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INFECÇÃO-HOSPITALAR-IMPORTÂNCIA-GLOBAL-NO-CONTEXTO-SAÚDE

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2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2 INFECÇÃO HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA GLOBAL ....................................... 4 
2.1 Estratégias para medidas de prevenção ............................................................. 6 
2.2 Higienização das Mãos (HM) .............................................................................. 8 
2.3 Limpeza do ambiente ........................................................................................ 11 
2.4 Uso de jalecos/batas de uso individual ............................................................. 13 
3 INFECÇÕES NO CONTEXTO GERAL .............................................................. 15 
3.1 O Impacto da pandemia do Coronavírus X Controle das infecções hospitalares
 ...........................................................................................................................22 
4 TIPOS DE INFECÇÕES ..................................................................................... 25 
4.1 Conjuntivite ....................................................................................................... 30 
4.2 Controle de infecções em Pediatria .................................................................. 32 
5 ÉTICA E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À 
SAÚDE ...................................................................................................................... 35 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 INFECÇÃO HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA GLOBAL 
 
Fonte: shre.ink/myEb 
A infecção hospitalar (IH) é um termo que foi substituído por Infecções 
Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), acontece quando o período de incubação 
do patógeno for desconhecido e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial 
de infecção no período da internação, ou ainda, o aparecimento a partir de 72 horas 
após a admissão de alguma manifestação clínica de infecção. 
Destaca-se que a IRAS não está restrita ao ambiente hospitalar, existe casos 
em que após a alta do paciente, o mesmo apresente sintomas, contudo, para o 
diagnóstico de IH, tais sintomas necessitam estar relacionados com a hospitalização, 
por exemplo, no caso de infecção de sítio cirúrgico, a infecção poderá advir até 30 
dias após o ato cirúrgico. Outro exemplo a ser citado, é no caso de introdução de 
prótese, na qual esse prazo pode ser de até 1 ano após o procedimento (PEREIRA, 
et al., 2014). 
 Tais infecções adicionam-se às disfunções físicas e estresse emocional do 
paciente, podendo conduzir a condições incapacitantes, diminuindo a qualidade de 
vida e, consequentemente, levando ao aumento da letalidade. O aumento nos custos 
relacionados à assistência à saúde é um dos resultados, no qual a prorrogação do 
tempo de internação do paciente com IRAS é um elemento importante, produzindo 
não só uma ampliação nos custos diretos como também nos indiretos, devido a perdas 
de dias de trabalho. O aumento do número de drogas usadas, a precisão de 
procedimentos de isolamento e precauções, exames laboratoriais e outros estudos 
 
5 
 
diagnósticos adicionais também produzem efeitos nos custos atribuídos (CORREIA, 
2013). 
As infecções hospitalares apresentam um problema global, visto que a 
execução de programas de prevenção de infecções recebeu um reconhecimento 
especial baseada na experiência do COVID-19 e da resistência a antibióticos. Houve 
um aumento muito significativo de pacientes internados apresentando suspeita 
ou colonização conhecida por determinados patógenos epidemiológicos, fazendo 
com que estes pacientes possam sentir-se só, devido a vulnerabilidade durante sua 
internação. Sendo assim, recomenda-se a permissão e envolvimento de 
acompanhantes para visitas, pois possuem um impacto positivo na recuperação do 
paciente. 
Quando o paciente se encontra colonizado, ele apresenta risco de 
transmissibilidade dos patógenos, ou seja, cuidados deverão ser executados para à 
prevenção da saúde do acompanhante ou visitante (AV), porém não existem diretrizes 
que garantam a adesão da criação de sugestões para esses indivíduos, resultando 
em risco à saúde. A transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar, é uma 
grande preocupação e as infecções associadas à assistência à saúde (IRAS) 
encontra-se entre as principais causas de morbimortalidade (SINÉSIO et al, 2018; 
TAUFFER et al, 2019). 
Se fizermos uma comparação entre os países desenvolvidos, iremos observar 
que os percentuais de IRAS aumentaram 20 vezes mais do que quando comparadas 
às de países desenvolvidos, ou em países em desenvolvimento. Fato este relacionado 
ao baixo capital conduzido aos gastos com a saúde. A razão pela preocupação com 
as IRAS, está relacionado à resistência aos antibióticos, devido seu uso frequente na 
área da saúde beneficiando a escolha de cepas resistentes que podem multiplicar 
facilmente no ambiente, caso não adotarem as medidas preventivas apropriadas 
(PADOVEZE et al, 2019; SINÉSIO et al. 2018). 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2.1 Estratégias para medidas de prevenção 
 
 
Fonte: bityli.com/SLQHutJC 
As estratégias consideradas mais importantes para a prevenção da 
transmissão de microrganismos resguardando tanto o trabalhador quanto ao 
paciente, são as precauções padrão. Medidas essas que se baseiam no princípio de 
que todo o sangue, fluidos corporais, secreções e excreções, exceto suor, pele não 
intacta e membranas mucosas, são capazes de conter agentes infecciosos 
transmissíveis, sendo necessário que se evite o contato com tais líquidos. 
Essas medidas incluem à higienização correta das mãos (HM), o uso de 
equipamentos de proteção individual (EPI), etiqueta respiratória, descarte adequado 
de resíduos e o reprocessamento de produtos para à saúde. Ao selecionar o EPI, os 
riscos potenciais de exposição à sangue ou outros fluidos corporais devem ser 
avaliados (BRASIL, 2017; SIEGEL et al. 2007). 
No âmbito de prevenção específica, o aumento do número de internações 
hospitalares aumentou significativamente, refletindo em um número crescente de 
doentes com infecções ou colônias, a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 (Covid-
19) e também o ressurgimento destacando os casos de sarampo, em foco na América 
do Sul (GÉNÉREUX et al, 2020; CHATZOPOULOU et al, 2020; OPAS, 2016; 
ROSELLI et al, 2020; ZHOU et al, 2020). 
O estabelecimento de boas práticas em Precaução Específica (PE), possui uma 
grande importância para prevenir a transmissão de microrganismos de um paciente 
 
7 
 
para outro ou para o meio ambiente ou para a segurança de pacientes, profissionais e 
demais envolvidos na assistência à saúde. Os pacientes em precauçãoespecífica, 
podem se sentir vulneráveis, desenvolvendo múltiplos sentimentos como: o medo da 
piora de sua saúde ou que se torne uma ameaça para a comunidade, devido sua 
condição ser contagiosa (JESUS; DIAS; FIGUEREDO, 2019). 
O acompanhante é um representante da rede social do paciente que o 
acompanha durante todo o período da internação, visando buscar melhorias em 
termos de uma internação mais humanizada (BRASIL, 2010). 
Eles poderão ser bastante úteis para prevenir a transmissão de infecções, 
sendo indispensável que ambos recebam todas orientações necessárias sobre a PE, 
em materiais informativos para pacientes, acompanhantes e visitantes, o que pode 
ser a justificativa da precaução e medidas, os riscos, caso as medidas recomendadas 
e as instruções de uso dos EPIs não forem corretamente seguidas (SIEGEL et al, 
2007). 
A Higienização das mãos (HM) é uma medida simples que deve ser utilizada 
para prevenir à transmissão de microrganismos. É necessário ensinar a forma 
adequada dessa higienização, não apenas para os envolvidos no cuidado à saúde do 
paciente, mas a todos que estão em contato com ele (AZEVEDO et al, 2018). 
Ao se ter contato com superfícies, objetos ou pessoas contaminadas, as mãos 
tornam-se uma das principais vias de transmissão de patógenos, sendo 
imprescindível ser higienizadas de maneira correta com água e sabão ou com 
desinfetantes a base de álcool, principalmente soluções etanólicas ou isopropílicas 
(SEQUINEL et al, 2020; WHO, 2009). 
A maneira correta de se utilizar os EPIs, também foi sinalizada como uma das 
principais ações de não conformidade feita pelos Acompanhantes e Visitantes (AV), 
se forem utilizados corretamente, os EPIs como luvas, máscaras cirúrgicas e aventais, 
os mesmos servirão como uma barreira física à transmissão de partículas infecciosas 
presentes nos fluidos corporais (BROWN et al, 2019). 
A Lei Federal nº. 9.431, de 06 de janeiro de 1997, e a Portaria nº. 2616 de 12 
de maio de 1998, dispõem sobre a obrigatoriedade da existência de uma CCIH e de 
um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), respectivamente, nos 
hospitais brasileiros. Constitui parte da CCIH/CCIRAS uma equipe multiprofissional 
que atua de forma conjunta para evitar a transmissão e disseminação de 
 
