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Curso Bíblico Geral Disciplina: Dons Espirituais ESCOLA BÍBLICA SEMENTE 
1 
VERSÃSO 1.0 
 
DONS ESPIRITUAIS 
 
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”. 
(I Coríntios 12:1) 
 
 
1 - O que é dons espiritual? 
2 – Por que descobrir, desenvolver e usar os dons espirituais? 
3 – Quem concede os dons espirituais? 
4 – Quem possui dons espirituais? 
5 – Qual é a finalidade dos dons espirituais? 
6 – Quais são os dons espirituais? 
7 - Quantos dons existem? 
8 - Qual é a diferença entre dom espiritual e talento natural? 
9 - Qual é a diferença entre dom espiritual e fruto do Espírito? 
10 - Qual é a relação entre dom e as responsabilidades dos crentes? 
11 – O que é dom espiritual simulado? 
12 – Como deve ser a mordomia dos dons espirituais? 
13 - Qual é a relação entre dom e chamado? 
14 - Qual é a relação entre dom espiritual e cargo na igreja? 
15 - Como posso descobrir meus dons espirituais? 
16 – O Teste dos Dons. 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA - KORNFIELD, David. Desenvolvendo Dons Espirituais e Equipes de Ministério. Sepal, 237 p. 
MIRANDA, Juan Carlos. Manual de Crescimento da Igreja. Vida Nova, 197 p. 
SCHWARZ, Christian A. O Teste dos Dons. Esperança, 163 p. 
WAGNER, C. Peter. Descubra Seus Dons Espirituais. Abba Press, 326 p. 
Curso Bíblico Geral Disciplina: Dons Espirituais ESCOLA BÍBLICA SEMENTE 
2 
VERSÃSO 1.0 
1 - O QUE É DOM ESPIRITUAL? 
Dom espiritual é uma capacidade especial que o Espírito Santo dá a cada membro do 
corpo de Cristo para edificação da Igreja e para a glória de Deus. 
No primeiro capítulo de Efésios lemos que Deus estabeleceu Cristo acima de todos os principados 
e potestades, colocando todas as coisas debaixo dos seus pés, conferindo-lhe a posição de “cabeça 
sobre todas as coisas”, em relação à igreja (Ef 1:21-23). Em Colossenses lemos praticamente a 
mesma coisa, que Jesus é a “cabeça do corpo, da igreja” (Cl 1:18). Percebemos que na Bíblia, por 
vezes, o termo “Corpo de Cristo” refere-se à Igreja Universal, isto é, o conjunto de crentes em todo 
o mundo em todas as épocas, e em outras passagens, à Igreja local. 
Deus não planejou que o Corpo de Cristo fosse organizado em torno do modelo ditatorial, em 
que um único indivíduo governa, por mais benévolo que seja o governo de tal homem. Por outra 
parte, Ele também não intencionou que o seu Corpo fosse uma estrutura em que todos os membros 
governam. 
Ao invés de uma ditadura radical ou de uma democracia ampla, Deus preferiu criar o Corpo de 
Cristo como um organismo que tem a Cristo como cabeça, e cada membro funcionando com algum 
dom espiritual. Compreender os dons espirituais, portanto, é a chave que nos permite entender a 
organização espiritual da Igreja. 
As principais passagens bíblicas sobre os dons espirituais reforçam a conclusão acima. Não é por 
mera coincidência que em todas as três mais explícitas passagens sobre os dons espirituais – 
Romanos 12, I Coríntios 12 e Efésios 4, os dons são explicados no contexto do Corpo. “Mas Deus 
dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (I Co 12:18). Isso 
significa que não somente Deus organizou o Corpo, tomando por modelo um organismo humano, 
mas também chegou ao ponto de determinar qual seria a função de cada um dos membros. 
 
2 – POR QUE DESCOBRIR, DESENVOLVER E USAR OS DONS ESPIRITUAIS? 
A - PORQUE ABENÇOA OS CRISTÃOS E A IGREJA 
1. Edifica a igreja: Os dons espirituais ajudam a construir, fortalecer e encorajar a igreja, 
promovendo unidade e crescimento espiritual. 
2. Ministração Mútua: Eles permitem que os membros da igreja sirvam uns aos outros de maneiras 
que vão ao encontro das necessidades específicas, seja através de ensino, aconselhamento e 
administração às necessidades físicas, emocionais e espirituais . 
3. Evangelização: Dons como o de evangelismo ajudam a espalhar a mensagem do Evangelho de 
maneira eficaz, alcançando mais pessoas com a mensagem de Cristo. 
4. Direção e Discernimento: Dons de sabedoria e discernimento ajudam a igreja a tomar decisões 
alinhadas com a vontade de Deus e a identificar e corrigir erros doutrinários ou comportamentais. 
6. Adoração: Dons relacionados à música e à Palavra podem enriquecer o culto, levando a 
congregação a uma adoração mais profunda e significativa. 
7. Inovação e Crescimento: Dons de liderança e administração ajudam a igreja a crescer de maneira 
organizada e sustentável, promovendo novas formas de ministrar e alcançar a comunidade. 
Os dons espirituais, quando usados com humildade e amor, têm um impacto poderoso e 
transformador na vida da igreja, ajudando a cumprir a missão de fazer discípulos e glorificar a Deus. 
Curso Bíblico Geral Disciplina: Dons Espirituais ESCOLA BÍBLICA SEMENTE 
3 
VERSÃSO 1.0 
Para muitos cristãos descobrir, desenvolver e usar os dons espirituais é o início de um novo 
relacionamento com Deus e com os outros membros do Corpo de Cristo. 
“Se todos nós prometêssemos a Deus que faríamos um esforço sincero para descobrir e usar nossos 
dons, a igreja passaria por uma revolução”. 
 
