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 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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Capítulo 7
Possibilidades 
na concepção de 
projetos sociais
Neste capítulo, apresentaremos os conceitos de criatividade e ino-
vação e suas relações nos campos da gestão social e inovação social, 
discutindo os contextos nos quais são criados e como devem ser enca-
rados nos processos de condução de projetos sociais.
Além disso, apresentaremos um importante limite sobre o conceito 
de inovação social para aqueles que empreendem projetos sociais, e, 
por fim, casos de referência para exemplificar as ideias apresentadas.
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1 Fronteira entre criatividade e inovação em 
projetos sociais
Criatividade e inovação não são sinônimos, porém são conceitos que 
podem ser complementares. Enquanto a criatividade está relacionada a 
soluções novas, novas ideias para problemas conhecidos, inovar significa 
um novo olhar – trata-se de expandir o olhar para outras possibilidades: 
como eu inovo?
Quando falamos na “transição” para sociedades sustentáveis, ou 
seja, que procuram novas formas de convivência entre seres humanos 
e demais seres vivos, estão aí presentes tanto a criatividade como a ino-
vação; ao se buscar uma dinâmica de novas soluções para problemas 
já conhecidos, estamos falando de criatividade; e ao se buscar recons-
truções diárias que permitam novas formas ainda não conhecidas para 
além do novo, estamos falando de inovação.
A inovação é um assunto que tem aparecido de forma recorrente em 
variados campos. Alguns deles a tratam como inovação “social”, dan-
do-lhe um sentido mais abrangente, incluindo todo o espectro social. 
Quando assim considerada dentro de um determinado campo, insere-
-se a perspectiva de inovação em projetos sociais (ou socioambientais), 
tema do qual trataremos aqui.
Para falar de inovação no campo de projetos socioambientais, va-
mos identificar razões que influenciaram a aproximação desses temas. 
De um lado, desafios contemporâneos nas sociedades em diferentes 
áreas, com a complexidade crescente dos problemas sociais e ambien-
tais. De outro, essa mesma realidade, além de complexa, é dinâmica 
e exige assertividade nas ações, incluindo maior articulação entre as 
ações existentes, bem como novas compreensões sobre o papel dos 
atores locais no enfrentamento de problemas. Assim, mediante tal con-
texto, o alcance dos projetos e das políticas públicas na proteção e as-
sistência social e ambiental (ou socioambiental) exige novas formas de 
enfrentamento da realidade.
Highlight
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No entanto, é importante ressaltar que não se pode pensar que a 
simples transposição do ideário sobre inovação nos variados setores, 
em especial no setor privado, se encaixa perfeitamente no campo da 
gestão social e de seus projetos e políticas públicas.
A conceituação de inovação (ainda sem o adjetivo “social”) foi apre-
sentada inicialmente por Schumpeter1 e dizia respeito à geração de va-
lor econômico. O autor postulava que as inovações são fruto de cinco 
situa ções (BIGNETTI, 2011, p. 5):
 • Introdução de um novo bem ou de uma nova qualidade de um bem.
 • Introdução de um novo método de produção no ramo específico 
da indústria de transformação.
 • Abertura de um novo mercado em que a empresa ainda não te-
nha entrado.
 • Conquista de uma nova fonte de matérias-primas ou de um bem 
semimanufaturado.
 • Estabelecimento de uma nova organização de qualquer setor in-
dustrial, como a criação de um monopólio.
Assim, é possível perceber que o conceito de inovação nasce no 
contexto industrial, visando atender ao mercado. De acordo com Silva 
(2017, p. 29):
[…] tem sua relevância refletida pelo campo das inovações tecnoló-
gicas, mas em muitas situações aponta para um caminho retrata-
do […] pela meta de vendas e lucros […] por uma visão fria e descon-
textualizada dos problemas reais da grande maioria da população 
de uma nação.
1 No início do século XX, Schumpeter trouxe o tema inovação para a pauta da discussão sobre o crescimento 
econômico. O autor considera a inovação como a razão principal para os grandes saltos de crescimento 
econômico na evolução da raça humana (HULGARD; FERRARINI, 2010).
