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DIREITO TRIBUTÁRIO
O direito tributário é o ramo do direito que regula as relações entre o Fisco e contribuintes, no que tange à cobrança de tributos pelas pessoas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), nem determinado tempo e num determinado espaço.
1. CONCEITO DE TRIBUTO
A definição de tributo está inserida no artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
Art 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Destacamos, no conceito legal, as expressões que são consideradas chaves para que possamos analisar o conceito legal de tributo.
· Prestação pecuniária = Prestação é uma contribuição a que alguém está obrigado. Pecuniária significa que é representada por dinheiro. Assim, tributo é uma obrigação em dinheiro.
· Compulsória = A palavra compulsória deriva do verbo compelir, que significa: constranger, forçar, obrigar. Seu pagamento é obrigatório, pelo poder coercitivo do Estado, e não depende da vontade do contribuinte.
· Que não constitua sanção por ato ilícito = A obrigatoriedade do pagamento do tributo nasce da prática de um ato lícito, como: trabalhar e receber salário, vender produtos e mercadorias permitidas pela legislação do país, deter a propriedade de um imóvel etc. Quando alguém pratica um ato ilícito e como consequência recebe uma punição pecuniária por parte do governo, esta sanção não é considerada tributo. A multa por infração fiscal é considerada sanção pela prática de ato ilícito e, portanto, não é tributo.
· Instituída em lei = Em atendimento ao princípio constitucional da legalidade, os tributos somente podem ser instituídos ou alterados por meio de lei válida e eficaz.
· Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: Para efetuar a cobrança de tributos, a administração pública deverá agir na forma e nos limites fixados em lei.
1.1 Qual a finalidade dos tributos?
Elas podem ser de vários tipos:
· Fiscal = arrecadar
· Extrafiscal = interferir
· Parafiscal = arrecadação específica.
2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
2.1 Impostos
Segundo o artigo 16 do CTN:
“imposto é o tributo cuja obrigação tem fato gerados uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Assim, o nascimento da obrigação de pagar um imposto sempre ocorrerá em virtude de um determinado comportamento do contribuinte, nunca do ente tributário.
Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa aos contribuintes. É NÃO-VINCULADO.
Os impostos são divididos em:
· Impostos Nominados: são discriminados na constituição. Podem ser Federais, Estaduais ou Municipais.
· Impostos Inominados: são instituídos com base na competência residual da União, mediante lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerados ou base de cálculo próprios dos impostos nominados.
· Impostos Extraordinários: poderão ser instituídos pela União na iminência ou no caso de guerra externa, devendo os mesmos serem suprimidos, gradativamente, cassada as causas de sua criação.
O Brasil possui uma elevada quantidade de tributos, que são cobrados por todos os entes estatais. A Constituição de 1988 define claramente a competência para cobrança de tributos por cada ente. Assim, os impostos permitidos na Carta Magna são os seguintes:
	UNIÃO
	ESTADOS
	MUNICÍPIOS
	IR
IPI
II
IOF
ITR
IE
IGF (Não regulamentado em lei)
	ICMS
ITCD
IPVA
	ISS
ITBI
IPTU
A Constituição autoriza a criação de tributos, mas eles são instituídos por lei. No caso do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), houve a autorização da Constituição, mas ele não foi criado por lei. A União poderá instituir, ainda: 
1. Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
2. Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
2.1.1 Participações Governamentais e Competências Tributárias
Além da definição em relação à competência tributária, a Constituição Federal trouxe profundas e importantes modificações para o sistema tributário nacional, principalmente em relação à redistribuição dos recursos entre os entes federativos. 
A repartição de recursos, através das transferências da união para os estados e municípios e dos estados para os municípios funciona conforme a tabela a seguir:
	TRIBUTO
	DESTINAÇÃO AUTOMÁTICA DOS RECURSOS ARRECADADOS
	IPI
União
	· 21,5% para o FPE (Fundo de Participação dos Estados);
· 3% para o FND aos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
· 24,5% para o FPM (Fundo de Participação dos Municípios); e
· 10% para o FPE (Fundo de Participação de Exportação, pertencente aos Estados). Os Estados deverão repassar 25% deste fundo aos Municípios.