 
 
3 – QUEM CONCEDE OS DONS ESPIRITUAIS? 
O dom é dado por Deus (Rm 12:6; I Co 12:11; Ef 4:7,8,11). 
Rm 12:6 - De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela 
segundo a medida da fé; 
1Co 12:11;18 – “11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente 
a cada um como quer.18 Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis”. 
Ef 4:7,8 – 7 Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. 8 Por isso foi 
dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. 
Ef 4:11 - E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como 
pastores e mestres, 
Não é o cristão que escolhe que dom vai ter. O dom é dado por Deus segundo a vontade e querer 
dEle. Cuidado para não desprezar o dom que Deus lhe deu, cobiçando, talvez, um dom que o 
colocaria em destaque como o do irmão A ou B. 
O texto de I Co 12:11 ensina como o Espírito distribui os dons “como lhe apraz, a cada um, 
individualmente”. Mais adiante, no v. 18, diz que Deus colocou os membros no Corpo “como lhe 
aprouve”. Deus não confiou a pessoa alguma a distribuição dos dons espirituais. 
4 – QUEM POSSUI DONS ESPIRITUAIS? 
Nem todos possuem dons espirituais. Os incrédulos não o possuem. Mas todo crente no Senhor 
Jesus e membro real de Seu Corpo tem pelo menos um dom, ou possivelmente, mais. 
A Bíblia assegura que todo crente recebeu algum dom (I Pe 4:10 - “servindo uns aos outros conforme 
o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”), e que a “manifestação do 
Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso” (I Co 12:7- “ A cada um, porém, é dada a 
manifestação do Espírito para o proveito comum”.). 
Quando o apóstolo Paulo diz que o Espírito distribuiu os dons a cada um, “visando um fim 
proveitoso” (I Co 12:7), ele obviamente quis dizer a cada crente. 
Se você é um nascido de novo, um cristão verdadeiro e ainda não sabe qual é seu dom, procure 
descobri-lo, pois você o tem e deve usá-lo. 
5 – QUAL É A FINALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS? 
1 – Para edificar a igreja - Efésios 4:11-14: 
Curso Bíblico Geral Disciplina: Dons Espirituais ESCOLA BÍBLICA SEMENTE 
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VERSÃSO 1.0 
“11 E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como 
pastores e mestres,12 tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para 
edificação do corpo de Cristo. 13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimentodo Filho 
de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; 14 para que não mais 
sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, 
pela astúcia tendente à maquinação do erro; 
Na Bíblia a concessão do dom está sempre ligada ao corpo de Cristo e à sua edificação. Então, 
quando refletimos sobre os dons, obrigatoriamente devemos refletir sobre a edificação da Igreja. 
2 – Para o proveito comum: 
1 Coríntios 12:7 - “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum”. 
1Pe 4:10-11 “10 servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons 
despenseiros da multiforme graça de Deus. 11 Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; 
se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado 
por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém”. 
3 – Para glorificar a Deus. O trecho de I Pedro 4:10 e 11 aconselha os crentes a usarem 
seus dons espirituais, para então explicar o motivo para tanto: “...para que em todas as coisas seja 
Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos 
séculos”. 
6 - QUAL É A DIFERENÇA ENTRE DOM ESPIRITUAL E TALENTO NATURAL? 
Todo ser humano, em virtude de haver sido criado à imagem de Deus, possui certos talentos 
naturais. Talentos são características que dão a cada ser humano uma personalidade sem igual. E 
de onde vêm estes talentos naturais? 
Um talento natural: vem de Deus após nascermos e chama a atenção de outros por fazermos 
alguma coisa com excelência. 
Um dom espiritual: vem do Espírito Santo após nos convertermos e ministra ao coração (ou 
espírito) de outros. 
A essência da diferença é que um dom naturalmente ministra ao coração das pessoas, enquanto 
um talento chama atenção à pessoa dotada. 
Talentos naturais ou habilidades profissionais, santificados, podem funcionar de forma parecida 
aos dons ou podem acompanhar os dons relacionados. 
 Deus pode tomar um talento natural de um incrédulo, e transformar isso em um dom espiritual, 
quando tal pessoa passa a fazer parte do Corpo de Cristo. 
Não é tão importante distinguir entre dons e talentos tanto quanto é importante usar tudo que 
temos para edificar outros e glorificar a Deus (Cl 3:17, 1 Pe 4:10-11). 
Cl 3.17 – “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando 
por ele graças a Deus Pai.”: 
 1 Pe 4.10,11 – “10 servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons 
despenseiros da multiforme graça de Deus. 11 Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se 
alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por 
meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém. 
Na verdade, é bom lembrar que um dom espiritual também pode ser usado na carne, 
usado sem amor, assim perdendo parte de sua virtude (1 Coríntios 13). 
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VERSÃSO 1.0 
 
7 - QUAL É A RELAÇÃO ENTRE DOM ESPIRITUAL E FRUTO DO ESPÍRITO? 
O fruto do Espírito, em seus vários aspectos, é descrito em Gálatas 5:22 e 23: amor, alegria, 
paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e domínio próprio. Este fruto é a 
conseqüência normal e esperada do crescimento, da maturidade, da semelhança com Cristo e da 
plenitude do Espírito Santo na vida de todos os crentes. 
Paulo deixa claro em 1 Coríntios 13 que a relação é profunda: sem o amor o exercício dos dons 
não tem nenhum proveito à pessoa que o está usando. Pode aproveitar a outros. Outros podem ser 
abençoados, edificados, convertidos, curados e assim por diante. Mas a própria pessoa não receberá 
nada. As outras pessoas, com o passar do tempo, vendo a falta de amor e caráter no ministrador, 
podem perder o proveito anterior, ficando defraudadas e rejeitando bênçãos anteriores. Muitos têm 
se desviado da igreja por falta de amor e caráter cristão de líderes ou membros da igreja. 
Os crentes de Corinto tiveram de descobrir isso pelo lado mais difícil. Eles possuíam um ideal 
conjunto de dons espirituais, de conformidade com o trecho de I Co 1:7 – (”De maneira que nenhum 
dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo”), e estavam atarefados na descoberta, 
no desenvolvimento e no uso de seus dons espirituais. Eram tão carismáticos quanto é possível a 
uma igreja local ser. No entanto, formavam uma área desastrosa, uma das igrejas mais confusas 
e derrotadas sobre as quais podemos ler no Novo Testamento. 
O problema básico dos crentes de Corinto não era a falta dos dons espirituais, mas a falta do 
fruto do Espírito. Eis a razão pela qual Paulo escreveu o décimo terceiro capítulo de I Coríntios a 
eles. Ali, pois, Paulo falou profundamente sobre o amor, o primeiro dos aspectos do fruto do 
Espírito. Ele lhes disse que podiam possuir o dom de línguas, o dom da profecia, o dom do 
conhecimento, o dom da fé, o dom da pobreza voluntária, o dom do martírio e qualquer outro dom 
espiritual; mas sem o amor, tudo isso se reduzia a absolutamente nada! (I Co 13:1-3). 
Os dons espirituais sem o fruto do Espírito são como um pneu sem ar. 
O fruto não é descoberto como acontece no caso dos dons; mas desenvolve-se, mediante o andar 
do crente com Deus, visto que ele entrega a sua vida à direção do Espírito Santo. 
Se os dons espirituais ajudam a definir o que um crente faz, o fruto do Espírito ajuda a definir o 
que um crente é. 
Este fruto é um pré-requisito para o exercício eficaz dos dons espirituais. 
 