Highlight
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Frente aos inúmeros problemas sociais emergentes, frutos dos 
princípios e valores capitalistas, surge a inovação “social” como um ca-
minho possível para se alcançar novas alternativas para enfrentar tais 
problemas (KON, 2018; SILVA; PACHECO, 2018), não havendo, por outro 
lado, um consenso quanto à sua definição (BIGNETTI, 2011). 
Nesse sentido, alguns autores se propuseram o desafio de clarear 
uma possível definição conceitual, realizando para isso uma discussão 
entre inovação tecnológica, ligada aos preceitos do mercado descritos 
anteriormente, e a inovação social. Para André e Abreu (2006), uma 
importante diferença entre os dois tipos de inovação está no motivo 
impulsionador do processo. Na inovação tecnológica, é o lucro que 
conduz à inovação, já na inovação social é a “necessidade de vencer 
adversidades e riscos” (ANDRÉ; ABREU, 2006, p. 127).
Os autores afirmam ainda que:
[…] a inovação social implica sempre uma iniciativa que escapa à or-
dem estabelecida, uma nova forma de pensar ou fazer algo, uma mu-
dança social qualitativa, uma alternativa – ou até mesmo uma ruptura 
– face aos processos tradicionais. (ANDRÉ; ABREU, 2006, p. 125)
Bignetti (2011) apresenta cinco diferenças entre inovação tecnoló-
gica e social, salientando a importância de não encará-las enquanto 
opostos que se excluem, mas como diferentes que se complementam, 
havendo certa permeabilidade entre eles. A primeira diferença é quanto 
à finalidade, de forma que a inovação tecnológica visa à apropriação de 
valor, enquanto a inovação cultural, à construção de valor. A segunda é 
sobre a estratégia utilizada, sendo a busca por vantagens competitivas 
adotada pela inovação tecnológica e a cooperação para enfrentar pro-
blemas sociais adotada pela inovação social. A terceira é sobre o lócus 
em que ocorrem, sendo dentro da empresa, no caso da tecnológica, e 
dentro da comunidade, no caso da social. A quarta se refere ao proces-
so de desenvolvimento da inovação, o qual se dá de dentro para fora, no 
caso da tecnológica, ou seja, a inovação parte da empresa e chega ao 
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público, havendo um certo distanciamento entre os atores, enquanto, no 
caso da social, há a participação dacomunidade em todo o processo. 
A quinta e última diferença é sobre a difusão do conhecimento, o qual 
fica protegido de ser copiado pela concorrência, no caso da tecnológica, 
e é difundido para outros contextos, no caso da social (observe a sínte-
se dessas diferenças no quadro 1). 
Quadro 1 – Diferenças entre inovação tecnológica e inovação social
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA INOVAÇÃO SOCIAL
Finalidade Apropriação de valor Construção de valor
Estratégia Busca por vantagens competitivas
Cooperar para enfrentar 
problemas sociais
Lócus Empresa Comunidade
Processo de desenvolvimento
De dentro da empresa para fora 
(público)
O público (comunidade) 
participa de todo o processo
Difusão do conhecimento
Conhecimento é protegido para 
não ser copiado por concorrentes
Conhecimento é difundido 
para ser utilizado por outras 
comunidades
Fonte: adaptado de Bignetti (2011).
Com base nessa diferenciação, os autores nos apresentam o que 
acreditam ser as melhores definições sobre inovação social:
A inovação social é aqui definida como o resultado do conhecimen-
to aplicado a necessidades sociais através da participação e da co-
operação de todos os atores envolvidos, gerando soluções novas e 
duradouras para grupos sociais, comunidades ou para a sociedade 
em geral. (BIAGNETTI, 2011, p. 4)
Entendemos a inovação social como uma resposta nova e social-
mente reconhecida que visa e gera mudança social, ligando simul-
taneamente três atributos: (i) satisfação de necessidades huma-
nas não satisfeitas por via do mercado; (ii) promoção da inclusão 
social; e (iii) capacitação de agentes ou atores sujeitos, potencial 
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ou efetivamente, a processos de exclusão/marginalização social, 
desencadeando, por essa via, uma mudança, mais ou menos inten-
sa, das relações de poder. (ANDRÉ; ABREU, 2006, p. 124)
Analisando o campo da gestão social, segundo Dowbor (1999), a 
gestão social não é nem pública, nem privada, mas age para elevar o 
bem-estar como atividade fim para a transformação da sociedade, na 
qual a economia passa a ser uma atividade meio.
