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UNIDADE IV.METODOLOGIA EM EPIDEMIOLOGIA

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METODOLOGIA EM EPIDEMIOLOGIA
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MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO:
Fase descritiva: desvela problemas.
Fase analítica: ataca os problemas.
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Estudos Epidemiologia Descritiva:
Informam sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos. 
Eles podem ser de incidência ou prevalência.
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Objetivos principais:
Identificar grupos de risco: o que informa sobre as necessidades e as características dos segmentos que poderiam beneficiar-se de alguma forma de medida saneadora – daí a íntima relação da epidemiologia com a prevenção de doenças e planejamento de saúde;
Sugerir explicações para as variações de freqüência: o que serve de base ao prosseguimento de pesquisas sobre o assunto, através de estudos analíticos.
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Estudos Epidemiologia Analítica:
Usualmente subordinados a uma ou mais questões científicas, as “hipóteses”, que relacionam eventos: 
 uma suposta “causa” e um dado “efeito”, ou
 “exposição” e “doença”, respectivamente. 
São estudos que procuram esclarecer uma dada
associação entre uma exposição, em particular, e um efeito específico.
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EXPOSIÇÃO (causa)	
DOENÇA (efeito)
Obesidade
Fumo
Toxoplamose
Vacina
Medicação
Diabetes
Câncer
Anomalia congênita
Proteção à doença
Cura
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ESTUDO EXPERIMENTAL (ensaio clínico randomizado):
Parte-se da “causa” em direção ao “efeito”.
Os participantes são colocados “aleatoriamente” para formar os grupos: o de estudo e o de controle, objetivando formar grupos com características semelhantes.
Procede-se a intervenção em apenas um dos grupos (o de estudo), o outro (controle) serve
para comparação dos resultados.
Usuário - COLOCAR EM FORMA DE IMAGEM.
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No “ensaio clínico randomizado” procura-se verificar a incidência de casos, nos grupos de expostos e não-expostos.
A relação entre os grupos é expressa pelo risco relativo.
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Vantagens:
Alta credibilidade como produtor de evidências científicas; 
Não há dificuldade de grupo controle, há determinação da cronologia dos eventos; 
A interpretação dos resultados é simples.
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Desvantagens:
Possibilidade de perdas e recusas por parte das pessoas pesquisadas;
 
