal – os primeiros 28 dias de vida. Atuam em postos e unidades básicas
de saúde, hospitais, maternidades, casas de parto e clínicas, tanto do setor privado como do público. Estes
profissionais estão habilitados a realizar parto normal com uma equipe médica ou mesmo sozinhos.
O QUE VOCE PODE FAZER;
Acompanhamento no pós-parto: Verificar a recuperação da parturiente durante o primeiro mês após o
parto. Orientar sobre amamentação, métodos contraceptivos, adaptação da criança e planejamento
familiar.
Apoio familiar: Orientar maridos e familiares sobre a importância da divisão de responsabilidades, as
dificuldades que a gestante possa passar e como lidar com o bebê nos primeiros dias de vida.
Atendimento a recém-nascidos: Acompanhar o bebê durante o período neonatal, para verificar
alimentação, estatura, peso e eventuais problemas de saúde.
Partos: Realizar partos normais em domicílio, clínicas e hospitais, sozinho ou com a equipe médica.
Pré-natal: Acompanhar e orientar física e emocionalmente a gestante durante toda a gravidez, realizar
procedimentos de consultório, como a medição da pressão arterial, e solicitar exames para verificar as
condições da mãe e do bebê.
Saúde da mulher: Preparar a paciente para exames ginecológicos em laboratórios de análises clínicas.
Planejamento Familiar
Planejamento familiar é o controle do número de filhos e intervalos entre gestações. Tem o objetivo de
garantir o bem-estar da criança e do casal, pois podem escolher o momento propício para a chegada dos
filhos. Para casais que não conseguem ter filhos, o ideal é se programar para métodos como a fertilização
in vitro, a inseminação artificial ou a adoção de crianças.
Esse planejamento, entre outras coisas, é importante para aproveitar melhor esse momento tão especial
que é conceber uma nova vida. É preciso estar bem preparado para assumir tamanha responsabilidade. O
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planejamento familiar, o pré-natal, o parto e o controle de doenças sexualmente transmissíveis pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) é direito de todo cidadão segundo a lei N°9263 de 12 de janeiro de 1996.
Prever as futuras despesas que terão com os filhos faz parte do planejamento familiar. Esses gastos vão
desde o pré-natal até a educação escolar da criança. É por esta razão que muitos casais têm postergado a
chegada do primeiro filho, preferem ter plenas condições de criá-lo e é por isso também que o número de
filhos por casal tem diminuído nosúltimos tempos. Nos anos 70 os casais tinham em média 5 filhos, hoje
essa média caiu para 2.
A falta de planejamento pode gerar problemas sociais, pois pessoas sem condições de criar os filhos
muitas vezes recorrem às instituições de adoção, ao aborto, ou simplesmente os abandonam nas ruas.
Famílias muito pobres acabam ficando ainda mais pobres quando tem muitos filhos, não tendo o que
comer e nem o que vestir. A taxa de natalidade nas classes menos favorecidas é consideravelmente maior
e é causada pela falta de prevenção e informação. A educação também é um dos fatores. Uma mulher
com curso superior tem em média dois filhos, enquanto uma analfabeta tem em média cinco. Pesquisas
mostram que, quanto menor o tempo de estudo da mulher mais filhos ela tende a ter. Esses fatores são
agravantes da desigualdade social. 
O governo tem tomado providências quanto ao controle de natalidade, disponibilizando métodos
anticoncepcionais gratuitamente nos postos de saúde, mas essas providências não têm sido suficientes e a
taxa de natalidade continua alta.
O planejamento familiar não deve ser privilégio de classes sociais mais altas, mas sim de todas as
pessoas, basta que tenham informação e conscientização da importância desse ato.
A atuação dos profissionais de saúde na assistência à anticoncepção envolve, necessariamente, três tipos 
de atividades:
 Atividades educativas
 Aconselhamento
 Atividades clínicas
Escolha dos métodos anticoncepcionais
A assistência em anticoncepção pressupõe a oferta de todas as alternativas de métodos anticoncepcionais
aprovadas pelo Ministério da Saúde, bem como o conhecimento de suas indicações, contra-indicações e
implicações de uso, garantindo à mulher, ao homem ou ao casal os elementos necessários para a opção
livre e consciente do método que a eles melhor se adapte. Pressupõe, ainda, o devido acompanhamento
clínico-ginecológico à usuária, independentemente do método escolhido.
Na decisão sobre o método anticoncepcional a ser usado devem ser levados em consideração os seguintes
aspectos: *A escolha da mulher, do homem ou do casal *Características dos métodos *Fatores
individuais e situacionais relacionados aos usuários do método
Características dos métodos:
Eficácia.
Efeitos secundários.
Aceitabilidade.
Disponibilidade.
Facilidade de uso.
Reversibilidade.
Proteção à Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e infecção pelo HIV.
Fatores individuais relacionados aos usuários do método
Condições econômicas.
Estado de saúde.
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Características da personalidade da mulher e/ou do homem.
Fase da vida.
Padrão de comportamento sexual.
Aspirações reprodutivas.
Fatores outros, como medo, dúvidas e vergonha.
Exame Ginecológico
Podemos dividir a realização do exame preventivo feminino ou popularmente conhecido 
como papanicolau em três momentos distintos. Para fins didáticos, vamos considerar uma consulta 
ginecológica tradicional e supor que seja a primeira da paciente.
Primeira parte – anamnese: conhecendo a paciente
Em um primeiro momento, o profissional receberá a paciente e conversará com ela, colhendo dados
sobre sua vida pessoal, que inclui histórico de doenças, cirurgias realizadas, vida sexual (muito
importante para futuros diagnósticos e tratamentos), hábitos de vida, entre outros.
Durante esta pequena entrevista, o profissional identifica sinais e sintomas que mais tarde vão se unir
ao exame físico e ginecológico para estabelecer o diagnóstico e tratamento, caso haja necessidade. É
importante que a paciente relate com clareza e sem omitir detalhes: o que sente, o motivo que a levou a
procurar o médico, etc, lembrando-se do princípio sigilo, ou seja, tudo o que for dito para o profissional
da saúde, permanecerá sob sua guarda.
Devido a isso, se a mulher decidir levar consigo um acompanhante, precisa ter total liberdade para tratar
de assuntos particulares e muitas vezes íntimos com o profissional da saúde. Isso pode fazer toda a
diferença para o resultado final da consulta.
 
Segunda parte – exame físico e ginecológico: avaliando a saúde física da paciente
Em um segundo momento, o profissional convidará a paciente para se preparar para o exame físico. Esta
fase do exame pode ser feita pela paciente sozinha ou com auxílio de uma auxiliar 
A paciente é convidada retirar sua roupa, incluindo traje íntimo. Diferente de uma consulta com o clínico
geral, onde o exame físico pode ser feito com o paciente vestido, na clínica ginecológica é necessário tal
rotina para que o sistema reprodutor feminino possa ser inspecionado. Continuando, a paciente veste-
se com traje apropriado: roupão ou camisola com abertura frontal. Trata-se de vestimentas esterilizadas,
mesmo que parcialmente.
Logo em seguida, a paciente é convidada à sala de exames onde é colocada em uma maca especial,
articulada com perneiras. O profissional irá iniciar o exame com uma anamnese completa), seguida
de inspeção das mamas, na posição sentada e deitada em busca de nódulos mamários.
O próximo passo é a inspeção do trato geniturinário baixo, utilizando as perneiras, onde a vulva (parte
externa do sistema genital feminino) é inspecionado em busca de lesões e/ou feridas, seguido das
glândulas de Bartolini e de Cowper. Após está análise, inspeciona-se a parede do canal vaginal,
observando coloração, presença de focos de inflamação, feridas e lesões. Em casos específicos, também é
possível avaliar a textura do ovário e da parede posterior da vagina através de toque retal, semelhante ao
que é feito durante o exame de próstata no homem (em desuso por advento do ultrassom). Por fim, é
executado o exame de papanicolau.
Para realização do papanicolau ou preventivo feminino, um espéculo, conhecido popularmente
como bico de pato é introduzido no canal vaginal a fim de expor o colo uterino para inspeção. Este
aparelho possui configurações e tamanho variável que atende faixas etárias e tamanhos diferentes de
mulheres, existindo uma versão especial, chamada virgoscópio para ser utilizado em mulheres virgens,
que após os 21 anos também devem fazer o exame ou frente alterações importantes.
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Após a introdução do espéculo vaginal, executa-se o exame papanicolau que consiste na remoção
através da espátula de Ayres e escova cervical, secreção do colo uterino, que é colocado em uma lâmina
de microscopia e fixada com a substância de papanicolau para posterior análise citopatológica, que pode
ser feita pelo médico ou em um laboratório de patologia. Após a execução do exame do papanicolau, o
médico ainda pode provocar uma reação com iodo no colo uterino, que tem por objetivo verificar a
existência de células neoplásicas, que podem ser cancerígenas. Neste ponto, encerra-se a segunda fase
da consulta.
Não é aconselhável levar acompanhantes nesta fase do exame preventivo e durante o papanicolau, pois
isto poderia violar a privacidade da paciente, lhe causando constrangimento e impedindo que dados
importantes não ditos durante a entrevista inicial sejam ditos neste momento. Por outro lado, se a paciente
se sentir a vontade para levar o acompanhante, este deve ficar sentado na cabeceira da maca, não
interferindo no trabalho 
Terceira parte – conclusão: elaborando uma estratégia de tratamento ou aconselhamento junto
com a paciente
Na terceira etapa da consulta, o médico irá associar os dados obtidos na primeira etapa quando
entrevistou a paciente com o que foi observado durante o exame físico, fazendo sua lista de hipóteses
Às vezes, é necessário exames complementares para o diagnóstico final, sendo os mais comuns pedidos:
hemograma completo, exame de urina e fezes, ultrassom transvaginal ou abdominal, ultrassom de
mama, mamografia, entre outros.
O profissional leva em considerações o nível socioeconômico da paciente, bem como o nível cultural da
mesma antes de sugerir um tratamento. Quando existem mais de uma opção de tratamento, estas são
dadas à paciente,que ajudará o médico a escolher a melhor, afinal, após a consulta, o sucesso do
tratamento depende muito mais do paciente do que do próprio profissional que fez às orientações.
As pacientes devem ser orientadas quanto aos seguintes cuidados a serem observados antes da
realização do exame ginecológico:
 Tomar banho antes da consulta 
 Não realizar ducha intima 
 Aparar os pelos pubianos e auxiliares
 Não fazer uso de medicação como creme vaginais 5 dias antes
 Não estar menstruada 
 Realizar o exame 10 dias depois do ciclo
**Doenças do Útero:
Alguns dos sinais de alterações no útero incluem corrimento amarelo ou branco com cheiro forte, sangramento
fora do período menstrual ou dor e febre que não passa. E a forma mais eficiente de prevenir problemas graves
no útero é consultar um ginecologista todos os anos.
Geralmente, esses sinais e sintomas de alterações do útero, podem indicar problemas como inflamação do 
útero ou dos ovários, presença de pólipos ou até câncer no útero ou ovários.
Sinais de que o útero pode estar doente.
Os principais sinais e sintomas de alterações no útero e ovários, incluem:
1. Corrimento constante, que pode ter coloração branca, amarela, verde ou castanho e que pode ter cheiro 
forte.
