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Terapias Complementares na Podologia

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ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
CAROLINE DOS SANTOS MELLO
LILIAN ROSANA DOS SANTOS MORAES
PRISCILLA HELLEN MARTINEZ BLANCO KASHIWAKURA) 
VANESSA CAROLINA ARRUDA DE SOUZA BERNARDO
ORGANIZADOR
VANDA PEREIRA
TERAPIAS 
COMPLEMENTARES 
E INOVAÇÕES NA 
PODOLOGIA
Coordenador(a) de Conteúdo 
Liliani Carolini Thiesen
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Matheus Silva de Souza
Design Educacional
João Vitor Ferreira Lago
Revisão Textual
Elaine Machado
Ilustração
Andre Luis Azevedo da Silva
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. MELLO, Caroline dos Santos; 
MORAES, Lilian Rosana dos Santos; KASHIWAKURA, Priscilla Hellen 
Martinez Blanco; BERNARDO, Vanessa Carolina Arruda de Souza.
Terapias Complementares e Inovações na Podologia / Caroline dos 
Santos Mello; Lilian Rosana dos Santos Moraes; Priscilla Hellen Martinez 
Blanco Kashiwakura; Vanessa Carolina Arruda de Souza Bernardo; 
organizador: Vanda Pereira. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
200 p.
ISBN papel 978-65-6137-656-3
ISBN digital 978-65-6137-657-0
1. Terapia 2. Complementar 3. Inovação 4. Podologia 5. EaD. I. Título. 
CDD - 642.72 
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
N964
03506902
RECURSOS DE IMERSÃO
Utilizado para temas, assuntos ou con-
ceitos avançados, levando ao aprofun-
damento do que está sendo trabalhado 
naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de livros 
que agregarão muito na 
sua vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada por 
meio de uma frase, um trecho breve ou 
uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma lingua-
gem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um con-
teúdo externo.
EU INDICO
Professores especialistas e con-
vidados, ampliando as discus-
sões sobre os temas por meio de 
fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
4
141U N I D A D E 3
CORRENTES ELÉTRICAS 142
RECURSOS ONDULATÓRIOS 158
RECURSOS TÉRMICOS 184
7U N I D A D E 1
AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO 8
RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS 30
TÉCNICA DE TRATAMENTO POR MEIO DE ESTÍMULOS EM ÁREAS REFLEXAS 56
73U N I D A D E 2
TÉCNICAS DE SPA 74
AROMATERAPIA E CROMOTERAPIA 96
ELETROTERAPIA 118
5
SUMÁRIO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMO 
ALTERNATIVA DE TRATAMENTO
Assimilar o que são as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
Conhecer a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde 
(PNPICS).
Compreender quais são as práticas reconhecidas pelo Ministério da Saúde.
Analisar os números sobre a oferta das PICS junto ao SUS.
Aprender as possibilidades de atendimento com as PICS.
Entender a importância da meditação e do autoconhecimento.
Abarcar a prática da quiropraxia e do shiatsu.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
8
INICIE SUA JORNADA 
Estudante, seja bem-vindo! 
Nesta unidade de nosso material didático, vamos abordar a relevância das Práti-
cas Integrativas e Complementares (PICS) para a melhora da qualidade de vida 
das pessoas, tanto de forma individual quanto coletiva. Vamos ver que muitas das 
técnicas são ferramentas usadas há milhares de anos. E que, com a tecnologia do 
mundo contemporâneo, a observação de resultados obtidos em pesquisas e o incre-
mento das atividades preventivas na saúde, como também a implementação de novas 
políticas, tem aumentado, a cada dia, o número de pessoas que procuram formas 
complementares para tratamentos de patologias ou para um melhor estilo de vida. 
Para o Ministério da Saúde, as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) 
são ferramentas que usam técnicas tradicionais de tratamentos ou estilo de vida, 
como a medicina chinesa e a ayurvédica, com o intuito de prevenir comprome-
timentos considerados como problemas de saúde pública no Brasil, como diabetes, 
hipertensão, obesidade e depressão, amenizando o sofrimento de algumas doenças 
crônicas e, principalmente, promovendo a saúde da população. Assim, aqueles que 
estão entrando agora nessa profissão, ou os que já atuam, devem estar atentos aos 
recursos que podem deixar nossos atendimentos com menor custo, universalizando 
e oportunizando a saúde, principalmente da população em vulnerabilidade, permi-
tindo igualdade e equidade (RODRIGUES; KLEIN, 2016).
Diante disso, convidamos você a olhar para as Práticas Integrativas e Comple-
mentares (PICS) como ferramentas que auxiliam na obtenção do bem-estar, e enxer-
gar que o aumento de sua demanda vem acontecendo ao longo dos anos com muitos 
profissionais aplicando técnicas que podem propiciar uma melhor qualidade de vida 
e saúde, para seus clientes e pacientes.
UNIASSELVI
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES (PICS)
Por meio da evolução da ciência, considerando as inovações e as tecnologias, reto-
mamos vários recursos que instrumentalizam os profissionais contemporâneos. Em 
nossa área, por exemplo, obtivemos várias confirmações, muitas delas inimagináveis, 
aumentando nosso arsenal de tratamentos. Além de surgirem modalidades diferen-
tes para a promoção da saúde, conseguimos, por meio de equipamentos de alta pre-
cisão, mensurar processos que antes não eram possíveis. Com isso, diversas técnicas 
complementares passaram a ter mais adeptos (profissionais e pacientes/clientes) 
que ganharam esclarecimentos fundamentados em comprovações científicas, que 
antes aconteciam apenas por meio de observações empíricas (BRASIL, 2018b).
Assim, ficou possível quantificar resultados de alguns tipos de tratamento, 
credenciando técnicas e terapias que realizam a integralização da atenção à saúde, 
como as Práticas Integrativas e Complementares (PICS), que são consideradas 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Medicina Tradicional e Com-
plementar/Alternativa (MT/MCA) (BRASIL, 2006a). Essa creditação também 
foi favorecida quando aumentaram as trocas de informações entre os países, que 
permitiram que houvesse uma globalização, mostrando para a população em 
geral quantos resultados positivos as PICS alcançam (STIGLITZ, 2006).
Já falamos bastante das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), 
que são recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, que 
buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde. Elas complementam 
as terapias convencionais, ajudando a restaurar o equilíbrio físico, mental, emocio-
nal e espiritual dos indivíduos. 
Seu uso pode prevenir diversas doenças e, em alguns casos, também podem ser 
usadascompleto da massoterapia para o estu-
dante e para o terapeuta. São Paulo: Editora Manole, 2001.
GONDIN, S. S.; ALMEIDA, M. A. P. T. Os efeitos da massagem terapêutica manual em pacientes com 
a síndrome da fibromialgia. Revista Multidisciplinar e de Psicologia, v. 12, n. 39, 2018. Disponível em: 
https://idonline. emnuvens.com.br/id/article/view/994/1422. Acesso em: 17 jan. 2024.
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Curso técnico em Massoterapia. Técnicas clássicas e moder-
nas de massoterapia. Escola Estadual de Educação Profissional, 2010. Disponível em: https://porta-
lidea.com.br/cursos/5213b5fffd6a5c5faf49f574c2d88474.pdf. Acesso em: 17 jan. 2024.
GREENMAN, P. E. Princípios da Medicina Manual. Barueri: Manole, 2001.
KOPF, A.; PATEL, N. B. Guia para o tratamento da dor em contexto de poucos recursos. Associação 
internacional para o estudo da dor (IASP), 2009. Disponível em: https://www.sbmfc.org.br/wp-con-
tent/uploads/2019/03/Guia-para-o-Tratamento-da-Dor-em-Contextos-de-Poucos-Recursos.pdf. 
Acesso em: 17 jan. 2024.
JAHARA-PRADIPTO, M. Tao Shiatsu: essência e arte. São Paulo: Summus, 1991. 
MARTINS, M. M. V. das N. Plataforma de osteopatia. Plataforma colaborativa e cooperativa de osteo-
patia. Instituto Superior de Educação e Ciências, 2017. https://pt.scribd.com/document/406510860/
TESE-PLATAFORMA-DE-OSTEOPATIA-pdf. Acesso em: 17 jan. 2024.
RAPPENECKER, W.; KOCKRICK, M. Atlas do Shiatsu. Barueri: Manole, 2008.
MORELLI, J. G. S.; REBELATTO, J. R. A eficácia da terapia manual em indivíduos cefaleicos portadores 
e não portadores de degeneração cervical: análise de seis casos. Rev Bras Fisioter., São Carlos, v. 
11, n. 4, p. 325-329, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n4/a13v11n4.pdf. Acesso 
em: 17 JAN. 2024.
NEVES, S. C. D. D. Palmer (1845 - 1913) e as origens da quiropraxia no século XIX. (Mestrado em His-
tória da Ciência) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2018. 
RIGGS, A. Técnicas de massagem profunda: um guia visual. Barueri: Manole, 2009. 
5
1
1. E. 
Como citado por Martins (2017), o Dr. Still desenvolveu a osteopatia, considerando que o 
corpo possui propriedades curativas, não havendo a necessidade do uso de medicamentos. 
Assim, a primeira e a terceira alternativas são verdadeiras e a segunda é falsa.
2. O terapeuta deve liberar os bloqueios energéticos por meio da pressão em linhas e pontos 
específicos do corpo humano para permitir que a energia flua naturalmente, recuperando 
a energia vital que nutre o nosso corpo, mantendo o equilíbrio dos nossos sistemas, pois 
cada meridiano é a representação de um órgão energético.
3. A.
SHI significa dedos e ATSU significa pressão.
GABARITO
5
1
MINHAS ANOTAÇÕES
5
4
MINHAS ANOTAÇÕES
5
5
MINHAS METAS
TÉCNICA DE TRATAMENTO POR 
MEIO DE ESTÍMULOS EM ÁREAS 
REFLEXAS
Assimilar o que é a Reflexologia.
Reconhecer a importância dos sistemas reflexos ou microssistemas.
Aprender a Auriculoterapia e seus benefícios.
Abarcar a Reflexologia podal e seus benefícios.
Compreender a reflexologia nas mãos e seus benefícios.
Identificar os locais para buscar informações pertinentes ao tema.
Aprofundar técnicas de autocuidado.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3
5
1
INICIE SUA JORNADA
Estudante, nesta unidade, vamos estudar técnicas de tratamento por meio de 
estímulos em áreas reflexas. Essas técnicas trazem benefícios para o corpo que se 
estendem também para a esfera mental de nossos clientes/pacientes, e nós, como 
terapeutas precisamos conhecer essas ferramentas que tem um custo-benefício 
bastante favorável. Contudo, é muito importante saber que são técnicas que exi-
gem empenho e atenção. Sabemos que você tirará o máximo proveito da unidade.
Uma das técnicas que podemos inserir aqui é a auriculoterapia. Essa é uma téc-
nica que provém da Medicina Chinesa e é muito bem aceita no mundo ocidental 
também. Por meio de estímulos que são feitos na orelha, com o uso de agulhas, 
esferas de metal ou sementes de mostarda, é possível intervir no equilíbrio mental 
e corporal de nosso paciente/cliente. Vamos ouvir mais sobre o assunto?
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Vamos relembrar sobre pontos reflexo? São pontos que representam áreas 
corporais, que são consideradas microssistemas, sendo os principais as orelhas, 
mãos e pés, entre outros. Assista ao vídeo do youtube a seguir, que vai ajudar 
você a lembrar e complementar o seu conhecimento: https://www.youtube.com/
watch?v=BUZzot8rWYUorpo. 
UNIASSELVI
5
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
DESENVOLVA SEU 
POTENCIAL
A REFLEXOLOGIA
De acordo com o Glossário Temático das 
Práticas Integrativas e Complementares 
em Saúde do Ministério da Saúde, a re-
flexologia ou a reflexoterapia “é uma 
prática terapêutica que utiliza os micros-
sistemas e pontos reflexos do corpo, exis-
tentes, especialmente, nos pés, bem como, 
nas mãos e orelhas, destinada a auxiliar na 
eliminação de toxinas, na sedação da dor e 
no relaxamento” (BRASIL, 2018). 
Esse recurso terapêutico passou a inte-
grar a Política Nacional de Práticas Integra-
tivas e Complementares no SUS (PNPIC), 
por meio da Portaria Ministerial 849, de 
27 de março de 2017, por não ser invasiva 
e apresentar raras contra indicações. 
“A técnica é originalmente aplicada nos 
pés, mas usada, também, nas mãos, 
coluna e rosto. Sua grande vantagem 
é o autocuidado seguro, ampliando 
o universo de possibilidades de 
tratamento, fortalecendo o nosso 
organismo e desbloqueando as 
tensões”, garante o médico do SUS 
e gerente do Centro de Referência 
em Práticas Integrativas em Saúde 
do Distrito Federal (Cerpis-DF), 
Marcos Freire” (GHELMAN; NUNES; 
PORTELLA, 2021).
5
8
HISTÓRIA DA REFLEXOTERAPIA
De acordo com Brown (2001), a reflexologia é uma importante técnica de 
terapia manual que atua em áreas reflexas do corpo humano e pode ser apli-
cada nas mãos e, principalmente, nos pés, que apresentam um resultado 
mais rápido quando comparado com a aplicação da técnica nas mãos. Isso 
porque eles ficam mais reservados e protegidos por estarem sempre calçados, 
enquanto as mãos estão sempre expostas e sujeitas ao toque, mesmo assim, 
elas, quando estimuladas, respondem positivamente.
Pelas áreas reflexas, é possível fazer o diagnóstico de desequilíbrios assim 
como o tratamento. Contudo, existe uma grande importância de você instruir 
seu cliente/paciente a utilizar a reflexologia de forma preventiva, evitando 
chegar ao ponto de surgir uma doença física (HALL, 2006). 
Por ser benéfica no tratamento de diversas disfunções corporais, a reflexo-
terapia é uma importante técnica, aplicada por profissionais da área da saúde, 
como os terapeutas integrativos, esteticistas e podólogos, sendo segura, não 
exige grandes investimentos, e os resultados são expressivos. 
Essa técnica tem conquistado cada vez mais adeptos e vem conquis-
tando espaço nas terapias complementares, já que gera um relaxamento, 
iniciando um processo de cura. No tempo de sessão, o corpo volta para um 
estado de equilíbrio (homeostase) e isso permite que a circulação sanguínea 
flua de forma desimpedida, aumentando a nutrição e oxigenação celular 
(KUNZ, K.; KUNZ, B., 1984).
Muitas pessoas acreditam que os tratamentos em áreas reflexas iniciaram na Chi-
na, mas existem algumas evidências que levam a acreditar que a técnica terapêu-
tica iniciou no Egito. A cronologia de Mazlum (2013) afirma que em 2330 a.C. foi 
descoberto um hieróglifo em uma tumba onde era possível ver o uso da reflexo-
logia naquela civilização. 
A tumba foi nomeada como: “La Tumba Del Médico”, porque lá existiam vários de-
senhos que representavam técnicas de medicina, então, deduziram que ali estava 
um médico. Também foram descobertos outros hieróglifos que representavam o 
uso da reflexologia.
APROFUNDANDO
UNIASSELVI
5
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
China
Infelizmente, não se tem registros escritos das terapias reflexas na história chi-
nesa, mas acredita-se que isso é o resultado da queima de todos os manuscritos, 
ordenada pelo ImperadorQuin. 
No entanto, sabe-se que as terapias reflexas tiveram uma forte influência nos 
tratamentos do Oriente, incluindo a China, mas, o que se consolidou atraindo 
mais clientes foi a acupuntura. Mesmo assim, uma parte da população (princi-
palmente a rural) continuou a aplicar a reflexologia podal.
Europa
Em 1893, o Dr. Cornelius percebeu que, ao tocar pontos específicos dos pés, 
melhorava as condições físicas de determinadas áreas do corpo. Com essa per-
cepção, deu início ao estudo que foi chamado de “Terapia das Zonas”. Em 1917, 
o primeiro livro sobre a Terapia das Zonas foi escrito por Dr. Shelby Riley, cujo 
interesse se deu depois de assistir uma palestra sobre o tema. 
1
1
Ele começou a estudar e tratou muitas pessoas com a reflexoterapia, sem utilizar 
drogas ou tratamentos adicionais e, o resultado foi tão satisfatório que ele escreveu 
um total de 12 livros. Um fato interessante é que um de seus pacientes foi um discí-
pulo de Michelangelo, Florentino Benvenuto Cellini (1500-1571), que sentia fortes 
dores, o que o levou a procurar ajuda com os médicos renomados da Itália e da 
França, mas não obteve resultados. Quando ele desistiu do auxílio médico, passou a 
fazer seu próprio tratamento, aplicou pressão em dedos das mãos e dos pés e obteve 
resultado positivo, chamando nossa atenção para o fato que podemos auxiliar a vida 
do cliente/paciente, não só aplicando a pressão, mas ensinando alguns toques para 
que ele possa fazer em casa como uma forma de autocuidado.
América
Índios Cherokees, da Carolina do Norte, utilizavam a pressão em áreas dos pés 
para restaurar a saúde física, mental e espiritual, tanto que, em 1881, o então 
presidente dos Estados Unidos, James A. Garfield, foi ferido em um atentado 
e nenhum tratamento médico conseguia restaurar suas feridas ou diminuir a 
sua dor. Foi quando ele recebeu a reflexologia de um índio e logo suas feridas 
cicatrizaram e suas dores começaram a diminuir.
Brasil 
A Reflexologia foi trazida para a América Latina, primeiramente ao Paraguai, 
pela missionária Margarida Gootaht. Ela tratou pessoalmente a esposa do presi-
dente desse país e, depois, passou a ensinar a técnica, quando muitos brasileiros 
foram lá estudar e trouxeram a reflexologia para o Brasil.
Com seu crescimento, em 28 de novembro de 1994, foi criada a Associação 
Brasileira de Reflexologia e Terapias Afins, a ABRT, fundada por Érik Motta 
Pereira e Osni Tadeu Lourenço.
“A reflexologia visa melhorar a qualidade de vida das pessoas”, confirma José Paulo 
Santos, instrutor de PICS na Unidade de Medicina Tradicional (UMT) da Secretaria 
Municipal de Saúde de São Paulo (GHELMAN; NUNES; PORTELLA, 2021).
UNIASSELVI
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
A REFLEXOTERAPIA E SUAS PRINCIPAIS ÁREAS REFLEXAS
Trouxemos três estudos interessantes que abordam o tema:
O estudo elaborado por Galetti, Guerrero e Beinotti (2015), com o tema 
“Reflexologia podal: uma terapia alternativa”, tinha como objetivo fazer uma 
revisão bibliográfica sobre o tema. Os autores concluíram que a técnica é eficaz, 
mas pouco utilizada por falta de conhecimento da população e dos profissionais 
da área da saúde (lembrando que o estudo foi feito em 2015; ao longo desses cinco 
anos, a terapia ganhou espaço e muitos admiradores).
O segundo estudo que separamos é muito interessante e traz um tema que, 
hoje, é um dos vilões da saúde da população mundial: “Reflexologia podal no 
comprometimento dos pés de pessoas com diabetes mellitus tipo 2: ensaio rando-
mizado”, com autoria de Silva et al. (2015). O estudo tinha como objetivo avaliar 
se a reflexoterapia teria um efeito positivo para casos de comprometimento dos 
pés de diabéticos. Foi feito um estudo clínico randomizado (estudos que monta 
dois ou mais grupos para comparar resultados). Um grupo recebeu informações 
de autocuidados com os pés e o outro grupo, recebeu as informações e 12 sessões 
de reflexoterapia. O resultado da pesquisa foi positivo, o grupo que recebeu a 
reflexologia apresentou melhoras na pele e nos pelos dos pés, apresentou melhora 
na elasticidade e textura da pele, assim como maior hidratação.
1
1
O terceiro estudo é sobre os “Efeitos da 
reflexologia nas mãos em idosos hospitali-
zados”. O estudo foi realizado por Santo et 
al. (2016), sendo realizado em um hospital 
com 50 idosos, comparando os resultados 
de antes e depois da sessão nas mãos de in-
ternados, com 60 anos ou mais. O resultado 
foi positivo, e o maior efeito foi diminuir a 
pressão arterial e a frequência cardíaca, auxi-
liando também na diminuição de ansiedade.
Reflexologia podal 
Como já dito, a reflexologia podal é apli-
cada nos pés, onde passam os principais 
canais ou meridianos que conduzem a 
energia da força vital (ou Qi) existente 
em todo o corpo humano. Se essa energia 
for bloqueada, o órgão relacionado com o 
bloqueio passará a sofrer algum mal-estar 
e necessitará de cuidados. 
 A técnica de reflexologia consiste em 
pressionar a área contínua ou alternadamen-
te, por cerca de 20 segundos a 30 minutos. 
A intensidade da pressão deverá ser sempre 
suportável pelo paciente. O fato de a reflexo-
logia ser uma terapia que trata do indivíduo 
em sua totalidade (corpo e mente), possibi-
lita o alívio de sintomas diversos, tais como 
dores em geral, enxaquecas, problemas alér-
gicos, circulatórios, digestivos e emocionais, 
além de proporcionar sensação de bem-es-
tar. Vale salientar que o pé direito reproduz o 
lado direito do corpo, enquanto o esquerdo 
reproduz o lado esquerdo do corpo.
UNIASSELVI
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Reflexologia nas mãos 
Seguindo a mesma lógica da reflexologia podal, a reflexologia nas mãos é uma 
técnica terapêutica que se baseia na ideia de que existem pontos reflexos nas 
mãos relacionadas a diferentes pontos do corpo. Por exemplo, a ponta dos dedos 
representa a cabeça, a parte central das mãos está relacionada ao tronco e a base 
dos dedos conecta-se com a área pélvica.
Durante uma sessão de reflexologia nas mãos, o terapeuta aplicará pressão 
específica nas áreas correspondentes, usando técnicas de massagem suave, pres-
são ou movimentos circulares.
Seio frontal
Trompa de Eustáquio
Nervo Trigeminal
Olhos
Orelhas
Pulmão
Fígado
Vesícula Biliar
Rins
Cólon
Transverso
Cólon
Ascendente
Apêndice
Cérebro
Nariz
Cerebelo
Pescoço
Glândula
Tireóide
Estômago
Glândula
Andrenal
Pâncreas
Duodeno
Ureter
Intestino Delgado
Bexiga Urinária
Insônia
Gônoda 1
Ciático
Seio frontal
Trompa de Eustáquio,
Nervo Trigeminal
Olhos
Orelhas
Músculo
Trapézio
Pulmão
Coração
Baço
Rins
Cólon
transverso
Cólon
descendente
Cólon
sigmóide
Figura 1 – Mapas dos pés / Fonte: o autor
Descrição da Imagem: ilustração representando dois pés e suas funções referentes ao corpo humano. São elas: 
seio frontal, trompa de eustáquio, nervo trigeminal, olhos, orelhas, pulmão, fígado, vesícula biliar, rins, cólon 
transverso, cólon ascendente, apêndice, cérebro, nariz, cerebelo, pescoço, glândula tireóide, estômago, glândula 
andrenal, pâncreas, duodeno, ureter, intestino delgado, bexiga urinária, insônia, gônoda 1, ciático, seio frontal, 
trompa de eustáquio, nervo trigeminal, olhos, orelhas, músculo trapézio, pulmão, coração, baço, rins, cólon trans-
verso, cólon descendente, cólon sigmóide. Fim da descrição. 
1
4
Os praticantes da técnica acreditam que ela pode aliviar o estresse, melhorar 
a circulação sanguínea e a qualidade do sono, relaxar o corpo e promover o 
equilíbrio energético.
Algumas pessoas também aprendem a técnica para uso próprio, aplicando a 
pressão em suas próprias mãos, como parte de um regime de autocuidado. 
Gostou do que viu até aqui? Preparamos uma videoaula especial para você! 
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem 
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS 
A questão da reflexologia é muito interessante para a nossa prática, pois, além de 
ter resultados comprovados interessantes, é muito agradável para a grande maioria 
das pessoas. É rápidae pode ser incluída em inúmeros protocolos de tratamento, 
proporcionando um diferencial para o seu tratamento. Além disso, pode ser apli-
cada em você mesmo, pois é uma técnica confortável para uma autoaplicação. 
UNIASSELVI
1
5
1. Reflexologia é um método de tratamento complementar que se dá por meio do toque 
terapêutico em determinadas áreas das mãos e dos pés, que refletem em determinados 
órgãos e sistemas corporais. Esse toque influencia no fluxo energético e na restauração 
dos “problemas” de saúde. Embora pareça simples, é preciso conhecer cada área para que 
atinjir o resultado desejado. É efetivo e precisa ser feito com a cautela de se conhecer os 
resultados, um toque no lugar errado pode levar ao aborto, por isso a importância de se 
fazer um trabalho consciente e ético. 
Sabendo disso, é correto afirmar que:
a) Qualquer pessoa pode aplicar a técnica, basta ter mãos boas para a massagem.
b) A técnica não é difícil, basta ler alguns livros e ver alguns vídeos e já pode começar a 
aplicar nos familiares e colegas para pegar prática.
c) Pode se aprender a técnica em casa, mas é necessário ter bom senso e um lugar espe-
cífico para o atendimento.
d) Atender de forma ética é saber tudo sobre o conteúdo e explicar o passo a passo para 
o cliente.
e) Hoje em dia existem muitos cursos de capacitação em reflexologia, um bom curso aliado 
a um estudo aprofundado e ética profissional forma um bom terapeuta.
2. Com relação à reflexologia, a avaliação é algo obrigatório dentro de clínicas, nela você 
conhece o histórico do seu cliente e, principalmente, os limites que pode chegar. Por falar 
em limites, o terapeuta precisa passar algumas informações para seus clientes. 
Quais dessas informações devem ser passadas na avaliação?
I - Que esse tratamento é complementar e não substitui o tratamento médico. 
II - Gestante no primeiro trimestre de gestação não deve receber a técnica. 
III - Pessoas diabéticas devem receber a técnica com maior pressão para resultados po-
tencializados. 
IV - Não é preciso falar, o terapeuta pode entregar ou enviar um explicativo sobre a técnica. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I está correta. 
d) Apenas II, III e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas.
AUTOATIVIDADE
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3. A reflexologia baseia-se no princípio de que existem áreas, ou pontos reflexos, que corres-
pondem a cada órgão, glândula ou estrutura do corpo. 
As áreas nas quais temos pontos reflexos que são de maior conhecimento se referem a 
quais regiões: 
a) Cabeça e mãos.
b) Pés e mãos.
c) Tórax e pés.
d) Pescoço e pés.
e) Mãos e abdome.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário 
temático: práticas integrativas e complementares em saúde Ministério da Saúde, Secretaria-
-Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: 
https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTM0Ng==. Acesso em: 31 out. 2023. 
BROWN, D. W. Reflexologia das mãos. Introdução prática. São Paulo: Editora Manole, 2001.
GALETTI, V. C. Reflexologia podal: uma terapia alternativa. Revista Científica da FHO UNIARA-
RAS, [s. l.], v. 3, n.1, 2015. 
GHELMAN, R.; NUNES, G. M. N.; PORTELLA, C. O universo científico da Reflexologia. Consórcio 
Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa – CABSIN, 2021. Disponível em: https://cabsin.org.
br/o-universo-cientifico-da-reflexologia/. Acesso em: 13 fev. 2020.
HALL, N. M. Reflexologia. Um método para melhorar a saúde. Massagem nos pés e nas mãos 
para relaxamento e tratamento de diversas doenças. São Paulo: Pensamento, 2006.
KUNZ, K.; KUNZ B. Reflexologia. Como restabelecer o equilíbrio energético. São Paulo: Pensa-
mento, 1984.
MAZLUM, L. Reflexologia: história e atualidades. 2013. Disponível em: http://www.nucleogra.
com.br/wp-content/uploads/2013/04/Reflexologia-Historia-e-Atualidades.pdf. Acesso em: 5 
dez. 2020.
SANTO, F.H. et al. Efeitos da reflexologia das mãos em idosos hospitalizados. Cultura de los Cui-
dados (Edición digital), [s. l.], v. 20, n. 45, p. 147-15, 2016. Disponível em: https://www.researchga-
te.net/publication/307869527_Efeitos_da_reflexologia_das_maos_em_idosos_hospitalizados. 
Acesso em: 31 out. 2023.
SILVA, N. C. M. et al. Reflexologia podal no comprometimento dos pés de pessoas com diabetes 
mellitus tipo 2: ensaio randomizado. Rev Latino-Am Enfermagem, [s. l.], v. 23, n. 4, 2015. 
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1. E.
Para aplicar a reflexologia, é necessário realizar um bom curso e manter-se estudando para 
sempre estar atualizado. Nas demais alternativas, é afirmado que é necessário ter boas 
mãos, o que é verdade, mas não é o suficiente. Ler alguns livros e ver alguns vídeos não é o 
suficiente para tornar você um bom profissional. Ter um lugar específico para atendimento 
pode ser um diferencial, mas não é uma exigência básica para o atendimento, e atender de 
forma ética não é somente saber tudo sobre o conteúdo.
2. A.
As técnicas apresentadas fazem parte das práticas complementares e o tratamento médico 
tem que ser seguido sempre. Inclusive, a pessoa responsável pelo seu tratamento deve ser 
informada sobre todas as práticas complementares que você esteja realizando, se houver 
alterações clínicas que você acompanhe. Alguns pontos podem ser abortivos, principalmente 
em fase inicial de gestação, neste caso, a técnica não deverá ser realizada. Maior pressão 
nos pontos de reflexologia não diferenciam a prática, nem modificam as reações orgânicas. 
Finalmente, o terapeuta deverá sempre explicar seu tratamento para o cliente/paciente. 
Observação: o terapeuta pode enviar ou entregar um explicativo, mas, mesmo assim, existe 
a necessidade de verbalizar as contraindicações e as instruções. Muitos clientes acabam 
não lendo os informativos, o que pode gerar problemas posteriores.
3. B.
 As técnicas mais difundidas da reflexologia aplicam o tratamento nas mãos e pés.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS ANOTAÇÕES
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UNIDADE 2
MINHAS METAS
TÉCNICAS DE SPA
Apreender o significado de bem-estar.
Conhecer os benefícios do relaxamento.
Detectar recursos importantes para experiência clínica de spaterapia.
Desenvolver as técnicas, particularidades e benefícios da spaterapia.
Reconhecer técnicas de relaxamento.
Aprender a aplicar algumas técnicas de spaterapia.
Identificar locais de busca de informações pertinentes sobre o tema.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4
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INICIE SUA JORNADA
Nesta unidade, você aprenderá técnicas que lhe auxiliarão no restabelecimento 
do equilíbrio corpo-mente de si mesmo ou de seu cliente/paciente. As técnicas 
apresentadas são estudadas no meio científico e possuem grande demonstração 
de efetividade na cura mental e física. Cada um de vocês, como profissional 
bem-preparado e atento, deverá, por meio de observação e criação de vínculos 
de afetividade, prescrever a técnica mais indicada.
O termo “bem-estar” aparece, pela primeira vez, no século XVI, para designar a 
satisfação de necessidades físicas, enquanto no século XVIII, se refere à situação 
material que permite satisfazer as necessidades da existência.
Hoje, o bem-estar é um conjunto de práticas que engloba uma boa nutrição, ativi-
dade física, bons relacionamentos interpessoais, familiares e sociais, além de con-
trole do estresse. Então, como já visto, podemos dizer que o bem-estar significa a 
saúde no seu sentido mais amplo, de maneira ativa e em todos os seus aspectos. 
Vamos ouvir mais sobre isso?
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Vamos voltar ao assunto dos “chakras” ou chacras. Para aproveitar melhor, vamos 
recordar o tema? Você lembra o que são, quais suas características e onde estão 
localizados? Entenda!
https://www.youtube.com/watch?v=2CSVgkOVoQY
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
RELAXAMENTO
Muitas vezes, comete-
mos o erro de definir o 
relaxamentocomo a au-
sência de tensão muscu-
lar. No entanto, é neces-
sário compreender que 
o relaxamento constitui 
um típico processo psi-
cofisiológico de caráter 
interativo, em que os 
componentes “fisiológi-
co” e “psicológico” inte-
ragem entre si. Na sua 
prática, ocorre também 
a diminuição da pressão 
sanguínea, dos batimentos cardíacos e do metabolismo, com reações biológi-
cas e emocionais contrárias às de estresse e ansiedade (BENSON; KLIPPER, 
2000).
Jacobson, em 1932, já afirmava a necessidade do relaxamento. Construiu 
teorias importantes sobre os “Nervos da guerra”, por exemplo, devido à sua 
preocupação com o medo que assombrava as pessoas na época da Guerra 
Mundial ou com o excesso de estresse sofrido por aqueles que passavam horas 
trabalhando em hospitais e cuidando de soldados feridos (JACOBSON, 1945). 
Assim, utilizou várias modalidades de técnicas de relaxamento, como 
um meio para obter a regulação do tônus muscular e liberação de energia, 
caracterizada por pontos dolorosos ou bloqueios musculares. 
Para Petho Sandor (1974), o relaxamento ocupa uma posição de destaque, 
e seu resultado será, além de descanso, o “desatar” interno, a introspecção e a 
reprodução construtiva de antigas vivências, atingindo-se novas coordenações 
e estruturações psicobiológicas. 
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Técnica de Edmund Jacobson: relaxamento progressivo
Na década de 1930, Edmund Jacobson estabeleceu os critérios do relaxamento so-
mático, utilizando o controle da tensão dos músculos.
Pede-se ao paciente para sentar-se ou deitar-se, de maneira confortável, deixando 
qualquer tensão para trás. Solicita-se que respire fundo, segure o ar e expire suave-
mente, no mínimo por três vezes. Passe a contrair os braços, mãos e solte. Repita 
três vezes. Faça o mesmo com as pernas. Agora solte todos os músculos das pernas. 
Repita as contrações e relaxamentos como anteriormente. 
Levante os ombros e solte-os. Movimente-os para trás, abrindo o peito e depois, 
faça o mesmo para a frente. Tente levar sua cabeça para o lado direito, como se tivesse 
uma força impedindo o movimento. Faça o mesmo para o lado esquerdo, para trás 
e para a frente. Solte. Contraia o abdômen e depois estufe a barriga. Solte e relaxe. 
Deixe-a movimentar-se apenas pela respiração. Contraia sua testa como se quisesse 
olhar para cima, sem movimentá-la. Tente encostar uma sobrancelha na outra, solte 
e relaxe. Contraia suas pálpebras. Solte. Movimente os seus olhos para a direita e 
esquerda, para cima e para baixo, sem abrir. Solte. Contraia os lábios, mandíbulas, 
língua e boca. Deixe o queixo cair e a boca ficar entreaberta. Continue a respirar 
suavemente. Imagine uma situação calma, tranquila, em que você ficaria o mais 
relaxado possível. Deixe-se ficar assim por um minuto, sentindo o gozo de estar re-
laxado. Quando estiver cansado de estar relaxado, comece a movimentar suavemente 
os dedos, os braços e pernas, depois abra os olhos e comece a se espreguiçar bem 
devagar, dizendo mentalmente a fórmula: “cinco, quatro…três…dois…um. Estou 
me sentindo bem, calmo e tranquilo”, até finalmente se levantar. (RANGÉ, 2005). 
Veja, na prática, o relaxamento muscular de Jacobson. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem 
EU INDICO
A sequência descrita dura em torno de uma hora, o que impedirá, muitas vezes, a 
execução na íntegra. Como você pode verificar no vídeo, ela poderá ser adaptada 
em relação ao tempo e à sequência. Assim, o ideal é que você experimente fazer 
o relaxamento, e quando aplicar, observe atentamente o seu cliente/paciente. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Para a auto prática e para um melhor atendimento, é conveniente utilizar 
registros, em que possa anotar a hora do dia, o grau de relaxamento (escala de 0 
a 10) antes e depois da sessão e as dificuldades encontradas. Dos diversos grupos 
musculares, os que frequentemente apresentam dificuldades em relaxar são os do 
pescoço e os dos pés. Para além disso, por vezes, o paciente fica tão relaxado que 
acaba por adormecer, altura em que o terapeuta deverá despertá-lo suavemente 
e continuar o relaxamento a partir do momento que parou (JACOBSON, 1945).
Respiração diafragmática
Há séculos, antigas civilizações já utiliza-
vam técnicas respiratórias e de relaxamen-
to, que, ao longo do tempo, evoluíram e 
se modificaram. Existiam as técnicas chi-
nesas, as associadas às artes marciais; as 
indianas, associadas à yoga, entre outras. 
Seus objetivos revelam preceitos culturais 
relacionados com o modo de compreen-
são do corpo e como forma de prevenção 
e promoção da saúde, ao reeducar hábitos 
e o controle da respiração. 
