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AFOGAMENTO: CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES Prof. Dr. Ricardo D. De Lucas Educação Física - CEFID/UDESC AFOGAMENTO DEFINIÇÃO Ø Aspiração de fluido não corporal por submersão ou imersão. Quanto ao tipo de água: Ø Afogamento em água doce; Ø Afogamento em água salgada. Quanto à causa: Ø Afogamento primário; Ø Afogamento secundário. Quanto à gravidade: Ø DE 0 a 6° graus. AFOGAMENTO AFOGAMENTO PRIMÁRIO Ø Sem fator incidental ou patológico; Ø Mais comum com crianças e pessoas que não sabem nadar Ø Corresponde ao afogado azul da Escola Francesa. Ø A vítima apresenta-se cianótica, congestionando- se com espuma na boca e no nariz. AFOGAMENTO AFOGAMENTO SECUNDÁRIO Ø Causado por patologia ou incidente associado. Ø Traumatismos, drogas(álcool), etc. Ø Sobrevem a parada cardíaca e , a seguir, a asfixia. É o afogado Branco da Escola Francesa. Ø A vítima apresenta o aspecto lívido e pálido, não tendo espuma na boca e nem no nariz, e a respiração completamente ausente. Ø Neste grupo temos o chamado afogado seco que, devido ao espasmo mantido da glote, não aspira água para os alvéolos pulmonares. Ø Um caso especial de afogamento secundário é a hidrocussão ou Síndrome Térmico Diferencial; ocorre por mecanismo reflexo e ocasiona a parada cardíaca. AFOGAMENTO FISIOPATOLOGIA AFOGAMENTO PRIMARIO Ø Líquido aspirado; Ø Traquéia – brônquios – bronquíolos; Ø Alvéolos pulmonares encharcados; Ø Entrada de oxigênio prejudicada; Ø Saída de gás carbônico prejudicada. AFOGAMENTO AFOGAMENTO EM ÁGUA DOCE (Rios, tanques, lagos, piscinas, etc) X AFOGAMENTO EM ÁGUA SALGADA (Mar) Prognóstico após afogamento Diferenças terapêuticas – Tratamento diferente ??? AFOGAMENTO EM ÁGUA DOCE A água dos alvéolos pulmonares passa para a corrente sangüínea . Ocorre a hemodiluição, aumento do volume sangüíneo , passando para a célula, causando a hemólise. AFOGAMENTO EM ÁGUA SALGADA O plasma sangüíneo passa para os alvéolos pulmonares, provocando o edema pulmonar. Diminui o volume de sangue, ocorrendo a hemoconcentração. Pode ocorrer choque hipovolêmico, os efeitos aparecem de 5 minutos a 4 dias. SEQUÊNCIA DOS EVENTOS NO AFOGAMENTO: MINUTOS 0 Imersão total Pânico 1 Luta contra asfixia 2 Espasmo da glote 3 Deglutição líquida 4 Vômito 5 Perda de consciência 6 Aspiração líquida 7 Distúrbios Hidrosalinos 8 Convulsões 9 Parada cardiorrespiratória + + Morte cerebral Avaliação Inicial da Cena Ø Segurança no local Ø Mecanismo do Trauma ou da Lesão Ø Número de Vítimas Ø Bioproteção Ø Apoio Parada Cárdio-Respiratória Quando não iniciar a RCP: Ø Rigidez cadavérica; Ø Livores; Ø Decomposição corporal; Ø Lesão incompaCvel com a vida; Ø Tempo de submersão superior a 1 hora. AFOGAMENTO GRAUS DE AFOGAMENTO Incidência de óbitos: Ø Resgate; Ø Grau 1; Ø Grau 2; Ø Grau 3; Ø Grau 4; Ø Grau 5; Ø Grau 6. 0 % 0 % 0,6 % 5,2 % 19,4 % 44 % 93 % AFOGAMENTO GRAUS DE AFOGAMENTO RESGATE: Ø Vítima LOTE; Ø Sem tosse; Ø Sem espuma na boca ou no nariz; Ø Sem evidência de aspiração de água. Tratamento: Ø Tranqüilizar a vítima; Ø Pode ser liberada do local. AFOGAMENTO GRAU 1: Ø Pequena quantidade de líquido aspirado; Ø Tosse; Ø Sem espuma na boca ou no nariz; Ø Ausculta pulmonar normal. Tratamento: Ø Tranqüilizar a vítima; Ø Repouso; Ø Aquecimento; Ø Pode ser liberada do local. AFOGAMENTO GRAU 2: Ø Quantidade considerável de líquido aspirado; Ø Vítima torporosa, agitada e/ou desorientada; Ø Ausculta pulmonar com poucos estertores; Ø Pode apresentar pequena quantidade de espuma na boca e/ou no nariz. Tratamento: Ø Oxigênio a 5 L/min Ø Posição lateral de segurança sob o lado direito; Ø Repouso e aquecimento; Ø Necessita de atendimento médico-hospitalar. AFOGAMENTO GRAU 3: Ø Muita quantidade de líquido aspirado; Ø Ausculta pulmonar com muitos estertores; Ø Edema agudo de pulmão; Ø Apresenta grande quantidade de espuma na boca e/ ou no nariz; Ø Pulso periférico palpável. Tratamento: Ø Oxigênio de 10 a 15 L/min; Ø Posição lateral de segurança sob o lado direito; Ø Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. AFOGAMENTO GRAU 4: Ø Muita quantidade de líquido aspirado; Ø Ausculta pulmonar com muitos estertores; Ø Edema agudo de pulmão; Ø Apresenta grande quantidade de espuma na boca e/ ou no nariz; Ø Pulso periférico ausente. Tratamento: Ø Oxigênio de 10 a 15 L/min; Ø Posição lateral de segurança sob o lado direito; Ø Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. AFOGAMENTO GRAU 5: Ø Parada respiratória; Ø Pulso central palpável; Tratamento: Ø Ventilação artificial com Oxigênio a 15 L/min; Ø Após retorno espontâneo na respiração, tratar como GRAU 4; Ø Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. AFOGAMENTO GRAU 6: Ø Parada cárdio-respiratória; Ø Pulso periférico e central ausente; Tratamento: Ø RCP com oxigênio a 15 L/min; Ø Após retorno de pulso palpável, tratar como GRAU 5; Ø Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. Verificar a resposta do Afogado Você está me ouvindo ? Verificar tosse e espuma pela boca e nariz SIM NÃO Desobstruir vias aéreas com manobra manual Precauções com a coluna se indicadas Verificar respiração Ausente Presente Fazer 2 respirações Verificar pulso do pescoço Ausente Tosse sem espuma Espuma em pequena quantidade Espuma em grande quantidade Resgate Grau 6 Grau 5 Presente Ausente Grau 1 Verificar pulso radial Grau 2 Grau 4 Grau 3 Presente Ausente AFOGAMENTO
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