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Guia pratico para estudos de macroinvertebrados aquticos da regio de Guarapuava-PR

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Guia prático para estudos de macroinvertebrados aquáticos da região de
Guarapuava-PR
Book · November 2020
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Dissertação de mestrado View project
Anderson Moser
Universidade Federal do Paraná
25 PUBLICATIONS   15 CITATIONS   
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Adriana Massaê Kataoka
Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO)
35 PUBLICATIONS   18 CITATIONS   
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Ana Lucia Suriani Affonso
Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO)
24 PUBLICATIONS   11 CITATIONS   
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Anderson de Souza Moser
Adriana Massaê Kataoka
Ana Lucia Suriani Affonso
Macroinvertebrados 
Aquáticos
Guia prático para estudos de 
da região de Guarapuava-PR
Anderson de Souza Moser
Adriana Massaê Kataoka
Ana Lucia Suriani Affonso
AUTORES
Anderson de Souza Moser Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do
Centro-Oeste (UNICENTRO). Mestrando em Educação para a Ciência e a Matemática pela
Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Ana Lucia Suriani Affonso Professora Adjunta do Departamento de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Docente do Programa de Pós Graduação
em Ensino de Ciências Naturais e Matemática da UNICENTRO. Formada em Ciências Biológicas
pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestre em Ecologia e Recursos Naturais e
Doutora em Ciências pela mesma Instituição. Possui Especialização em Educação Ambiental pela
Universidade de São Paulo (USP) e em Gestão Ambiental na Agroindústria pela Universidade
Federal de Lavras (UFLA).
Adriana Massaê Kataoka Possui graduação em Licenciatura Em Ciências Biológicas pela
Universidade Federal de São Carlos (1992), mestrado em Ecologia e Recursos Naturais pela
Universidade Federal de São Carlos (1997) e doutorado em Ciências pela Universidade Federal de
São Carlos (2006). Atualmente é professora associada da Universidade Estadual do Centro-Oeste.
Docente do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática da
Universidade Estadual do Centro Oeste. Cursando pós-doutorado em Educação para a Ciência e a
Matemática na Universidade Estadual de Maringá. Atua no ensino, pesquisa e extensão no campo da
Educação Ambiental. Líder do grupo de pesquisa Núcleo de Educação Ambiental (NEA).
CARO LEITOR
REALIZAÇÃO
LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE BENTOS – UNICENTRO
COLETA DOS ORGANISMOS
Aline Rukhaber, Bruno Lima, Danielly de
Castro Schupchek, Dieli de Paula
Slompo, Fabiana de Fátima Stürmer,
Gabriela Cebulski, Juliana Mara Antonio,
Sharonn Martins Gonçalves Hartmann,
Thaysa Cristina Max.
APOIO NAS 
FOTOGRAFIAS 
DOS ORGANISMOS 
Laboratório de Genética e 
Evolução - UNICENTRO
AUTORES
Anderson de Souza Moser
Ana Lucia Suriani Affonso
(orientadora)
Norbert Heinz
(Edição e diagramação)
ISBN: 978-85-900061-2-1
Guarapuava – PR
2018
Adriana Massaê Kataoka
(co-orientadora) 
Em 2017, ao concluirmos uma pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICEN-
TRO), cujo objetivo era a criação de uma coleção biológica dos
macroinvertebrados da região de Guarapuava-PR, observamos que tínhamos em mãos um
importante instrumento de apoio ao conhecimento científico dos ambientes aquáticos da região
centro sul do Paraná. Nesse sentido, enquanto educadores e pesquisadores constatamos a
necessidade de transformar este material num e-book, democratizando o conhecimento construído.
O e-book intitulado“Guia prático para estudos de macroinvertebrados aquáticos da região de
Guarapuava-PR” se justifica pela inexistência de informações sobre os macroinvertebrados
aquáticos dessa região e por esta coleção biológica servir como uma ferramenta didática inovadora e
acessível para professores e alunos da educação básica e do ensino superior na abordagem das
problemáticas dos recursos hídricos. Ele também contempla por meio de uma coleção biológica as
principais informações dos macroinvertebrados aquáticos da região e como esta temática pode ser
abordada em ações de pesquisa, ensino e Educação Ambiental com professores e alunos dos
diferentes níveis e modalidades de ensino.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………..……….…………………….. 08
A Região de Guarapuava, Paraná, Brasil………………….……………………… 09
Área da Coleta…...………………………………………..……………………… 10
Biomonitoramento........................................................................................................... 10
Macroinvertebrados aquáticos como bioindicadores................................................. 11
Coleta………………………………………………………..…………………...
Triagem, conservação e identificação..………...………………………………...
12
12
2. COLEÇÃO BIOLÓGICA…........................................................................................ 13
Definição................................................................................................................ 14
Metodologia............................................................................................................ 14
Manual de utilização.............................................................................................. 15
3. OS MACROINVERTEBRADOS…............................................................................ 17
3.1 Filo Annelida……………………………….………………….……….……….. 18
Classe Hirudinida ……………..………………………………................ 18
Classe Oligochaeta………….....………………………………………… 19
3.2 Filo Arthropoda………………………………………………………………………………. 20
Ordem Acari……………………………………………………………. 20
Hydracarina……………………………………..…………….. 21
Ordem Amphipoda……………………………………….…………… 22
Família Hyallelidae……………….………………..… 22
Ordem Decapoda………………………………………......................... 23
Família Aeglidae……….…………………………….. 23
Ordem Isopoda…………………………………………………………. 24
Ordem Coleoptera……………………………………………………... 25
Família Curculionidae……………………………………….. 26
Família Dryopidae……………..………………..………. 26
Família Elasteridae............................................................ 27
Família Elmidae…………………………….………..….. 27
Família Gyrinidae……………………..……………..….. 28
Família Hydrophilidae…………………..…….................... 28
Família Lampyridae………………..………........................ 29
Família Lutrochidae………..………………........................ 29
Família Psephenidae……..…….……………...................... 30
Família Scirtidae…..…………...…………………………. 30
Ordem Collembola………….…………........................................... 31
Ordem Diptera………………………………................................... 32
Família Ceratopogonidae………………………................. 32
Família Chaoboridae……………….………...................... 33
Família Chironomidae…………..……………................... 33
Família Culicidae………………………............................. 34
Família Empididae……………………….......................... 34
Família Psychodidae………………………………............ 35
Família Simuliidae………………………………............... 35
Família Tabanidae………………………………............... 36
Família Tipulidae………………………………………… 36
Ordem Ephemeroptera……………………………............................ 37
Família Baetidae……………………………….................. 38
Família Caenidae………………………………................. 38
Família Leptophlebiidae………………………………..... 39
Família Oligoneuriidae……………………….................. 39
Ordem Hemiptera……………………............................................... 40
Família Corixidae………………………............................ 40
Família Gerridae……………………….............................. 41
Família Mesoveliidae………………………..................... 42
Família Naucoridae………………………......................... 42
Família Pleidae……………………................................... 43
Ordem Lepidoptera……………………............................................ 43
Família Alucitidae………………………........................... 44
Família Pyralidae………………………............................ 44
Ordem Neuroptera………………………………............................... 45
Família Ascalaphidae………………………………........... 45
Ordem Odonata……………………………….................................. 46
Família Aeshnidae…………………………...................... 47
Família Calopterygidae………………………................... 47
Família Coenagrionidae……………………….................. 48
Família Corduliidae………………………......................... 49
Família Gomphidae………………………........................ 49
Família Libellulidae…………………………...................... 50
Família Megapodagrionidae……..………………….......... 50
Ordem Plecoptera…………………….............................................. 51
Família Gripopterygidae………...………………................ 52
Família Perlidae……….…………….................................. 52
Ordem Trichoptera……..……………….......................................... 53
Família Hydropsychidae...………..……………................. 54
Família Leptoceridae…….…………………....................... 54
Família Polycentropodidae………………………............ 55
3.4 Filo Cnidaria……………………………............................................................... 55
Classe Hydrozoa ……………………………............................................ 56
3.5 Filo Mollusca…………………………….............................................................. 56
Classe Bivalvia……………………………............................................... 56
Classe Gastropoda…………………………….......................................... 58
3.6 Filo Nematoda……………………………............................................................ 59
3.7 Filo Platyhelminthes…………………………….................................................... 60
Classe Turbellaria……………………………........................................... 60
4. MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS: UMA ABORDAGEM NO ENSINO........ 61
Aula prática.................................................................................................. 62
Chave de identificação simplificada............................................................ 63
Análise dos resultados............................................................................... 64
5. REFERÊNCIAS………………………………..................................................................... 65
INTRODUÇÃO
A REGIÃO DE GUARAPUAVA (PARANÁ, BRASIL) 
Etimologia
Do tupi-guarani, guará = lobo + puava = bravo
Localização
Guarapuava está localizada na Região Centro-Sul do Estado do Paraná, situada no Terceiro
Planalto Paranaense (MAACK, 1968).
Dados gerais
O município possui uma população estimada em 179.256 habitantes, sendo constituído por 6
distritos: Guarapuava, Atalaia, Entre Rios, Guairacá, Guará e Palmeirinha (IBGE, 2016).
