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1.A quantidade de informações trocadas na internet todos os dias revela o interesse que as 
pessoas 
têm em aprender cada vez mais. Em alguns casos, as pessoas buscam a rede apenas por 
curiosidade; 
em outros, a busca é por uma necessidade do cotidiano, mas pode-se supor que a grande 
audiência da internet é formada por aqueles que buscam aprender mais sobre outros assuntos. 
Essas incontáveis possibilidades que a internet oferece em termos de conhecimento conduzem 
à necessidade de se fazer uma analogia entre o que a rede oferece ao público e aquilo que o 
Iluminismo 
propunha no século XVIII. Ambos convergem ao ponto onde o conhecimento deve estar 
acessível a todos, independentemente de fatores políticos, sociais ou econômicos. 
A meta que devemos seguir, então, não deveria ser de uma internet centralizada, para poucos. 
Mas, sim, de uma internet iluminista. 
 
A partir do texto, a relação que se pode estabelecer entre o que a internet oferece às pessoas 
e o 
pensamento iluminista é o fato de que ambos defendem que 
A) o conhecimento seja pautado na razão. 
B) o conhecimento esteja disponível para todos. 
C) as informações sejam interessantes para as pessoas. 
D) as informações atraiam apenas quem quer aprender. 
 
2. A luta de classes explica o mundo 
O filósofo italiano Domenico Losurdo analisa a atualidade do conceito marxista em um 
momento 
em que a renda está sendo redistribuída a favor das classes privilegiadas. 
O mundo era propriedade de poucas grandes potências colonialistas, da Ásia à América Latina. 
Hoje o quadro é outro, mas ela continua como luta anticolonialista: não é mais pela 
independência 
nacional, mas assume a forma de disputa econômica. Uma citação de Mao Tsé-tung torna-se 
útil 
outra vez. Na véspera da proclamação da República Popular da China, em 1949, ele avisou: 
“Se, 
depois da conquista do poder, não tivermos em conta que os Estados Unidos querem que a 
China 
continue dependendo do trigo americano, a China continuará sendo substancialmente uma 
colônia 
no plano econômico. Nesse caso, a independência política será meramente formal”. Mao 
entendeu 
claramente que o processo de libertação do colonialismo passou da fase político-militar para 
a político-econômica. Dessa maneira, podemos entender o que acontece nos dias de hoje com 
a 
China: uma das formas da luta de classes vigente é a tentativa de quebrar o monopólio 
ocidental da 
alta tecnologia. Isso vale também para a América Latina, que se liberou definitivamente da 
Doutrina 
Monroe, mas continua a batalha pela independência econômica e pelo desenvolvimento 
autônomo. 
De acordo com Domenico Losurdo, 
A) com o fim do colonialismo sobre a Ásia e a América Latina, os países se tornaram 
independentes 
para conduzir o rumo de suas decisões econômicas. 
B) com o crescimento da globalização, as relações político-econômicas ainda mantêm 
inúmeros 
países reféns das decisões das grandes potências. 
C) com o advento da tecnologia, o controle das grandes potências sobre os países menos 
desenvolvidos 
se tornou insuperável. 
D) com o processo de libertação do colonialismo, estabeleceram-se novas relações entre os 
países, 
visando preservar a independência de cada um. 
3. Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento: 
 Mudança dos padrões de consumo 
Redução ao mínimo da geração de resíduos 
A sociedade precisa desenvolver formas eficazes de lidar com o problema da eliminação de um 
volume cada vez maior de resíduos. Os governos, juntamente com a indústria, as famílias e o 
público 
em geral, devem envidar um esforço conjunto para reduzir a geração de resíduos e de 
produtos 
descartados, das seguintes maneiras: 
A) por meio do estímulo à reciclagem no nível dos processos industriais e do produto 
consumido; 
B) por meio da redução do desperdício na embalagem dos produtos; 
C) por meio do estímulo à introdução de novos produtos ambientalmente saudáveis. 
 