Assim, a respiração diafragmática tam-
bém constitui uma técnica de relaxamento 
que visa à diminuição da ansiedade. Nes-
sa técnica, pede-se que o indivíduo preste 
atenção em sua própria respiração e iden-
tifique os movimentos de inspirar e expi-
rar, colocando a mão sobre o abdômen e a 
região peitoral. Pede-se que respire lenta e 
pausadamente, inspirando por três segun-
dos, segurando a respiração por mais três 
segundos e soltando a respiração pela boca 
por seis segundos. Essa respiração impede 
o aumento da quantidade de ar inalado em 
razão de esforços físicos ou ansiedade e di-
1
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minui os sintomas autonômicos e a tensão muscular (NETO, 2011). Pode ser 
utilizada para controlar ou prevenir a hipertensão e alterações da frequência 
cardíaca, com a existência de diversos estudos que mostram a influência da sua 
utilização no sistema cardiovascular (STEIN; SEEDAT, 2004).
As técnicas respiratórias também são realizadas para promover o relaxamen-
to em pacientes que apresentam algum distúrbio emocional. De maneira sucin-
ta, algumas contribuições com a utilização das diferentes técnicas respiratórias 
encontradas compreendem a melhoria da função respiratória, da capacidade 
funcional, o aumento da resistência e da força dos músculos respiratórios, a me-
lhoria do padrão da qualidade de vida, a prevenção de complicações pulmonares, 
a redução de internações hospitalares, a redução de mortalidade e a redução de 
custos hospitalares. 
Relaxamento Autógeno
A técnica do relaxamento autógeno de Johannes Heinrich Schultz (2003) é outra 
das técnicas clássicas mais conhecidas, cuja designação deriva das palavras gregas 
“autos” (si mesmo) e “genos” (gerar), referindo-se ao fato de o relaxamento não 
ser induzido, mas sim gerado pelo próprio praticante. Consiste em uma série de 
frases elaboradas com a finalidade de induzir, no sujeito, estados de relaxamento 
por meio de auto sugestões, como: sensação de peso e calor nas suas extremida-
des; regulação dos batimentos do coração; sensação de tranquilidade e confiança 
em si mesmo; concentração passiva na respiração.
Do mesmo modo que com as outras técnicas, o sujeito tem de praticá-la 
várias vezes até que consiga relaxar de forma automática (SCHULTZ, 2003).
Relaxamento Passivo
Essa técnica se diferencia do relaxamento progressivo por utilizar apenas exercí-
cios de relaxamento de grupos musculares, podendo ser muito útil nos casos de 
pessoas que encontram dificuldade no tensionamento dos músculos; indivíduos 
a quem não seja aconselhável contrair certos músculos, por problemas orgânicos 
ou tensionais e como ajuda inicial para pessoas que encontram dificuldade em 
relaxar em casa, por meio de instruções gravadas em um recurso de mídia para 
que o paciente possa praticar diariamente (VERA; VILA, 2002).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
GEOTERAPIA
A geoterapia é o uso terapêutico de argilas, que são definidas como materiais 
naturais terrosos que possuem em sua composição diferentes tipos de minerais. É 
utilizada desde a antiguidade para limpeza de pele e como máscaras, pois, quando 
misturada com a água, tem certa maleabilidade. Seus resultados são positivos se 
usada frequentemente, de forma correta, de acordo com a necessidade e o ob-
jetivo do tratamento. São utilizadas em tratamentos relaxantes, tonificantes, no 
combate da oleosidadee absorção de toxinas da pele (LYRA, 2011). 
Quanto às máscaras de argilas, as formulações e cores são bastante variadas, 
pois seus componentes determinam sua finalidade.
Modo de usar
Além de máscaras, a argila pode ser utilizada em banhos terapêuticos e cataplas-
mas, podendo ser preparada de várias formas. Segue uma das maneiras:
Ingredientes:
• 2 colheres sopa rasa da argila selecionada.
• Água mineral ou filtrada.
Obs.: usar utensílios de porcelana para preparo.
Modo de fazer:
1. Misturar os componentes com um pouco de 
água filtrada ou mineral até formar uma pasta 
de consistência semilíquida.
2. Cobrir o local com gazes e umedecê-lo.
3. Aplicar a argila (camada de 1 cm) sobre a 
pele (no local da dor ou processo inflamatório). 
A argila quando aplicada não deve secar.
4. Retirar as gazes com a argila e efetuar a 
limpeza da área com algodão umedecido.
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Argila verde
Sua coloração se deve à presença de óxido de ferro asso-
ciado a outros oligoelementos (magnésio, cálcio, potássio, 
manganês, fósforo, zinco, alumínio, silício, cobre, selênio, 
cobalto e molibdênio). Possui propriedade anti-inflamató-
ria, é absorvente, antiedematosa, antisséptica e cicatrizante. 
Em regiões do corpo próximo aos ossos, o tempo de aplicação 
deve ser de até uma hora, por existir menos água e tecido adiposo. Na região 
abdominal e glútea, o tempo de aplicação poderá ser de até uma hora e meia. 
Na face, o tempo deve ser de 15 minutos.
Argila branca
Rica em silício e alumínio, é a mais suave de todas as argi-
las. O alumínio na sua composição justifica as suas proprie-
dades cicatrizantes, antisséptica e absorvente. A máscara fa-
cial pode ser aplicada três vezes por semana, durante vários 
meses, sendo que antes, deve-se lavar o rosto com sabonete 
neutro, secar a pele e aguardar 30 minutos. Deixar o produto agir 
por 15 minutos. Para remoção, recomenda-se o uso de esponja embebida em 
água fria (MEDEIROS, 2007).
Argila amarela
Rica em silício, alumínio e oligoelementos como o ferro e o 
potássio, que são estimulantes e tonificantes. Ativa a cir-
culação, atua na absorção de oleosidade, manchas (Melasma 
gestacional), no tratamento de dermatites e de psoríase facial 
e corporal. Para o tratamento de dermatites e Melasma gestacio-
nal, a máscara deve ser aplicada três vezes por semana, por até três 
meses. Antes de aplicá-la, lavar o local com sabonete neutro. Deixar em repouso 
20-30 minutos antes de fazer a aplicação. Deixar o produto agir por 15 minutos. 
Recomendar como tratamento complementar o uso de creme de argila amarela 
2%, uma vez ao dia e deixar agir por 15 minutos.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Argila vermelha
Rica em ferro, cobre e silício. Possui capacidade de absorver 
temperatura e ação anti-inflamatória. Não se recomenda apli-
car na face. Em regiões do corpo próximo aos ossos, o tempo 
de aplicação deve ser de até uma hora. Na região abdominal e 
glútea, o tempo de aplicação poderá ser de uma hora e meia.
TRATAMENTOS COM PEDRAS QUENTES
Você que pensa em criar um espaço de bem-estar e relaxamento não deve deixar 
de conhecer a termoterapia feita por meio de pedras aquecidas, que consegue 
produzir reações fisiológicas e orgânicas com muitos benefícios, com respostas 
sedativas e energizadoras (PEREIRA, 2013).
Termoterapia
A termoterapia consiste na aplicação de calor para fins terapêuticos. Pode ser 
classificada quanto à profundidade atingida (superficial ou profunda) e forma 
de transmissão (por condução, convecção ou conversão). Na terapia com pedras 
quentes, a profundidade é superficial e a forma de transmissão é por condução, 
que se dá quando “a transferência do calor é feita por meio do contato direto 
entre dois corpos” (PEREIRA, 2013, p. 33).
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1
Tipos de pedras
Há diversos tipos de pedras que podem ser utilizadas. As pedras que 
contêm em seu interior substâncias térmicas, são as mais apropria-
das, pois podem distribuir melhor a energia ao manter o calor 
interno por um longo período. São selecionadas geralmente as 
pedras de basalto. Podem ter tamanhos diferentes, escolhidos de 
acordo com a sua aplicação, e ser arredondadas, ovais, chatas, 
finas ou com outras espessuras e formatos (POSSER, 2011).
Técnicas de aplicação
Uma técnica comum é a massagem com óleo e pedras quentes. Pode ser utilizado o 
deslizamento, quando as pedras aquecidas massageiam o corpo com movimentos 
suaves e contínuos, que ajudam a relaxar os músculos, aliviar a tensão e melhorar a 
circulação sanguínea.
Outra técnica utilizada na massagem com pedras quentes é a aplicação em 
pontos tensos, onde as pedras são colocadas e são feitas pressões suaves. Aqui, 
também poderá ser utilizada a técnica de rotação, que envolve o movimento 
circular das pedras sobre a pele, o que também ajuda a melhorar a circulação 
sanguínea e relaxar os músculos.
Benefícios, indicações e contraindicações
Umas das vantagens da aplicação superficial do calor é que a termoterapia pode ser 
direcionada ao local específico da dor (FURLAN et al., 2015). Para Posser (2011) e 
Furlan et al. (2015), os efeitos fisiológicos da termoterapia, ainda compreendem a 
vasodilatação e, consequentemente, a melhora da oxigenação, diminuição da rigidez 
articular e promoção do relaxamento muscular.
Como precaução e contraindicação, Branco et al. (2006) lembram que o 
uso do calor deve ser evitado em patologias inflamatórias e traumáticas em 
fase aguda, hemorragias ou alterações da coagulação, patologias cardiovascu-
lares descompensadas, câncer, lesões dermatológicas, alterações da sensibili-
dade térmica, doentes sedados ou obnubilados, cartilagens de crescimento, 
útero grávido e cicatrizes ou feridas abertas.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
BAMBU
Aqui você terá contato com uma técnica milenar, proveniente da conexão entre 
a natureza (bambu) e o seu cliente/paciente, atingindo relaxamento muscular e 
movimentação dos líquidos corporais, sendo uma ferramenta estética poderosa.
A história
O bambu é acessório da “bamboo massage”; técnica que utiliza varas de bam-
bu de diferentes tamanhos e espessuras, que o terapeuta desliza com movi-
mentos por todo o corpo e pelo rosto do cliente. Os objetivos são estéticos 
e relaxantes. De acordo com seu criador, o terapeuta corporal francês Gil 
Amsallem, os resultados podem ser resumidos na tríade “drenagem, relaxa-
mento e modelagem da silhueta” (BRANCO, 2013, p. 65).
Segundo o criador do método:
 “ O trabalho é feito com firmeza e suavidade. Os bambus escorregam, 
rolam e giram nos relevos do corpo, desenhando e esculpindo suas 
formas. A técnica de pressão utilizada provoca uma influência di-
reta na dinâmica dos fluidos corporais, por esse motivo tem efeito 
na drenagem corporal. A sessão dura uma hora e para deslizar e 
modelar o corpo com as hastes, são usados óleos essenciais mornos; 
o terapeuta começa pela parte de trás do corpo e depois passa para 
a barriga, pernas e rosto” (BRANCO, 2013, p. 66).
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4
Cuidados
Os bambus sempre deverão ser higienizados com água e sabão, loção antisséptica 
ou álcool 70% antes e após a utilização. 
A quantidade de bambus para um atendimento irá depender do tamanho 
do cliente, porém o mínimo é de dois bambus para tratamento facial e quatro 
bambus para tratamento corporal.
Alguns terapeutas gostam de utilizar técnicas de energização com os bambus 
após cada atendimento, e aqui seguem três dicas para energização:
 ■ Terra: enterre por três horas.
 ■ Sol: deixe exposto ao sol do meio-dia.
 ■ Lua: exponha à luz da lua (PEREIRA, 2013).
Lembrando, a técnica não deverá ocasionar dor ou desconforto, por isso sempre 
pergunte se o cliente/paciente está bem e confortável (PEREIRA, 2013).
Assim como as indicações, a bambuterapia segue as mesmas contraindica-
ções da massagem clássica (PEREIRA, 2013).
TERMALISMO
O termalismo é uma técnica antiga, utilizado como forma de relaxamento, bem-
-estar e uso terapêutico de várias patologias com destaque às reumatológicas.
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TEMA DE APRENDIZAGEM4
Características das águas minero-medicinais
As águas termais são caracterizadas por três aspectos fundamentais: a sua origem 
natural, o fato de serem bacteriologicamente puras e de apresentarem potencial 
terapêutico. A maioria das águas termais tem origem na precipitação atmosférica 
que, infiltrando-se em profundidade, vai adquirindo características físico-químicas 
particulares, em função da composição mineralógica das formações geológicas por 
onde circula. Podem ser classificadas de diferentes formas de acordo com a sua 
composição química e elementos físicos, tais como a temperatura, concentração 
molecular e outros mecanismos de ação terapêutica (LOPES, 1931).
CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
Águas oligominerais equilíbrio mineral de água inferior a 0,2 g/L
Água minerais médias equilíbrio mineral de água entre 0,2 e 1 g/L
Águas minerais equilíbrio mineral de água acima de 1 g/L
Quadro 1 – Classificação e características químicas das água / Fonte: a autora
No que se refere à temperatura, as águas subterrâneas podem ser classificadas em 
frias (inferior a 20 °C) ou quentes (hipotermais, entre 20-30 °C; termais, entre 
30-40 ºC, e hipertermais, acima de 40 °C). As águas termais podem, ainda, conter 
valores consideráveis de radioatividade, dependendo do substrato geológico que 
atravessam (LOPES, 1931).
Efeitos terapêuticos
O tratamento termal provoca um conjunto de efeitos que se obtêm graças à com-
posição específica da AMM (água minero-medicinais), e também pelos efeitos 
derivados do ambiente e da aplicação das técnicas termais. Dependendo da sua 
composição, é indicada para o tratamento de diversas patologias, geralmente crô-
nicas e incapacitantes, como complemento ao tratamento farmacológico habitual.
A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o importante 
papel da chamada “Health Resort Medicine”. Nessa ótica, a influência dos fatores 
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circunstanciais se torna evidente. Essa terapêutica não apresenta, em geral, riscos 
associados e requer um período suficiente de tempo para o tratamento. 
O tratamento “clássico” engloba a realização de terapias específicas para de-
terminadas patologias (requerendo, em geral, uma estadia de duas a três semanas 
na estância termal), e o tratamento de “bem-estar” consiste em programas mais 
curtos, de lazer, relaxamento, repouso ou de cuidados estéticos (FERREIRA, 1994).
Elementos químicos, efeitos cutâneos e usos terapêuticos
Muitos elementos químicos trazem benefícios para o bem-estar e para a saúde 
da pele. São eles:
Alumínio: favorece a cicatrização, dermatite aguda.
Arsénio: psoríase.
Boro: renovação celular, cicatrização de feridas.
Cálcio: regulação do crescimento das células epidérmicas, ação anti-
inflamatória. 
Cloreto: equilíbrio hídrico nos tecidos.
Cobre: ação antioxidante e anti-inflamatório, recuperação da barreira cutânea, 
manutenção do sistema imunológico.
Crómio: ativador enzimático.
Enxofre: anti-inflamatório, antibacteriano, antifúngico, antioxidante, 
regenerador celular. 
Fósforo: atua sobre o metabolismo das membranas celulares.
Flúor: fornecimento de energia aos queratinócitos.
Iodo: antisséptico.
Magnésio: renovação celular, dermatite aguda, anti-inflamatório. 
Manganês: renovação celular, cicatrização de feridas, recuperação de barreira 
cutânea, modulador do sistema imunitário.
Níquel: estimula o desenvolvimento celular dos tecidos epiteliais.
Potássio: síntese de ácidos nucleicos e proteínas, produção de energia.
Selénio: ação antioxidante e anti-inflamatória, proteção contra radiação 
UVB e A. 
Silício: Intervém na síntese de colágeno e elastina e no metabolismo celular. 
Sódio: renovação celular e equilíbrio hídrico nos tecidos.
Zinco: ação antioxidante, renovação celular e cicatrização dos tecidos 
cutâneos, modulação da inflamação (LOPES, 1931).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Banhos terapêuticos
Os banhos terapêuticos possuem grande vantagem de poderem ser feitos em 
casa: chuveiro, em uma banheira de hidromassagem ou em ofurôs, por meio de 
técnicas de hidroterapia ou realizados em pequenos recipientes. Purificam nossa 
mente de pensamentos negativos e o nosso corpo de energia a que estamos sendo 
expostos. Podem ser utilizados isoladamente ou combinados com outras técni-
cas, como óleos essenciais, ervas, flores, folhas, cascas, frutas, chás, leite, vinho, 
mel, sais, incensos, velas, cristais, luzes coloridas e música suave, podendo ainda 
ser realizada uma técnica de meditação (LIMA, 2009).
Pessoas não habituadas a temperaturas muito elevadas (acima de 40º) ou 
muito baixas (abaixo de 20º) devem se adaptar gradualmente, mediante aplica-
ções mais amenas, pois podem sentir algum desconforto, como queda da pressão 
arterial. Clientes com distúrbios de pressão arterial, idosos, anêmicos ou debili-
tados devem usar somente aplicações com água morna. 
A cada aplicação, o paciente deve beber líquidos antes e após sua realização (seja 
água fresca, suco ou chá), repousar pelo menos 15 a 30 minutos após o banho 
(em função das alterações circulatórias geradas) e fazer aplicação de toalha fria 
sobre toda a região que ficou submersa. Nos banhos com imersão de tronco, as 
extremidades não devem ficar submersas ao mesmo tempo.
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Verificar o termômetro constantemente, para manter a temperatura adequada ao 
banho proposto, é uma das atividades que o terapeuta não pode descuidar, bem como, 
manter o local aquecido e protegido de correntes de ar, quando em dias frios. Durante 
os banhos quentes, deve ser colocado um turbante na cabeça do cliente/paciente com 
aplicação fria. Mulheres devem evitar os banhos medicinais durante o período mens-
trual e gestação, pois existem poucos estudos clínicos sobre a segurança do uso de 
plantas medicinais nesses períodos. Cada banho deve terminar pelo menos 30 minu-
tos antes das refeições ou ser feito duas horas após o término delas (PEREIRA, 2013).
Tipos e efeitos dos banhos terapêuticos
 ■ Banhos hidratantes: têm por objetivo a hidratação da pele. Consiste 
na imersão em água morna com substâncias hidratantes, podendo ser 
seguida de massagem corporal e máscara nutritiva.
 ■ Banhos relaxantes: o ingrediente principal desse banho é a temperatu-
ra da água, que deve estar em torno de 38 ºC. A sensação de relaxamento 
muscular vem da vasodilatação que a água quente provoca na circulação 
sanguínea. O banho não deve exceder 20 minutos por provocar hipo-
tensão (queda de pressão sanguínea).
 ■ Banhos desintoxicantes: banhos com finalidade de desintoxicação. Pro-
duzem um efeito revigorante após a normalização das funções do organis-
mo que se seguem à desintoxicação. Os sais marinhos e as essências tera-
pêuticas são usadas para facilitar a desintoxicação e a nutrição das células.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
 ■ Banhos de ervas: caracterizados pelo uso de plantas medicinais para 
efeitos terapêuticos.
 ■ Banhos com óleos essenciais: banho de imersão com óleos essenciais. 
Podem ser acompanhados de massagem na própria banheira e usados 
como terapia ou estética. O efeito do uso de óleo essencial é tão abran-
gente que, além do uso tradicional nos ambientes, já se fala em criação 
de marketing olfativo para empresas.
 ■ Banho em talassoterapia: consiste em banhos e compressas corporais 
com sais marinhos. O uso de sais aromáticos no banho passa longe do 
conceito de perfumar o banho. Inúmeras pesquisas científicas compra-
vam seu efeito terapêutico sobre a circulação sanguínea, a pele e as ener-
gias a que estamos expostos no dia a dia, por exemplo as radiações emi-
tidas pelos aparelhos eletroeletrônicos, como computadores, celulares, 
ares-condicionados, TVs etc., além da energia das pessoas e ambientes 
que afetam nossa saúde (LIMA, 2009).
Confira a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo 
digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS 
Como profissionais da saúde e bem-estar, devemos ter um olhar global ao nos 
depararmos com o nosso cliente/paciente emnossos consultórios, clínicas e spas. 
Quando estamos diante dessa pessoa, temos de enxergar um ser biopssicosocial 
e sempre considerar que ele possui uma história, vivências e crenças. 
Devemos respeitar sua individualidade e singularidade. E você deverá estar 
atento às demandas e questionamentos que surgirão ao longo de sua prática. Um 
caminho que nos leva à segurança profissional é o estudo e dedicação às práticas 
integrativas e modernidades da área de bem-estar, estando sempre apto a oferecer 
o melhor e mais seguro tratamento, visando sempre seu equilíbrio mental, físico 
e energético e tendo como resultado o bem-estar. Essa será a melhor forma de 
fidelizar o seu cliente/paciente e fazer com que ele indique o seu atendimento.
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1. Conjunto de procedimentos úteis não só no âmbito da psicologia clínica como também 
da psicologia aplicada a hospitais. É uma das possíveis intervenções para pacientes com 
transtornos do sistema nervoso central, como lesões por hemiplegia ou problemas neu-
romusculares. 
Esse conceito corresponde a qual técnica estudada?
a) Automassagem.
b) Geoterapia.
c) Massagem com Pindas.
d) Relaxamento.
e) Banho de ervas.
2. Bem-estar é um conjunto de práticas que engloba uma boa nutrição, atividade física, bons 
relacionamentos interpessoais, familiares e sociais, além de controle do estresse. Pode-se 
dizer que bem-estar significa a saúde no seu sentido mais amplo, de maneira ativa e em 
todos os seus aspectos. ]
Sobre o tema apresentado, analise as afirmativas a seguir:
I - Equipes interdisciplinares não são importantes nos cuidados integrativos.
II - Somos seres biopsicossociais.
III - Existem diferentes formas de medir e aferir o bem-estar na literatura científica, tais como 
felicidade, qualidade de vida, bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico, satisfação de 
vida entre outros.
IV - Devemos dar atenção apenas ao aspecto físico de nossos clientes. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
AUTOATIVIDADE
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3. De forma ampla, o relaxamento se caracteriza por reações biológicas e emocionais con-
trárias às de estresse e ansiedade, as quais podem ser medidas pela menor ativação do 
sistema nervoso central e autônomo. 
A partir dessa informação, analise as afirmativas a seguir e assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Hormônios são liberados ao longo do processo de relaxamento.
( ) A argiloterapia é uma técnica específica para obter relaxamento muscular.
( ) Podemos afirmar que o relaxamento tem a capacidade de ir tão profundo ao ponto de 
“desatar nós”.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) V-F-V. 
c) F-F-F. 
d) F-V-F. 
e) V-V-F.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BENSON, H.; KLIPPER; M. Z. The Relaxation Response. New York: HarperCollins Publishers Inc, 
2000.
BRANCO, V. R. et al. Bambuterapia. São Paulo: Yendis, 2013.
FERREIRA, C. Os usos sociais do termalismo: práticas, representações e identidades sociais 
dos frequentadores das termas da Curia. Tese (Mestrado) – Coimbra, Faculdade de Economia 
de Coimbra, 1994.
FURLAN, R. M. M. M. et al. O emprego do calor superficial para tratamento das disfunções 
temporomandibulares: uma revisão integrativa. CODAS, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 207-212, 2015.
JACOBSON, E. You must relax: a practical method of reducing the strains of modern living. New 
York: Pocket books Inc, 1945.
LIMA, A. Banhos terapêuticos e ritualísticos. Petrópolis: EPUB, 2009.
LOPES, R. S. Águas minerais no Brasil: composição, valor, indicações terapêuticas. Rio de Janei-
ro: Livraria Francisco Alves, 1931.
LYRA, C. S. de. Geoterapia: os poderes medicinais da argila. 2011. Disponível em: https://www.
yumpu.com/pt/document/view/14471837/abrir-material-lyra-terapeutica. Acesso em: 11 jan. 
2024.
MEDEIROS, G. M. da S. de. Geoterapia: teorias e mecanismos de ação. Tubarão: Ed. Unisul, 2007.
NETO, A. R. N. Técnicas de respiração para a redução do estresse em terapia cognitivo-com-
portamental. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa 
Casa de São Paulo. São Paulo, v. 56, n. 3, p. 158-168, 2011.
PEREIRA, M. F. L. Spaterapia. São Caetano do Sul: Difusão, 2013.
POSSER, L. L. Spas Alquimia de uma jornada. São Paulo: ISBN, 2011.
RANGÉ, B. Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 
2005.
SANDOR, P. Técnicas de relaxamento. São Paulo: Vetor Editora, 1974.
SCHULTZ, J. H. Das autogene training. 20. ed.Germany: Thieme, 2003.
STEIN, D. J.; SEEDAT, S. Unresolved questions about treatment-resistant anxiety disorders. CNS 
Spectrums, v. 9, n. 10, p. 715, 2004.
VERA, M. N.; VILA, J. Técnicas de relaxamento. In: CABALLO, V. E. (org.). Manual de técnicas de 
terapia e modificação do comportamento. 2. ed. São Paulo: Santos Editora, 2002.
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1. D.
2. B. 
Para a alternativa I ficar correta, deveria ser “equipes interdisciplinares são importantes nos 
cuidados integrativos”.
Para a alternativa IV ficar correta, deveria ser “devemos dar atenção ao aspecto físico, mental 
e espiritual de nossos clientes”.
3. B. 
Para a segunda afirmativa ser verdadeira não poderia ser afirmado que a argiloterapia é uma 
técnica específica de relaxamento. O relaxamento é um dos seus benefícios, entre outros.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
AROMATERAPIA E CROMOTERAPIA
Entender o que é a Aromaterapia.
Compreender o que é a Cromoterapia.
Assimilar o que são os óleos essenciais e suas indicações. 
Identificar a química dos óleos essenciais.
Discutir o uso das cores para a qualidade de vida e o bem-estar.
Conhecer a fisiologia da cromoterapia. 
Acompanhar estudos científicos existentes sobre os temas.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, neste momento, você vai aprender sobre a aromaterapia e a cromote-
rapia. Assim como outras práticas integrativas e complementares, a aromaterapia 
é milenar e vem ganhando cada vez mais prestígio e adeptos. Já a cromoterapia, 
é a terapia que utiliza as cores do espectro solar como um meio de cura. 
De uma maneira simples, eficiente e de fácil aplicação, podemos fazer uso 
das duas técnicas associadas entre si e com outras técnicas, contribuindo para 
encontrar o equilíbrio na saúde mental, física e energética nossa e de nossos 
clientes/pacientes. Algo muito interessante a respeito das duas técnicas é o núme-
ro de estudos científicos que comprovam cada vez mais a sua relevância clínica. 
Você não pode perder a oportunidade de saber mais!!!
Um dos benefícios da utilização dos óleos essenciais é a grande variedade de usos, 
o que inclui o uso na culinária. Já que cozinhar, comer e beber são uma parte muito 
natural do nosso dia a dia, não é de surpreender que os óleos essenciais sejam úteis 
também na cozinha. Ouça o podcast e venha entender como você pode ajudar nisso! 
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
DESENVOLVA SEU POTENCIAL 
AROMATERAPIA
A aromaterapia é a técnica que 
utiliza os óleos essenciais (OEs) 
como ferramenta de trabalho. É 
definida como “a arte e a ciência 
de utilizar essências aromáticas 
extraídas naturalmente de plan-
tas para equilibrar, harmonizar 
e promover a saúde do corpo, 
mente e espírito” (NASCIMEN-
TO, 2021, on-line). Abrange um 
conhecimento secular, frequen-
temente associada a outras prá-
ticas – como terapia de florais e 
cromoterapia, potencializando 
os resultados do tratamento. Tem 
sido adotada por diversos profis-
sionais de saúde como enfermei-
ros, psicólogos, fisioterapeutas, 
médicos, veterinários, terapeutas holísticos, naturistas, e empregada em 
diferentes setores da área, auxiliando no reequilíbrio físico e/ou emocional 
dos indivíduos (BRASIL, 2021).
A palavra aroma vem do latim aroma (odor doce, tempero) e terapia, do 
latim terapia e do grego therapeia (cura). Os puristas afirmam que a pala-
vra significa que os óleos sejam usados apenas de maneiras que estejam de 
acordo com o significadoda palavra, isto é, não para massagens ou outras 
formas de aplicação, mas apenas por inalação (PRICE; PRICE, 2007). 
Entretanto, ao longo do tempo, inevitavelmente esse conceito foi evo-
luindo, e, hoje, muitas outras formas de aplicação dos óleos essenciais são 
conhecidas e praticadas. Contudo, é imprescindível entender, que sempre 
a inalação estará envolvida.
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A química dos óleos essenciais
Os óleos essenciais não são uma única molécula química, mas são misturas 
complexas de compostos orgânicos, principalmente da classe química dos ter-
penos, que têm uma estrutura básica de carbono e hidrogênio, com “grupos 
funcionais” adicionados, incluindo álcoois, aldeídos, ésteres, éteres, cetonas 
e fenóis (REIS; JONES, 2017). Grande parte da pesquisa de óleos essenciais 
concentra-se nos constituintes químicos e não em todo o complexo do óleo. 
No entanto, muitos aromaterapeutas afirmam que os óleos essenciais são mais 
do que a soma de suas partes, e que todo o óleo é responsável pelas suas pro-
priedades curativas e aplicações clínicas.
Existem alguns conceitos distintos dentro da ciência dos óleos essenciais:
 ■ Aromaterapia: ciência que trata da aplicação prática dos OEs para as 
diversas condições físicas, mentais e psicológicas.
 ■ Aromacologia: ciência que estuda as interações dos OEs com os 
sistemas corporais (psicologia e farmacologia).
 ■ Aromatologia: ciência que estuda a composição química dos OEs.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
As moléculas encontradas dentro do óleo essencial, são extremamente leves, isto 
é, poucos átomos de carbono e hidrogênio são responsáveis pela sua formação. 
Isso faz com que essas moléculas volatilizem muito facilmente a temperaturas 
não muito altas. Por exemplo, a temperatura corporal, cerca de 36,5 °C, já é su-
ficiente para fazer com que o óleo em contato com o corpo volatilize. Por isso, é 
tão fácil sentir o seu aroma. 
Dessa forma os óleos essenciais são também chamados de “óleos voláteis”. 
Devido a algumas diferenças na escala de evaporação, os óleos podem conter: 
notas altas, ou topo (de fácil evaporação), notas médias ou de corpo (de médias 
evaporação) e notas de fundo ou básicas (que demoram a evaporar). A correta 
mistura de óleos com diferentes notas é considerada uma arte e dá origem a 
diversos perfumes diferentes (CLARKE, 2008).
Óleo Essencial x Essência
Ao escolher um óleo essencial é importante ficar atento aos parâmetros de qua-
lidade deles, pois existem muitos produtos adulterados no mercado. Ao adquirir 
um óleo, sempre pesquise sobre a qualidade da marca. Na descrição do pro-
duto o óleo deve conter apenas o próprio óleo (100% puro) e não pode ter sido 
adicionado conservantes, corantes, ou óleos vegetais e minerais, por exemplo. 
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Muitas pessoas acabam, de forma enganada, adquirindo essências no lugar de 
óleos essenciais. A essência não tem as propriedades terapêuticas dos óleos, pois 
apenas algumas moléculas sintetizadas em laboratório estão presentes. Além 
disso, contêm corantes e conservantes, que podem, inclusive, ser nocivos. Os 
métodos de obtenção dos óleos essenciais é o que garante a sua pureza. 
Eles são obtidos, principalmente, por hidrodestilação, prensagem ou en-
fleurage. Há alguns poucos óleos obtidos pela técnica de extração por solvente 
ou extração por CO2. Após a extração, eles devem ser imediatamente armaze-
nados e não passam por nenhum outro processo químico.
Formas de uso da aromaterapia
Como discutido anteriormente, hoje em dia, existem muitas formas de utilizar a aro-
materapia, além da inalatória. A seguir, você encontra as principais formas de uso:
 ■ Inalação – forma clássica de utilização da aromaterapia e a mais utilizada. 
Devido à natureza volátil dos constituintes dos óleos essenciais, os compo-
nentes deixam o líquido e viajam até as narinas através da inalação. Ali, eles 
estimulam o bulbo olfatório, o qual possui, anatomicamente, ligação direta 
com o sistema límbico cerebral, fazendo a estimulação da hipófise e dando 
início a uma série de sinalizações hormonais para todo o corpo. Dessa ma-
neira, não há dúvidas da eficácia da aromaterapia utilizada. Os estímulos 
gerados dentro do sistema límbico são capazes de ativar o sistema diges-
tivo, reprodutor, imunológico, nervoso, dentre outros. Os óleos essenciais 
também podem atingir a circulação sanguínea via pulmões (BOWLES, 
2003; CLARKE, 2008; PRICE; PRICE, 2007). Os principais acessórios para 
praticar a aromaterapia inalatória são os difusores de ambiente, os colares 
aromáticos, os aromas sticks, ou a simples inalação diretamente do frasco.
 ■ Uso em banhos – maneira bastante relaxante de utilizar os óleos essen-
ciais. Numa banheira de água morna pode-se gotejar o óleo adequado 
para cada caso. Geralmente, os óleos com efeitos relaxantes são os prefe-
ridos. Uma vez que água e óleo não se misturam, é indicado que o óleo 
essencial seja misturado a uma pequena quantidade de leite ou mel e 
então dissolvido na banheira, fazendo assim o emulsionamento do óleo 
e garantindo que ele atinja toda a água. O efeito do óleo essencial dar-se-á 
tanto pela pele quanto pela inalação.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
 ■ Uso tópico – existem muitas evidências de que os constituintes dos óleos 
essenciais passem através da superfície da pele para o estrato córneo, de-
pois para a derme e a circulação sanguínea, exercendo, assim, seus efeitos 
terapêuticos (BOWLES, 2003; CLARKE, 2008; PRICE; PRICE, 2007). A 
absorção dérmica do óleo essencial é aumentada pelo calor, massagem, 
hidratação da pele e pela aplicação de óleos vegetais. A quantidade de 
óleo essencial absorvida em uma massagem de corpo inteiro varia entre 
0,01 ml e 0,15 ml. A absorção dos óleos é aumentada na pele lesionada 
ou muito fina. E em qualquer tipo de doença de pele, os óleos essenciais 
devem ser aplicados com cautela, pois aumenta o risco de reações cutâ-
neas (BOWLES, 2003; CLARKE, 2008; PRICE; PRICE, 2007). 
A indicação de cada óleo deve ser respeitada de 
acordo com a necessidade do cliente/paciente. 
Para isso, é preciso investigar histórico de alergias e 
hipersensibilidade. 
Outras formas de uso tópico dos óleos são nos cosméticos, como nos 
sabonetes artesanais, nos cosméticos naturais ou, então, misturando os óleos 
aos shampoos. Para tratamentos caseiros utilizando a aromaterapia, as partes 
anatômicas mais indicadas para aplicação são as solas dos pés, os punhos e a 
região ao redor do umbigo.
Dosagens dos óleos essenciais
Apesar de serem substâncias naturais, os óleos essenciais devem ser utilizados 
com extremo cuidado. Muitas pessoas acreditam que, por serem naturais, os OEs 
não possuem contraindicações, mas isso não é verdade. Existem muitos óleos 
contraindicados para pessoas com doenças como asma, hipertensão, câncer, epi-
lepsia, dentre outros. Os óleos também devem ter suas doses adequadas para o 
uso em bebês, crianças e idosos. 
Os OEs são tão concentrados, que se diz popularmente, que uma única gota 
de óleo equivale a tomar 25 xícaras de chá daquela planta. Claro, isso é apenas 
uma generalização para enfatizar os poderes dos óleos. Para evitar complicações, 
eles nunca devem ser utilizados puros sobre a pele. 
A seguir, você verá uma imagem com a forma geral de diluir os óleos essenciais. 
é preciso investigar 
histórico de alergias 
e hipersensibilidade
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Figura 1 – Percentual de diluição dos óleos essenciais / Fonte: https://i.pinimg.com/564x/7d/d2/22/7dd-
222c8e846b430af858441ccc4daf8.jpg. Acesso em: 11 jan. 2024.
Descrição da Imagem: um esquema de como diluir óleos vegetais. No topo, temos ‘’doenças crónicas’’ 10% para 
20ml de água; ‘’dor e inflamação’’ 5% para 10ml de água; ‘’massagens’’ 4% para 8ml de água; ‘’cosméticos’’ 3% 
para 6ml de água; ‘’pele sensível e idoso’’ 2% para 4ml de água; ‘’crianças e grávidas’’ 1% para 2ml de água; ‘’uso 
facial e bebês’’ 0,5% e 1ml de água. Ao final temos escritos ‘’Oléo vegetal carreador’’ e uma flecha apontando 
para um vidro pequeno de10ml. Fim da descrição.
Para fazer essas diluições utilizam-se os óleos vegetais. Em primeiro lugar, é pre-
ciso saber que 1 ml de óleo essencial corresponde a aproximadamente 20 a 25 
gotas do líquido. Esse número pode variar de acordo com a espessura do líquido 
e o gotejador do frasco. A partir daí, você pode calcular as diluições que deseja 
fazer. Veja um exemplo na figura a seguir, em que o volume final do frasco é de 
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10 ml. Caso queira fazer 10 ml de um óleo a uma concentração de 4%, indicado 
para as massagens, adicionam-se, no óleo vegetal, oito gotas do óleo essencial. 