8 
 
microrganismos. Contudo, no que concerne à formação dos profissionais de saúde, o 
tema de controle de IRAS não é abordado com a devida relevância, sendo raros os 
cursos de graduação que abordem adequadamente essa temática, tendo como 
consequência um grande hiato entre a prática e as recomendações do PCIH 
(SINÉSIO et al, 2018; LÔBO et al, 2018; MENEGUETI et al, 2015; PADOVEZE et al, 
2014). 
Deste modo, é imprescindível o treinamento da equipe multidisciplinar para a 
obtenção do êxito nos aspectos que tangem à prevenção e controle das IRAS 
(SINÉSIO et al, 2018). Além disso, há necessidade de mudanças relacionadas as 
atitudes e comportamentos dos profissionais de saúde para melhora da adesão em 
relação às medidas preventivas específicas (GONZÁLEZ-ESTRADA et al, 2016). 
Observa-se que muitas vezes, o significado e a utilidade das medidas de PE 
não são bem esclarecidos aos AV, possibilitando o risco de contaminação ou da 
transmissão de microrganismos para demais pessoas (JUSKEVICIUS et al, 2016; 
PADOVEZE et al, 2019; SIEGEL et al, 2009). Outra situação que merece destaque se 
refere à utilização equivocada dos EPIs. Em alguns casos, o uso de EPIs por AV é 
negligenciado pois envolve sentimentos de desconforto ao ter como imposição uma 
barreira física, como avental e luvas, para lidar com o paciente (MARQUES et al, 2014; 
REIS et al, 2015). 
Por outro lado, estudos apontam que frequentemente, a utilização de EPIs não 
é totalmente esclarecida ou compreendida, ocasionando muitas vezes o uso 
desnecessário desses equipamentos sucedendo a elevação dos custos relacionados 
ao aumento do seu uso (REIS et al, 2015; SANTOS et al, 2018). 
2.2 Higienização das Mãos (HM) 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam 1,4 
milhões de casos de infecções provenientes dos serviços de saúde, a maioria dos 
quais, poderia ser impedida com a adoção de uma técnica simples: a higienização das 
mãos. 
 
9 
 
 
Fonte: shre.ink/my0G 
Estudos epidemiológicos indicam que pacientes recentemente hospitalizados 
apresentam alto risco de contaminação em ambientes anteriormente ocupados por 
outro indivíduo sabidamente infectado, principalmente por microrganismos 
multirresistentes. Os profissionais de saúde estão constantemente expostos a 
superfícies e materiais potencialmente contaminantes, aumentando a possibilidade de 
contaminação das mãos durante o atendimento aos pacientes e/ou procedimentos 
clínicos. A higienização das mãos é considerada a forma mais importante para reduzir 
a transmissão de doenças infectocontagiosas. 
Em 1846, o médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis relatou a ocorrência de 
febre em mulheres que recentemente haviam dado à luz com os cuidados médicos 
que elas recebiam. Após Semmelweis observar que os médicos saíam das salas de 
autopsia e iam diretamente para as salas de parto, sem higienizar as mãos, ele 
identificou que esses mesmos médicos possuíam um odor desagradável nas mãos. 
Então, Semmelweis deduziu que a alta incidência de febre era originada de partículas 
cadavéricas, sendo transmitidas das salas de autopsia para a ala de obstetrícia pelas 
mãos de estudantes e médicos. Em seguida, ele orientou que todos realizassem a 
higienização das mãos com solução clorada a cada realização de procedimento, seja 
ele no início ou término. Com isso, no mês seguinte, foi percebido para surpresa de 
todos, a queda da taxa de infecção e mortalidade de 12,2% para apenas 1,2%, 
 
10 
 
evidenciando a importância da limpeza das mãos na prevenção de doenças 
infectocontagiosas (STAPENHORST, 2019). 
A higienização das mãos (HM) tem duas finalidades: 
➢ retirada de sujeira, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e microbiota 
da pele, interrompendo a transmissão de infecções relacionadas ao contato 
direto; 
➢ prevenção e diminuição das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. 
Orienta-se à higienização das mãos regularmente para todos os profissionais 
da saúde que mantêm contato direto ou indireto com pacientes, manipulam 
medicamentos, alimentos ou materiais estéreis ou contaminados. 
 
Os sabonetes comuns (barra, líquidos ou em espuma) favorecem a eliminação 
da sujeira e da microbiota transitória. Entretanto, só terá eficácia a utilização de 
sabonete comum quando associada ao uso correto da técnica de higienização das 
mãos e da fricção mecânica durante o processo de lavagem. Condutas para o controle 
de infecções para o contato direto em geral e para a maioria das atividades práticas 
laboratoriais ou ambulatoriais. 
 A utilização de sabonete líquido (com refil) nos serviços de saúde, é 
recomendação da ANVISA devido ao menor risco de contaminação do produto. 
Alguns estudos mostraram que os sabonetes em barra possuem grandes 
concentrações de bactérias, respectivo ao uso coletivo, e que a contaminação poderia 
ocorrer facilmente se a manipulação do suporte para o refil, não for realizada de forma 
correta durante a troca do produto (STAPENHORST, 2019). 
Os produtos antissépticos empregados na higienização das mãos não podem 
possuir apenas ação antimicrobiana, mas também ação residual ou prolongada. Os 
álcoois etanol, isopropanol e n-propanol são comumente utilizados como produtos 
para a higienização das mãos. Desses três, o etanol é o mais utilizado e reconhecido 
como agente antimicrobiano há séculos. 
A forma de ação desses produtos constitui na desnaturação (alteração da 
conformação) e na coagulação de proteínas. Esses produtos acarretam também uma 
quebra da integridade da membrana celular, levando à ruptura desta. Os álcoois 
possuem rápida ação e eficaz contra a atividadebacteriana e fungicida. Para que a 
eficácia do produto seja aumentada, as soluções alcoólicas necessitam ter entre 60 e 
 
11 
 
80% de concentração, visando que quanto maior a quantidade de água presente, 
menor a capacidade do produto de interferir na integridade da membrana celular 
bacteriana (STAPENHORST, 2019). 
A ciclodextrina é um produto antisséptico empregado há, cerca de, 70 anos e 
sua atividade antimicrobiana, tais como os álcoois, também é atribuída à ruptura da 
membrana plasmática de consequente coagulação de proteínas. Contudo, apesar de 
a ciclodextrina ter ação residual mais forte (de aproximadamente 6 horas), a sua ação 
imediata é mais lenta quando comparada com produtos à base de álcoois. 
Mas, é de grande importância citar que a ciclodextrina, por causa do seu efeito 
residual prolongado, é considerada como o melhor antisséptico disponível no 
mercado. Ela apresenta alta eficácia contra bactérias Gram-positivas e fungos, porém, 
não possui ação contra esporos fúngicos. O iodo, propriamente dito, desde de 1821 é 
usado como antisséptico, porém, como o composto ocasiona irritações e manchas 
cutâneas, em 1960, ele foi suprido pela polivinilpirrolidona iodo (PVIP). 
Então, ao realizar a escolha do produto que você utilizará, considere sempre a 
indicação, a eficácia, a técnica utilizada e os recursos disponíveis. Porém, grande 
parte dos manuais de higienização das mãos orienta a lavagem simples, seguida do 
uso de solução alcoólica, como o método mais eficaz. 
2.3 Limpeza do ambiente 
A higiene do ambiente é considerada, pela ANVISA, como um dos critérios 
mínimos para o funcionamento e a qualidade oferecida pelos serviços de saúde. O 
ambiente de trabalho é um ambiente coletivo, onde várias pessoas, com hábitos e 
costumes diferentes, convivem, portanto, é necessário adotar procedimentos de 
higienização, visando à redução dos riscos associados aos serviços da saúde. 
A realização da limpeza do ambiente, desde bancadas até mesmo o chão, deve 
ser concretizada seguindo os princípios simples preconizados pelas Normas de 
Biossegurança. É importante sempre realizar a limpeza no sentido da área mais limpa 
em direção à mais suja ou da área menos contaminada para a mais contaminada, 
sempre de cima para baixo, no mesmo sentido e mesma direção, ou seja, se você 
começar pelo lado esquerdo da área, passe o pano com o produto de trás para frente 
e refaça o mesmo movimento na área adjacente àquela que foi higienizada. Jamais 
 
12 
 
utilize movimentos de vai e vem ou circulares durante a higienização das bancas, pois 
esses movimentos espalham sujidade (STAPENHORST, 2019). 
Os métodos de limpeza de superfícies em serviços de saúde abrangem a 
limpeza concorrente (diária) e a limpeza terminal. A limpeza terminal é, 
principalmente, utilizada em ambientes hospitalares e Unidades de Pronto 
Atendimento (UPAs), pois é realizada com máquinas de lavar piso e com produtos 
químicos mais fortes. O serviço de saúde que mais faz uso desse tipo de limpeza são 
os hospitais e as upas. 
 