2. Cólica e sangramento fora do período menstrual ou ausência de menstruação;
3. Dor e sensação de pressão na barriga, principalmente na região que vai do umbigo até a zona pubiana;
4. Dor durante o contato íntimo ou logo após a relação;
5. Coceira, vermelhidão e inchaço na vagina;
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6. Aumento de volume do abdômen e, por vezes dor nas costas, associado;
7. Vontade constante em urinar;
Diferentemente do órgão reprodutor masculino que é visível a alterações, o útero se localiza sobre o órgão
feminino entre a bexiga urinária e o reto, por isso as mulheres têm mais dificuldades em perceber
qualquer mudança, ou seja, doenças e infecções. Saiba quais são as doenças mais comuns do útero.
Cervicite: A cervicite é uma inflamação do colo do útero, também conhecida como cérvix uterino. A
cervicite na maioria das vezes é causada por bactérias naturais da própria flora feminina ou por bactérias
transmitidas através das relações íntimas como a Clamydia Tracomatis e a Neiserriae Gonorreae. Os
sintomas principais da cervicite são coceira, corrimento, vermelhidão, dor abdominal após a relação e em
alguns casos febre alta.
Adenomiose: A Adenomiose é outra doença que atinge o útero e em sua grande maioria mulheres com
idade acima de 35 anos, os sintomas mais frequentes são cólicas fortes durante o período menstrual e a
irregularidade da menstruação. Muito semelhante à endometriose, essa doença se desenvolve fora do local
originário provocando a irregularidade e crescimento anormal do endométrio.
Miomas: Os miomas são tumores benignos formados pelos tecidos musculares distintos e de variados
tamanhos. Para uma possível precaução é importante estar atento aos sintomas que são fluxo intenso da
menstruação, aumento do abdômen, anemia, dores e infertilidade.
Pólipo: Pólipo é uma formação anormal de tecido na camada interna do útero, sendo uma doença benigna
com baixa probabilidade de se tornar maligna. A grande causa desta doença é de questão genética,
sedentarismo, consumo excessivo de álcool e idade acima dos 40 anos.
Câncer do colo do útero: O câncer do colo do útero também conhecido como cervical, é o segundo
maior tumor e mais frequente na população feminina, ficando atrás somente do câncer de mama. O câncer
do colo do útero é uma infecção causada pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido através de
relações íntimas sem a devida proteção. O câncer do colo do útero é uma doença silenciosa que só pode
ser diagnosticada através do exame Papanicolau, mas quando está em um estágio mais avançado
apresenta sangramento vaginal, corrimento, dor abaixo do ventre, dor ao urinar e dor intestinais.
Sintomas de doenças do útero
As infecções do útero é um conjunto de doenças presentes em mulheres que possuem relações íntimas
ativas. Os sintomas das doenças citadas acima podem ser bem parecidos como o corrimento persistente
que pode ser branco, amarelo, marrom ou cinza com cheiro forte, sangramento anormal, dor durante as
relações, dor na região da pélvis, sensação de pressão da região pélvica, febre, coceira, vermelhidão entre
outros sintomas que irão se diferenciar de mulher para mulher. Por isso é importante que a mulher realize
exames ginecológicos pelo menos 1 vez ao ano, porque só através dele é possível diagnosticar e tratar as
doenças citadas acima.
Endometriose: Doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do
útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele.
Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em
alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade
abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas,
mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem
com a doença.
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É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender
até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos.
Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de
Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la
e 30% tem chances de ficarem estéreis.
Entre os sintomas mais comuns estão:
• Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
• Dor pré-menstrual;
• Dor durante as relações sexuais;
• Dor difusa ou crônica na região pélvica;
• Fadiga crônica e exaustão;
• Sangramento menstrual intenso ou irregular;
• Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
• Dificuldade para engravidar e infertilidade.
A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal 
à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses 
sintomas.
**Doenças do Ovário:
O ovário é um órgão complexo que, durante toda a sua existência, poderá abrigar diversas doenças,
inclusive tumores. O número de tumores que podem acometer os ovários é muito amplo. Por isso é tão
difícil diferenciar um tumor benigno de um maligno. Os sintomas que costumam levar à investigação
diagnóstica do câncer de ovário são a dor pélvica, dor durante a relação sexual, aumento progressivo do
volume da barriga, alterações no ritmo alimentar (perda de apetite ou rápido empachamento logo após as
refeições), e aumento da frequência urinária. Sempre que esses sintomas persistem por algumas semanas,
é hora de buscar ajuda médica. Embora o público-alvo sejam mulheres na menopausa, esses sintomas
também podem acometer pacientes jovens. Na sua evolução, o câncer de ovário costuma ser uma doença
silenciosa – com os sintomas maiores surgindo já em estágio mais avançado e dificultando as chances de
tratamento e cura. Por isso, é importante que as mulheres estejam sempre atentas. Felizmente, a
incidência desse tipo de câncer não é alta – ao contrário dos cistos, que são muito comuns. Algumas
características são percebidas no exame de ultrassom apontam claramente as diferenças entre cisto e
tumor.
Ovários Policísticos: A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um
distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários
que fazem com que eles aumentem de tamanho. É uma doença caracterizada pela menstruação irregular,
alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários. Sua causa
aindanão é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam
uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento
do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal. Segundo o Serviço de
Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a Síndrome do Ovário Policístico atinge cerca de
7% das mulheres na idade reprodutiva. Os sintomas dos ovários policísticos são: 
 A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome.
 Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo);
 Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen;
 Obesidade;
 Acne.
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Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, 
infertilidade e câncer do endométrio.
Câncer de Ovário: Os ovários são feitos de diferentes tipos de células e todas podem sofrer um processo
de malignização transformando-se num tumor, benigno ou maligno. Dos tumores malignos dos ovários, o
mais comum é o adenocarcinoma de ovário. As neoplasias de ovário devem crescer muito até produzirem
sintomas para a paciente, o que faz com que a maioria desses tumores seja diagnosticada quando já estão
num estágio avançado. Esse é um dos motivos porque esse tumor está relacionado com uma baixa
sobrevida. 
O câncer de ovário pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente as mulheres acima
de 40 anos de idade. É a quarta causa de morte por câncer em mulheres, sendo o mais letal dos tumores
ginecológicos. Isso deve-se ao fato de que na maioria dos casos o diagnóstico é tardio, já que são tumores
de crescimento insidioso com sintomas também tardios. O quadro clínico é inespecífico, apresentando-se
com dor abdominal difusa, constipação, aumento de volume abdominal e dispepsia. 
 **Doenças da Mama:
O desenvolvimento: A mama é formada por glândulas e em sua grande parte por tecido gorduroso. Na
criança é formada por ductos e tecido conjuntivo, aumentando na puberdade devido ao aumento de
hormônios, completando o seu total desenvolvimento em torno de 04 anos. Após a puberdade, na idade
adulta, a quantidade de tecido gorduroso aumenta com o desenvolvimento das glândulas. Na menopausa
ocorre atrofia, levando à flacidez, restando quase exclusivamente tecido gorduroso.
Alterações na criança: Antes da menina menstruar já se inicia o desenvolvimento das mamas, com o
aparecimento do chamado broto mamário. Pode ser acompanhado ou não de vermelhidão, inchaço e dor
no local, tendendo a desaparecer estes sintomas em poucos dias não devendo, portanto, ser motivo de
grandes preocupações. Raramente o desenvolvimento das mamas é feito de maneira simétrica, podendo
ficar uma mama maior que a outra. Quando essa assimetria é muito acentuada e provoca desconforto
deve-se avaliar a necessidade de cirurgia corretiva.
Afecção Funcional Benigna das Mamas (AFBM): Antigamente conhecida como Displasia Mamária,
hoje é aceita como uma resposta normal da mama às alterações hormonais cíclicas que ocorrem na
mulher. Não se tem uma causa definida, acreditando-se que possa ser multifatorial. Os sintomas são
variados, podendo se manifestar como dor, intumescimento e percepção de vários caroços dolorosos. A
maioria da sintomatologia desaparece após a menstruação. O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja,
feito pelo médico, sem a necessidade obrigatória de exames complementares.
É mais comum em mulheres jovens, com pouco ou nenhum filho. O principal do tratamento deste caso é
o esclarecimento à mulher sobre a doença, seus fatores determinantes e sua evolução benigna. Existe o
tratamento medicamentoso e o não medicamentoso.
Ectasia Ductal: É muito comum após os 40 anos, sendo caracterizada por secreção mamilar e dor, sendo
que na maioria das vezes essa secreção é escurecida. É uma das doenças que mais simula o câncer. Não se
sabe a causa, mas sabe-se que ocorre uma inflamação nos ductos mamários. O diagnóstico é feito
clinicamente e com ajuda de exames complementares.
Mastites: É a inflamação das mamas, ocorrendo principalmente durante a fase de amamentação. Em
todos os casos é acompanhada de muita dor, vermelhidão, sensação de endurecimento e tumor no local.
Pode ocorrer febre. O tratamento é medicamentoso e em casos extremos é realizada drenagem.
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Dor Mamária: Apesar de não ser uma doença, vale a pena ser colocado devido à sua alta incidência. É
causada principalmente por variações hormonais (excetuando-se as outras patologias) e em estudo não
comprovado ainda por dieta inadequada. O diagnóstico é subjetivo e clínico e o tratamento é
individualizado de acordo com o caso.
Câncer de mama
O câncer de mama representa o principal tipo de câncer na mulher. Este geralmente apresenta um bom
índice de cura, principalmente quando diagnosticado em sua fase precoce. Geralmente o tumor se inicia
na mama, pode atingir a axila e até mesmo aparecer em outros órgãos, fato que chamamos de metástases.
A extensão do tumor determina a forma de tratamento. Assim estimula-se a medidas de autocuidado da
mama como o autoexame e a mamografia.
Principais fatores de risco: Os principais fatores de risco constituem o sexo feminino, a idade (> 50
anos), história familiar (primeiro ou segundo grau direto) ou pessoal: ausência de filhos, primeira
gravidez após os 30 anos, uso de hormônios externos, consumo de álcool, doença mamária prévia,
radiação torácica e obesidade.
Geralmente a possibilidade da população geral de desenvolver câncer de mama é de 1 em cada 10
mulheres ao longo de suas vidas, porém outro número a se considerar é que em geral a taxa anual é de 50
casos para cada 100.000 mulheres/ ano. O câncer de mama também acomete os homens, no entanto é
raro, representando apenas cerca de 1% dos casos. A associação de riscos eleva a possibilidade de câncer,
mas esta não é uma condição absoluta. É necessário saber que riscos existem, porém deve-se
principalmente ficar atento aos cuidados com a mama.
Sinais e sintomas: Geralmente o câncer de mama aparece como uma massa ou tumoração palpável. Esse
material é encaminhado para a biópsia a fim de confirmar o diagnóstico. O fato é que nem toda a massa é
câncer, porém na presença de uma massa ou tumoração mamária a mulher deve procurar um
ginecologista ou mastologista. Outros sintomas menos frequentes constituem o endurecimento mamário, a
presença de secreção pelo mamilo com aspecto de água de rocha ou sangue e o aparecimento de gânglios
axilares.
Prevenção: A melhor maneira de se prevenir constitui a realização de medidas de autocuidado da mama.
Assim sugere-se a realização do autoexame da mama mensalmente, o qual deve ser realizado pelo menos
uma semana após o período menstrual. Na presença de alguma anormalidade, um médico deverá ser
procurado. 
A principal maneira de se prevenir o câncer de mama é a realização do exame de mamografia. Esse
exame favorece o diagnóstico precoce e a elevação nas taxas de cura. Assim sugere-se a realização do
exame de mamografia de maneira regular (anualmente) a partir dos 40 anos de idade.
