Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Dr. Carlos Odilon da Costa
Unidade 1
Geografia Rural GED 106
1
Ser a melhor solução de educação para a construção da sua própria história.
Ser líder nas regiões onde atua, referência de ensino para a melhoria de vida dos nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de todos os públicos.
MISSÃO
VISÃO
VALORES
Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com transparência e respeito, é a base do nosso relacionamento com alunos, funcionários e parceiros.
Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento como forma de inspirar e aproximar as pessoas.
Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer em educar 
e contribuir para o crescimento dos nossos alunos.
Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do negócio.
Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como um time, com diálogo aberto e direto.
Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe cresce por mérito através da superação de metas e dedicação de cada um.
3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM UNIDADE 1
 
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
conhecer os conceitos pertinentes ao tema: questão agrária, questão agrícola, uso e a exploração da terra no Brasil e no mundo;
compreender as abordagens teóricas e históricas referentes à reprodução do camponês e do latifundiário e suas relações com o capitalismo;
saber as bases teóricas que consolidaram o capitalismo, como sistema hegemônico, no tocante à agricultura;
entender o funcionamento do capitalismo e sua relação com a produção do capital;
compreender como se deu o desenvolvimento do Espaço Rural durante a evolução do Sistema Capitalista Financeiro e Informacional;
entender as diferenças na relação capitalista entre os países periféricos e os países centrais no que se refere à agricultura;
conhecer as origens da concentração fundiária brasileira, suas causas e consequências; 
compreender que a estrutura agrária de um território (país, estado, município) está diretamente relacionada à estrutura social, política e econômica
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
TÓPICO 1 – ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
TÓPICO 2 – FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO 
TÓPICO 3 – A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL 
ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL 
A formação histórica do meio rural brasileiro apresenta diferenças marcantes em relação à formação do meio rural europeu e norte-americano, ao mesmo tempo em que é muito parecido com o de outros países não desenvolvidos, principalmente com os da América Latina. Basta lembrar as funções específicas assumidas historicamente pelas cidades, a vinculação da grande agricultura de origem colonial do mercado externo e a possibilidade de deserção da população por um vasto território, para entender a particularidade brasileira no que se refere à constituição e composição das sociedades locais, à relação campo/cidade e às relações entre o que é “agricultura” e o que é “rural”
No Brasil, o meio rural foi historicamente percebido como constituindo um “espaço diferenciado”, que corresponde a formas sociais distintas: as grandes propriedades rurais (fazendas e engenhos), os pequenos aglomerados (povoados) e padrões culturais específicos. Esses espaços, juntamente com as pequenas cidades do interior, tiveram um importante papel na história do povoamento brasileiro, como “pontos de apoio da civilização” (WANDERLEY, 1999, p.18).
Contemporaneamente, as transformações introduzidas no meio rural brasileiro pelo processo de “modernização conservadora” da sociedade e da agricultura, iniciado depois da Segunda Guerra Mundial, levaram alguns autores a caracterizar esse período pela ocorrência de um “processo de urbanização do campo” (SILVA, 1997; CARNEIRO, 1998).
ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
O geógrafo deve estudar o espaço geográfico considerando as relações entre as causas e consequências no tempo e espaço. Para tanto, é preciso analisar diferentes abordagens sobre a temática e suas diferentes definições da Geografia Rural. Precisamos analisar estes espaços de uma forma crítica, porém, nunca de maneira isolada. A Ciência Geográfica não trata ou aborda os estudos de seus espaços de maneira isolada, mas sempre interliga os espaços físicos e naturais com os aspectos humanos, pois a Ciência Geográfica é a amplitude da discussão das transformações e caracterizações dos espaços.
O ESPAÇO RURAL: ASPECTOS CONCEITUAIS E TEÓRICOS
Para Abramovay (2000), o meio rural caracteriza-se por sua imensa diversidade. Estabelecer tipologias capazes de captar uma grande diversidade é uma das missões mais importantes das pesquisas contemporâneas voltadas para a dimensão espacial do desenvolvimento. As diferentes paisagens, dos meios rurais e urbanos, cada vez mais desenvolvem a hinterlândia de suas atividades realizadas, não apenas a agricultura e a indústria, mas todo o processo produtivo entre as suas relações nos territórios envolvidos busca a prática do desenvolvimento regional entre esses espaços.
 