 
Fonte: shre.ink/my01 
A limpeza concorrente deve ser executada diariamente, com o objetivo de 
limpar, organizar o ambiente de trabalho, repor os insumos de consumo diário, separar 
e organizar os materiais que serão processados para a esterilização. Devendo ser 
realizada em todas as superfícies horizontais de móveis e equipamentos, portas, 
maçanetas, piso e instalações sanitárias. 
A limpeza dos pisos diariamente deve ser feita sempre que houver 
necessidade, varrendo, essencialmente, os resíduos existentes. Use um pano 
embebido em água e sabão e utilize sempre dois baldes com água: um contendo água 
limpa e o produto e o outro com água apenas para o enxague do pano, removendo, 
assim, o excesso de sujidade. Posteriormente, o produto desinfetante, comumente 
 
13 
 
hipoclorito, necessita ser aplicado em toda a superfície do piso, utilizando um pano 
limpo (STAPENHORST, 2019). 
2.4 Uso de jalecos/batas de uso individual 
Sabe-se que jalecos (batas brancas) de uso individual usados pelos 
profissionais de saúde agregam inúmeras bactérias e vírus transmissores de doenças, 
principalmente de infecções hospitalares que se alojam no tecido da vestimenta. 
Alguns tipos de bactérias se conservam por dias até 2 meses na peça/roupa, e pelo 
menos 90% delas resistem no tecido durante 12 h. 
 
 
Fonte: shre.ink/myHu 
Existe contaminação por microrganismos nos diferentes artigos utilizados pelos 
profissionais de saúde durante a assistência, entre eles, estão respectivamente 
segundo a presença de microrganismos patogênicos, as canetas, estetoscópios, 
telefones celulares e aventais (PANDEY, 2010). 
A utilização de jalecos e/ ou aventais é prática comum entre a equipe de saúde. 
Contudo, reconhece-se que estes são progressivamente contaminados durante os 
atendimentos realizados aos pacientes, tornando os uniformes veículos potenciais 
 
14 
 
para a transmissão de microrganismos, o que poderia contribuir para o aumento das 
infecções associadas aos cuidados de saúde (CARVALHO, 2009). 
Ressalta-se também que essas vestimentas não constituem apenas risco para 
a transmissão de microrganismos aos pacientes, pois os profissionais de saúde, de 
forma geral, realizam a higienização de suas vestimentas em seus domicílios, o que 
potencialmente gera riscos para a família e comunidade onde estão inseridos 
(HIGGINSON, 2011). 
 Grande parte dos profissionais de saúde acredita que as roupas podem ser 
veículos de transmissão de infecções hospitalares, o que é suportado por evidências 
científicas frágeis. Assim, para comprová-las, é necessário que sejam testadas e 
examinadas, quantificando-se e qualificando-se os microrganismos presentes nas 
vestimentas (CARVALHO, 2009). 
Em alguns hospitais, o uso de jalecos/batas de uso individual vem sendo 
restrito às áreas de assistência a pacientes. Orientados por normas internas, os 
colaboradores devem retirar o jaleco antes de saírem das unidades, em especial da 
unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal/pediátrica e até de adultos, para entrarem 
no refeitório sem esse equipamento de proteção individual (EPI). 
Recomenda-se também que os profissionais de saúde utilizem um jaleco/bata 
de uso individual novo (limpo) todos os dias, promovendo, assim, maior controle de 
infecções dentro e fora dos hospitais, visto que também não está aconselhado esse 
tipo de roupa em áreas e/ou vias públicas (Recife – Lei no 17.601/2009/São Paulo – 
Projeto Lei no 687/2009). 
É importante diferenciar os jalecos/batas de uso pessoal dos aventais 
(descartáveis/tecido) indicados em casos de risco de contaminar a roupa das equipes 
multiprofissionais e para proteger a pele no contato com sangue e fluidos corporais. A 
indicação e a escolha do tipo de avental baseiam-se na natureza da intervenção com 
o paciente, incluindo o grau esperado de contato com material infectante e o potencial 
de penetração de sangue e fluidos no avental. Se os aventais forem do tipo 
impermeável a líquidos, a utilização de cobertura de pernas, botas ou de sapatos 
aumenta a proteção da pele quando há presença ou possibilidade de respingos ou 
grande quantidade de material infectante (HINRICHSEN, 2018). 
É importante lembrar que os aventais deverão ser retirados após contato com 
pacientes e não deverão ser reutilizados antes de serem reprocessados, devendo ser 
 
15 
 
retirados na saída do quarto/enfermaria/unidade assistencial, seguindo-se a 
higienização das mãos. Além disso, eles não devem ser reutilizados de um paciente 
para o outro e, após uso, precisam ser depositados em recipiente apropriado, não 
devendo ser pendurados para uso posterior, especialmente em unidades de 
neonatologia, pediatria e berçários. 
A cultura de prevenção de infecções hospitalares deve contemplar não só a 
mudança de comportamento da equipe e dos profissionais de saúde, mas também da 
família queacompanha o paciente e permanece no ambiente hospitalar, bem como 
da comunidade a que pertence. A atualização e o treinamento das equipes são 
essenciais para garantir boas práticas de saúde e minimizar o risco de contágio 
(CAETANO, 2020). 
3 INFECÇÕES NO CONTEXTO GERAL 
 
 
Fonte: shre.ink/my0b 
Além da suscetibilidade individual a processos infecciosos, deve-se levar em 
consideração a existência de múltiplos fatores que colaboram para a manifestação de 
infecções relacionadas à assistência à saúde (IrAS) em pacientes. Observam-se entre 
eles o estado clínico e/ou a suscetibilidade do hospedeiro; a falta de adoção de 
medidas preventivas na realização dos procedimentos; a manipulação imprópria de 
 
16 
 
substâncias particulares (uso indiscriminado de antissépticos e antimicrobianos); os 
descuidos de medidas de segurança na preparação e conservação do sangue para 
transfusões ou nas prescrições da alimentação parenteral, que acrescentam a 
probabilidade da introdução de bactérias no organismo do paciente. 
Outras causas de IrAS são: 
➢ transmissão direta do microrganismo; 
➢ utilização de dispositivos invasivos, uma vez que essas substâncias são 
administradas por meio de cateteres, em veias periféricas ou centrais, 
para a corrente sanguínea; 
➢ utilização indevida de antissépticos cutâneos, que podem não criar 
barreiras ou contaminação a partir do ponto de introdução do cateter 
venoso na artéria. 
O aumento do número de leitos e de internações leva uma maior convivência 
de pacientes no hospital, resultando na necessidade de contratação de mais 
funcionários para o cuidado com o paciente, bem como para a realização de atividades 
com maior agilidade, aumentando o risco de transmissão da infecção de um doente 
para outro, como também a transferência de pacientes para outras instituições 
hospitalares, diagnósticas e terapêuticas (HINRICHSEN, 2018). 
Um ambiente bastante propício à ocorrência de IrAS é a unidade de terapia 
intensiva (UTI) de um hospital, por uma série de motivos: os pacientes admitidos em 
ambiente de terapia intensiva se encontram habitualmente em estado crítico, com 
seus mecanismos de imunidade afetados, sendo suscetíveis a infecções; o próprio 
ambiente da UTI agrupa muitos doentes com infecções graves, por vezes por 
microrganismos resistentes, facilitando assim as infecções cruzadas, caso não tenha 
mecanismos adequados de barreira implementados. 
Os pacientes que se submetem a inúmeros procedimentos invasivos, criam 
portas de entrada para os microrganismos da própria microbiota do paciente e do 
ambiente. Vale ressaltar que muitos destes pacientes estão intubados e submetidos 
a ventilação mecânica (VM), que é potencialmente contaminante do sistema 
respiratório, principalmente se não houver cuidado adequado em procedimentos de 
aspiração orotraqueal ou se houver abertura desnecessária do circuito do ventilador. 
 