	IR
União
	· 21,5% para o FPE (Fundo de Participação dos Estados);
· 3% para o FND aos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
· 24,5% para o FPM (Fundo de Participação dos Municípios); e
· O IR retido dos funcionários públicos estaduais e municipais não entram no cômputo, ficando em sua totalidade p/ estados e municípios onde os funcionários estão lotados.
	ICMS
Estados
	25% aos municípios, sendo 75% (18,75%) onde as operações aconteceram e 25% (6,25%) conforme lei estadual específica.
	IPVA
Estados
	50% para os municípios onde os veículos automotores foram licenciados.
	CIDE
Combustíveis
	29% distribuídos para os estados, que repassam ¼ deste valor para os municípios.
Os demais impostos da União (II, IE, IOF) têm destinação livre, sem vinculação específica. O ITD é um imposto estadual também com destinação livre. Os impostos municipais não são repartidos. 
As contribuições sociais têm destinação específica. Por exemplo, a COFINS e a CSLL são destinadas para a seguridade social (saúde, previdência social e assistência social). 
A contribuição para o PIS/PASEP tem destinação para o Fundo de Amparo ao Trabalhador, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego. 
O item participações governamentais, normalmente, se direciona aos percentuais definidos na lei do petróleo e que serão apresentados em outro tópico. 
A Desvinculação das Receitas da União, popularmente conhecida como DRU, reflete a possibilidade do uso, pela união, de 20% da arrecadação de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, para fins diferentes dos determinados na própria carta magna. Então, de cada R$ 100 arrecadados com o PIS, por exemplo, R$ 20 são desvinculados, com o restante (R$ 80) sendo destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador. Na última renovação, em 2016, a DRU foi estendida para as taxas, com aumento do percentual para 30%. A desvinculação foi também permitida aos estados e municípios, em 30% da arrecadação dos impostos, taxas e multas.
2.2 Taxas
O artigo 77, do CTN define taxas como:
“no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerados o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição” e, não podem ter base de cálculo ou fato gerador próprios aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital social das empresas.
Poder de Polícia: atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividade econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público.
Com relação, quando não forem cobradas em razão do exercício regular do poder de polícia, elas só podem ser cobradas mediante a utilização de serviçoespecífico e divisível.
2.3 Contribuições de Melhoria
Contribuição de Melhoria pode ser “instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização mobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”.
2.4 Contribuições Especiais
A Constituição permite ainda a criação, pela união, de contribuições especiais.
1. SOCIAIS, que podem atender, por exemplo, a seguridade social (Saúde, Previdência e Assistência Social), como COFINS e CSLL; e outras, como PIS e contribuições para Sistema S. 
2. DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO, como a CIDE-Combustíveis. 
3. DE INTERESSE DAS CATEGORIAS ECONÔMICAS E PROFISSIONAIS, como as contribuições ao CRC ou a OAB, ou as contribuições sindicais.
2.5 Empréstimos Compulsórios
Só pode ser instituído: 1º) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ou 2º) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
3. FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
São os instrumentos pelos quais são introduzidos ás normas jurídicas que impões o pagamento de tributos.
3.1 Constituição
O legislador constitucional não dá conselho, não pede, não reivindica; ele obriga, manda, determina, institui e estipula.
No campo tributário, é a Constituição que cria as competências para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituírem e cobrarem os tributos.
Estabelece também uma gama de princípios constitucionais tributários que devem ser observados pelos legisladores na regulamentação da instituição e cobrança de tributos.
A carta maior disciplina também a repartição das receitas tributárias entre as entidades públicas.
3.2 Emendas à Constituição
As emendas à Constituição são alterações as normas constitucionais. É proibido uma emenda que tente abolir os direitos e garantias individuais.
Para a edição de uma Emenda Constitucional que altere o texto tributário, o legislador deverá observar os limites materiais expressos na Magna Carta, ou seja aquelas que são meras repetições no campo tributário, dentre eles, estão a obediência aos princípios da legalidade estrita, anterioridade, irretroatividade, etc.
3.3 Lei complementar
A lei complementar exige a presença da maioria absoluta dos legisladores para ser aprovada.