Relevo
O Terceiro Planalto Paranaense, também conhecido como Planalto de Guarapuava, possui solos
profundos e é constituído de rochas ígneas eruptivas, em princípio basaltos, cuja alteração foi
formadora dos latossolos vermelho escuro, roxos e brunos (coloração avermelhada), terra roxa
estruturada e os podzols (solo característico de regiões frias e úmidas) vermelhos e amarelos
(MEDEIROS, 2006).
Clima
O clima da região é classificado como subtropical mesotérmico – úmido sem estação seca, com
verões frescos e inverno moderado (THOMAZ; VESTENA, 2003).
Pluviosidade e Temperatura
A pluviosidade mostra-se bem distribuída ao longo do ano, com precipitações médias anuais em
torno de 1961 mm. A temperatura média anual varia entre 16º C e 17,5º C (THOMAZ; VESTENA,
2003).
Biomas
Os biomas presentes na região são: a Floresta Ombrófila Mista, a Floresta Estacional
Semidecidual e os Campos Naturais, favorecendo a diversificação de espécies tanto em ambientes
terrestres quanto aquáticos (IPARDES, 2004).
09
ÁREA DA COLETA
Essa coleção compreende os corpos d´água do município de Guarapuava, Paraná, Brasil. Osambientes lóticos e lênticos aqui selecionados foram: Lagoa El Dourado, Lagoa da entrada do
CEDETEG, Lagoa do Parque do Lago, Rio Campo Novo, Rio Corvinho, Rio Coutinho, Rio das
Pedras, Lagoa da Chácara Torre, Rio Jordão, Rio Xarquinho, Rio Carro Quebrado. Além desses,
também foi incluído nessa coleção um ecossistema distinto, formado por fitotelmas de bromélias do
Parque Municipal das Araucárias (Figura 1).
Figura 1. Localização dos diferentes ambientes aquáticos amostrados em Guarapuava e região.
BIOMONITORAMENTO
Biomonitoramento pode ser definido como o uso sistemático das respostas de organismos
biológicos (bioindicadores) para analisar o impacto ambiental ocasionado pela ação antrópica
(SOUZA; FONTANETTI, 2007).
Fatores como baixo custo e caráter rápido de análise, tem intensificado a utilização do
biomonitoramento na avaliação da qualidade ambiental dos corpos d´água (VIEIRA; FERREIRA;
ALBUQUERQUE, 1998).
10
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS COMO BIOINDICADORES 
As atividades antrópicas associadas ao crescimento acelerado e não planejado da população
mundial têm modificado e contaminado os ambientes naturais, entre eles os ecossistemas aquáticos
(BACCI; PATACA, 2008). Queiroz, Silva e Strixino (2008) relatam sobre as preocupações
ocasionadas pela contaminação de fontes de abastecimento e pela redução da biodiversidade desses
locais.
Dessa forma, há a necessidade de se conhecer e proteger a biota aquática e suas interações com o
meio, desenvolvendo critérios biológicos que possam avaliar o efeito e o impacto das intervenções
humanas nesses ambientes (AMORIM; CASTILLO, 2010).
Segundo Silva, Queiroz e Strixino (2008) um bom biondicador pode ser caracterizado por um
indivíduo, população, guilda ou comunidade, que apresente alterações na presença ou ausência,
fisiologia, morfologia, abundância ou comportamento, indicando que as variáveis químicas e físicas
estão fora da normalidade do ecossistema.
Pinto et al. (2010) descrevem que os macroinvertebrados são considerados bons bioindicadores da
qualidade da água, pois apresentam tamanho relativamente grande dos organismos, abundância e
diversidade taxonômica, tolerância a diversos graus de poluição e maior exposição as alterações
ambientais.
Além disso, a comunidade de macroinvertebrados aquáticos é composta por vários filos, como
Arthropoda (insetos, ácaros, crustáceos), Mollusca (gastrópodes e bivalves), Annelida (oligoquetos),
Nematoda e Platyhelminthes, que podem habitar riachos, rios, lagos e represas (SILVEIRA;
QUEIROZ; BOEIRA, 2004). Tais organismos apresentam tamanho superior a 0,5 mm, e dentre eles,
os insetos são registrados em maior quantidade (PÉREZ, 1996).
De acordo com Callisto, Moretti e Goulart (2001) esses macroinvertebrados diferem entre si em
relação à poluição orgânica. Existem organismos típicos de ambientes limpos e de boa qualidade de
águas, como larvas de Tricoptera e ninfas de Plecoptera (Insecta), organismos tolerantes, como
alguns Heteroptera e Odonata (Insecta) e organismos geralmente encontrados em locais com alto
grau de poluição, considerados resistentes, como os representantes dos Chironomidae (Insecta) e
Oligochaeta (Annelida).
11
COLETA 
Os macroinvertebrados utilizados nessa pesquisa foram amostrados nos diferentes ambientes
lóticos e lênticos de Guarapuava e região (Figura 1), utilizando-se a draga de tipo Petersen
modificada com área de 0,02 m2 (Figura 2), Surber com área 900 cm2 (Figura 3), substratos naturais
e artificiais (Figura 4, 5 e 6) ou lavagem das bromélias (Figura 7).
TRIAGEM, CONSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO 
Figura 2. Draga de
tipo Petersen
modificada com
área de 0,02 m2 .
Figura 3. Surber
com área 900 cm2 .
Figura 4. Substratos naturais
e artificiais.
Figura 5. Substrato
artificial.
Figura 6. Substratos artificiais e naturais. Figura 7. Lavagem da
Bromélia.
Figura 8. Peneira para
lavagem das amostras.
Figura 9. Frascos para
armazenamentos dos
organismos.
Figura 10. Bandeja
transiluminada.
Esses organismos foram retirados dos amostradores e acondicionados em sacos plásticos com
formol. No laboratório as amostras foram lavadas em peneira com 250 µm de abertura de malha
(Figura 8) e armazenadas em frascos plásticos devidamente identificados por número de ponto e
coleta (Figura 9). Em seguida, os organismos foram triados com auxílio de bandeja transiluminada
(Figura 10) e preservados com álcool a 70% em frascos de vidro padronizados. Os organismos foram
identificados com o auxílio de chave de identificação elaborada por Mugnai, Nessimian e Baptista
(2010).
12
COLEÇÃO BIOLÓGICA
DEFINIÇÃO
METODOLOGIA
As Coleções biológicas podem ser entendidas como bancos de espécimes ou exemplares
preservados, associados as informações biológicas e geográficas de cada indivíduo ou comunidade
(MCT, 2006).
Segundo Magalhães, Santos e Salem (2001) as coleções desempenham um importante papel,
visto que acumulam resultados de anos de pesquisa sobre a biodiversidade de uma região específica.
Essas coleções também podem gerar informações imprescindíveis para o estabelecimento de áreas
com biota pouco conhecida, de áreas prioritárias para pesquisa e conservação, e de grupos
taxonômicos pouco estudados, além contribuir para o entendimento das mudanças da biodiversidade
ocasionadas pela intervenção antrópica sobre o ambiente (MARINONI; PEIXOTO, 2010).
Os exemplares utilizados na Coleção Biológica de Macroinvertebrados Aquáticos da Região de
Guarapuava, Paraná, Brasil, pertencem ao laboratório de Ecologia de Bentos da Universidade
Estadual do Centro-Oeste e foram coletados em projetos de pesquisa (Iniciação Científica e
Trabalhos de Conclusão de Curso), nos últimos 6 anos.
A Coleção Biológica é constituída por 13.378 indivíduos, distribuídos em 6 filos, 14 Ordens, 6
Classes e 45 famílias.
Segundo França e Callisto (2007), as amostras seguem dois critérios de organização:
(1) morfológico, que possibilite a identificação e (2) aos dados referentes a todas as informações
de coleta, como data, local, método, etc.
Ao obedecer estes dois critérios, a metodologia utilizada na produção dessa coleção foi:
(1) Identificação dos macroinvertebrados até o menor nível taxonômico possível;
(2) Preservação dos organismos com álcool 70%;
(3) Organização dos organismos por meio de etiquetas até o menor nível taxonômico (Figura 11),
bem como o amostrador utilizado ( Figura 12) e ao local e ano da coleta (Figura 13);
(4) Organização dos organismos em recipientes enumerados e etiquetados até Ordem ou Classe
(Figura 14);
(5) Armazenamento em caixas para o seu deslocamento para as escolas (Figura 15);
(6) Registro em um roteiro didático para utilização da coleção biológica.
14
Ø Os espécimes da Coleção Biológica foram preservados em frascos de vidro etiquetados até o
menor nível taxonômico (Figura 11), além de possuir uma letra indicando o amostrador utilizado
durante a coleta (Figura 12) e um número referente ao local e ao ano de coleta (Figura 13).