17 
 
O uso de filtros higroscópicos e de sistemas de aspiração fechada pode acarretar 
benefício por diminuir a frequência de desconexão do ventilador. 
 Da mesma forma, os procedimentos que utilizam circulação extracorpórea, 
como hemodiálise e oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), aumentam as 
chances de infecção de corrente sanguínea por contaminação dos circuitos e até 
mesmo das soluções as quais foram utilizadas no procedimento. A prática da 
automedicação induz ao consumo incorreto e indiscriminado de medicamentos, 
especialmente antibióticos. Isso contribui para que cepas resistentes e seletivas 
surjam no ambiente hospitalar, favorecendo infecções (HINRICHSEN, 2018). 
A Lei Federal no 9.431, de 1997, regulamentada pela Portaria no 2.616, exige 
que os hospitais mantenham um programa de controle de IrAS (infecções hospitalares 
– IH), e estabeleçam dados epidemiológicos, pesquisar de vigilância epidemiológica 
para identificação de eventos, determinar causas e possibilitar a proposição de 
medidas administrativas coerentes e oportunas, obrigando ter um controle dos 
procedimentos invasivos, à aplicação efetiva de técnicas de limpeza, desinfecção, 
antissepsia, esterilização e isolamento. 
Os processos judiciais a que estão expostos os hospitais, são outra razão 
importante para prevenção e controle de IrAS/IH. O hospital possui a responsabilidade 
de resguardar a incolumidade do paciente em tudo que possa lhe causar dano. 
O artigo 159 do Código Civil mostra que aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, causar prejuízo a outrem fica obrigado a 
reparar o dano. É de responsabilidade do hospital o trabalho de seus funcionários. Em 
um processo jurídico, o prestador avaliado culpado poderá ser obrigado a indenizar o 
paciente ou familiares, e, além dos danos à sua imagem, também poderá vir a perder 
seu alvará, afetando sua lucratividade e viabilidade. 
Os profissionais, estão sujeitos às sanções do código de ética e órgãos de 
classe. O artigo 1.545 do Código Civil estabelece que médicos, cirurgiões, 
farmacêuticos, parteiras e dentistas ficam obrigados a satisfazer o dano sempre que, 
da imprudência, negligência ou imperícia em atos profissionais, resultar morte, 
inabilitação de servir ou ferimento. O artigo 1.538 aborda da liquidação das obrigações 
resultantes de ato ilícito, enquadrando-se neste as IrAS por imperícia, imprudência ou 
negligência. 
 
18 
 
O próprio Ministério da Saúde coloca a IrAS/IH como a provável quarta causa 
de óbito. As vantagens de um programa ativo de prevenção e controle das infecções 
são inquestionáveis, destacando-se a diminuição da morbimortalidade e dos custos. 
Quando se trata de saúde é especificamente delicado, principalmente abordar 
a questão econômica, mas a falta de recursos financeiros, tem exigido dos 
administradores e profissionais de saúde a busca da eficácia e eficiência do 
tratamento ao menor custo possível. A redução de custos não implica a perda de 
qualidade assistencial, ao contrário: um hospital com bom gerenciamento financeiro 
tem condições de reverter o resultado desse trabalho na educação continuada de seus 
profissionais, em hotelaria (na modernização do espaço físico) e na aquisição de 
equipamentos de última geração que trarão mais conforto, proporcionando maior 
confiabilidade na assistência aos pacientes (HINRICHSEN, 2018). 
Os custos dessas IrAS são três: diretos, quando efetuados pelo hospital e pelo 
paciente; indiretos, quando há parada ou descontinuidade do trabalho e da produção 
decorrentes do afastamento do paciente; e intangíveis, que são relacionados com as 
alterações emocionais e psicológicas no paciente resultantes da doença. 
Atualmente, a maioria das instituições de saúde do Brasil não dispõe de um 
sistema técnico, detalhado e consistente de custos para estabelecer o preço de seus 
serviços, além de apresentarem desperdício ou má aplicação de seus recursos, visto 
que uma instituição de saúde que não conheça seus custos, provavelmente terá 
graves problemas na administração de seu fluxo de caixa. 
Portanto as IrAS constituem em um problema grave e um desafiador, exigindo 
trabalho ininterrupto. Todos no hospital, pacientes, familiares, funcionários, médicos e 
fornecedores, são responsáveis pela prevenção e controle da IH. 
Uma CCIH/gerência de risco/qualidade, estruturada e eficaz, com uma equipe 
de profissionais comprometida em obter a diminuição dos índices de infecção, 
acarretará melhoria significativa na qualidade da assistência aos pacientes e 
expressiva redução de custos, assim como de processos judiciais (HINRICHSEN, 
2018). 
O processo de qualidade nos serviços de saúde ligada à questão das IrAS é 
uma temática que continua evocando atenção no cenário mundial para a concepção 
da cultura de segurança do paciente. Trata-se de evento não somente biológico, mas 
histórico e social, que causa impacto direto na segurança da assistência à saúde, e 
 
19 
 
constitui um dos principais desafiosmundiais para a qualidade dos cuidados em 
saúde. 
 
Critérios para definição de irAS/IH 
Qualquer processo infeccioso adquirido em ambiente hospitalar, diagnosticado 
especialmente durante sua internação, é considerado IrAS/IH, porém pode ser 
detectado após comprometendo também qualquer outra pessoa presente no hospital. 
O diagnóstico e a localização são adquiridos com o conjunto de dados clínicos e 
laboratoriais. Para que se defina a infecção o tempo de acompanhamento do paciente 
é de até 48 h após a alta da unidade de terapia intensiva (UTI), 30 dias após a cirurgia 
sem colocação de prótese e 1 ano após colocação de prótese. Qualquer infecção do 
neonato até 28 dias de vida é classificada como hospitalar (nosocomial – IrAS), desde 
que a via de aquisição não seja transplacentária (HINRICHSEN, 2018). 
Segundo a Portaria no 2.616 do ministério da saúde (MS), um processo 
infeccioso relacionado ao ambiente hospitalar é definido quando pode estar 
relacionado à internação ou procedimentos complementares. Deve-se considerar 
também a suscetibilidade individual a infecções, que podem ser endógenas (pelos 
próprios microrganismos do paciente, que podem ser induzidos por doenças ou 
medicamentos, como antibióticos, corticosteroides, anti-helmínticos, gases 
anestésicos e imunossupressores); ou exógena, que aparece a partir de 
microrganismos estranhos ao paciente, sendo veiculada pelas mãos da equipe de 
saúde, por nebulização, uso de respiradores, vetores, medicamentos ou alimentos 
contaminados. 
Antibioticoprofilaxia 
A utilização em cirurgia geral de antibióticos profiláticos pode não ser 
necessário quando realiza é realizada uma cirurgia limpa, exceto quando existe algum 
certo risco de infecção. Quando utilizados, seguem protocolos com base em 
evidências científicas, que levam em conta os microrganismos mais frequentemente 
relacionados aos procedimentos cirúrgicos, segundo microbiota hospitalar, cujos 
agentes mais frequentes são bactérias gram-positivas (Staphylococcus aureus, 
Staphylococcus epidermidis) e coliformes aeróbios (Escherichia coli). 
 