Para a edição de Leis Complementares em matéria tributária, a Constituição previu todas as hipóteses em que se exige a referida espécie legislativa, no qual as mais relevantes são:
a) Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
b) Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
c) Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária;
d) Possibilitar à União instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias;
e) Instituir impostos com base na competência residual da União, ou seja, a União poderá, mediante lei complementar, instituir impostos não previstos na Constituição Federal, desse que não tenha o mesmo fato gerados ou a mesma base de cálculo dos impostos já previstos.
3.4 Lei Ordinária
A lei ordinária é a lei comum, no qual exige das casas legislativas para sua aprovação apenas a maioria simples.
Qualquer instituição ou modificação de um tributo, pelo princípio da legalidade, deverá ser realizada por lei ordinária.
É necessário estipular:
a) O fato que gerará a cobrança do tributo (aspecto material)
b) O momento em que se considera ocorrido o fato tributado (aspecto temporal)
c) As pessoas que estão obrigadas ao pagamento/recolhimento do tributo, bem como aquelas que irão exigí-lo (aspecto pessoal)
d) O local onde o tributo será devido (aspecto espacial)
e) O quantum que será devido, que é mensurado pela base de cálculo e alíquota (aspecto quantitativo).
3.5 Medidas Provisórias
É um instrumento normativo que pode editado, com força da lei, pelo chefe do Poder Executivo em casos de urgências e relevância. Perdem a eficácia se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável uma única vez por igual período.
O tributo somente terá validade se a Medida Provisória for convertida em lei, cuja publicação seja realizada, no mínimo noventa dias antes do final do ano.
Tal previsão não se aplica para os tributos extrafiscais (II, IE, IOF e IPI), para o IR, para o imposto de guerra (154, I) e empréstimo compulsório em função de guerra e calamidade (148, I).
3.6 Tratados e Convenções Internacional
Os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a legislação interna, e serão observados pelas leis que lhes sobrevenham.
Para um tratado ou uma convenção internacional possas produzir efeitos normativos, tem que ser reconhecidos, firmados, pelo chefe do Poder Executivo e passar pela aprovação do Congresso Nacional.
3.7 Decretos e Regulamentos
O CTN reconhece os decretos e regulamentos como sendo fontes do Direito Tributário, porém, dispõe que o conteúdo e o alcance dos decretos se restringem aos das leis em função das quais sejam expedidos.
Assim, deve-se sempre ter em mente que um decreto ou um regulamento não pode inovar no ordenamento jurídico, sob pena de serem ilegais.
3.8 Normas Complementares
Tratam-se todos de atos infralegais que, da mesma forma que os decretos e regulamentos, também não podem inovar no ordenamento jurídico, estando todos subordinados aos comandos estabelecidos em lei.
4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
A competência tributária é a aptidão para a criação de tributos. Assim, a competência tributária restringe-se à competência legislativa, já que os tributos só podem ser criados por lei.
A competência tributária possui as seguintes características: privatividade, indelegabilidade, inprescritividade, inalterabilidade, irrenunciabilidade e facultatividade do exercício.
A competência tributária é limitada pelos princípios constitucionais tributários e pals demais normas constitucionais.
Qualquer cobrança de um tributo que não obedeça aos princípios constitucionais tributários será considerada institucionais.
5. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Os princípios tributários definidos na Constituição prevalecem sobre todas as normas jurídicas, sendo que as mesmas somente são válidas, se editadas em rigorosa consonância com eles. Veja um resumo sintético dos princípios:
· LEGALIDADE: Instituição ou aumento de tributo somente através de lei, trata-se, em regra, da necessidade de Lei Ordinária. Ressalte-se, contudo, que existem alguns impostos, denominados de extrafiscais, que por visarem atender outros objetivos que não a simples arrecadação, tais como regulação da política monetária, cambial, ou de comércio exterior, apresentam uma certa flexibilidade quanto ao princípio da legalidade no que se refere à alteração de alíquotas, são eles: (i) imposto de importação, (ii) imposto de exportação, (iii) imposto sobre os produtos industrializados; e (iv) o imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguros e títulos de valores mobiliários.