Necessidade de manter uma estrutura administrativa e técnica bem preparada, tendo custo, em geral, elevado etc.
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Testam uma associação entre eventos com intervenção...
Exemplo: efeito de um medicamento 
 GRUPO EXPERIMENTAL 
Aplicação ou Observar a produção ou
supressão da causa supressão do efeito
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Risco relativo (RR) = 2/10 = 0,2
Interpretação do exemplo:
· O risco relativo (RR = 0,2), foi inferior a 1
 Este estudo é de cunho PREVENTIVO pois encontrou-se menos casos de doença no grupo vacinado: apenas 2 casos por cem vacinados, contra 10 casos por cem no grupo não-vacinado. O que aponta para a utilidade do produto na proteção da saúde da população.
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COORTE:
Parte-se da “causa” em direção ao “efeito”.
A diferença é que neste caso, não há alocação aleatória da “exposição”.
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Os grupos são formados por “observação” das situações na vida real.
No estudo de coorte faz-se a mesma comparação que no ensaio clínico: incidência de casos, nos grupos de expostos e não-expostos.
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Vantagens:
Produz medidas diretas de risco (risco relativo); 
Alto poder analítico;
Simplicidade do desenho; facilidade de análise; não há problemas éticos quanto a decisões de expor as pessoas a fatores de risco; 
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A cronologia dos eventos é facilmente determinada;
Muitos desfechos clínicos podem ser investigados.
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DESVANTAGENS:
Inadequado para doenças de baixa freqüências (pois teria que ser acompanhado um grande contingente de pessoas); 
Alto custo relativo, longo tempo de acompanhamento;
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Vulnerável a perdas; 
Pode ser afetado por mudanças de critérios diagnósticos, por mudança administrativas e por mudança nos grupos (indivíduos que mudam de hábitos) devido ao longo tempo de seguimento.
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POPULAÇÃO
Pessoas sem a doença
Expostos Não expostos
Doentes Sadios Doentes Sadios
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Risco relativo = 80/40 = 2
Interpretação do exemplo:
· Para cada 2 óbitos no grupo de sedentário, houve, no mesmo período, 1 óbito no grupo em que as pessoas se exercitavam regularmente. Um indivíduo sedentário tem, portanto, o dobro (ou 100% mais) chances de morrer por doença coronariana que um não-sedentário.
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Causa e efeito são investigados ao mesmo tempo. 
Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e “não-expostos” e quem são os “doentes” e sadios”.
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Delineamento de um estudo transversal
1. Seleção da população
2. Verificação simultânea da exposição e da doença
3. Análises de dados
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Estrutura de um Estudo Transversal
POPULAÇÃO
Expostos Expostos Não-expostos Não-expostos
 doentes não-doentes doentes não-doentes
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OBJETIVO: Identificar o estado nutricional, segundo o índice de massa corporal, e fornecer informações sobre medidas antropométricas de idosos institucionalizados no município de Florianópolis (SC).
MÉTODO: composta por 232 idosos, com idade a partir de 60 anos, residentes em instituições geriátricas do município de Florianópolis (SC).
	IMC, DC. Teste t (diferença entre s médias das variáveis entre os sexos).
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RESULTADOS:  Encontrou-se uma prevalência de 45,5% de baixo peso, 33,5% de peso normal, 7,8% de pré-obesidade e 13,2% de obesidade. Para todas as variáveis antropométricas, o valor médio das mulheres foi superior ao dos homens.
CONCLUSÃO: prevalência de 66,5% da amostra com estado nutricional inadequado, evidenciando a necessidade de medidas de promoção ou reabilitação da saúde dos idosos.
Michelle Soares Rauen; Emília Addison Machado Moreira; Maria Cristina Marino Calvo; Adriana Soares Lobo
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Avaliam correlações ou tendências baseadas em informações derivadas de outros grupos;
Áreas geográficas são geralmente as unidades de análise;
Servem para levantar hipóteses;
São pesquisas estatísticas;
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As variáveis podem ser de três tipos: 
de agregação (ex: percentagem de tabagistas no Distrito Federal, rendimento familiar médio no Estado de São Paulo, etc.); 
ambientais (ex: nível de poluição na cidade de São Paulo, nº de horas com luz solar na zona litoral norte de Santa Catarina, etc.);
globais (ex: densidade populacional, existência de uma lei específica, tipo de sistema de saúde, etc).
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Estudo realizado por St. Leger (1979) em que foram reunidos dados sobre taxas de mortalidade por doença coronária em 18 países, de modo a estudar a relação entre esta e vários fatores econômicos, nutricionais e relacionados com os serviços de saúde prestados em cada um desses países.
Conclusão: forte associação negativa entre a mortalidade por doença coronária e o consumo de vinho (fator de proteção).
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Seleção da população com as características que possibilitem a investigação exposição-doença;
 Escolha rigorosa dos casos e controles;
Verificação do nível de exposição de cada participante;
Análise dos dados.
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OBJETIVO: detectar fatores associados a amputações de extremidades inferiores, em pessoas com diabetes mellitus. 
MÉTODO: Foram identificados 117 pessoas com diabetes mellitus e submetidas a amputações de extremidades inferiores, na rede de serviços do Município de São Paulo. Os casos foram comparados com 234 controles, pessoas com diabetes mellitus, mas não submetidas a amputações. 
Mônica Antar Gamba; Sabina Léa Davidson Gotlieb; Denise Pimentel Bergamaschi; Lucila A C Vianna
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As variáveis consideradas no emparelhamento: sexo, idade e duração da doença. Características sociodemográficas, de hábitos de vida, clínicas e relativas à educação em saúde em diabetes mellitus foram incluídas. 
Inicialmente, foi realizada análise univariada, verificando a presença de associações entre amputações e variáveis exploratórias. Foi utilizado modelo de regressão logística condicional para a análise multivariada, como medida de associação.
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RESULTADOS:
Observou-se existência de associação entre amputação e hábito de fumar, última glicemia (superior a 200 mg/dl), presença da polineuropatia simétrica distal e da vasculopatia periférica. O tratamento do diabetes mellitus e o comparecimento às consultas de enfermagem foram importantes fatores associados à prevenção dessas amputações.
CONCLUSÕES: O reconhecimento dos determinantes e dos fatores intervenientes para o acometimento desse agravo levarão à redução dos custos na área e à melhoria da qualidade da assistência prestada na rede de serviços de saúde pública.

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