20 
 
A indicação de antibioticoprofilaxia cirúrgica, quando realizada, visa à 
prevenção de infecção cirúrgica, local, porém não previne outras infecções já 
existentes, como as urinárias, pneumonia ou infecção de cateter. Deverá ser iniciada 
1 h antes do procedimento (coincidindo geralmente com o momento da indução 
anestésica) e descontinuada logo após. Cirurgias com mais de 4 h, deve-se repetir a 
dose após 2 h da primeira e suspender posteriormente. 
Os antibióticos empregados como profiláticos em procedimentos cirúrgicos são 
a cefazolina e a cefalotina, ambas cefalosporinas de primeira geração e com espectro 
semelhante para microrganismos comuns como Staphylococcus aureus/epidermidis 
e Escherichia coli. A cefazolina é preferida à cefalotina, por sua meia-vida sérica 
tecidual maior (4 h), possibilitando uma excelente ação sobre as principais bactérias 
de interesse cirúrgico (HINRICHSEN, 2018). 
Devido a cefalotina, possuir meia-vida mais curta (2 h), obriga ao aumento do 
número de doses a cada hora. A repetição do antibiótico profilático intraoperatório 
deverá ocorrer se o tempo cirúrgico ultrapassar a meia-vida do antibiótico escolhido. 
Translocação bacteriana 
Definida como translocação bacteriana a passagem de bactérias viáveis ou 
endotoxinas por intermédio da mucosa e da lâmina própria do sistema gastrintestinal 
para os linfonodos mesentéricos e outros órgãos. Este fenômeno tem sido associado 
a bacteremia e síndrome da falência de múltiplos órgãos e sistemas. Espera-se que, 
para acontecer a passagem de microrganismos e endotoxinas do lúmen intestinal para 
a corrente sanguínea, exista precisão da existência isolada ou em conjunto de queda 
da imunidade do paciente, alteração da flora intestinal e de quebra da barreira 
defensiva do intestino, representada pela mucosa intestinal (HINRICHSEN, 2018). 
Diferentes situações clínicas, incluindo obstrução intestinal, têm sido 
implicadas na ocorrência de translocação bacteriana. Alguns estudos apontam que 
pacientes com obstrução intestinal, mostram a presença de bactérias gram-negativas 
em linfonodos mesentéricos. A translocação bacteriana também tem sido 
demonstrada na obstrução experimental do intestino delgado, tanto nos linfonodos 
quanto no fígado, baço e sangue. Existem evidências, experimentalmente, de que a 
obstrução aguda do cólon esquerdo facilita a translocação bacteriana. 
 
21 
 
A função intestinal normal abrange um complexo processo de digestão e 
absorção de alimentos. Devido à quantidade imensa de bactérias em seu lúmen, o 
intestino grosso possui um intricado sistema de defesa, o qual ajuda a reconhecer 
nutrientes que serão absorvidos de endotoxinas e bactérias que necessitam ser 
excluídos. Esse mecanismo de prevenção engloba um sistema imune ativo, a barreira 
mucosa e a peristalse, entre outros (HINRICHSEN, 2018). 
Em ocasiões em que existe deficiência imunológica, como idade avançada; 
doenças associadas a diabetes melito; depressão; epilepsia; instabilidade 
hemodinâmica após procedimentos cirúrgicos prolongados (maiores que 3 h), com 
ampla perda sanguínea (sangramentos durante cirurgias e ou após estas); precisão 
de reposição sanguínea (hemotransfusões de concentrado de hemácias); 
desnutrição; episódios de constipação intestinal com uso de medicamentos laxantes 
que possam levar a desequilíbrio hídrico (desidratação), seguidos de diarreia e/ou 
alterações gastrintestinais, podem causar quebra física da barreira mucosa, aumento 
da permeabilidade mucosa e estase intestinal. A translocação bacteriana para 
linfonodos mesentéricos tem sido demonstrada. 
Em episódio de obstrução intestinal, as causas possíveis para o aumento da 
translocação bacteriana seriam a estase fecal, que determina uma quebra de balanço 
ecológico da microflora intestinal (com rápido aumento da população bacteriana), e a 
isquemia, que leva a déficit de irrigação e lesão da barreira mucosa. 
Escherichia coli (E. coli), Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae são 
bactérias gram-negativas, aeróbias bastante encontradas em culturas. São as 
bactérias, principalmente a E. coli, que mais se translocam, em particular quando há 
fatores de risco associados, que afetam a imunidade do indivíduo. Os patógenos mais 
envolvidos nas infecções do paciente grave são E. coli, Pseudomonas aeruginosa, 
Staphylococcus aureus e Enterococcus spp., acontecendo principalmente em 
infecções ginecológicas, obstétricas e intraperitoneais. 
Outro fator importante na incidência de translocação, é o aumento da 
população bacteriana sobretudo porque o intestino delgado exibe maior 
suscetibilidade em relação ao colo, devido às diferenças estruturais e fisiológicas entre 
os intestinos delgado e grosso, e, ainda, porque ele é um órgão frequentemente 
afetado nos estados de hipoperfusão ou na evolução de doenças inflamatórias 
abdominais (HINRICHSEN, 2018). 
 
22 
 
3.1 O Impacto da pandemia do Coronavírus X Controle das infecções 
hospitalares 
 
Fonte: bityli.com/TpYKhFAH 
Foi descoberto em novembro de 2019, um surto de doenças respiratórias 
fomentada pelo Coronavírus (SARS-CoV-2) em Wuhan conhecida, mundialmente 
como Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). Este vírus multiplicou-se ligeiramente 
entre os países, interferindo mundialmente a vida diária de bilhões de pessoas, sendo 
declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em março de 2020, como uma 
pandemia (ANDRADE et al., 2021). 
A pandemia gerada pela SARS-CoV-2, estabeleceu números expressivos 
mundialmente de pessoas contaminadas, tendo gravidade do quadro acarretando em 
óbitos, ocasionando assim uma nova realidade para todo o mundo, principalmente 
para os profissionais da saúde que adentraram para a linha de frente. O maior desafio 
sanitário encontrado neste século acontece através da pandemia de COVID-19, aomesmo tempo, trazendo um desafio para as equipes de saúde onde mundialmente os 
profissionais de saúde, passaram por uma realidade surreal especialmente durante a 
assistência, e a grande demanda nos atendimentos das Unidades de Terapia 
Intensiva (UTI,s), culminando na ampliação de novos leitos de UTI em todo país 
(WERNECK & CARVALHO, 2020). 
 
 
23 
 
 
É importante saber que quando mencionamos sobre leitos de UTI’s é 
necessário saber quantos existem no país, essas informações facilmente podemos 
encontrar no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) que em 2020 
indicavam a totalidade de 86.392 leitos complementares, sendo 51,6% públicos ou 
contratados pelo SUS e os remanescentes 48,4% de propriedade privadas. 
Contudo, 31.940 são leitos de UTI Adulto e 4.938 de UTI Pediátrica, sendo, 
respectivamente, 15.322 (48,0%) e 2.669 (54,1%) ‘leitos do Sistema Único de Saúde 
(SUS)’ (BRASIL, 2020; ARAÚJO et al., 2021). 
A Portaria GM/MS nº 237 e 414/GM/MS, de 18 de março de 2020, autoriza a 
habilitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva Adulta e Pediátrica, para 
acolhimento exclusivo dos pacientes COVID-19, por esta razão, é necessário a 
inclusão na Tabela de Leitos do CNES, Tipo 03 - Complementar, o Leito 51 - UTI II 
Adulto - COVID-19 e o Leito 52 - UTI II Pediátrica - COVID-19. 
Entretanto, em julho de 2020, continuaram cadastrados 20.203 leitos COVID-
19 Adultos e 729 leitos COVID-19 Pediátricos, sendo, simultaneamente, 10.228 
(50,6%) e 200 (27,4%) SUS (VITÓRIA & CAMPOS, 2020). 
Este acréscimo nas UTI,s simboliza cerca de 35,3% sobre a totalidade de leitos 
complementares do período imediato anterior à pandemia aos meses de janeiro e 
fevereiro onde 58,7% de ampliação, sobre o somatório dos leitos de UTI Adulto e 
Pediátrico existentes em janeiro e fevereiro de 2020 (35.682 leitos à época). O maior 
desenvolvimento proporcional aconteceu na Região Sudeste (48,3%), seguido das 
Regiões Nordeste (24,7%), Sul (13,0%), Norte (6,0%) e Centro-Oeste (8,0%) 
(CAMPOS & CANABRAVA, 2021). 
 Exclusivamente foram oferecidos a habilitação de leitos de UTI,s durante a 
pandemia de COVID-19, pelo Ministério da Saúde (MS) onde foi regulamentada pela 
Portaria GM/MS nº 568, de 26 de março de 2020. No período de abril a agosto de 
2020, foram habilitados 12.244 leitos de UTI,s COVID-19 adultos e 249 leitos de UTI,s 
COVID-19 pediátricas, a partir de 156 diferentes portarias ministeriais. Neste cenário 
atual foram habilitados 100% dos leitos SUS COVID-19, tanto adulto quanto pediátrico 
estão prontos para receber os pacientes de Coronavírus (BRASIL, 2020; MARQUES 
et al., 2021). 
 