LOCAIS DATA
1 Rio Xarquinho 2011
2 Rio Carro Quebrado 2011
3 Lagoa do Parque do Lago 2013/2014
4 Rio Coutinho 2013/2014
5 Rio Jordão 2014
6 Rio Campo Novo 2014
7 Rio Corvinho - Palmeirinha 2014
8 Lagoa El Dourado - Faxinal dos
Fiuza
2014/2015
9 Lagoa da chácara Torre -
Palmeirinha
2014/2015
10 Rio das Pedras 2015/2016
11 Bromélias do Parque Municipal
das Araucárias
2015/2016
12 Lagoa entrada CEDETEG 
UNICENTRO
2016
Figura 11. Frasco de vidro etiquetado com dados do organismo.
Figura 13. Relação dos números com locais e ano de coleta dos organismos etiquetados. 
AMOSTRADOR
D Draga de tipo Petersen
modificada com área de
0,02 m2
S Surber com área 900 cm2
B Lavagem das Bromélias
AR Substrato artificial
NAT
/AR
Substrato natural e
artificial
Figura 12. Relação de letras
indicando o amostrador utilizado na
coleta.
MANUAL DE UTILIZAÇÃO
Nome do 
táxon
15
Figura 14. Etiquetas de identificação dos recipientes que armazenam os frascos de vidro contendo os
organismos da Coleção Biológica.Ø Os espécimes da Coleção Biológica encontram-se em recipientes devidamente etiquetados com
nome da Ordem ou Classe, seguido do nome de suas respectivas famílias (Figura 14).
Ø A Coleção Biológica de Macroinvertebrados está armazenada em um recipiente de plástico
(Figura 15) localizado no Laboratório de Ecologia de Bentos da UNICENTRO.
Figura 15. Recipiente para o armazenamento e transporte da Coleção Biológica.
16
OS MACROINVERTEBRADOS 
FILO ANNELIDA
Etimologia
Do latim annelus que significa anel.
O filo Annelida é constituído por aproximadamente 16.500 espécies e seus representantes mais
conhecidos são as minhocas. Vivem no ambiente terrestre, marinho e na água doce (BRUSCA;
BRUSCA, 2007). Apresentam o corpo dividido em segmentos ou anéis, o que caracteriza e dá nome
ao grupo (THOMÉ; LEMA, 1973). No Brasil, existem três classes: Polychaeta, Oligochaeta e
Hirudinida (= Hirudinea). Todas presentes em corpos d´água doce (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Classe HIRUDINIDA (=HIRUDINEA)
Etimologia
Do latim hirudinis que significa sanguessuga.
Descrição
São conhecidas popularmente como sanguessugas. Apresentam uma ventosa em cada
extremidade do corpo, sendo que uma delas é a boca (BIS; KOSMALA, 2008). Existem
aproximadamente 500 espécies e a maioria vive na água doce (GOVEDICH, 2003). Secretam pela
boca um anticoagulante chamado de hirudina, o qual evita a coagulação do sangue de suas presas
tornando-o mais fácil de ser sugado (BIS; KOSMALA, 2008).
Habitat
São encontradas em ambientes lóticos e lênticos, geralmente associadas a rochas e detritos (BIS;
KOSMALA, 2008).
Alimentação
Alimentam-se por meio da predação de pequenos invertebrados e do sangue de peixes,
tartarugas, aves, mamíferos e outros vertebrados (BIS; KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São consideradas tolerantes ao estresse ambiental, tanto em relação a níveis baixos de oxigenação
presente na água quanto a poluentes químicos (BIS; KOSMALA, 2008).
18
Figura 16. Hirudinea
Número de indivíduos: 275
Recipiente: 012
Classe OLIGOCHAETA
Etimologia
Do grego olígos = pouco + chaíte = cerda, significa poucas cerdas.
Descrição
São conhecidas aproximadamente 3.000 espécies e a maioria ocorre no ambiente terrestre. No
Brasil existem cerca de 70 espécies distribuídas em sete famílias (RICHI, 1999).
Os representantes dessa Classe são conhecidos popularmente como minhocas aquáticas. Possuem
o corpo cilíndrico, segmentado e com presença de poucas cerdas (ALBERTONI; PALMA-SILVA,
2010).
A reprodução em algumas famílias acontece por meio da fragmentação (BIS; KOSMALA, 2008).
Habitat
Vivem em ambientes aquáticos lóticos e lênticos (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
Participam na reciclagem de nutrientes pela ingestão de sedimentos e algumas espécies
alimentam-se de algas bênticas e de outros microrganismos presentes no ambiente aquático
(ALBERTONI; PALMA-SILVA, 2010).
Tolerância a poluição
São considerados muito tolerantes a poluição, pois sobrevivem a níveis baixos de oxigênio
dissolvido na água (BIS; KOSMALA, 2008).
19
Figura 17. Oligochaeta
Número de indivíduos: 2.528
Recipiente: 026
FILO ARTHROPODA
Etimologia
Do grego árthron = articulação + podós = pé, significa pés articulados.
O filo Athropoda compreende aproximadamente 85% de todas as espécies de animais conhecidos
no mundo (PECHENICK, 2016) e constitui o grupo mais diverso dentre os macroinvertebrados
aquáticos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Os representantes deste filo apresentam caracteres que os diferenciam dos demais animais, como:
simetria bilateral, pernas articuladas, segmentação e corpo dividido em tagmas (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). Além disso, Pechenick (2016) acrescenta que os artrópodes
apresentam um esqueleto externo (exoesqueleto), formado por quitina e secretado pelas células da
epiderme, que confere rigidez e proteção a todos os seus representantes.
Mugnai, Nessimian e Baptista (2010) explicam que os artrópodes crescem por meio da perda do
exoesqueleto, que com o passar do tempo vai sendo substituído por um novo. Esse processo é
conhecido como muda ou ecdise e possibilita que o ciclo de vida destes animais aconteça em
diferentes estágio.
Ordem ACARI
Etimologia
Do grego ákari = ácaro
20
Descrição
Os ácaros são de tamanho pequeno, no geral poucos ultrapassam 1mm de tamanho. Os indivíduos
maiores são os carrapatos, que depois de alimentados podem chegar a 6 mm. Algumas espécies são
parasitas de outros animais e atuam como transmissoras de doenças ao ser humano (PECHENIK,
2016).
Habitat
Ocorrem em todos os corpos d´água continentais e alguns nos oceanos, vivem também em
nascentes quentes e troncos de árvores (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Alimentação
Na fase larval são parasitas de outros artrópodes e moluscos. Quando adultos geralmente são
predadores, porém algumas espécies são parasitas também na fase adulta (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Tolerância a poluição
São considerados sensíveis a contaminação (GOLDSCHMIDT, 2016)
HYDRACARINA
Figura 18. Hydracarina
Número de indivíduos: 38
Recipiente: 001
Os Hydracarina compreendem cerca de 5.000 espécies e são encontrados em todos os ambientes
aquáticos continentais, podendo viver também em troncos de árvores e no oceano (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
21
Ordem AMPHIPODA
Etimologia
Do grego amphi = ao redor, duplo + podós = pé, plural: podá, significa pés ao redor.
Descrição
A ordem Amphipoda é constituída por invertebrados com corpo achatado lateralmente e
antênulas birremes (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). Apresentam sete pares de patas
que auxiliam na locomoção e três pares de patas que auxiliam na natação (BIS; KOSMALA, 2008).
Habitat
Vivem em águas lênticas, debaixo de rochas e na vegetação próxima a corpos d´água. Algumas
espécies vivem no mar (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
Alimentam-se de outros animais e de restos de vegetais ou animais mortos (BIS; KOSMALA,
2008).
Tolerância a poluição
São considerados sensíveis a poluição química da água, devido ao comprometimento de suas
brânquias, essenciais para a respiração desses organismos (BIS; KOSMALA, 2008)
.
Família HYALELLIDAE
Figura 19. Hyalellidae
Número de indivíduos: 114
Recipiente: 002
Os representantes desta família vivem aderidos a vegetação próxima ou no fundo de corpos
d´água. Alimentam-se de algas, bactérias e macrófitas aquáticas (HARGRAVE, 1970).
22
Ordem DECAPODA
Etimologia
Do grego déka = dez + podós = pé, significa possuidor de dez pés.
Descrição
Os Decápodes são conhecidos como caranguejos e camarões. São encontrados no ambiente
marinho e de água doce (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). Existem poucos estudos
sobre os decápodes dulciaquícolas, porém sabe-se que apresentam importante papel ecológico nas
cadeias tróficas dos ecossistemas aquáticos (MAGALHÃES, 1999).
Habitat
Vivem em diferentes ambientes aquáticos lóticos e lênticos (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
Alimentam-se de plantas, peixes e em determinadas situações, podem ser canibais (BIS;
KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São sensíveis a poluição química da água, devido ao comprometimento de suas brânquias
essenciais para a respiração (BIS; KOSMALA, 2008).
Figura 21. Aeglidae
Número de indivíduos: 11
Recipiente: 005
Família AEGLIDAE
23
Ordem ISOPODA
Etimologia
Do grego isos = iguais + podós = pé, significa pés iguais.
Descrição
A ordem Isopoda é constituída por aproximadamente 10.000 espécies (PECHENICK, 2016) e
cerca de 20 são atribuídas no Brasil (LEMOS DE CASTRO; LOYOLA; SILVA, 1985).