Pimentel e Pimentel (2010) complementam que o caráter da gestão 
social, de dar respostas a demandas sociais não atendidas nem pelo 
Estado, nem pelo mercado, se deve ao protagonismo da sociedade civil 
organizada, através da comunicação dialógica, com processos decisó-
rios participativos e descentralizados.
Após identificarmos as características da inovação social, passemos 
a analisar as convergências e divergências entre a inovação social e a 
gestão social: ambas estão ligadas à busca de uma maior participação, 
empoderamento, bem comum, autonomia dos atores envolvidos, e tam-
bém à satisfação das necessidades sociais não atendidas nem pelo 
Estado, nem pelo mercado (SILVA; PACHECO, 2018). Silva e Pacheco 
(2018) seguem apontando divergências que residem nos procedimentos 
das pesquisas utilizadas para estudos de cada um dos campos e na re-
gionalidade dos trabalhos. 
Assim, a gestão social tem a perspectiva de atuar em lacunas de 
atuação do poder governamental e do mercado, e a inovação social 
também atua na capacidade de satisfação das necessidades sociais, 
porém o grande diferencial das inovações sociais é a implicação de 
uma nova visão e maneira de identificar e lidar com problemas (SILVA; 
PACHECO, 2018).
Agora que temos uma noção das definições acerca da inovação 
social, a pergunta que fica é: qual a relação entre inovação social e 
projeto social? 
111Possibilidades na concepção de projetos sociais
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Os projetos sociais, com sua intencionalidade, pertinência e viabili-
dade (conceitos estudados anteriormente), bem como com a utilização 
de metodologias participativas e dialógicas, cumprem sua função de 
transformação e controle social quando promovem inovações sociais, 
as quais podem ser entendidas como resultados materiais (construção 
de uma estrutura de saneamento básico, por exemplo) e/ou imateriais 
(o aprendizado colaborativo, por exemplo) dos projetos, frente aos pro-
blemas coletivos que enfrentam.
Nesse sentido, vale resgatar a diferença conceitual entre criativi-
dade e inovação. A primeira ocorre dentro de nossas cabeças quando 
conseguimos ter ideias ou pensamentos que fogem ao padrão estabe-
lecido, dando-se em um âmbito mais reflexivo, das ideias e de formas 
de se atuar frente a problemas conhecidos. Já a segunda está ligada a 
um âmbito mais prático, o da ação. “Inovação é criar ou propor mudan-
ças em sistemas considerados estáveis. Inovar significa oferecer uma 
nova ação, função, habilidade ou melhoria a um sistema que já co-
nhecemos, realizando melhorias significativas nele” (ESCOLA DESIGN 
THINKING, 2018). 
Assim, ao concebermos um projeto social, lançamos mão da criati-
vidade, refletindo sobre novas ideias, as quais se materializam na exe-
cução do projeto e, portanto, em inovação social, quando se transforma 
um problema ou uma realidade com as pessoas que dela fazem parte. 
2 Limites na concepção de inovação em 
projetos sociais 
Aqui queremos chamar a atenção para a importância de se reco-
nhecer os limites da concepção de inovação social nos projetos so-
ciais, ou seja, de saber identificar quando um projeto atua efetivamente 
na promoção de inovações ou na promoção dos valores do mercado. 
Silva (2017, p. 27) alerta que “a inovação voltada apenas ao mercado 
já demonstrou que gera poucos ou quase nenhum benefício social e 
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ambiental. A indústria necessita se redimir diante da sociedade e mudar 
o estereótipo perverso que adquiriu ao longo dos tempos”.
Isso se faz necessário, uma vez que podemos idealizar e executar 
projetos acreditando que promoveremos inovações sociais, quando, na 
verdade, estaremos reforçando o status quo, agindo em prol da manu-
tenção da situação que queremos mudar. Essa armadilha nos espreita, 
uma vez que estamos todos imersos na cultura de mercado e, portanto, 
temos dentro de nós os valores e princípios da modernidade industrial.