Tratamento: O tratamento é multidisciplinar. Assim geralmente a mulher será tratada com um cirurgião,
um oncologista clínico e um radio-oncologista. A ordem do tratamento depende das condições em que o
tumor foi diagnosticado. No que se refere ao tratamento cirúrgico pode-se retirar toda a mama ou parte
dela, da mesma forma que na axila, onde pode-se realizar a retirada de um linfonodo (linfonodo
sentinela), ou a retirada de todos os linfonodos. O tratamento depende das características do tumor
quando se realizou o diagnóstico. 
No que se refere a oncologia clínica, a paciente poderá ser submetida a um tratamento após a cirurgia
(tratamento adjuvante), ou antes da cirurgia (tratamento neoadjuvante). Da mesma forma pode ser
submetida a quimioterapia,hormonioterapia e tratamento alvo-específico. Tudo depende das
características do tumor. 
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O mais importante a se saber sobre o tratamento constitui o fato que este se tornou multidisciplinar e
multimodal (com a participação de vários profissionais), fato este que tem elevado as taxas de cura.
Doenças do puerpério
Mastite puerperal
E uma complicação do período de lactação constando em inflamação do parênquima das glândulas
mamarias. E precedida muitas vezes de engorgeamento dos seios. Surge na terceira quarta semana pós-
parto e está acompanhada de febre, calafrios, os seios endurecem, viram avermelhados e doloridos. O
mais implicado germe e o estafilococo dourado (St. aureus) a fonte de proveniência sendo a garganta ou o
nariz do nenê. Se for supurada a mastite pode virar epidêmica por isso, tem que separar o nenê e a mãe
com mastite de outras mães e recém-nascidos. A maioria dos estafilococos são imunes à penicilina, por
isso usa-se mais a oxacilina, ou eritromicina e interrompe-se o aleitamento porque o leite já está
infectado, e, apesar disso o aleitamento e extremamente dolorido.
Caso que um abscesso esta constituído, tem que considerar a incisão e a drenagem, junto com a
antibioterapia. A incisão vai ser feita radialmente do limite da aréola até a periferia, para não danificar os
canais galactóforos. O corte vai ser feito na área de máxima de flutuência e vai ser máxima, com
desbridamento e drenagem.
OUTRAS PATOLOGIAS PUERPERAIS EXTRAGENITAIS:
A psicose pós-parto
Aparece nas mulheres com antecedentes psiquiátricos ou aquelas que já apresentaram psicoses pós-parto 
ocasionados de outras gestações. Ela se manifesta como uma síndrome depressiva e tendência de suicídio 
e infanticídio. O tratamento e estritamente psiquiátrico.
Amenorreia pós-parto 
Pode ser causado pelos traumas de curetagem, infecção uterina, vulnerabilidade anormal da mucosa 
uterina.
Complicações pós-anestesia:
Complicações respiratórias – laringoespasmo e a pneumonia de aspiração (aspiração do vômito) 
Cefaleia pós-raquianestesia – nas formas mais leves pode ser tratada com analgéticos leves, mas se for 
devida a perda de líquido cefaloraquidiano tem que reposicionar o líquido usando glicose 5% e soro 
fisiológico. 
A hipoventilação pode aparecer quando o anestesista usa muita succinil-colina na anestesia.
Cardiomiopatia pós-parto:
E uma complicação que aparece no primeiro mês pós-parto, normalmente nas multíparas de idade e se 
manifesta como uma insuficiência cardíaca. O tratamento vai ser feito com digitá-la.
Eclampsia pós-parto:
Aproximadamente 25% das eclâmpsias aparecem pós-parto. As convulsões têm que ser diferenciadas 
daquelas da epilepsia, doenças metabólicas infecções, tumores cerebrais e derrames. 
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 CONCLUSÕES:
1. O puerpério representa, além de um processo complexo de voltar aos parâmetros iniciais
da fisiologia da mulher, um período marcado de grandes possibilidades de complicações e
transformações cujas consequências poderiam durar o resto da vida.
2. A febre que aparece em puerpério tem que ser considerada anormal se ela não passar de
24 horas. A “armadilha” da febre “normal” do puerpério pode produzir complicações
redutíveis, e, de fato, qualquer febre que demora mais de 1 dia indica que as coisas não
estão indo bem. 
3. A palavra de ordem no puerpério e “involução” – isto e, os órgãos que participaram no
desenvolvimento da gestação regridem, voltando a ser o que estavam antes da gravidez. O
processo não é passivo, ele implica transformações de várias intensidades produzindo
muitas vezes desequilíbrios no bem-estar da puérpera.
4. A puérpera não pode passar no segundo plano uma vez que o parto já acabou. Apesar de
tantas manobras que são necessárias, tanto com a mãe, como também com o recém-
nascido. Constitua um erro fundamental e passível de responsabilização profissional deixar
de monitorizar e tratar uma puérpera, mesmo que tudo parece indo perfeitamente.
5. Os principais pontos de referência no seguimento de uma puérpera são: a involução do
útero e o aspecto dos lóquios. No caso que se trata de uma puérpera pós-cesárea o
conjunto de acima tem que incluir também o seguimento das suturas operatórias, a
cicatrização delas e as funções básicas (respiração, circulação e diurese)
6. A volta da menstruação é completamente diferente por uma mulher que amamenta em
relação com uma que não (6-8 semanas para as mulheres que não amamentam, versus 3-5
meses para as mulheres que amamentam). Por isso, o médico vai tentar acalmar qualquer
pânico de uma mulher que acha que a menstruação “voltou rápido demais” ou, pelo
contrário, “parece que não volta mais”. Combinados com a possibilidade de aparecer a
psicose puerperal esse tipo de duvida da puérpera pode levar a depressão ou outras atitudes
anormais.
7. Um cuidado extremamente importante e a lactação – os seios têm que ter uma fisiologia
normal, por isso, o intervalo de aleitamento tem que ser respeitado, a medicação que iniba
a lactação evitada e qualquer fissura no mamilo tratada. Se for necessário até a supressão
temporária do aleitamento está indicada.
Diabetes gestacional:
A diabetes gestacional é a diabetes adquirida na gravidez que, geralmente, se desenvolve perto do 3º
trimestre de gestação. Ela provoca sintomas como visão turva e muita sede e o seu tratamento pode ser
feito com uma dieta adequada e com o uso de remédios, como a insulina, nos casos mais graves.
A diabetes gestacional tem cura quando o tratamento proposto pelo médico é seguido corretamente. No
entanto, há um aumento do risco da mulher desenvolver diabetes mellitus tipo 2 em cerca de 10 a 20 anos
e também de sofrer com a diabetes gestacional numa outra gravidez.
Sintomas da diabetes gestacional
Os sintomas da diabetes gestacional incluem:
 Muita fome;
 Muita sede;
 Ganho de peso exagerado na mulher ou no bebê;
 Aumento da vontade de urinar;
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 Cansaço extremo;
 Inchaço nas pernas e nos pés;
 Visão turva;
 Pode haver candidíase frequente ou cistite.
Como estes sintomas são comuns na gravidez o médico deve solicitar o exame da glicose pelo menos 3 
vezes durante a gestação.
Diagnóstico da diabetes gestacional
Para o diagnóstico da diabetes gestacional o médico obstetra pode solicitar exames como:
 Glicemia de jejum, que não deve ultrapassar 85 mg/dl na gestante, e
 Exame da curva glicêmica a partir das 22 semanas de gestação.
No caso de se identificar a doença, a grávida é submetida ao controle glicêmico em intervalos curtos e 
regulares.
Tratamento para diabetes gestacional
O tratamento para diabetes gestacional é feito com a dieta sem açúcar adicionado a exercícios físicos
moderados. Nos casos mais graves onde a quantidade de açúcar no sangue é muito superior ao esperado
deve-se optar pela administração de insulina a fim de controlar o açúcar do sangue mantendo-o sob
índices aceitáveis. Os hiperglicemiantes orais, como a Metformina, não devem ser utilizados na gravidez.
Riscos da diabetes gestacional
Os riscos da diabetes gestacional para a mãe envolvem:
 Rompimento da bolsa aminótica antes da data prevista;
 Parto prematuro;
 Feto que não vira de cabeça para baixo antes do parto;
 Aumento do risco de pré-eclampsia, que é a elevação súbita da pressão;
 Possibilidade de parto cesária ou de laceração do períneo no parto normal devido ao tamanho do 
bebê.
Os riscos da diabetes gestacional para o bebê envolvem:
 Desenvolvimento da síndrome da angústia respiratória, que é a dificuldade para respirar ao nascer;
 Bebê muito grande para a idade gestacional que aumenta o risco de obesidade na infância ou 
adolescência;
 Doenças cardíacas;
 Icterícia;
 Hipoglicemia;
 Alterações no sangue como hipocalcemia e hipomagnesia.
Estes riscos podem ser diminuídos se a mulher seguir o tratamento corretamente, por isso, a grávida com 
diabetes gestacional deve ser acompanhada no pré-natal de alto risco.Climatério e Menopausa
Climatério e menopausa não são sinônimos. Climatério é uma fase de limites imprecisos na vida
feminina; compreende a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Menopausa, ao
contrário, tem data para começar: a da última menstruação da vida. Enquanto o homem espalha centenas
de milhões de espermatozoides a cada ejaculação, a mulher investe toda a energia na produção de um
único óvulo por mês. Todos os óvulos que produzirá terão sua origem em células germinativas (ou
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folículos) dos ovários já presentes no instante do nascimento. As meninas nascem com um a dois milhões
dessas células germinativas.
Em cada ciclo menstrual um comando hormonal complexo recruta um grupo de folículos para produzir o
óvulo daquele mês. Os que perderem a oportunidade enfrentarão a impiedosa seleção natural, e morrerão.
Por causa dessa competição, quando chegar a primeira menstruação, o número de folículos estará
reduzido a cerca de 400 mil.
Os folículos em luta para formar óvulos são os principais produtores dos hormônios sexuais que fazem a
fama das mulheres. O folículo é a unidade funcional do ovário. Mulher nenhuma é capaz de formar novos
folículos para repor os que se foram. Quando morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as
concentrações de estrogênio e progesterona caem irreversivelmente.
De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas
de calor resultantes de sintomas vasomotores são os mais típicos; estão presentes em 60% a 75% das
mulheres. Surgem inesperadamente como crises de calor sufocante no tórax, pescoço e face, muitas vezes
acompanhadas de rubor no rosto (a temperatura da pele chega a subir cinco graus), sudorese (que pode ser
profusa), palpitações e ansiedade. As crises geralmente duram de um a cinco minutos e podem repetir-se
diversas vezes por dia.
A queda dos níveis dos hormônios sexuais altera a consistência do revestimento da vagina, da uretra e das
fibras do tecido conjuntivo que conferem sustentação à mucosa dessas regiões. Podem surgir
incontinência urinária, ardência à micção, facilidade para adquirir infecções urinárias e corrimentos
ginecológicos. Os músculos que formam o assoalho responsável pela sustentação dos órgãos genitais e
bexiga urinária enfraquecem e podem surgir prolapsos (útero e bexiga caídos). Os pelos pubianos ficam
mais ralos, os grandes lábios mais finos, a mucosa vaginal perde elasticidade e flexibilidade podendo
sangrar e doer à penetração. Diminuição da resposta à estimulação clitoriana, secura vaginal e redução da
libido são queixas frequentes. A fisiologia do orgasmo, no entanto, não é alterada.
A falta de estrogênio resseca e torna a pele mais fina, enrugada, menos elástica e as unhas frágeis. Os
pelos pubianos e axilares se tornam mais ralos. O colágeno da derma mais profunda começa a ser perdido
a uma velocidade média de 2% ao ano, durante os 10 primeiros anos de menopausa.