8 - QUAL É A DIFERENÇA ENTRE DOM E AS RESPONSABILIDADES DOS CRENTES? 
Podemos ver, no quadro abaixo, que muitos dos dons, especialmente os de Romanos 12, também 
são mandamentos para todos nós: 
Dons Mandamentos 
Evangelismo “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15) 
“Serão minhas testemunhas” (At 1.8) 
Serviço “Sirvam uns aos outros mediante o amor” (Gl 5.13) Mt 20.25-28; Fp 2. 4-6 
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VERSÃSO 1.0 
Ensino “Ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mt 28.20). “Habite 
ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem... uns aos outros” (Cl 3:16) 
 
 
 
 
( (Cl 3:16(Cl 3. 6). 
Exortação “Encorajem uns aos outros todos os dias” (Hb 3.13; veja Hb 10.25). “Exortem e 
edifiquem uns aos outros” (1 Ts 5.11). 
Contribuição “Cada um dê conforme determinou em seu coração” (2 Co 9.7). “Compartilhem com 
os santos em suas necessidades” (Rm 12.13). 
Fé “Porque vivemos por fé e não pelo que vemos” (2 Co 5.7). veja Hb 11.6. 
Misericórdia “Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram” (Rm 12.15). 
Consolem-se uns aos outros...”(1 Ts 4.18). 
Sabedoria “Aconselhem uns aos outros com toda sabedoria” (Cl 3.16). “Se algum de vocês tem 
falta de sabedoria peça-a a Deus” (Tg 1.5; veja Tg 3.13-18). 
Hospitalidade “Pratiquem a hospitalidade” (Rm 12.13). “Não esqueça a hospitalidade; pois a 
praticando, sem o saber alguns acolheram a anjos” (Hb 13.1). 
Discernimento de 
espíritos 
“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se 
eles procedem de Deus” (1 Jo 4.1) 
Quando examinamos a lista dos dons espirituais torna-se patente que muitos deles descrevem 
atividades que são esperadas de cada crente. Talvez o mais óbvio de todos os dons espirituais seja 
também um dever do crente – a Fé. Para que alguém se torne crente e participe do Corpo de 
Cristo, é mister Fé (Ef 2:8 e 9). Somos informados que a Fé faz parte do fruto do Espírito (Gl 
5:22). E que “sem fé é impossível agradar a Deus”(Hb 11:6). Em outras palavras,o estilo de vida 
de todo crente, sem qualquer exceção, deve ser caracterizado, dia após dia, pela fé. Acima de tudo 
isso, entretanto, é o dom especial da fé, que é dado por Deus a apenas alguns poucos membros 
do Corpo. 
Quando discutimos sobre o dom da hospitalidade, vimos que algumas pessoas recebem uma 
capacitação especial do Espírito para hospedarem, entretanto, isto não significa que os demais 
crentes não devam se sentir privilegiados por oferecer seu lar a receber outras pessoas. A oração 
é, ao mesmo tempo, um privilégio e uma responsabilidade para todo crente. Esse é outro exemplo 
do papel cristão. Ninguém precisa do dom de intercessão para falar com Deus. 
Alguns crentes receberam o dom da exortação, mas todos têm o papel de se exortarem 
mutuamente (Hb 10:25). Alguns receberam o dom ministerial de evangelista, mas de todos os 
crentes espera-se que exerçam seu papel de testemunho cristão (At 1:8). 
Por igual modo, alguns têm o dom do ministério ou do serviço, mas todos os crentes devem servir 
uns aos outros (Gl 5:13). Não devemos recuar de servir ou ajudar de alguma forma, dizendo que 
‘tal serviço não é meu dom’. Precisamos ter a identidade de servo tal como nosso mestre Jesus 
Cristo (Mt 20.25-28; Fp 2.3-8), sempre procurando como podemos servir a outros. Ao mesmo 
tempo, quando me pergunto como posso servir melhor a Cristo e a Seu Corpo, entenderei que 
existem áreas onde a graça flui em minha vida, áreas em que eu abençôo a outros de forma especial 
e eu me sinto realizado. Como bom mordomo dos dons e chamados que Deus me tem dado, devo 
concentrar meu tempo ministrando nessas áreas. 
 
9 - QUAL A É RELAÇÃO ENTRE DONS E OS CARGOS DA IGREJA? 
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VERSÃSO 1.0 
Muitos cargos deveriam estar ligados diretamente a certos dons de liderança, administração, 
ensino ou serviço (diaconia). Nesse sentido, não é suficiente indicar alguém a um cargo porque é 
maduro e tem bom caráter. Muitas vezes, indicamos alguém a um cargo sem pensar claramente em 
seus dons. Além de pensar em seus dons, devemos pensar nos dons de que esse ministério precisa 
para funcionar bem. Com base nisso, devemos procurar outras pessoas que tenham esses dons 
para poder funcionar como equipe. Por exemplo: quase toda equipe de ministério funcionará melhor 
se for liderada por alguém com o dom de liderança. Além disso, a maioria das equipes será 
fortalecida se tiver um administrador, um intercessor e alguém com dom de serviço e ajuda. 
 