Homogeneizar o frasco e, então, fazer a aplicação corporal.
À medida que você aprender 
mais sobre os óleos essenciais, 
desejará misturar os óleos 
entre si. Todos eles possuem 
compatibilidade, ou seja, 
misturam-se formando o que 
é chamado de sinergias. Nas 
sinergias, um OE potencializa 
a ação do outro, ou ameniza as 
limitações do outro, de forma 
que o resultado é muito mais 
eficaz do que se utilizados 
sozinhos. Para montar sinergias 
é necessário um conhecimento mais profundo da composição de cada OE para 
que não ocorra a mistura de óleos que anulem os efeitos uns dos outros.
Toxicidade de óleos essenciais
A aromaterapia é considerada uma prática muito segura. A maioria dos casos de 
toxicidade relatados são devido ao mau uso dos óleos. A toxicidade de qualquer 
componente químico é estudada pelo ramo na ciência chamado de “toxicologia”. 
Muitas vezes, a toxicidade dos óleos é testada diretamente sobre células ou em 
animais, e não em humanos. Por isso, é difícil transpor os resultados experimen-
tais para a prática clínica. A experiencia clínica é o que mais conta nesses casos.
A toxicidade depende da dose, concentração, frequência de uso, biodisponibilidade 
e toxicidade intrínseca da substância, interações com outros xenobióticos 
e suscetibilidade do indivíduo. As condições ambientais, como radiação UV 
(ultravioleta), também podem ser importantes (TISSERAND; YOUNG, 2014). 
Vamos ver alguns casos em que é necessário ter extremo cuidado com os óleos 
(BUCKLE, 2015):
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 ■ Os óleos cítricos são ricos em substâncias chamadas 
furanocumarinas, conhecidos por serem fototóxicos, isto é, causam 
queimaduras na pele se a pessoa for exposta ao Sol. Os óleos 
cítricos devem ser evitados em massagens.
 ■ Óleos de tomilho e orégano são ricos em fenóis e aldeídos, o que 
os torna potentes irritantes da pele.
 ■ Os ésteres salicilato de metila e acetato de sabinila são 
potencialmente tóxicos se utilizados de forma incorreta. Eles estão 
presentes em alguns óleos, como o wintergreen e o bétula.
Estes são alguns exemplos, mas você sempre deve pesquisar e adequar os OEs às 
necessidades de seus clientes. Os óleos de alecrim e hortelã-pimenta, por exem-
plo, não são tóxicos, mas são contraindicados para hipertensos.
Os óleos essenciais – alguns exemplos importantes
Você vai conhecer agora, mais profundamente, as características, aplicações e 
contraindicações dos principais óleos essenciais utilizados, que encontram mui-
tas aplicações para cuidar da beleza e bem-estar.
 ■ Lavanda: também conhecida como Lavanda Francesa ou Lavanda verda-
deira. É o óleo número um do mundo para tratar questões relacionadas à 
ansiedade, insônia, depressão, estresse, medos, catapora, dores de cabeça, 
dor lombar, picada de inseto, bronquite, asma, hipertensão, clareza mental. 
Devido, ainda, ao seu alto teor de terpenos, como o linalol e o acetato de 
linalila, possui, comprovadamente, ação calmante, anti-histamínica, anal-
gésica, anti-inflamatória, anticonvulsivante e sedativa. Em queimaduras e 
picadas de inseto, pode ser aplicada diretamente. Cuidado! Existem outros 
tipos de lavanda com menores propriedades calmantes, alguns até sendo 
mais estimulantes. É necessário se informar antes de usar (BOWLES, 2003; 
CLARKE, 2008). Um litro de óleo essencial = 150kg de flores.
 ■ Melaleuca: conhecida também como Tea Tree, embora o nome correto 
seja melaleuca. É um dos óleos mais vendidos no mundo todo devido 
às suas propriedades antissépticas. Seus principais constituintes são os 
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alfa-pinenos, terpinenos e terpineóis, os quais são os responsáveis pelas 
atividades antimicrobianas, antifúngicas e antivirais. Na cosmetologia, o 
óleo de melaleuca é muito utilizado para tratamento de acne (CAVALA-
RI, 2017) e fungos de unha. Na prática clínica, seus principais usos são 
para tratamento de gripe, tosse e cândida (BOWLES, 2003; CLARKE, 
2008). Purifica a mente e reabilita. Estimula a perseverança. Ajuda no 
discernimento, limpando a confusão mental.
 ■ Alecrim: é um dos óleos mais conhecidos e mais usados no mundo. Seus 
principais constituintes químicos são o cineol, pineno e cânfora. A canfora é 
responsável pelo seu forte odor. O alecrim é utilizado na cosmetologia como 
estimulante do crescimento capilar. Também é muito útil para problemas 
respiratórios e circulatórios. São atribuídas propriedades de aumento de 
clareza mental e concentração. Cuidado! Por ser um óleo muito estimu-
lante, é desaconselhado seu uso em pessoas hipertensas (BOWLES, 2003; 
CLARKE, 2008), epilépticos, gestantes e lactantes. Antioxidante, analgésico, 
bactericida e anti-inflamatório. Protege fígado e rins.
 ■ Gerânio: esse óleo possui um aroma floral muito agradável, especial-
mente às mulheres. Seus principais constituintes são o citronelol, geraniol 
e linalol. Na aromaterapia, foram atribuídos efeitos benéficos em uma 
variedade de condições, incluindo distúrbios menstruais e hormonais, 
como anti-inflamatório, diurético, antisséptico, antidepressivo, calmante 
(BOWLES, 2003; CLARKE, 2008), hipoglicemiante, antioxidante, fungi-
cida e antitumoral. Uso repetido pode causar sensibilidade. Um litro de 
óleo essencial = 700kg da planta! 
 ■ Camomila: existem dois tipos de camomila, a germana (ou alemã) e a ro-
mana. A camomila romana é um óleo particularmente útil para crianças 
pequenas, adequado para problemas como erupções cutâneas, dentição, 
cólicas, promove o sono natural e é considerada segura. Ainda pode ser 
considerada anti-inflamatória, relaxante, antiespasmódica, analgésica, 
antitumoral, evita perda óssea, antifúngica, bactericida e antiviral. A ca-
momila germana é um óleo rico em Camazuleno, o que lhe confere a 
coloração azul, e alfa-bisabolol. Ela é especialmente útil na estética por 
ter propriedades antialérgicas e anti-inflamatórias e ser benéfica para as 
células (BOWLES, 2003; CLARKE, 2008). A camomila romana ainda 
pode ser utilizada localmente em dor ciática e herpes labial. 
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Óleos vegetais – exemplos
Os óleos vegetais são também chamados de óleos fixos. Este nome lhes é dado 
por conta da sua composição química, basicamente feita de ácidos graxos de 
cadeia longa, como os ômegas. Essas cadeias de hidrocarbonetos são pesadas, 
o que não lhes permite evaporarem como os óleos essenciais. Isso faz com que 
os óleos vegetais sejam ideais para fazer a diluição dos OEs e, então, segurá-los 
por mais tempo em contato com a pele aumentando a sua permeação. Os óleos 
vegetais podem ser aplicados puros sobre a pele pois são 100% biocompatíveis. 
Dependendo da sua constituição química os óleos vegetais têm indicações espe-
cíficas. Veja, a seguir, alguns exemplos segundo Ferraz (2017):
 ■ Óleo de Amêndoas doce: é considerado a base universal – aceita mui-
tos OEs. Pode ser usado em peles normais e sensíveis, crianças, idosos e 
gestantes. É rico em ácido oleico (80%) sendo ideal para maciez da pele, 
estrias, umectação. Por ter uma densidade mais alta e permeação lenta: 
não usar em cabelos e face.
 ■ Composição: ácidos graxos: ácido oleico (62-86%) ômega 9, ácido li-
noleico (7-30%) ômega 6, ácido palmítico (4-9%) saturado, ácido es-
teárico (0,5 – 3,5%) saturado.
 ■ Tocoferóis: α-tocoferol: aproximadamente 390 mg/kg e outros em me-
nor quantidade.
 ■ Esteróis: β-sitosterol, stigmasterol e campesterol: 2,6 g/kg.
 ■ Poucaquantidade de vitaminas e esqualeno.
 ■ Rejuvenescedor, regenerador e nutritivo.
 ■ Óleo de Jojoba: é um óleo nobre, alta compatibilidade com a pele. 
Possui alto teor de ácido esteárico e álcoois graxos. Promove limpeza 
dos poros e glândulas, regula a oleosidade da pele e cabelos. Usado 
para tratamento de rosácea, acne e terapias capilares. Possui um to-
que seco – sensação de maciez aveludada podendo ser utilizado para 
tratamento faciais luxuosos e sofisticados.
 ■ Composição: ácidos graxos: ácido gadoleico (65-80%), ácido palmítico 
(3%) saturado, ácido oleico (5-15%) ômega 9, áerúcico (10-20%).
 ■ Tocoferóis: gama (79%) e alfa-tocoferol (20%). O Esteróis: β-sitosterol 
(68%), campesterol (18%), e outros.
 ■ Ceras esterificadas (50%): extremamente hidratante e benéfica para pele.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
 ■ Na pele madura – repõe umidade, reduz rugas, proporciona elastici-
dade e firmeza
 ■ Óleo de Rosa Mosqueta: rico em ácidos graxos de cadeia poli-insaturada, 
vitamina C e carotenoides. É um excelente regenerador, cicatrizante, re-
novador da epiderme. Possui efeito anti-aging, clareador, protetor labial.
 ■ Composição: ácidos graxos: ácido palmítico (3%) saturado, ácido 
oleico (14%) ômega 9, ácido linoleico (44%) ômega 6, ácido alfa-li-
nolênico (33%) ômega 3.
 ■ O Tocoferóis: alfa-tocoferol.
 ■ Regenera marcas de expressão e pele envelhecida.
 ■ Óleo de Semente de Uva: possui elevado teor de vitamina E, ácidos linoleico, 
oleico e palmítico. Atua na regeneração e manutenção da pele. Pode ser utili-
zado durante a gravidez (estrias) e é utilizado em muitos produtos cosméticos.
 ■ Composição: ácidos graxos: ácido palmítico (6-8%) saturado, ácido 
esteárico (2- 6%) saturado, ácido oleico (15-25%) ômega 9, ácido li-
noleico (62-75%) ômega 6.
 ■ Tocoferóis: alfa-tocoferol (100 mg/kg); gama e beta- tocoferol (20%)
 ■ Previne estrias e celulites, restaura o colágeno e melhora circulação 
periférica.
 ■ Outros: Óleo de Abacate, Óleo de Açaí – semente, Óleo de Andiroba, 
Óleo de Argan, Óleo de Buriti – polpa, Óleo de Coco, Óleo de Gergelim, 
Óleo de Rícino, Óleo de Semente de Maracujá.
RESUMO DE COMO USAR
Pele / cabelo seco
Abacate
Açaí
Amêndoa
Buriti
Rícino
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Pele / cabelo normal
Argan
Gergelim
Semente de Uva
Pele / cabelo oleoso
Coco
Jojoba
Semente de Maracujá
Pele sensível
Amêndoa
Buriti
Jojoba
Rosa Mosqueta
Semente de Uva 
Quadro 1 – Resumo de como usar alguns tipos de óleos / Fonte: a autora. 
CROMOTERAPIA
A cromoterapia é uma prática que utiliza as cores do espectro solar – verme-
lho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta – para restaurar o equilíbrio 
físico e energético do corpo. As cores são classificadas em quentes (luminosas, 
com vibrações que causam sensações mais físicas e estimulantes – vermelho, 
laranja e amarelo) e frias (mais escuras, com vibrações mais sutis e calman-
tes – verde, azul, anil e violeta), sendo que a cor violeta é a de vibração mais 
alta no espectro de luz, com sua frequência atingindo as camadas mais sutis 
e elevadas do ser (campo astral) (BRASIL, 2021).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Formas de uso da cromoterapia
A cromoterapia pode ser explorada em muitos aspectos. Pode-se aplicar as 
cores nas casas, nas roupas e nos ambientes de trabalho. Nos ambientes, po-
de-se utilizar as cores de forma a induzir relaxamento nos clientes/pacientes. 
É mais uma opção para que ele se sinta acolhido e tranquilo.
Fisiologia da cromoterapia
A explicação da cromoterapia baseia-se no fato de que o olho humano possui 
cerca de 137 milhões de fotorreceptores (células chamadas de cones e bas-
tonetes) que transformam a luz em impulsos elétricos e viajam até o tálamo 
através de vias aferentes. 
Uma vez no tálamo, os efeitos da informação eletroquímica contidas 
nessas trajetórias neuro sensíveis resultam em um aumento da ação de neu-
rotransmissores, dentre eles, acetilcolina, noradrenalina e dopamina, que 
podem ter ação de excitação ou inibição. Algumas cores específicas do es-
pectro visível podem ativar ou bloquear processos do complexo fisiológico, 
biológico e bioquímico do cérebro humano, tal como a síntese de vários 
neuro-hormônios.
Ação das cores
A utilização adequada das cores pode favorecer a criação de ambientes te-
rapêuticos e estimular o fluxo de energia curativa potencial do ser humano. 
Conhecendo a ação de diferentes cores sobre órgãos e sistemas do corpo, 
pode-se aplicar a cor correta que tende a harmonizar a ação de qualquer 
órgão ou sistema (SANTIAGO; DUARTE; MACEDO, 2009). Vamos, agora, 
entender quais os significados das cores e quais as respostas que são capazes 
de induzir no corpo. Basicamente, as cores podem ser classificadas em cores 
quentes e cores frias. As cores frias são aquelas associadas ao gelo, à água, à 
lua, as quais transmitem a sensação de frio, como, por exemplo, o azul, violeta 
(roxo ou púrpura) e verde. Já as cores quentes remetem à alegria, ao calor, à 
extroversão, ao verão, e são principalmente as cores derivadas do espectro 
vermelho, incluindo o amarelo e o laranja.
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VERMELHO 
intensa e estimulante, é indicada para afastar a depressão e o desânimo. É a cor das 
paixões, conquistas e sexualidade.
AMARELO
muito viva, age sobre a mente, ajudando a raciocinar e mandar para longe os pensa-
mentos obsessivos. É a cor da inteligência, do estímulo à realização, do estudo e da 
criatividade.
LARANJA 
é restauradora e regeneradora, ajudando na recuperação emocional. É a cor da 
coragem, da reconstrução e da melhora.
VERDE 
é calmante e traz equilíbrio. O verde tem a capacidade de melhorar qualquer 
condição física negativa e energiza o corpo e a alma. É uma cor ligada à saúde, e 
exerce a função de antisséptico, anti-inflamatório e anti-infecciosa, isolante de área, 
regenerador e dilatador. É a única cor que não possui nenhuma contraindicação.
AZUL 
traz paciência e serenidade, ajudando a tranquilizar o corpo e a mente. Funciona como 
regenerador, calmante, lubrificante e analgésico. É indicada nos casos de insônia e 
estresse, pois ajuda a melhorar a qualidade do sono.
ÍNDIGO
ajuda a equilibrar as energias e trabalha a intuição, além de contribuir para a limpeza e 
purificação de ambientes.
VIOLETA OU LILÁS
é uma cor muito espiritual e mística, ajudando quem está desequilibrado emocionalmente 
e descrente. Quando usada em casa, ela limpa e isola os ambientes da má vibração.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
ROSA 
 faz parte do espectro vermelho. Traz afeto, amor e união. Ajuda particularmente no 
equilíbrio dos relacionamentos pessoais e profissionais.
OURO
é a cor da sabedoria e pode se relacionar com movimento e viagens. É a cor da riqueza, 
realeza e conhecimento. Alguém que não gosta dessa cor pode descobrir que seu campo 
de energia está esgotado e seu senso de autoestima pode piorar; consequentemente, 
suas finanças podem estar em mau estado (DEMARCO; CLARKE, 2001).
Se você deseja harmonizar uma clínica de estética, um espaço terapêutico, 
uma sala de massagens ou um spa, uma boa dica é consultar um profissional 
de arquitetura ou design de interiores para que as melhores indicações de 
cores sejam feitas ao seu ambiente. A intensidade das cores e a mistura é algo 
a que se deve prestar atenção.
Gostou do que viu até aqui? Preparamos uma videoaula para você! Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem 
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS 
Sabemos que você está em um curso de Terapias complementares e inovações em 
podologia. E como vimos, muitas das técnicas das Práticas Integrativas e Com-
plementares podem ser associadas entre si, não é mesmo? O que você acharia se 
quando fosse fazer um tratamento em uma clínica de podologia, o ambiente fosse 
decorado com cores que estimulassem o bem-estar e com um odor agradável? 
Não seria maravilhoso? Você não teria interesse em voltar mais vezes? Indicaria 
esse local para outras pessoas? Aceitaria pagar um pouco mais pelocomo tratamentos paliativos para algumas doenças crônicas. Contudo, o 
mais provável é que você não tenha ouvido falar sobre alguns dos temas que 
constituem essas práticas, então, vamos apresentar um breve resumo de todas 
elas. Ouça o nosso podcast!
PLAY NO CONHECIMENTO
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Políticas Públicas regulamentam as PICS
Em 2002 a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontava em seus documentos 
quais os problemas que a sociedade atravessava e que traziam riscos à saúde, bem 
como, o que fazer para diminuí-los e promover uma vida mais saudável, indo na 
direção da promoção da saúde (BRASIL, 2006a). 
Observando esse direcionamento, as Políticas Públicas que norteavam a 
garantia dos direitos da população brasileira à qualidade de vida, iniciaram a 
implantação de ações do poder público para desenvolver o hábito da preven-
ção, promoção, manutenção e recuperação da saúde, baseada em um modelo 
de atenção mais humanizado.
 Uma dessas ações foi a criação da Política Na-
cional de Práticas Integrativas e Complementares 
(PNPIC), que contribuiu para o fortalecimento dos 
princípios fundamentais do Sistema Único de Saú-
de (SUS), no sentido de universalizar a qualidade 
de vida, com acesso às ações e serviços que buscam 
manter a saúde e a equidade, diminuindo desigualdades entre a população, prin-
cipalmente quando se trata de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Partindo do pressuposto que essa legislação considera que as demandas em 
saúde devem abranger o indivíduo como um todo, é importante que nós, pro-
fissionais da saúde, estejamos sempre atentos à integração das ações, incluindo 
a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.
a criação da Política 
Nacional de Práticas 
Integrativas e 
Complementares 
(PNPIC)
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
O direito à saúde depende da articulação de vários setores, e as políticas 
públicas ajudam a assegurar a relação entre as diferentes áreas, para que re-
verberem na melhora da qualidade de vida da população. Nesse sentido, a 
oferta das PICS pode ser entendida como mais um passo para o processo de 
implantação do SUS de forma justa e solidária. 
A PNPIC veio ao encontro de reflexões sobre as necessidades para a pro-
moção e a garantia da integralidade na atenção à saúde. O Ministério da Saúde 
apresentou a PNPIC no SUS, cuja implementação envolve justificativas de 
natureza política, técnica, econômica, social e cultural.
Essa política atende, sobretudo, a necessidade de se conhecer, apoiar, incor-
porar e implementar experiências que já vinham sendo desenvolvidas na rede 
pública de muitos municípios e estados, entre as quais se destacam aquelas no 
âmbito da medicina tradicional chinesa/acupuntura, da homeopatia, da fitotera-
pia, da medicina antroposófica e do termalismo/crenoterapia (BRASIL, 2006a). 
Com essa legitimação social, as PICS foram introduzidas no SUS por 
meio da Portaria nº 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006, com cinco técnicas 
de tratamento, acrescentando 14 práticas em 27 de março de 2017, por meio 
da portaria nº 849 e mais 10 pela portaria nº 702 em 2018, como pode ser 
observado no Quadro 1.
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
Portaria nº 971, de 03 
maio de 2006
Portaria nº 849, de 27 de 
março de 2017
Portaria nº 702, de 21 
março de 2018
Medicina Tradicional 
Chinesa – Acupuntura, 
Homeopatia, Plantas 
Medicinais e Fitoterapia, 
Termalismo – 
Crenoterapia, Medicina 
Antroposófica
Arteterapia, Ayurveda, 
Biodança, Dança 
Circular, Meditação, 
Musicoterapia, 
Naturopatia, 
Osteopatia, Quiropraxia, 
Reflexoterapia, Reiki, 
Shantala, Terapia 
Comunitária Integrativa, 
Yoga
Aromaterapia, Apiterapia, 
Bioenergética, 
Constelação Familiar, 
Cromoterapia, 
Geoterapia, Hipnoterapia, 
Imposição de Mãos, 
Ozonioterapia, Terapia de 
Florais
Quadro 1 – Política nacional de práticas integrativas e complementares 
Fonte: adaptado de Brasil (2006b), Brasil (2017) e Brasil (2018c).
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O debate sobre as práticas integrativas iniciou no 
final da década de 1970, com a Declaração de Alma 
Ata, adotada em setembro de 1978, na Conferência In-
ternacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reali-
zada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 
Alma-Ata (atual Almati), na República Socialista So-
viética do Cazaquistão, que expressava a “necessidade 
de ação urgente de todos os governos, de todos os que 
trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento 
e da comunidade mundial para promover a saúde de 
todos os povos do mundo” e continuou nos anos 1980, 
com a 8ª Conferência Nacional de Saúde.
Contudo, já em 1956, a Dra. Gudrun Kröekel Bur-
khard, formada pela Universidade de São Paulo – USP, 
iniciava seu trabalho na cidade de São Paulo com a me-
dicina antroposófica, por meio de suas experiências 
durante sua formação na Suíça (BRASIL, 2008). Essa 
prática integrativa (Medicina Antroposófica – MA) 
foi reconhecida por meio do Parecer 21 do Conselho 
Federal de Medicina, em 23 de novembro 1993, sendo 
considerada, devido à forma de aplicação de sua prática, 
um modelo de atenção transdisciplinar, pois busca a 
integralidade do cuidado em saúde do indivíduo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
O Profissional da saúde e seu olhar sobre as técnicas 
milenares
Esse crescente direcionamento na busca pelas PICS 
se dá devido ao interesse cada vez maior por práti-
cas mais naturais, que não causem efeitos colaterais 
em nosso organismo e pelo crescimento do número 
de pessoas acometidas por doenças crônicas, inte-
ressadas em tratamentos abrangendo o cuidado do indivíduo por completo, 
com custos menores que os proporcionados por meio de tratamentos chamados 
de convencionais, tradicionais, clássicos ou alopáticos (DRAELOS, 1991). 
Não podemos esquecer que é importante a nossa orientação aos pacientes que 
estão realizando tratamentos alopáticos ou tradicionais, para que não excluam a 
medicina convencional, o que também é afirmado por Lima et al. (2018).
Como promotores da saúde, temos que ganhar a confiança de nossos pacientes 
e não os manter eternamente sob nossos cuidados, tornando-os nossos reféns. 
Temos de nos questionar se nossa prática clínica está sendo eficiente, se não 
evoluímos com alguns casos porque não conseguimos chegar a um diagnóstico 
efetivo, se está havendo falha no nosso processo de orientação, ou porque não 
conseguimos enxergar o indivíduo como um ser integral. 
Às vezes, acabamos fidelizando o cliente de forma patológica, não promovendo 
realmente sua melhora e qualidade de vida. Keet (2011) exemplifica que, casos de 
pacientes com prognósticos positivos, mas que não evoluem devem ser repensa-
dos. Muitas vezes, esgotamos todos os recursos que estão ao nosso alcance com um 
cliente e o problema permanece, pois, talvez, aquele caso não deva ser tratado com 
técnicas que estejam dentro do conjunto de protocolos do nosso conhecimento. 
Assim, as PICS são oportunidades para qualquer profissional ligado à saúde, 
adequando os recursos para seus clientes/pacientes, pois muitas delas podem ser 
aplicadas como um elemento do processo curativo do nosso próprio organismo, 
são de baixo custo, seguras e naturais. A Dra. Myers (2016) reforça que as terapias 
integrativas podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças 
crônicas, como no caso de patologias autoimunes, permitindo maior integrali-
dade e resolutividade da atenção à saúde.
interesse cada vez 
maior por práticas 
mais naturais
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No mais, temos descobertas que qualificaram, por meio da cientificidade, 
muitas práticas consideradas milenares, como as técnicas indianas de yoga e 
meditação, considerando-as influenciadoras do estilo de vida de seus adeptos no 
sentido de manter a harmonia, a serenidade, o autoconhecimento e o equilíbrio, 
evitando transtornos como a ansiedade, por exemplo (SIEGEL, 2010). 
A prática de yoga, por exemplo, veio para o ocidente no final do século XIX, quando 
foi criado o Grupo Independente de Estudos Esotéricos em Montevidéu, mas, segun-atendimento? 
Pois é! Essa é uma realidade. Pense nisso!
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1. Você está montando seu ambiente para iniciar seus atendimentos. Um arquiteto está tra-
balhando para você, com o objetivo de deixar o lugar o mais agradável possível. 
Qual cor você indicaria para que fosse utilizada em uma parede que ficará na frente do seu 
cliente/paciente, enquanto você está atendendo? 
2. Existem alguns cuidados especiais para fazer uma massagem com o uso de óleos essen-
ciais em uma gestante. 
Qual o óleo vegetal que você usaria, principalmente para a prevenção de estrias e como 
você faria a diluição do produto?
3. Em aromaterapia, utilizamos como matéria-prima os óleos essenciais, que por suas carac-
terísticas, possuem efeitos terapêuticos especiais. 
Assinale, a seguir, a alternativa que traz características que NÃO se aplicam a essa técnica: 
a) O óleo essencial pode ser considerado a alma da planta.
b) Por serem voláteis, a ação dos óleos essenciais acontece por inalação.
c) São solúveis em álcool, óleos, emulsões, mel, sabonete líquido, leite.
d) Substâncias naturais e voláteis que são extraídas de plantas aromáticas.
e) Todos os óleos essenciais, por serem naturais podem ser usados diretamente sobre a 
pele.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BOWLES, E. J. The Chemistry of aromatherapeutic oils. 3. ed. Londres: Routledge, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares (PICS): quais são e para 
que servem. Ministério da saúde, Brasília, DF, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/sau-
de/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/pics#:~:text=As%20Pr%C3%A1ticas%20Integrativas%20
e%20Complementares,humano%2C%20meio%20ambiente%20e%20sociedade. Acesso em: 11 
jan. 2024.
BUCKLE, J. Clinical Aromtherapy: essential oils in Healthcare. 3. ed. Amsterdã: Elsevier, 2015.
CAVALARI, T. G. F.; OLIVEIRA, A. C. C. Óleo essencial de melaleuca. Revista Saúde em Foco, [s. 
l.], v. 9, p. 580-586, 2017. 
CLARKE, S. Essencial chemistry for aromatherapy. 2. ed. Amsterdã: Elsevier, 2008.
DEMARCO, A.; CLARKE, N. G. An interview with Alison Demarco and Nichol Clarke: light and 
colour therapy explained. Complementary Therapies in Nursing & Midwifery, [s. l.], v. 7, n. 2, p. 
95-103, 2001. Disponível em: https://bit. ly/3bFQf5J. Acesso em: 26 abr. 2021.
NASCIMENTO, C. Aromaterapia e a arte das essências. Boqnews, Santos, 12 fev. 2021. Disponível 
em: https://bit.ly/3wdjTHe. Acesso em: 11 jan. 2024.
PRICE, S.; PRICE, L. Aromatherapy for health professionals. 3. ed. Amsterdã: Elsevier, 2007.
REIS, D.; JONES, T. Aromatherapy: Using essential oils as a supportive therapy. Clinical Journal 
of Oncology Nursing, [s. l.], v. 21, n. 1, p. 16-19, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1188/17.
CJON.16-19. Acesso em: 11 jan. 2024.
SANTIAGO, V. F.; DUARTE, D. A.; MACEDO, A. F. O impacto da Cromoterapia no comportamento 
do paciente odontopediátrico. Revista Brasileira de Pesquisa Em Saúde, [s. l.], v. 11, n. 4, p. 17–21, 
2009. 
TISSERAND, R.; YOUNG, R. Essential oil safety: a guide for health care professionals, 2. ed. Ams-
terdã: Elsevier Health Sciences, 2014. 
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1. 
Verde – é calmante e traz equilíbrio. O verde tem a capacidade de melhorar qualquer condição 
física negativa e energiza o corpo e a alma. É uma cor ligada à saúde, e exerce a função de 
antisséptico, anti-inflamatório e anti-infecciosa, isolante de área, regenerador e dilatador. É 
a única cor que não possui nenhuma contraindicação.
2. 
 Óleo de semente de uva com a diluição de 1%.
3. E.
Apesar de todos os óleos essenciais serem naturais, muitos não podem ser usados direta-
mente sobre a pele, pois são extremamente concentrados. 
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
ELETROTERAPIA
Entender o que é eletroterapia.
Assimilar o que é a corrente elétrica.
Analisar os efeitos e o mecanismo de ação da energia elétrica no organismo humano.
Explorar os casos em que a eletroterapia pode ser aplicada.
Aprender as contra indicações para a utilização da eletroterapia.
Conhecer máquinas e tecnologias disponíveis para uso aplicado na Estética e Cosmética, 
Podologia e Terapias Integrativas e Complementares.
Acompanhar estudos científicos existentes a respeito dos temas.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6
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8
INICIE SUA JORNADA 
Começaremos buscando compreender como 
a energia é emitida. Depois, para desenvolver 
o conhecimento teórico a respeito da eletro-
terapia aplicada à saúde, vamos entender 
quais são os seus efeitos biológicos e como 
eles funcionam nas pessoas em geral. Portan-
to, desenvolveremos neste tema, o conceito 
de eletroterapia, seus efeitos biológicos, bem 
como seu mecanismo de ação no organismo, 
seus componentes elétricos e como proce-
demos com sua aplicação prática, efetiva e 
responsável. 
A partir daí, teremos subsídios para incor-
porar os conhecimentos específicos a respeito 
das máquinas e tecnologias disponíveis atual-
mente na sua profissão. Como consequência, 
você também estará preparado para as discus-
sões a respeito dos benefícios que podemos 
alcançar em nossos tratamentos por meio da 
utilização das correntes elétricas em equipa-
mentos voltados para a saúde, bem como quais 
são as indicações, os efeitos, as contra indica-
ções e a forma de aplicação profissional.
 Quando falamos em beleza e bem-estar, associando às questões de Estética e 
Cosmética, Podologia e Terapias Integrativas e Complementares, o tema “celulite” 
aparece com frequência. Mas, o que é a celulite? Quais são suas principais altera-
ções? Como a eletroterapia pode contribuir no seu tratamento? Observando essas 
questões aqui, você poderá melhorar o seu conhecimento, já que o assunto é recor-
rente em SPAs e Centros de estética, e falar com maior propriedade sobre o assunto.
Vamos nessa?
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
ELETROTERAPIA
Imagine que você já é um profissional conceituado em sua cidade e um cliente/
paciente entra em sua clínica para marcar um atendimento.
História clínica: homem, 59 anos, com dor crônica e persistente na região 
do membro inferior direito até a região do hálux e na região lombo sacra. Ele se 
encontra com sobrepeso corporal e gordura localizada na região abdominal, com 
circunferência de 104 cm, e possui doenças cardiovasculares associadas. Já reali-
zou uma artrodese com fixação lombar. O cliente/paciente relata que, depois de 
alguns meses sem o alívio da dor, entrou em depressão, perdendo o seu emprego. 
Já fez uso de várias medicações e se submeteu a diversos tratamentos con-
servadores, sem resposta significativa. Apresenta características de ansiedade, 
com síndrome de bipolaridade, e buscou atendimento em sua clínica para obter 
melhora da dor, emagrecer e melhorar sua qualidade de vida. 
Em sua avaliação, você confirma um quadro clínico doloroso crônico com 
alterações biomecânicas e algumas alterações musculoesqueléticas importantes, 
hálux valgo (joanete grave em hálux), gordura localizada do tipo compacta em 
abdômen e, além disso, observou um desequilíbrio energético em meridianos de 
fígado, baço, pâncreas e coração, e traços de alterações emocionais.
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Conhecendo sobre a eletroterapia e seus efeitos, você poderá escolher qual é 
o melhor recurso para seu cliente/paciente. Por isso, o primeiro passo é com-
preender que a eletroterapia é a utilização de equipamentos que emitem energia 
para a pele do cliente/paciente que, quando absorvida, gera efeitos terapêuticos 
importantes em protocolos terapêuticos atualizados e tecnológicos. 
Ter o conhecimento dos parâmetros do equipamento e da forma de ligar o 
aparelho não é a parte mais difícil, e sim a mais fácil! O que impulsionará sua 
carreira é o conhecimento do funcionamento da energia, do aparelho e o co-
nhecimento sobre as mudanças que essa energia é capaz de fazer em seu cliente/
paciente. Você será capaz de escolher o melhor recurso, o melhor equipamento, 
quando utilizá-lo e qual é a melhorforma de aplicá-lo.
Assim, escolhemos um equipamento para ser utilizado em nosso protocolo, 
mas, algumas vezes, o resultado não é tão bom quanto o esperado, ou o cliente/
paciente não relata muitas sensações, e você pode achar que a tecnologia não é boa 
o suficiente. Contudo, nem sempre podemos medir a sensação do cliente/paciente 
em relação ao equipamento e determinar o resultado por essa questão sensorial. 
Quer conhecer uma situação bem clássica? Coloque uma fruta em cima ou ao lado 
de seu micro-ondas e a deixe lá por uns três dias; o constante uso do equipamento 
doméstico cozinhará a fruta ou causará uma mudança na sua coloração. Isso ocorre 
porque, em alguns equipamentos, além de produzir uma energia que é emitida para 
um objetivo ou em uma direção, a energia pode transpor o equipamento e atingir 
estruturas adjacentes ou que estão ao redor, e você não viu e nem sentiu a energia 
que transpôs o equipamento e deixou a fruta alterada.
E o que a situação apresentada tem a ver com eletroterapia ou sua aplicação 
prática? A mesma vivência pode ocorrer em alguns equipamentos utilizados em 
nossa profissão. Assim, devemos ter conhecimento dessa propagação de energia 
para saber nos posicionar a respeito da utilização ou não dos recursos, e até para 
saber como devemos proceder com as orientações aos nossos clientes/pacientes. 
VAMOS RECORDAR?
Como você poderia auxiliar esse cliente/paciente com o uso da eletroterapia?
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Então, mesmo tendo um leque de opções de recursos, e pensando na segurança 
e bem-estar de seu cliente/paciente, você não pode utilizar vários modelos de 
equipamentos para buscar a soma de efeitos fisiológicos e, dessa forma, obter o 
resultado tão esperado.
Nesse sentido, a utilização de equipamentos elétricos em nossos protocolos 
terapêuticos vem para agregar valor e resultado. No entanto, antes de nos apro-
fundarmos em cada equipamento dentro da área da Estética e Cosmética, Podo-
logia e Terapias Integrativas e Complementares, precisamos trabalhar melhor o 
fundamento da eletroterapia em nosso cotidiano profissional.
Os equipamentos de eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente 
microamperada ou amperada que, quando absorvida pelo tecido biológico, 
promove uma série de efeitos. Esses efeitos acarretam a melhora da qualidade da 
pele, a redução de medidas corporais, do fibro edema gelóide (FEG – celulite), 
o equilíbrio energético corporal, o controle microbiológico etc., ou seja, encon-
tramos aplicabilidade da eletroterapia em todas as áreas da saúde (KITCHEN; 
BAZIN, 2003; AGNE, 2007; BORGES, 2010).
Na área da Estética e Cosmética, Podologia e Terapias Integrativas e Comple-
mentares, a eletroterapia vem sendo empregada tanto na parte terapêutica como 
no auxílio no diagnóstico profissional. 
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Na parte terapêutica, a eletroterapia é utilizada em protocolos de emagreci-
mento, pré e pós-operatórios estéticos, estrias, rugas, marcas de expressão, man-
chas, acne, onicomicoses, onicocriptose, micose ungueal, inflamações e infecções 
cutâneas e de seus anexos, tratamentos de desordens psicoemocionais e estresse. 
No diagnóstico clínico, a eletroterapia pode ser empregada na avaliação da 
circulação tecidual, da qualidade da pele e seus anexos e na avaliação do fluxo 
de energia vital no organismo humano (LOW; REED, 2001; BORGES, 2010).