Ricas em receptores para estrogênio e progesterona, as células das glândulas mamárias se hipotrofiam
com a falta desses hormônios. O espaço deixado entre elas é substituído por tecido gorduroso. As mamas
se tornam mais flácidas, o mamilo fica mais achatado e perde parcialmente capacidade de ereção.
A partir da menopausa, 1% a 4% da massa óssea é reduzida a cada ano. A perda é mais sentida nas
vértebras e nas extremidades dos ossos longos. Mulheres de raça branca ou amarela, baixa estatura, peso
corpóreo baixo e com história familiar de osteoporose são mais suscetíveis. Além desses, há fatores
evitáveis que aumentam o risco de perda óssea: dietas pobres em cálcio, com excesso de vitamina D,
ingestão exagerada de cafeína, de álcool, tabagismo, vida sedentária e o uso de certos medicamentos.
Através de mecanismos mal conhecidos, menor produção de estrogênio modifica os níveis de dopamina,
noradrenalina e serotonina em certas áreas do sistema nervoso central. Como consequência, as mulheres
no climatério estão sujeitas a quadros depressivos, dificuldade de memorização, irritabilidade, melancolia,
crises de choro, humor flutuante e labilidade emocional.
Mulheres de 45 a 55 anos, que ainda menstruam, apresentam apenas um terço das doenças
cardiovasculares dos homens nessa faixa etária. A chegada da menopausa aumenta gradualmente a
incidência dessas enfermidades no sexo feminino, até igualar-se a dos homens ao redor dos 70 anos.
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TERMOS TÉCNICOS
A
-Abcesso: coleção de pus em cavidade anormal. 
-Afagia: impossibilidade de deglutir.
-Afasia: perda da palavra falada, escrita ou mímica, por alterações nos centros nervosos. 
-Afonia: perda ou diminuição da voz por causas locais. 
-Afecção: estado mórbido, enfermidade. 
-Algesia: sensibilidade à dor.
-Algia: dor de origem subjetiva, sem lesão anatômica ou orgânica apreciável. 
-Àlgico: relativo a dor, doloroso. 
-Analgesia: perda da sensibilidade para a dor, conservando a sensibilidade tátil. 
-Anasarca: edema generalizado. 
-Anisocoria: desigualdade de diâmetro das pupilas. 
-Anóxia:  estado que resulta da insuficiência de oxigênio para satisfazer as necessidades normais dos
tecidos.
-Antissepsia:  conjunto  de meios  destinados  a  afastar  ou destruir  os  germes  patogênicos  e   impedir
infecção.
-Anúria: supressão total da secreção urinária. 
-Apatia: falta de sentimento ou interesse, indiferença, insensibilidade.
-Apirexia: falta de febre, cessação da febre. 
-Apnéia: detenção temporária da respiração.
-Arritmia: irregularidade do ritmo cardíaco (número, intervalo e força das batidas). 
-Atrofia:  diminuição adquirida do volume e do peso de um órgão que havia alcançado seu tamanho
normal.
 
B
-Bacteremia: presença de bactérias patogênicas no sangue. 
-Bradicardia: pulsação lenta do coração (abaixo de 60bpm). 
-Bradipnéia: respiração lenta.
-Bradisfigmia: lentidão anormal do pulso. 
-Broncoespasmo: espasmo dos músculos bronquiais. 
C 
-Caquexia: estado mórbido caracterizado por magreza extrema, perda de peso, sintomas de debilidade
e anemia. 
-Cefaleia: dor de cabeça intensa e douradora. 
-Cianose:  coloração azul  ou violácea da pele ou mucosa,  devido a um excesso de hemoglobina nos
capilares. 
-Clister: enema, injeção de líquido no intestino, pelo ânus.
-Coma: estado de estupor profundo com perda total ou quase total da consciência, da sensibilidade e da
motilidade voluntária.
-Consciência: estado geral que nos torna aptos a julgar, refletir e decidir. 
D 
-Desorientação: estado de confusão mental em que o indivíduo perde as noções de lugar e tempo.
101
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-Diplegia: paralisia de partes similares nos dois lados do corpo. Paralisia bilateral.
-Diplopia:  visão   dupla   dos   objetos   devido   aos   transtornos   da   coordenação  dos  músculos  motores
oculares. 
-Disartria: dificuldade na articulação da palavra.
-Dispepsia: dificuldade na deglutição de líquidos, dificuldade de matar a sede.
-Disfagia: deglutição difícil, geralmente dolorosa.
-Dispnéia: respiração difícil, penosa ou irregular.
-Disúria: micção difícil ou dolorosa.
-Diurese: eliminação de urina. 
-Dorsal: referente a dorso, costas. 
E 
-Edema: acumulação excessiva de líquidos nos espaços dos tecidos.
-Êmese: vômito. 
-Entérico: relativo ao intestino. 
-Enurese: incontinência urinária.
-Epigastralgia: dor na região epigástrica. 
-Epistaxe: fluxo de sangue pelas narinas, hemorragia nasal. 
-Eupnéia: respiração normal, fácil.
 F
 -Ferida: solução de continuidade da pele, de mucosas, de serosas, que espontaneamente evolui para
cicatrização. 
-Filiforme: fino, em forma de fio.
-Flatulência: distensão do abdome provocada por gases intestinais. 
G 
-Gastralgia: dor no estômago
-Glicemia: quota fisiológica de glicose no sangue. 
-Glicosúria: eliminação de açúcar na urina. 
-Glútea: relativo a nádegas. 
H
-Halitose: fetidez anormal do hálito. 
-Hemácia: glóbulo vermelho do sangue. 
-Hematêmese: vômito de sangue procedente das vias digestivas. 
-Hematúria: presençasendo programada e
utilizada com o intuito de subsidiar intervenções ou o planejamento de ações.
A internação domiciliar, por sua vez, é uma categoria mais específica, que envolve a utilização de aparato
tecnológico em domicílio, de acordo com as necessidades de cada indivíduo, sendo caracterizada pela
permanência da equipe de saúde na residência por no mínimo quatro horas diárias, com acompanhamento
contínuo. O indivíduo para ser internado em domicílio precisa apresentar quadro clínico estável, assim
como a equipe profissional necessita de rede de suporte para as possíveis eventualidades.
Imunização
A imunização é definida como o ato ou efeito de imunizar que se define pela aquisição de proteção
imunológica contra doenças de caráter infeccioso. Ela pode ser feita por meio de vacinas,
imunoglobulinas ou por meio de soros contendo anticorpos. De acordo com o Ministério da Saúde uma
pessoa imunizada é aquela que possui anticorpos contra um agente infeccioso. Essa pessoa pode ter
adquirido os anticorpos artificialmente por meio da vacinação, ou naturalmente após a pessoa ter
adquirido a doença e o corpo desenvolver os anticorpos necessários para combatê-la. Uma pessoa
vacinada não é uma pessoa imunizada. Se a pessoa imunizada tem os anticorpos necessários para que o
corpo consiga de defender de algum agente infeccioso, a pessoa vacinada é apenas aquela que recebeu
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uma dose da vacina. Na definição do ministério da saúde, a vacina é um mecanismo para controlar
algumas doenças infectocontagiosas. A vacina pode ser de dose única ou ser tomada em várias doses ao
longo da vida. O ministério da saúde possui um calendário de imunização. Por meio dele a população
pode se orientar sobre a época correta de se tomar as vacinas e se imunizar contra as doenças
infectocontagiosas. Desde 1973 o Brasil tem o Programa Nacional de Imunização que organiza
campanhas, orientações e sistematiza ações para a imunização da população brasileira, com o objetivo de
imunizar todo o país. 
**Imunidade natural é o processo de resistência que se adquire contra os agentes patogénicos que
depois de terem atravessado um percurso com uma série de barreiras de defesa naturais do nosso
organismo (nariz, garganta, pulmões, sistema digestivo), ao longo das quais encontram inúmeras células
do sistema imunitário não específico, às quais conseguiram sobreviver alcançando assim a corrente
sanguínea, onde aí as células do sistema imunológico específico (linfócitos) os esperam para os destruir e,
portanto, os linfócitos tiveram tempo suficiente para se prepararem para combater os agentes patogénicos.
Quanto mais o organismo pratica a sua capacidade de descriminação e combate contra os agentes
patogénicos, maior será o armazenamento de estratégias e mecanismos bem-sucedidos que serão gravados
na memória das células do organismo. Portanto, quanto mais desenvolvido e experiente for o organismo,
menos vulnerável será o sistema imunitário desse organismo.
A imunidade natural pode ainda ser ativa ou passiva.
A imunidade natural ativa é o autodesenvolvimento de imunidade como resposta à invasão do
organismo por um micróbio.
A imunidade natural passiva é a administração direta de anticorpos específicos, neste caso o
desenvolvimento de imunidade é induzido pela introdução de anticorpos produzidos por outro organismo
(por ex: quando a mãe amamenta o seu filho). A imunidade pode desenvolver-se naturalmente, como
acabamos de lhe descrever acima, mas também pode ser induzida artificialmente (imunidade artificial).
*Imunidade artificial: Este tipo de imunidade é utilizada quando o próprio organismo não consegue
arranjar solução para combater os agentes patogênicos de que é alvo, e o que acontece é que o
desenvolvimento da imunidade é induzida por um fator externo ao organismo. Como na imunidade
natural a imunidade artificial também pode ser ativa ou passiva.
Imunidade artificial ativa é quando o desenvolvimento da imunidade é feito através de vacinas em que
o indivíduo que a recebe é estimulado pela mesma a produzir anticorpos para combater os agentes
patogênicos presentes na vacina não podendo estes multiplicarem-se.
Imunidade artificial passiva é quando o desenvolvimento da imunidade é induzida pela introdução de
anticorpos produzidos por outro organismo, portanto o receptor dos anticorpos não necessita de produzir
mais anticorpos. Este tipo de imunização é feito com recurso a soros com anticorpos. 
Soros com anticorpos
Os soros com anticorpos são utilizados na imunidade passiva que pode ser induzida, em determinadas
infeções, através da administração de anticorpos, retirados do plasma de um indivíduo que já tenha estado
em contato com esse antigênio ou de animais que foram expostos a esse antigênio. As soluções que são
administradas e que contém esses anticorpos são chamadas de soros ou soros imunes. Os soros são
utilizados quando os antigênios têm um efeito arrebatador sobre o organismo como por exemplo, o tétano
ou os envenenamentos devidos a mordeduras de cobras, isto é, não dão tempo ao organismo de criar os
seus próprios anticorpos levando à necessidade da administração dos anticorpos. Como os anticorpos
administrados não são produzidos pelo próprio organismo, o seu efeito é apenas temporário. Por outro
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lado, este processo só é possível em algumas infeções e envenenamentos e, por vezes, causam alguns
problemas, como a inserção involuntária de proteínas desconhecidas ao plasma do receptor.
VACINAS
TIPOS DE VACINAS
As vacinas são produtos capazes de induzir imunização ativa, que consiste em estimular o organismo a
desenvolver anticorpos, através do uso de antígenos. Esses antígenos podem ser moléculas, bactérias,
vírus ou mesmo outras células, que vão interagir com os linfócitos (células de defesa do organismo) para
produzir uma resposta imunizante a um agente causador de doenças. As vacinas podem ser formadas por
diversos tipos de antígenos: vírus vivos e bactérias atenuadas vivas, vírus mortos e bactérias inativas
mortas, toxoides ou componentes de estrutura viral ou bacteriana. Veja abaixo:
 VACINA ATENUADA: É composta por bactérias ou vírus ainda vivos, mas que, por cultivo em
condições adversas, perderam sua capacidade de produzir a doença. Ainda assim, podem se replicar e
produzir imunidade. A função da replicação é causar estímulo forte e prolongado no sistema imune,
parecida com a resposta formada após uma infecção natural. Em geral, esse tipo de vacina é efetivo
com apenas uma dose e oferece proteção longa. São exemplos de vacinas atenuadas virais as vacinas
contra: sarampo, caxumba, rubéola, varicela, febre amarela, rotavírus e poliomielite (oral).