Habitat
Vivem em ambientes aquáticos lóticos e lênticos de água doce (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
Alimentam-se pela ingestão de animais e vegetais em decomposição (BIS; KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
Não toleram a poluição química da água (BIS; KOSMALA, 2008).
Entre os crustáceos, a família Aeglidae é a única com representantes em corpos d´água
continentais (SAVARIS et al., 2012).
Figura 22. Isopoda
Número de indivíduos:1
Recipiente: 002
24
Ordem COLEOPTERA
Etimologia
De origem grega, koleós = bainha + pterón = asa - plural: pterá, significa insetos com
quatro asas
Descrição
Os representantes da ordem Coleoptera são conhecidos popularmente como besouros,
constituem a maior ordem de insetos com aproximadamente 350.000 espécies descritas, que vivem
em ambientes semiaquáticos e aquáticos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
São facilmente identificados por suas asas anteriores enrijecidas, as quais formam os élitros
que quando em repouso recobrem e protegem as asas membranosas (LIMA, 1953).
As larvas aquáticas geralmente apresentam cabeça bem desenvolvida e um corpo
segmentado. Respiram por meio de brânquias ou orifícios sem a necessidade de ir até a superfície
para respirar (BIS; KOSMALA, 2008).
Em muitas espécies nadadoras, os adultos possuem pernas com formato de remo (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010) e contam com uma cavidade embaixo das asas para reserva de ar,
a qual permite que permaneçam longos períodos embaixo d´água (BIS; KOSMALA, 2008).
Habitat
Tanto as larvas quanto os adultos podem ser encontrados em ambientes aquáticos lóticos e
lênticos (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
Possuem uma alimentação bastante diversa, variando de predadores de outros insetos,
fitófagos e até detritívoros de matéria vegetal e animal (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA,
2010).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes a poluição, porém algumas espécies não toleram níveis baixos de
oxigênio (BIS; KOSMALA, 2008).
25
Família CURCULIONIDAE
São conhecidos como besouros da madeira, pois estão geralmente associados a plantas lenhosas e
podem ser identificados pela longa tribuna ou focinho, a qual utilizam para perfurar as plantas. As
larvas dos curculionídeos apresentam corpo com coloração creme e se alimentam dentro do tecido
vegetal. São considerados pragas florestais e agrícolas (SCHNEIDER, 1999).
Figura 23.Curculionidae 
Número de indivíduos: 3
Recipiente: 003
Família DRYOPHIDAE
Figura 24. Dryophidae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 003
São conhecidas aproximadamente 200 espécies desta família, sendo que somente 30 são
encontradas no Brasil. As larvas apresentam diferentes morfologias, desde ovaladas, cilíndricas e
achatadas. Tanto as larvas quantos os adultos vivem em águas lênticas ou lóticas e alimentam-se de
material vegetal (LIMA, 1953).
26
Família ELASTERIDAE
Figura 26. Elasteridae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 003
Essa família é constituída por aproximadamente 4.000 espécies, sendo a nona mais diversa da
ordem (COSTA; LAWRENCE; ROSA, 2010). Os Elasteridae possuem corpo achatado e antenas
serradas e são facilmente reconhecidos pela capacidade de saltar fazendo ruído característico, além
de que algumas espécies são bioluminescentes. As larvas podem ser saprófitas, fitófagas ou
predadoras. Os adultos são classificados como fitófagos (LIMA, 1953).
Família ELMIDAE
Figura 27. Elmidae
Número de indivíduos: 243
Recipiente: 003
27
Os Elmidae são encontrados no mundo todo e são a quarta família com maior número de espécies
descritas, aproximadamente 1.330 espécies, distribuídos em 146 gêneros. A maioria das espécies é
aquática e os adultos vivem geralmente próximo as margens dos rios (SEGURA; VALENTE-NETO;
FONSECA-GESSNER, 2012).
Família GYRINIDAE
Figura 28. Gyrinidae
Número de indivíduos: 3
Recipiente: 003
São encontrados mais facilmente em ambientes lênticos. Em rios com correnteza acumulam-se
geralmente em locais sombreados. Locomovem-se na superfície fazendo ziguezague na água. Assim
como os Dysticidae, possuem glândulas que expelem substância leitosa e com forte odor quando se
sentem ameaçados (LIMA, 1953).
Família HYDROPHILIDAE
Figura 29. Hydrophilidae
Número de indivíduos: 5
Recipiente: 003
28
Família LAMPYRIDAE
Figura 30. Lampyridae
Número de indivíduos: 4
Recipiente: 003
Os representantes dessa família são quase todos aquáticos ou semiaquáticos. Possuem antenas
curtas. Não são considerados bons nadadores, pois deslocam-se até a superfície realizando
movimentos alternados entre as pernas como se tivessem em uma corrida na água. Quando atingem
a superfície armazenam o máximo possível de ar e mergulham novamente (LIMA, 1953).
São conhecidas cerca de 1.800 espécies no mundo, sendo que no Brasil é possível encontrá-los
com abundância. Conhecidos pelo nome popular de vagalumes, apresentam como principal
característica uma luminosidade branca esverdeada da qual faz com que sejam facilmente
percebidos. As larvas alimentam-se de outros animais, como gastrópodes e larvas de outros insetos
(LIMA, 1953).
Família LUTROCHIDAE
Figura 31. Lutrochidae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 00329
Os Lutrochidae são insetos aquáticos que vivem ambientes lóticos. São conhecidos como
besouros do travertino, devido as larvas cavarem o travertino (rocha calcária) da qual consomem
matéria orgânica. Além disso, as larvas são cilíndricas e possuem um corpo curto (SHEPARD, 2011)
Família PSEPHENIDAE
Figura 32. Psephenidae
Número de indivíduos: 28
Recipiente: 003
As larvas são bastante características, apresentando um formato arredondado e achatado
(LIMA, 1953). São encontradas preferencialmente em ambientes lóticos, não poluídos e ficam
geralmente aderidas as rochas. Os adultos podem ser encontrados sobre as rochas ou na vegetação
próxima aos corpos d´água em que vivem (FERNANDEZ; FONSECA; SPANGLER, 2001).
Família SCIRTIDAE
Figura 33. Scirtidae
Número de indivíduos: 127
Recipiente: 003
30
A família Scirtidae era antes conhecida como Helodidae. Seus representantes são pequenos
besouros, com tamanho inferior a 4 mm (LAWRENCE, 2001). São conhecidas aproximadamente
1.400 espécies agrupadas em 50 gêneros. Desenvolvem-se em ambientes aquáticos de água doce
lênticos e lóticos. As larvas alimentam-se de material vegetal em decomposição. Os adultos possuem
curto período de vida e alimentam-se principalmente de flores (TREE OF LIFE WEB PROJECT,
2011).
Ordem COLLEMBOLA
Etimologia
De origem grega, kolla = goma + embole = inserção, significa goma com inserção
Descrição
Os representantes dessa ordem são pequenos hexápodes, sendo que no Brasil são registrados
apenas cinco espécies semiaquáticas (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). Os colembolas
são caracterizados pela rápida multiplicação e desenvolvimento, servindo de alimento para outros
artrópodes (ANTONIOLLI et al., 2013).
Habitat
A maioria vive no ambiente terrestre, porém os organismos aquáticos vivem na superfície dos
corpos d´água associados a plantas (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Alimentação
A maioria é detritívora, mas os hábitos alimentares variam entre herbívoros e carnívoros
(MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Tolerância a poluição
São considerados resistentes a poluição de metais pesados e outros poluentes (PINHO et al.,
2007).
Figura 35. Collembola
Número de indivíduos: 15
Recipiente: 004
31
Ordem DIPTERA
Etimologia
De origem grega, criada por Aristóteles, dí-pteros = com duas asas
Descrição
Os dípteros são conhecidos popularmente como moscas e mosquitos, e estão divididos em duas
subordens: Nematocera e Brachycera. É considerado um grupo bastante diverso e compreende cerca
de 151.000 espécies de insetos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
O seu desenvolvimento é do tipo holometabólo, isto é passam pelas fases de ovo, larva, pupa e
adulto. Na forma adulta, possuem um par de asas funcionais e um par de asas vestigiais, modificados
em um balancim (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Os dípteros desempenham importante papel ecológico na reciclagem de nutrientes (BIS;
KOSMALA, 2008) e estão distribuídos em todos os continentes. O ambiente aquático é o local do
desenvolvimento larval desses organismos (PINHO, 2008).
Habitat
Ocupam diversos ambientes aquáticos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010), como rios e
troncos de árvores com água (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
Alimentam-se de matéria em decomposição, algumas espécies são fitófagas epredadoras (BIS;
KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes a poluição, pois se alimentam de partículas orgânicas e suportam
níveis baixos de oxigênio dissolvido (BIS; KOSMALA, 2008).
Família CERATOPOGONIDAE
Figura 36. Ceratopogonidae
Número de indivíduos: 1.121
Recipiente: 006
32
Os representantes dessa família são insetos pequenos conhecidos popularmente por maruins
(TRINDADE; GORAYEB, 2010). É constituída por cerca de 5.360 espécies agrupadas em 125
gêneros. Aproximadamente 1.400 espécies alimentam-se sugando o sangue de diversos animais,
como aves e mamíferos (inclusive o ser humano), apresentando uma importância epidemiológica em
todo o mundo (TRINDADE, 2004).
