Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DOS ANUROSTÍTULO: 
CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA: 
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA: 
SUBÁREA: Ciências BiológicasSUBÁREA: 
INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN-SP - UNIAN - SPINSTITUIÇÃO(ÕES): 
AUTOR(ES): ADRIANO GUIMARÃES PIMENTAAUTOR(ES): 
ORIENTADOR(ES): MARIANA DE MELO ROCHAORIENTADOR(ES): 
1. RESUMO 
Atualmente, o Brasil é o país mais rico em diversidade de anfíbios anuros no 
planeta. Mudanças no ambiente podem causar alterações em suas características 
morfológicas, fisiológicas, ciclo de vida bifásico (ocorrendo na maioria das espécies) 
e no controle de pragas, pois se alimentam de pernilongos e moscas. Dentro deste 
contexto, tem-se por objetivo descrever a importância ecológica dos anuros. O 
presente trabalho está sendo realizado através de revisão bibliográfica, usando o 
método de revisão narrativa, buscando informações confiáveis em diferentes fontes 
disponíveis online e impressas. Constatou-se que os anuros são os animais mais 
ameaçados de extinção em toda a Terra. A perda de habitat é uma das causas do 
seu declínio, ocasionado pelo desmatamento para a produção agrícola e pela 
poluição das águas onde se reproduzem. Outro fator relevante à sua ameaça é o 
agente patogênico Batrachochytrium dendrobatidies, fungo causador da 
quitridiomicose, disseminado pela rã-touro (Lithobates castesbeianus), espécie 
exótica introduzida no Brasil. Os anuros possuem em sua pele, substâncias com 
função de proteção, que apresentam grande potencial farmacológico. Assim, 
pesquisas mais aprofundadas sobre esses animais são necessárias e de extrema 
importância, pois através delas são elaboradas estratégias visando a promoção da 
conservação dos anuros e de um ecossistema equilibrado. 
 
2. INTRODUÇÃO 
Os anfíbios são um grupo muito diversificado, com ampla distribuição 
geográfica, encontrados em quase todo o mundo, exceto nas regiões polares. São 
divididos em três ordens: Caudata, Gymnophiona e Anura (ORR, 2000). 
O Brasil é, na atualidade, o país com maior riqueza de espécies de anfíbios, 
totalizando 1080 espécies; das quais, 1039 pertencem ao grupo dos anuros (SBH, 
2016). Assim, os anuros constituem a ordem com maior número de espécies. 
A maioria possui duas fases de vida, sendo que a primeira fase ocorre dentro 
da água, com os indivíduos sob a forma de larvas (girinos) e respirando por 
brânquias. Na segunda fase, há uma metamorfose e os girinos se transformam para 
a fase adulta terrestre, respirando por pulmões (ORR, 2000). 
Com relação as suas características físicas, os anuros possuem pele úmida e 
permeável (gases e água a atravessam facilmente), responsável pela regulação 
osmótica desses indivíduos (POUGH; HEISER; MCFARLAND, 2008). 
Consoante Pough, Heiser e Mcfarland (2008), os anuros são os anfíbios mais 
bem sucedidos, em razão de sua estrutura morfológica, têm variados tipos de 
locomoção, podem saltar, nadar, caminhar e escalar. 
Ademais, possuem um importante papel ecológico, sendo predadores de 
moscas e pernilongos (ORR, 2000). 
 
3. OBJETIVOS 
Este trabalho tem por objetivo descrever a importância ecológica dos anuros. 
 
4. METODOLOGIA 
O método usado no presente trabalho foi revisão narrativa, que consiste em 
levantamento das referências teóricas que já foram analisadas. Para tanto, utilizou-
se a base de dados Scielo, buscador Google Acadêmico e bibliotecas públicas e 
privadas. Buscou-se artigos científicos, teses, dissertações, monografias e 
periódicos, publicados em língua portuguesa, no período de 2000 a 2018. 
 