 
10 - O QUE É UM DOM ESPIRITUAL SIMULADO? 
Leia Mt 24:24(“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se 
possível fora, enganariam até os escolhidos.) e observe o alerta que Jesus nos faz. 
Jesus também falou sobre aqueles que profetizariam e expeliriam demônios em Seu nome, mas 
que na realidade seriam praticantes de iniqüidades (Mt 7:22 e 23 - “22 Muitos me dirão naquele dia: 
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não 
fizemos muitas maravilhas? 23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais 
a iniqüidade). 
No Egito, quando da ação de Moisés em prol da libertação do povo israelita, os mágicos de Faraó 
puderam imitar um bom número das obras prodigiosas que Deus realizou por intermédio de Moisés 
(confira em Ex 7 e 8). 
Peter Wagner refere-se ao relato de um ex-médium espírita, Raphael Gasson, que se converteu 
e que narra num livro a maneira como Satanás imita os dons do Espírito. Relata também a 
experiência de um evangelista, Petrus Octavianus, da Indonésia. Conta que em certa ocasião este 
pregador dirigia a palavra a uma grande audiência de três mil pessoas, em Stuttgart, na 
Alemanha. Ao fim da exposição ele pediu um momento de oração silenciosa. Quando tudo estava 
quieto, um homem da plataforma levantou-se e começou a falar em línguas. Petrus voltou-se para 
ele e, no nome de Jesus, ordenou que ele fizesse silêncio. Explicou mais tarde que percebeu, pelo 
Espírito, que aquela fala era produzida pelo inimigo. 
 
11 – O QUE É MORDOMIA DOS DONS ESPIRITUAIS? 
A mordomia, no sentido neotestamentário, envolve uma estonteante responsabilidade. De acordo 
com I Coríntios 4:2 “... o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado 
fiel”. Mordomia envolve prestação de contas. 
A chave para a mordomia cristã acha-se na parábola dos talentos, em Mateus 25:14-30. Três 
mordomos receberam diferentes capitais. A responsabilidade deles era usar esses recursos para o 
seu devido propósito no mundo dos negócios – fazer mais dinheiro. Dois dos três conseguiram 
duplicar o dinheiro que receberam; quando chegou o dia da prestação de contas, eles foram 
chamados de “servo bom e fiel”. A fidelidade deles estava diretamente ligada ao seu sucesso. Mas 
o terceiro mordomo mostrou-se um homem tímido e negativista. Por isso, não foi capaz de 
reconhecer o potencial dos recursos que havia recebido. Nada fez com o seu capital, e foi julgado 
como um “servo mau e negligente”. 
Cada dom espiritual que nos foi dado é um recurso que precisamos usar, e acerca do qual 
seremos considerados responsáveis, por ocasião do julgamento do Tribunal de Cristo (II Coríntios 5 
:10 - "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que 
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VERSÃSO 1.0 
tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal."). (Rm 14:10). 
Alguns recebem um dom, outros dois e outros cinco. Não importa com quantos dons um crente 
comece. Os mordomos são responsáveis somente por aquilo que o Senhor tiver preferido conferir-
lhes. Mas os recursos que temos devem ser usados para cumprir o propósito do Senhor. Não há 
tempo que se compare com o presente para começarmos a nos preparar para responder àquela 
pergunta que cada um de nós haverá de ouvir, afinal, dos lábios de nosso Senhor: “Que fizeste com 
o dom espiritual que te dei?”. 
 
12 – QUAIS SÃO OS DONS ESPIRITUAIS? 
Todo crente possui dons espirituais, como também toda igreja local. Muitos desses talentos, 
porém, continuam enterrados, como aquele talento não usado, do capítulo 25 de Mateus; mas estes 
dons podem ser desenterrados e usados para a glória de Deus, visando o desenvolvimento da igreja 
local. 
1 - As Três Listas Chaves 
A grande maioria dos dons espirituais mencionados na Bíblia encontra-se em três capítulos 
principais: Rm 12, I Co 12 e Ef 4. Há ainda outros textos importantes, cujas informações preenchem 
outros importantes detalhes: I Co 13-14, I Pe 4, I Co 7 e Ef 3. Começaremos a reunir a lista 
fundamental, usando os três capítulos básicos. As palavras entre parênteses são traduções 
variantes de uma mesma palavra grega. 
ROMANOS 12 menciona os seguintes dons espirituais: 
1º) Profecia (pregação, declaração inspirada) 
2º) Serviço (ministério) 
3º) Ensino (comunicação de princípios bíblicos) 
4º) Exortação (estímulo à fé, encorajamento) 
5º) Contribuição (doação, generosidade) 
6º) Liderança (autoridade, governo, administração) 
7º) Misericórdia (simpatia, consolo, bondade) 
I CORÍNTIOS 12 adiciona: 
8º) Sabedoria (conselho sábio, palavra sábia) 
9º) Conhecimento (falar com propriedade) 
10º) Fé (crer na intervenção divina) 
11º) Cura (sarar mágoas e doenças físicas) 
12º) Milagres (realização de grandes feitos) 
13º) Discernimento de espíritos (percepção espiritual) 
14º) Línguas (falar em línguas nunca aprendidas) 
15º) Interpretação de línguas (tradução compreensiva) 
16º) Apóstolo 
17º) Socorro 
18º) Administração (governo, presidência, liderança) 
EFÉSIOS 4 adiciona: 
19º) Evangelista (missionário,pregador da salvação em Cristo) 
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9 
VERSÃSO 1.0 
20º) Pastor (ministrar ao povo de Deus) 
Estas três listas básicas fornecem-nos vinte dons espirituais distintos. Uma coisa torna-se 
evidente de imediato – nenhuma dessas listas é completa. Há dons mencionados em Efésios que 
também são mencionados em Romanos; e alguns dos dons mencionados em Romanos são 
mencionados em I Coríntios; e alguns dos dons mencionados em I Coríntios são mencionados em 
Efésios. Ao que tudo indica, esses catálogos não tencionam ser listas completas dos dons que Deus 
confere. E poderíamos concluir que, não sendo completas nenhuma dessas três listas em si 
mesmas, provavelmente todas elas juntas também não o são. 
A própria Bíblia confirma ser essa uma conclusão correta. 
Há pelo menos outros cinco dons mencionados no NT: 
21º) Celibato (voluntário) (continência, abstinência sexual) 
22º) Pobreza (voluntária) (desprendimento material) 
23º) Martírio (voluntário) (submissão ao sofrimento) 
24º) Hospitalidade (alegria em receber pessoas) 
25º) Missões (amor dedicado a outras culturas) 
 Até aqui mencionamos 25 dons espirituais, somando as três listas incompletas e 
acrescentando outros cinco dons. Peter Wagner acrescenta ainda outros dois dons: 
26º) Intercessão (oração, súplicas e louvor) 
27º) Libertação (batalha espiritual) 
 Há autores que alistam ainda mais dons! Christian A. Schwarz apresenta uma lista com 
30 dons, acrescentando três aos já alistados: 
28º) Criatividade Artística, 
30º) Habilidade Manual e 
31º) Música. 
 