· IRRETROATIVIDADE: A lei não pode sobrar tributos em relação a fatos gerados ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
· ISONOMIA: Tratamento tributário deve ser igual para contribuintes iguais. Exemplo de discussão jurídica é a tributação diferenciada de CSLL, que instituições financeiras pagam 15% e as demais empresas, 9%. Existe a alegação por parte dos bancos de que há ofensa ao princípio constitucional da isonomia tributária, embora emenda constitucional tenha autorizado a aplicação de alíquotas diferenciadas em função da atividade econômica. 
· ANTERIORIDADE: Os tributos NÃO podem ser aumentados, seja por elevação de base ou por aumento de alíquota, no mesmo ano da publicação da lei. Assim, aumento no dia 15/FEV ou no dia 15/d só entrará em vigor em janeiro do ano seguinte. Regra não aplicável a todos os tributos, como aos impostos extrafiscais e o empréstimo compulsório.
· CAPACIDADE CONTRIBUTIVAS: Estabelecea necessidade de que os impostos tenham caráter pessoal e sejam graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
· VEDAÇÃO AO CONFISCO: Coíbe o confisco ao estabelecer prévia e justa indenização na desapropriação.
· UNIFORMIDADE: Estabelece ser vedado à União, instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Municípios, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômicos entre as diferentes regiões do país.
6. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Isenção Tributária é quando a Constituição supre a competência tributária dos entes tributantes, ou seja, quando houver uma exclusão constitucional da competência de um determinado entre tributante para a cobrança de tributo.
· Imunidade Recíproca: A imunidade tributária recíproca é a regra constitucional que, em prestígio do pacto federativo, impede que a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal instituam impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
· Imunidade dos Templos de Qualquer Culto:
· Imunidade dos Partidos Políticos e das Instituições Educacionais e de Assistência Social
· Imunidade dos Livros, Jornais, Periódicos e dos Papéis destinados a sua Impressão.
· Imunidades as Entidades Beneficentes de Assistência Social
7. ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS
Ocorre sempre que o legislador tributário suprime um ou mais aspectos da norma jurídica tributária. Assim, se o aspecto material, ou o pessoal, ou o temporal, etc., for retirado da hipótese normativa, ficará configurada a isenção.
Só tem competência para isentar, a pessoa jurídica de direito público que tem competência para criar e cobrar o tributo e mediante lei.
8. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A obrigação tributária pode ser dividida em principal ou acessória.
· Obrigação Principal = tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, e deixará de existir com o seu crédito.
· Obrigação Acessória = decorre da legislação tributária, e tem por objeto a prestação de informações de interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
· Sujeito Ativo = é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.
· Sujeito Passivo = é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. Pode ser:
a) Contribuinte: quando tem a relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerados.
b) Responsável: quando sua obrigação decorre de disposição expressa em lei.
Ex: salários dos empregados, na qual tem IRPF, os empregados são os contribuintes e a empresa é a responsável pelo recolhimento.
9. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Direito que o sujeito ativo da obrigação tributária pode exigir do sujeito passivo direto ou indireto (contribuinte, responsável ou terceiro).
9.1 Lançamento Tributário
Ocorre a constituição do crédito tributário com o lançamento, assim entendido o procedimento que verifica a ocorrência do fato gerados da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
É a partir do lançamento que o crédito tributário torna-se exigível. Há três modalidades de lançamento:
· Lançamento Direto ou por ofício: a própria Administração quem calcula e lança o tributo, mediante utilização de informações prestadas pelo contribuinte.
· Lançamento Misto ou por Declaração: ambas as partes, a Administração e o contribuinte, colaboram para a efetivação do lançamento.
· Lançamento por Homologação: o sujeito passivo da obrigação tributária se encarrega do recolhimento do tributo, sem prévia autorização e fiscalização da autoridade fazendária, que, posteriormente, homologará o pagamento.
9.2 Suspensão do Crédito Tributário
Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
· Moratória: Dilação de prazo para o pagamento do tributo. (i) o prazo de duração do favor; (ii) as condições da concessão do favor em caráter individual; (iii) sendo o caso: (a) o tributo a que se aplica o prazo de duração da medida; (b) o número de prestações e seus vencimentos; e (c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
· Depósito: Além de suspender a exigibilidade do crédito tributário, o depósito integral afasta, a partir daquele momento, os efeitos da mora, de forma que o valor será corrigido de acordo com os índices de correção do ente correspondente (na esfera federal, por exemplo, atualização e juros ficam a cargo da SELIC).