Conhecidas como atenuadas bacterianas, as vacinas contra BCG e contra a febre tifóide (oral).
 VACINA INATIVADA: É composta por vírus ou bactérias mortos inativados por processos químicos
ou físicos, após replicações em meios específicos. Esse tipo de vacina costuma provocar imunidade
humoral, quando os linfócitos B reagem contra essas bactérias ou vírus, produzindo e expelindo
anticorpos. Comparada a intensidade e duração das respostas obtidas com vacinas atenuadas, este tipo
fica em desvantagem, por isso, são necessárias várias doses de reforço para garantir a cobertura
vacinal. Alguns exemplos das inativadas virais são as vacinas contra: poliomielite (parenteral),
hepatite A, hepatite B, raiva, influenza, papilomavírus. E conhecidas como inativadas bacterianas, as
vacinas contra coqueluche, tétano, difteria, febre tifóide (parental) e cólera.
 VACINA COMBINADA: Estruturada por antígenos de diversos agentes infecciosos na mesma
apresentação, este tipo de vacina é aplicado em uma mesma administração. A SCR (vacina contra
sarampo, caxumba e rubéola) é um dos exemplos, ao mesmo tempo que a vacina DTP, que protege
contra difteria,de sangue na urina. 
-Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo. 
-Hemoptise: expulsão pela boca de sangue procedente do aparelho respiratório. 
-Hipertermia: temperatura extraordinariamente elevada.
-Hipotermia: descida anormal da temperatura corporal. 
-Hiperglicemia: aumento anormal no nível de glicose do sangue.
 -Hipoglicemia: diminuição do nível normal de glicose do sangue.
 I
-Inter: prefixo que indica “entre”, “no meio” (ex: intercostal-entre duas costelas).
-Isocoria: igualdade no tamanho das pupilas. 
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-Isquemia: deficiência local e temporária de sangue. 
L 
-Laceração: dilaceração.
-Lipotímia: perda súbita dos movimentos, conservando-se a respiração e a circulação; desmaio.
-Lombar: relativo a lombo, ou região que fica ao lado da espinha, sobre os rins, entre o tórax e a bacia. 
M 
-Mácula: mancha; região da pele corada, plana. 
-Melena: evacuação sanguínea, dejeção negra que recorda a consistência e a cor de borra de café.
-Mioplegia: paralisia muscular. 
-Mialgia: dor muscular.
-Midríase: dilatação da pupila. 
-Miose: diminuição no diâmetro da pupila. 
-Menoplegia: paralisia de um membro.
-Mucopurulento: que contém muco e pus. 
N 
-Neuralgia: dor viva e paroxística a seguir o trajeto de um nervo.
-Nictúria: emissão de urina mais abundante ou frequente à noite que durante o dia. 
-Nistagmo:  trêmulo espasmódico das pálpebras; oscilações do globo ocular em torno de um de seus
eixos. 
O 
-Odinofagia: deglutição dolorosa.
-Oligúria: secreção deficiente de urina.
-Onicofagia: hábito mórbido de roer as unhas. 
-Ortopnéia: dispnéia intensa que obriga o paciente a estar sentado ou em pé, ou seja, com o tórax em
posição perpendicular ao solo.
-Otorragia: hemorragia do ouvido. 
P 
-Paraplegia: paralisia de ambas extremidades inferiores do corpo. 
-Paresia: paralisia incompleta ou parcial, debilidade de contração muscular; desfalecimento.
-Parenteral: que se realiza por via distinta da digestiva ou intestinal.
-Pelve: bacia (anel ósseo em forma de bacia).
-Períneo: espaço compreendido entre o ânus e os órgãos genitais externos.
-Pirexia: acesso febril. 
-Pirose: sensação de queimadura, de ardor que, partindo do estômago, se estende ao longo do esôfago
e chega a faringe. 
-Piúria: presença de pus na urina. 
-Polaciúria: micção frequente. 
-Precordial: situado ou que ocorre diante do coração; epigástrio e superfície anterior da parte inferior
do tórax. 
-Precordialgia: dor na região precordial.
-Prurido: coceira, comichão. 
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-Ptialismo: salivação exagerada.
 R 
-Regurgitação: retorno dos alimentos do estômago ou do esôfago á boca, sem esforço de vômito. 
-Ressecamento: obstipação, prisão de ventre habitual. 
S
-Seborréia: secreção exagerada das glândulas sebáceas, especialmente do couro cabeludo. 
-Sialorréia: fluxo exagerado da saliva; salivação. 
-Síncope: desfalecimento, perda súbita dos sentidos. 
T 
-Taquicardia: aceleração das pulsações cardíacas, acima de 85bpm, no adulto. 
-Taquipnéia: respiração acelerada, que se apresenta em condições fisiológicas ou patológicas. 
-Torpor: estado de sonolência, de apatia. 
U 
-Úlcera: solução de continuidade da pele, de mucosas, de serosas de órgãos, com perda de substância. 
V 
-Vasoconstrictor: diz-se do agente ou nervo que estreita o calibre dos vasos. 
-Vasodilatador: diz-se do agente ou nervo que aumenta o calibre dos vasos. 
-Vertigem: perda ou perturbação do equilíbrio, com sensação de instabilidade do corpo e dos objetos
circundantes. 
-Vesical: referente à bexiga. 
-Volemia: nome com que também se conhece a massa total do sangue. 
X
 -Xifóide: apêndice osteocartilaginoso que remata o esterno na parte inferior. 
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	CUIDADOS
	Crianças de 1 a 8 anos: Manobra de Heimlich
	Agulhas
	Pinças
	Fios
	Equipe cirúrgica
	Processo cirúrgico
	Pré-operatório imediato
	Intra-operatório
	Pós-operatório Imediato
	Pós-operatório Mediato
	Pós- operatório Tardio
	Motivação intrínseca e motivação extrínseca
	O "Burnout" em Enfermeiros
	Exame Ginecológico
	Podemos dividir a realização do exame preventivo feminino ou popularmente conhecido como papanicolau em três momentos distintos. Para fins didáticos, vamos considerar uma consulta ginecológica tradicional e supor que seja a primeira da paciente.
	Sinais de que o útero pode estar doente.tétano e coqueluche.
DIFERENÇAS ENTRE ELAS
 Uma das diferenças observadas entre as vacinas atenuadas e inativadas diz respeito à velocidade nas
respostas imunológicas. Enquanto as vacinas compostas por bactérias e vírus ainda vivos podem ser
eficazes apenas com uma dose, as vacinas formadas por vírus ou bactérias mortas precisam de doses de
reforço para garantir uma concentração adequada de anticorpos.
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**Calendário Vacinal da Criança
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CALENDÁRIO VACINAL DO ADOLESCENTE
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CALENDÁRIO VACINAL DA GESTANTE
CALENDÁRIO VACINAL DO ADULTO E IDOSO
 
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CALENDÁRIO VACINAL DO ADULTO E IDOSO
VACINAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
**Imunizações em situações especiais
Imunodeficiências congênitas.
 Pacientes com neoplasias ou submetidos a terapia imunossupressora.
 Pacientes com asplenia (não funcionamento do baço) anatômica ou funcional.
 Pacientes em uso de corticoides.
 Pacientes com desnutrição protéico-calórica.
 Pacientes com doenças crônicas (incluindo SIDA)
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**Contra Indicações das vacinas 
São contraindicações relativas que sugerem adiamento da aplicação da vacina: recém-nascidos
prematuros com peso inferior a 2.000g, doença febril aguda e afecções dermatológicas extensas. As
doenças de pele localizadas não contraindicam a vacinação, desde que o local de aplicação da vacina não
esteja acometido. As contraindicações das vacinas apenas se aplicam a vacinas de bactérias ou vírus
atenuados, isto é, a vacinas que são fabricadas com bactérias ou vírus vivos, como a vacina BCG, tríplice
viral, catapora, poliomielite e febre amarela.
Assim, estas vacinas estão contraindicadas a:
 Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes portadores de AIDS, em quimioterapia ou 
transplantados, por exemplo;
 Indivíduos com câncer;
 Indivíduos em tratamento com corticoides em dose alta;
 Grávidas.
Todas as outras vacinas que não contêm bactérias ou vírus atenuados podem ser administradas.
No caso do indivíduo ser alérgico a algum componente da vacina, deve consultar um alergologista para 
ele decidir se a vacina deve ou não ser administrada, como é o caso de:
 Alergia ao ovo: vacina da gripe, tríplice viral e da febre amarela;
 Alergia à gelatina: vacina da gripe, tríplice viral, febre amarela, raiva, varicela, tríplice bacteriana: 
difteria, tétano e coqueluche.
Neste caso, o alergologista deverá avaliar o risco/benefício da vacina e, desta forma, autorizar a sua 
administração.
Falsas contraindicações das vacinas
As falsas contraindicações das vacinas incluem:
 Febre, diarreia, gripe, resfriado;
 Doenças neurológicas não evolutivas, como a síndrome de Down e a paralisia cerebral;
 Convulsões, epilepsia;
 Indivíduos com antecedentes familiares alérgicos à penicilina;
 Desnutrição;
 Ingestão de antibióticos;
 Doenças cardiovasculares crônicas;
 Doenças de pele;
 Bebês prematuros ou com baixo peso, exceto o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças 
com mais de 2 kg;
 Bebês que sofreram icterícia neonatal;
 Aleitamento materno, no entanto, neste caso, deve ser sob orientação médica;
 Alergias, exceto as que se relacionam com os componentes da vacina;
 Internação hospitalar.
Assim, nestes casos, as vacinas podem ser tomadas.
**Reação Pós- Vacinal
É comum à maioria das vacinas deixarem uma sensação dolorida na área de aplicação nas primeiras 24
horas, e cremes e pomadas anestésicas não impedirão essa dor de aparecer. “Teoricamente, qualquer vacina
pode provocar reações adversas, como febre, dor local ou irritabilidade, além de outros sintomas, mas isso
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tende a ocorrer mais com a tríplice bacteriana (DTP), a meningocócica e a pneumocócica". As vacinas
injetadas diretamente no músculo da criança (intramusculares), na região da coxa ou do bumbum,
costumam incomodar mais do que as aplicadas sob a pele (subcutâneas). Segundo a infectologista
pediátrica Adriana Melo de Faria, no caso das vacinas virais, como contra catapora e febre amarela, a
reação pode aparecer mais tarde, entre o quarto e o décimo dia, quando você já até esqueceu que o bebê
tomou vacina. No caso da vacina contra catapora, podem surgir algumas bolinhas. Já com a tríplice viral
(SRC), pode aparecer um vermelhão na pele, o chamado "sarampinho", que é inofensivo. Se tiver qualquer
dúvida sobre algum sintoma do seu filho, é sempre melhor procurar o médico e pedir uma orientação,
mesmo que seja só por telefone. De qualquer jeito, programe-se para ter tempo e dar bastante atenção ao
bebê no dia da vacina. Mesmo que ele não tenha sintomas como febre, é possível que ele fique chatinho e
irritado, e aí vale dar bastante colo e carinho até o desconforto passar. Os especialistas não recomendam
mais dar um analgésico antes da aplicação da vacina, porque há indícios de que o remédio possa interferir
na eficácia da imunização.