Família CHAOBORIDAE
Figura 37. Chaoboridae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 006
Chaoboridae é uma pequena família de Diptera com apenas 75 espécies descritas. Seus
representantes são conhecidos como mosquitos fantasmas. São predadores de outras larvas de
insetos aquáticos e participam no controle biológico de dípteros (PECHENIK, 2016).
Família CHIRONOMIDAE
Figura 38. Chironomidae
Número de indivíduos: 7.761
Recipiente: 006
Cerca de 7.069 Chironomidae foram utilizados para preparação de lâminas.
33
A maioria dos Chironomidae são considerados muito tolerantes a poluição. Possuem
hemoglobina, responsável pela coloração avermelhada das larvas, o que facilita a captura de
oxigênio. Deste modo, não necessitam de muito oxigênio dissolvido no seu ambiente. Apresentam o
formato de C e vivem geralmente nos primeiros 5 cm do sedimento. Muitas espécies constroem
tubos de seda que servem como abrigo. São importantes na cadeia trófica do ambiente aquático
servindo de alimento para outros insetos aquáticos e peixes (BIS; KOSMALA, 2008).
Família CULICIDAE
Figura 39. Culicidae
Número de indivíduos: 42
Recipiente: 006
São descritas aproximadamente 3.000 espécies dessa família. Seus representantes adultos são
conhecidos como pernilongos. São agentes vetores de várias doenças, como malária e febre amarela
e as suas larvas são aquáticas (PECHENIK, 2016).
Família EMPIDIDAE
Figura 40. Empididae
Número de indivíduos: 14
Recipiente: 007
34
Família constituída por aproximadamente 4.000 espécies. Os adultos vivem em diferentes
habitats como folhas, tronco de árvores e leitos de rios. Algumas espécies alimentam-se de néctar,
porém a maioria (tanto os adultos quanto as larvas) são predadores de outros artrópodes. Desse
modo, participam do controle biológico de várias espécies causadoras de pragas agrícolas. Suas
larvas são encontradas em ambientes úmidos e aquáticos (CUMMING, 2006).
Família PSYCHODIDAE
Figura 41. Psychodidae
Número de indivíduos: 95
Recipiente: 006
Os Psychodidae são caracterizados por possuírem o corpo coberto por cerdas e alimentam-se de
matéria orgânica em decomposição. Os adultos tendem a apresentar hábito noturno e vivem
próximos aos córregos. Suas larvas possuem formato vermiforme e são alongadas (QUATE;
VOCKEROTH, 1981).
Família SIMULIIDAE
Figura 42. Simuliidae
Número de indivíduos: 87
Recipiente: 006
35
Os simulídeos são pequenos insetos aquáticos conhecidos popularmente por borrachudos
(PECHENIK, 2016). Existem aproximadamente 2.177 espécies registradas em todo o mundo
(STRIEDER, 2004). Os adultos são conhecidos pelo hábito hematófago com uma picada dolorosa e
várias espécies apresentam importância sanitária (PECHENIK, 2016).
Família TABANIDAE
Figura 43. Tabanidae
Número de indivíduos: 10
Recipiente: 007
Os representantes dessa família são conhecidos popularmente por mutuca e estão distribuídos em
aproximadamente 3.000 espécies. As larvas são aquáticas e predadoras de outras larvas de insetos
presentes nos corpos d´água em que habitam (PECHENIK, 2016).
Família TIPULIDAE
Figura 44. Tipulidae
Número de indivíduos: 3
Recipiente: 006
Os Tipulidae são também conhecidos como pernilongos. Existem aproximadamente 13.000
espécies descritas (PECHENIK, 2016).
36
Ordem EPHEMEROPTERA
Etimologia
De origem grega, ephémeros = que dura um dia só + pterón = asa , significa insetos com asa que
duram só um dia
Descrição
São conhecidas aproximadamente 2.000 espécies dessa ordem no mundo, sendo que no Brasil
existem cerca de 170 espécies (HUBBARD; PESCADOR, 1999). As famílias Baetidae e
Leptophlebiidae apresentam maior representatividade em relação as outras famílias da ordem
(SALLES et al., 2004)
Juntamente com Trichoptera e Plecoptera compreendem um dos principais grupos entre os
invertebrados epibentônicos utilizados no monitoramento ambiental e na caracterização da
qualidade da água (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Os ephemerópteros apresentam um estágio entre a ninfa e o adulto chamado de submago ou
subadulto (MARIANO; FROEHLICH, 2007). Na vida adulta não se alimentam, apenas se
reproduzem e morrem entre um e dois dias (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
São importantes representantes da fauna dos rios tropicais com papel ecológico na cadeia
alimentar dos ecossistemas aquáticos, nos quais também servem de alimento para outros animais
(MARIANO; FROEHLICH, 2007).
Habitat
Vivem em ambientes aquáticos lênticos e lóticos, com predominância em rios de cabeceira com
fundo rochosos (MARIANO; FROEHLICH, 2007).
Alimentação
Alimentam-se de material vegetal e detritos (MARIANO; FROEHLICH, 2007). As ninfas
exibem uma gama de hábitos alimentares, como filtradoras, coletoras, raspadoras até predadoras. Os
adultos não se alimentam, devido as suas partes bucais serem atrofiadas e pelo curto tempo de vida
(SALLES et al., 2004).
Tolerância a poluição
São considerados muito sensíveis a poluição, pois não toleram níveis baixos de oxigênio
dissolvido na água (BIS; KOSMALA, 2008).
37
Família BAETIDAE
Figura 45. Baetidae
Número de indivíduos: 45
Recipiente: 008
A família Baetidae compreende mais de 60% dos gêneros da ordem. Aproximadamente 45
espécies são conhecidas no Brasil. As ninfas vivem em córregos, rios, lagos, lagoas, fitotelmas e
colonizam diversos substratos como rochas e material vegetal (SALLES et al., 2004).
Família CAENIDAE
Figura 46. Caenidae
Número de indivíduos: 53
Recipiente: 009
Os representantes dessa família estão entre os menores efêmeros. Podem ser encontrados em
diversos ambientes aquáticos e são encontrados com frequência em locais com lama, vegetação e
pouca correnteza. O gênero mais comum é Caenis, capaz de tolerar uma gama de variações
ambientais (FLOWERS; DE LA ROSA, 2010).
38
Família LEPTOPLEBIIDAE
Figura 48. Leptophlebiidae
Número de indivíduos: 41
Recipiente: 009
A família Leptoplebiidae é uma das mais diversas da ordem, com cerca de 20 gêneros e 48
espécies registradas (SALLES et al., 2004).
Família OLIGONEURIIDAE
Figura 49. Oligoneuridae
Número de indivíduos: 2
Recipiente: 009
As ninfas da família Oligoneuriidae vivem no fundo de corpos d´água lóticos de boa
qualidade e entre as rochas. Utilizam seus cercos como redes para filtrar alimentos que chegam com
a correnteza (FLOWERS; DE LA ROSA, 2010).
39
Ordem HEMIPTERA
Etimologia
De origem grega, héteros = diferente + pterón = asa , significa asa diferente
Descrição
A ordem Hemiptera é constituída por aproximadamente 50.000 espécies (PECHENIK, 2016),
sendo que a subordem Heteroptera compreende os insetos aquáticos, conhecidos popularmente
como barbeiros, marias fedidas e percevejos verdadeiros (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA,
2010).
Dentro dessa ordem existem dois grupos aquáticos, os Gerromorpha que habitam a superfície dos
corpo d´água e os Nepomorpha que também vivem sobre a superfície, mas possuem adaptações
morfológicas para nadar (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Os Heterópteros possuem ciclo de vida do tipo paurometábolo, ou seja, as ninfas são terrestres e
parecidas com a forma do adulto (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Habitat
Vivem em corpos d´água lênticos, geralmente em grupos (BIS; KOSMALA, 2008).
Alimentação
São considerados detritívoros e predadores de outros invertebrados aquáticos, como larvas de
Dipterae camarões (BIS; KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes a poluição da água (BIS; KOSMALA, 2008).
Família CORIXIDAE
Figura 50. Corixidae
Número de indivíduos: 2
Recipiente: 011
40
Os representantes dessa família estão distribuídos em mais de 280 espécies. São pequenos e
geralmente apresentam cor amarelada. Vivem em riachos de águas calmas e podem nadar até a
superfície para respirar. Nadam muito bem e durante o dia seguem os raios solares que penetram na
água até o fundo dos corpos d´água em que vivem. A noite podem sair da água e serem atraídos pela
iluminação das lâmpadas. Os Corixidae depositam seus ovos no substrato submerso na água (LIMA,
1940).
Família GERRIDAE
Figura 51. Gerridae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 011
É constituída por cerca de 200 espécie e possui distribuição cosmopolita. Seus representantes são
insetos aquáticos e possuem no máximo 2 cm de comprimento. Apresentam corpo fusiforme e
pernas posteriores finas e alongadas. São encontrados mais facilmente em grupos que se
movimentam na superfície de ambientes aquáticos lênticos e com pouca luz. Existem espécies que
vivem em águas correntes (LIMA, 1940).