História da eletroterapia
A eletroterapia tem sido um dos recursos terapêuticos mais atuais e desenvolvidos da 
área de Estética e Cosmética, Podologia e Terapias Integrativas e Complementares. Ela 
apresenta uma longa história na prática clínica desde seu princípio mais remoto, com 
o uso de calor, frio e estimulação elétrica. Nos últimos anos, tem-se visto o acréscimo 
de inúmeros outros agentes de tratamento ao repertório, como energias eletromag-
néticas, luminosas, ondulatórias e vibracionais (KITCHEN; BAZIN, 2003; BORGES, 
2010; GUIRRO; GUIRRO, 2004; AGNE, 2007; AUTEROCHE, NAVAITH, 1992).
Durante séculos, os antigos filósofos especularam sobre a natureza do calor 
e do frio e sobre os efeitos que essas energias geravam no organismo. No século 
XVIII, os físicos e bioquímicos chegaram à conclusão de que a velocidade de 
movimento das moléculas constituintes do corpo, ou objeto, dava aos nossos 
sentidos a impressão de calor ou de frio. 
No ano de 1840 o Dr. J. P. Joule, de Manchester, desempenhou com precisão 
uma pesquisa com um aparelho elaborado para agitar a água e com a produção do 
calor obtido com a agitação. Com isso, ele enunciou a lei da conservação de energia, 
primeira lei da termodinâmica, utilizada até hoje para explicar os efeitos da energia 
térmica (KITCHEN; BAZIN, 2003; ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2010).
Tipos de energia
Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de energias ao tecido bio-
lógico. Essa energia pode ser elétrica, ondulatória, mecânica ou luminosa. 
Será emitida pelos equipamentos e deverá ser absorvida pela pele, onde ocor-
rerão várias alterações fisiológicas que culminam para o resultado terapêutico 
(KITCHEN; BAZIN, 2003; AGNE, 2007; BORGES, 2010).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
A energia emitida pelos recursos eletroterapêuticos é conduzida através de 
cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do cliente/paciente. 
Existe uma diversidade de equipamentos que podem ser utilizados, cada qual 
com suas indicações e contraindicações de uso, porém todos possuem um ob-
jetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido por 
meio das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser 
submetido à terapia (KITCHEN; BAZIN, 2003; BORGES, 2010; AGNE, 2007; 
CISNEROS; SALGADO, 2006; KAHN, 2001).
Além disso, para que 
o equipamento consiga 
distribuir energia sufi-
ciente para a produção 
dos efeitos, é necessário 
levar em consideração al-
guns conceitos, tais como 
frequência, intensidade, 
voltagem e impedância 
tecidual (KITCHEN; 
BAZIN, 2003; BORGES, 
2010; AGNE, 2007; CIS-
NEROS; SALGADO, 
2006).
A frequência de um sinal elétrico é a quantidade de ciclos elétricos completos 
em um segundo. Quanto menor for o período da onda, maior será a frequência 
dela. Por sua vez, a intensidade é a quantidade de energia elétrica ofertada du-
rante a utilização de um equipamento ao tecido biológico. Voltagem é a tensão 
elétrica (V), que também é medida em volt (V). Ela é responsável pela formação 
inicial da corrente elétrica e a encontramos nas tomadas, pilhas e baterias. 
A impedância tecidual é a oposição oferecida pelos tecidos biológicos frente 
a um estímulo externo, sendo denominada como impedância elétrica e repre-
sentada pela associação da resistência, presente no fluido extra e intracelular, e 
da capacitância, característica das membranas celulares. A resistência da pele 
pode ser alterada pela higienização prévia da região, pelo aquecimento local e a 
utilização de um recurso elétrico prévio (KITCHEN; BAZIN, 2003; CISNEROS; 
SALGADO, 2006; BORGES, 2010; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010).
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A partir daí, outros mecanismos começaram a ser empregados em relação aos 
equipamentos, mas todos os recursos eletrotermofototerapêuticos recebem, 
primeiramente, a energia elétrica e, depois, por ação de seus transdutores, a 
modificam e transformam (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010), ou seja, o 
transdutor é um dispositivo que converte um tipo de energia qualquer em outro 
tipo de energia qualquer (WERNECK, 1998).
Na eletrotermofototerapia, existem numerosas modalidades que você poderá 
escolher como profissional em seu dia a dia de atendimento. Temos como op-
ções de equipamentos: corrente galvânica; corrente farádica; corrente russa; 
corrente Aussie; corrente estereodinâmica; radiofrequência; ultrassom; 
laser de baixa potência; terapia combinada; ultracavitação; alta frequência; 
vapor de ozônio; termografia; corrente de Ryodoraku; entre outras. 
Percebemos, assim, que a eletrotermofototerapia apresenta uma diversidade de 
aplicações, que visama redução de dor e espasmos musculares; o retorno da ati-
vidade neuromuscular e o reparo tecidual, incluindo lesões na pele; o aumento do 
fluxo sanguíneo local e a redução de edema agudo e crônico (GERBER, 2002; KIT-
CHEN; BAZIN, 2003; BORGES, 2010; GUIRRO; GUIRRO, 2004; LACRIMANTI; 
GORETI, 2014a; GOULART et al., 2018; PEREZ; VASCONCELOS, 2018).
Vamos entender melhor a questão das correntes elétricas? Assista ao vídeo Recursos 
de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
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Para que esses equipamentos promovam sua ação no tecido biológico alvo, é neces-
sário que, primeiro, ocorra a absorção dessa energia pela pele do cliente/paciente, 
iniciando uma cascata de mudanças que culminam nos resultados esperados (KIT-
CHEN; BAZIN, 2003; BORGES, 2010; ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2010).
A análise dos fenômenos bioelétricos justifica os fenômenos fisiológicos que 
ocorrem no tecido frente a um estímulo externo gerado na pele. O estudo da 
bioeletricidade é de singular importância para a formação dos profissionais na 
área da saúde, principalmente para você, que está se preparando para atender as 
necessidades de seus clientes/pacientes na área da Estética e Cosmética, Terapias 
Complementares e Podologia.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Esse entendimento da bioele-
tricidade auxiliará na tomada de 
decisão quanto ao melhor recurso 
elétrico a ser utilizado e dará a cer-
teza dos efeitos que poderão aconte-
cer frente ao estímulo energético do 
equipamento. Quando se coloca um 
equipamento sobre a pele humana, 
temos a transmissão da energia do 
aparelho para a pele. 
Essa energia será absorvida pelas terminações nervosas cutâneas, denominadas 
de receptores cutâneos, e será absorvida para o tecido. Dependendo do tipo de 
energia, automaticamente haverá alterações significativas nas células e no tecido 
alvo, além disso, a energia absorvida será enviada ao sistema nervoso periférico 
e ao sistema nervoso central que produzirá as respostas locais e sistêmicas 
frente ao estímulo recebido pelo tecido (KITCHEN; BAZIN, 2003; BORGES, 2010; 
ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2010).
Este tema de aprendizagem auxiliará você nessa introdução aos estudos da 
eletroterapia e aos benefícios que os recursos eletrotermofototerapêuticos 
podem agregar em sua prática clínica.
Mecanismo de ação
Pode-se dizer que, quanto maior a intensidade, amplitude e tempo de ação 
do estímulo elétrico do equipamento sobre a pele, diferentes serão os efeitos 
fisiológicos e terapêuticos produzidos.
VAMOS RECORDAR?
O que isso quer dizer? Vamos compreender. 
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Quando um estímulo elétrico entra na pele com baixa amplitude e intensidade, 
ocorrerá uma estimulação dos receptores mais superficiais da pele, e a resposta 
será mais sensorial, com formigamento, aumento da circulação sanguínea, au-
mento da oxigenação tecidual, melhora da drenagem de líquidos intersticiais etc. 
Conforme aumenta-se o estímulo elétrico emitido pelo equipamento, os recep-
tores mais profundos da pele serão estimulados e teremos respostas motoras, como 
a contração muscular e até a presença de dor (KAHN, 2001; KITCHEN; BAZIN, 
2003; CISNEROS; SALGADO, 2006; ROBINSON; SNYDER- -MACKLER, 2010).
Portanto, a regulagem correta da intensidade e dos parâmetros eletrônicos 
dos aparelhos antes do início da sessão terapêutica será primordial para o efeito 
fisiológico e terapêutico desejado por meio da utilização do recurso eletrotermo-
fototerapêutico (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010).
Quando utilizamos um equipamento para a estimulação tecidual em um pro-
tocolo terapêutico estético, ou de equilíbrio energético, ou de podologia, primei-
ramente acontecerá o estímulo dos receptores da pele, e após essa estimulação, 
uma propagação do estímulo até o sistema nervoso central, onde será produzida 
a resposta frente ao estímulo recebido.
As células presentes no tecido são capazes de gerar corrente elétrica, resultando 
um potencial de ação. A estimulação do potencial de ação celular desempenha 
mudanças na concentração iônica intra e extracelular, aumenta o transporte iôni-
co, aumenta o transporte de água e nutrientes, geração de sinalização e potencial 
sináptico, percepção sensorial, contração muscular, liberação de substâncias e 
neurotransmissores (KAHN, 2001; KITCHEN; BAZIN, 2003; CISNEROS; SAL-
GADO, 2006; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
A velocidade da condução do estímulo externo, oferecido pelo equipamento 
para o tecido biológico, dependerá do tipo de fibra nervosa que será estimulada. 
Em nosso organismo, encontramos fibras nervosas divididas em tipos A e C. As 
fibras tipo A possuem grande ou médio diâmetro, pois são mielinizadas (Figura 
1) e, consequentemente, conduzem impulsos nervosos com maior velocidade por 
gerar um impulso saltatório. 
Essas fibras nervosas podem ser subdivididas em fibras alfa (aferente ou eferen-
te), beta (aferente ou eferente), gama (eferente) e delta (aferente) e o que as diferencia-
rá é a quantidade de bainha de mielina presente na fibra (GUYTON; HALL, 2017).
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Como podemos observar na Figura 1, a bainha de mielina é um revestimento 
descontínuo. Na figura, esta estrutura aparece na cor roxa em toda a extensão do 
axônio e tem função isolante. Ela é formada por uma membrana lipídica, rica em 
fosfolipídeos e colesterol, e permite maior velocidade de condução dos potenciais 
de ação por impedir a dissipação da energia elétrica na célula. Portanto, a veloci-
dade que o potencial de ação percorre no axônio está diretamente relacionada ao 
diâmetro da fibra nervosa e à quantidade de bainha de mielina presente na célula, 
quanto maior for a quantidade de bainha de mielina, maior será a velocidade de 
condução (MENDES; MELO, 2011; GUYTON; HALL, 2017).
No tecido nervoso, encontraremos quatro calibres de fibras nervosas, que diferem 
entre si pelos diâmetros da bainha de mielina, são as A-alfa, A-beta, A-delta e fibras 
do tipo C. As fibras A-alfa, A-beta e A-delta são recobertas com mielina. As do tipo C 
não tem recobrimento de mielina (MENDES; MELO, 2011; GUYTON; HALL, 2017).
As fibras tipo C constituem mais de 50% das fibras sensoriais dos nervos perifé-
ricos, são fibras neurais mais delgadas, amielínicas (pois não possuem ou possuem 
pouca bainha de mielina) e, consequentemente, conduzem impulsos nervosos de 
forma mais lenta. Esse tipo de fibra é responsável pela condução do estímulo do-
loroso no organismo humano (MENDES; MELO, 2011; GUYTON; HALL, 2017).
Dendritos
Núcleo
Corpo celular
(soma)
Axônio Bainha
de mielina
Sinapses
COMUNICAÇÃO NEURONAL
Figura 1 – Comunicação neural do Sistema Nervoso Periférico / Fonte: adaptada de https://www.biologianet.
com/anatomia-fisiologia-animal/impulso-nervoso.htm. Acesso em: 17 jan. 2024.
Descrição da Imagem: a imagem representa a comunicação neural do SNP por meio do desenho de células com identi-
ficação do corpo, do núcleo celular e dos dendritos, que são os prolongamentos do neurônio que recebem os estímulos, 
levando o impulso nervoso para o corpo celular. Ainda representa como se dá a comunicação com outras células, no 
fenômeno conhecido como sinapse, através do axônio, que está revestido pela bainha de mielina. Fim da descrição.
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Assim, na eletroterapia, independentemente da área, o estímulo da energia emitida 
pelos recursos eletrotermofototerapêuticos ativará fibras do tipo A, ou seja, essa energia, 
após ser absorvida pela pele, será conduzida ao sistema nervoso central por uma via 
periférica rápida, o que provocará a liberação de neurotransmissores e a produção dos 
resultados terapêuticos (KAHN, 2001; MENDES; MELO, 2011; GUYTON; HALL, 2017).
Agora, imagine você, realizando um atendimento terapêutico em que opta por uti-
lizar uma eletroterapia para analgesia ou equilíbrio energético: esse estímulo subirá 
ao sistema nervoso central de sua cliente/paciente, liberando neurotransmissores 
analgésicos, que provocam sensação de bem-estarmuito antes do estímulo da dor 
chegar ao próprio sistema nervoso central, pois o estímulo elétrico de seu equipa-
mento sobe por via rápida e o estímulo doloroso sobe por via lenta. Conclusão, 
com poucas intervenções, seu cliente/paciente melhora do quadro de dor, melhora 
seu humor e sua disposição para a vida e os desafios que ela propõe (KAHN, 2001; 
KITCHEN; BAZIN, 2003; CISNEROS; SALGADO, 2006; ROBINSON; SNYDER-
-MACKLER, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
O mesmo processo ocorre em um cliente/paciente com queixa de lipodistrofia 
localizada, em que o adipócito se apresenta lento e com volume aumentado. Se você 
intervier com um equipamento, rapidamente estimulará o sistema nervoso cen-
tral a aumentar o metabolismo tecidual para a promoção da lipólise e seu cliente/
paciente reduzirá medidas corporais naquela região (KAHN, 2001; KITCHEN; 
BAZIN, 2003; CISNEROS; SALGADO, 2006; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 
2010; GUYTON; HALL, 2017). 
Por outro lado, em um caso de onicocriptose com a utilização da eletrotera-
pia, conseguirá rapidamente estimular o organismo de sua cliente/paciente para ter 
uma ação anti-inflamatória, bactericida e analgésica e, dessa forma, ela passa a 
ter maior qualidade de vida e sem sintomas dolorosos (KAHN, 2001; KITCHEN; 
BAZIN, 2003; CISNEROS; SALGADO, 2006; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 
2010; GUYTON; HALL, 2017).
Efeitos
Já conversamos sobre o mecanismo de ação da eletroterapia, a partir do momento 
que a energia é absorvida pela pele de nossos pacientes. Convido você, então, para 
imaginar os efeitos e os benefícios que a prática clínica da eletroterapia pode oferecer. 
Sabe-se que o organismo é formado por diferentes estruturas e sistemas; toda vez que 
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você utiliza um estímulo externo na pele ou tecido com algum recurso eletrotermo-
foterapêutico, você produzirá, de forma direta (local) ou indireta (sistêmica), modi-
ficações e efeitos em todos esses sistemas (KAHN, 2001; GUYTON; HALL, 2017).
Costumamos dizer que a energia absorvida pela pele será capaz de gerar três 
efeitos básicos: o físico, o fisiológico e o terapêutico. Os efeitos físicos são as modifi-
cações celulares, os fisiológicos são as alterações no tecido como um todo e os efeitos 
terapêuticos serão seus objetivos terapêuticos. Para facilitar seu estudo e interpreta-
ção desses efeitos, podemos organizar os efeitos fisiológicos e terapêuticos em efeitos 
locais e sistêmicos (BORGES, 2010; CISNEROS; SALGADO, 2006).
Dentre os efeitos locais ou físicos, incluem-se: as alterações de fluxo elétrico 
celular; a formação iônica nas correntes polarizadas; a formação de oxigênio e 
hidrogênio; as modificações de ph tecidual; movimentação de eletrólitos; rotação 
de moléculas dipolos; deflagração do potencial de ação celular, a produção de ca-
lor tecidual (CISNEROS; SALGADO, 2006; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 
2010; GUYTON; HALL, 2017).
Como resposta fisiológica, encontramos: alterações no sistema circulatório e linfático; 
alterações musculoesqueléticas; alterações metabólicas, celulares e teciduais; estimu-
lação das terminações nervosas teciduais; contração e relaxamento muscular; regene-
ração tecidual; mudança no equilíbrio térmico e químico dos tecidos; efeitos analgési-
cos; equilíbrio energético e modulação das atividades fisiológicas corporais (CISNEROS; 
SALGADO, 2006; ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
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Assim, quando pensamos em efeitos terapêuticos, precisamos pensar em quais 
objetivos terapêuticos, enquanto profissionais, pretendemos atingir. Por exemplo:
 ■ Na área da Estética e Cosmética, os efeitos terapêuticos esperados com a 
utilização dos recursos eletrotermofototerapêuticos são a melhora da qua-
lidade da pele; o preenchimento das rugas e marcas de expressão; a cicatri-
zação da lesão acneica; o clareamento de manchas hipercrômicas; a redução 
do tecido adiposo localizado; a modelagem corporal; a redução dos edemas; 
a cicatrização tecidual; a perda de medidas etc. (GUIRRO; GUIRRO, 2004; 
BORGES, 2010; LACRIMANTI; GORETI, 2014b; BORGES, 2015).
 ■ Na área da Podologia, podemos listar os efeitos terapêuticos como a 
cicatrização de lesões de pele e anexos; analgesia; ação anti-inflama-
tória; melhora do quadro de onicomicoses; controle microbiológico 
em lesões com presença de microrganismos; analgesia e cicatrização 
do pé diabético ou úlceras etc. (BORGES, 2010).
Guia de Eletroterapia - Princípios Biofísicos Conceitos e Apli-
cações Clínicas 
Organizador: Lígia de Loyola Cisneros e Audrey Heloisa Ivanen-
ko Salgado 
Editora: Coopmed editora médica
Sobre o Livro: esse livro se trata de um material didático claro e 
inserido na prática clínica. A leitura facilitará e auxiliará no apro-
fundamento sobre eletroterapia, principalmente em relação 
aos efeitos biológicos gerados pelos equipamentos.
INDICAÇÃO DE LIVRO
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 ■ Na área da Terapia complementar, os efeitos terapêuticos incluem o 
equilíbrio energético dos meridianos energéticos; o alinhamento dos 
chakras e aura; neutralizar padrões emocionais, traumas e desarmo-
nias; criar proteção em todos os níveis; e desenvolver saúde orgânica 
e física (GERBER, 2002).
O equipamento 
Para que todos esses 
efeitos ocorram em seus 
atendimentos, é necessá-
rio entender que os equi-
pamentos são recursos 
que possuem regras de 
aplicação: a maioria dos 
equipamentos já possui 
uma calibragem de fá-
brica, principalmente 
em relação à frequência 
e à potência do aparelho. 
Os demais parâme-
tros serão selecionados 
de acordo com o caso 
clínico e a experiência 
clínica de cada profissional. Os equipamentos programáveis permitem ao 
profissional selecionar, modificar e ajustar a forma de emissão da energia e 
isso é opcional, porém, necessário, pois nenhum indivíduo permanece com os 
sintomas e sinais fixos e iguais a todo o momento (KAHN, 2001; CISNEROS; 
SALGADO, 2006). 
Por isso, chamamos a atenção para um detalhe que, às vezes, não é 
trabalhado e que pode impactar a utilização do recurso elétrico, que é o 
conhecimento de suas partes e componentes. Afinal de contas, quando se 
adquire um aparelho, ele vem desmontado na caixa, e o profissional é o res-
ponsável por encaixar suas partes e operar sua função. Observe a Figura 2 de 
um aparelho da área da saúde e a demanda de partes e componentes.
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Figura 2 – Componentes e partes eletrônicas dos equipamentos utilizados na área da Estética e Cosmética 
Fonte: adaptada de https://www.handshop.com.br/neurodyn-10-canais-aussie-russa-e-eletrolipolise-ibra-
med. Acesso em: 17 jan. 2024.
Descrição da Imagem: temos a imagem fotográfica de um aparelho eletroterapêutico, especificamente um Neu-
rodyn, juntamente com fotos dos cabos conectores, dos eletrodos condutivos, de garras em jacaré, que servem 
para conectar os eletrodos, e agulhas que são utilizadas para estímulos invasivos. E, ainda, a representação de 
um CD que traz o manual do usuário, embalagens de gel que pode ser utilizado como fixador do eletrodo, o cabo 
de energia e o fusível de proteção do aparelho. Fim da descrição.
Conforme a Figura 2, o elemento 1 é o aparelho, local em que estão armazenados 
os componentes eletrônicos, resistores e os transdutores que produzem a energia 
do aparelho. O elemento 2 corresponde aos cabos condutores que, como o pró-
prio nome indica, conduzirão a energia do aparelho para o eletrodo que estará 
em contato com a pele. O elemento 3 representa os eletrodos que estarão em 
contato com a pele e serão responsáveis por transmitir a energia para o tecido 
biológico. O elemento 4 se trata do gel condutor. 
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Vamos falar, agora, um pouco de cada um desses elementos para auxiliar na iden-
tificação e montagem dos equipamentos. O aparelho é a carcaça dos componentes 
eletrônicos. Cada equipamento possui seu design, estrutura e tamanho. 
Alguns equipamentos são grandes e ocupam espaço físico no ambiente da 
clínica, outros são pequenos e portáteis,garantindo um transporte mais fácil, 
para um atendimento domiciliar. Dependendo do aparelho e da energia produ-
zida, o tamanho da carcaça externa não quer dizer nada, precisa-se analisar seus 
componentes e as características físicas da energia produzida por ele (KAHN, 
2001; CISNEROS; SALGADO, 2006).
O cabo condutor se conecta ao aparelho e ao eletrodo. Encontramos cabos con-
dutores com cores diferenciadas (vermelho e preto; azul e cinza) que são usados mais 
em aparelhos que emitem correntes polarizadas, e cabos coloridos de mesma cor, que 
são utilizados em aparelhos que emitem correntes despolarizadas. 
Além disso, podemos classificar os cabos condutores conforme a forma de apli-
cação dos eletrodos (monopolar ou bipolar). No monopolar usamos somente um 
cabo condutor e no bipolar utilizamos dois cabos condutores para fechar o campo 
elétrico (KAHN, 2001; CISNEROS; SALGADO, 2006). 
Os eletrodos são os elementos que transmitem por contato a energia produ-
zida pelos equipamentos para o tecido biológico. Para sua utilização, em alguns 
casos, é necessária a utilização de um produto ou líquido para criar uma inter-
face entre o aparelho e a pele. Pode-se encontrar eletrodo de metal (melhores 
condutores, porém os que oferecem maior risco de queimadura), de borracha 
carbonada, de silicone, de vidro e os autoadesivos. A escolha do tipo de eletrodo 
depende da energia do equipamento. 
Na prática clínica, os de borracha carbonada e silicone são os eletrodos 
de maior durabilidade; são maleáveis e se adaptam aos contornos corporais. 
Quanto maior a distância entre os eletrodos, menor a intensidade da energia. 
Nas correntes polarizadas, não podemos utilizar os eletrodos autoadesivos 
e haverá efeitos abaixo dos eletrodos posicionados na pele (KAHN, 2001; 
CISNEROS; SALGADO, 2006).
Com base nos valores de resistência elétrica dos géis, pode-se constatar que to-
dos são eficientes na transmissão da corrente elétrica, podendo ser utilizado como 
uma interface. Por sua vez, o cabo conector é um cabo único e preto que conecta o 
aparelho à fonte de energia, gerando a voltagem e iniciando o movimento elétrico 
no aparelho (CISNEROS; SALGADO, 2006).
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 Na prática, a corrente sempre se move do eletrodo negativo para o eletrodo po-
sitivo quando a corrente for polarizada, e em uma direção bifásica quando a corrente 
for despolarizada. Contudo, não serão só as correntes elétricas as responsáveis pelos 
efeitos dos equipamentos, encontramos a emissão de ozônio, a emissão de energia 
eletromagnética, mecânica e sonora. E são essas energias que serão emitidas pelos 
equipamentos na área da saúde (BORGES, 2006; CISNEROS; SALGADO, 2006). 
A emissão da energia ocorre pelos eletrodos que estarão posicionados na pele. Alguns 
fatores devem ser observados, como a distância entre os eletrodos (pois é entre eles 
que se formará o campo elétrico ou eletromagnético e, quanto maior a distância, 
menor será o campo e menor será a energia emitida para a pele), o acoplamento do 
eletrodo (que deverá ser perpendicular ao tecido ou à região, sem permitir espaços 
entre o eletrodo e a pele) e o uso de acessórios, como o gel condutor, gel de contato, 
glicerina líquida ou ativos cosméticos (que possuem a função de criar uma interface ou 
comunicação entre o aparelho e a pele) (BORGES, 2006; CISNEROS; SALGADO, 2006).
Além da colocação correta dos eletrodos, as coloca-
ções dos parâmetros na máquina farão a diferença no 
tratamento, por isso, é necessário ter o conhecimento 
teórico do equipamento, da fisiopatologia que acome-
te seu cliente/paciente e saber dos parâmetros práticos 
necessários para a utilização dos equipamentos. 
Dessa forma, você estará com o controle da tecnologia e saberá os efeitos que 
pode esperar com sua utilização, em um padrão de colocação seguro e eficiente, que 
auxiliará na automatização do processo e na utilização dos recursos elétricos. 
Todos os equipamen-
tos apresentam um POP 
(Procedimento Opera-
cional Padrão) de aplica-
ção prática e clínica. Esse 
passo a passo está no 
manual do equipamento, 
assim, você poderá utili-
zar os manuais de fábrica 
para manusear seu equi-
pamento.
é necessário ter 
o conhecimento 
teórico do 
equipamento
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Esperamos que você tenha entendido a importância do uso da eletroterapia 
nos protocolos terapêuticos nas áreas de Estética e Cosmética, Podologia e Te-
rapias Integrativas Complementares. Não tenha medo de utilizar as tecnologias 
disponíveis para sua área, sejam elas para fins terapêuticos ou para diagnóstico, 
mas busque conhecimento teórico e atualização sempre, afinal de contas, os re-
cursos eletrofototermoterapêuticos sofrem evoluções e melhorias diariamente, 
tanto nos protocolos estéticos faciais, capilares, corporais, no bem-estar e equi-
líbrio energético e nos protocolos terapêuticos de podologia.
Gostou do que aprendeu até aqui? Preparamos uma videoaula especial para você! 
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de apren-
dizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS 
Além da importância de saber distinguir 
os parâmetros elétricos, temos que ter 
responsabilidade a respeito da impor-
tância da tomada de decisão quanto aos 
equipamentos, em que o conhecimento 
e as evidências científicas têm funda-
mental impacto na hora decidirmos por 
um recurso, pois há uma inter-relação 
entre teoria, aprendizado, tomada de 
decisão e efeitos clínicos. 
É essencial que embasemos nosso aprendizado a partir das teorias básicas 
(tanto físicas quanto fisiológicas) e das evidências das pesquisas científicas, 
assim como reflexões sobre nossa experiência na prática clínica e a atualização 
sobre as novidades do mercado, pois, aqui, surgem equipamentos e protocolos 
de tratamento, diariamente!
Diferencie-se no mercado pelo seu conhecimento e pela apresentação de 
bases científicas adequadas para seu tratamento. Com certeza, você terá sucesso!
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1. Com relação à quantidade de bainha de mielina nos axônios, quanto ao que pode ser pro-
duzido, assinale a alternativa correta:
a) Reduz a velocidade de condução para promover transmissão mais confiável.
b) Força o impulso nervoso para saltar de nó em nó.
c) Ocorre em excesso na esclerose múltipla.
d) Leva a um aumento da capacitância efetiva da membrana.
e) Reduz a constante de comprimento para a disseminação passiva do potencial de membrana.
2. A polarização de um circuito elétrico é um efeito gerado pela corrente elétrica unidirecional 
ou contínua. 
Com relação aos equipamentos polarizados e ao efeito abaixo dos eletrodos, analise as 
afirmativas a seguir:
I - Quando o movimento dos elétrons ocorre em uma única direção, acontece a formação 
de um polo positivo e um polo negativo que acarreta, respectivamente, na formação 
eletroquímica abaixo do eletrodo.
II - O eletrodo positivo concentra ácido clorídrico na pele.
III - O eletrodo negativo concentra ácido clorídrico na pele.
IV - Ambos os polos podem gerar efeito adverso de queimadura.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II, III e IV.
c) Apenas I, II e IV.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas II e III.
3. Com relação às partes que compõe um equipamento estético, podemos afirmar que:
I - Os cabos conectores podem ser coloridos independentemente da corrente elétrica 
produzida pelo equipamento.
II - Eletrodos são os componentes que conduzem a energia para o tecido biológico.
III - O acoplamento do eletrodo interfere na absorção da energia do equipamento.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente I e II.
b) Somente II e III.
c) Somente I, II e III.
d) Somente a afirmativa I.
e) Somente a afirmativa III.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
AGNE, J. E. Eletrotermoterapia teoria e prática. Santa Maria, RS: Orium, 2007.
AUTEROCHE, B.; NAVAITH, P. O diagnóstico na Medicina Chinesa. São Paulo: Andrei, 1992. 
BORGES, F. dos S. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 3. 
ed. São Paulo: Phorte, 2010.
BORGES, F. dos S.Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 5. 
ed. São Paulo: Phorte, 2015.
CISNEROS, L. de L.; SALGADO, A. H. I. Guia de Eletroterapia. Princípios biofísicos, conceitos e 
aplicações clínicas. Belo Horizonte: Editora Coopmed, 2006.
GERBER, R. Medicina vibracional: uma medicina para o futuro. São Paulo: Editora Cultrix, 2002.
GOULART, C. P. et al. Efeitos adversos da eletrotermofototerapia. Fisioter Pesqui., v. 25, n. 4, p. 
382-387, 2018.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos e patologias. 
3. ed. São Paulo: Manole, 2004.
GUYTON, A. C. HALL, J. E. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017.
KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11. ed. São Paulo: Manole, 
2003.
KAHN, J. Princípios e prática de eletroterapia. 4. ed. São Paulo: Santos, 2001.
LACRIMANTI, L. M.; GORETI, M. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano do Sul, SP: Yen-
dis, 2014a. Volume 1.
LACRIMANTI, L. M.; GORETI, M. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano do Sul, SP: Yen-
dis, 2014 b. Volume 2.
LOW, J.; REED, A. Eletroterapia explicada. 3. ed. São Paulo: Manole, 2001.
MENDES, P. B. MELO, S. R. Origem e desenvolvimento da mielina no Sistema Nervoso Central - 
Um Estudo de Revisão. Revista Saúde e Pesquisa, v. 4, n. 1, p. 93-99, jan./abr. 2011.
PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. de. Técnicas estéticas corporais. São Paulo: Editora Érica, 2018.
ROBINSON A. J.; SNYDER-MACKLER, L. Eletrofisiologia Clínica – eletroterapia e teste eletrofi-
siológico. 2. ed., Porto Alegre: Artmed editora, 2010.
WERNECK, M. M. Transdutores e interfaces. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1998. 
Disponível em: https://www.jstage.jst.go.jp/article/ryodoraku1986/34/6/34_6_127/_pdf. Aces-
so em: 17 jan. 2024. 
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1. B. 
Está correta porque atua como um isolamento elétrico e aumenta a velocidade de propa-
gação do impulso nervoso ao longo do axônio, promovendo um impulso saltatório.
2. C.
As afirmativas I, II e IV estão corretas. A afirmativa III está errada. Para ser considerada correta, 
deveria estar descrita da seguinte forma: “o eletrodo negativo concentra Base – Hidróxido 
de sódio (NaOh)” e não como se encontra descrito na afirmativa.
3. B.
As afirmativas II e III estão corretas. A afirmativa I, para ser considerada correta, deveria estar 
descrita da seguinte forma: “os cabos conectores geralmente são pretos independente-
mente da corrente elétrica produzida pelo equipamento” e não como se encontra descrito 
na afirmativa.
GABARITO
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UNIDADE 3
MINHAS METAS
CORRENTES ELÉTRICAS 
Reconhecer o que são correntes elétricas.
Identificar os equipamentos de eletroterapia.
Dominar o funcionamento das correntes elétricas.
Explorar as indicações e contra indicações dos equipamentos. 
Conhecer os equipamentos e tecnologias disponíveis para uso aplicado na Podologia. 
Familiarizar-se com as máquinas e as tecnologias disponíveis para uso aplicado nas Tera-
pias Integrativas e Complementares.
Acompanhar estudos científicos existentes sobre o tema proposto.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7
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INICIE SUA JORNADA 
Neste tema de aprendizagem, você terá a oportunidade de aprofundar a proble-
matização sobre o tema Eletroterapia nos protocolos dentro da área de Podologia 
e no bem-estar dentro das Terapias Integrativas e Complementares. 
Além disso, trabalharemos focados nos equipamentos elétricos que emitem 
corrente elétrica, ou seja, trabalharemos com os diferentes tipos de correntes 
elétricas terapêuticas utilizadas para o tratamento ou diagnóstico. 
Você terá a oportunidade de entender o conceito, utilização, indicação, contra 
indicação e aplicação prática de cada equipamento. Vamos lá!
 Alguns equipamentos necessitam de conhecimentos a mais, provenientes da Medi-
cina Tradicional Chinesa. Vamos ouvir o que elas nos dizem? Ouça o podcast a seguir! 
PLAY NO CONHECIMENTO
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
CORRENTES ELÉTRICAS
Atualmente, encontramos uma gama de recursos elétricos 
complexos quanto às suas formas de aplicação e seus parâ-
metros nas áreas da Podologia e das Terapias Integrativas 
e Complementares. Além disso, existe uma dificuldade 
na aglutinação do conhecimento teórico clínico, com o 
conhecimento teórico referente ao tipo de corrente elétrica 
utilizada, seus benefícios biológicos e a sua correta aplica-
ção. Tudo isso culmina em uma má utilização dos recursos.
Frente à situação sobrescrita, imagine que você trabalhe 
em uma grande clínica, estando sob a sua responsabilidade 
a escolha e a forma de utilização dos recur-
sos disponíveis na empresa.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Aparece, então, a seguinte situação clínica: mulher, 47 anos, com queixa estética 
de gordura localizada em abdômen e flancos, ansiosa e com queixas em relação 
ao sono não restaurador, além disso, relata dor na região lombar até a região do 
hálux onde relata onicomicoses de repetições. Já fez uso de várias medicações 
para auxiliar no sono e se submeteu a diversos tratamentos conservadores, sem 
resposta significativa. Buscou atendimento na clínica para obter melhora da dor, 
emagrecer e melhorar sua qualidade de vida.
Na avaliação, foi analisada a presença de gordura localizada do tipo com-
pacta em abdômen e flancos, tensão muscular generalizada e alterações 
emocionais. Com relação à queixa de onicomicose, observou-se a unha dos 
dois hálux comprometidos, quando houve, então, o encaminhamento para o 
tratamento específico dos pés.
Quais equipamentos elétricos poderiam ser usados nesse caso?
PENSANDO JUNTOS
Como já falamos, existe uma diversidade de equipamentos que emitem correntes 
elétricas que podem ser utilizados na eletroterapia dentro da área da Podologia 
e da Terapia Integrativa e Complementar. 
Cada um desses equipamentos apresenta particularidades quanto às suas 
indicações e contraindicações, mas todos eles possuem um objetivo em comum: 
produzir efeito no tecido a ser tratado, que é obtido por meio das reações físicas, 
biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia (BOR-
GES, 2010; BORGES, 2015; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; LACRIMANTI; 
GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
No geral, os equipamentos empregam a corrente elétrica produzida por meio 
de cabos condutores e os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Essa 
corrente elétrica é constituída pelo movimento de elétrons através do equipa-
mento até o tecido biológico (KITCHEN, 2003).
Como resultado do rápido desenvolvimento da instrumentação eletrônica e 
da ciência da computação, a tecnologia voltada para a saúde e bem-estar do ser 
humano vem obtendo consideráveis avanços. 
Equipamentos utilizados para diagnósticos tornaram-se cada vez mais preci-
sos e indispensáveis aos profissionais de saúde, favorecendo a análise energética 
do paciente/cliente, auxiliando na leitura biológica e determinando sinais bio-
lógicos (MALMIVUO; PLONSEY, 1995).
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Dessa maneira, quanto mais conhecermos o funcionamento dessas correntes e 
a sua aplicabilidade, com mais facilidade determinamos as formas de utilização, 
criando protocolos de tratamento que realmente reabilitem o tecido e o paciente/
cliente e ajudem-no a ter uma qualidade de vida melhor.
Vamos experimentar juntos o movimento elétrico entre materiais com diferente 
potencial elétrico? Para isso, você precisará dos seguintes materiais: dois canudos 
de plástico e um pedaço de papel higiênico. Com os materiais em mãos, você 
deverá realizar um atrito utilizando o papel higiênico em um dos canudos; após a 
fricção, jogue o canudo na parede e observe. O outro canudo, porém, você jogará 
ou colocará na parede sem atritar com o papel higiênico.