INFORMAÇÕES SOBRE CADA VACINA
BCG: Previne contra: Formas graves de Tuberculose (Meniningite tuberculosa, Tuberculose Miliar ou
Sistêmica) causada por Bactéria 
- Vacina: Atenuada
- Forma de aplicação: recomenda aplicar 0,1 ml da vacina BCG (1 mg/ml) por via intradérmica na parte
proximal do braço direito, próxima à inserção do músculo deltoide
- Reações: A vacina BCG geralmente deixa uma cicatriz de até 1 cm de diâmetro no braço direito.
A reação inclui uma mancha vermelha que evolui para uma pequena ferida e eventualmente cicatriza.
Possíveis eventos adversos incluem úlceras grandes, gânglios ou abscessos na pele e disseminação do
bacilo da vacina. Os gânglios ocorrem em cerca de 10% dos vacinados. Em caso de qualquer evento
adverso, o serviço de vacinação deve notificar as autoridades de saúde e encaminhar o paciente para
acompanhamento e tratamento adequados.
Quando adiar a vacinação: nos recém-nascidos com menos de 2kg e quando houver lesões na pele 
As crianças devem tomar uma dose única ao nascer, preferencialmente.
Na rotina dos serviços, a vacina está disponível para crianças menores de 5 anos de idade.
CUIDADOS
Não é necessário nenhum cuidado prévio para a vacinação. A reação no local da aplicação e a formação
de cicatriz são esperadas e não requerem produtos, medicamentos ou curativos. A revacinação de
crianças sem cicatriz não é mais recomendada pelo Ministério da Saúde desde fevereiro de 2019.
OBS: A vacina BCG, uma vez reconstituída, pode ser usada por um prazo máximo de 6 horas se mantida
em temperatura adequada (+2°C a +8°C).
Hepatite B: Previne contra: Hepatite B causada por Vírus
Vacina: Inativada
- Forma de aplicação: aplicar 0,5 ml ou 1 ml (dependendo da dose indicada no frasco) deve ser de
preferência intramuscular, no músculo vasto lateral da coxa em crianças menores de dois anos de idade,
ou no deltoide, acima dessa faixa etária. A vacina não deve ser aplicada na região glútea
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- Reações mais comuns: febre e (raramente) dores locais. Acima de 38º, usar antitérmicos. Aplicar
compressas geladas no local.
Pentavalente: Previne Contra: Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite e outras infecções causadas pelo
Haemophilus influenzae tipo b e a Hepatite B. Causada por Vírus e Bactérias
- Vacina: Inativada
- Forma de aplicação: Administrar dose de 0,5 mL da vacina por via intramuscular, no músculo vasto
lateral da coxa, em crianças menores de dois anos de idade e na região deltoide nas crianças acima de dois
anos de idade.
- Reações mais comuns :Em sua maioria são eventos leves que, geralmente, ocorre entre as primeiras 48
a 72 horas após a aplicação, de resolução espontânea e desprovidos de complicações maiores ou sequelas,
não constituindo contraindicações para a administração de doses subsequentes (novas doses) da vacina.
Vacina anti-pólio: Previne contra: Paralisia Infantil causada por Vírus
Vacina: VIP (Inativada), VOP (Atenuada)
- Forma de aplicação: VIP: A aplicação é feita pela via intramuscular na dose de 0,5 ml. Crianças com
até 2 anos de idade devem receber a vacina na região glútea ou na região ântero-lateral superiorda coxa.
Acima desta idade a vacina deve ser aplicada na região deltoide. VOP: duas gotinhas, via oral 
- Reações mais comuns: diarreia.
Pneumocócica Conjugada 10-Valente (VPC10): Previne contra: cerca de 70% das doenças graves
(pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.
- Forma de aplicação: A aplicação é feita pela via intramuscular na dose de 0,5 ml em adultos e crianças
maiores, no braço (deltoide); em crianças menores, na região ântero lateral da coxa.
- Reações mais comuns: dor no local da aplicação e febre. 
Tríplice Bacteriana: Previne contra: Difteria, Tétano e Coqueluche causada por Bactéria
Vacina: Inativada
- Forma de aplicação: A aplicação da vacina deve ser feita pela via intramuscular, nas dosagens de 0,5 a
1,0ml, de acordo com a procedência do produto. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região
glútea ou no músculo vasto lateral da coxa. Em crianças acima de dois anos, pode ser usada a região
deltoide. 
- Reações mais comuns: febre, dor local nas primeiras 48 horas depois. Acima de 38º, usar antitérmicos.
Rotavirus: Previne contra: doenças diarreicas causadas pelo rotavírus. Foram identificados até o
momento sete grupos: A, B, C, D, E, F e G; os que causam doença no homem são os dos grupos A, B, e C
causada por Vírus
Vacina: Atenuada
- Forma de aplicação: O volume a ser administrado é 1,5 ml por via oral
- Reações mais comuns: Febre baixa, menor que 38 graus, episódio isolado de vômito ou regurgitação
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Meningocócica C: Previne contra: doenças provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo
C, esta bactéria pode ser a causa de infecções graves, as vezes, até fatais, como a meningite e a sepse.
Causada por Bactéria.
Vacina: Inativada.
- Forma de aplicação: vacina (0,5 mL) deve ser aplicada por via intramuscular profunda,
preferencialmente na parte anterolateral da coxa de crianças menores de 24 meses de idade e no
músculo deltoide de crianças mais velhas, adolescentes e adultos.
- Reações mais comuns: dor no local e febre. Acima de 38º, antitérmicos. No local: compressas frias 
- Quando é melhor adiar a vacinação: nos casos de febre, erupções na pele, vômitos e dor de cabeça 
Febre Amarela: Previne contra: febre amarela, uma doença causada por um vírus da família dos
Flavivírus, um tipo de vírus que causa doenças em humanos e em outros vertebrados. Causada por Vírus
Vacina: Atenuada
- Forma de aplicação: O volume da dose a ser administrada é de 0,5 mL. A vacina é administrada
por via subcutânea, de preferência, na região do deltoide, na face externa superior do braço.
- Reações mais comuns: podem acontecer episódios de dor no local, dor de cabeça e febre, entre cinco
até trinta dias após a aplicação.
Tríplice viral: Previne contra: Caxumba, Rubéola, Sarampo. Causada por Vírus
Vacina: Atenuada
- Forma de aplicação: O volume da dose a ser administrada é de 0,5 mL. A vacina é administrada
por via subcutânea, de preferência, na região do deltoide, na face externa superior do braço.
- Reações mais comuns: coriza, febre baixa. Acima de 38º, usar antitérmicos.
Hepatite A: Previne contra: Hepatite A. Causada por Vírus
Vacina: Inativada
- Forma de aplicação: A aplicação é feita pela via intramuscular na dose de 0,5 ml em adultos e crianças
maiores, no braço (deltoide); em crianças menores, na região ântero lateral da coxa.
- Reações mais comuns dor local. 
Varicela: Previne contra: Catapora. Causada por Vírus
Vacina: Atenuada
- Forma de aplicação: dose única de 0,5 ml. A vacina é administrada por via subcutânea, de
preferência, na região do deltoide, na face externa superior do braço.
- Reações mais comuns: dor, manchas no local e febre baixa.
HPV: Previne contra: Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV
6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais
(condiloma). Causada por Vírus
Vacina: Inativada
- Forma de aplicação: A aplicação é feita pela via intramuscular na dose de 0,5 ml 
- Reações mais comuns: Dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação. Febre, mal-estar e dor de
cabeça também são reações relatadas por parte dos vacinados.
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http://familia.sbim.org.br/doencas/95-hpv
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Influenza: Previne contra: Gripe 
Vacina: Inativada
- Forma de aplicação: A aplicação é feita pela via intramuscular na dose de 0,5 ml 
- Reações mais comuns: dor no local e febre.
Dengue (vacina Qdenga ): Previne contra: prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus
da dengue em indivíduos de 4 a 60 anos de idade. 
Vacina: Atenuada
- Forma de aplicação: A aplicação é feita pela via subcutânea na dose de 0,5 ml 
 REDE OU CADEIA DE FRIO
A conservação das vacinas é feita por meio do sistema denominado REDE OU CADEIA DE FRIO. Este
sistema inclui o armazenamento, o transporte e a manipulação de vacinas em condições adequadas de
refrigeração desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é aplicada.
Esse sistema REDE OU CADEIA DE FRIO é respeitado em quatro níveis a saber:
1-NÍVEL NACIONAL,;
2- NÍVEL ESTADUAL;
3- NÍVEL REGIONAL;
4- NÍVEL MUNICIPAL;
5- NÍVEL LOCAL.
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1. Aspectos operacionais na Sala de Vacinas
Os aspectos operacionais em sala de vacinas merecem uma atenção especial pois tratam de medidas
essenciais para a aplicação de um imunobiológico dentro de todos os padrões corretos de conservação,
armazenagem e indicações clínicas.
A enfermagem exerce um importante papel no tocante às imunizações por monitorar todos os aspectos
técnicos e operacionais na sala de vacinas.
 
É a equipe de enfermagem que:
-Manter a qualidade do serviço;
-Pedir as vacinas em quantidade necessária;
-Receber e distribuir vacinas na geladeira de estoque;
-Controlar a temperatura da geladeira;
-Aplicar os imunobiológicos corretamente;
-Avaliar os efeitos adversos;
-Recomendar clientes faltosos e verificar esquemas incompletos de vacinas;
-Verificar possíveis faltas de energia elétrica;
-Manter treinamento contínuo da equipe de enfermagem.
 
 Além disso, é a equipe de enfermagem que se depara com alguns problemas de aspectos operacionais
tanto no âmbito de indicação clínica quanto no de efeitos colaterais. Sendo assim, há a necessidade de um
treinamento contínuo de toda a equipe para que se possa garantir um serviço de qualidade à população.
 
2. Aspectos Técnicos:
2.1-Planta física:
A sala de imunobiológicos deverá ser utilizada somente para conservação e aplicação dos mesmos. Não é
permitido que nesta mesma sala se realizem outros procedimentos como curativos, inalações, etc.
 O tamanho da sala varia de acordo com o número da clientela atendida, ou seja, a área de abrangência
varia de acordo com a localização desta unidade tanto em nível hospitalar quanto nas Unidades Básicas
de Saúde.
 Essa unidade deverá conter:
- Uma pia preferencialmente em aço inox, em mármore ou granito para facilitar a limpeza;
- Um balcão para preparo dos imunobiológicos;
- Piso lavável, preferencialmente granilite por ser um piso de fácil limpeza.
- Não se deve utilizar pisos de madeira, carpetes, cortinas, etc. pois, nestes tipos de pisos e acessórios é
grande a formação de fungos e outros microorganismos. A sala deverá ter preferencialmente paredes
azulejadas na cor branca o que facilita a desinfecção das mesmas. O uso de tinta acrílica lavável também
é aceitável.
REFRIGERADOR OU GELADEIRA
São equipamentos destinados à estocagem, de imunobiológicos em temperaturas (+2ºC a 8ºC), devendo,
para isso, estarem regulados para funcionar nesta faixa de temperatura. 