A proposta da ONU apresentada no texto tem como objetivo 
A) incentivar a reciclagem como caminho para a redução do lixo. 
B) estimular a introdução de produtos saudáveis para o meio ambiente. 
C) propor medidas para reduzir a geração de resíduos no planeta. 
D) lançar uma campanha para que as pessoas consumam menos. 
 4. Relato do capuchinho Claude d’Abbeville, que traduz de forma 
 mais articulada o espanto do ocidental (eclesiástico) perante a 
 “falta de religião” entre os Tupinambá 
Não há, penso eu, nenhuma nação no mundo que não tenha uma religião. Todas adoram a 
um deus, salvo a dos Tupinambá, que não adora nenhum, nem celeste nem terrestre, que não 
idolatra nem o ouro nem a prata nem as madeiras, nem as pedras preciosas nem qualquer 
outra 
coisa. Não tinha, até nossa chegada, religião; portanto não tinha sacrifícios, nem sacerdotes, 
nem ministros, nem altar, nem templos ou igrejas. Nunca souberam os índios Tupinambá o que 
fosse nem prece nem ofício divino nem oração pública ou particular. [...] Não têm culto algum, 
nem interior nem exterior. 
 
A partir das informações no texto, observa-se que o espanto do protagonista em relação à 
cultura 
que ele descreve foi resultado 
A) da inexperiência que os religiosos da época tinham com o convívio com novas culturas. 
B) da concepção de que culturas diferentes eram inferiores às deles próprios. 
C) da incapacidade dos religiosos de implementar a sua fé nas regiões colonizadas. 
D) da decepção causada pela descoberta de povos que ainda se viam tão distantes de Deus. 
5.Carros que dirigem sozinhos, serviços de entregas feitos por robôs, softwares cuidadores de 
idosos 
e “serpentes” cirurgiãs. A automação promete ganhos milionários para as empresas do setor, 
mas o que acontece com as pessoas que executam as mesmas tarefas que esses robôs? A 
nova 
tecnologia vai ajudá-los a trabalhar de forma mais eficiente ou vai colocar seus empregos em 
risco? 
A discussão ainda é polêmica entre acadêmicos, com alguns convictos de que passar o 
trabalho 
para as máquinas aumentará o desemprego, enquanto outros acreditam que a automação vai 
trazer prosperidade. 
Bob, por exemplo, é um guarda de segurança robô que patrulha o local de trabalho, 
monitorando 
as salas em 3D e relatando anomalias. Ele é fruto da imaginação de cientistas da Universidade 
de 
Birmingham, que insistem que a máquina irá “apoiar os seres humanos e aumentar as suas 
capacidades”, 
apesar das preocupações de que a tecnologia poderia, eventualmente, substituir os agentes 
de segurança humanos. O Exército dos Estados Unidos, por sua vez, está analisando a 
substituição 
de milhares de soldados por veículos de controle remoto para tentar evitar cortes radicais de 
tropas. 
 
Por um lado, o avanço tecnológico possibilitou a modernização das indústrias, reduzindo o 
risco de 
acidentes de trabalho. Por outro, um dos efeitos sociais desse processo é o fato de que 
A) tarefas que requerem o uso de muita força passaram a serem realizadas pelas máquinas, 
auxiliando 
os operários, que puderam empenhar-se mais em outras funções. 
B) operações de muita precisão passaram a ser feitas pelas máquinas, diminuindo 
enormemente a 
possibilidade de erro e desperdício de matéria-prima. 
C) atividades que ofereciam algum risco para o homem passaram a ser desempenhadas pelas 
máquinas, ajudando os operários nas fábricas a desempenhar melhor suas funções. 
D) funções desempenhadas pelos homens passaram a ser executadas pelas máquinas, 
podendo 
gerar tanto desemprego quanto a necessidade de reinventar espaços no mundo do trabalho. 
6.Mas com a introdução da linha de montagem, principalmente com a adoção da esteira 
transportadora 
em 1913, inicialmente na fábrica de Highland Park, ocorrem importantes mudanças na forma 
de organizar o trabalho. O trabalho passa a ser desqualificado, parcelado e repetitivo, 
perdendo 
todo o sentido de atividade em grupo. O planejamento das tarefas antes internalizado passaa 
ser 
desenvolvido pelo setor de produção da empresa (externalizado), perdendo os trabalhadores a 
propriedade 
do planejamento. Ocorre uma separação entre a concepção e a execução do trabalho. O 
que ganha a empresa em termos de eficiência e produtividade com a intervenção da 
administração 
da produção, definindo as tarefas e os movimentos físicos dos trabalhadores – em um certo 
sentido 
a esteira passa a decidir por eles –, perdem os operários em termos de autonomia de decisão 
e de 
espaço de manobra no controle do processo de trabalho. 
 