Mas como perceber se estamos sendo guiados por tais valores? 
Em primeiro lugar, é preciso realizar constantemente o exercício da 
autorreflexão, analisando criticamente nossas ideias e ações, ou seja, 
identificando os “por quês”. Por que essa ideia é realmente boa para o 
território e coletivos/comunidades que nele atuam? Qual a trajetória his-
tórica vivida por essa população que culminou no problema que vivem 
hoje? Será mesmo que transformaremos a vida dessa população com 
nosso projeto, por quê? Etc.
Em segundo lugar, deve-se realizar o exercício da reflexão coletiva 
com a população com que se trabalha, tendo em vista a oposição de 
valores entre inovação mercadológica e inovação social, apresentada 
no item anterior, para juntos desvelar os valores culturais que guiam 
suas vidas, enunciar novos que se queira desfrutar e, por fim, empreen-
der ações, por meio dos projetos, que permitam a sua materialização, 
transformandosuas vidas.
Ressaltamos, portanto, que limites na concepção de inovação em 
projetos sociais estão alinhados com a promoção de inovações que 
estejam fundamentadas em valores sociais e não nos de mercado, e, 
assim, cuidando para não reproduzir modelos que contemplem outros 
valores.
A seguir, apresentaremos iniciativas que realizaram esses exercícios 
reflexivos e de inovação em projetos sociais.
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3 Casos de referência de sucesso e 
insucesso
Vamos apresentar aqui uma iniciativa de inovação social empreendi-
da pela Ashoka, uma organização internacional que:
[…] identifica e apoia empreendedores sociais no mundo inteiro, 
aprende com eles novos modelos e tendências de inovação social 
e mobiliza uma comunidade global que reconhece e aplica essas 
inovações para construir um mundo de pessoas que transformam. 
(ASHOKA BRASIL, [s. d. a]).
Para isso, desenvolve seu trabalho em três fases: 1) reconhecimento de 
empreendedores sociais (já são mais de 3.500 espalhados pelo mundo); 
2) mobilização de outras organizações para se juntar à causa; 3) equipar 
as pessoas para serem agentes de mudança (ASHOKA BRASIL, [s. d. a]).
Destacamos aqui a ação Roda de Conversa de Impacto: Inovação 
Social para a Longevidade, empreendida no Festival de Inovação em 
Longevidade, em 2017, na cidade de São Paulo (ASHOKA BRASIL, [s. d. 
b]), buscando responder às seguintes perguntas: “o que levar em con-
sideração quando pensamos em inovação social para a longevidade? 
Quem são os agentes de transformação que podem gerar novas ideias 
para uma boa velhice?” (DOMENICH, 2017).
Dentre as possíveis respostas, figuraram: o desenvolvimento de 
ações intergeracionais, promovendo a empatia dos mais jovens pelos 
mais velhos; a valorização dos mais velhos; e a busca de profissões a 
serem desenvolvidas pelos mais velhos (DOMENICH, 2017).
O interessante a destacar é a reflexão crítica que acompanhou o pro-
cesso. A organização parece reconhecer que a questão da longevidade 
está intrinsecamente conectada com as questões de diversidade e das 
desigualdades sociais, não sendo possível desconsiderá-las ao propor 
soluções para as questões levantadas. 
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Pensar em inovação social para a longevidade requer se antever 
à velhice. Por isso, a pauta sobre diversidade e a mitigação das 
desigualdades sociais do nosso país devem estar no centro das 
soluções.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 
(2013), a população idosa preta (8,3%) e parda (37,3%) é proporcio-
nalmente menor do que de pessoas mais novas. Ou seja: pessoas 
brancas vivem, em média, mais do que as outras.
[…]
Quando o assunto é gênero, um dado relacionado à população 
trans é alarmante. A expectativa de vida das travestis e das mulhe-
res trans é de 35 anos. A média nacional, segundo dados do IBGE, 
é de 75,5 anos.
Essas estatísticas são relevantes para refletirmos sobre quem en-
velhece no Brasil e como pensar em soluções que garantam que 
todos nós tenhamos direito de envelhecer e de ter uma boa velhice. 