Os refrigeradores utilizados pelo Programa Nacional de Imunização devem ser organizados de
acordo com as seguintes recomendações:
· Manter pacotes de gelo no evaporador (congelador);
· As vacinas devem ser colocadas nas prateleiras superiores:
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· Garrafas com água e corante na prateleira inferior;
· As vacinas devem ser arrumadas na geladeiraem bandejas perfuradas para permitir a circulação
doar ou nas próprias embalagens do laboratório produtor. 
2.2-Procedimentos básicos na utilização dos refrigeradores:
As vacinas, por sua própria composição, são produtos susceptíveis aos agentes físicos tais como a luz e o
calor. O calor é bastante prejudicial por acelerar a inativação dos componentes das mesmas. É necessário,
portanto, mantê-las constantemente refrigeradas e, por isso, há a necessidade de uma supervisão constante
e eficiente dos equipamentos usados na refrigeração assim como na rede elétrica.
 As câmaras de conservação ou geladeiras deverão ser usadas única e exclusivamente para os
imunobiológicos, não se devendo permitir que sejam guardados alimentos, sangue e/ou derivados,
bebidas, etc.
 Deverá ficar longe de fonte de calor como estufa, autoclave, raios solares, etc. A fonte de energia
elétrica deverá ser unicamente destinada ao refrigerador. Nunca ligá-lo em T ou com benjamin.
 O refrigerador do tipo doméstico com capacidade mínima para 280 litros deverá ficar perfeitamente
nivelado e afastado da parede pelo menos uns 30 cm para permitir a livre circulação de ar no
condensador. Não são recomendadas geladeiras do tipo duplex por serem mais instáveis em sua rede
de frio.
 A limpeza do refrigerador deverá ser feita, de preferência, quinzenalmente ou quando houver excesso
de gelo no congelador, mas, para isso são necessários cuidados especiais para não deixar os
imunobiológicos sofrerem alterações de temperatura.
 2.2.1-Os seguintes cuidados se fazem necessários:
- Providenciar um outro refrigerador em bom funcionamento e regular esse refrigerador entre +2 e +8°C
por um período de três horas antes de transferir os imunobiológicos. Esse controle é feito através do
termômetro de máxima e de mínima. Caso não se tenha disponível outra geladeira deverá ser
providenciada uma caixa térmica (isopor) mas é indispensável o termômetro de máxima e de mínima
além de bolsas de gelo;
 - Desligar a tomada da geladeira e abrir a porta até que todo gelo aderido se desprenda por si só. Não usar
faca ou outro objeto ponteagudo para a remoção mais rápida do gelo, pois tal método pode danificar os
tubos de refrigeração;
 - Limpar o refrigerador com um pano umedecido em solução de água com sabão neutro e enxugar com
pano limpo e seco. Não jogar água no refrigerador;
 - Após a limpeza, ligar o refrigerador e manter a porta fechada por mais ou menos 3 horas verificando a
temperatura neste período. Quando essa estiver entre +2 e +8°C deve-se recolocar as vacinas, os
diluentes, as garrafas e os recipientes para gelo.
 2.2.2-Arrumação das vacinas no refrigerador:
- As prateleiras deverão estar limpas e organizadas devendo ser retirados os vidros e caixas vazias;
- Arrumar as vacinas nas prateleiras centrais em bandejas perfuradas tipo porta talher de plástico e nunca
em caixas térmicas ou sacos plásticos;
- Não guardar vacinas na porta e na parte baixa da geladeira;
- A gaveta inferior deve ser retirada, e em seu lugar, deve-se colocar garrafas com água, sal e corantes,
que contribuem para estabilizar a temperatura. As garrafas devem estar dispostas com um pequeno espaço
entre elas para que haja circulação de ar frio.
- O congelador deve conter gelo reciclável ou recipiente de plástico. Esse gelo pode ser usado na caixa
térmica da sala de vacinação ou no transporte das vacinas;
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- Colocar o termômetro de máxima e de mínima na prateleira central, em pé, e verificar a temperatura
duas vezes ao dia, em período diferente, registrando no mapa de controle diário de temperatura;
- As vacinas, na embalagem original, devem ser arrumadas de forma a manter uma distância entre si de
aproximadamente 3 centímetros e também das paredes do refrigerador visando a livre circulação do ar
frio;
- As vacinas com prazo de validade mais próximo devem ser colocadas na frente para que sejam
utilizadas primeiro.
- As vacinas, na sua embalagem original, devem ser arrumadas de forma a manter uma distância entre
elas de aproximadamente dois centímetros e também devem ser dispostas a uma certa distância da parede
do refrigerador, para que haja circulação do ar frio.
 - As vacinas com vencimento mais próximo devem ser colocadas na frente para que sejam utilizadas
primeiro.
- No congelador deve-se colocar gelo reciclável que também ajuda a manter a temperatura. Quando
houver um aumento da temperatura deve-se colocar gelo reciclável na porta do refrigerador e quando
houver queda da temperatura retirar as garrafas de água e os gelos do congelador e da porta.
2.2.3-A ordem de colocação das vacinas é a seguinte:
ORGANIZAÇÃO INTERNA 
· No evaporador (congelador) colocar gelo reciclável ou saco plástico com gelo, na posição vertical,
ocupando todo espaço;
· Na 1º prateleira as vacinas virais (contra a poliomielite, sarampo, tríplice viral, dupla viral, febre 
amarela);
· Na 2º prateleira as vacinas bacterianas e toxoides;
· Na 2º prateleira, no centro, coloca-se o termômetro de máxima e mínima na posição vertical;
· Na 3º prateleira podem-se colocar os diluentes ou caixas com as vacinas devendo-se ter o cuidado 
de permitir a circulação de ar entre as mesmas.
 2.2.4-Situações de emergência:
Quando os equipamentos deixam de funcionar por motivo de corte de energia elétrica ou por outro
defeito, as portas das geladeiras deverão permanecer fechadas até que a situação se normalize ou até que
se verifique o tipo de problema. Quando o problema perdurar por um período maior que 8 horas ou
quando não for possível prever sua duração deve-se tomar algumas providências pois um corte de energia
por mais de 8 horas pode inutilizar os produtos imunobiológicos. Esse prazo de oito horas só deve ser
tolerado quando o equipamento estiver funcionando em perfeitas condições, isto é, seja de uso exclusivo
de vacinas e tenha controle diário de temperatura através do mapa de controle da temperatura. Caso o
defeito não seja identificado ou não solucionado, esses imunobiológicos deverão ser transferidos para
outro refrigerador com controle adequado de temperatura.
 
3. Congelamento das vacinas e sua viabilidade
3.1-Vacinas que podem congelar e que não se deterioram
Contra poliomielite do tipo Sabin, sarampo, caxumba, rubéola, vacina tríplice e dupla viral, varicela e
febre amarela;
3.2-Vacinas que não podem congelar pois se deterioram
Hepatites A e B, vacina tríplice bacteriana (DTP), dupla adulto (dT) e infantil (DT), gripe, vacina contra
raiva, tétano (TT), febre tifóide, vacina contra poliomielite do tipo Salk, BCG, vacina contra
Haemophilus influenzae, meningococos e pneumococos.
 (*) Nota: Os diluentes devem estar na mesma temperatura das vacinas no momento da aplicação e para
isso, devem também ser conservados no refrigerador.
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CONTROLE DE TEMPERATURA
É importante a verificação da temperatura dos equipamentos da Rede de Frio, em todas as instâncias. Na
instância Local está temperatura é verificada no início da jornada pela manhã e no final da jornada, à
tarde. O termômetro recomendado para ser usado nos equipamentos da Rede de Frio é o Termômetro de
Máxima e Mínima. Ele é utilizado para verificar as variações de temperatura ocorridas em determinado
ambiente, num período de tempo, fornecendo três tipos de informação: a temperatura mínima (mais fria);
a temperatura máxima (mais quente) e a temperatura do momento.
 A leitura deve ser feita da seguinte forma:
· Temperatura mínima: é a que está indicada no nível inferior do filete azul na coluna da esquerda;
· Temperatura máxima: é a que está indicada no nível inferior do filete azul na coluna da direita;
· Temperatura do momento: é a que está indicada pela extremidade superior das colunas de mercúrio
(direita e esquerda e devem marcar a mesma temperatura);
· Após a leitura das temperaturas registrar no mapa de controle diário;
· Após o registro das três temperaturas, pressionaro botão central para anular as temperaturas máximas e
mínimas fazendo com que os filetes azuis se encostem às colunas de mercúrio, iniciando o processo de
medição do próximo período.
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Enfermagem Pediátrica
Papel da Enfermagem em Pediatria
A cura das afecções da criança e o êxito do tratamento em um ambiente hospitalar não dependem
exclusivamente do nível científico do pediatra, de um cuidadoso exame físico ou de uma perfeita
prescrição médica; o trabalho da equipe de enfermagem é imprescindível. Ademais, uma conduta
profissional integrada e co-responsável - médico/equipe de enfermagem - é de valor inestimável na tarefa
de tratar e curar as crianças que chegam a necessitar de atendimento hospitalar, que por certo estaria
potencializada se contasse com a participação ativa da família.
Segundo CAMPESTRINI (1991), a enfermagem vem desenvolvendo uma nova concepção de assistência
integral ao indivíduo, onde novas responsabilidades devem passar a ser assumidas pela equipe de
enfermagem, principalmente em algumas áreas especializadas, dando ênfase ao aperfeiçoamento de
métodos, técnicas, normas e rotinas, com a finalidade de atingir o seu objetivo primordial: o bem-estar da
criança e sua reabilitação num tempo mais breve possível.
Durante a permanência da criança no hospital, ela deve ser atendida em todos os seus aspectos
biopsicossociais. 
Considerando esses aspectos, detectaram três perspectivas diferentes que norteiam a assistência prestada à
criança no processo saúde-doença. Todo hospital adota uma abordagem de assistência à criança
hospitalizada que, mesmo não estando explicitada em seus regimentos e manuais, pode ser facilmente
identificada na rotina diária da unidade. Existem desta forma três tipos de abordagens: centrada na
patologia da criança, centrada na criança e aquela centrada na criança e sua família.
A abordagem centrada na patologia caracteriza-se por ter como foco de assistência à criança com uma
determinada patologia, sinal ou sintoma que necessitam de cuidados profissionais; neste caso, a equipe de
enfermagem centra seus esforços para obter dados que se relacionam com os problemas de saúde da
criança, com o diagnóstico da patologia e com a instalação das medidas terapêuticas. As intervenções de
enfermagem enquanto procedimentos técnicos, são o ponto alto da assistência. Na unidade, as crianças
são geralmente agrupadas nas enfermarias conforme o diagnóstico médico. A área física em geral existe
para atender as necessidades dos profissionais e o ambiente é pobre ou desprovido de caracterizações
infantis.
A comunicação entre equipe, criança e família é formal, cabendo ao profissional de saúde informar a
família quando e o que julgar necessário. A interação da equipe de enfermagem com a família resume-se
a alguns momentos: admissão, comunicação de mudanças básicas no tratamento, agravamento do estado
geral e alta hospitalar. A tomada de decisões é centrada no médico.
Já na abordagem centrada na criança o foco de assistência passa a ser a criança em sua unidade
biopsicossocial. O objetivo dessa assistência é amenizar as repercussões psicológicas provenientes da
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hospitalização. Dá-se ênfase às necessidades de crescimento e desenvolvimento e às necessidades clínicas
da criança, havendo também um incentivo maior à participação da criança e da família nos cuidados,
principalmente naqueles mais gerais como na higiene e alimentação.
Quanto à área física, destina-se locais para atender às necessidades de recreação e bem-estar da criança,
junto do acompanhante. A unidade passa também a ter caracterizações infantis.