De acordo com o texto, a introdução da linha de montagem e a utilização das esteiras fizeram 
com que 
A) o operário perdesse o controle do ritmo da produção. 
B) o trabalho passasse a ser mais bem qualificado. 
C) a necessidade do trabalho em equipe aumentasse. 
D) a indústria valorizasse mais o trabalho do operário. 
 7. Invasão de escolas estaduais atinge ao menos 26 mil alunos em SP 
O movimento de alunos contra as mudanças na rede estadual anunciadas pela gestão Geraldo 
Alckmin (PSDB) se espalhou e já afeta as aulas de pelo menos 26 mil estudantes em 25 
colégios 
invadidos, segundo a Secretaria da Educação. 
Os manifestantes protestam contra a intenção do governo estadual de dividir parte das 
unidades 
por ciclos únicos (anos iniciais e finais do fundamental e o médio). 
Para isso, a gestão tucana deve viabilizar em 2016 o fechamento de 92 escolas e o 
remanejamento 
de cerca de 300 mil alunos – a rede tem 5.147 escolas e 3,8 milhões de estudantes. Ao todo, 
754 unidades terão só um ciclo no estado. 
O plano sofreu uma derrota na Justiça nesta segunda (16). Uma decisão em caráter liminar 
(provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da 
Defensoria 
Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). 
 
A situação exposta no texto, que ocorreu no final de 2015, evidencia um processo histórico no qual 
A) as famílias estavam insatisfeitas com o sistema educacional que vem sendo oferecido. 
B) os estudantes se tornaram protagonistas e exerceram o direto à participação política na 
sociedade. 
C) o governo admite seu erro e recua para planejar o que pode ser oferecido de melhor para a 
população. 
D) o interesse público se indispôs com o estado e arcou com as consequências do confronto 
que 
provocou. 
8.Brigas por terras entre indígenas e produtores rurais são cada vez mais comuns em Mato 
Grosso 
do Sul. Dados do censo feito em 2010 pelo IBGE revelam que MS é o segundo estado com 
mais 
indígenas (73 295), perdendo apenas para o Amazonas (108 080). 
[...] O historiador Antônio Brand explica que os indígenas foram expulsos de suas terras à 
medida 
que os colonizadores chegaram. Segundo ele, aos poucos, as fazendas foram construídas, 
áreas 
verdes desmatadas e os nativos mudaram-se para outras localidades. Hoje, grande parte mora 
em 
acampamentos e tenta tomar por conta própria o espaço que a eles pertenceu. “Os índios 
naquela 
época, ainda sem muita informação e acima de tudo sem qualquer apoio, foram sendo 
empurrados. 
Às vezes de forma violenta”, explica o historiador. 
De acordo com Brand, a partir de 1973, começam a ser escritas as primeiras leis que tratam 
especificamente 
dos indígenas, garantindo a eles, entre outras coisas, o direito das terras tradicionais 
que antes ocupavam. 
“Essas terras foram sendo vendidas, na maior parte dos casos, pelo estado”, explica o 
historiador. 
Segundo ele, “muitas dessas vendas ocorreram quando já havia leis garantindo a presença 
indígena”, 
explica o historiador. 
 