41
Família MESOVELIIDAE
Figura 52. Mesoveliidae
Número de indivíduos: 2
Recipiente: 011
Família NAUCORIDAE
São insetos semiaquáticos que possuem poucos milímetros de comprimento. Apresentam
coloração verde ou amarelo-esverdeada. Vivem associados a macrófitas e nas margens dos corpos
d´água. Quando ameaçados fogem para a superfície da água. São predadores e se alimentam
sugando outros artrópodes (LIMA, 1940).
Figura 53. Naucoridae
Número de indivíduos: 10
Recipiente: 011
Apresentam formato oval ou elíptico e são de porte pequeno a médio. Vivem no fundo de corpos
d´água correntes, porém de curso lento ou associados as macrófitas. Alimentam-se de outros
artrópodes menores, inclusive hemípteros. Podem nadar até a superfície para respirar, sair a noite e
voar, retornando ao mesmo habitat ou escolhendo outro ambiente (LIMA, 1940).
42
Família PLEIDAE
Figura 55. Pleidae
Número de indivíduos: 2
Recipiente: 011
A família Pleidae é constituída por insetos aquáticos pequenos, que geralmente chegam a poucos
milímetros de comprimento (LIMA, 1940).
Ordem LEPIDOPTERA
Etimologia
De origem grega, lepís = escama + pterón = asa, significa mais escama
Descrição
A ordem Lepidoptera é considerada uma das maiores entre os insetos. Compreende
aproximadamente 160.000 espécies descritas e cerca de 137 famílias (PECHENIK, 2016).
O desenvolvimento dos lepidópteros é do tipo holometábolo sendo que na fase larval são
conhecidos como lagarta (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). As larvas geralmente
alimentam-se de vegetais e poucas espécies são consideradas predadoras (PECHENIK, 2016).
Entre seus representantes, alguns são de hábito noturno e algumas fêmeas não possuem asas
(PECHENIK, 2016).
Habitat
As larvas vivem em corpos d´água lênticos e lóticos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA,
2010).
Alimentação
As larvas alimentam-se principalmente de macrófitas (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA,
2010).
43
Família ALUCITIDAE
Figura 57. Alucitidae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 014
Tolerância a poluição
Apresentam sensibilidade a mudanças ambientais (ANDRADE; TEIXEIRA, 2013).
A família Alucitidae é constituída por 180 espécies conhecidas em todo o mundo (GIELIS, 2003).
Suas larvas vivem em angiospermas, das quais perfuram os brotos e as flores (DUGDALE et al.,
1998).
Família PYRALIDAE
Figura 58. Pyralidae
Número de indivíduos: 7
Recipiente: 014
44
Com aproximadamente 20.000 espécies, muitos dos Pyralidae são considerados pragas agrícolas
(PECHENIK, 2016). Podem apresentar diversos tamanhos e formas. São conhecidos como
mariposas e possuem coloração escura. Alimentam-se de plantas e folhas secas e constroem túneis
de seda que servem de abrigo (PODEROSO et al., 2008).
Ordem NEUROPTERA
Etimologia
De origem grega, neuron = nervo, fibra + pterón = asa, significa asa com nervo
Descrição
A ordem Neuroptera é considerada um grupo pequeno de insetos, com aproximadamente 5.100
espécies e 21 famílias descritas (PECHENIK, 2016). São encontradas com frequência no Brasil as
famílias Sysiridae e Osmylidae, ambas com larvas aquáticas e semiaquáticas, respectivamente. O
ciclo de vida dos neurópteros é do tipo holometábolo (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Habitat
Os representantes da família Sysiridae são encontrados geralmente associados a esponjas de água
doce (ROCHA, 2005).
Alimentação
Representantes da família Sysiridae alimentam-se de esponjas de água doce (ROCHA, 2005).
Tolerância a poluição
Os neurópteros são considerados sensíveis a poluição e a contaminação por agrotóxicos
(MANSELL, 2002).
Família ASCALAPHIDAE
Figura 59. Ascalaphidae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 005
45
A família Ascalaphidae abrange cerca de 65 gêneros e mais de 300 espécies (HENRY, 1972).
Apresentam distribuição cosmopolita, encontrados em ambientes de climas quente e temperado
(CONTRERAS-RAMOS; ROSAS, 2014).
Ordem ODONATA
Etimologia
De origem grega, odóntos = dente, significa possuidores de mandíbula dentada. Classificação
baseada no aparelho bucal dos organismos e não nas asas.
Descrição
As ninfas de Odonata são encontradas em diversos corpos d´água continentais lênticos e lóticos
(ROCHA, 2005) e são conhecidas popularmente como libélulas e lava-bunda (SOUZA; COSTA;
OLDRINI, 2007).
O ciclo de vida é do tipo hemimetábolo, ou seja, as larvas se assemelham ao adulto, mas não
possuem asas nem órgãos sexuais desenvolvidos. Os adultos são de hábito diurno e voadores ativos
(SOUZA; COSTA; OLDRINI, 2007).
A ordem é dividida em duas subordens, Anisoptera e Zygoptera e como característica do grupo,
apresentam lábio longo e preênsil modificado para capturar as presas (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Habitat
Vivem entre as rochas, plantas e folhas ou no fundo de ambientes aquáticos (BIS; KOSMALA,
2008).
Alimentação
São predadores vorazes, alimentando-se especialmente de outros insetos aquáticos (BIS;
KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes a poluição (BIS; KOSMALA, 2008).
46
Família AESHNIDAE
Os representantes da família Aeshnidae são encontrados em corpos d´água lóticos e lênticos
em todo o mundo. As larvas e os adultos são considerados predadores vorazes e ocupam papel
importante no equilíbrio ecológico dos ambientes aquáticos (NEISS, 2003).
Figura 60. Aeshnidae
Número de indivíduos: 2
Recipiente: 003
Família CALOPTERYGIDAE
Figura 61. Calopterygidae
Número de indivíduos: 13
Recipiente: 003
47
Família COENAGRIONIDAE
Figura 62. Coenagrionidae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 003
Essa família é composta por aproximadamente 16 gêneros e 161 espécies. As larvas se
desenvolvem em ambientes aquáticos tropicais e temperados. Os adultos são bem desenvolvidos e
identificados pela pigmentação das asas. As fêmeas dessa família se diferenciam dos machos por
apresentarem manchas brancas denominadas pseudostigmae. Os machos são considerados bem
ativos em condições ensolaradas e a coloração de suas asas parece sinalizar as fêmeas algum nível
de resistência a parasitas (CÓRDOBA-AGUILAR; CORDERO-RIVERA, 2005).
Os representantes dessa família apresentam tamanho pequeno a médio, com cerca de 20-45 mm.
Os machos possuem coloração mais brilhante enquanto que as fêmeas são marrons. São encontrados
em todos ambientes aquáticos de água doce (ESQUIVEL, 1997a).
48
Família CORDULIIDAE
Figura 63. Corduliidae
Número de indivíduos: 13
Recipiente: 003
São caracterizados por apresentarem o tórax da coloração verde metálico, encontrados em rios e
córregos. Os adultos são considerados bastante ativos no início e final do dia (ESQUIVEL, 1997b).
Família GOMPHIDAE
Figura 65. Gomphidae
Número de indivíduos: 22
Recipiente: 003
Os representantes dessa família são insetos grandes, com tamanho de 50-75 mm. Vivem em rios e
riachos. Os machos são territoriais, pois ficam longos períodosem cima de galhos de árvores e as
fêmeas encontram-se próximas a água para a copulação e para pôr os ovos (ESQUIVEL, 1997c).
49
Família LIBELLULIDAE
Figura 66. Libellulidae
Número de indivíduos: 14
Recipiente: 003
Os Libellulidae são conhecidos popularmente como libélulas ou lavadeiras. Possuem tamanho
variado e geralmente apresentam uma coloração diversificada, podendo ser brilhante, avermelhada,
amarelada, azulada, etc (ESQUIVEL, 1997d).
Família MEGAPODAGRIONIDAE
Figura 67. Megapodagrionidae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 003
Os representantes dessa família apresentam tamanho médio de 40-75 mm e em geral não são
muito encontrados. Quando presentes, encontram-se em regiões sombreadas de riachos. As espécies
apresentam coloração diversificada (ESQUIVEL, 1997e).
50
Ordem PLECOPTERA
Etimologia
De origem grega, plékos = entrelaçada + pterón = asa, significa asa entrelaçada
Descrição
No mundo são descritas cerca de 2.000 espécies da ordem Plecoptera. No Brasil foram registradas
aproximadamente 110 espécies e duas famílias, Gripopterygidae e Perlidae (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Os Plecópteros são conhecidos popularmente como moscas da pedra e compreendem um grupo
relativamente pequeno de insetos aquáticos. Morfologicamente se assemelham a larvas de
Ephemeroptera, dos quais se distinguem e são facilmente identificados pela presença de dois cercos
na porção final do corpo, brânquias torácicas e um par de garras em cada pata (GUTIÉRREZ-
FONSECA, 2010).