5. DESENVOLVIMENTO 
Anuros são animais suscetíveis à contaminação por agentes químicos e 
possuem potencial como bioindicadores de qualidade ambiental, devido a fatores 
tais como capacidade de dispersão limitada com padrões de distribuição geográfica 
restritos, morfologia e fisiologias propícias ao meio e ciclo de vida com fase aquática 
e terrestre (ORR, 2000; POUGH; HEISER; MCFARLAND, 2008). 
A supressão da vegetação natural prejudica diretamente os anfíbios, podendo 
levar à extinção das populações locais. Um exemplo é a Scinax perpusillus, 
conhecida como perereca das bromélias, que faz sua desova em poças d’água 
formadas entre as folhas dessas plantas. Assim, se as bromélias deixarem de existir 
em uma dada região devido a ações antrópicas, as pererecas também se 
extinguirão (VERDADE; DIXO; CURCIO, 2010). 
De acordo com Preuss (2017), outro fator negativo à conservação dos anuros, 
é a introdução da rã-touro (Lithobates castesbeianus) no Brasil, objetivando a 
ranicultura (criação com intuito comercial). A rã-touro é a responsável pela 
disseminação do fungo patogênico Batrachochytrium dendrobatidies, que parasita 
células de anfíbio causando quitridiomicose anfibiana, que provoca mortalidade em 
massa e declínio da população de anfíbios. 
Contudo, estudos e pesquisas sobre esses animais e suas populações são de 
extrema importância, onde o conhecimento sobre seus aspectos ecológicos ajuda no 
monitoramento dos efeitos de alguma alteração nos ambientes, com isso, é possível 
planejar ações de manejo e conservação tanto das espécies quanto do ambiente 
(SÃO PEDRO; FEIO, 2018). 
 
6. RESULTADOS PRELIMINARES 
Sem dúvida, as principais causas dos declínios e extinção de espécies de 
anfíbios são as alterações da paisagem, mudanças no uso do solo, mudanças 
climáticas, contaminantes ambientais, introdução de espécies invasoras, criação 
comercial de animais e doenças infecciosas emergentes, podendo essas atuar 
isoladas ou em sinergia. Entender as causas é fundamental para a elaboração de 
planos de ação para conservação, uma vez que os anfíbios são bioindicadores da 
qualidade ambiental, têm papel fundamental em redes tróficas, controle de pragas e 
são potenciais fonte de fármacos (CARVALHO, 2016). 
 
7. FONTES CONSULTADAS 
 
CARVALHO, T. Distribuição histórica de Batrachochytrium dendrobatidies. 
2016. 61 f. Dissertação (Mestrado em ecologia) – Instituto de Biologia, Universidade 
Estadual de Campinas. São Paulo, 2016. 
 
ORR, R. T. Biologia dos Vertebrados. São Paulo: Roca, 2000. 508 p. 
 
POUGH, F. H.; HEISER, J. B.; MCFARLAND, W. N. A vida dos vertebrados. São 
Paulo: Atheneu, 2008. 750 p. 
 
PREUSS, J. F. Distribuição espaço-temporal da rã invasora, Lithobates 
catesbeianus (Anura, Ranidae) (Shaw, 1802) em dois remanescentes florestais da 
Mata Atlântica no sul do Brasil. Ciências Ambientais, v. 7, n. 2, p. 26-30, 2017. 
 
SÃO PEDRO, V. de A.; FEIO, R. N. Distribuição espacial e sazonal de anuros em 
três ambientes na Serra do Ouro Branco, extremo sul da Cadeia do Espinhaço, 
Minas Gerais, Brasil. Revista Biotemas, Florianópolis, v. 23, n.1, p.143-154, 2009. 
 
SBH. Lista de espécies de anfíbios do Brasil. Sociedade Brasileira de 
Herpetologia (SBH). Disponível em: 
. Acesso em: 12 ago. 2018. 
 
VERDADE, V. K.; DIXO, M.; CURCIO, F. F. Os riscos de extinção de sapos, rãs e 
pererecas em decorrência das alterações ambientais. Gestão e Estudos 
Ambientais, São Paulo, v. 24, n. 68, p. 161-172, 2010. 
http://www.sbherpetologia.org.br/checklist/anfibios.htm

Mais conteúdos dessa disciplina