A causa primária do conflito retratado no texto pode ser explicada pelo fato de que 
A) os produtores rurais compraram suas terras diretamente dos indígenas, que, arrependidos, 
pretendem 
recuperar a posse perdida. 
B) os indígenas perderam definitivamente a posse das terras desde a colonização pelos 
espanhóis 
e portugueses. 
C) a legislação que foi criada para proteger o direito à propriedade para os indígenas foi violada 
pelo próprio Estado. 
D) a expansão da agricultura fez com que os indígenas se mudassem para áreas menores ao 
longo 
do tempo para evitar confrontos. 
9.Halloween ou Dia das Bruxas é uma festa tradicional e cultural, celebrada no dia 31 de 
outubro, 
véspera do Dia de Todos os Santos, nos países anglo-saxônicos, especialmente nos Estados 
Unidos, 
Canadá, Irlanda e Reino Unido. 
Originalmente celebrado na Irlanda pelos povos celtas, os quais acreditavam que nessa data – 
último dia do verão – os espíritos mortos naquele ano sairiam dos cemitérios para tomar posse 
dos 
corpos dos vivos. Para assustar esses fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos 
assustadores, 
como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas, entre outros. 
Por ser uma festa pagã, foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser 
chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam essa data eram perseguidos e 
condenados 
à fogueira pela Inquisição. Com o objetivo de diminuir as infl uências pagãs na Europa 
Medieval, 
a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados no dia 2 de novembro. 
Sobre a origem e a presença do Halloween no cenário brasileiro, as informações do texto 
permitem 
constatar que 
A) ao longo da história as tradições superaram não apenas os limites do tempo, mas também 
do 
espaço, sendo muitas vezes atribuídas como originárias de uma cultura e tendo, na verdade, 
sua 
origem em outro lugar muito diferente do que se diz. 
B) as brincadeiras tradicionais do Halloween da forma que as conhecemos são diferentes 
daquelas 
que faziam parte das tradições originais da festa, quando os celtas se vestiam de bruxos para 
assustar os bruxos e para se protegerem das almas do outro mundo. 
C) durante a Idade Média eram proibidas todas as festas pagãs porque o domínio da Igreja era 
total 
sobre as pessoas e sobre a sociedade. Por este motivo o Halloween foi proibido e pelo mau 
entendimento 
da origem da festa ela era chamada de “o dia das bruxas”. 
D) a influência cristã na festa de Halloween, ainda na Idade Média, modificou o caráter da festa, 
afastando-a do contato com os espíritos e das relações com a bruxaria, e isso contribuiu para 
que a festa se espalhasse por outros territórios. 
10. Responsabilidade e consciência política! 
Toda pessoa, consciente de sua respectiva legitimidade social e do sentido da cidadania, é um 
ser político por natureza. Justamente por isso, é impossível dissociar a política da vida 
humana. 
Enganam-se aqueles que a reduzem ao simples ato de votar de dois em dois anos. Seria uma 
minimização 
considerá-la a partir das urnas, ao passo que ela se vincula a todas as esferas da sociedade: 
família, instituições, religião, saúde, educação, emprego, moradia, recursos hídrico-sanitários 
e economia, entre outras. Portanto, falar de política é também discorrer sobre as cabais 
realidades 
que fecundam e concedem sentido à vida humana, organizada em agrupamentos sociais. Hoje, 
não 
é possível mencionar o termo “política” distante das implicações pessoais que sua articulação 
nos 
condiciona. É errônea qualquer expressão na qual a pessoa se isenta da vida política, como se 
esta 
não lhe tivesse nenhuma consequência particular. Aqui, vale o dito do historiador britânico 
Arnold 
Toynbee: “O maior castigo para estes que não se interessam por política é que serão 
governados 
por quem se interessa”. Acredito que o problema surge ao confundirmos “política” com 
“politicagem”: 
palavras derivadas na etimologia, mas completamente diferentes na vivência. 
De acordo com o texto, a participação política é fundamental na vida do cidadão porque 
A) dá a ele o direito ao voto, por meio do qual são escolhidos os representantes do poder 
público 
que tomarão as decisões mais importantes para o futuro do país. 
B) faz com que ele seja obrigado a participar das decisões e lutas pelas conquistas sociais que 
são 
necessárias no seu ambiente. 
C) permite que ele exerça o direitoà sua cidadania, até mesmo porque todo ser humano é um 
ser 
político por natureza. 
D) transmite a ele a certeza de que seus governantes eleitos cumprirão com suas 
responsabilidades 
na esfera do trabalho público.

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