Participam do fluxo de energia e reciclagem de nutrientes para o ambiente terrestre e das cadeias
alimentares aquáticas (GUTIÉRREZ-FONSECA, 2010). São considerados importantes
bioindicadores de qualidade da água, pois necessitam de quantidades elevadas de oxigênio
dissolvido na água, característica esta que os tornam muito sensíveis a perturbações ambientais
(GOULART; CALLISTO, 2003).
Habitat
Vivem em águas correntes, limpas e frias, com altas concentrações de oxigênio. Abrigam-se
debaixo de rochas e são encontradas facilmente em rios localizados em montanhas. Podem ser
encontrados também associados a troncos e depósitos de folhas nos corpos d´água (BIS;
KOSMALA, 2008).
Alimentação
A alimentação varia de acordo com a espécie, a maioria é detritívora ingerindo restos vegetais e
outros detritos, outras são fitófogas, alimentando-se de algas, além de espécies carnívoras,
predadoras de outros animais (BIS; KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São considerados sensíveis a poluição (BIS; KOSMALA, 2008).
51
Família GRIPOPTERYGIDAE
Figura 70. Gripopterygidae
Número de indivíduos: 3
Recipiente: 016
Os representantes dessa família possuem o primeiro segmento dorsal do tórax (pronoto) com
formato quadrangular. Apresentam brânquias anais e as brânquias torácicas são ausentes (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Família PERLIDAE
Figura 71. Perlidae
Número de indivíduos: 6
Recipiente: 016
O primeiro segmento dorsal do tórax (pronoto) é elipsoidal. As brânquias do tórax são presentes e
as anais podem ou não estar presente (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
52
Ordem TRICHOPTERA
Etimologia
De origem grega, trichos = pelo + pterón = asa, significa asa com pelos
Descrição
A ordem Trichoptera é considerada um dos grupos mais importantes e diversos entre os
invertebrados aquáticos. Compreende cerca de 600 gêneros e aproximadamente 13.000 espécies
(HOLZENTAL et al., 2007).
Apresentam como principal característica a capacidade de algumas famílias produzirem casulos
fixos ou móveis a partir da associação de sua seda ao substrato como areia, rochas ou vegetais
(MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
No geral, desenvolvem-se em cinco estágios larvais e após o quinto acontece a pupação com o
surgimento dos adultos. Estes, vivem próximos a corpos d´água, além das fêmeas que também
depositam seus ovos nesse ambiente (CALOR, 2007).
Habitat
Vivem em diversos ambientes aquáticos como rios e lagoas de água doce (BIS; KOSMALA,
2008).
Alimentação
As larvas realizam um importante papel ecológico na transferência de energia no ecossistema
(MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). Apresentam um hábito alimentar muito variado,
alimentando-se de algas, outros insetos aquáticos e restos de folhas (BIS; KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
As larvas de Trichoptera não são capazes de tolerar níveis baixos de oxigênio, pois carecem de
oxigênio dissolvido para a respiração (CALOR, 2007).
53
Família HYDROPSYCHIDAE
Figura 72. Hydropsychidae
Número de indivíduos: 58 
Recipiente: 016
Com cerca de 1.500 espécies descritas, a família Hydropsychidae é considerada a terceira maior
família da ordem Trichoptera (HOLZENTAL et al., 2007). Assim como os outros Trichoptera,
alimentam-se por meio da ingestão de material vegetal e animal presente nos corpos d´água em que
vivem. Esses organismos não produzem casulo em abrigos de seda (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Família LEPTOCERIDAE
Figura 73. Leptoceridae
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 016
54
Os representantes dessa família são encontrados com maior frequência em corpos d´água lênticos
e se alimentam principalmente de folhas. Produzem um casulo tubular mais ou menos cônico
utilizando sua seda e grãos de areia (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Família POLYCENTROPODIDAE
Figura 74. Polycentropodidae
Número de indivíduos: 494
Recipiente: 017
Os representantes dessa família alimentam-se de material vegetal e animal que estão à deriva na
correnteza e são filtrados por sua seda. Podem ser encontrados em ambientes aquáticos lênticos
(MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Filo CNIDARIA 
Etimologia 
De origem grega, knide = urtiga, significa possuidor de substância urtigante
Descrição
O filo Cnidária é constituído por aproximadamente 11.120 espécies agrupadas em 5 classes
(PECHENIK, 2016). Seus representantes são em sua maioria marinhos e são conhecidos como
corais, águas-vivas e hidras. No mundo apenas 27 espécies são encontradas em água doce e todas
pertencem a classe Hydrozoa (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Habitat
Vivem em ambientes aquáticos marinhos e de água doce como rios e lagos (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Alimentação
A maioria dos Cnidários são predadores de outros animais. Na água doce alimentam-se de
plâncton microscópico (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
55
Classe HYDROZOA
Figura 76. Hydrozoa
Número de indivíduos: 9
Recipiente: 018
Tolerância a poluição
Não toleram ambientes poluídos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Filo MOLLUSCA
Etimologia
Do latim, mollis = mole, significa animais de corpo mole
O filo Mollusca é constituído por invertebrados de corpo mole e a maioria dos seus
representantes possuem uma concha rígida. Vivem preferencialmente no ambiente marinho e apenas
duas classes (Bivalvia e Gastropoda) são registradas em corpos d´água doce (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Os moluscos são considerados os invertebrados dulciaquícolas de maior porte. Alguns chegam a
medir 20 cm e habitam corpos d´água rasos com até 2 m de profundidade (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Classe BIVALVIA
Etimologia
Do latim, bi = dois + valvae = porta, significa portador de duas válvulas
56
Descrição
No Brasil são conhecidas aproximadamente 115 espécies da classe Bivalvia (AVELLAR, 1999).
Os bivalves apresentam simetria bilateral e duas conchas achatadas lateralmente (MUGNAI;
NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010). Estas se articulam entre si e encontram-se quase sempre
fechadas. Além disso, eles apresentam um pé que serve para locomoção e podem viver até 140 anos.
São capazes de filtrar substâncias tóxicas presentes nos ecossistemas aquáticos, acumulando-se em
seus tecidos (BIS; KOSMALA, 2008).
Habitat
Vivem em todos os ecossistemas continentais com grande abundância em represas e rios de
grande porte, enterrados em fundo lodoso ou arenolodoso (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA,
2010).
Alimentação
Alimentam-se por meio de sifões de sucção que filtram partículas presentes na água (BIS;
KOSMALA,2008).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes a poluição (BIS; KOSMALA, 2008).
Figura 77. Bivalvia
Número de indivíduos: 31
Recipiente: 019
57
Classe GASTROPODA
Etimologia
Da junção do grego com latim, gaster, genetivo singular gasterós = estômago + pous, genetivo
singular podós = pé, significa estômago no pé
Descrição
A classe Gastropoda compreende animais de corpo mole revestidos por uma concha espiralada.
Popularmente conhecidos como caracóis, são de grande importância na composição faunística de
ambientes aquáticos. Servem de alimento para outros animais como aves, peixes e mamíferos
(MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Habitat
Vivem em ambientes aquáticos lóticos e lênticos, geralmente fixos a rochas e plantas (BIS;
KOSMALA, 2008).
Alimentação
Apresentam hábito herbívoro, utilizando uma estrutura flexível e dentada (rádula) para raspar os
alimentos, que geralmente são algas e plantas (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes em águas ricas em nutrientes, pois se alimentam de algas e sensíveis
a poluição tóxica em ambientes impactados (BIS; KOSMALA, 2008).
Figura 78. Gastropoda
Número de indivíduos: 7
Recipiente: 010
58
Filo NEMATODA
Etimologia 
Do grego, nema, genetivo singular nematós = fio, filmamento + odes = semelhança, significa 
semelhante a um fio
Descrição
O filo Nematoda compreende um amplo grupo de invertebrados. São conhecidas cerca de 25.000
espécies, sendo que 6.000 são aquáticas. Apresentam um corpo cilíndrico, longo e não segmentado.
A maioria dos seus representantes são parasitas de outros animais (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Habitat
São parasitas de vertebrados e invertebrados ou de vida livre no ambiente terrestre e em
sistemas aquáticos (RITZINGER; FANCELLI; RITZINGER, 2010).
Alimentação
Alimentam-se de algas, bactérias e protozoários (ALBERTONI; PALMA-SILVA, 2010).
Tolerância a poluição
Quando expostos a alterações no ambiente, o metabolismo desses organismos diminuiem, o que
caracteriza um estado de dormência ou quiescência. Em níveis prolongados de quiescência a
atividade metabólica parece cessar, o que refere-se ao estágio de anibiose ou criptobiose. Esse
mecanismo confere resistência, prolongamento e sobrevivência de espécies a alterações ambientais,
classificando-os como bons indicadores de estresse ambiental (RITZINGER; FANCELLI;
RITZINGER, 2010).
Figura 79. Nematoda
Número de indivíduos: 3
Recipiente: 005
59
Filo PLATYHELMINTHES
Etimologia 
Do grego, platý = largo e chato + helminthos = verme, significa verme largo e chato
O filo Platyhelminthes é constituído por aproximadamente 20.000 espécies. Seus representantes
são vermes achatados e não segmentados. A maioria é parasita de outros animais, porém são
encontradas formas livres em ambientes terrestres e aquáticos (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Os Platyhelminthes mais conhecidos são: Schistosoma mansoni - agente etiológico da
esquistossomose e a Taenia solium - mais conhecida como solitária (MUGNAI; NESSIMIAN;
BAPTISTA, 2010).