DEFINIÇÕES DE DONS ESPIRITUAIS ESPECÍFICOS 
ROMANOS 12:6-8 
(DONS MOTIVACIONAIS) 
O dom motivacional (grego: diakonion – 1 Co 12:5) é uma característica que integra de modo 
profundo a nossa personalidade, transformada pelo Espírito Santo, e nos motiva em nossos 
ministérios, constituindo-se no nosso estilo de vida. 
PROFECIA: A motivação de revelar justiça e injustiça pela declaração pública de uma mensagem 
de Deus de tal forma que mova o ouvinte a responder. Essa mensagem pode ser baseada na Bíblia 
ou numa revelação especial coerente com a Bíblia. 
MINISTÉRIO/SERVIÇO: a motivação de suprir necessidades pela realização de projetos físicos 
ou sociais que ajudam a outros (aliviando-os e animando-os). Tanto Knight como Wagner fazem 
uma distinção entre o dom de serviço e o de ajuda, sendo diferentes palavras no grego. (veja págs. 
26, 91.). 
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VERSÃSO 1.0 
ENSINO: A motivação de procurar, sistematizar e explicar as verdades de Deus, para que outras 
pessoas possam apreciá-las, entendê-las e usá-las. 
EXORTAÇÃO/ENCORAJAMENTO: A motivação de chamar (encorajar, animar) alguém a agir 
segundo os propósitos de Deus, ajudando-o a experimentar verdades divinas e, assim, ser 
abençoado. 
DAR/CONTRIBUIR: A motivação de entregar recursos pessoais a outros a fim de ajudá-los a 
superar suas necessidades ou realizar seus ministérios. 
PRESIDIR/LIDERAR: A motivação de ajudar um grupo a perceber os propósitos (e visão) de 
Deus, e mobilizar-se a realizá-los. 
MISERICÓRDIA: A motivação de identificar-se com, e de responder às carências de pessoas aflitas 
ou necessitadas. 
 