A tomada de decisões torna-se mais democrática e a família, embora não participe dela, é mantida sempre
informada e atualizada sobre a evolução do estado da criança, discutindo com os profissionais os
resultados esperados.
Na abordagem centrada na criança e na família, concebe-se a assistência como resultante da interação
de fatores biopsíquicos, sócio-culturais e ecológicos. Visa a recuperar a saúde da criança promovendo as
condições para evitar as intercorrências hospitalares e estender as ações à comunidade.
A área física é considerada como um local para estimulação da criança e para o convívio família-criança-
equipe. O ambiente possui caracterizações infantis, condizentes com o objetivo de propiciar um bom
estado de ânimo da criança, da família e da equipe.
A família cumpre um papel central, participando ativamente do planejamento, execução e avaliação do
atendimento. Os profissionais compartilham com ela, a identificação dos problemas, os recursos
disponíveis e elaboram em conjunto um plano de assistência. Diferente das outras abordagens, esta é
dinâmica, participativa e democrática. As decisões são tomadas por todos os membros e a
responsabilidade é assumida de maneira igualitária pela equipe e família.
Entretanto, a maioria dos nossos hospitais, deficientes de recursos humanos e materiais, parecem adotar a
abordagem centrada na patologia da criança, entendendo que ela dispende menor tempo para prestar
assistência, economiza pessoal, e que o espaço físico da unidade mantém a organização, provocando
menor estresse na equipe, pelo menor envolvimento com o paciente. Independentemente do tipo de
abordagem adotada, para obter-se uma assistência de enfermagem de qualidade, são indispensáveis a
sistematização do serviço e a capacitação da equipe de enfermagem, sobretudo a dos atendentes de
enfermagem que, segundo Dutra e Feldmann apud CURSINO (1992), constituem 60% da força de
trabalho nas empresas prestadoras de serviços de saúde. A importância desses profissionais é vital porque
eles são os principais responsáveis por manter as unidades funcionando vinte e quatro horas, durante
todos os dias do ano.
Segundo KURCGANT et al (1991), as organizações hospitalares precisam de profissionais capacitados
para alcançar as suas metas e objetivos. Necessitam não somente de processos seletivos adequados, mas
também de trabalho contínuo com os funcionários, integrando-os na própria função e no contexto
institucional. Para que isso ocorra, é imprescindível a educação continuada do funcionário no seu local de
trabalho. Ela potencializa a atuação consciente desse profissional, além de oferecer condições para que
ele interprete e utilize a realidade que o cerca.
Ela favorece a ação assistencial dos funcionários, levando-os a ter uma maior satisfação no trabalho,
melhorando o seu desempenho profissional.
A Criança Doente e Hospitalizada
A hospitalização representa uma situação nova para a criança, muitas vezes traumática, devido ao
ambiente diferente, a presença de pessoas desconhecidas e de procedimentos invasivos que ela
desconhece. A necessidade de hospitalização é um fator agravante, podendo constituir uma experiência
bastante difícil para o pequeno paciente. Este período de hospitalização pode levar a um amadurecimento
e maior desenvolvimento psíquico ou resultar em prejuízo do desenvolvimento físico e mental 2002. A
separação dos pais e ausência de adultos confiáveis, a perda do ambiente familiar, muitas vezes do
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ambiente escolar, do convívio com seus amigos, as rotinas e as atividades, todos esses fatores geram
sofrimento à criança. A hospitalização gera situação de crise, envolvendo a criança doente e sua família.
A presença da família pode minimizar os efeitos traumatizantes e estressantes, e sua a inclusão no
tratamento assegura o êxito de qualquer condição terapêutica na assistência à criança hospitalizada. Os
pais têm necessidade de compreender a situação e o tratamento do seu filho, sentir que são capazes de
prestar assistência, sendo o papel da enfermagem, gerar oportunidade dos pais discutirem seus
sentimentos sobre a hospitalização, continuar prestando assistência ao seufilho, obter informações
precisas e consistentes a respeito do diagnóstico, tratamento e dos cuidados específicos ao filho. Quando
os pais são atendidos em suas necessidades de forma adequada, participam efetivamente nos cuidados do
filho hospitalizado, isso beneficia tanto a família quanto à criança.
CRIANÇA HOSPITALIZADA
A criança é um ser sensível que precisa de muito carinho e atenção para que sua vida e o seu
desenvolvimento transcorram normalmente. A criança quando está doente, pode apresentar tristeza,
agressividade, ou outro tipo de manifestação, sendo que estes comportamentos podem ser causados por
falta de afetividade, ou atenção para com ela.
“A doença como toda situação de crise, altera a vida da criança e de sua família gerando ansiedade. A
necessidade de hospitalização é um fator agravante, podendo constituir uma experiência bastante difícil
para o pequeno paciente”. O adoecimento e a hospitalização da criança representam rupturas no cotidiano
dela própria e de sua família. Em geral, a criança deixa de ir à escola, se afasta de seus familiares e
amigos, não realiza muitas das suas atividades cotidianas, os familiares por sua vez, têm sua rotina
alterada, precisam se afastar do lar, além de gerenciar os cuidados com a criança e as demandas da
família. A hospitalização pode ser encarada pela criança como separação da família, pois esta pode se
sentir abandonada pela mãe em um ambiente desconhecido e ameaçador. As rotinas hospitalares, o medo
do desconhecido, a separação, as limitações impostas pela doença e o prognóstico geram situações
difíceis e requer do enfermeiro procurar compreender a vivência da família e delinear intervenções que
auxiliem durante a crise que pode representar a hospitalização da criança e no seu ciclo vital. Quando
uma criança é internada, o ambiente estranho o assusta, pois há pessoas que não lhe são familiares, ruídos
diferentes e uma dinâmica de funcionamento desconhecida. Para que essas vivências da hospitalização
possam ser enfrentadas e transformadas é preciso que a criança e sua família estejam em ambiente
acolhedor, com uma equipe de profissionais que forneça apoio, através do acolhimento, escuta e
intervenções técnicas.
A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL
A enfermagem pediátrica exige constante exercício de inteligência e de imaginação da parte da equipe de
enfermagem, que devem lidar com as alterações do desenvolvimento normal e também com as mudanças
de conduta e as necessidades precipitadas pela doença e pelas condições incapacitantes. É preciso também
lidar com os pais cuja necessidade de apoio varia à medida que a situação da criança muda. 
Ao cuidar da criança, e família no processo saúde-doença, a enfermagem pode gerar recursos para o
desenvolvimento integral da criança e criar condições para minimizar seu sofrimento, evitando o
rompimento do vínculo familiar, quando da necessidade de internação hospitalar 1988. A equipe de
enfermagem deve basear as atividades de educação para a saúde e o conhecimento do meio desta criança.
É preciso analisá-la, definir suas necessidades, métodos e ações para satisfazê-las. Devem incluir a
criança nas atividades e brincadeiras realizadas com outras crianças. É preciso encorajar a criança a agir,
mas propondo-lhe ações realizáveis no seu próprio meio, condição de vida e em relação com sua idade,
suas possibilidades, sua religião, sua cultura (SCHMITZ, 2005). A equipe de enfermagem deve
compreender que o sentimento de culpa dos pais em relação à doença e hospitalização do filho é uma
reação universal e dar apoio, explicando aos pais, conforme sua compreensão a real causa da doença. A
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enfermagem deve conhecer as causas do sentimento de culpa e ansiedade, tentar identificá-las e adotar
medidas para reduzi-las e minimizar suas consequências nas relações família-criança-equipe de saúde.
UTI Neonatal
A UTI Neonatal é um ambiente do hospital preparado para recebem bebês que nasceram antes das 37
semanas de gestação, com baixo peso ou que possuem algum problema que possa interferir no seu
desenvolvimento, como alterações cardíacas ou respiratórias, por exemplo. 
O bebê permanece na UTI até que possa crescer, atingir bom peso e se tornar apto a respirar, sugar e
deglutir. O tempo de permanência na UTI varia de acordo com o bebê e o motivo pelo qual foi levado à
UTI, no entanto em alguns hospitais um dos pais pode permanecer com o bebê durante todo o tempo do
internamento.
Para compreender o que é a UTI Neonatal, é importante conhecer a sua função e objetivo. Como qualquer
Unidade de Terapia Intensiva, ela tem o intuito de monitorar com precisão as situações consideradas mais
graves ou os pacientes com alguma descompensação orgânica.
Quando voltada para o atendimento de recém-nascidos, a unidade busca o tratamento de prematuros que
apresentam alguma situação adversa ao nascer. Isso quer dizer que nem sempre os bebês estão doentes —
muitas vezes, eles precisam de uma atenção maior da equipe médica para que possam crescer com
qualidade, se tornando aptos a respirar, sugar e deglutir.
A busca por essa autonomia acontece em função do amadurecimento do bebê. Vamos pensar juntos: os
reflexos orgânicos citados acima só são desenvolvidos a partir da 34.ª semana de gestação. Quando há um
parto prematuro, o recém-nascido ainda não conquistou todas essas habilidades e precisa de um tempo
maior para poder aprendê-las, sem prejudicar a sua saúde.
Para garantir que tudo ocorra da maneira certa, muitos são internados na UTI Neonatal e contam com o
apoio de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas
e psicólogos
Assistência de enfermagem
Os chamados “cuidados gerais de Enfermagem em UTI Neonatal” são aqueles rotineiramente realizados
pela equipe técnica de Enfermagem para com todos os bebés internados, salvo algumas exceções e/ou
modificações de certos procedimentos para com certos pacientes. Conforme prescrição médica e/ou de
Enfermagem. Esses “cuidados gerais” incluem:
 Verificação de Sinais Vitais (Saturação de oxigênio, Pulso ou Frequência Cardíaca, Respiração,
Temperatura e Pressão Arterial e aplicação de escala de dor);
 Manter elevação da cabeceira entre 30 e 45 graus conforme prescrição médica.
 Permeabilizar os cateteres de acesso venoso periférico. Cateter umbilical, flebotomia ou PICC
(quaisquer que sejam que o RN esteja mantendo) conforme prescrição médica e de enfermagem e
observar constantemente se não há sinais flogisticos ou de extravasamento no local de inserção
dos cateteres
 Rodizio de sensor de oximetria continua entre os MMSS e MMII (membros superiores e inferiores
 respectivamente);
 Higiene oral e ocular dos recém nascidos,
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 Mudança de decubito,
 Higiene perineal e troca de fraldas;
 Pesagem de fraldas e controle de eliminações vesico- fisiológicas;
 Curativo de coto umbilical;
 Banho do Recém nascido;
 Troca de eletrodos e de roupas (ninho) do leito do recém Nascido (sempre após o banho ou
quando houver necessidade),
Sempre observar a posição de canula orotraqueal e das sondas para certificar-se que o RN não está
“extubando acidentalmente ou “que saque a sonda: quando necessário, colocar luvinhas para evitar que o
RN saque a sonda gástrica,
 Oferta de dieta por gavagem, sonda-dedo, copinho, ou posicionando o recém nascido em selo
materno (conforme prescrição médica);
 Manutenção do conforto geral do recém-nascido (diminuir luminosidade, ruidos e ter manuseio
mínimo agrupando os cuidados):
 Manter ambiente térmico neutro;
 Verificando os Sinais Vitais dos recém nascidos na UTI Neonatal
A rotina de verificação dos sinais vitais em UTI Neonatal costuma ser feita com um espaçamento de
horas que varia de 4 em 4, 3 em 3, ou até 2 em 2 horas conforme o caso e a gravidade do recém nascido.
Os sinais vitais são aqueles que nos informam sobre como está,

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