A partir de suas observações, por que o primeiro canudo ficou preso na parede e o 
segundo canudo não ficou?
Essa atração entre os canudos ocorre justamente porque temos um movimento de 
energia entre uma matéria carregada eletricamentepara uma matéria neutra ou 
com menor carga elétrica. Essa transferência de energia é justamente a que ocorre 
entre o aparelho e a pele do paciente, no qual teremos a transferência da energia 
elétrica pelos polos dos eletrodos de um meio com maior carga elétrica, que no caso 
é o equipamento, para um meio com menor carga elétrica, que é a pele. Essa mesma 
experimentação pode ser vivenciada quando levamos um choque em contato com 
o carro, porta da geladeira ou em outra pessoa (AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Agora que você observou a movimentação e a atração elétrica que vivencia-
mos sempre que estamos com um equipamento ligado na pele de nosso paciente/
cliente, voltemos ao nosso estudo de caso e às indicações de recursos elétricos. 
Os equipamentos elétricos emitem corrente elétrica para a pele e sabe-se 
que o movimento da corrente elétrica depende do movimento que o elétron 
realiza em um material condutor. Esse movimento elétrico, na área da saúde, 
pode ser medido em ampère (A) ou microampère (mA). 
Esse fluxo pode ocorrer de forma unidirecional, interrompida ou contínua 
(correntes polarizadas) ou de forma bidirecional, em que esse fluxo se inverte 
regularmente (correntes despolarizadas) (AGNE, 2007; KITCHEN, 2003; 
KITCHEN; BAZIN, 1998).
A questão de a intensidade ser em ampère ou microampère trouxe mais 
segurança e menor risco de complicações como queimadura da pele e reações 
alérgicas quanto à corrente. As correntes polarizadas são os equipamentos 
de corrente galvânica e as despolarizadas são os equipamentos de corren-
te russa, aussie, estereodinâmicas, microcorrentes, eletrolipólise etc., 
(BORGES, 2010; BORGES, 2015; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; LACRI-
MANTI; GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b; AGNE, 2007; 
KITCHEN, 2003; KITCHEN; BAZIN, 1998).
Esse movimento elétrico será transmitido para a pele do paciente pelo 
eletrodo. Por isso, o acoplamento dos eletrodos no corpo humano e a utili-
zação de uma interface na aplicação (gel de contato, por exemplo) facilita a 
emissão da corrente, a absorção do movimento elétrico pelo tecido biológico 
e, dessa forma, as modificações fisiológicas, promovendo, sucessivamente, os 
resultados terapêuticos (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; LACRIMANTI; 
GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
Corrente galvânica
O equipamento de corrente galvânica emprega o uso de uma corrente direta, 
constante ou contínua com fins terapêuticos (Figura 1). A aplicação terapêutica 
da corrente galvânica na prática clínica se divide em Ionização, Desincruste 
e Eletrolifting. Na área de podologia será utilizada apenas a ionização, a qual 
será detalhada a seguir.
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Iontoforese ou ionização é o procedimento de absorção de ativos através da pele 
por transporte iônico sob a ação de uma corrente elétrica unidirecional (corrente 
galvânica); no polo negativo, teremos permeação de íons negativos, ligeira vasodila-
tação e relaxamento; no polo positivo, teremos a permeação de íons positivos e ação 
analgésica, vasoconstrição (BORGES, 2010; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; AGNE, 
2007; KITCHEN, 2003). A ionização ou iontoforese é o movimento das cargas para 
o polo oposto, como pode ser observado na Figura 2; propriedade utilizada para 
introduzir radicais químicos ou realizar permeação de princípios ativos no tecido, 
o efeito desse procedimento dependerá do tipo de ativo utilizado na permeação, 
podendo ser utilizado para fins estéticos, analgésicos, cicatrizantes ou renovadores 
(BORGES, 2010; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
Dentre os ativos cosméticos ou medicamentosos que podem ser ionizáveis 
com a corrente galvânica, podemos encontrar: a hialuronidase (positiva e tem 
ação antiedematosa); cetoprofeno (negativo e anti-inflamatório); lidocaína e 
aconitina (positivo e analgésicos locais); sulfato de atropina (positivo, é usado 
para hiperidrose) sulfato de cobre (positivo e fungicida); diclofenaco (negativo e 
anti-inflamatório); thiomucase (negativo, indicado para edemas) (AGNE, 2007; 
ROBERTSON; WARD; REED,2006).
I (A)
t (S)
Figura 1 – Ilustração da corrente direta do equipamento de Corrente galvânica / Fonte: https://www.sofisica.
com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/caecc.php. / Acesso em: 13 mar. 2024. 
Descrição da Imagem: A imagem mostra um gráfico de linhas com uma linha verde em um fundo branco. O gráfico 
tem um eixo x e um eixo y. O eixo x está rotulado como “Tempo (s)” e o eixo y está rotulado como “Amplitude 
(A)”. A linha verde começa no ponto (0, 0) e aumenta constantemente até atingir o ponto (10, 10). A linha então 
se estabiliza em torno do ponto (10, 10). Essa figura representa a corrente direta que é constante em relação a 
amperagem por segundo. Fim da descrição.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Bateria 
Eletrodo positivo Eletrodo negativo 
Pele
O fluxo de um solvente fisiológico promovido pela corrente entre os eletrodos 
positivos e negativo ‘’transporta’’ um fármaco eletricamente neutro. 
Vaso sanguíneo 
Fluxo do solvente
(B)
(A)
Bateria 
Eletrodo positivo Eletrodo negativo 
Pele
O eletrodo positivo repele fármacos de carga positiva, fazendo com que
 atravessem a pele, e o mesmo ocorre no eletrodo negativo com
 moléculas de carga negativa.
Vaso sanguíneo 
(A)
Figura 2 – Representação dos mecanismos envolvidos na iontoforese: (A) a eletrorrepulsão e (B) a eletros-
mose / Fonte: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-24122009-113337/publico/
GGelfuso.pdf. Acesso em: 13 mar. 2024.
Descrição da Imagem: temos duas imagens: (A) representa o fenômeno da eletrorrepulsão, demonstrando que 
o eletrodo positivo repele fármacos de carga positiva, fazendo com que atravessem a pele, e o mesmo ocorre no 
eletrodo negativo com moléculas de carga negativa. (B) representa o fenômeno da eletrosmose, demostrando 
que o fluxo de um solvente fisiológico promovido pela corrente elétrica entre os eletrodos positivo e negativo 
transporta um fármaco eletricamente neutro. Fim da descrição.
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Para realizar a aplicação prática desse equipamento, o correto é seguir o proce-
dimento operacional padrão (POP) que deve acompanhar o aparelho. 
A aplicação da corrente galvânica, com seus efeitos fisiológicos e polares, é 
contraindicada em casos de infecções locais; perda da sensibilidade cutânea; pele 
desidratada e sensível; alterações circulatórias; lesões cutâneas ou feridas e sob 
superfícies ósseas. Dentre os maiores riscos da corrente galvânica, encontram-se 
o choque e a queimadura da pele (BORGES, 2010; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 
2004; AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
Eletroterapia – Prática baseada em evidência
Organizador: Tim Watsom 
Editora: Elsevier 
Ano: 2009 
Sobre o Livro: nesta obra, você terá a oportunidade de ler um 
pouco mais sobre as correntes elétricas analgésicas por meio 
de exemplos práticos e casos clínicos reais.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Microcorrente
Os equipamentos que trabalham com a microcorrente, também chamada de 
MENS (Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimulation), são um tipo 
de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na 
faixa de microampères, de baixa frequência, podendo apresentar correntes 
contínuas ou alternadas. 
É um equipamento que consegue estimular fibras nervosas sensoriais subcutâ-
neas. Como resultado, os pacientes não têm nenhuma percepção da sensação de 
formigamento tão comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos 
(BORGES, 2010; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
Esse tipo de equipamento se assemelha à corrente biológica dos tecidos e 
células e pode acarretar um aumento da geração de ATP na ordem de 500%, 
aceleração do transporte através da membrana celular e intracelular, aumentando 
a síntese proteica, como colágeno, melhorando a oxigenação e aumentando o 
número de trocas iônicas e analgesia. 
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Na área da Podologia, podemos 
utilizar esse recursopara cicatriza-
ção e diminuição da dor. Na Área 
das Terapias Integrativas e com-
plementares, podemos utilizar em 
procedimentos de analgesia, relaxa-
mento e na promoção da saúde de 
idosos com pele sensível, pacientes 
diabéticos com lesões nos pés e na cicatrização da musculatura pós-competição 
em um atleta (ROBERTSON; WARD; REED,2006; BORGES, 2010; GUIRRO, E.; 
GUIRRO, R., 2004; AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
Para que você consiga aplicar o equipamento de microcorrente, é importante 
seguir o procedimento operacional padrão (POP) (ligar, conectar o eletrodo de for-
ma bipolar fixo ou móvel, selecionar a polaridade, colocar o tempo e intensidade). 
Para procedimentos em que o objetivo seja cicatrização e renovação teci-
dual, deve-se utilizar a microcorrente alternada com intensidade entre 0 e 500 
microampères, por 15 minutos, na forma fixa com a lesão ou cicatriz entre os 
eletrodos (ROBERTSON; WARD; REED,2006; BORGES, 2010; GUIRRO, E.; 
GUIRRO, R., 2004; AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
As contraindicações desse equipamento são febres infecciosas, hemorragias, 
descalcificações graves (osteoporose severa), flebite, trombose, fraturas (antes de 
solidificadas), câncer, feridas abertas, queimaduras recentes marca-passo, grávi-
das (ROBERTSON; WARD; REED,2006; BORGES, 2010; GUIRRO, E.; GUIR-
RO, R., 2004; AGNE, 2007; KITCHEN, 2003).
Eletroterapia Clínica
Organizador: Roger M. Nelson 
Editora: Manole Saúde 
Ano: 2012 
Sobre o Livro: essa leitura auxiliará você na compreensão da 
introdução aos estudos da eletroterapia e dos benefícios que 
os recursos eletrotermofototerapêuticos podem agregar em 
sua prática clínica. 
INDICAÇÃO DE LIVRO
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Corrente estereodinâmica
A corrente estereodinâmica é uma corrente alternada ou interrompida 
(polarizada e despolarizada). Comumente utilizada em equipamentos de tera-
pia combinada, são modalidades terapêuticas que associam a emissão de ondas 
mecânicas sonoras (ultrassom) com a emissão de corrente elétrica ao mesmo 
tempo (falaremos sobre este tipo de modalidade na continuidade) e promovem 
a drenagem linfática, facilitando a eliminação de líquidos e toxinas. 
As correntes estereodinâmicas promovem analgesia e possuem ação eletrolítica no 
tecido biológico quando utilizada de forma polarizada (BORGES, 2015). Na prática 
clínica, esse tipo de corrente é indicado para reabsorção de edemas, de hematomas e fo-
noforese, que consiste na aplicação de ativos por meio do ultrassom (BORGES, 2015).
Por outro lado, as contraindicações são: gestantes; doenças malignas – cân-
cer, doenças autoimunes, cardíacas, renais e hepáticas, vasculares, infecções; 
alterações de sensibilidade tecidual, incluindo caso em que o paciente apresenta 
alterações de sensibilidade como pé diabético, distúrbios vasculares e sobre a 
pele não íntegra (BORGES, 2015).
Eletrocautério
Um novo dispositivo atualmente vem sendo bastante utilizado na área da po-
dologia: o Eletrocautério. Ele atua a partir de uma corrente de baixa frequência, 
com características contínuas e poder de cauterização local (LACRIMANTI, 
GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
A tecnologia do equipamento consiste em uma descarga de energia elétrica 
baixa e controlada para remoção da pele hiperqueratinizada, indução do pro-
cesso cicatricial da pele. Na podologia, para retirada de verrugas plantares (LA-
CRIMANTI, GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
O equipamento é confeccionado em material plástico com as pontas em titânio, 
que podem ser autoclavadas ou substituídas a cada paciente. Suas contraindicações 
clínicas envolvem pacientes em uso medicamentoso de substâncias fotossensibi-
lizadoras; lesões cancerígenas; manchas altas, enrugadas ou escuras; condilomas 
e melasmas; áreas com sangramento ou feridas abertas; gravidez; cardiopatas, que 
possuem marcapassos; não utilizar em conjunto com aparelho de neuroestimula-
ção (LACRIMANTI, GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Como esse equipamento trabalha com a cauterização tecidual, alguns efeitos 
adversos podem ocorrer e o profissional deve estar ciente para melhor atender e 
orientar seu paciente/cliente; entre esses efeitos pode citar a dor e inflamação local; 
sendo necessário realizar um teste prévio para verificar a resposta biológica frente 
ao estímulo (LACRIMANTI, GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
Para a aplicação prática, devemos escolher a ponteira do equipamento e ros-
quear na caneta; ligar a chave geral liga/desliga; selecionar o ajuste de intensidade 
e iniciar a aplicação com o ajuste de intensidade no menor nível e aumentar 
conforme a necessidade e a resposta do paciente. 
A intensidade utilizada na aplicação dependerá da espessura, textura e sen-
sibilidade da pele aplicada. O profissional saberá que a intensidade está correta 
quando encostar a ponta na pele do indivíduo e ocorrer à cauterização epite-
lial. Não é necessário introduzir a ponta do aparelho na pele, apenas encoste 
levemente sobre a área, sem força. Solicitar ao cliente que retire, caso esteja usan-
do: anéis, brincos grandes, pulseiras e correntes durante o procedimento (LA-
CRIMANTI, GORETI, 2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
Após aplicação é interessante utilizar a aplicação de creme hidratante rico 
em ativos cosméticos, como fatores de crescimento, manteigas, óleos vegetais 
e ativos antimanchas sem a presença de corantes e fragrâncias; sugerem-se 
novas aplicações em intervalos de 15 a 21 dias dependendo da evolução do 
processo cicatricial individual de cada paciente (LACRIMANTI, GORETI, 
2014a; LACRIMANTI; GORETI, 2014b).
Alta Frequência 
Na estética e, consequentemente, na área da podologia, “alta frequência” refere-se 
a um tratamento que utiliza uma corrente de alta frequência e baixa intensidade 
para promover benefícios para a pele, como a estimulação da circulação sanguí-
nea na área tratada. Como também tem ação antibacteriana, pode ser usada para 
reduzir a inflamação e promover a cicatrização.
Mais especificamente na área em questão, pode ser utilizado para o tratamento 
de unhas encravadas, prevenindo infecções; cauterização de lesões de pele, como 
verrugas plantares, calosidades ou pequenos tumores; alívio de sintomas associados 
a condições como pé diabético; tratamento complementar de fungos nas unhas. 
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NOVOS DESAFIOS 
Diante de todas as opções apresentadas, fica claro que podemos optar por um ou 
outro equipamento em nossos protocolos de atendimentos, não ficando restritos 
a um só tipo de tecnologia na nossa prática clínica. Portanto, agora, com todo 
esse conhecimento sobre os equipamentos elétricos, você conseguiria determi-
nar quais equipamentos utilizaria para a nossa paciente, lá do início deste tema? 
Suas queixas incluíam a onicomicose, e é claro que podemos levar em conside-
ração seu aspecto energético também (KOROTKOV et al., 2010; NELSON; HA-
YES; CURRIER, 2003). Neste momento, gostaria que você se imaginasse como um 
profissional bem-sucedido, com recurso financeiro para investir em equipamentos. 
Você entra em contato com diversas marcas de equipamentos e recebe para 
uma conversa vários representantes, para ouvir as opções, preços e oportunidades 
comerciais. Ao final, você fica com uma lista enorme de opções. Preste atenção, 
listamos somente os equipamentos elétricos que emitem algum tipo de corrente 
elétrica. De qualquer forma, vamos começar nossa clínica!
Gostou do que viu até aqui? Preparamos uma videoaula para você! Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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1. São efeitos fisiológicos da Microcorrente, exceto:
a) Diminuição da produção de ATP.
b) Melhora do transporte de aminoácidos.
c) Aumento na produção de colágeno.
d) Melhora nos processos de cicatrização em geral.
e) Drenagem de líquidos intersticiais.
2. Um medicamento, após ser ingerido, atinge a corrente sanguínea e se espalha pelo or-
ganismo, mas como suas moléculas “não sabem” onde está o problema,podem atuar 
em locais diferentes do local “alvo” e desencadear efeitos além daqueles desejados. Não 
seria perfeito se as moléculas dos medicamentos soubessem exatamente onde está o 
problema e fossem apenas até aquele local exercer sua ação? A técnica conhecida como 
iontoforese, indolor e não invasiva, promete isso. Essa técnica se baseia na aplicação de uma 
corrente elétrica contínua e de baixa intensidade sobre a pele do paciente, permitindo que 
fármacos permeiem membranas biológicas e alcancem a corrente sanguínea, sem passar 
pelo estômago. Muitos pacientes relatam apenas um formigamento no local de aplicação. 
O objetivo da corrente elétrica é formar poros que permitam a passagem do fármaco de 
interesse. A corrente elétrica é constituída por eletrodos, positivo e negativo, por meio de 
uma solução aplicada sobre a pele. Se a molécula do medicamento tiver carga elétrica 
positiva ou negativa, ao entrar em contato com o eletrodo de carga de mesmo sinal, ela 
será repelida e forçada a entrar na pele (eletrorrepulsão). Se for neutra, a molécula será 
forçada a entrar na pele juntamente com o fluxo de solvente fisiológico que se forma entre 
os eletrodos (eletrosmose). 
De acordo com as informações sobre o uso da iontoforese, assinale a alternativa correta:
a) Provoca ferimento na pele do paciente ao serem introduzidos os eletrodos, rompendo 
o epitélio.
b) Aumenta o risco de estresse nos pacientes, causado pela aplicação da corrente elétrica.
c) Inibe o mecanismo de ação dos medicamentos no tecido-alvo, pois eles passam a entrar 
através da pele.
d) Diminui o efeito colateral dos medicamentos, se comparados com aqueles em que a 
ingestão se faz por via oral.
e) Deve ser eficaz para medicamentos constituídos de moléculas polares e ineficaz se 
forem apolares.
AUTOATIVIDADE
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3 Com relação às partes que compõe um equipamento estético, analise as afirmativas: 
I - Os cabos conectores podem ser coloridos, independentemente, da corrente elétrica 
produzida pelo equipamento. 
II - Eletrodos são os componentes que conduzem a energia para o tecido biológico. 
III - O acoplamento do eletrodo interfere na absorção da energia do equipamento. 
Assinale a alternativa correta: 
a) As afirmativas I e II estão corretas. 
b) As afirmativas II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) A afirmativa I, apenas. 
e) A afirmativa III, apenas.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
AGNE, J. E. Eletrotermoterapia teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2007.
BORGES, F. dos S. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 3. 
ed. São Paulo: Phorte, 2010.
BORGES, F. dos S. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 5. 
ed. São Paulo: Phorte, 2015.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos e patologias. 
3. ed. São Paulo: Manole, 2004.
KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11. ed. São Paulo: Manole, 2003.
KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton. 1. ed. São Paulo: Manole, 1998.
KOROTKOV, K. G. et al. Application of electro photon capture (EPC) analysis based on gas dis-
charge visualization (GDV) technique in medicine: a systematic review. Journal of Alternative 
and Complementary Medicine, [s. l.], v. 16, n. 1, p. 13-25, 2010. 
LACRIMANTI, L. M.; GORETI, M. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis, 
2014a. v. 1.
LACRIMANTI, L. M.; GORETI, M. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis, 
2014b. v. 2.
MALMIVUO, J.; PLONSEY, R. Bioelectromagnetism: principles and applications of bioelectric 
and biomagnetic fields. New York: Oxford University Press, 1995.
NELSON, R. N.; HAYES, K. W.; CURRIER, D. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. São Paulo: Manole, 
2003.
ROBERTSON, V.; WARD, A.; LOW, J.; REED, A. Electrotherapy Explained: Principles and Practice. 
4th ed. London: Oxford, 2006.
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1. A.
A afirmativa incorreta aponta que ocorre uma diminuição da produção de ATP na microcorren-
te e na verdade ocorre um aumento de 500% de ATP celular com a utilização desse recurso.
2. D.
No enunciado há a informação de que o medicamento atinge a corrente sanguínea sem 
passar pelo estômago, e que alguns pacientes relatam apenas um formigamento no local da 
aplicação. Além disso, há a informação de que a técnica é indolor e não invasiva. Dessa forma, 
tal técnica diminui o efeito colateral do medicamento se comparada à ingestão por via oral.
3. B.
Afirmativa I – incorreta, pois os cabos conectores, geralmente, são pretos independentemente 
da corrente elétrica produzida pelo equipamento.
GABARITO
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MINHAS METAS
RECURSOS ONDULATÓRIOS
Entender o que são recursos ondulatórios.
Conhecer equipamentos que promovam recursos ondulatórios.
Aprofundar o conhecimento sobre os efeitos fisiológicos e terapêuticos.
Assimilar as indicações e contra indicações dos equipamentos. 
Aprender sobre equipamentos e tecnologias disponíveis para uso aplicado na Podologia. 
Explorar máquinas e tecnologias disponíveis para uso aplicado nas Terapias Integrativas e 
Complementares.
Acompanhar estudos científicos existentes sobre os temas
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8
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INICIE SUA JORNADA 
Neste tema, apresentaremos os equipamentos que emitem ondas terapêuticas ao 
tecido biológico, o conceito de cada um deles, efeitos fisiológicos e terapêuticos, 
indicações e contra indicações clínicas. Além disso, conheceremos os procedi-
mentos operacionais padrões (POP) de cada equipamento ondulatório; desen-
volveremos conteúdo e conhecimento a respeito dos equipamentos ondulatórios 
mecânicos; sonoros; eletromagnéticos e luminosos.
O mercado da beleza e estética no Brasil é um dos mais promissores do mundo. 
Vamos ouvir um pouco mais sobre isso? Você não vai se arrepender!
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Muito do que vamos ver neste tema se refere à estimulação/recuperação do 
colágeno. Vamos recordar a sua relação com o envelhecimento cutâneo? É só ler 
o artigo acessando o link:
https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/view/161/177.
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
RECURSOS ONDULATÓRIOS
Encontramos nas áreas da Estética, Terapias integrativas e complementares. Na 
Podologia temos uma gama de equipamentos que podem ser utilizados em di-
versos protocolos de atendimento, especializados e individualizados, em cada 
área. Agora, vamos aprofundar um pouco mais seu conhecimento e prepará-lo 
para a utilização de recursos que emitem ondas ao tecido biológico com o mesmo 
objetivo dos equipamentos elétricos, porém com uma diferença: os equipamen-
tos ondulatórios possuem maior potência de energia, consequentemente, são 
mais profundos. Assim, o objetivo aqui é deixar claro todas as possibilidades 
terapêuticas e viabilizar uma gama maior de opções de recursos. 
Quer ver como isso é possível? Vamos continuar com o caso clínico:
Mulher, 47 anos, com queixa estética de gordura localizada em abdômen e flan-
cos, ansiosa e com queixas em relação ao sono não restaurador. Além disso, relata 
dor na região lombar até a região do hálux, onde apresenta onicomicoses de repe-
tição. Já fez uso de várias medicações para auxiliar no sono e se submeteu a diver-
sos tratamentos conservadores, sem resposta significativa. Buscou atendimento 
na clínica para obter melhora da dor, emagrecer e melhorar sua qualidade de vida.
Na avaliação, foi analisada a presença de gordura localizada do tipo compacta 
em abdômen e flancos, tensão muscular generalizada e alterações emocio-
nais. Com relação à queixa de onicomicose, observou-se a unha dos dois hálux 
comprometidos. A partir daí, foi efetuado o encaminhamento para o trata-
mento específico dos pés.
Quais equipamentos ondulatórios poderiam ser usados nesse caso? 
PENSANDO JUNTOS
A podologia se beneficia cada vez mais da tecnologia, incluindo o uso de equi-
pamentos ondulatórios que emitem luz, calor e ondas eletromagnéticas. Tais 
ferramentasoferecem diversas vantagens no tratamento de diferentes condições 
dos pés. Você conseguiria listar quais são os equipamentos ondulatórios mais 
indicados para o caso descrito? 
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Onda é uma perturbação da matéria, que é transmitida por meio do vácuo, 
do ar, do líquido ou de uma matéria sólida. Sabe-se que existe uma variedade 
muito grande de ondas, por exemplo, as ondas do mar, as ondas em uma corda, 
em uma mola, as ondas sonoras, as ondas eletromagnéticas etc. (AGNE, 2001; 
AGNE, 2004; KITCHEN; BAZIN, 2003).
Dentro da eletroterapia utilizada na área da Terapia complementar e bem-
-estar e da Podologia existem diversos recursos que emitem energia ondulatória, 
por exemplo, equipamentos que emitem onda sonora (Ultrassom; Rádio); onda 
mecânica (Endermologia; Plataforma vibratória); onda eletromagnética (Alta 
frequência; Radiofrequência) e onda luminosa (Led; Laser). Todas essas ondas 
podem diferir-se em muitos aspectos, como direção, comprimento, propagação. 
Contudo, todas podem transmitir energia de um ponto ao outro, ou seja, con-
seguimos transmitir energia de alta frequência de um equipamento em contato 
com a pele para o tecido biológico alvo e assim gerar as modificações fisiológicas 
necessárias para que os resultados almejados aconteçam (AGNE, 2004; BORGES, 
2006; BORGES, 2010; ALVES; CAMPOS, 2008).
Agora chegou a sua vez de experimentar as características de uma energia on-
dulatória. Convido você a experimentar essa energia, para isso, é necessário que:
 ■ Pegue uma gelatina pronta (já resfriada e com a consistência firme) e a 
coloque dentro de um recipiente plástico, de preferência transparente 
para que você veja a mudança na matéria.
 ■ Depois disso, agite o pote com a gelatina e à medida que você estiver agi-
tando o pote diminua ou aumente a velocidade da agitação; você verá que, 
quando agitada mais lentamente, a gelatina demora mais para alterar sua 
consistência, quando agitada com maior velocidade, a gelatina se torna 
líquida mais rapidamente.
 ■ Descreva suas observações.
Esse fenômeno é observado nas energias ondulatórias mecânicas, sonoras e vibra-
cionais, ou seja, encontraremos esse tipo de comportamento ondulatório em vários 
modelos de equipamentos na sua prática profissional. Toda essa mudança produ-
zida pelo estímulo vibratório, proporcionou à matéria (gelatina no caso) vibração, 
agitação e calor. Contudo, isso poderia acontecer em um tecido gorduroso, em uma 
contratura muscular, em uma aderência tecidual etc. (AGNE, 2004; BORGES, 2006; 
BORGES, 2010; ALVES; CAMPOS, 2008).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
A utilização de recursos eletrotermofototerapêuticos que emitem energia ondula-
tória, na área de Terapias complementares e Podologia, agrega melhores resultados, 
em um número menor de sessões, já que estamos falando de uma energia com 
maior facilidade de propagação, com maior potência, com capacidade de gerar 
vibração molecular e tecidual e de modificar a consistência da matéria pela qual se 
propaga. Por isso, proponho a você, aprofundar seus conhecimentos a respeito da 
física ondulatória e em relação aos equipamentos que trabalham com este tipo de 
energia (AGNE, 2004; BORGES, 2006; BORGES, 2010; ALVES; CAMPOS, 2008).
A energia ondulatória envolve a propagação de um estímulo de um ponto 
a outro, sem que haja a necessidade de transporte direto de matéria entre 
esses dois pontos. Pensando em nossa abordagem profissional, iremos emitir 
uma onda, do equipamento para o tecido biológico, sem que se faça movi-
mentos nesse tecido. No caso de equipamentos que emitem ondas mecânicas, 
a passagem da onda produz oscilações no meio pela qual ela se propaga, 
resultando em agitação e produção de calor no local. 
A onda sonora precisa produzir pequenas oscilações nas moléculas do ar 
para se propagar e, quando entra em contato com o tecido biológico, também 
possui capacidade vibratória, como a onda mecânica. Por outro lado, os equi-
pamentos que trabalham 
com a emissão de energia 
ondulatória eletromag-
nética não necessitam 
de um meio para a pro-
pagação dessa energia 
(AGNE, 2001; AGNE, 
2004; KITCHEN; BA-
ZIN, 2003).
A dúvida que fica é como a gelatina mudou sua consistência somente com uma 
vibração. Isso acontece porque ocorre uma quebra entre as ligações químicas da 
matéria, favorecendo sua maleabilidade. Portanto, convido você, agora, a assistir 
ao vídeo Biocorporação – Cavitação Bio x Concorrente. Acesse em:
https://www.youtube.com/watch?v=9N70SdNv8zM.
EU INDICO
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Direção, comprimento e propagação
As ondas podem diferir-se em muitos aspectos, como sua direção, seu compri-
mento e sua propagação, mas todas podem transmitir energia de um ponto ao 
outro, ou seja, conseguimos transmitir energia de alta frequência de um equipa-
mento em contato com a pele para o tecido biológico-alvo e, assim, gerar as mo-
dificações fisiológicas necessárias para que os resultados almejados aconteçam 
(AGNE, 2001; AGNE, 2004; KITCHEN; BAZIN, 2003).
Em geral, as ondas produzidas pelos equipamentos da área da saúde podem ser 
caracterizadas por seu comprimento (representa a distância que separa dois pontos 
consecutivos que se encontram na mesma posição de vibração); pela frequência 
(número de oscilações executadas pela fonte que produz a onda por segundo, ou 
seja, é o número de vezes em que a onda se repete); por sua amplitude (altura da 
onda); e por sua velocidade de propagação (que é a velocidade com que a onda se 
propaga em determinada matéria) (AGNE, 2001; AGNE, 2004; KITCHEN; BAZIN, 2003).
Além disso, os equipamentos ondulatórios possuem a capacidade de produzir 
tixotropismo, sonoforese e cavitação no tecido biológico. São exatamente esses 
fenômenos que fazem a diferença entre os resultados obtidos por esses recur-
sos em relação a recursos elétricos de baixa ou média frequência (AGNE, 2004; 
BORGES, 2006; BORGES, 2010; ALVES; CAMPOS, 2008).
Tixotropismo é capacidade que as ondas sonora e mecânica têm em amolecer 
estruturas de maior consistência, de “liquefazer”, de transformar substâncias que es-
tão em estado mais gelatinoso, viscoso em um estado mais fluido, ou substâncias só-
lidas para o estado gel (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; KITCHEN; BAZIN, 2003).
Sonoforese ou Fonoforese é o aumento da permeabilidade da membrana 
celular e o aumento da permeabilidade tecidual, ocasionada pela propagação da 
onda e a produção de seus estímulos oscilatórios, que facilita a penetração de ati-
vos através da pele (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; KITCHEN; BAZIN, 2003).
Cavitação, por sua vez, que aqui se trata de uma cavitação estável, é um efeito 
não térmico das ondas sonora e mecânica que provoca formação de bolhas ou 
cavidades micrométricas nos líquidos. Essas bolhas produzidas dependerão da 
frequência do aparelho e do modo de aplicação do transdutor, para se tornar ins-
táveis ou estáveis (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; KITCHEN; BAZIN, 2003).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
 Podemos dividir os equipamentos ondulatórios da área de Terapias Com-
plementares e Podologia por tipo de energia ondulatória que será emitida, dessa 
forma, temos equipamentos que emitem onda mecânica, sonora, luminosa e 
eletromagnética (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006; BORGES, 
2010; ALVES; CAMPOS, 2008). A seguir, abordaremos cada tipo de onda e seus 
respectivos equipamentos, disponíveis no mercado para sua utilização profissio-
nal em seus protocolos de atendimentos clínicos. 
Vamos iniciar falando sobre os equipamentos que emitem onda mecânica, 
que são perturbações que transportam energia cinética e potencial através de um 
meio material, que, no nosso caso, será o tecido biológico.
Vacuoterapia
A vacuoterapia consiste em equipamentos que utilizam a pressão negativa asso-
ciada às ventosas de diversos tamanhos para promover a mobilização do tecido 
biológico e subcutâneo. Essa mobilização é capaz de gerar estímulos que pro-
duzem efeitos fisiológicos e terapêuticos, melhorando a circulação sanguínea e 
linfáticado De Rose (1985), foi somente por meio das evidências benéficas no organismo hu-
mano, demonstradas de forma quantitativa e qualitativa mediante pesquisas rando-
mizadas, que sua prática ganhou maior repercussão e, consequentemente, adeptos. 
APROFUNDANDO
Segundo Barros et al. (2014), o professor David Eisenberg coordenou uma pes-
quisa sobre o yoga na vida de 31.044 pessoas, nos Estados Unidos, e verificou 
que, entre os anos 1992 e 2002, houve um aumento de praticantes na população 
americana de 3,7% para 5,1%, o que corresponde a 10,4 milhões de adultos. As 
três principais indicações médicas para a realização da técnica foram problemas 
ligados ao sistema locomotor (musculoesqueléticos), saúde mental e asma, 
observados, na sua maioria, em mulheres com formação universitária, idade 
média de 39.5 anos e da raça caucásica. Cunha (2011) relata que, no Brasil, essa 
técnica começou a ser ensinada no início do século XX, por Léo Costet de Mas-
cheville, francês que fundou grupos de praticantes em várias cidades. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Devido aos benefícios relatados em vários ar-
tigos científicos, Siegel (2010) destaca a promoção 
da saúde de pessoas que praticam o yoga dentro do 
ambiente de trabalho, ajudando no cuidado ao cor-
po/mente no dia a dia, que sugere a técnica como 
prática laboral ou como parte da rotina de tra-
balho, principalmente se for executada em 
lugares abertos e em contato com a natureza. 
Recentes pesquisas relatam que quando o 
indivíduo tem a oportunidade de conviver com 
a natureza de forma harmoniosa, podendo 
praticar exercícios e contemplar as maravilhas da 
natureza, muitos benefícios são agregados a sua 
vida, até mesmo mudanças do comportamento 
genético, sendo os arquétipos partem dessa 
herança (QU et al., 2013). 
Quando iríamos imaginar que a ciência conseguiria 
explicar, mediante investigação, que nossa herança 
genética poderia ser alterada por meio de nossos 
hábitos e experiências de vida? Investiga-
dores examinaram 10 participantes 
que fizeram um retiro de yoga 
por uma semana. Além do 
yoga, realizaram meditação 
e exercícios de respiração. Ao 
examinarem o sangue dos parti-
cipantes antes e após sessões de quatro horas, foi 
verificado que a prática de yoga mudou a expres-
são de 111 genes de células do sistema imunológi-
co (QU et al., 2013). Segundo o autor citado, essa 
mudança acaba sendo expressiva, pois, na mesma 
pesquisa, a utilização de técnicas de relaxamento no 
caminhar, com a escuta de música tranquila, mu-
dou somente 38 genes.
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Os praticantes que iniciaram com a prática das PICS, tanto do Oriente quanto 
do Ocidente, sempre recomendaram as técnicas, principalmente com enfoque 
preventivo, pois elas atuam no organismo, influenciando o corpo e a mente. 
Só que hoje, por meio dos estudos sistematizados, os conhecimentos chama-
dos como “sabedoria dos antigos” chegaram a um denominador comum com 
muitas novas descobertas, demonstrando que práticas utilizadas em alguns 
países a milhares de anos, como tai chi chuan, meditação e outras, podem ter 
efeitos positivos em nosso corpo em algumas disfunções importantes, como 
a hipertensão, sendo uma constatação importante para muitos cardiologistas, 
que passaram a receitar para seus pacientes suas práticas como recurso para 
diminuir o estresse e a pressão arterial.
O Professor Fahri Saatcioglu, que trabalha no departamento de biociência 
molecular da Universidade de Oslo na Noruega, conseguiu evidenciar, pela 
primeira vez, efeitos terapêuticos da prática do yoga sobre o sistema imu-
nológico a nível molecular e a resposta de relaxamento do sistema nervoso 
parassimpático. Atualmente, seu engajamento é sobre os benefícios da prática 
em pacientes com câncer (POLETTO, 2017). 
Os benefícios são tantos que existem centros de tratamentos contra o 
câncer e outras patologias, que implantaram a prática de yoga como um dos 
recursos terapêuticos dentro dos vários programas ofertados nesses espaços. 
Essa é, definitivamente, uma maneira de acolher o paciente de forma multi-
fatorial (SOUSA; BARROS, 2018).
As Práticas Integrativas desde a antiguidade
Nossos ancestrais deixaram registros em cavernas, papiros e outras formas de 
documentos históricos que nos permitiram observar o uso de recursos, como 
plantas, óleos essenciais, massagens e outras técnicas, como formas de trata-
mentos desde tempos remotos, sendo algumas consideradas milenares, como a 
medicina tradicional chinesa. 