· Reclamações e Recursos: Quando tempestivos, os recursos, impugnações e reclamações relativos ao lançamento tributário suspendem a exigibilidade do crédito tributário até o seu julgamento definitivo. Trata-se de efeito automático aplicado às defesas administrativas apresentadas tempestivamente. 
· Medida Liminar em Mandado de Segurança: a liminar em mandado de segurança tem o condão de suspender a exigibilidade do suposto crédito tributário pela Fazenda Pública, até que seja proferida decisão final nos autos do processo de mandado de segurança.
· Medida Liminar em Cautelar ou Antecipação de Tutela em Ações Judiciais: Demonstrado pela parte Autora a presença dos requisitos autorizadores da concessão do pleito liminar, o magistrado poderá suspender a exigibilidade do crédito tributário até momento posterior.
· Parcelamento: no parcelamento há a dilatação do prazo para pagamento, porém com vencimentos sucessivos.
9.3 Exclusão do Crédito Tributário
São causas de exclusão do crédito tributário a isenção e a anistia.
· Isenção: ocorre sempre que o legislador tributário suprime um ou mais aspectos da norma jurídica tributária. Não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria.
· Anistia: é o perdão das infrações cometidas pelo sujeito passivo anteriormente à vigência da Lei que a concede.
9.4 Extinção do Crédito Tributário
Extinguem o crédito tributário:
· Pagamento: Com o pagamento, a pretensão de cobrança do crédito tributário da Fazenda Pública, é satisfeita, extinguindo-se, assim, o vínculo obrigacional existente entre o sujeito ativo da obrigação tributária e o contribuinte, motivo pelo qual ocorre a extinção do crédito tributário.
· Compensação: “se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se até onde se compensarem”. O artigo 170 do CTN estabelece como condição para que a compensação seja admitida como forma extintiva do crédito tributário, a necessidade de existência de lei que a autorize. 
· Transação: os sujeitos de vínculo jurídico tributário acordam abrir mão de parcelas de seus direitos de modo que ambos satisfaçam, desaparecendo, com isso, o dever jurídico antes existente entre estres sujeitos. Trata-se de um acordo entre partes.
· Remissão: Perdão da Dívida.
· Prescrição: perda do direito de ação por parte da Fazendo Pública, passado o prazo de cinco anos da notificação regular do contribuinte para a cobrança de um crédito tributário. 
· Decadência: perda do direito material de realizar o lançamento por parte da Fazenda Pública, no qual ocorrerá no prazo de cinco anos contados (I) do primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido efetivado, (II) da data da ocorrência do fato gerador.
· Conversão de Depósito em Renda: é a espécie de pagamento do sujeito passivo, motivo pela qual, tem o condão de extinguir o crédito tributário.
· Pagamento Antecipado e a Homologação do Pagamento: Estes tributos são pagos sem que a Fazenda Pública emita qualquer documento de cobrança, de constituição do crédito tributário. É o próprio contribuinte que calcula e recolhe o imposto, para, posteriormente, a Fazenda Pública verificar se o recolhimento foi realizado adequadamente, e, então, homologar o pagamento (são os casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação).
· Consignação em Pagamento: é uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando esterecusar-se a receber o valor da dívida ou exigir ao devedor valor superior ao entendido devido por este.
· Decisão Administrativa Irreformável: é aquela na órbita administrativa, que não possa ser objeto de ação anulatória.
· Decisão Judicial passada em Julgado: é aquele sobre a qual não cabe mais recurso.
· Dação de Imóvel em pagamento, desde que permitido por lei: acordo entre devedor e credor, no qual este último consente na entrega de um bem para quitar a dívida.
9.5 Certidões de Regularidade Fiscal
As certidões de regularidade fiscal podem ser:
· Certidão Negativa de Débitos (CND): quando não há nenhuma pendência fiscal na data em que for emitida;
· Certidão Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos (CPEND): quando a pessoa ou imóvel possui dívidas, mas que estão suspensas (parceladas, por exemplo);
· Certidão Positiva de Débitos (CPD): quando existem pendências fiscais, como dívidas ou falta da entrega de declarações.