 
EFÉSIOS 4:11 
(DONS MINISTERIAIS OU FUNCIONAIS) 
Habilidades que integram vários dons e que requerem preparo específico e tempo prioritário 
para o seu exercício (grego: energematon – 1Co 12:6). 
APÓSTOLO: Homens escolhidos e discipulados por Jesus (exceto Paulo), os quais foram enviados 
com autoridade e poder para comunicar as Boas Novas do reino de Deus. 
PROFETA: Alguém chamado a proclamar a verdade de Deus. Note a definição na lista de Romanos 
acima quanto ao dom de profecia como um dom motivacional; Em Efésios 4, a diferença é que o 
profeta é uma pessoa dada à igreja enquanto a profecia de Romanos é um dom dado a uma pessoa. 
EVANGELISTA: Alguém chamado a compartilhar as Boas Novas do reino de Deus com pessoas 
incrédulas, de tal forma que elas cheguem a ser discípulas de Cristo e membros responsáveis do 
Corpo de Cristo que sabem como evangelizar outros. 
PASTOR: Alguém chamado ao ministério de amar, discipular, equipar e guiar outros crentes, 
ajudando-os a serem saudáveis, individualmente, em conjunto e ajudando-os a se reproduzirem. 
MESTRE: Alguém chamado a procurar, sistematizar e apresentar as verdades da Palavra de Deus 
de tal forma que outros aprendam. (Note a definição acima quanto ao ensino como um dom 
motivacional; em Efésios 4, a diferença é que o mestre é uma pessoa dada à igreja, enquanto o 
dom de ensino de Romanos é dado a uma pessoa). 
1 CORÍNTIOS 12:8-10 
(DONS MANIFESTACIONAIS) 
O dom manifestacional (grego: carismaton – 1 Co 12:4) é uma habilidade sobrenatural dada pelo Espírito Santo 
para uma ação que supere os limites da razão. 
PALAVRA DE SABEDORIA: Receber uma intuição de Deus para responder a uma situação 
específica. 
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VERSÃSO 1.0 
PALAVRA DE CONHECIMENTO/CIÊNCIA: Ter informação dada por Deus para uma situação 
específica, que de outra forma não seria conhecida. 
FÉ: Visualizar o que Deus quer fazer e manter uma confiança constante de que Ele fará, mesmo 
quando surgirem obstáculos que pareçam impossíveis de serem superados. 
DONS DE CURA: Restaurar a saúde ao corpo e/ou à alma de forma sobrenatural. 
MILAGRES: Superar as leis naturais de tal forma que demonstre a mão divina. 
PROFECIA: Receber e transmitir uma mensagem imediata de Deus por meio de uma palavra 
divinamente ungida para uma situação específica. 
DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: Perceber e distinguir entre espíritos bons (anjos ou o Espírito 
Santo), espíritos maus (demônios) e espíritos humanos. 
LÍNGUAS: Falar um idioma (espiritual) que nunca tenha aprendido. 
INTERPRETAÇÃO: Dar o significado de uma mensagem entregue através de línguas. A 
classificação dos dons em motivacionais, ministeriais e manifestacionais, parece indicar que uma 
pessoa pode ter vários dons ministeriais, como também dons manifestacionais, mas geralmente terá 
só um dom motivacional. Por exemplo: eu tenho dons de administrar, ensinar e escrever. Esses 
dons, porém, não são minha motivação fundamental no ministério. Meu dom motivacional é a 
exortação ou encorajamento. Eu quero ver as pessoas praticando as verdades da Bíblia. Quando 
isto acontece eu estou alegre e realizado. 
Os dos motivacionais são fundamentais para a operação frutífera dos outros dons e ministérios. 
OUTROS DONS POSSÍVEIS 
ADMINISTRAÇÃO: Planejando e coordenando as atividades de outros para alcançar alvos 
predeterminados que edificam o corpo de Cristo. (1 Co 12.28). 
AJUDA (AUXÍLIO OU SOCORRO): ajudando um indivíduo pessoalmente (muitas vezes um líder 
ou alguém doente), para que a vida ou ministério dele seja realizado mais plenamente (1 Co 12.28). 
ARTE/ARTESANATO: Formando coisas belas que elevam o espírito de outros a Deus (Ex 31.1-11; 
35.30-35). 
MISSIONÁRIO (TRANSCULTURAL): Ministrando, em uma segunda cultura, quaisquer outros 
dons espirituais que tenha (ilustrado em Atos 11.19-26; At 13.1-3; e o resto do livro de Atos). 
HOSPITALIDADE: Estabelecendo um ambiente de amor, aceitação e descanso para os que 
precisam de acolhimento fraternal (1 Pe 4.9). 
LOUVOR: Entrando na presença de Deus através de músicas e cânticos, ministrando a Ele e sendo 
ministrado por Ele de tal forma que inspire outras pessoas a fazerem o mesmo (1Cr 16.4-7; 25.1-
7). 
CELIBATO/SOLTERISMO: Sentindo-se realizado como solteiro, desfrutando da liberdade de 
poder dedicar-se totalmente ao Senhor (1 Co 7.7). 
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POBREZA VOLUNTÁRIA: Liberando-se de dinheiro e de posses de tal forma que se identifique 
com os pobres de sua sociedade, com a intenção de poder servir a Deus mais completamente (1Co 
13.3). 
INTERCESSÃO: Orando através de extensos períodos de tempo, recebendo respostas freqüentes 
e específicas de suas orações, bem mais do que se espera do crente comum (ilustrado na vida de 
Jesus – Mc 1.35; 6.46,47; Lc 5.15,16; 6.12; 9.18; 22.32,44; Jo 17.9). 
MARTÍRIO: No que consiste o dom do martírio? Peter Wagner faz uma brincadeira afirmando 
que é o dom que só pode ser usado uma vez pelo crente! Depois ele explica que ter este dom é 
mais do que simplesmente morrer pela fé. O dom do martírio é uma capacidade que Deus tem 
dado a certos membros do Corpo de Cristo, para sofrer, pela fé, até mesmo a morte, ao mesmo 
tempo em que exibe uma atitude jubilosa e vitoriosa, que redunda na glória de Deus. 
Em 1943, na Bolívia, cinco missionários da Missão Novas Tribos entraram nas selvas para fazer 
contato com os índios “ayore”, para nunca mais serem vistos. Um outro missionário que conhecia 
bem aquela área alertara a equipe da Missão Novas Tribos: “Se vocês não levarem armas, não 
voltarão vivos”. Mas os missionários replicaram que prefeririam morrer para glória de Deus a 
carregar consigo armas de fogo. 
Estevão, da primitiva igreja de Jerusalém, morreu como mártir. Não possuímos evidências 
suficientes para saber se ele possuía ou não o dom de martírio, embora suas palavras finais, 
“Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7:60), possam indicar precisamente isto. Mas sabemos 
que a morte dele resultou num crescimento tremendamente acelerado da Igreja, por toda a Judéia, 
Samaria e até mesmo entre os gentios, em Antioquia da Síria. 
Um dos assassinos dos cinco missionários da Novas Tribos mais tarde teve um encontro com Cristo 
e tornou-se um dos anciãos da igreja dos índios “ayore”. O bem conhecido lema: “O sangue dos 
mártires é a semente da igreja” expressa o relacionamento que esse dom espiritual pode ter no que 
concerne ao crescimento da igreja. 
14 - QUANTOS DONS EXISTEM? 
As listas de dons no Novo Testamento ilustram o fato de que Deus revestiu cada igreja com os 
dons específicos de que ela precisa para as tarefas que Ele atribuiu a elas. Será, então, que Deus 
pode hoje nos dar dons espirituais que a Bíblia não menciona? Na opinião de Schuwarz, sim. 
Este autor afirma já ter encontrado cristãos obcecados pela idéia de que cada dom mencionado 
na Bíblia deve ser exercido na sua igreja e que para eles é mais importante ter todos os dons do 
que realizar as tarefas que estão diante da sua igreja. 
Ele conclui o assunto afirmando que em vez de nos forçarmos a “ver” todos os dons mencionados 
no NT funcionando na igreja local, é mais saudável partir das tarefas que estão por serem realizadas 
em nossa igreja. Assim, nem toda igreja precisa ter todos os dons, mas toda igreja deveria usar os 
dons que tem para realizar a tarefa que lhe é imposta pela situação em que se encontra. 
Acerca de quais dons espirituais estão em vigor em nossos dias, para Peter Wagner, é uma 
questão menos importante. Ele conclui que assim como Deus concede conjuntos de dons específicos 
para diferentes pessoas, assim também Ele outorga diferentes conjuntos de dons para diferentes 
igrejas e denominações. Segundo Wagner, igrejas com diferentes filosofias de ministério fazem 
parte de uma bela variedade que Deus tem embutido no Corpo Universal de Cristo. Visto que as 
pessoas são tão diferentes, as igrejas também precisam ser diferentes, se vão conquistar os 
incrédulos para Cristo, tornando-os membros responsáveis. 
Sendo Deus quem distribui os dons, tanto a igrejas como a crentes, então as igrejas e as 
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VERSÃSO 1.0 
denominações deveriam aceitar aquilo que Deus lhes tem conferido, sem qualquer orgulho, inveja, 
senso de culpa ou sentimento de inferioridade. Qualquer que seja o conjunto de dons que Deus 
escolheu para você e sua igreja, trata-se de um complexo adequado ao crescimento,,,,,,,. 
15 – QUAL É A RELAÇÃO ENTRE DOM E CHAMADO? 
Muitos cristãos ficam angustiados porque não sabem para que Deus os chamou, e há outros que 
chegam a pensar que Deus tem prazer especial em nos chamar para realizar tarefas que não 
combinam com os nossos dons. Deus não chama ninguém para realizar uma tarefa para a qual ele 
não o capacitou. Por outro lado, se você descobrir quais são os seus dons estará muito próximo de 
saber também para que atividade Deus o chamou. 
O chamado diz respeito a área de atuação que alguém ministra com base no seu dom. Exemplo: 
Alguém com o dom de ensino poderá ter um chamado para trabalhar com crianças, outro com o 
mesmo dom para trabalhar com adolescentes, outro com jovens ou adultos, ainda outro na 
administração do ensino na igreja. 
 
