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DIREITOS HUMANOS 
 
Direitos Fundamentais e a Constituição de 1988: A Posição e o Significado dos Direitos 
Fundamentais. 
 
Andre de Carvalho Ramos (2017) leciona que a 
 
“Constituição de 1988 é um marco na história constitucional 
brasileira. Em primeiro lugar, introduziu o mais extenso e abrangente 
rol de direitos das mais diversas espécies, incluindo os direitos civis, 
políticos, econômicos, sociais e culturais, além de prever várias 
garantias constitucionais, algumas inéditas, como o mandado de 
injunção e o habeas data”. 
 
 
 
(BRASIL, 1988) 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
DE 1988 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia 
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado 
a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça 
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem 
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO 
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações. 
 
 
Napoleão Casado Filho descreve que 
 
“A ideia de que a dignidade da pessoa humana é um valor que deve 
fundamentar e orientar todo e qualquer exercício do poder é facilmente 
percebida na Constituição não apenas pela primazia topográfica, mas por 
expressa previsão do primeiro artigo da Constituição, que elege a dignidade 
da pessoa humana como fundamento da República e do Estado Democrático 
de Direito que ali eram instituídos” (CASADO FILHO, 2012). 
 
 
André de Carvalho Ramos (2017) destaca que a 
 
“enumeração de direitos e garantias não é exaustiva, uma vez que o seu art. 
5º, § 2º, prevê o princípio da não exaustividade dos direitos fundamentais, 
introduzido pela primeira vez na Constituição de 1891, também denominado 
abertura da Constituição aos direitos humanos, dispondo que os direitos nela 
previstos não excluem outros decorrentes do (i) regime, (ii) princípios da 
Constituição e em (iii) tratados celebrados pelo Brasil (RAMOS, 2017). 
 
 
Art. 5º (BRASIL, 1988) 
[...] 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
 
 
Poder Constituinte Originário 
 
Pedro Lenza (2012) trata o conceito de poder constituinte originário como 
 
“(também denominado inicial, inaugural, genuíno ou de 1.º grau) 
aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo 
com a ordem jurídica precedente. 
O objetivo fundamental do poder constituinte originário, portanto, é 
criar um novo Estado, diverso do que vigorava em decorrência da 
manifestação do poder constituinte precedente” (LENZA, 2012). 
 
 
Poder Constituinte Derivado 
 
“O poder constituinte derivado é também denominado instituído, 
constituído, secundário, de segundo grau, remanescente. 
Como o próprio nome sugere, o poder constituinte derivado é criado e 
instituído pelo originário. 
 
 
O poder constituinte derivado reformador, chamado por alguns de 
competência reformadora, tem a capacidade de modificar a 
Constituição Federal, por meio de um procedimento específico, 
estabelecido pelo originário, sem que haja uma verdadeira revolução” 
(LENZA, 2012). 
 
 
Cláusulas Pétreas 
 
Andre de Carvalho Ramos (2017), descreve as cláusulas pétreas como “normas 
constitucionais cujo conteúdo não pode ser eliminado ou amesquinhado de alguma forma, 
mesmo por emendas constitucionais”. 
 
 
(BRASIL, 1988) 
Da Emenda à Constituição 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de 
seus membros. 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número 
de ordem. 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida 
por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
 
 
2.1. Os Direitos de Defesa e os Direitos Prestacionais. 
 
Direitos de defesa 
 
André de Carvalho Ramos (2017) ensina que 
 
“os direitos de defesa consistem no conjunto de prerrogativas do indivíduo 
voltado para defender determinadas posições subjetivas contra a intervenção 
do Poder Público ou mesmo outro particular, assegurando que: 1) uma 
conduta não seja proibida; 2) uma conduta não seja alvo de interferência ou 
regulação indevida por parte do Poder Público; e 3) não haja violação ou 
interferência por parte de outro particular” (RAMOS, 2017). 
 
 
Direitos Prestacionais 
 
Segundo Andre de Carvalho Ramos (2017), “os direitos à prestação são aqueles que exigem 
uma obrigação estatal de ação, para assegurar a efetividade dos direitos humanos.” (Ramos, 
2017) 
 
Acerca dos direitos sociais prestacionais, Ingo Wolfgang Sarlet (2015, p.225) destaca 
 
“os direitos sociais, ou foram como tal designados por serem direitos a 
prestações do Estado na consecução da justiça social, mediante a 
compensação de desigualdades fática e garantia do acesso a determinados 
bens e serviços por partes de parcelas da população socialmente vulneráveis 
[...]” 
 
Jose Afonso da Silva (p.286) 
 
“Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, 
são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta e indiretamente, 
enunciadasem normas constitucionais, que possibilitam melhores condições 
de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de 
situações desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de 
igualdade” 
 
 
-------------------------------------------- 
Referências 
 
AFONSO, Frederico. Como se preparar para o exame de ordem, 1ª fase : Direitos Humanos / 3.ª ed. 
rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. 
 
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. 2 ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2015. 
 
BARROSO, Luís Roberto. Curso de direito constitucional contemporâneo os conceitos fundamentais e 
a construção do novo modelo. 2 ed., São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho apresentação de Celso 
Lafer. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
CASADO FILHO, Napoleão Direitos humanos e fundamentais. São Paulo : Saraiva, 2012. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 24 Ago. 2024. 
 
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 38. ed., rev. e atual. São 
Paulo : Saraiva, 2012. 
 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado 16. ed. rev., atual. e ampl, São Paulo : Saraiva, 
2012. 
 
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direitos humanos. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: 
MÉTODO, 2014. 
 
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 32. ed., São Paulo: Atlas, 2016. 
 
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos, 4. ed., São Paulo : Saraiva, 2017. 
 
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos 
fundamentais na perspectiva constitucional. 12 ed. rev.atual e ampl. Porto Alegre: Livraria do 
Advogado Editora, 2015. 
 
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 24 ed. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2005.

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