Os representantes da classe Turbellaria são os únicos entre o filo Platyhelminthes considerados
como macroinvertebrados de ambientes aquáticos (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Habitat
Habitam os ambientes aquáticos marinhos e de água doce, porém a maioria vive como parasitas
de invertebrados e vertebrados (MUGNAI; NESSIMIAN; BAPTISTA, 2010).
Alimentação
São considerados predadores de outros invertebrados e também se alimentam de material
orgânico em decomposição (BIS; KOSMALA, 2008).
Tolerância a poluição
São considerados tolerantes a poluição (BIS; KOSMALA, 2008). 
Classe TURBELLARIA
Figura 80. Turbellaria
Número de indivíduos: 1
Recipiente: 018
60
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS: UMA ABORDAGEM NO ENSINO 
AULA PRÁTICA
Apresentaremos a seguir uma metodologia de abordagem simplificada sobre a temática
“macroinvertebrados aquáticos como bioindicadores da qualidade ambiental”, baseada em uma aula
prática e/ou saída de campo.
Apesar desta temática normalmente não ser abordada nas diferentes modalidades de ensino, tal
metodologia objetiva: (1) compreender a taxonomia dos macrobentos, (2) verificar a riqueza e
biodiversidade dos zoobentos, (3) conhecer os hábitos de vida dos macroinvertebrados e (4) associar
as informações da fauna bêntica com a qualidade do ecossistema aquático.
Destaca-se que esta ação poderá ser introduzida como um conteúdo de uma disciplina ou de várias
(não apenas por professores de Ciências e Biologia), ou seja, poderá ser desenvolvida de forma
transversal, visando auxiliar na compreensão e sensibilização dos alunos sobre as problemáticas
ambientais atuais e proporcionar de modo interdisciplinar, a conexão entre a Educação Ambiental e
o ensino.
Local de coleta: ecossistemas lóticos ou lênticos (rio, arroio, lagoa, lago, fitotelmas de bromélias,
etc.) de pequena profundidade próximos a escola.
Materiais: In situ: bota de borracha, luvas, pá de jardim, trena, termômetro, garrafa de água,
vassoura, frascos plásticos, álcool 70%, caneta, etiquetas e caderno para anotações. Ex situ: peneira
de arroz, bandeja branca, conta gotas, placas de petri, lupa estereoscópica, pinça e chave de
identificação dos organismos.
Os alunos analisarão o corpo d´água estudado por meio da localização, data da atividade,
profundidade, aspecto da água, temperatura, sinais de poluição.
Coleta: o sedimento do fundo do corpo d´água será coletado em triplicata com o auxilio de uma pá
de jardim. Em seguida o material deverá ser armazenado em sacos ou frascos de plástico com álcool
70% e etiquetado com nome do local da coleta.
Lavagem e Triagem: as amostras coletadas serão lavadas com o auxílio da peneira de arroz e
triadas no laboratório ou em sala de aula, desde que sejam ambientes com bastante luz, que
possibilitem a visualização dos organismos. O sedimento será colocado em bandeja branca e com a
utilização de pinça e conta gotas os macroinvertebrados serão coletados e armazenados em frascos
com álcool 70%.
Identificação taxonômica: com o auxílio da lupa estereoscópica e da chave de identificação
simplificada, os organismos serão identificados até o menor nível taxonômico possível. A chave de
identificação simplificada pode ser elaborada pelo professor a partir do conhecimento dos
macroinvertebrados mais registrados nos ambientes aquáticos e disponíveis na literatura. 75
62
INSECTA – CHIRONOMIDAE 
Larva de mosquito. Algumas possuem hemoglobina, vivendo em locais com pouco ou
muito O2 dissolvido. Semelhante a uma minhoca, com forma de C. A maioria das
espécies é considerada tolerante a poluição. São utilizados em monitoramento
ambiental.
ANNELIDA – OLIGOCHAETA 
Conhecidos como minhocas aquáticas. Possuem o corpo cilíndrico, segmentado,
presença de cerdas e coloração marrom. O clitelo é uma região mais larga do corpo
que só aparece no período reprodutivo. Vivem em locais com altas concentrações de
matéria orgânica. A maioria das espécies é considerada tolerante a poluição.
Utilizados em monitoramento ambiental.
INSECTA – ODONATA 
Os organismos adultos são chamados de libélulas e os jovens como ninfas aquáticas.
Os adultos são terrestres-aéreos, facilmente visualizados próximo aos corpos d'água.
Tanto as larvas como os adultos são predadores. A ninfa possui lábio que fica dobrado
sob a cabeça quando está em repouso; as fêmeas põem ovos na água ou na vegetação
marginal. A maioria das espécies é considerada tolerante a poluição.
INSECTA – EPHEMEROPTERA 
As larvas são aquáticas e os adultos são terrestres. Normalmente têm 3 longos cercos,
tem brânquias laterais ao longo do abdômen, três pares de patas com uma única unha
em cada pata. São encontradas tanto em águas correntes como em lagos. Muitas
espécies são sensíveis à poluição ambiental. Utilizados em monitoramento ambiental.
INSECTA – TRICHOPTERA
As larvas são aquáticas, possuem cabeça bem desenvolvida, três pares de patas bem
desenvolvidas nos 3 primeiros segmentose uma espécie de gancho no final do corpo,
onde também são encontradas as brânquias. As larvas constroem "casas" ou "ninhos",
feitos com pedaços de galhos, folhas e grãos de areia. Muitas espécies são sensíveis à
poluição ambiental. Utilizados em monitoramento ambiental.
INSECTA – PLECOPTERA
São insetos aquáticos com dois cercos no final do corpo. Três pares de patas na secção
média do corpo (tórax). Muitas espécies possuem brânquias que podem ser achatadas
ou cilíndricas, individuais ou agrupadas. A maioria das espécies são sensíveis à
poluição ambiental. Utilizados em monitoramento ambiental.
ANNELIDA – HIRUDINEA 
Conhecidos como as sanguessugas. Corpo achatado, número fixo de segmentos,
extremidades com ventosas. Os olhos se localizam na parte dorsal. Para se alimentar
utilizam uma faringe sugadora. A maioria das espécies é considerada resistente à
poluição ambiental.
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
76
63
ANÁLISE DOS RESULTADOS 
Após a realização da aula prática o professor realizará juntamente com os alunos a análise dos
resultados obtidos.
A respeito do corpo d´água estudado
Localiza-se na área urbana ou rural? Há a presença de moradores próximos? Se sim, qual a
relação desses moradores com o ambiente? Foram encontrados sinais de degradação antrópica nesse
local? Esse corpo d´água é utilizado para abastecimento? Conseguiram observar a presença de outros
animais, como peixes?
A respeito dos macroinvertebrados encontrados
Quantos organismos foram encontrados? Existe abundância taxonômica nesse local? Houve
predominância de alguns táxons em relação a outros? Se sim, predominaram os organismos
considerados sensíveis ou tolerantes a poluição?
Sugestões:
ü O professor poderá pedir aos alunos que façam pesquisas a respeito da legislação vigente sobre
os recursos hídricos e relacionar se os resultados obtidos com esta aula prática condizem com a
legislação;
ü É interessante que o professor instigue os alunos a pensar no corpo d´água de forma abrangente,
ou seja, de modo a refletir sobre o ambiente através de uma visão socioambiental;
ü É aconselhável que tenha o envolvimento dos demais professores do colégio, para que assim a
problemática da água seja vista de forma contextualizada. Professores de história, geografia,
física, química, matemática, artes entre outros podem contribuir;
ü Caso seja pertinente poderá ser realizado um projeto de Educação Ambiental na escola com o
envolvimento das diversas áreas do conhecimento;
ü O professor de biologia juntamente com os alunos poderão criar uma pequena coleção biológica
dos macroinvertebrados coletados e disponibilizar ao laboratório da escola;
ü Caso seja possível o professor poderá realizar análises físicas e químicas da água e associar essas
informações com os resultados obtidos a partir dos organismos biológicos encontrados
ü As informações adquiridas por meio desta aula prática poderão ser socializadas por meio de
materiais didáticos com toda a escola e com a comunidade do redor da escola e do corpo d´água
estudado, permitindo assim que os alunos sejam sujeitos autores do processo de aprendizagem e
possibilitem que outras pessoas sensibilizem a respeito da temática.
64
REFERÊNCIAS
ALBERTONI, E.; PALMA-SILVA, C. Caracterização e importância dos invertebrados de águas 
continentais com ênfase nos ambientes de Rio Grande. Cadernos de Ecologia Aquática, v. 5, n. 1, 
p. 9-27. 2010.
AMORIM, A. C. F.; CASTILLO, A. R. Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores da 
qualidade da água do baixo rio Perequê, Cubatão, São Paulo, Brasil. Biodiversidade Pampeana, v. 
7, n. 1, p. 16-22, 2010.
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