16 – COMO POSSO DESCOBRIR MEUS DONS ESPIRITUAIS? 
Antes de começarmos a dar os passos com vistas ao descobrimento dos seus dons, há quatro 
condições prévias fundamentais que precisam caracterizar a sua vida. Se você deixar de fora 
qualquer uma dessas condições prévias perceberá que é muito difícil, se não impossível, descobrir 
seus dons. 
Condições prévias fundamentais para a descoberta dos dons: 
1º - Você deve ser um cristão de verdade. Há pessoas que até freqüentam os cultos com certa 
regularidade, contribuem com dinheiro e até exercem algum cargo... Mas jamais entraram em um 
relacionamento pessoal com o Senhor Jesus, ou seja, ainda não passaram pelo novo nascimento 
(Jo 3). 
2º - Você deve crer nos dons espirituais. Você precisa crer que Deus lhe outorgou um dom 
espiritual antes que dê início ao processo de descobrimento. Também é mister que você tenha um 
senso de agradecimento a Deus por haver lhe outorgado algum dom espiritual. 
3º - Você deve estar disposto a esforçar-se. Deus lhe deu um ou mais dons espirituais, e isso 
por alguma razão. Há um trabalho que Ele quer que você cumpra no Corpo de Cristo, uma tarefa 
específica para a qual Ele lhe tem equipado. Deus sabe se você é sério quanto a trabalhar para 
Ele. Se você estiver disposto a usar seu dom espiritual com vistas à glória de Deus, bem como ao 
bem-estar do Corpo de Cristo, Ele haverá de ajudá-lo. 
4º - Você deve orar. Antes, durante e depois desse processo, você precisará orar. Tiago 
recomendou: “Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá 
liberalmente...” (Tg 1:5). Busque a Deus sincera e intensamente, pedindo-lhe orientação. Visto 
que Deus quer que você descubra qual o seu dom espiritual, certamente Ele lhe dará toda a ajuda 
que você vier a precisar. Simplesmente peça e confie que Ele o fará. 
Armados com essas quatro condições prévias estaremos prontos para examinar os cinco 
passos necessários para você descobrir o seu dom espiritual. 
Passo 1: Explore as Possibilidades. 
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Será difícil você descobrir um dom espiritual e não saber, de antemão, o que lhe convém 
procurar. O propósito deste primeiro passo é explorar as possibilidades, é familiarizar-se o bastante 
com os dons que Deus deu ao Corpo de Cristo, a fim de que, quando você descobrir o seu dom seja 
capaz de reconhecer em que consiste tal dom. 
Estude a Bíblia. Naturalmente, a fonte básica de informações sobre os possíveis dons espirituais é 
a Bíblia. Estude até que você se sinta familiarizado com o que a Bíblia ensina a respeito dos dons. 
Leia. Nunca antes, na história da Igreja, houve uma literatura tão farta sobre os dons espirituais 
como em nossos dias. 
Procure conhecer pessoas que exerçam dons espirituais.Converse com crentes que já tenham 
descoberto, desenvolvido e estejam usando seus dons. Seja abençoado com a experiência destes 
irmãos. 
Passo 2: Experimente o maior número possível de Dons. 
Você jamais descobrirá se tem talento para jogar boliche enquanto não experimentar. Você 
jamais saberá se tem jeito para compor poesias se nunca tentar! 
Há dons difíceis de experimentar (como o de martírio, por exemplo), todavia, a maioria deles não 
apresenta tal dificuldade. Você pode fazer experiências com os dons e bom será que experimente 
o maior número possível. 
Um ponto permanente consiste em olhar à sua volta para ver que necessidades você seria capaz 
de identificar. Em seguida, tente fazer alguma coisa para satisfazer essa necessidade. Procure 
saber quais as necessidades de outras pessoas e da Igreja local. Descubra onde você pode mostrar-
se útil em algum sentido e, então, entre em ação. 
Mostre-se disponível para qualquer ocupação na igreja. Quando você receber alguma tarefa para 
realizar, faça-a sob oração. Peça que o Senhor lhe mostre, através daquela experiência, se você 
tem ou não um dom espiritual compatível com a experiência. 
Passo 3: Examine seus sentimentos. 
 