Segundo Mattos (2019), a medicina chinesa pode ser considerada uma das 
técnicas mais antigas de cuidado da saúde do homem, podendo ter surgido, até 
mesmo, antes das primeiras escritas, pois, por meio de escavações, foram encon-
trados o uso de pedras afiadas como uma agulha para tratamentos de abscessos 
e estímulo de áreas do corpo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Outro resquício sobre as PICS é encontrado nos li-
vros de Ibn Sina, conhecido como Avicena (980-1037) 
no ocidente, que considerava que para estar saudável, 
era necessário que as condições físicas, emocionais e 
mentais do indivíduo estivessem em harmonia com o 
meio em que vivia (HEGENBERG, 1998). Para Azeve-
do (1996), este sábio serviu de fonte inspiradora para 
o desenvolvimento dos florais brasileiros, por meio de 
sua obra “Cânone da Medicina”.
Quanto à homeopatia, pode ser considerado que 
a técnica foi enunciada por Hipócrates, no séc. IV a.C., 
mesmo tendo sido desenvolvida pelo alemão Samuel 
Hahnemann no séc. XVIII. Gillman (2018) conside-
ra esta modalidade de medicina complementar a mais 
antiga da Europa, apesar do autor ressaltar que não se 
pode comparar a antiguidade da homeopatia com a me-
dicina chinesa ou indiana. 
A prática em questão é originária do grego, homoios 
(semelhante) + pathos (doença), que se baseia no prin-
cípio “semelhante cura semelhante”, sendo comparada a 
prática da vacina, pois estimula os processos de cura do 
próprio organismo por meio do sistema imunológico. 
Contudo, foi somente em 1840 que essa prática chegou 
em nosso país, por meio do médico Benoit Jules Mure.
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As mãos como antigos recursos terapêuticos
massagens nos 
pés em pinturas 
arqueológicas 
Você sabe que o toque com as mãos 
é um recurso valioso em várias te-
rapias, já que permitem, por meio 
de diversas técnicas, melhorar con-
dições de vida das pessoas. Regis-
tros antigos retratam que há mais 
de 2.500 anos a.C. os egípcios já 
demonstravam o uso de massagens 
nos pés em pinturas arqueológicas. 
Assim, acredita-se que a técnica de 
reflexologia tenha sido usada, pri-
meiro, por essa população e, mais 
tarde, pelos budistas indianos e pe-
los chineses (KEET, 2011; HANG; 
KUABARA, 2007). 
Entretanto, foi na China que 
a reflexologia foi mais valoriza-
da, sendo aplicada até os dias de 
hoje. Os chineses, segundo Hang 
e Kuabara (2007), deixaram escri-
turas detalhando o conhecimento 
sobre a relação dos pontos reflexos 
encontrados em partes do corpo, 
mas o Imperador da nova dinastia 
Quin (260-210 a.C.) mandou quei-
mar todos os livros antigos.
Outra técnica de tratamento antiga é a Quiropraxia, desenvolvida pelo 
canadense Daniel David Palmer em 1865, cujo termo significa “prática com 
as mãos”. Essa técnica, segundo Santos (2008), tem a função de prevenir, diag-
nosticar e tratar alterações do sistema neuro-músculo-esquelético, por meio 
da manipulação para desbloquear vértebras. Ainda no século XlX, Andrew 
Taylor Still desenvolveu outra terapia manual, nomeada como Osteopatia, 
baseada nos termos “osso” e pathos, “doença”. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Essa, fundamenta a técnica comparando o corpo humano a uma máquina, 
que trabalha adequadamente se todos os seus elementos estiverem trabalhan-
do corretamente (de forma holística). Assim, Still acreditava que devemos ser 
tratados como um todo, ou seja, corpo, mente e espírito, utilizando técnicas 
de mobilização e manipulação articular, bem como de tecidos moles. As duas 
técnicas podem diagnosticar e tratar por meiono local. Hoje, ela é utilizada na área da Terapia complementar como 
ventosaterapia, mobilização tecidual, desbloqueio energético pontual ou nos 
meridianos energéticos, relaxamento muscular e analgesia. Na podologia, poderá 
ser utilizada para relaxamento de tecido fascial podal, fascite plantar e limpeza 
local de pontos infectados (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006; 
MEYER; RODRIGUES; MEDEIROS, 2017).
Sua utilização no tecido biológico produz efeitos cumulativos que aumentam 
a produção de colágeno e elastina, melhorando a textura e o tônus muscular; me-
lhora a circulação sanguínea; ativa o sistema linfático e proporciona relaxamento 
e bem-estar, pois se trata de um tipo de massagem (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 
2002; BORGES, 2006; MEYER; RODRIGUES; MEDEIROS, 2017).
É contra indicada em casos de câncer ou tumores, fragilidade capilar, infec-
ções cutâneas, doenças reumáticas e gestantes (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; 
BORGES, 2006; MEYER; RODRIGUES; MEDEIROS, 2017).
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Endermologia
A endermologia é um equipamento com uma tecnologia mais avançada quanto 
à sucção tecidual e ao massageamento e mobilização que o recurso oferece. A 
técnica também é conhecida como palper roler (palpar – rolar), produz uma mo-
bilização profunda da pele e da tela subcutânea, permitindo um incremento na 
circulação sanguínea superficial. Dessa forma, sintetiza-se que a endermoterapia 
atua com aparelhos que geram pressão negativa, modulada em unidades até 600 
mmHg por meio de uma bomba de sucção que pode ser contínua ou pulsátil 
(AZULAY, D.; AZULAY, R., 2006; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 
2006; RAUNCH, 2009; MEYER; RODRIGUES; MEDEIROS, 2017).
Possui as mesmas indicações e contra indicações clínicas da vacuoterapia 
(RAUNCH, 2009). Para que consiga realizar a aplicação prática desse equipamen-
to, você também deve seguir o passo a passo de seu procedimento operacional 
padrão (POP), que nesse caso, inclui utilizar um acessório para hidratação e 
deslocamento do cabeçote, por exemplo, uso de óleo neutro; escolher o tipo de 
cabeçote que irá utilizar; programar a pressão negativa que pode ser entre 100 
a 600 mmHg, dependendo do tecido, do caso e do limiar de sensibilidade da 
paciente (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006).
VAMOS RECORDAR?
Para que você consiga realizar a aplicação prática de qualquer equipamento 
citado neste tema de aprendizagem, deverá ser seguido o procedimento 
operacional padrão (POP):
• ligar o equipamento;
• preparar a pele do paciente/cliente;
• adequar o equipamento;
• apertar o start;
• realizar a aplicação.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
As manobras que podem ser realizadas na endermologia são: deslizamento 
superficial e profundo; oito; circular; zigue-zague; vibração; percussão; e aplica-
ção estática ou fixa (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006).
Os protocolos de tratamento que podemos utilizar na aplicação da vacuotera-
pia ou endermologia constituem a limpeza de pontos infectados (kit de limpeza 
por sucção ou caneta extratora), peeling mecânico (kit de caneta diamantada) e 
gua sha (ventosas pequenas ou cabeçotes na forma contínua para estimulação 
energética local) (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006).
Alguns equipamentos massageadores também trabalham com a emissão de 
energia mecânica oscilatória. É o caso do recurso conhecido como Vibrocell, 
aparelho de massagem muito utilizado em terapia vibro-oscilatória, desenvolvido 
para auxiliar o profissional na realização de massagem/percussão, reduzindo a 
fadiga do profissional e facilitando o tratamento (RAUNCH, 2009).
Nesse equipamento, contamos com um jogo de diversas ponteiras. Essa va-
riedade permite ao profissional a escolha daquela que melhor se adapte à região 
a ser tratada com a massagem mecânica e por percussão (RAUNCH, 2009).
Para a utilização desse equipamento, você também deve seguir o passo a passo 
de seu procedimento operacional padrão (POP), incluindo a escolha do tipo de 
cabeçote e a programação da frequência de 1-20 hertz para esfoliação e massagem 
relaxante; de 21-40 hertz indicado para melhora do fluxo sanguíneo subcutâneo e 
para reflexologia; e de 41-60 hertz para auxiliar na drenagem linfática superficial 
e tratamento tópicos da pele; intensidade de acordo com a paciente e o tempo de 
vinte minutos (RAUNCH, 2009).
Ultrassom terapêutico
Dentre os recursos ondulatórios mais comuns, encontramos o ultrassom tera-
pêutico (Figura 1) que produz a energia ondulatória por meio de um transdutor 
que transforma a energia elétrica inicial em energia mecânica sonora inaudível. 
Essa capacidade de transformação de energia se dá pelo efeito piezoeléctrico do 
cristal que se encontra dentro do cabeçote do equipamento (ALMEIDA et al., 
2005; DRAPER, PRENTICE, 2002).
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Antes que o ultrassom possa ser aplicado, o contato entre o transdutor e a pele 
deve ser adequado para que não haja perda de ondas, já que o ar é um péssimo 
condutor de onda. Para tanto, um gel deve ser utilizado, podendo conter ativos 
para os quais seja indicada a penetração (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; 
BORGES, 2006; BORGES, 2010).
Como já citado anteriormente, o ultrassom consiste em vibrações mecâ-
nicas que são as mesmas das ondas sonoras, mas com uma frequência mais 
alta, acima de 20 KHz, por isso as ondas do ultrassom não são audíveis e são 
chamadas também de ultrassonoras. A frequência desse dispositivo varia en-
tre 1 ou 3 MHz, sendo disponível, atualmente, também em 5 MHz, indicada 
exclusivamente para área de dermatologia, por apresentar uma pequena capa-
cidade de penetração nos tecidos biológicos. A intensidade varia entre 0,1 e 3,0 
W/cm². (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006; BORGES, 2010).
Figura 1 – Equipamento de ultrassom terapêutico 
Descrição da Imagem: foto de um profissional aplicando um ultrassom nos pés de um paciente. Fim da descrição.
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Além disso, o profissional pode escolher de que forma a onda será emitida para 
o tecido biológico, e isso impactará nos efeitos produzidos no tecido e os resultados 
esperados com a aplicação. O ultrassom no modo contínuo é quando a corrente elé-
trica é aplicada ininterruptamente ao cristal e apresenta efeito térmico dominante. 
No ultrassom no modo pulsado, o equipamento interrompe momentaneamente a 
chegada de eletricidade no cristal, interrompendo parcialmente a emissão das on-
das, liberando-as em pacotes ou pulsos, apresentando efeito mecânico dominante 
(GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006; BORGES, 2010).
Quando a onda penetra nos tecidos biológicos, é capaz de estimular processos de 
cicatrização, auxiliando no reparo de lesões, no alívio de processos dolorosos, na 
redução da rigidez articular, no aumento do fluxo sanguíneo e da permeabilidade 
celular, no auxílio do retorno venoso e linfático, na reabsorção de edemas e 
incremento da maleabilidade de tecidos ricos em colágeno (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 
2002; BORGES, 2006; BORGES, 2010).
Contudo, são contra indicados em gestantes, neoplasias, tumor, área com isquemia, 
sobre epífises ósseas em crescimento, radioterapia e implantes metálicos na região 
(GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002; BORGES, 2006; BORGES, 2010).
Novamente, para sua aplicação prática, devemos obedecer ao passo a passo de 
seu POP, realizando a determinação da frequência do ultrassom (3 Mhz); forma 
de emissão da onda (contínuo e pulsado); tempo de dois minutos por ERA; e 
intensidade de acordo com a densidade tecidual (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 
2002; BORGES, 2006; BORGES, 2010).
Laser 
Saindo dos recursos que emitem onda sonora mecânica, passamos para os recur-
sos que emitem ondas luminosas. Nesse grupo, encontramos os equipamentos 
de Laser, Luz intensa pulsada e Leds (KAMINSKY, 2009).
O Laser ou light amplification by stimulated emission of radiation (amplifica-
ção de luz por emissão estimulada de radiação) trabalha com emissão de radiação 
eletromagnética não ionizante e pode ser visível ou invisível (PATRIOTA,2007; 
OGAWA, 2017; OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
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O equipamento de laser produz luz monocromática, com coerência es-
pacial e temporal, colimação e de alta intensidade. Essa energia emitida pelo 
laser possui propriedades físicas que, empregada a um comprimento de onda 
específico, interfere nos processos celulares, auxiliando nas ações biofísicas e 
bioquímicas das células, ou seja, os tipos de laser são denominados de acordo 
com a localização da cavidade óptica que se encontra em volta do meio, que 
produzirá o feixe de luz, determinando o comprimento de onda (PATRIOTA, 
2007; OGAWA, 2017; OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
A terapia a laser ganhou muita popularidade no tratamento de lesões 
pigmentadas da pele e tatuagens, em que trabalha com o princípio 
da fototermólise seletiva, gerando pulsos ultracurtos de alta energia e 
potência, com um efeito fotoacústico adicional. Na dermatologia, o laser 
é classificado de acordo com as suas funções e aplicações clínicas, em 
laser de corte e de vaporização; laser vasculares; laser pigmentares; laser 
depilatórios e laser de rejuvenescimento não ablativo (PATRIOTA, 2007; 
OGAWA, 2017; OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
APROFUNDANDO
Atualmente, na estética, é utilizado o laser de baixa potência, pois o laser de 
alta potência é responsável por causar alterações permanentes ou destruição 
dos tecidos. Os procedimentos de baixa potência utilizam aparelhos conhecidos 
como laser de diodo, que são portáteis e de baixa intensidade, com um efeito 
analgésico entre 2 e 4 Joules/cm2, efeito regenerativo entre 3 e 6 Joules/cm2, efeito 
circulatório e anti-inflamatório entre 1 e 3 Joules/cm2. O laser de baixa potência 
não produz efeito térmico, produz apenas efeito fotoquímico, fotofísico e foto-
biológico. Caso ocorra o aumento da temperatura local, será por consequência 
do aumento do metabolismo celular e da vasodilatação provocada na região 
(PATRIOTA, 2007; OGAWA, 2017; OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
Na estética, temos a atuação do laser infravermelho, de 808 nm, respon-
sável por aumentar a circulação, estimular o sistema imunológico e aumentar 
a permeabilidade da membrana celular (PATRIOTA, 2007; OGAWA, 2017; 
OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
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O laser fracionado de 1550 nm estimula a regeneração do colágeno por 
meio da fototermólise fracionada pelo comprimento de onda, enquanto no 
laser de depilação, o mecanismo de ação é a fototermólise seletiva pela mela-
nina, a qual é encontrada somente no bulbo piloso e a depilação com o laser 
será eficaz quando o laser atingir o bulbo, a um determinado parâmetro de 
potência, e se encontrar em uma temperatura média de 60°C, o que propor-
ciona a fototermólise seletiva, ocorrendo a destruição completa do pelo. 
É necessário que o paciente/cliente apresente pele clara e pelos escuros, pois 
na fototermólise seletiva há uma grande produção de calor, que pode destruir 
a melanina da epiderme e alterar outras células, causando efeitos contrários, 
como alteração na pigmentação, queimaduras e cicatrizes (PATRIOTA, 2007; 
OGAWA, 2017; OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
Suas contra indicações incluem tratamento sobre infecções, sobre áreas fo-
tossensíveis ou fotossensibilizadas e sobre áreas hemorrágicas. Como uma das 
ações do laser é estimular a proliferação celular, deve-se tomar muito cuidado 
com neoplasias e lesões pré-cancerígenas, a fim de evitar o estímulo à progressão 
do tumor (PATRIOTA, 2007; OGAWA, 2017; OSÓRIO; TOREZAN, 2002).
Luz intensa pulsada 
A Luz Intensa Pulsada funciona de maneira diferente do laser por ter seus 
raios liberados de maneira difusa, ou seja, não colimadas. É um equipamento 
que emite luzes de cores variadas (policromática), incorporando o efeito do 
calor produzido por flashes. A Luz Intensa Pulsada permite selecionar vários 
comprimentos de onda e pulsos simples, duplos ou triplos de duração variável 
(RIBEIRO; ZEZELL, 2004).
Como cada filtro de corte trabalha com uma cor de luz e um comprimento de 
onda, o equipamento de Luz Intensa Pulsada propicia ao profissional a oportuni-
dade de realizar diversos tratamentos com a mesma máquina, podendo realizar 
também a fotodepilação (ALVES; CAMPOS, 2008).
Led 
Outro equipamento que emite onda luminosa é o Led, ou light emitting diode, 
que em português significa diodo emissor de luz. Esse tipo de emissão é diferen-
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te do laser, pois emite energia não coerente. O uso da fototerapia com Led cresceu 
nas áreas da Terapia complementar e na Podologia (RIBEIRO; ZEZELL, 2004).
Os efeitos benéficos do Led são similares àqueles do laser, pois o mecanismo 
envolvido é similar, com a absorção da luz pelas estruturas cromóforas. O Led é 
um dispositivo semicondutor que, quando polarizado adequadamente, emite luz 
na faixa visível ou invisível. Embora tanto o laser quanto o Led produzam luzes 
monocromáticas, o Led apresenta menor colimação e coerência, resultando, geral-
mente, em bandas de emissão mais largas, o que pode ser uma vantagem quando 
a complementaridade por um fotossensibilizador é desejada (KAMINSKY, 2009).
Em geral, podemos diferenciar seis tipos de Led (OGAWA, 2017; GUIRRO, 
E.; GUIRRO, R., 2002):
 ■ O Led com luz visível azul (400 – 470 nm) possui ação bactericida, oxige-
nante e cicatrizante; diminui a produção excessiva de oleosidade; auxilia 
na oxigenação e na regeneração do tecido; melhora a hidratação tecidual; 
tem efeito clareador, promovendo o clareamento de manchas. 
 ■ O Led com luz verde (470 – 550 nm) inibe o estímulo dos melanócitos 
que provocam a hiperpigmentação (manchas); estimula a microcircula-
ção, desobstrui vasos linfáticos e elimina edemas; é rejuvenescedor atuan-
do na síntese de fibroblastos, aumentando a deposição de colágeno tipo I 
e reduzindo a atividade da colagenase nas papilas dérmicas.
 ■ O Led com luz vermelha (630 – 700 nm) apresenta efeito rejuvenescedor 
e inflamatório, devido a atuar na derme como ativadora de fibroblastos e 
células de reorganização e firmeza da pele, apresenta ação bioestimulante 
e regeneradora, promovendo o rejuvenescimento das células; produção 
de colágeno e elastina; aumenta a permeabilidade e tonificação cutânea; 
combate cicatrizes e manchas.
 ■ O Led com luz âmbar ou amarela (570 – 590 nm), aumenta o movimento 
do sistema linfático; melhora a textura da pele; aumenta a síntese de coláge-
no e elastina, estimula o metabolismo celular; promove hidratação tecidual.
 ■ O Led de luz violeta (380 – 450 nm) estimula a regeneração celular e o 
aumento do metabolismo local; melhora da viscoelasticidade; acelera a 
renovação da pele; aumenta o nível de hidratação celular e tecidual.
 ■ O Led de luz infravermelha (700 – 1200 nm) possui ação anti-inflama-
tória; ação analgésica; ativação de fibroblastos, produzindo colágeno e 
elastina e aumento da permeação de ativos.
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Radiofrequência 
O equipamento de radiofrequência é um método de rejuvenescimento tecidual 
não ablativo e não invasivo. A corrente elétrica produzida consegue alcançar os 
tecidos mais profundos, gerando energia e aquecimento (BORGES, 2010; SILVA; 
ANDRADE; FACCHINETTI, 2018).
De todas as técnicas de aquecimento de tecido biológico, a radiofrequência 
parece ser a mais estabelecida e comprovada clinicamente, com a vantagem de 
chegar até camadas mais profundas da pele, visto que até a hipoderme pode ser 
afetada. Essa fonte de energia e calor é considerada uma radiação no espectro 
eletromagnético compreendida entre 30 KHz e 300 MHz (BORGES, 2010; SILVA; 
ANDRADE; FACCHINETTI, 2018).
Nos tratamentos estéticos, a radiofrequência tem ação por meio de sua cor-
rente de alta frequência, que gera calor por conversão, atingindo profundamente 
as camadas tissulares e promovendo oxigenação, nutrição e vasodilatação dos 
tecidos (BORGES, 2010; SILVA; ANDRADE; FACCHINETTI, 2018).
A aplicação da radiofrequência pode ser realizada com a utilização de aplica-
dores monopolar, bipolar, tripolar, pentapolar, hexapolar ou hectapolar. Ela é indi-cada para tratamentos da pele em casos de cicatrizes, manchas e fibroses. É contra 
indicado o uso da radiofrequência em indivíduos com transtorno de sensibilidade, 
marcapasso, grávidas, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo va-
sodilatadores ou anticoagulante, hemofílicos e em estado febril (BORGES, 2010).
Para a aplicação prática, conforme o procedimento operacional padrão 
(POP), precisamos respeitar a temperatura que será utilizada e que dependerá 
do caso clínico. Temperaturas baixas como 36 ºC a 38 ºC são utilizadas para 
amolecimento de tecido, queloide e fibrose, enquanto as temperaturas altas como 
39 ºC a 41 ºC são utilizadas para cicatriz, podendo chegar, em alguns modelos 
de equipamentos, a uma temperatura de 42 ºC. O tempo de permanência do 
aquecimento será determinado pela região e pelo tamanho do quadrante que será 
trabalhado, sempre controlando essa temperatura pelo termômetro e respeitando 
o limiar de sensibilidade do cliente/paciente (BORGES, 2015).
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Alta frequência 
O equipamento de alta frequência é um recurso que é utilizado na área da 
saúde como auxiliar no tratamento de lesões cutâneas. Apresenta efeito ci-
catrizante, térmico, analgésico, bactericida, germicida, fungicida e anti-infla-
matório, os quais são importantes para o tratamento de lesões da pele. De-
monstra, também, ação bactericida e antisséptica, sendo utilizado em lesões 
dermatológicas infectadas por bactérias e fungos (BORGES, 2006; GUIRRO, 
E.; GUIRRO, R., 2002).
O gerador produz correntes alternadas que podem trabalhar com fre-
quência entre 100.000 e 200.000 Hz e intensidade na ordem de 100 mA. Além 
disso, o aparelho possui diferentes tipos de eletrodos de vidro, com gás ou ar 
rarefeito em seu interior que determinam sua fluorescência. A função do gás 
é conduzir o fluxo da corrente, enquanto a fluorescência é causada pela pas-
sagem da corrente que ioniza as moléculas do gás (BORGES, 2006; GUIRRO, 
E.; GUIRRO, R., 2002).
Em decorrência desse processo e da passagem de ondas eletromagné-
ticas pelo ar, há a formação de ozônio (O3 ) na superfície do eletrodo, que 
estimula a produção de citocinas, ativa os linfócitos T, melhora a oxigenação 
e o metabolismo celular por meio da vasodilatação e produz um aumento 
da resposta enzimática antioxidativa, contribuindo no tratamento de lesões 
cutâneas causadas por diferentes microrganismos, por isso é indicado para 
profissionais da área da estética e também da podologia (ELVIS; ELTA, 2011; 
VAL et al., 2003; VALADARES, 2018).
Também pode ser utilizado em protocolos de hidratação, psoríase, per-
meação de ativos, onicomicoses, onicocriptose, micoses de pele e unha (EL-
VIS; ELTA, 2011; VAL et al., 2003; VALADARES, 2018).
Na prática, podemos utilizá-lo na pele por um tempo entre cinco e quin-
ze minutos. Devemos escolher o melhor eletrodo para a região, conforme o 
caso a ser tratado, e colocar uma intensidade de acordo com sensibilidade do 
paciente/cliente (BORGES, 2006).
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Ozonioterapia
Aproveitando a discussão sobre o equipamento de alta frequência e a ação do gás 
ozônio no tecido biológico, vamos falar um pouquinho sobre ozonioterapia, que 
começou a ser utilizada na Alemanha e na União Soviética na Primeira Guerra 
Mundial, porém apenas na Rússia, Cuba, Espanha e Itália a técnica é legalizada 
(ELVIS; ELTA, 2011; VAL et al., 2003; VALADARES, 2018).
Apesar de estar citada nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, 
seu uso ainda gera muita controvérsia em nosso país, pois a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) não reconhece sua eficácia: 
 “ O ozônio é um gás com forte poder oxidante e bactericida. De-
vido a essas características, é utilizado para fins odontológicos 
e estéticos, não havendo, até o momento, nenhuma evidência 
científica significativa de que haja outras aplicações médicas para 
a utilização de tal substância nas modalidades de ozonioterapia 
aplicada em pacientes (ANVISA, 2023).
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Em nota da ANVISA de junho de 2022, a Agência autoriza o uso do ozônio 
apenas nas seguintes modalidades: 
 ■ Dentística: tratamento da cárie dental – ação antimicrobiana. 
 ■ Periodontia: prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios e/ou in-
fecciosos. 
 ■ Endodontia: potencialização da fase de sanificação do sistema de canais 
radiculares. 
 ■ Cirurgia odontológica: auxílio no processo de reparação tecidual. 
 ■ Estética: auxílio à limpeza e assepsia de pele.
Em 7 de agosto de 2023 a Agência publicou um comunicado à imprensa em que ratifi-
ca que os equipamentos que utilizam a ozonioterapia somente possuem as indicações 
já citadas anteriormente aqui. O comunicado informa ainda que para outras indica-
ções não foram comprovadas evidências científicas sobre sua eficácia e segurança.
Apesar disso, os conselhos federais de algumas profissões, como farmácia, 
fisioterapia, enfermagem e biomedicina regulamentam a prática para seus 
profissionais, considerando que a mistura de ozônio e oxigênio puro (ozônio 
medicinal) pode ser aplicada em partes do corpo para melhorar a oxigenação 
do tecido e fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celu-
lares, em resposta a um estresse oxidativo.
A aplicação da ozonioterapia é variada e depende do objetivo, citando a apli-
cação cutânea, bucal, retal, injeção subcutânea e a auto-hemoterapia (quando o 
sangue é retirado do organismo, misturado ao ozônio e aplicado novamente no 
indivíduo). O tempo de tratamento e o número de sessões depende da condição 
clínica e da resposta do indivíduo.
Há três possíveis mecanismos de ação que justificam a utilização da ozoniote-
rapia. O primeiro mecanismo está relacionado à inativação de micro-organismos. 
O segundo mecanismo está ligado ao estímulo do metabolismo do oxigênio, pois a 
terapia com ozônio provoca um aumento na quantidade de oxigênio liberado para 
os tecidos. O terceiro mecanismo está ligado à ativação do sistema imunológico, 
por meio do qual o ozônio administrado aumenta a produção de interferon e dimi-
nui o fator de necrose tumoral, reduzindo a intensidade das reações imunológicas 
subsequentes (ELVIS; ELTA, 2011; VAL et al., 2003; VALADARES, 2018).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
Na prática clínica, para ter segurança ao se trabalhar com o ozônio, deve-se usar 
um gerador de ozônio preciso e equipado com um fotômetro padronizado que per-
mite determinar a concentração de ozônio em tempo real e coletar um volume pre-
ciso de gás com uma concentração definida de ozônio, pois a dose total é calculada 
multiplicando a concentração de ozônio com o volume de gás (BORGES, 2006).
NOVOS DESAFIOS 
Encerramos por aqui o conteúdo sobre a gama de 
equipamentos ou recursos eletrotermofototerapêu-
ticos que trabalham com emissão de energia on-
dulatória e suas indicações, bem como seus efeitos 
fisiológicos e terapêuticos (BORGES, 2006).
Espero que, a partir de agora, você tenha con-
dições profissionais de escolher mais um tipo de 
energia e mais opções de equipamentos para se-
rem utilizados em seus protocolos de tratamento 
e garantir resultados mais eficientes, individuali-
zados e rápidos.
Agora volte no início deste tema de aprendi-
zagem e liste os recursos ondulatórios mais indi-
cados para nossa paciente em questão. Justifique 
sua escolha.
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1. O ultrassom produz três tipos de efeitos: térmico, químico e mecânico. O efeito térmico 
provoca aumento da vascularização do tecido e a melhora da oxigenação local. O efeito 
químico provoca produção de colágeno e de fibras elásticas, melhorando a firmeza da pele. 
O efeito mecânico promove micromassageamento tecidual. 
Diante disso, analise as asserções a seguir:
I - A energia mecânica é formada por meio de um cristal que se encontra dentro do cabe-
çote do equipamento, que atua transformandoa energia elétrica inicial.
II - Antes de aplicar o ultrassom, o contato entre o transdutor e a pele deve ser adequado 
para que não haja perda de ondas, já que o ar é um péssimo condutor de onda. Para 
tanto, um gel deve ser utilizado.
III - O ultrassom consiste em vibrações mecânicas que são as mesmas das ondas sonoras, 
mas com uma frequência mais alta, o que as torna inaudíveis. 
IV - A frequência do ultrassom varia entre 1, 3 e 5 MHz., sendo que a de 5 MHz é indicada 
exclusivamente para os casos que seja necessário uma maior capacidade de penetração. 
Estão corretas as alternativas:
a) I e IV apenas.
b) II e III apenas.
c) III e IV apenas.
d) I, II e III apenas
e) II, III e IV apenas
AUTOATIVIDADE
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2. “Alta frequência” é um termo que pode ter diferentes significados, dependendo do contexto 
em que é utilizado. Na medicina, pode se referir a técnicas terapêuticas, como a estimu-
lação de alta frequência, usada em tratamentos de dor crônica. No contexto de estética, 
refere-se geralmente a um tratamento que utiliza a sua corrente para promover benefícios 
para a pele. 
Com relação à alta frequência, analise as assertivas a seguir: 
I - O equipamento de alta frequência possui efeito analgésico, anti-inflamatório, bacterici-
da, cicatrizante, fungicida e germicida, sendo utilizado como auxiliar no tratamento de 
lesões cutâneas.
II - Eletrodo de vidro é um dos dispositivos do aparelho de alta frequência que disponível 
em variadas formas e tamanhos, cada um projetado para tratar diferentes condições da 
pele, com gás ou ar rarefeito em seu interior. 
III - O equipamento de alta frequência pode ser utilizado em protocolos de hidratação, mi-
coses de pele, micose de unhas, permeação de ativos, psoríase, onicomicoses e unhas 
encravadas.
Assinale a alternativa correta:
a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) II e III apenas.
d) III apenas.
e) I, II e III.
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3. O laser é uma fonte de radiação eletromagnética que opera em uma ampla gama de com-
primentos de onda, podendo ser visível ou invisível para o olho humano, dependendo da 
faixa de comprimento de onda em que opera. 
Considerando o equipamento em questão, assinale a alternativa correta: 
a) Atualmente na estética, é utilizado o laser de alta potência, pois o laser de alta baixa 
potência é responsável por causar alterações permanentes ou destruição dos tecidos.
b) Os procedimentos com laser de alta potência utilizam aparelhos conhecidos como laser 
de diodo, que são portáteis, pequenos e de baixa intensidade. 
c) O laser tem um efeito analgésico quando aplicado entre 2 e 4 Joules/cm2, efeito rege-
nerativo entre 3 e 6 Joules/cm2, efeito circulatório e anti-inflamatório entre 1 e 3 Joules/
cm2. 
d) O laser de alta potência não produz efeito térmico, produz apenas efeito fotoquímico, 
fotofísico e fotobiológico, com o aumento da temperatura local ocorrendo por conse-
quência do aumento do metabolismo celular e da vasodilatação na região. 
e) O laser infravermelho, de 1550 nm é responsável por aumentar a circulação; estimular o 
sistema imunológico, com ação analgésica e anti-inflamatória; e aumentar a permeabi-
lidade da membrana celular. 
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REFERÊNCIAS
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mento técnico da Anvisa acerca da tecnologia de ozonioterapia utilizada em dispositivos médi-
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MEYER, G.; RODRIGUES, L.; MEDEIROS, M. C. Efeitos da vacuoterapia combinada à massagem 
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co/ministerio-da-saude-inclui-10-novas-praticas-integrativas-no-sus#:~:text=S%C3%A3o%20
elas%3A%20apiterapia%2C%20aromaterapia%2C,ozonioterapia%20e%20terapia%20de%20flo-
rais. Acesso em: 5 mar. 2024.
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1. D.
A asserção I está correta, pois o ultrassom terapêutico produz a energia ondulatória por 
meio de um transdutor que transforma a energia elétrica inicial em energia mecânica sonora 
inaudível. Essa capacidade de transformação de energia se dá pelo efeito piezoeléctrico do 
cristal que se encontra dentro do cabeçote do equipamento.
A asserção II está correta, pois antes que o ultrassom possa ser aplicado, o contato entre o 
transdutor e a pele deve ser adequado para que não haja perda de ondas, já que o ar é um 
péssimo condutor de onda. Para tanto, um gel deve ser utilizado
A asserção III está correta, pois o ultrassom consiste em vibrações mecânicas que são as 
mesmas das ondas sonoras, mas com uma frequência mais alta, acima de 20 KHz, por isso 
as ondas do ultrassom não são audíveis e são chamadas também de ultrassonoras.
A asserção IV está incorreta, pois a frequência do dispositivo varia entre 1 ou 3 MHz, sendo 
disponível, atualmente, também em 5 MHz. A frequência de 5 MHz é indicada exclusivamente 
para área de dermatologia por apresentar uma pequena capacidade de penetração nos 
tecidos biológicos 
2. E.
A assertiva I é verdadeira, pois o equipamento de alta frequência é um recurso que vem 
sendo utilizado na área da saúde como auxiliar no tratamento de lesões cutâneas. Apresenta 
efeito cicatrizante, térmico, analgésico, bactericida, germicida, fungicida e anti-inflamatório, 
os quais são importantes para o tratamento de lesões da pele.A assertiva II é verdadeira, pois o aparelho possui diferentes tipos de eletrodos de vidro, 
com gás ou ar rarefeito em seu interior que determinam sua fluorescência. A função do 
gás é conduzir o fluxo da corrente, enquanto a fluorescência é causada pela passagem da 
corrente que ioniza as moléculas do gás. 
A assertiva III é verdadeira, pois pode ser utilizado em protocolos de hidratação, psoríase, 
permeação de ativos, onicomicoses, onicocriptose, micoses de pele e unha. 
GABARITO
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3. C.
Errado, pois, atualmente na estética, é utilizado o laser de baixa potência, porque o laser de 
alta potência é responsável por causar alterações permanentes ou destruição dos tecidos.
Errado, pois os procedimentos com laser de baixa potência utilizam aparelhos conhecidos 
como laser de diodo, que são portáteis, pequenos e de baixa intensidade. 
Correto, pois o laser tem um efeito analgésico quando aplicado entre 2 e 4 Joules/cm2, 
efeito regenerativo entre 3 e 6 Joules/cm2, efeito circulatório e anti-inflamatório entre 1 e 
3 Joules/cm2. 
Errado, pois o laser de baixa potência não produz efeito térmico, produz apenas efeito fotoquí-
mico, fotofísico e fotobiológico. Caso ocorra o aumento da temperatura local, será apenas por 
consequência do aumento do metabolismo celular e da vasodilatação provocada na região. 
Errado, pois, na estética, temos a atuação do laser infravermelho, de 808 nm, responsável 
por aumentar a circulação; estimular o sistema imunológico, com ação analgésica e anti-in-
flamatória; e aumentar a permeabilidade da membrana celular”. 
GABARITO
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MINHAS METAS
RECURSOS TÉRMICOS
Reconhecer equipamentos que promovem recursos termodinâmicos na área de saúde. 
Aprofundar o conhecimento sobre os equipamentos.
Assimilar as indicações dos equipamentos. 
Apreender as contra indicações dos equipamentos
Conhecer máquinas e tecnologias disponíveis para uso aplicado na Podologia.
Explorar as máquinas e tecnologias disponíveis para uso aplicado nas Terapias Integrati-
vas e Complementares.
Acompanhar estudos científicos existentes sobre os temas.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9
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INICIE SUA JORNADA 
Estudante, neste tema de aprendizagem, estudaremos a termodinâmica aplicada 
à saúde, dentro dos Recursos Eletrotermofototerapêuticos nas áreas de Podologia 
e Terapias Integrativas e Complementares. 
Abordaremos os efeitos terapêuticos do uso do calor e do frio, discutiremos os 
recursos que os emitem, trabalharemos seu conceito teórico, efeitos fisiológicos e 
terapêuticos, indicações clínicas e suas contra indicações, trabalharemos os pro-
cedimentos operacionais padrões (POP) de cada equipamento, falaremos sobre 
o diagnóstico com termografia e sobre inovações tecnológicas na área da saúde.
Chegamos ao Tema de Aprendizagem 9, finalizando nossos estudos. Diante disso, 
você deve estar com expectativas em relação ao seu espaço para prestar atendi-
mento, não é mesmo? Como fazer? 
Ouça o nosso podcast, e observe algumas dicas.