10. INFRAÇÕES E SANSÕES TRIBUTÁRIAS
A responsabilidade por infrações da legislação tributaria independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
Os crimes constituídos no Código Penal são:
a) Contrabando ou descaminho: trata-se do ato de importar ou exportar mercadoria proibida ou ilidir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria, ou ainda, de vender, expor à venda, manter em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desde que se saiba que foi introduzida clandestinamente no País ou importada fraudulentamente, por si, ou por outrem.
b) Falsificação de estampilha: trata-se do ato de falsificar, fabricando-os ou alterando-os, selo postal, estampilha, papel selado ou qualquer papel de emissão legal, destinado à arrecadação de imposto ou taxa.
c) Sonegação e fraude: constitui crime contra a ordem tributária, praticado por particular, suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
· omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
· fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
· falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;
· elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
· negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação;
· fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
· deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
· exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
· deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento; e
· utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
 As demais infrações simplesmente previstas na legislação tributária podem ser dividas em: 
a) Infrações simples: meros descumprimentos à legislação, que, não constituem crimes, tais como o erro na soma das quantias registradas nos livros de apuração do ICMS.
b) Infrações formais: tratam-se das decorrentes do não cumprimento as obrigações acessórias ou dos deveres instrumentais, tais como a não inscrição no cadastro de contribuinte de um determinado imposto.
c) mora: tratam-se das infrações pelo não recolhimento do tributo no prazo devido, sem que haja a prática de qualquer crime.
11. GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
O legislador estabeleceu algumas garantias do crédito tributário, tentando evitar eventuais artimanhas dos contribuintes de fraudar a Fazenda Pública e deixar de recolher o tributo devido.
A primeira delas diz respeito à presunção que diz ser fraudulenta toda a alienação ou oneração de bens ou rendas, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução.
Outra garantia diz respeito ao direito de preferência ao crédito tributário, em relação aos demais, seja qual for a natureza ou tempo da constituição deste, ressalvada a hipótese de créditos trabalhistas. Desta maneira, se o sujeito passivo for devedor de uma ou mais obrigações, à exceção dos créditos trabalhistas, deverá primeiro saldar a dívida tributária, para depois cumprir os demais compromissos. 
Ressalte-se, caso o sujeito passivo possua dívidas com a União, o Estado e o Município, nos termos do artigo 187 do CTN, as dívidas para com a União, preferem as dívidas para com os Estados, Distrito Federal e Territórios, que por sua vez preferem as dívidas para com o Município.
12. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
O processo administrativo fiscal, também denominado de ação fiscal, se caracteriza pelo conjunto de atos interligados, expedidos pela administração visando a exigência do crédito tributário. Tratam-se de atos vinculados, ou seja, o agente administrativo fica obrigado a agir de acordo com o que determina a legislação que trata da matéria.
Tem-se dividido o processo administrativo fiscal em duas fases: (i) não contenciosa; e (ii) contenciosa ou litigiosa. 
· Não contenciosa: Trata-se de um processo necessariamente escrito em que o sujeito ativo, por meio de suas autoridades competentes dá conhecimento ao sujeito passivo do crédito tributário de que este é devedor. Assim, este ato só poderá produzir os seus efeitos, após o sujeito passivo tomar conhecimento do mesmo. Esta fase geralmente é iniciada com a lavratura de um termo denominado “Termo de Início de Fiscalização”, pelo qual os agentes administrativos dão início à verificação dos livros e demais documentos fiscais do contribuinte, para saber se ele está agindo de acordo com o que determina da legislação pertinente.
· Contenciosa ou Litigiosa: inicia-se com a impugnação do lançamento, ou seja, a impugnação da exigência formulada através da lavratura do auto de infração. Após a impugnação apresentada, o processo será julgado por um órgão administrativo, geralmente monocrático. É a decisão de primeiro grau. Poderá haver recurso para um órgão superior, geralmente colegiado, onde a matéria será revista.
Importante mencionar que o ônus da prova no processo administrativo fiscal é sempre do sujeito ativo e não do contribuinte. Assim, é muito importante que a descrição da infração contida no auto de infração seja bastante clara e objetiva, de forma que não existam dúvidas acerca do lançamento, visto que, se a descrição for obscura, o processo deverá sempre ser julgado em favor do contribuinte.

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