(DOMENICH, 2017)
Nesse excerto, percebe-se a complexidade da questão tratada. Não 
basta propor uma solução pontual, é preciso compreender o contexto 
e as variáveis que afetam o problema. Dessa forma, é possível ter uma 
visão mais completa e, consequentemente, pensar em soluções que 
real mente inovem para atender a essa complexidade. 
Vejamos agora uma iniciativa que consta no banco de dados de 
tecnologias sociais da Fundação Banco do Brasil relacionada ao cam-
po do turismo de base comunitária, implementada pelo Instituto de 
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e intitulada Melhorando 
Vidas e Preservando o Meio Ambiente.
O turismo de base comunitária (TBC) é uma tecnologia social cuja fi-
nalidade principal é contribuir para o desenvolvimento socioeconômico 
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de uma região. O caso em análise ocorreu na Reserva Mamirauá, uma 
área de conservação no Amazonas. Para a região em questão, segundo 
Peralta (2002), o TBC se apresenta como uma alternativa de renda e de 
proteção do meio ambiente, além de configurar uma saída econômica 
à utilização tradicional dos recursos naturais, tendo como objetivos ge-
rais promover a conservação do meio ambiente e a geração de benefí-
cios à comunidade local.
Segundo o Ministério do Turismo (BARTHOLO; SANSOLO; BURSZTYN, 
2009), o TBC é compreendido como um modelo de desenvolvimento tu-
rístico, orientado pelos princípios da economia solidária, associativismo, 
valorização da cultura local e, principalmente, protagonizado pelas comu-
nidades locais, visando à apropriação delas dos benefícios advindos da 
atividade turística. Em suma, as comunidades locais devam estar envol-
vidas no planejamento, implementação e gestão da atividade e receber 
uma grande parte dos benefícios.
O TBC desse caso se realiza na Pousada Uacari e se iniciou em 
1998 como uma fonte de renda para as comunidades de uma região da 
Reserva Mamirauá, cuja finalidade era encontrar uma alternativa econô-
mica que deslocasse parte da pressão sobre os recursos naturais tradi-
cionalmente explorados na região do Médio Solimões (PERALTA, 2002).
A gestão da Pousada Uacari é compartilhada entre o Instituto 
Mamirauá e uma associação comunitária, a AAGEMAM, responsável 
por grande parte dos processos internos e de tomadas de decisão. Ao 
longo de mais de 20 anos de atuação, a pousada se tornou uma impor-
tante fonte de renda de forma sustentável. As comunidades irão assu-
mir a propriedade e a gestão em poucos anos.
Ressaltamos que o ponto forte desse projeto social inovador é que 
a atividade de turismo foi pensada como uma alternativa que pudes-
se ser replicada em outras regiões da Amazônia e de outros biomas. 
“Passados 20 anos a Pousada se tornou um exemplo de TBC no Brasil, 
motivando a criação de outras iniciativas e promovendo intercâmbios 
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e trocas de experiências com as já existentes” (FUNDAÇÃO BANCO DO 
BRASIL, [s. d.]). Atualmente, há uma grande demanda para a dissemina-
ção da experiência da Pousada Uacari através de produções científicas, 
palestras, congressos e intercâmbios. A principal ferramenta de disse-
minação do conhecimento adquirido são os “cursos de multiplicadores”, 
um momento de troca de experiências e aprendizado, em que técnicos 
e comunitários participam de atividades, palestras e visitas in loco no 
empreendimento com o intuito de replicar em seus locais de origem o 
que foi discutido ao longo do curso.
Outra iniciativa exitosa e inovadora integrante do banco de dados de 
tecnologias sociais da Fundação Banco do Brasil quequeremos des-
tacar se apresenta como uma combinação de diversas ferramentas: o 
Plantando Águas é uma metodologia composta por tecnologias de sa-
neamento (representadas pelos equipamentos de fossas biodigestoras, 
jardins filtrantes, cisternas, cloradores), sistemas agroflorestais (SAF) e 
de recuperação de áreas ciliares de forma modulada e integrada.
A inovação proposta pelo Plantando Águas como metodologia é 
tratar o saneamento rural, a recuperação florestal e a implantação de 
sistemas agroflorestais de forma interligada, utilizando sistemas de tra-
tamento de esgoto e resíduos adequados para a realidade do campo, 
promovendo o uso sustentável do solo e a educação ambiental para 
agricultores e estudantes.