Abramovay (2000) aborda que o peso da agricultura entre nós é e será, por um bom tempo, mais importante do que nos países desenvolvidos. Mas é óbvio também que o desenvolvimento rural não pode ser confundido com o crescimento da agricultura. O desafio (científico e político) está em descobrir as fontes e as oportunidades de diversificação do tecido social, econômico e cultural das regiões rurais e não em apostar todas as fichas num setor só, por mais promissor que seja. A diversificação do mundo rural traz consigo, inevitavelmente, aquilo que o sociólogo alemão Max Weber chamou de desencantamento do mundo, num processo acelerado de racionalização das relações humanas. 
O ESPAÇO RURAL E A QUESTÃO DO USO DA ÁGUA
Cada vez mais o espaço rural requer políticas produtivas com as práticas ambientais de sustentabilidade para o desenvolvimento, uma prática não pode mais ser separada da outra, não há como firmar o desenvolvimento extrativista, agrícola e da pecuária sem buscar nas ciências ambientais a teoria e prática para o crescimento econômico. O espaço rural não sobreviverá muito tempo se continuarmos a adotar políticas predatórias, de interesses mínimos das parcelas das populações, sem evitar um colapso econômico. É preciso intensificar as relações sistêmicas de todos os espaços envolvidos e espécies de seres vivos, não apenas o ser humano, mas toda a cadeia da vida planetária, para que possamos garantir para as futuras gerações a possibilidade de existir em nosso meio ambiente e continuar a produzir alimentos sem que a desigualdade, nas formas de distribuição, agrave a sobrevivência de todas as espécies na Terra. 
FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
A primeira forma de ocupação do território brasileiro foi por meio das capitanias hereditárias, sistema instituído no Brasil em 1536, pelo rei de Portugal Dom João III. Foram criadas 14 capitanias, divididas em 15 lotes e distribuídas para 12 donatários, que eram os representantes da nobreza portuguesa.
Desde os primeiros anos do século XVI, as terras exploradas na América portuguesa se resumiam ao litoral brasileiro, sendo que o pau-brasil era o produto que mais interessava aos colonizadores. No entanto, a partir do fim da primeira metade do século XVI em diante, ocorreu uma significativa mudança na configuração do território, já que houve um aumento da interiorização da ocupação, tendo em vista a conquista dos chamados sertões, regiões distantes do litoral. 
Já a partir da segunda metade do século XVI, a cana-de-açúcar começa a ser a primeira monocultura agrícola de grande expressão na nova economia da colônia portuguesa e começa então o chamado primeiro grande ciclo econômico da economia brasileira, com o principal objetivo de abastecer o mercado europeu. 
Os primeiros traços da agropecuáriabrasileira agroexportadora surgiram no final do período imperial e início da velha República em meados de 1870 a 1890. Nesse período, ficava cada vez mais vigente a pressão dos segmentos urbanos, representado pela burguesia civil e as forças militares, a favor da proclamação da República. 
Com a Proclamação da República, em 1889, nosso país começou a passar por uma desconstrução do espaço que até então era colônia de Portugal, durante os períodos colonial e imperial, e passa a deliberar sobre representatividade partidária com a nova política instalada no território. Cresceu a influência dos partidários ao desenvolvimento, sendo tomadas algumas medidas favoráveis à produção local, como por exemplo a lei do similar nacional, que proibia a importação de produtos já fabricados no país (a abrangência dessa lei foi severamente reduzida cerca de um século depois, nos governos neoliberais de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso).
Foi preciso esperar até a Revolução de 1930 para que um modelo de desenvolvimento autônomo pudesse firmar-se. Aquele movimento colocou um ponto final na República Velha e em sua política econômica liberal e pode ser considerado o marco inicial daquilo que mais tarde ficou conhecido como desenvolvimentismo nacional.
A abertura de novas áreas de pastagens foi uma das principais causas do aumento da área dos estabelecimentos verificados no período. Em “zonas de ocupação mais antiga” como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, esse processo se deu por “um recuo da área já cultivada” com lavouras. 
ESPAÇO RURAL BRASILEIRO NO PERÍODO CONTEMPORÂNEO 
 