Nosso Deus sabe que se tivermos alegria no cumprimento de uma tarefa faremos um trabalho 
melhor do que se não gostássemos da mesma. Logo, parte do plano de Deus consiste em combinar 
o dom espiritual que Ele nos tem dado com os nossos sentimentos, de tal maneira que se realmente 
tivermos um dom, haveremos de desfrutar prazerosamente do mesmo. 
No Salmo 37:4 lemos: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu 
coração”. Servindo a Deus fielmente teremos a alegria de viver na Sua perfeita vontade. 
Passo 4: Avalie a sua eficiência. 
 
 Visto que os dons espirituais têm em vista cumprir tarefas, não está fora de ordem esperar que 
os mesmos funcionem. Se Deus lhe deu algum dom, Ele assim o fez porque quer que você realize 
algo para Ele, dentro do contexto do Corpo de Cristo. As pessoas espiritualmente dotadas obtêm 
bons resultados. Se você estiver experimentando um dom e coerentemente descobrir que aquilo 
que deveria estar acontecendo não acontece, então é provável que você não tenha o dom 
relacionado à tarefa que você esteja realizando. 
Se você recebeu o dom ministerial de evangelista, então as pessoas aceitarão a Cristo 
regularmente por meio do seu ministério. Se você tiver recebido o dom da exortação, ajudará 
pessoas em seus problemas e verá vidas serem endireitadas. Se você tiver recebido o dom de 
curas, pessoas enfermas serão curadas. Se você tiver recebido o dom da administração, sua igreja 
será abençoada pelo seu desempenho. Quando dons espirituais autênticos estão em operação, 
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aquilo que se espera que aconteça estará acontecendo. 
Passo 5: Espere confirmação por parte do Corpo de Cristo. 
 
 Se você julga que possui um dom espiritual e está procurando exercê-lo, mas ninguém em sua 
igreja pensa assim, então o mais provável é que você esteja enganado. Um dom espiritual precisa 
ser confirmado. 
Uma pessoa pode sentir alegria em desempenhar uma função e ainda assim não possuir o dom 
espiritual respectivo? Sim. Por isso este passo 5 é necessário. Os nossos sentimentos são 
importantes, mas estão longe de ser infalíveis. Talvez você tenha um profundo desejo de ajudar a 
outras pessoas, por exemplo. E sinta que Deus o está chamando para o ministério de 
aconselhamento, através do dom da exortação. Entretanto, se você está fazendo experiências com 
o aconselhamento, e verifica que durante um certo período de tempo ninguém o procura a fim de 
ser aconselhado, nem recomenda a seus amigos e parentes que o procurem, nem lhe escrevem 
notas dizendo o quanto você os tem ajudado, então você terá boas razões para duvidar da validade 
de seus sentimentos, no que concerne a algum dom espiritual. 
A confirmação da parte do Corpo serve de confirmação de todos os passos aqui referidos. Na 
ordem de apresentação, esse passo é o de número cinco, mas de muitas maneiras é o passo mais 
importante de todos. 
Os dons espirituais são conferidos para serem usados dentro do contexto do Corpo de Cristo. É 
necessário, por conseguinte, que os demais membros do Corpo tenham a palavra final na 
confirmação de seu dom. 
Três perguntas podem nos ajudar na descoberta de nossos dons. 
1. O que gosto de fazer? Se eu pudesse fazer qualquer coisa sem medo de falhar, o que gostaria 
de fazer? Nossos dons clamam para serem usados. Nós nos sentimos realizados quando cumprimos 
com os propósitos de Deus escritos em nós. Muitas vezes nos perguntamos qual é a direção de 
Deus para nossas vidas. Às vezes, a vontade de Deus está escrita dentro de nós ou mesmo nos 
dons que Ele nos tem dado. Quando precisamos fazer uma decisão quanto à carreira, vocação, 
opções de estudo ou trabalho, é importante entender nossos dons e chamado. Muitas vezes, podem 
servir como bússola na descoberta da vontade de Deus para nossa vida. 
2. O que os outros dizem de mim? Quando eles são abençoados por mim? Em que eu faço (ou 
poderia fazer) a diferença na vida das pessoas? Deus nos deu dons não para que sejamos realizados 
(mesmo que isso aconteça), mas para que sirvamos a outras pessoas de forma que estas sejam 
encorajadas e edificadas. 
3. O que me incomoda na igreja? Muitas vezes, o que nos incomoda (e até irrita) é ver algo mal 
feito que, sabemos, poderia ter sido feito de forma muito melhor. Esse conhecimento e sensibilidade 
podem ser a manifestação de um dom. Muitas pessoas não percebem o problema, ou a grande 
diferença que haveria, se fosse feito diferente. Precisamos pedir para o Espírito Santo nos dirigir 
quanto a como ajudar a igreja em áreas que nos incomodam! 
Existem fatores que dificultam a identificação individual dos dons espirituais. 
Por exemplo: 
1 - Aquele que não aceita a si próprio, ou vive “representando um papel”, tem problema 
em se reconhecer na descrição dos dons. 
2 - O crente “morno” e inativo não está exercendo seus dons de maneira normal, o que impede 
sua identificação. 
3 - A pessoa com uma experiência grande e diversificada no serviço do Senhor pode ter 
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aprendido a fazer relativamente bem muitas coisas, dificultando a identificação de seus próprios 
dons. 
Que combinação de dons você tem? 
Ao escrever sobre a combinação de dons, Schwarz conta que conhece uma irmã que tem o dom 
de evangelismo, da profecia e da misericórdia. Conhece outra que tem o dom do serviço e da 
hospitalidade e outra pessoa que tem o dom de cura, do ensino, do serviço e da misericórdia. Há 
uma outra pessoa ainda que tem o dom do aconselhamento. É maravilhoso, conclui ele, que Deus 
tenha revestido diferentes cristãos de dons tão diversos. 
Ninguém tem o direito de se vangloriar dos seus dons, pois cada pessoa no Corpo 
depende também dos dons dos outros (Rm 12:3, I Co 12:21-23). Cada cristão tem uma 
combinação diferente de dons. 
 
FAÇA O TESTE DOS DONS ele lhe dará um bom indicativo do(s) seu(s) possíveis Don(s).

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