PLAY NO CONHECIMENTO
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
RECURSOS TÉRMICOS
Atualmente, encontramos nas áreas da Podologia 
e Terapias Integrativas e Complementares um le-
que de modelos de equipamentos térmicos que po-
dem ser utilizados na prática clínica. Aprofunda-
remos nosso conhecimento sobre os recursos que 
trabalham com emissão de calor ou frio ao tecido 
biológico, para fins terapêuticos. Você observará 
que a variedade é imensa, tanto quanto aos outros 
recursos que já conhece. Vamos analisar a situação 
clínica a seguir e decidiremos juntos quais recursos 
térmicos utilizar. Leia atentamente:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
No caso clínico descrito, você pode observar que a cliente/paciente buscou e 
necessita de ajuda. Ela se queixou de gordura localizada, ansiedade, sintomas 
de tensão pré-menstrual, alterações de sono que acarretam cansaço, dores na 
coluna lombar e na região do pé, ocasionadas pelas alterações ocasionadas 
pelo pé de atleta e da fascite plantar.
Os recursos elétricos que trabalham com efeitos térmicos são um tipo de moda-
lidade terapêutica na qual são utilizados agentes térmicos com objetivo de prevenção 
e cura, pela diminuição ou aumento da temperatura tecidual e/ou corporal.
Mulher, 47 anos, com queixa estética de gordura localizada em abdômen e flan-
cos, com ansiedade, tensão pré-menstrual intensa, sono não restaurador, além 
disso, menciona dor em região lombar até a região do pé, onde relata pé de atleta 
e fascite plantar. Já fez uso de várias medicações e tratamentos para melhora dos 
sintomas, mas não obteve resposta significativa. Buscou o seu atendimento, pois 
ouviu de uma conhecida que você sabe utilizar bem os recursos e que não mede 
esforços para realizar um bom atendimento para os seus pacientes.
Agora que você já sabe quais são as queixas e como está a saúde de sua cliente/
paciente, você consegue pensar nos recursos disponíveis e listar os equipamentos 
térmicos mais utilizados na sua área específica de atuação? Você saberia dizer 
quais seriam os efeitos do calor e do frio para esse caso clínico, concentrando-se 
nos aspectos da podologia?
PENSANDO JUNTOS
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A termoterapia com aplicação de calor aumenta o suprimento sanguíneo, acelera 
o metabolismo, reduz a resistência dos tecidos e promove analgesia. Essa forma 
de terapia pode ser aplicada de forma superficial ou profunda. Por outro lado, a 
crioterapia é definida como a aplicação terapêutica de frio que resulta em remo-
ção de calor, reduzindo, assim, a temperatura dos tecidos, diminuindo o meta-
bolismo e a circulação, promovendo analgesia (BORGES, 2010; AGNE, 2004).
Dentro da eletroterapia térmica, utilizada na área da Podologia e da Terapia 
Integrativa e Complementar, existem diversos recursos, por exemplo, equipa-
mentos que emitem calor (vapor de ozônio), equipamentos que emitem frio 
(compressas frias) e equipamentos de termo diagnóstico (termografia) (BOR-
GES, 2010; PEREZ; OLIVEIRA; SOUZA, 2014).
Preste atenção em suas sensações frente às duas bolsas térmicas, quais rea-
ções elas te proporcionam, quais sensações você tem frente ao calor e frente ao 
frio. Elas são importantes para que você entenda os efeitos que as temperaturas 
produzem no tecido biológico. Imagino que, durante a experimentação, você teve 
algumas sensações, por isso, reflita e responda às seguintes perguntas:
1. Qual bolsa você sentiu primeiro?
2. Qual delas você precisou retirar primeiro?
3. Qual delas foi mais confortável e passou uma sensação gostosa de 
bem-estar?
Provavelmente, você sentiu primeiro a bolsa de água fria, pois na pele temos 
mais receptores cutâneos térmicos para frio do que calor, então rapidamente 
reconhecemos temperaturas mais frias e abaixo de nossa temperatura corporal. 
Dessa forma, os recursos frios são menos confortáveis e geram uma sensação de 
alerta (SALGADO, 1999; GUYTON, 1996).
Por outro lado, a bolsa de água quente é mais confortável e gera sensações de 
relaxamento, pois conseguimos permanecer por mais tempo com temperaturas 
mais elevadas no tecido, por termos na pele menos receptores cutâneos térmicos 
para calor. Isso também justifica o fato de termos muito mais recursos de calor do 
que frio para nossa utilização profissional (SALGADO, 1999; GUYTON, 1996).
A termoterapia tem muito o que nos oferecer quando conhecemos os efeitos 
fisiológicos e terapêuticos do calor e do frio. A partir do momento em que sabemos 
como a temperatura age em nosso organismo, temos condições profissionais de es-
colher a melhor opção para nosso cliente (PEREZ; OLIVEIRA; SOUZA, 2014).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Termodinâmica
Precisamos entender o que é termodinâmica e seu papel na área da saúde. A ter-
modinâmica é uma área da física que estuda os efeitos da temperatura e estuda 
como um sistema troca energia por meio da transferência de trabalho e/ou de calor. 
Portanto, nessa área, estudaremos como o calor e o frio agem no tecido biológico e 
como eles produzem energia quando são absorvidospelos tecidos (AGNE, 2004; 
GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
A termoterapia consiste na aplicação de calor corporal para fins terapêuticos 
e a crioterapia, ao contrário da técnica anterior, é a aplicação do frio para trata-
mentos. Essas temperaturas podem gerar várias mudanças teciduais e alterações 
metabólicas que resultarão em efeitos locais e sistêmicos no organismo, isso gerará 
os resultados que pretendemos (AGNE, 2004; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
O calor é capaz de gerar no tecido biológico o aumento da temperatura local; 
expansão dos tecidos; redução da viscosidade dos fluídos; promoção da extensi-
bilidade do colágeno; aumento do metabolismo; relaxamento muscular; aumento 
da atividade das glândulas sudoríparas; desintoxicação; aumento do consumo de 
oxigênio; aumento da permeabilidade celular; alívio do quadro de dor; aumento do 
fluxo sanguíneo local; vasodilatação local – hiperemia; reparo dos tecidos; redução 
da rigidez articular; melhora do retorno venoso e linfático; e favorece a defesa e 
imunidade (AGNE, 2004; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Por outro lado, o frio é capaz de gerar no tecido biológico vasoconstrição – 
redução do fluxo sanguíneo; compressão dos tecidos e da matéria; diminuição da 
permeabilidade e metabolismo celular; prevenção ou redução de edema; redução 
da condução nervosa (sensorial e motora); analgesia e redução do espasmo mus-
cular (BARREIRA; CAMARGO, 2003).
A transferência de energia térmica para o organismo humano pode acontecer 
por meio da condução, ou seja, quando a energia térmica é transferida por contato 
direto entre superfícies com diferentes temperaturas, por exemplo, bolsa de água 
quente e compressas. Pode ser transferida também por convecção, em que a energia 
é transferida por meio da circulação de líquidos e gases. 
Como exemplo, temos a hidroterapia, banhos terapêuticos, vapor de ozônio 
e pela conversão, que é a transformação de energia mecânica ou eletromagnética 
em energia térmica (é o que ocorre nos equipamentos), e pela radiação, que é a 
transferência de energia por meio da radiação eletromagnética de um equipamento 
(BORGES; SCORZA, 2017).
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Além da forma de transferência de temperatura, podemos trabalhar com 
aquecimento ou resfriamento tecidual superficial ou profundo e essa diferença 
depende da potência do equipamento, do tempo de exposição à temperatura e da 
forma de transferência (BORGES, 2010; LOW; REED, 2001).
O calor superficial é muito utilizado, por ser mais seguro, de fácil aplicação e com 
menor custo financeiro, porque pode ser aplicado por meio de bolsa de água 
quente, bolsa térmica elétrica, compressas úmidas, manta térmica, entre outros. 
Seus efeitos podem ser menores do que o calor profundo, porém apresenta a 
grande vantagem de poder ser indicado para realização em domicílio pelo pa-
ciente (AGNE, 2004; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
O ser humano é capaz de perceber diversos estímulos por meio do seu sis-
tema sensorial. Os estímulos externos são captados pelos receptores cutâneos 
e conduzidos ao sistema nervoso central, o qual informa ao córtex sensitivo as 
sensações provenientes do interior do corpo, como também do exterior. Na ter-
moterapia, basicamente, os receptores envolvidos são os receptores de frio, calor 
e dor (AGNE 2004; GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Se estivermos trabalhando com a temperatura de frio local muito intenso (0 – 
5°C), apenas as fibras de dor serão estimuladas. À medida que a temperatura aumenta 
(10 – 15°C), os impulsos da dor cessam e os receptores de frio começam a ser estimu-
lados. Acima de 30°C, os receptores de calor começam a ser estimulados, porém se 
continuarmos a elevar a temperatura, quando chegar em torno de 45 °C, as fibras de 
dor começam a ser estimuladas pelo calor. Essa estimulação sensorial das fibras de dor 
é um mecanismo protetor frente à temperatura experimentada (GUYTON, 1996).
No sistema nervoso central, o hipotálamo será o responsável pela regulação 
da temperatura corporal, funcionando como termostato fisiológico. Os meca-
nismos de feedback que regulam a temperatura do corpo operam por meio dos 
centros termorreguladores localizados no diencéfalo, mais precisamente no hi-
potálamo. O corpo humano tem característica homeotérmica, ou seja, ele deve 
manter sua temperatura interna relativamente constante e dentro de certos li-
mites fisiológicos, que gira em torno de 36°C e 37°C. Tudo isso para garantir o 
perfeito funcionamento dos órgãos e estrutura corporal como um todo. 
Quando ocorre um aumento excessivo dessa temperatura, seja ele provocado 
ou próprio do ambiente, o organismo, por meio do sistema termostático natural, 
vai reagir desencadeando processos ativados pelo cérebro em busca do equilíbrio 
térmico, ou seja, a termorregulação (GUYTON, 1996).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Vários recursos térmicos são utilizados na área da Podologia e das Terapias 
Integrativas e Complementares. Iremos conhecer um pouco mais sobre cada um 
desses recursos. Começaremos pelos recursos que emitem calor para o tecido 
biológico; vapor de ozônio, manta térmica e a eletroterapia geral (recursos já es-
tudados nos temas anteriores). Em seguida, falaremos sobre os equipamentos que 
emitem frio; criofrequência, além das compressas frias. Finalmente, estudaremos 
o equipamento de termo diagnóstico (termografia). Vamos lá! (BORGES, 2010; 
PEREZ; OLIVEIRA; SOUZA, 2014).
Vapor de ozônio
O vapor de ozônio é um equipamento destinado a produzir nutrição e limpeza da 
pele. Ele promove a evaporação da água por meio de uma resistência calefatora 
responsável pela ebulição da água. O ozônio desse equipamento é liberado por 
uma “faísca elétrica” de baixa corrente, disparado no vapor gerado, uma vez que 
o usuário pode escolher entre o vapor com ozônio (calor mais ação do gás de 
ozônio) ou somente vapor (calor) (BORGES, 2010).
O vapor em contato com a pele provoca uma sudorese que facilita a elimina-
ção de toxinas, hidratação e emoliência da capa córnea, facilitando a penetração 
de produtos (BORGES, 2010).
Com relação ao ozônio, se trata de uma substância instável que se decompõe 
rapidamente em oxigênio molecular (O2) e em oxigênio atômico (O) - (O3 = 
O2 + O) (BORGES, 2010). A ozonioterapia é cada vez mais difundida na área da 
saúde como um recurso de controle microbiológico e como estimulador das ati-
vidades celulares biológicas. Suas principais propriedades são a ação bactericida, 
fungicida e germicida. Sua administração requer um baixo custo de investimento 
e manutenção, além de seu fácil manuseio e aplicação (BORGES, 2010). 
O vapor de ozônio pode ser empregado em qualquer região do corpo, bas-
ta direcionar a vaporização para o local desejado (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 
2004). É contraindicado para processos inflamatórios e infecciosos, feridas na 
pele, alergias, rosácea, tumores e câncer e no caso de pacientes com alterações 
da sensibilidade cutânea (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Para sua utilização, basta encher o reservatório do equipamento até o nível 
ideal de água, ligar para que a água ferva e, quando estiver começando a vaporiza-
ção da água, ligar a função de ozônio do aparelho e direcionar para a região a ser 
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tratada, utilizando um tempo de aplicação entre dez e trinta minutos, respeitando 
uma distância entre o aparelho e a pele de, aproximadamente, 40 centímetros. 
Além disso, pode-se optar por utilizar esse recurso associado à aromaterapia 
com algodão embebido com óleo essencial (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004)
Manta térmica
Outro recurso térmico bastante utilizado é a manta térmica, responsável por 
conduzir calor ao tecido biológico por condução, ou seja, por meio do contato 
(GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004). A manta térmica é considerada, atualmente, 
como o método mais eficaz não invasivo para correção da hipotermia corporal 
e é muito utilizada na área da saúde em geral. Deve ser utilizada entre 38º e 40º, 
pois, se for acima de 42ºC pode acarretar desconforto e sudorese aos pacientes 
(GUIRRO,E.; GUIRRO, R., 2004).
A reação local ao calor vai provocar aumento na liberação de substâncias 
produzidas pelo hipotálamo, pequena região do cérebro que liga o sistema 
nervoso ao endócrino e que tem como uma de suas funções a adequação 
dos processos metabólicos, entre eles a homeostase, que busca a regulação 
da temperatura corporal. Os primeiros e principais mecanismos de termor-
regulação são a liberação da acetilcolina e a sudorese, que ocorrem a partir 
desse alerta emitido pelo hipotálamo. 
A produção do suor, secreção eliminada pelas glândulas sudoríparas que 
fazem parte da derme, quanto à liberação da acetilcolina, é um meio encontra-
do pelo organismo para eliminar toxinas, consideradas substâncias de origem 
biológica que podem provocar danos à saúde (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; 
GUYTON, 1996). Ela é contraindicada nos casos de processos inflamatórios e 
infecciosos, feridas na pele, alergias, rosácea, tumores e câncer, gestantes e pacien-
tes com alterações da sensibilidade cutânea (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
O uso das mantas térmicas nos tratamentos deve ser realizado por profissio-
nais especializados e preparados, pois é imprescindível que haja conhecimen-
to absoluto do procedimento para o correto controle da temperatura utilizada, 
oferecendo segurança ao cliente. A indicação é que a temperatura da manta seja 
utilizada entre 40 °C e 45 °C, durante 20 a 40 minutos de exposição, pois acima 
disso começam a ocorrer danos proteicos, com destruição de células e tecidos, 
inclusive a degeneração do colágeno, um tipo de proteína. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Contudo, não basta apenas monitorar a alteração de temperatura, é necessá-
rio que haja o acompanhamento do cliente durante todo o procedimento, além 
de cuidados preventivos, como conhecer o histórico clínico desse indivíduo 
(GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Para garantir um atendimento seguro, o profissional deve observar se sua 
manta térmica tem a presença de termostato que permite o ajuste e controle de 
temperatura e acabamento sem costura para facilitar a limpeza e manutenção, 
evitando o acúmulo de impurezas e a proliferação de micro-organismos. Pode-se 
acoplar uma espécie de fronha, de forma que a manta não entre em contato direto 
com a pele do cliente (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Compressas quentes
Figura 1 – Compressas quentes / Acesso em: 5 mar. 2024.
Descrição da Imagem: Terapeuta aplicando duas bolsas quentes, associado ao uso de ervas, na planta e no 
calcanhar do pé direito da paciente. Fim da descrição.
Dentro da termoterapia superficial, podemos citar as compressas quentes, bastante 
utilizadas nas técnicas integrativas e complementares e nas terapias de SPA. Para 
a realização da ação local das compressas, podemos utilizar bolsa de água quente, 
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pedras aquecidas e toalhas quentes a uma temperatura entre 45 e 50 ºC, durante 20 
a 50 minutos. O objetivo é aquecer o tecido por condução e promover vasodilatação, 
aumento da circulação sanguínea e linfática, promover relaxamento muscular, equi-
líbrio energético, desintoxicação e analgesia. As contraindicações são as mesmas da 
manta térmica (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004; GUYTON, 1996).
Crioterapia
Falaremos agora a respeito dos equipa-
mentos que emitem frio ao tecido bioló-
gico e que acarretam os efeitos fisiológicos 
e terapêuticos das baixas temperaturas. O 
tratamento por meio do resfriamento dos 
tecidos do corpo com fins terapêuticos é 
bastante conhecido. A hipotermoterapia 
também é conhecida como terapia pelo 
frio, ou terapia fria, ou ainda mais conhe-
cida como crioterapia. 
Seu principal objetivo é reduzir a tem-
peratura dos tecidos, diminuindo, assim, o 
metabolismo local e a necessidade de oxi-
genação dos tecidos. Logo que é aplicada a 
modalidade de crioterapia na pele, a tem-
peratura superficial cai imediatamente e de 
forma rápida. Depois de alguns minutos, a 
temperatura começa a elevar-se devido às 
respostas de produção de calor pelo orga-
nismo (GUYTON, 1996).
A crioterapia apresenta como efeitos gerais a diminuição da atividade de 
produção das glândulas sudoríparas e a diminuição da permeabilidade celular 
(BARREIRA; CAMARGO, 2003).
Ela pode ser aplicada não só na fase aguda das patologias, mas também na 
fase subaguda e crônica, e o tempo de aplicação varia entre 15 e 30 minutos, 
dependendo da forma que está sendo aplicada sobre a pele (bolsas, compres-
sas ou spray) (JALIAN; AVRAM, 2013).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Termografia
A termografia é um dispositivo de termo diagnóstico utilizado na área da saúde 
para verificação da temperatura tecidual e a sua relação com quadros patológicos. 
É uma modalidade de captação da radiação infravermelha do corpo ou segmen-
tos corporais, que mensura e mapeia indiretamente a distribuição da temperatura 
emitida pela superfície corporal, determinando imagens relacionadas a ela. 
Quando as imagens estão laranjas e vermelhas, é sinal de vascularização 
tecidual, aumento da temperatura tecidual e processos inflamatórios e in-
fecciosos locais, mas quando a imagem apresenta cores frias (verde e azul), 
equivale a um tecido com baixa vascularização, metabolismo, oxigenação e 
atividade (NEVES et al., 2015).
Atualmente, a termografia pode ser empregada em qualquer área da saúde, 
sendo um instrumento de análise não invasiva e não radioativa, capaz de anali-
sar funções fisiológicas relacionadas com o controle da temperatura da pele. O 
procedimento não é um método que mostra anormalidades anatômicas, porém 
é capaz de mostrar alterações fisiológicas do organismo (NEVES et al., 2015).
Para realização de uma análise termográfica, é importante que os profissio-
nais conheçam fatores que influenciam o resultado do exame. Dentre eles, estão 
presentes os fatores ambientais (tamanho da sala de coleta, temperatura ambien-
tal, umidade relativa do ar, pressão atmosférica e radiação), os fatores técnicos 
(câmera, protocolo, software e análise estatística) e os fatores individuais (sexo, 
idade, antropometria, ritmo circadiano, emissividade da pele, uso de medica-
mentos e prática de exercício físico). No entanto, se controlados, não há prejuízo 
no resultado (NEVES et al., 2015).
Existem várias aplicações da termografia no campo da saúde. Podemos uti-
lizá-la para avaliação de quadros de edema com alterações de fluxo sanguíneo, 
processos de inflamação, cicatrização, mialgias, dores fasciais, desordens neu-
rológicas, reumatológicas, musculares, dermatológicas, doenças vasculares, pa-
tologias ortopédicas e na avaliação de lesões do esporte (NEVES et al., 2015).
Para todas as áreas da saúde, está estabelecida que a termografia é uma me-
dida que proporciona um mapeamento visual da distribuição da temperatu-
ra da pele, mas não quantifica valores absolutos de temperatura. Além disso, a 
termografia não deve ser usada como ferramenta diagnóstica única, mas sim 
complementar (NEVES et al., 2015).
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NOVOS DESAFIOS 
Finalizamos os estudos deste tema re-
ferente aos equipamentos térmicos que 
trabalham com emissão de calor ou frio 
e suas indicações clínicas, bem como 
seus efeitos fisiológicos e terapêuticos. 
Espero que, a partir daqui, você tenha 
condições profissionais de escolher 
mais um tipo de recurso eletrotermo-
fototerapêutico para seus protocolos de 
tratamento e, assim, garantir resultados 
mais eficientes aos seus pacientes. 
Dessa forma, chegamos ao final de 
nossa jornada de recursos eletroter-
mofototerapêuticos aplicados às áreas 
da Estética e Cosmética, Podologia e 
Terapias Integrativas e Complementa-
res. Espero que você tenha aproveitado 
esta oportunidade de aprendizagem re-
lacionada aos equipamentos e tecnolo-
gias da área da saúde. Um instrumento 
que, quando associado de forma corre-
ta com outros recursos e quando bem 
indicados aos casos clínicos, oferece 
melhores condições de trabalho ao 
profissional e resultados satisfatórios 
aos pacientes.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confiraa aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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1. Os recursos terapêuticos térmicos dependem de uma troca de calor baseada na existência 
de um gradiente de temperatura para alterar a fisiologia do corpo. 
Com relação aos recursos terapêuticos térmicos, analise as afirmativas a seguir:
I - As mudanças de temperatura dos tecidos mais profundos são sempre maiores do que 
as dos tecidos mais superficiais.
II - Cada mudança de 1°C na temperatura do tecido resulta em um aumento (calor) ou di-
minuição (frio) de mais de 10% na taxa metabólica dos tecidos.
III - A camada de tecido adiposo não limita a profundidade de penetração efetiva dos re-
cursos terapêuticos térmicos.
IV - A energia absorvida por uma camada de tecido não pode ser transmitida para as ca-
madas profundas.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. 
e) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
2. Modalidade terapêutica, que utiliza agentes térmicos como princípio de tratamento. A divi-
são da ____________ pode ser visualizada da seguinte forma: __________– ou termoterapia 
de adição – utilização terapêutica de recursos para aplicação de calor no corpo e aumento 
da temperatura. ____________– ou termoterapia de subtração – utilização terapêutica de 
recursos para retirada de calor no corpo e diminuição da temperatura (crioterapia). 
Para completar o parágrafo, assinale a alternativa correta:
a) Hidroterapia – Hipertermoterapia- Hipotermoterapia.
b) Termoterapia- Hipertermoterapia- Hipotermoterapia.
c) Termoterapia – Hipotermoterapia-Hipertermoterapia.
d) Termoterapia – Hiperterapia – Hipoterapia.
e) Hidroterapia – Hipotermoterapia – Hipertermoterapia.
AUTOATIVIDADE
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3. A crioterapia é uma técnica amplamente utilizada pelos fisioterapeutas que usam o frio 
como recurso terapêutico. 
Considerando seus efeitos fisiológicos, analise as afirmativas: 
I - A crioterapia tem como objetivo a analgesia e aumento do fluxo sanguíneo.
II - A crioterapia aumenta o metabolismo basal, proporcionando melhora do processo in-
flamatório agudo. 
III - A crioterapia é indicada como um recurso que vai diminuir os efeitos exacerbados da 
fase aguda, auxiliando a progressão para a fase crônica.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas a afirmativa I está correta. 
c) Apenas a afirmativa II está correta. 
d) Apenas a afirmativa III está correta. 
e) As afirmativas I, II e III estão corretas.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
AGNE, J. E. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Porto Alegre: Pallotti, 2004.
BARREIRA, V. G.; CAMARGO, E. C. Efeitos fisiológicos e a aplicabilidade da crioterapia: uma atua-
lização bibliográfica. Fisioter., [s. l.], v. 7, n. 36, p. 22-28, 2003.
BORGES F. dos S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. 
ed. São Paulo: Phorte, 2010.
BORGES, F. dos S.; SCORZA F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: 
Phorte, 2017.
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e 
patologias. 2. ed. São Paulo: Manole, 2004.
GUYTON, A. C. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara, 1996.
JALIAN, H. R.; AVRAM, M. M. Cryolipolysis: a historical perspective and current clinical practice 
seminars. Cutaneous medicine and surgery. Frontline Medical Communications, [s. l.], v. 32, n.1, 
p. 1085-5629, 2013.
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NEVES, E. B. et al. Thermography in Neurologic Practice. Open Neurol J., [s. l.], v. 9, p. 24-27, 2015.
PEREZ, E.; OLIVEIRA, A. L. de; SOUZA, J. B. de Y. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano 
do Sul: Yendis, 2014. V. 1 e 2.
SALGADO, A. S. I. Eletrofisioterapia: manual clínico. 1. ed. Londrina: Midiograf, 1999.
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1. C.
A alternativa I está incorreta, pois a energia absorvida por uma camada de tecido não pode 
ser transmitida para as camadas profundas.
A alternativa II está correta, pois cada mudança de 1°C na temperatura do tecido resulta 
em um aumento (calor) ou diminuição (frio) de mais de 10% na taxa metabólica dos tecidos.
A alternativa III está incorreta, pois a camada de tecido adiposo limita a profundidade de 
penetração efetiva dos recursos terapêuticos térmicos.
A alternativa IV está correta, pois a energia absorvida por uma camada de tecido não pode 
ser transmitida para as camadas profundas.
2. B.
Modalidade terapêutica, que utiliza agentes térmicos como princípio de tratamento. A divisão 
da Termoterapia pode ser visualizada da seguinte forma: Hipertermoterapia – ou termotera-
pia de adição – utilização terapêutica de recursos para aplicação de calor no corpo e aumento 
da temperatura. Hipotermoterapia – ou termoterapia de subtração – utilização terapêutica 
de recursos para retirada de calor no corpo e diminuição da temperatura (crioterapia).
A Hidroterapia utiliza a água como modalidade terapêutica e a alternativa D utiliza termos 
incorretos.
3. D.
A alternativa I está incorreta, pois a crioterapia tem como objetivo a analgesia e diminuição 
do fluxo sanguíneo. 
A alternativa II está incorreta, pois a crioterapia diminui o metabolismo basal, proporcionando 
melhora do processo inflamatório agudo. 
A alternativa III está correta, pois a crioterapia é indicada como um recurso que visa diminuir 
os efeitos exacerbados da fase aguda, auxiliando a progressão para a fase crônica.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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1dos recursos manuais, sendo 
extremamente importante o conhecimento profundo de anatomia e fisiologia 
humana, para permitir o reequilíbrio das funções do organismo e do funcio-
namento do corpo humano.
O Shiatsu, técnica de massoterapia oriental, também utiliza os recursos das 
mãos do terapeuta (mais precisamente os dedos), para tratar de seus pacientes/
clientes. É devido a essa forma de aplicação que encontramos a origem de seu 
nome, que no japonês significa shi, “dedos” + atsu, “pressão” (NAMIKOSHI, 1992). 
Essa técnica surgiu no final do século XIX segundo Lundberg (1998), sendo de-
senvolvida por Tamai Tempeki, que a ensinou para o considerado pai da prática 
moderna de Shiatsu, Tokujiro Namikoshi, ambos japoneses.
A Reflexoterapia, já citada anteriormente, utiliza também a aplicação de pres-
são realizada com as mãos/dedos do terapeuta nos pés, mãos ou nas orelhas do 
paciente, que se reflete em outra parte do corpo. A técnica foi criada pelo médico 
americano William Fitzgerald (1872–1942), iniciando a reflexologia a partir de 
suas observações no Hospital St. Francis de Connecticut (Estados Unidos).
Meditar é preciso – mindfulness
O autoconhecimento é extremamente importante 
para o segmento da saúde, pois a melhor pessoa para 
saber de nossas angústias e dores somos nós mesmos. 
Fazer reflexões de nosso cotidiano (passado, presente 
e futuro) permite que tenhamos maior consciência 
de nossas limitações e potencialidades, permitindo oportunidade para melhorar. 
Quando falamos em autognose para melhorar a qualidade de vida, podemos 
indicar para nossos pacientes/clientes e para a nossa prática diária a meditação 
ou mindfulness, que é o treinamento da concentração para evitar distrações e 
focar em metas e objetos das nossas vidas, com o intuito em alcançar um estado 
de clareza mental e emocional.
O autoconhecimento 
é extremamente 
importante
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A PROMOÇÃO DA SAÚDE DE FORMA PARTICIPATIVA E 
HOLÍSTICA
Otani e Barros (2011) relatam que as PICS são usadas há milhares de anos e que, 
desde a década de 1960, percebe-se um grande aumento de profissionais e pacientes 
que procuram praticar outros modelos de cuidado e cura, pensando no indivíduo 
como um todo. Essas técnicas de tratamento ou práticas integrativas são adotadas, 
muitas vezes, como estilo de vida, devido aos resultados positivos que alcançam. 
Com o passar do tempo, as técnicas usadas para o cuidado da saúde mu-
daram bastante, seguindo os costumes e a cultura de cada época, com maiores 
mudanças a partir do momento em que os homens começaram a documentar e 
a sistematizar os tratamentos, conseguindo observar quando um determinado 
protocolo estava tendo resultados satisfatórios ou não.
O autocuidado e a corresponsabilidade para o equilíbrio
É importante que nós, como profissionais da saúde, sejamos precursores da 
promoção da saúde, ensinando nossos pacientes, de maneira simples, como ser 
o protagonista da própria vida, para alcançar qualidade e bem-estar. O nosso 
modelo de cuidado com a saúde é basicamente o ocidental, o qual apresenta 
fantásticas soluções para problemas da saúde e doença. No entanto, há algumas 
décadas, tem sido fonte crescente de insatisfação da população, devido a sua 
dicotomia do cuidado e à superespecialização nas diversas áreas da medicina, 
sem educar a população para a prevenção e qualidade de vida (BARROS, 2002). 
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Nós, profissionais que dedicamos nosso tempo para melhorar a cada dia a qua-
lidade de vida da população que nos procura, necessitamos de aprimoramento 
contínuo, pensando em nossos clientes de forma holística e individual, e, para 
tanto, encontramos no mercado diversos cursos para capacitação no segmento 
da saúde, beleza e bem-estar.
E, assim, podemos verificar que a saúde exige a participação ativa de todos os 
sujeitos envolvidos em sua produção, não só os trabalhadores da área. Devemos 
conscientizar a população que hábitos inadequados podem acarretar sérios danos 
para a saúde, elaborando estratégias e ações que visem à melhoria da qualidade 
de vida da comunidade, de forma territorial. Assim, as PICS instrumentalizam 
as pessoas por meio de ações simples e de baixo custo em sua grande maioria, 
empoderando e dando autonomia para o autocuidado.
Glossário Temático – Práticas Integrativas e Complementa-
res em Saúde 
Organizador: Ministério da Saúde 
Editora: Ministério da Saúde
Ano: 2018 
Sobre o Livro: publicado pelo Ministério da Saúde e elaborado 
pelas equipes da Coordenação Nacional de Práticas Integrati-
vas e Complementares em Saúde (CNPICS) e da Coordenação-
-Geral de Documentação e Informação (CGDI/SAA/SE), esse 
glossário reúne os principais vocábulos utilizados nessa área e 
suas terminologias em espanhol e em inglês.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Os objetivos dessa publicação incluem “identificar os termos próprios da área técni-
ca; fornecer referências para a compreensão de termos e conceitos; proporcionar a 
exatidão conceitual e definir a atuação de cada termo em seus diferentes contextos 
institucionais; eliminar ambiguidades para facilitar a comunicação interna; contri-
buir para a tradução especializada; permitir a elaboração da linguagem documen-
tária do Tesauro do Ministério da Saúde; organizar e divulgar informações técni-
cas, científicas e profissionais; e constituir-se em instrumento para representação 
e transmissão do conhecimento especializado”. Considerando as traduções apre-
sentadas, ele auxilia bastante na pesquisa bibliográfica em bases de dados digitais.
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NOVOS DESAFIOS 
Segundo dados do Ministério da Saúde, existem, atualmente, 8.239 estabeleci-
mentos de saúde na Atenção Primária ofertando atendimentos individuais e cole-
tivos em Práticas Integrativas e Complementares nos municípios brasileiros. 
As PICS estão presentes em 54% dos municípios, distribuídos pelos 27 esta-
dos e Distrito Federal e em todas as capitais brasileiras. Nas capitais, o percentual 
é de 100% de presença. Um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz 
(Fiocruz), referente ao uso de PICS no contexto da pandemia de Covid-19, mos-
trou que mais da metade da população brasileira (61,7%) recorreu a alguma 
prática integrativa no ano de 2020. (FIO CRUZ, 2021) 
Na rede privada, você pode encontrar oportunidades em clínicas específicas 
de terapia; casas de repouso; médias e grandes empresas; spas e centros de estética 
e cosmética; centros/clínicas de terapia ocupacional e fisioterapia; instituições 
geriátricas e psiquiátricas; instituições de ensino.
Confira a aula referente a este tema! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo 
digital do ambiente virtual de aprendizagem 
EM FOCO
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1. Foram introduzidas, em nosso Sistema Único de Saúde (SUS), pela Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), por meio de Portarias, várias práticas de 
tratamentos integrativos.
I - Entre as PICS que foram introduzidas no SUS, a Iridologia, a Medicina Tradicional Chinesa 
– Acupuntura, as Plantas Medicinais e a Fitoterapia foram as primeiras.
II - Aromaterapia e a Apiterapia fazem parte das técnicas de Imposição de Mãos.
III - Constelação Familiar, Cromoterapia e Geoterapia são algumas das PICS que entraram 
em 2018 para o Sistema Único de Saúde.
IV - A técnica de Geoterapia trabalha com recursos naturais, como argilas, ozônio, água e 
óleos essenciais.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
2. Um dos recursos utilizados desde a antiguidade, como forma de tratamento, é o toque, por 
meio de massagens. Assim, as nossas mãos e o dedos são instrumentos poderosos para 
melhorar a qualidade de vida. O Shiatsu é um exemplo. 
Assinale a alternativa correta:
a) É devido à forma de aplicação que originou seu nome; no japonês significa shi, “dedos” 
+ atsu, “pressão”.
b) A origem do nome é devido à forma de aplicação;no japonês significa shi, “dor” + atsu, 
“alívio”.
c) A origem do nome é devido à forma de aplicação; no chinês significa shi, “dor” + atsu, 
“alívio”. 
d) Seu nome foi dado em homenagem ao criador da técnica.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
3. Dentro das Práticas Integrativas e Complementares (PICS), encontramos Avicena, o filósofo mais 
importante e influente na tradição islâmica da era pré-moderna. Esse foi um polímata persa, 
que também se destacou entre outras áreas, no campo da medicina. Seu principal trabalho, 
Cânone da Medicina (al-Qanun fi’l-Tibb), continuou a ser utilizado como manual de medicina 
nas universidades da Europa e no mundo islâmico até o início do período moderno. 
Diante disso, responda: o que era necessário para Avicena, para uma pessoa estar saudável?
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
AZEVEDO, E. Desafios da Naturologia frente à saúde coletiva e a política nacional de prá-
ticas integrativas e complementares. In: RODRIGUES, D. M. O. (org.). Políticas públicas de 
saúde e práticas integrativas e complementares: desafios e perspectivas. São Paulo: 
Unesp, 2016. p. 189-206.
BARROS, J. A. C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico? 
Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 1-11, jan./jul. 2002.
BARROS, N. F. de et al. Yoga e promoção da saúde. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de 
Janeiro, v. 19 n. 4, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-SUS. Ministério 
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2006a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Medicina antroposófica a serviço do ser humano. Revista Brasileira de Saúde da Família. 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Conhecendo as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Bioenergéti-
ca. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, 
Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. 1. ed. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2018a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS: atitude de ampliação de 
acesso. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
2. ed., Brasília: Ministério da Saúde, 2018b.
BRASIL. Portaria n° 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/
MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares – PNPIC. Diário Oficial da União, Ministério da Saúde, 2018c. 
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.
html. Acesso em: 13 out. 2023.
BRASIL. Portaria n° 849, de 27 de março 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, 
Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexote-
rapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares. Diário Oficial da União, Ministério da Saúde, 2017. Dispo-
nível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html. 
Acesso em: 13 out. 2023.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Portaria n° 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Inte-
grativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Ministério da Saúde, 2006b. 
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.
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CUNHA. T. da. A emergência da tradição do yoga em Florianópolis na década de 1970. 2011, 
59 p. Monografia (Licenciatura e Bacharelado em História) – Universidade Federal de Santa 
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DE ROSE. Prontuário de Yoga antiga. Rio de Janeiro: Ground, 1985.
DRAELOS, Z. D. Cosméticos em dermatologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
FIO CRUZ. Webinar divulga dados sobre práticas integrativas e complementares em saúde 
(29/7). Fio Cruz, 2021. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/webinar-divulga-dados-
-sobre-praticas-integrativas-e-complementares-em-saude-29/7. Acesso em: 5 dez. 2023.
GILLMAN, C. Bíblia das terapias alternativas: O guia definitivo para a saúde holística. São Paulo: 
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HANG, X. W.; KUABARA, M. Reflexologia Podal. São Paulo. Ícone, 2007.