Assim é feita a implantação das diversas tecnologias de forma com-
binada (INICIATIVA VERDE, 2018): 
 • Recuperação florestal com base em SAFs: começa com um 
diagnóstico inicial, com visitas de campo, nas quais são levan-
tados fatores como: passivos ambientais (déficit de áreas de 
preservação permanente e reserva legal); ativos ambientais (ex-
cedentes de vegetação nativa); aspectos econômicos; e forma-
to do sistema produtivo e interesse dos agricultores em SAFs 
de base agroecológica. A partir daí é feito o desenho do SAF e 
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o planejamento das ações, considerando aspectos agronômicos, 
ambientais e econômicos, além do interesse do agricultor e orça-
mento do projeto. 
 • Saneamento: o referencial metodológico são os trabalhos da 
Embrapa Instrumentação de São Carlos, SP, em especial o jardim 
filtrante (tratamento de águas cinzas) e a fossa séptica biodiges-
tora (para águas negras), clorador para tratamento de água potá-
vel, além da fossa econômica, feita com bombonas plásticas e 
cisternas para coleta de águas de chuvas em telhados. A gestão 
do lixo no meio rural é tratada com difusão de tecnologias e o 
apoio a arranjos locais para reciclagem, compostagem e destina-
ção adequada. Também são testadas outras soluções conforme 
as situações locais. 
 • Recuperação florestal: a implantação dos SAFs deve observar 
sempre a legislação vigente, como a Lei Florestal (12.651/2012), 
que define que nos imóveis da agricultura familiar a recomposi-
ção de áreas de preservação permanente (APPs) poderá ser feita 
com o plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, 
sendo nativas e exóticas, e também que a recomposição das re-
servas legais poderá ser feita em sistema agroflorestal, com o 
plantio intercalado de espécies nativas e exóticas em até 50% da 
área total a ser recuperada. 
 Os SAFs são desenhados aliando interesses dos agricultores, 
funções ecossistêmicas e disponibilidade e adequação local de 
mudas, sendo voltados à produção diversificada e de base agro-
ecológica (GONÇALVES, 2014). Devem priorizar impactos positi-
vos nos recursos hídricos e, sempre que necessário, incluir medi-
das de conservação de solo adequadas às condições locais e o 
uso dos efluentes tratados. Em alguns locais também foi feita a 
recuperação de matas ciliares sem finalidade econômica direta, 
apenas com espécies nativas. 
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 • Educação ambiental e envolvimento comunitário: a instalação 
dos sistemas de saneamento e SAFs é feita após oficinas com os 
agricultores e com foco em grupos, para incentivar a participação 
da comunidade. Os imóveis que recebem a tecnologia também 
desempenham papel de vitrine, recebendo visitas de outras co-
munidades, escolas e outros grupos. Há um componente espe-
cífico de educação ambiental (EA) para o ensino formal, baseado 
no Centro de EA do Sítio São João, em São Carlos, SP, no qual são 
feitas visitas monitoradas para grupos de alunos do ensino funda-
mental, especialmente. Faz parte da etapa de educação ambien-
tal a assistência técnica, a extensão rural e a produção de peças 
de comunicação, como vídeos, revistas, folhetos, cartilhas, entre 
outras, que tratam os conteúdos abordados nas atividades. O 
projeto fornece os insumos e a assistência, sendo os serviços de 
implantação, operação e manutenção dos equipamentos e SAFs 
feitos pelos participantes, visando à apropriação das tecnologias 
e maior autonomia destes.
Em síntese, os elementos fortes dos exemplos que vimos tocam 
nos seguinte pontos: alternativa pensada como base para ser replicada; 
processos de formação, com cursos visando à constituição de multipli-
cadores; trocas e intercâmbios entre saberes técnicos e comunitários, 
combinação de tecnologias, utilização de referencial metodológico con-
sistente, priorizando o início dos trabalhos a partir de diagnóstico local 
e integrativo à comunidade; alinhamento com a legislação vigente; e, 
principalmente, a busca de processos alinhados aos interesses da co-
munidade envolvida.