Atualmente o modelo do espaço rural brasileiro está centrado nos resquícios da formação territorial passada, caracterizado pela grande concentração de terras para a minoria da população com verdadeira vocação agropecuária. Esta tornou-se uma das atividades econômicas mais importantes do nosso país e uma das mais solidificadas para cruzar grandes crises econômicas no Brasil e o no mundo, principalmente desde o início da globalização. Grande parte da atividade agropastoril de nosso país é exportador e definido como agropecuária moderna regional, pois há grandes diferenças entre as microrregiões do IBGE. As regiões se diferem por causa de suas particularidades, desprezando sua grandeza ou localização geográfica. São distintas por suas atuações com a produção agropecuária (região da soja, milho, leite, tomate entre outras).
De acordo com a Evolução da Estrutura Fundiária Brasileira, as pequenas propriedades agrárias representam uma pequena parte na produção de alimentos tanto para a agroindústria como para as exportações, o que não acontece com as grandes áreas monocultoras exportadoras de commodities agrícolas no espaço agrário do Brasil.
A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
Atualmente vemos cada vez mais a influência da globalização e da tecnologia no modo de produzir alimentos, na extração dos recursos naturais, no aumento corrente da demanda de consumo por novos produtos, novas práticas e hábitos alimentares. A necessidade de atender cada vez mais à grande oferta na produção e diversificação de alimentos faz com que os sistemas produtivos fiquem cada momento mais complexos e dinâmicos, aumentando a dificuldade ao acesso alimentar em várias nações do planeta e transformando outras em caóticas e centralizadoras. A compreensão das transformações que aconteceram e estão acontecendo no rural brasileiro passa, necessariamente, pelo estudo do processo histórico de constituição do rural enquanto espaço de produção e reprodução social de sua população. 
A produção agrícola teve um desenvolvimento significativo nos últimos anos, com o avanço científico e tecnológico que proporcionou aos produtores ampliar seus empreendimentos, com uso de tecnologias e implementos agrícolas, tornando possível a incorporação e uso de novas terras, adubos químicos para a correção de solos para o aumento de produção. Fatores que proporcionaram uma otimização em todo o processo de produção, desde o plantio-colheita, até a exportação e comercialização (OLIVEIRA, 2007). Entretanto, sem dúvida, o avanço técnico foi impulsionado por grandes empresas multinacionais que associaram a necessidade do campo ao acúmulo de capital. Porém, o que é produzido não chega a todos de maneira igual, como nem todos têm o direito de produzir com eficiência, já que o capitalismo dita as regras de produção e comercialização. Para a compreensão da estrutura é necessário que o ensino de Geografia esteja voltado para a explicação da lógica do modo de produção capitalista. 
No Brasil as políticas agrárias têm sido debatidas a partir da proclamação da constituição de 1988 quando um dos textos da nova carta magma, a política agrária, começou a ser debatido. Infelizmente temos pouco apoio dos três poderes da nossa República Federativa e pouco engajamento político para tratar e definir metas efetivas sobre essa questão, pois há interesses particulares de grandes produtores rurais e nos esquecemos das verdadeiras problemáticas sociais do campo.
A questão agrária no início de século XXI acende novas e velhas questões sobre a questão da terra no Brasil desde a época colonial, a concentração de terras e a exploração pelos grandes latifundiários monocultores. A grande diferença está na contínua modernização e mecanização do sistema de produção agrário ao longo das últimas décadas do século XX e século XXI.
Neste momento social, econômico e político aos quais o Brasil e o Mundo tem passado que a ocupação e exploração dos espaços rurais tem enfatizado a exploração do capital humano e aumentando a participação – nas economias – dos países nas atividades agropecuárias e extrativistas.
 
O avanço e a modernização da agropecuária e a ampliação do uso de tecnologias em nosso país e regiões, antes não exploradas, para fins agrários se tornando novos territórios agroindustriais e exportadores.
 
25
image1.png
image2.png

Mais conteúdos dessa disciplina