24 
 
De acordo com Oliveira, Lucas e Iquiapaza (2020), a SCIH precisou intervir nas 
medidas de precaução devido ao potencial de sobrevivência do vírus no ambiente por 
vários dias, e nas instalações e áreas com grande potencialmente de contaminados 
por SARS-CoV-2. Essas medidas de precaução são para todos os ambientes 
hospitalares comuns e restritos, onde antes de serem reutilizadas, devem ser limpas 
com produtos que contenham agentes antimicrobianos conhecidos por sua eficácia 
contra os Coronavírus. 
Segundo Neri et al. (2021), os testes realizados com álcool 70% exibiram um 
efeito de desinfecção esperado para dois tipos de Coronavírus (vírus da hepatite de 
camundongo e vírus da gastroenterite transmissível) em seguida um minuto de 
contato em comparação com 0,06% de sódio hipoclorito também. 
 Exames realizados com SARS-CoV-2 mostraram que o hipoclorito de sódio 
possui eficácia em uma concentração de 0,05% a 0,1% após cinco minutos quando é 
agregado a um material contendo SARS-CoV-2. Conforme Moreira, Meirelles e Cunha 
(2022), relata que a transmissão do SARS-CoV-2 acontece de pessoa para pessoa 
que através da autoinoculação do vírus em membranas mucosas (nariz, olhos ou 
boca) e do contato com superfícies inanimadas infectadas, por este motivo, se 
fazendo necessário uma prevenção de medidas de proteção humana a fim de evitar 
a contaminação de pessoas. 
Essas medidas são imprescindíveis para a prevenção da transmissão 
relacionada à higienização das mãos, considerada uma medida de baixo custo e alta 
efetividade, por serem as mãos o principal veículo de contaminação cruzada. Segundo 
Dias et al. (2021), comenta que a higienização das mãos, que contempla todas as 
metas internacionais de segurança do paciente, trabalhadas em cima da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), protocoladas como medidas assistenciais 
como barreira essencial e eficaz para a proteção do paciente e do trabalhador de 
saúde. 
Considerando essa perspectiva no momento atual, observa-se que o 
trabalhador passou a perceber quando existe a falta dos insumos essenciais a essa 
prática, como lavatórios e torneiras danificados, ou se os dispensadores de álcool gel, 
sabões e papel toalha estão vazios. 
Já Silva, Emily e Souza (2022), relatam que o monitoramento entre os colegas 
de trabalho quanto à realização da técnica correta da higiene das mãos, uma vez que 
 
25 
 
a disseminação do SARS-CoV-2, do mesmo modo, alcançava toda a equipe 
interdisciplinar. A promoção da higiene das mãos é essencial para minimizar a 
transmissão do SARS-CoV-2 de outras patologias. Os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI,s) e Coletivo (EPC,s), ambos em contato com o pacientes 
contaminados por várias patologias entre elas o Coronavírus. 
Entretanto Teixeira et al. (2020) comenta que a exposição dos profissionais de 
saúde nas UTI’s com relação ao vírus da COVID-19 tem uma magnitude de riscos 
ocupacionais, devidos as horas exaustivas, não somente voltados aos 
perfurocortantes e riscos biológicos em geral, por executar inúmeros e diferentes 
procedimentos. Por este motivo, se faz necessário o uso regular e intermitente dos 
EPI’s veste de sua relevância na minimização das possibilidades de se desenvolver 
uma doença ou acidentes provenientes do trabalho executado. 
A SCIH tem um papel fundamental que é a fiscalização nestes ambientes 
hospitalar, que é um local altamente periculoso, que nenhum profissional da saúde 
está isento de acidentes causados por materiais biológicos ou doenças ocupacionais, 
o uso de EPI’s é fundamental para os profissionais, cabe a eles julga-se útil o uso e 
incentivar o uso frequente desse recurso durante a atividade laboral. Ainda assim, 
todos os profissionais de saúde tiveram que passar por treinamentos intensivos, 
principalmente com os cuidados direto com os pacientes (ROCHA; ROCHA; 
MADUREIRA, 2021). 
4 TIPOS DE INFECÇÕES 
A infecção comunitária é aquela detectada na admissão do paciente ou em fase 
e incubação, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. 
Também são comunitárias as infecções conexas a complicação ou extensão de 
infecção já existente por ocasião da admissão, a menos que exista troca de 
microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova 
infecção, as infecções de recém-nascidos, cuja aquisição por via transplacentária seja 
conhecida ou tenha sido comprovada e que se tornaram evidentes logo após o 
nascimento, e as infecções de recém-nascidos associados a bolsa rota superior a 24 
horas. 
 
 
26 
 
 
Fonte: shre.ink/myxO 
Os indivíduos que exercem seu trabalho em hospitais estão potencialmente 
expostos a uma diversidade de doenças infectocontagiosas e podem adquirir IrAS. 
Esse tipo de infecção diz-se ocupacional. 
IrAS são complicações infecciosas correlacionadas com o paciente e a 
diminuição de sua capacidade de defesa anti-infecciosa, podem ser endógenas, 
exógenas, cruzadas e inter-hospitalares. 
A infecção endógena ocorre quando é gerada pelos próprios microrganismos 
do paciente, comumente imunodeprimido, e que corresponde aproximadamente a 
66% das infecções hospitalares. 
A infecção exógena é a que se verifica a partir de microrganismos estranhos 
ao paciente, sendo veiculadapelas mãos da equipe de saúde, nebulização, uso de 
respiradores, vetores, por medicamentos ou alimentos contaminados. 
A infecção cruzada é a que se transmite de paciente para paciente, 
geralmente pelas mãos da equipe de saúde. 
A infecção inter-hospitalar foi criada para definir as IrAS que são levadas de 
um hospital para outro com a alta e subsequente internação do mesmo paciente em 
diferentes hospitais. Os agentes etiológicos mais frequentemente encontrados nos 
processos infecciosos são as bactérias. Entretanto, fungos, vírus ou protozoários, na 
dependência da infecção, tipo e gravidade da doença de base do paciente, assim 
como dos antibióticos usados previamente e do tempo de hospitalização, podem ser 
igualmente frequentes e graves. 
 
27 
 
Os pacientes que apresentam maior risco de contrair IrAS nos hospitais são os 
neutropênicos, os submetidos a cirurgias, os internados em UTI, os politraumatizados 
e os grandes queimados (HINRICHSEN, 2018). 
As infecções podem gravíssimas ou assintomáticas, como, por exemplo, as 
bacteriúrias assintomáticas, associadas ao uso do cateter vesical. Em geral, as mais 
graves, com maior taxa de letalidade, são as pneumonias associadas à ventilação 
mecânica (PAV). Estima-se que 90% das IrAS/IH sejam causados por bactérias, 9% 
por fungos e 1% por vírus, protozoários e helmintos. 
A taxa de incidência de IrAS/IH depende da técnica de vigilância 
epidemiológica, dos critérios de diagnóstico e fatores de risco presentes em 
determinada unidade em um dado tempo. Os fatores de risco podem ser intrínsecos 
ou extrínsecos. Os intrínsecos ocorrem quando há predisposição para a infecção, 
determinada pelo tipo e gravidade da doença de base do hospedeiro e que pode ser 
modificado pela terapêutica habitual da doença. Os fatores de risco extrínsecos são 
vários, como: disponibilidade de técnicas invasivas; metodologia da coleta de dados; 
grau de atuação e atualização do serviço de controle da IrAS; qualidade técnica e 
nível de compromisso da equipe de saúde e higiene hospitalar, que compreende 
higienização de mãos da equipe de saúde, métodos de assepsia e antissepsia 
utilizados nos procedimentos invasivos, limpeza ambiental, desinfecção e 
esterilização do equipamento e instrumental, qualidade do ar e da água. 
As doenças microbianas são fenômenos multicausais que decorrem da 
existência de um agente infeccioso em número suficiente; uma via de acesso ao 
hospedeiro; uma porta de entrada e um hospedeiro suscetível (HINRICHSEN, 2018). 
A primeira condição é fácil de ser atendida, pois o hábitat humano é um 
riquíssimo reservatório de microrganismos. O próprio corpo humano tem abundante 
microbiota composta de bactérias, vírus, fungos e protozoários de baixa virulência que 
permanentemente nele habitam. Para que se inicie o processo infeccioso, é 
necessário que a população microbiana seja suficientemente virulenta ou numerosa 
para superar a resistência anti-infecciosa do hospedeiro. A dose infectante (mínimo 
de organismos para iniciar o processo infeccioso) varia de acordo com a virulência do 
agente, a porta de entrada e o hospedeiro. 
A via de transmissão entre o reservatório infeccioso (local em que o agente vive 
e se reproduz) e o hospedeiro pode ser: contato direto (profissional, familiar, social, 
 