Com base nas referências de sucesso, vamos agora construir um 
marco de aspectos que podem levar ao insucesso de uma atividade. 
Podemos pensar em um caso no qual sejam negligenciados os prin-
cípios de convergência entre os campos, como o do fortalecimento 
da participação, empoderamento, bem comum, autonomia dos atores 
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envolvidos, e também a satisfação das necessidades sociais não atendi-
das nem pelo Estado, nem pelo mercado. Imaginemos uma iniciativa que 
tenha como objetivo trocar as fossas sépticas tradicionais, em uma loca-
lidade do interior do estado do Rio de Janeiro, por bacias de evapotrans-
piração (BETs). A ideia nasceu de um gestor da prefeitura do município, 
motivado pelo desejo de aproveitar uma oportunidade de financiamento 
internacional para condomínios de baixa renda da cidade. No entanto, 
não foi realizado diagnóstico com os atores do território de intervenção 
para levantar a necessidade e aceitação da instalação das BETs, mas foi 
justificado no projeto os ganhos ambientais. A proposta foi viabilizada 
com a contratação de uma “empresa verde”, que possuía mão de obra 
especializada em implantação de BETs (não se priorizou a mão de obra 
local). O projeto previa um financiamento internacional para tal iniciativa, 
visando o beneficiamento de um condomínio habitacional de baixa renda 
que conta com 150 famílias e um total de 600 pessoas/moradores.
O projeto apresentava um cronograma físico apertado, o que exigiu um 
ritmo intenso das obras, com grande contingente de mão de obra que veio 
de outros municípios e estados brasileiros, com contrato de trabalho tem-
porário, necessitando produzir o máximo de instalações no menor tempo 
possível (não houve a preocupação na formação de multiplicadores).
O financiamento internacional se deu apenas para este projeto, não 
tendo continuidade ou ampliação para outros locais do município.
Analisemos tal situação, à luz dos princípios da inovação social, a 
partir de dois questionamentos: a realização das obras, sendo feita por 
uma empresa contratada, em que medida fomenta a participação e 
empoderamento da população residente de baixa renda? A não defini-
ção da iniciativa de forma participativa, em que medida contribui para 
sua efetividade? 
A melhoria ambiental das instalaçõesBET é inegável e deve ser 
apoiada, porém, não pode ser considerada de forma isolada, esquecen-
do-se que os problemas socioambientais são de natureza complexa, o 
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que demanda o envolvimento de diversos atores sociais, seguindo os 
preceitos da inovação social. O processo de valorização da participação 
e empoderamento, que podem garantir a continuidade e reedição ou 
ampliação da ação, contribuindo com políticas públicas que ganhem 
escala, é fundamental para se coroar uma iniciativa como exitosa.
Nessa iniciativa, foram então identificadas indicações de insucesso 
sob a perspectiva de um projeto socioambiental, tais como: ausência 
de um diagnóstico; cronograma inexequível para contar com o envolvi-
mento da comunidade local; iniciativa isolada em si mesma, sem pers-
pectiva de reedição e ampliação para outros territórios, cujo objetivo era 
o lucro da empresa contratada. Assim, conclui-se que o atendimento a 
necessidades sociais e ambientais, mesmo que significativo, não pode 
justificar o descumprimento de princípios básicos de novos modelos 
que levem em conta a complexidade de enfrentamento dessas proble-
máticas e encarem o desafio de novos caminhos de transição para so-
ciedades sustentáveis.
Considerações finais
Iniciamos este capítulo verificando conjunturas que propiciaram a 
aproximação do campo da inovação ao campo da gestão de projetos 
socioambientais. Visualizamos identidades de cada um dos campos, 
suas convergências e divergências.
Vimos que o conceito de inovação foi criado em um contexto mar-
cado por valores e princípios industriais de produção e consumo e que 
o atendimento a valores como participação, empoderamento e busca 
do bem comum demanda o exercício constante de reflexão individual e 
coletiva daqueles que se propõem a realizar projetos sociais para que 
possam averiguar se estão sendo, de fato, promotores de transforma-
ções, ou se estão contribuindo para a manutenção do status quo. Para 
ilustrar, trouxemos exemplos de iniciativas exitosas e também um caso 
fictício de insucesso.
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