HEGENBERG, L. Doença: um estudo filosófico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1998. 
JUNG, C. G. Os Arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000.
KEET, L. A Bíblia da Reflexologia. São Paulo: Pensamento, 2011.
LIMA, C. de A. et al. Práticas integrativas e complementares: utilização por agentes comunitários 
de saúde no autocuidado. Rev Bras Enferm., Brasília, v. 71, supl. 6, 2018. 
LUNDBERG, P. O Livro do Shiatsu. São Paulo: Manole, 1998.
MATTOS, A. C. Guia prático de medicina chinesa: para autoconhecimento, saúde e bem-estar. 
São Paulo: Alfabeto, 2019.
MYERS, A. Doenças autoimunes: previna e reverta todo um universo de doenças inflamatórias. 
São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016.
NAMIKOSHI, T. Livro completo da Terapia Shiatsu. São Paulo: Manole, 1992.
OTANI, M. A. P.; BARROS, N. F. de. A Medicina Integrativa e a construção de um novo modelo na 
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POLETTO, C. W. R. Entre yoga e ciência, muitas notas de rodapé. 2017, 186 p. Tese (Doutorado 
em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia) –Universidade Federal do Rio de Ja-
neiro, Rio de Janeiro, 2017.
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REFERÊNCIAS
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RODRIGUES, R. B.; KLEIN, M. Guia completo das terapias alternativas. Métodos terapêuticos 
naturais que proporcionam saúde integral. Joinville: Clube de autores, 2016.
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tas. 2008, 132 p. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Vale do Rio dos Sinos, São Leo-
poldo, 2008. 
SIEGEL, P. Yoga e saúde: o desafio da introdução de uma prática não-convencional no SUS. 
Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2010.
SOUSA, L. A. de; BARROS, N. F. de. Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de 
Saúde: avanços e desafios. Rev Latino-Am Enfermagem, v. 26, p. e3041, 2018. 
STIGLITZ, J. E. Livre mercado para todos. São Paulo: Campus, 2006.
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1. C.
Constelação Familiar, Cromoterapia e Geoterapia são algumas das PICS que entraram em 
2018 para o Sistema Único de Saúde.
I- A iridologia não faz parte das Práticas Integrativas e complementares em Saúde.
II- Aromaterapia utiliza os óleos essenciais e a Apiterapia utiliza os produtos produzidos pelas 
abelhas, não são técnicas de imposição de mãos.
IV- A técnica de Geoterapia trabalha com recursos naturais como argilas, mas não utiliza 
ozônio, água e óleos essenciais.
2. A.
Shi, “dedos” + Atsu, “pressão”.
3. Segundo Avicena, para estar saudável, é necessário que as condições físicas, emocionais e 
mentais do indivíduo estejam em harmonia com o meio em que ele viva.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
RECURSOS TERAPÊUTICOS 
MANUAIS
Aprender o que são os Recursos Terapêuticos Manuais em Saúde.
Reconhecer a importância do toque terapêutico nas intervenções manuais.
Identificar técnicas diferenciadas de Massoterapia.
Discutir a Massoterapia e seus benefícios.
Explorar a Osteopatia e seus benefícios.
Conhecer a Quiropraxia e seus benefícios
Pesquisar locais que contenham informações pertinentes ao tema.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADAEstudante, neste momento, vamos aprender sobre os recursos terapêuticos 
manuais e como eles podem aumentar a qualidade de vida e bem-estar de 
um indivíduo. As terapias manuais são aquelas em que as mãos do terapeuta 
são as principiais ferramentas. E aqui, temos o objetivo de demonstrar a sua 
importância, no que concerne a uma série de regras para atender as necessi-
dades que cada terapia exige. 
Normalmente, quando o indivíduo busca as técnicas de terapia manual, chega 
na clínica relatando queixas, e isso traz fragilidade ao paciente, sendo necessário 
um amparo competente, por meio de um profissional qualificado. Essa é uma 
preocupação que você, futuro terapeuta, precisa ter, entendendo a responsabili-
dade que é estar com corpo e a mente de uma pessoa em suas mãos. 
Conhecer e compreender as ações fisiológicas promovidas pelas técni-
cas é fundamental. O toque terapêutico precisa ser responsável, então vale 
lembrar que é preciso:
 ■ Conhecer a anatomia e fisiologia do corpo humano.
 ■ Fazer uma boa avaliação e manter a ficha de atendimento sempre atualizada.
 ■ Entender o problema do seu cliente/paciente.
LEMBRE-SE: um terapeuta qualificado deve auxiliar na melhora da qualidade de vida 
e bem-estar de seu cliente/paciente. Seja você, terapeuta integrativo, esteticista ou 
podólogo, saiba que suas mãos têm o poder de mudar vidas, contudo, com muita 
responsabilidade.
 ■ Buscar sempre se aperfeiçoar e acompanhar as evoluções das técnicas e 
as novas descobertas na área de saúde e bem-estar.
Existem estas e inúmeros outros tipos de massagem que vocês podem conhecer 
e se especializar, além das que já constam aqui, mais detalhadamente. Vamos 
conhecer algumas?
PLAY NO CONHECIMENTO
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
MASSAGEM TERAPÊUTICA
Massagem é uma palavra de origem grega e significa amassar. Hoje, sabemos 
que ela é um recurso terapêutico que auxilia em vários tratamentos, influencia 
positivamente o físico e a mente. Seus recursos são trabalhados com diferentes 
manobras, ritmos e pressão, cada um focado para um objetivo específico. As 
massagens ainda contam com as associações que possibilitam potencializar os 
resultados, por exemplo: aromaterapia ou a cromoterapia (BRANDÃO, 2007).
Antigamente, a massagem era vista como uma técnica cujo objetivo prin-
cipal era o relaxamento e o desfrutar de um momento tranquilo, geralmente 
associada a uma classe social com maior poder aquisitivo, por ser considerada 
um “luxo”. Com o decorrer dos tempos, a massagem foi ganhando variações 
e passou a ter diversas funções. 
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Geralmente, os pacientes não conhecem o poder 
da massagem, por isso cabe ao terapeuta conhe-
cer as técnicas e apresentá-las, mostrando seus 
benefícios e como elas podem auxiliar na saúde 
e bem-estar do indivíduo (RIGGS, 2009). Assim, 
a massagem terapêutica tem conquistado um amplo espaço, não só para 
ampliar sua oferta, mas também porque as técnicas voltadas para o “tratar” 
agregam valor, aumentando os ganhos financeiros do profissional. Para que 
a massagem possa ser aplicada de forma eficaz e assertiva, o profissional pre-
cisa buscar treinamentos e qualificações. Desse modo, por meio do toque, 
vai conseguir identificar alterações nas estruturas corporais (RIGGS, 2009).
De acordo com Cassar (2001), existem várias manobras de massagem 
e cada uma traz diferentes sensações e benefícios. Baseando-nos no autor 
citado, vamos ver as principais técnicas e manobras.
Fundamentos da Anatomia Clínica 
Organizador: Keith L. Moore, Anne M. R. Agur, Arthur F. Dalley
Editora: Guanabara Koogan
Ano: 2021 
Sobre o Livro: referência para o estudo da anatomia clínica. 
Esse livro aborda dados de anatomia essenciais para diag-
nóstico clínico no atendimento primário, interpretação de 
exames de imagem e compreensão da base anatômica da 
medicina de emergência e da cirurgia geral. De modo con-
ciso e didático, Fundamentos de Anatomia Clínica apresenta 
os conceitos anatômicos fundamentais com recursos peda-
gógicos que auxiliam estudantes e profissionais na prática 
clínica, como: boxes clínicos atualizados com aplicações 
práticas da anatomia.
Não podemos esquecer que, para trabalhar com recursos 
terapêuticos manuais, precisamos ter um conhecimento 
aprofundado de anatomia e fisiologia do sistema muscu-
loesquelético. 
INDICAÇÃO DE LIVRO
Auxiliar na saúde 
e bem-estar do 
indivíduo
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Técnicas de massagens clássicas
Atualmente, grande parte da população está insatisfeita com os tratamentos 
que se baseiam no consumo de remédios (alopatia), por sempre seguirem o 
mesmo ciclo: dor → medicamento → alívio momentâneo → retorno da dor.
Esse ciclo vicioso (quase como o tão famoso ciclo da dor, espasmo, dor) 
tem feito as pessoas buscarem maiores informações sobre outros recursos para 
melhorar a qualidade de vida. Ao procurar outras alternativas, a medicina 
atual (por meio dos resultados das pesquisas) direciona a sociedade aos bene-
fícios que as técnicas de tratamentos integrativos e complementares trazem ao 
homem. A seguir, estão citadas as principais técnicas de massagem, utilizadas 
para alívio e tratamento da dor, que serão mais exploradas em outro momento:
 ■ Massagem Ayurvédica (abhyanga).
 ■ Massagem Desportiva.
 ■ Massagem com liberação miofascial.
 ■ Massagem Sueca.
 ■ Quick Massage.
Manobras de massagens clássicas
Deslizamento ou effleurage (tocar de leve): é uma manobra básica, usada 
no começo de todas as rotinas de massagem e tem diversas aplicações, mas a 
mais importante é o contato inicial com o paciente. A pressão aplicada não 
é nem muito leve nem suficientemente pesada para fazer com que as mãos 
afundem nos tecidos. 
Seus efeitos gerais incluem movimentar o sangue ao longo dos vasos san-
guíneos, “empurrar” os conteúdos dos órgãos ocos como os do sistema diges-
tivo, reduzir a dor por meio da redução dos agentes inflamatórios, reduzir o 
edema, bloquear os impulsos dolorosos, estimular a liberação de endorfinas 
(analgésicos naturais) e melhorar a contração dos músculos involuntários do 
intestino. Não existem contraindicações para a manobra, exceto as relativas 
ao sistema tegumentar. Se divide em:
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DESLIZAMENTO SUPERFICIAL 
serve para “fazer contato” com pacientes/clientes e ajuda no exame dos tecidos 
superficiais em termos de calor, sensibilidade, elasticidade, edema e tônus muscular. É 
eficaz na indução de relaxamento.
DESLIZAMENTO PROFUNDO
técnica com maior pressão, considerada, por muitos, mais relaxante que a exercida 
no deslizamento superficial. As manobras profundas de massagem têm um efeito de 
redução de formulações nodulares (áreas endurecidas) e deve ser realizada até serem 
atingidos os níveis de tolerância de quem a recebe. Uma leve sensação de pressão ou 
dor inicial é sentida nos tecidos superficiais, que se reduz de forma gradual durante o 
tratamento. Se a dor aumentar, devem ser interrompidas na região.
DESLIZAMENTO COM O POLEGAR
outra forma de manobra profunda, aplicada com apenas um dedo, que torna possível 
concentrar a pressão em pequenas áreas. Assim, as manobras devem ser curtas e 
repetidas várias vezes na mesma área, continuadas até que os tecidos comecem a 
ceder e a sensação de “nó” das fibras seja reduzida.
Amassamento: manobras que deslocam e contorcem os tecidos, erguendo-os 
ou pressionando-os contra as estruturas subjacentes, podendo ser denominada 
também de rolamento. Pode afetar os tecidos profundos e superficiais, com os 
seguintes efeitos: Alongamento e liberação de aderências, redução de edema, 
aumento na circulação e redução de dor e fadiga. 
Ela é feita de forma circular, podendo ser com a palma da mão, com os polega-
res ou com os dedos, com uma mão em cima da outra, fazendo o massageamento 
em forma circular. Mais especificamente, quando aplicada entre os dedos e o pole-
gar, com os tecidos simultaneamente erguidos, retorcidos de leve e com alternância 
das mãos no movimento, é conhecida como amassamento,e dessa forma, auxilia 
na melhora da pele que apresenta Fibro Edema Geloide (FEG – celulite).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Massagem linfática: diversas técnicas de massagem linfática foram cria-
das para o alívio do edema, a ponto de o tratamento, com frequência, ser se-
parado da massagem convencional e praticado como uma terapia individual, 
sendo denominada de Drenagem Linfática, que engloba, entre as técnicas 
diferenciadas, os métodos Vodder e Leduc entre outras. 
O deslizamento linfático deve ser muito leve, apenas o peso da mão é 
suficiente para mover a linfa pelos vasos superficiais. A técnica também deve 
ser executada em um ritmo muito lento, para acompanhar o ritmo do fluxo 
de linfa. A direção da manobra é sempre para o grupo de linfonodos mais 
próximo. Pouquíssima lubrificação é aplicada nesse movimento, e as mãos 
permanecem relaxadas enquanto se deslocam pelos tecidos. O contato é feito 
com toda a área da mão, incluindo a ponta dos dedos. A massagem linfática 
realizada com a pressão intermitente diferencia-se por ser aplicada por meio 
de bombeamento, no qual apenas os dedos e a palma da mão são usados. Uma 
pequena pressão é aplicada por menos de um segundo e suspensa completa-
mente durante o mesmo intervalo de tempo. 
Esse ciclo é repetido continuamente, por um curto período. A cada compressão, 
os tecidos são alongados em duas direções: a primeira localizada em linha com os 
dedos e, portanto, na mesma direção em que esses apontam; a segunda, em uma 
direção horária ou anti-horária, rumo ao grupo de linfonodos mais próximos. 
Percussão: o termo comum utilizado para essa técnica é tapotagem, pala-
vra oriunda do francês, que significa “pancadinhas leves”. Esses movimentos 
produzem aumento na circulação local na pele. Eles também estimulam os 
terminais nervosos, o que resulta em pequenas contrações musculares e em 
aumento generalizado do tônus. Como regra geral, a maioria dos pacientes 
considera movimentos de percussão muito revigorantes, embora alguns os 
considerem relaxantes. Existem quatro tipos de movimento percussivo:
1. percussão – golpes dados com o dedo mínimo, com os dedos abertos e 
esticados ou com os dedos crispados;
2. punho-percussão – punho reto, região palmar;
3. tapotagem – mão em concha;
4. dígito-percussão ou dedilhamento – com os dedos.
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Compressão: manobra que gera pressão, transmitida às estruturas subjacen-
tes, e assim, pode afetar os tecidos tanto profundos quanto superficiais. Exis-
tem vários métodos de compressão: 
 ■ Compressão com as palmas das mãos e com os dedos – caracteriza-
-se como o método mais comum de compressão e envolve ações sin-
cronizadas de manobras circulares e compressão, ou seja, a pressão 
é aplicada à medida que as mãos descrevem um círculo. A palma de 
cada mão faz contato com os tecidos, enquanto a pressão é aplicada 
com as falanges dos dedos, em direção circular. À medida que o 
círculo é completado, a pressão é liberada. 
 ■ Compressão com os dedos e o polegar – utilizada quando se realiza 
a compressão em áreas menores, nas quais é utilizada apenas uma 
mão, com a colocação dos dedos em oposição ao polegar.
 ■ Compressão com as eminências tenar/hipotenar – método de com-
pressão utilizado em músculos maiores. Os tecidos são puxados pe-
los dedos na direção das eminências tenar/hipotenar que aplicam a 
compressão na sequência. Assim, os tecidos são rolados para a frente. 
 ■ Compressão com os dedos – técnica que pode ser aplicada de forma 
intermitente. As mãos são posicionadas uma em cima da outra, com 
os dedos estendidos, com os tecidos alongados em direção circular. 
Fricção: manobra que, com a ponta dos dedos ou do polegar, mobiliza-se o 
tecido com movimentos curtos, que podem ser feito de diversas formas (cir-
cular, transversal, linha reta ou ao longo das fibras). Essa manobra apresenta 
efeitos principais de reduzir calcificações gradativamente, alongar e liberar 
aderências nos tecidos musculares.
Vibração e agitação: nesta manobra, os dedos permanecem estendidos e 
abertos, e faz-se o movimento de vibração sem que os dedos percam o contato 
com a pele. Essa manobra não faz nenhum tipo de deslizamento, e seus efeitos 
são o aumento do fluxo linfático, redução de edema, contração dos músculos 
involuntários (viscerais), estimulação de órgãos torácicos, alongamento e li-
beração de aderências musculares.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
TÉCNICAS DE MASSOTERAPIA
MANOBRAS DE DESLIZAMENTO
Deslizamento com pressão leve – deslizamento superficial
Deslizamento com pressão profunda – deslizamento profundo
Exemplos
Deslizamento com a palma das mãos
Deslizamento com o antebraço
Deslizamento com o polegar
Deslizamento com a punho
Deslizamento com a ponta dos dedos
MANOBRAS DE MASSAGEM LINFÁTICA
Deslizamento Movimentos muito leves e lentos de deslizamento
Pressão intermitente
Pressão delicada, com pausas breves, combinada com leve 
alongamento manual
MANOBRAS DE COMPRESSÃO
Compressão
Compressão com as eminências tênares/ hipotênares ou 
com a palma das mãos
Amassamento
Compressão combinada com uma ação de rolamento e 
alongamento
Manobras de alongar, erguer e retorcer usando ambas as 
mãos
Manobras de compressão circular e ponta dos dedos
MANOBRAS DE PERCUSSÃO
Dígito-percussão Dedos abertos e esticados
Punho-percussão Dedos juntos e flexionados
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Tapotagem Lado da palma da mão cerrada
Dedilhamento
Mão em concha
Uma ação semelhante a um “peteleco”, ou pequenas 
trações, efetuadas com os dedos
TÉCNICAS DE FRICÇÃO
Fricção no sentido transversal das fibras
Fricção circular
Fricção paralela, ao longo da linha das fibras
TÉCNICAS DE VIBRAÇÃO
Oscilação vertical
TÉCNICAS DE TRABALHO CORPORAL
Técnica neuromuscular
Pressão no ponto de gatilho
Ponto de mobilização
Quadro 1 – Técnicas de Massoterapia / Fonte: adaptado de Cassar (2001)
Indicações das massagens
Altman e Ellsworth (2012) apontam que as disfunções que mais se beneficiam 
com o toque terapêutico são as dores crônicas. Os locais e os tipos de desconforto 
mais comuns que os pacientes relatam são as dores nas costas, na região lombar, 
nos pés (fascite plantar), nos ombros, dores de cabeça de cunho tensional, fibro-
mialgia, lesões esportivas, entre outras.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
 Com essa gama de 
possibilidades, você, 
enquanto profissional 
da saúde, pode per-
ceber como pode ser 
ampla a sua atuação 
terapêutica e, princi-
palmente, o tamanho 
do impacto que suas 
mãos podem causar na 
vida de seus clientes. A seguir, serão apresentadas as situações nas quais as 
massagens são mais indicadas.
DOR CRÔNICA: 
segundo Kopf e Patel (2009), a massagem é indicada para o alívio da dor pelo fato de que 
suas manobras melhoram a circulação sanguínea, aumentando a chegada de sangue 
oxigenado na musculatura, promovendo o relaxamento e o alívio da dor, além de diminuir 
os níveis de cortisol e adrenalina, que são nocivos para a musculatura e para o organismo, 
quando estão sendo produzidas em maior quantidade que o necessário para o corpo.
DOR LOMBAR: 
geralmente, é causada pela rigidez muscular devido a vários fatores, como as posturas 
inadequadas, ganho de peso e estresse, e persiste por mais de três meses consecutivos. 
Nesse caso, o terapeuta pode trabalhar com essa técnica isolada ou associada à liberação 
miofascial. Uma grande parte dos clientes submetidos a esse tratamento relata melhora, 
como alívio da dor, melhora na amplitude do movimento articular e melhora da qualidade 
de vida e bem-estar (ANGELI, 2019).
CEFALEIA TENSIONAL: 
de acordo com Morelli e Rebelatto (2007), as dores de cabeça podem ser consideradas 
como uma patologia multifatorial, que está diretamente relacionada com os problemas 
emocionais, na maioria dos casos, ou devido às desordens musculares. Estudos indicam 
que, nesses casos, o melhor tratamento é a aplicação de massagem suave na musculatu-
ra cervical e as técnicas que induzem ao relaxamento do cliente.
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FIBROMIALGIA: 
o pacientefibromiálgico é um indivíduo que pode apresentar alta sensibilidade ao toque, 
por isso a importância de tratá-lo sempre com cautela, investigando os seus limites. Mas-
sagens suaves são as mais indicadas (GONDIN; ALMEIDA, 2018).
Ações fisiológicas da 
massagem para a dor
A dor muscular é comum na vida 
dos indivíduos e, geralmente, ocorre 
quando há uma tensão no múscu-
lo ou em grupos musculares, que 
não recebe a irrigação sanguínea 
adequada, o que compromete a nu-
trição e oxigenação do tecido e pode 
contribuir para a formação de ade-
rências e fibroses. 
Isso acontece porque o sinal 
recebido pelo toque e pela pressão 
chega até a medula espinal (Sistema 
Nervoso Central) e impede que a in-
formação da dor chegue primeiro. A 
informação álgica é transmitida por 
fibras de pequeno calibre, enquanto 
as dos mecanoceptores são condu-
zidas por fibras calibrosas. 
Esses impulsos viajam mais rapidamente até a medula espinal, inibindo a sensação 
de dor. Os efeitos inibidores da dor acontecem quando a repetição constante da 
mesma manobra, lenta e suave, aumenta o limiar de percepção do novo estímulo. 
APROFUNDANDO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Assim, o espasmo muscular é aliviado e, consequentemente, a dor também. O 
efeito mais generalizado da massagem é, efetivamente, “descontrair o corpo e a 
mente”, aliviando a tensão. Esse efeito calmante e tranquilizante tem ajudado os 
pacientes/clientes que apresentam ansiedade, pois ocorre uma estimulação no 
aumento da produção de endorfinas (neuro-hormônio). 
A origem do nome dessa substância, “endo” (interno) e “morfina” (analgé-
sico), já nos remete ao poder de ação que ela tem sobre o nosso organismo. 
Produzida pela glândula hipófise, que se localiza na região do hipotálamo, mais 
precisamente no tálamo, essa substância química tem propriedades tranquili-
zantes e analgésicas, sendo considerada um hormônio antiestresse, cuja função 
é aliviar a dor e a tensão (GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, 2010).
SHIATSU
O Shiatsu Moderno é uma abordagem terapêutica que envolve a utilização dos 
polegares e das palmas das mãos para exercer pressão em pontos específicos, 
visando corrigir desequilíbrios no corpo, preservar ou aprimorar a saúde e au-
xiliar na recuperação de determinadas enfermidades, ao mesmo tempo em que 
estimula a capacidade de autocura do organismo humano.
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O shiatsu é uma técnica de massagem que utiliza alguns princípios da acupuntura 
e que está cada vez mais difundida no Brasil. Tradicionalmente, podemos conside-
rar que “o Shiatsu Tradicional é a sabedoria de evitar a doença, a ciência de curá-la 
a partir da preservação da saúde e a arte de valorizar a vida” (BASTOS, 2000).
De acordo com Jahara-Pradipto (1991), o shiatsu é caracterizado por três 
principais ações:
 ■ Pressão.
 ■ Uso do peso do corpo.
 ■ Pontos e linhas de energia sobre as quais serão executadas as pressões.
Sem a execução dessas três ações, o autor 
relata que não podemos dizer que estamos 
aplicando a técnica de shiatsu. Desse modo, 
o terapeuta vai utilizar a pressão em linhas 
e pontos específicos do corpo humano para 
permitir que a energia flua naturalmente, 
usando o peso do próprio corpo para isso, 
ou seja, não é necessário causar um des-
gaste físico, pois a própria gravidade vai 
auxiliar, poupando o terapeuta. Os pontos 
podem ser denominados de “tsubos” e as 
linhas são os meridianos.
Além dos pontos, a pressão também 
deve percorrer linhas que se estendem 
por todo o corpo, conhecidas como me-
ridianos. O organismo humano tem um 
total de doze meridianos e dois canais cen-
trais. É por meio dessas linhas que circula 
a energia vital que nutre o nosso corpo, 
mantendo o equilíbrio dos nossos siste-
mas, pois cada meridiano é a representa-
ção de um órgão energético. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Assim, podemos dizer, de forma resumida, que os meridianos são comunica-
dores e entre seus caminhos é permitida a comunicação de um meridiano com o 
outro (RAPPENECKER; KOCKRICK, 2008).
Os principais meridianos encontrados no corpo humano são:
 ■ Meridiano do pulmão.
 ■ Meridiano do intestino grosso.
 ■ Meridiano do estômago.
 ■ Meridiano do baço-pâncreas.
 ■ Meridiano do coração.
 ■ Meridiano do intestino 
delgado.
 ■ Meridiano da bexiga.
 ■ Meridiano do rim.
 ■ Meridiano do pericárdio ou 
circulação/sexualidade.
 ■ Meridiano do triplo 
aquecedor.
 ■ Meridiano da vesícula biliar.
 ■ Meridiano do fígado.
 ■ Vaso Concepção.
 ■ Vaso Governador.
Aplicação e ação do Shiatsu
Você já conhece os meridianos e sabe que eles percorrem todo o corpo, iniciando 
ou terminando nas mãos e nos pés. Os estímulos feitos com a pressão têm por 
objetivo melhorar e/ou restaurar as funções dos organismos, desobstruindo os 
canais energéticos e distribuindo de forma equilibrada a energia vital para todo 
o corpo, principalmente porque os canais se interligam. 
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Descrevendo o percurso do estímulo, a energia que flui do canal do pulmão, vai 
em direção ao canal do intestino grosso, se direciona para o canal do estômago 
e prossegue até o canal do baço pâncreas. Daí segue para o coração, vai para o 
intestino delgado, para o meridiano da bexiga, do rim, do pericárdio ou circula-
ção/sexualidade, do triplo aquecedor, da vesícula biliar e do fígado, retornando 
para o meridiano do pulmão. Esse circuito leva 24 horas para ser completado.
OSTEOPATIA
Osteopatia é uma palavra de origem grega em que “osteon” significa ossos e 
“phatos” significa efeitos que vêm do interior. A osteopatia é feita por meio de 
procedimentos manuais que têm o objetivo de restaurar o equilíbrio de todo o 
organismo (MARTINS, 2017).
A osteopatia foi criada pelo médico Andrew Taylor Still (1828-1917), que de-
senvolveu esse método de avaliação e tratamento, indicando que o corpo tem 
propriedades curativas, e, sendo assim, não existe a necessidade de entrar com 
uso de drogas medicamentosas.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
As técnicas são manuais e aplicadas em articula-
ções, músculos, fáscias, ligamentos, vísceras, tecido 
nervoso, vascular e linfático. Essas manobras vão res-
taurar a mobilidade e trazer o equilíbrio para o corpo 
(MARTINS, 2017). Também, de acordo com Almeida et al. (2013), a osteopatia 
faz o diagnóstico manual das disfunções que acometem a mobilidade articular 
e tecidual, que atuam diretamente no aparecimento das doenças. 
Pode ser definida como uma abordagem diagnóstica e terapêutica manual 
(ela define e trata a disfunção). Tem como objetivo restaurar a integridade da 
mobilidade normal, diminuir a tonicidade dos músculos espásticos e aumentar 
a tonicidade da musculatura que apresenta flacidez.
Andrew Taylor Still desenvolveu a osteopatia por estar desapontado com a 
mediocridade do atendimento médico na época e, principalmente, pela pres-
crição indevida de medicamentos. De início, ele foi desacreditado e teve que 
enfrentar o desprezo da classe médica, mas, com o tempo, foi ganhando respeito 
e admiração da população. Em 1892, foi fundada a primeira escola de medicina 
osteopática em Kirksville, Missouri (GREENMAN, 2001).
Greenman (2001) aponta a filosofia criada por Still, que considera:
UNIDADE DO CORPO: 
Still via o corpo humano de forma integrada, não tratava “partes”, ele tinha uma visão 
holística e acreditava que tratando o organismo como um todo, o equilíbrio e a restau-
ração do organismo seriam certos.
PODER CURATIVO: 
Still defendia a ideia de que nosso corpo possui tudo o que é necessário para se curar 
sozinho, e o papel do médico era mostrar essa capacidade para seu paciente.
COMPONENTE SOMÁTICO DA DOENÇA: 
ele acreditava que, quando a musculatura estava “doente”, ela afetaria o ser como um 
todo e comprometeria a ação autocurativa do corpo.
A osteopatia faz o 
diagnóstico manual
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INTER-RELACIONAMENTO ESTRUTURA-FUNÇÃO: 
ele acreditava na integração total do corpo, ou seja, a estrutura regia a função e a 
função influenciava a estrutura.
TERAPIAS MANIPULATIVAS: 
essas técnicas restabelecema capacidade máxima do corpo e, quando isso acontece, 
eleva o nível de bem-estar.
Osteopatia e seus princípios
Still dizia: “encontre a lesão, trate a lesão e deixe o organismo atuar”. Para ele, o 
bom funcionamento do corpo se dava a um sistema sem bloqueios anatômicos, 
por isso ele trata e deixa o corpo se curar “sozinho”. Martins (2017) traz os prin-
cípios da osteopatia que são respectivamente:
1. A estrutura governa a função: o sistema musculoesquelético, sob depen-
dência do sistema nervoso, tem um papel organizador nas disfunções.
2. A unidade do corpo: existe uma unidade do corpo e o tratamento osteo-
pático deve considerá-la em seus protocolos de tratamento.
3. A autocura: o organismo tem, até certo ponto, a capacidade inerente de 
autocurar-se (homeostasia) e o tratamento osteopático pretende ajudar 
esse mecanismo.
4. A lei da artéria: a vascularização correta é indispensável para uma fisio-
logia correta, a osteopatia deve favorecê-la.
Competências do Osteopata
O osteopata é um profissional da área da saúde e está habilitado a realizar diag-
nóstico com uma visão holística do indivíduo e a aplicação de técnicas manuais 
que induzam a homeostasia (equilíbrio das funções corporais). Esse profissional 
precisa fazer uma boa avaliação de seu paciente, incluindo a análise minuciosa 
dos exames complementares. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Durante a anamnese, Almeida et al. (2013) enfatizam que deve ser explicado 
para o paciente/cliente quais são as indicações e contraindicações do tratamento, 
pois caso ele apresente algum quadro clínico, como os citados a seguir, haverá 
um fator limitante para o tratamento por meio da osteopatia. Contraindicações:
 ■ Fraturas e luxações.
 ■ Câncer.
 ■ Osteoporose.
 ■ Poliartrite reumática.
 ■ Espondilite anquilosante.
 ■ Enfermidades reumáticas.
 ■ Infecções ósseas.
 ■ Prótese no quadril e joelho.
 ■ Malformação congênita.
 ■ Transtornos neurológicos.
 ■ Transtornos cardíacos 
graves e aneurismas.
 ■ Insuficiência vertebrobasilar.
 ■ Transtornos do 
comportamento.
 ■ Psicopatologias.
Com isso, durante a avaliação clínica, é necessário que seja explicada a necessi-
dade de o cliente/paciente não omitir informações, para que seja elaborado um 
protocolo de atendimento bem direcionado.
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Diagnóstico
O osteopata faz o diagnóstico por palpação e pela percepção visual do movimento 
corporal da pessoa. O profissional deve possuir um olhar clínico e perceber as 
alterações físicas antes mesmo de surgirem as dores, pois, se a alteração não for 
tratada, se estenderá até os órgãos, causando uma doença física. Com o diagnóstico, 
é possível restaurar o equilíbrio e manter a saúde e o bem-estar em alta. Por isso a 
importância de buscar a osteopatia como prevenção e não como tratamento.
QUIROPRAXIA
Daniel David Palmer 
(1845-1913) era um 
terapeuta manipulati-
vo autodidata. Ele fun-
dou a primeira escola 
de quiropraxia, em 
1896, mas foi seu filho 
Bartlett Joshua Palmer 
quem conseguiu im-
pulsioná-la. Palmer pai 
era convicto de que a 
doença era o resultado 
de uma coluna desali-
nhada, ele acreditava 
que o corpo possui in-
teligência inata, e caso haja um desalinhamento (nesse caso da coluna), 
adoece por alterar as funções neurais (GREENMAN, 2001).
A quiropraxia é uma técnica que tem foco em 
alinhar a sua coluna vertebral. Dentro de suas pre-
missas, os quiropatas dizem que, quando sua coluna 
está alinhada, tudo está em sintonia, os impulsos ner-
vosos chegam aos lugares certos de forma eficiente e a conexão do cérebro com 
o corpo também passa a ser melhor. 
 Alinhar a sua coluna 
vertebral
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A quiropraxia auxilia no tratamento direcionado às articulações, músculos, ossos, 
tendões e ligamentos. Ainda tem benefícios como: não ser uma técnica invasiva, 
trazer alívio da dor, assim como a melhora na qualidade de vida e bem-estar, me-
lhorar a saúde mental, reduzir problemas nas articulações e melhorar a postura.
Tratamento 
Segundo Neves (2016), o terapeuta quiroprático ou quiropata, se utiliza de uma 
combinação de movimentos mecânicos na coluna vertebral, com o objetivo de 
alinhar a coluna. Esses movimentos são:
 ■ Rotação contrária: ajustar as vértebras. 
 ■ Flexão: colocar as vértebras em suas posições adequadas.
 ■ Extensão: promove o alongamento da coluna vertebral, restaurando o 
alinhamento.
Essa técnica foi desenvolvida por Daniel David Palmer, que iniciou a sua elabo-
ração quando um cliente veio até ele e se queixou de estar surdo de um ouvido 
após um estalo nas costas. Palmer, então, fez o alinhamento da coluna e a audição 
voltou completamente. Então ele associou que problemas com o alinhamento da 
coluna poderiam resultar em outros problemas no organismo humano. 
APROFUNDANDO
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níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
Espero que você tenha percebido o poder que os profissionais da saúde possuem em 
suas mãos e, principalmente, a seriedade que é tratar o corpo humano. A sua respon-
sabilidade é muito grande! E o estudo é a sua principal ferramenta! Diferencie-se!
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1. Still dizia: “encontre a lesão, trate a lesão e deixe o organismo atuar”. Para ele, o bom fun-
cionamento do corpo se dava a um sistema sem bloqueios anatômicos, por isso, ele trata 
e deixa o corpo se curar “sozinho”. 
Diante do exposto, classifique as alternativas em (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso:
( ) Dr. Still foi um médico que lutou contra a prescrição exacerbada de remédios para a dor.
( ) Dr. Still conciliava as manobras manuais com a prescrição de remédios para o alívio da 
dor, ele podia fazer a prescrição por ser médico.
( ) Dr. Still queria conscientizar a população que o corpo tem propriedades curativas, e que 
se as pessoas tivessem consciência disso seria muito mais fácil tratar os desequilíbrios. 
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) V-F-F.
c) F-F-F.
d) F-F-V.
e) V-F-V
2. Sabemos que os bloqueios energéticos trazem danos para a nossa vida, e acaba repercu-
tindo em doenças físicas ou, até mesmo, em síndromes que acometem os nossos sistemas. 
Sabendo a ação do Shiatsu, relate a importância de restaurar o fluxo energético, principal-
mente em tempos em que a depressão e o estresse têm acometido tantas pessoas.
3. Um dos recursos utilizados, desde a antiguidade, como forma de tratamento, é o toque por 
meio de massagens. Assim, as nossas mãos e o dedos são instrumentos poderosos para 
melhorar a qualidade de vida. O Shiatsu é um exemplo. 
Com relação ao que significa Shiatsu, assinale a alternativa correta:
a) É devido à forma de aplicação que originou seu nome; no japonês significa shi, “dedos” 
+ atsu, “pressão”
b) A origem do nome é devido à forma de aplicação; no japonês significa shi, “dor” + atsu, 
“alívio”.
c) A origem do nome é devido à forma de aplicação; no chinês significa shi, “dor” + atsu, 
“alívio”.
d) Seu nome foi dado em homenagem ao criador da técnica.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L C et al Introdução ao estudo da Osteopatia e da Terapia Manual. Rev Bras Fisioter , v. 
17, n. 1, p. 21-30, 2013. 
ALTMAN, P.; ELLSWORTH, A. Massagem: anatomia ilustrada. Guia completo de técnicas básicas de 
massagem. Barueri: Manole, 2012.
ANGELI, T. B. Comparação dos efeitos de dois programas de terapia manual na dor e funcionalidade 
de indivíduos com dor lombar crônica não específica. 2019. 67 f. Dissertação (Mestrado em Ciências 
da Reabilitação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2019. Disponível em: http://www.realp.unb.br/
jspui/handle/10482/35670. Acesso em: 17 jan. 2024.
BASTOS, S. R. C. Livro do Shiatsu. [S. l.]: Ground, 1982.
BRANDÃO, F. S. A importância da massagem. 2007. Disponível em: https://www.academia.
edu/11932868/ Da_import%C3%A2ncia_da_massagem. Acesso em: 16 jan. 2024.
CASSAR, M. P. Manual de massagem terapêutica: um guia

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