28 
 
sexual); água, alimentos; fômites (roupas e objetos); vetores mecânicos (utilizados 
como meios de transporte do agente) e vetores biológicos (usados como meios de 
transporte, instrumentos para incubação e, algumas vezes, como hospedeiros 
intermediários). 
A porta de entrada pode ser a via digestiva, a pele, a conjuntiva ou o sistema 
geniturinário. A suscetibilidade à infecção está relacionada com patrimônio genético, 
idade, inibição dos mecanismos de defesa naturais e/ou adquiridos, integridade 
anatômica dos tecidos e, em alguns casos, sexo. O termo infecção está associado à 
ideia de doença mais do que à ocorrência de um agente infeccioso sem conotação 
patológica (HINRICHSEN, 2018). 
Diz-se que há contaminação quando os microrganismos estão transitoriamente 
presentes na superfície do corpo humano sem invasão tissular ou reação fisiológica. 
Esse termo também se refere a microrganismos em objetos inanimados. 
A colonização é o crescimento de um microrganismo em um hospedeiro sem 
nenhuma manifestação clínica ou reação detectável no momento do isolamento. Há 
infecção quando se registram efeitos anatômicos e fisiopatológicos resultantes da 
interação anormal do hospedeiro com um microrganismo qualquer. 
As doenças infectocontagiosas decorrem da agressão direta ou indireta de um 
agente infeccioso inexistente na microbiota do hospedeiro. São etiologicamente 
específicas e tipicamente comunitárias, pois acometem os indivíduos saudáveis. As 
complicações infecciosas resultam de um desequilíbrio entre os mecanismos anti-
infecciosos do hospedeiro e sua microbiota normal (HINRICHSEN, 2018). 
A frequência das complicações de IrAS varia de acordo com a causa da 
internação, o estado do paciente e o tipo de assistência que recebe. A suscetibilidade 
à infecção pode ser de origem congênita ou adquirida. As imunodeficiências 
adquiridas são encontradas em condições como AIDS, algumas viroses, 
prematuridade, trauma, neoplasias malignas, desnutrição, diabetes, sarcoidose, 
fibrose cística e envelhecimento; além de receptores de órgãos, que são suscetíveis 
a IH devido à supressão da imunidade celular. A suscetibilidade também pode ser 
induzida por medicamentos, como antibióticos, corticosteroides, anti-helmínticos, 
gases anestésicos e imunossupressores. 
Infecção broncopulmonar, supuração de ferida cirúrgica, infecção do sistema 
urinário e sepse de outros focos (primária e secundária) representam 80% das 
 
29 
 
complicações infecciosas hospitalares. Entre as menos frequentes estão: 
gastroenterites (3%); supuração de úlceras por pressão (2%); infecção intra-
abdominal em paciente não operado (1%); impetigo (1%); conjuntivite (1%); otite (1%); 
e outras. A maioria das complicações IrAS está associada a um procedimento de risco. 
 Em torno de 65 a 80% das complicações infecciosas do sistema urinário 
ocorrem após cateterização vesical, podendo chegar a mais de 90% em pacientes 
ginecológicas; e 60 a 65% dos casos de sepse hospitalar manifestam-se após 
instrumentação vascular (dissecção venosa, punção para acesso venoso profundo, 
inserção de cateter de Swan-Ganz ou cateterização arterial), podendo chegar a 80% 
em pacientes cirúrgicos. Cerca de 50 a 55% das complicações do sistema respiratório 
inferior ocorrem após intubação oro ou nasotraqueal com ou sem ventilação 
mecânica, podendo chegar a mais de 80% em pacientes cirúrgicos (HINRICHSEN, 
2018). 
Inserção de Cateteres e Drenos 
As sondas, os drenos e os cateteres são rotineiramente utilizados no ambiente 
hospitalar, principalmente nos pacientes cirúrgicos. Esses dispositivos possuem como 
principal finalidade é a contribuição para o tratamento e a recuperação do paciente. A 
maioria deles é inserida pelo enfermeiro, que também podem ser responsáveis pelos 
cuidados diários que esses dispositivos demandam, supervisionando-os e 
manipulando-os (ANDRADE, 2021). 
Todos os dispositivos que são inseridos em nosso corpo, bem como sondas, 
drenos e cateteres, ambos possuem uma permanência específica tolerável, onde que 
se desobedecermos ao tempo permitido nosso corpo começará a dar inicio ao 
processo dos sinais flogísticos, acarretando assim uma possível infecção. 
Existem os cateteres venosos para inserção periférica (CVP) e para inserção 
central (CVC). O cateterismo venoso periférico é amplamente usado na rotina 
hospitalar e consiste na inserção de um cateter de tamanho curto na circulação venosa 
periférica (BARROS, 2016). É um procedimento simples e apresenta baixo risco de 
infecção, podendo ser realizado pelo técnico de enfermagem, porém deve-se respeitar 
os protocolos paracada procedimento, bem como usar luvas, fazer a assepsia correta 
entre outros. 
 
30 
 
4.1 Conjuntivite 
 
Fonte: shre.ink/myDw 
A conjuntivite é o tipo mais comum de infecção ocular. Caracteriza-se por 
inflamação na conjuntiva, a membrana mucosa que recobre a parte interna da 
pálpebra e a superfície da esclera, e apresenta-se com hiperemia e exsudato ocular. 
A conjuntivite neonatal é definida como conjuntivite do RN que ocorre nos primeiros 
28 dias de vida, em geral contraída durante o nascimento, a partir do contato com 
secreções genitais maternas contaminadas. Em partos cesarianos, as crianças 
nascidas podem vir a desenvolver conjuntivite neonatal por infecção por via 
ascendente (HINRICHSEN, 2018). 
Os agentes infecciosos mais comumente relacionados são Neisseria 
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Entretanto, outros podem estar associados, 
como herpes simples, Streptococcus viridans, Staphylococcus aureus, Haemophilus 
influenzae, Streptococcus do grupo D, Moraxella catarrhalis, Escherichia coli e outras 
bactérias gram-negativas. RN com conjuntivite devem ser colocados em precaução 
de contato, de modo a evitar transmissão da infecção para outros pacientes. 
As instituições de saúde/hospitais, de modo geral, devem estar atentas para 
manter a esterilidade de produtos para uso ocular, como os colírios. Em geral, eles 
contêm substâncias preservativas para manter a estabilidade da medicação e diminuir 
a probabilidade de contaminação. Os colírios do tipo multidose (com preservativos) e 
de uso domiciliar devem ser usados por um tempo máximo de 1 mês. Já os sem 
 
31 
 
preservativo, contendo alcaloide ou antibiótico, devem ser utilizados por até 1 semana, 
desde que conservados à temperatura entre 2 e 8°C. 
Deve-se evitar o uso fracionado de medicações intravítreas, assim como o uso 
de solução antisséptica (iodopovidona ou clorexidina) em almotolias reenvasadas, 
dando-se preferência a frascos descartáveis de uso único. Não se deve, também, 
reaproveitar sobras de solução viscoelástica. 
Os critérios diagnósticos das infecções oculares nosocomiais devem classificá-
las como conjuntivites e outras infecções oculares, não devendo ser relatadas as 
causadas por instilação ocular de nitrato de prata e as que ocorrerem como 
manifestação de uma doença viral disseminada. Infecções oculares pós-cirurgias são 
definidas como aquelas que ocorrem no período de até 30 dias após o procedimento 
cirúrgico, ou no período de até 1 ano após o procedimento, se houver implante ocular. 
Infecções oculares que se desenvolvam 7 a 14 dias após a alta hospitalar também 
devem ser vistas como IrAS na ausência de vínculo epidemiológico sugerindo 
aquisição na comunidade (HINRICHSEN, 2018). 
As infecções oftalmológicas relacionadas a cirurgias e procedimentos 
oftalmológicos devem ser notificadas e discutidas com equipe multiprofissional, para 
a elaboração de planos de ação para evitar o surgimento de novos casos na instituição 
de saúde/hospital. 
Assim, a introdução de práticas e cuidados gerais, em especial durante os 
procedimentos de manipulação ocular, cirúrgicos ou não, é essencial para prevenção 
de infecções oculares. Por isso, medidas gerais deverão ser sistematizadas para a 
prevenção de infecção ocular relacionada a procedimentos não cirúrgicos e/ou 
cirúrgicos, como a higienização das mãos com água e sabão e/ou solução alcóolica 
antes e após a manipulação ocular e o uso domiciliar de medicamentos tópicos. É 
também importante não compartilhar com outras pessoas frascos de medicamentos 
oculares tópicos, assim como evitar contato do conta-gotas dos frascos de 
medicamentos com pálpebras, cílios, sobrancelhas e pele facial. 
Ao sinal de blefarite, conjuntivite ou outras infecções sistêmicas e/ou locais, os 
procedimentos cirúrgicos deverão ser adiados. 
 
32 
 
4.2 Controle de infecções em Pediatria 
 
Fonte: shre.ink/my0s 
O controle de infecções em pediatria envolve tanto a assistência direta ao 
paciente pediátrico como o ambiente que o acolhe. A origem das IrAS, tanto no adulto 
como na criança, pode ser endógena (a partir da própria microbiota do paciente) ou 
exógena (a partir do ambiente, de outros pacientes ou de profissionais de saúde). A 
transmissão de infecções exógenas pode ocorrer por contato direto (de paciente para 
paciente) ou indireto (através das mãos contaminadas de equipes multiprofissionais), 
por via respiratória (aerossóis e gotículas), por meio de vetores (picada de mosquito) 
e através de veículos comuns (alimento, água, medicamentos, soluções 
intravenosas). 
São fatores de risco de IrAS comuns a adultos e crianças: tempo prolongado 
de hospitalização; exposição a procedimentos invasivos; uso não adequado de 
antimicrobianos; uso de cateter venoso central, uso de cateter vesical, intubação 
traqueal, além de outros fatores peculiares à assistência prestada. 
Em relação aos brinquedos/brinquedoteca em unidades de pediatria, devem 
ser instituídas rotinas de higienização nos ambientes assistenciais. É importante que 
sejam escolhidos brinquedos que permitam a limpeza com água e sabão, 
preferencialmente os de plástico, borracha, acrílico, metal, sem orifícios que 
favoreçam o acúmulo de água em seu interior. Além disso, esses brinquedos devem 
ser atóxicos e fabricados em material que permita a desinfecção com produtos como 
álcool a 70% ou biguanidas. Também é importante que sejam definidos locais de 
 
33 
 
acondicionamento desses brinquedos, como caixas laváveis com tampa ou armários 
que sejam acessíveis a uma limpeza periódica e eficaz (HINRICHSEN, 2018). 
Fatores de risco para IrAS em adultos e crianças: 
➢ Imaturidade imunológica; 
➢ Ausência de contato anterior com patógenos; 
➢ Anomalias congênitas que propiciem quebras de barreiras anatômicas; 
➢ Doenças de base motivadoras de internação; 
➢ Falta de controle esfincteriano (nas de pouca idade); 
➢ Fase oral do desenvolvimento; 
➢ Contato físico com pessoas aumentado, possibilitando exposição a 
microrganismos patogênicos; 
➢ Atividades em salas de jogos/brinquedos não adequadamente 
limpos/higienizados; 
➢ Contato com animais de estimação para fins terapêuticos sem controle 
e acompanhamento. 
Todos os que manusearem os brinquedos, incluindo as crianças, devem 
receber orientações quanto aos hábitos de higienização das mãos antes e após 
contato com os brinquedos e ambientes em que estes se encontram. Os brinquedos 
em áreas de isolamento devem ser de uso individual. Em qualquer que seja a situação, 
quando do contato de brinquedos com fluidos corpóreos, estes deverão ser 
imediatamente limpos/higienizados. 
Brinquedos de material não lavável deverão ser descartados após uso, embora 
não sejam recomendados. Em caso de serem de tecido, se não puder ser evitado, o 
uso deverá ser individual. 
Os livros e/ou revistas, assim como dispositivos eletrônicos (tablets, 
computadores, outros) poderão ser usados, mas plastificados para que possam ser 
higienizados após o uso. Se não for possível a plastificação, eles deverão ser 
descartados, se contaminados. A instituição de saúde/hospital deverá implantar um 
procedimento operacional relacionado aos brinquedos e livros, definindo 
periodicidade de limpeza/desinfecção e responsáveis (HINRICHSEN, 2018). 
As unidades de terapia intensiva pediátrica também devem ter rotinas 
específicas para os riscos de infecções relacionadas ao ambiente. A presença 
 
34 
 
constante de acompanhantes, nem sempre esclarecidos sobre as chances de 
infecção cruzada e de contaminação de dispositivos, e os deslocamentos/movimentos 
da criança (berço/cama-colo e vice-versa) aumentam as possibilidades de infecções 
cruzadas; portanto, devem ser controlados e preveníveis. 
Na pediatria, assim como com os adultos, as equipes de controle de infecções 
institucionais devem focar suas atividades na implantação de pacotes de medidas que 
diminuam os riscosassociados a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), 
infecção urinária associada ao cateterismo vesical e infecção de cateter venoso 
central (HINRICHSEN, 2018). 
Na inserção do cateter venoso central é fundamental que as equipes 
multiprofissionais sejam treinadas para tal manejo segundo protocolos de indicação 
de uso, lembrando-se da importância da higienização das mãos antes, durante e após 
a manipulação dos cateteres. 
Na prevenção de infecção urinária associada a cateterismo vesical é importante 
que sejam elaborados protocolos institucionais para identificar e remover cateteres 
que não sejam mais necessários, focados em: 
 
➢ Realizar revisão diária da necessidade de manter o CV, com suspensões 
automáticas, lembretes eletrônicos ou impressos e visitas diárias em beira 
de leito; 
➢ Desenvolver protocolo para manuseio da retenção urinária pós-cirúrgica, 
incluindo cateterismo intermitente e monitoramento por ultrassom; 
➢ Estabelecer sistemas de análise e notificação do uso e eventos adversos 
relacionados a cateteres urinários, assim como monitoramento de desfechos 
adversos relacionados ao cateter vesical (CV), incluindo obstrução, remoção 
não programada, traumas e reinserção nas primeiras 24 h após a remoção. 
 
35 
 
5 ÉTICA E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À 
SAÚDE 
 
Fonte: shre.ink/myHf 
O programa nacional de controle de IrAS/IH está vinculado à Associação 
Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, à 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Center for Disease Control 
(CDC). O programa de controle de IrAS/IH é o conjunto de medidas destinadas a 
reduzir incidência e gravidade de processos infecciosos. Em 1958, a Associação 
Americana de Hospitais criou os comitês de IH. No Brasil, existe a CCIH, que define 
as diretrizes para a ação de controle de IH. Já o Serviço de Controle de Infecção 
Hospitalar (SCIH) elabora, implanta e mantém o programa de controle e o sistema de 
vigilância epidemiológica e também propõe e coordena a aplicação de normas e as 
motiva para a prevenção e o tratamento de IrAS/IH (HINRICHSEN, 2018). 
É importante estar consciente que, independentemente da situação e a 
qualquer que seja a instituição, sempre existirão pessoas insatisfeitas nos serviços 
que prestam assistência à saúde, sendo a CCIH responsável por todas as situações 
de conflitos como assessora, mas não como participante ativa na relação médico-
paciente. É fundamental também que o médico e todos os outros profissionais da 
equipe multiprofissional entendam as inúmeras legislações vigentes; melhor 
integração das diversas equipes; menor custo hospitalar; maior proteção ao paciente, 
 
36 
 
com menor incidência de infecções cruzadas, superinfecções e/ou multirresistência 
aos antimicrobianos; assim como maior facilidade e aprimoramento na revisão de 
protocolos para melhor controle de riscos e IH. 
Do aspecto ético, existem alguns questionamentos com que os controladores 
de infecções se deparam dia a dia, como: 
➢ Os pacientes e os familiares devem ser informados de ocorrência de 
IH/IrAS? 
➢ Os pacientes e os familiares devem ser informados de ocorrência de surtos? 
➢ As práticas de isolamento ferem direitos essenciais do indivíduo? 
➢ A identificação de um paciente isolado fere o sigilo da informação? 
Compreende-se que o paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento 
por escrito, identificado com o nome do profissional de saúde e seu registro no 
respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível. O Código de Ética Médica 
diz que é vedado ao médico: 
➢ Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e 
objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo 
possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao 
seu responsável legal; 
➢ Não permitir ao paciente ter acesso a seu prontuário médico, ficha clínica 
ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias à sua 
compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente ou para 
terceiros. O médico deve manter sigilo quanto às informações confidenciais 
de que tiver conhecimento no desempenho de suas atribuições, e o mesmo 
se aplica ao trabalho em empresas, exceto nos casos em que seu silêncio 
prejudique ou ponha em risco a saúde do trabalhador ou da comunidade. 
 
 
 
 
 
37 
 
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