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1 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS 
DEPARTAMENTO DE ARQUIVOLOGIA E BIBLIOTECONOMIA 
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAYDE DAYELLE DOS SANTOS QUEIROZ 
 
 
 
 
REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL COMO ESTRATÉGIA PARA IMPLANTAÇÃO DO 
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL NO ÂMBITO DO IFAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2014 
2 
 
LAYDE DAYELLE DOS SANTOS QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL COMO ESTRATÉGIA PARA IMPLANTAÇÃO DO 
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL NO ÂMBITO DO IFAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª. Drª. Célia Regina Simonetti Barbalho 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2014
Trabalho de conclusão de curso apresentadoao 
curso de Biblioteconomia da UniversidadeFederal 
do Amazonas, como requisito paraobtenção do 
título de Bacharel em Biblioteconomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica 
 Layde Queiroz 
 CRB – 11/980 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Q3r Queiroz, Layde Dayelle dos Santos. 
Repositório institucional como estratégia para 
implantação do plano de desenvolvimento institucional no 
âmbito do IFAM. / Layde Dayelle dos Santos Queiroz – 
Manaus: UFAM, 2014. 
 53 f.: il.; 30 cm. 
 
 Monografia (Biblioteconomia) – Universidade Federal do 
Amazonas. 
 Orientador: Profa. Dra. Célia Regina Simonetti Barbalho. 
 
 
1. Biblioteconomia. 2. Repositórios institucionais. 3. 
Desenvolvimento institucional. I. Barbalho, Célia Regina 
Simonetti (Orient.). II. Universidade Federal do Amazonas III 
Título. 
 CDU: 027.7 
 
 
 
3 
 
LAYDE DAYELLE DOS SANTOS QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL COMO ESTRATÉGIA PARA IMPLANTAÇÃO DO 
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL NO ÂMBITO DO IFAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 22/12/2014 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
Profª. Drª. Célia Regina Simonetti Barbalho (presidente) 
Universidade Federal do Amazonas 
 
 
 
Profª Msc. Tatiana Brandão Fernandes 
Universidade Federal do Amazonas 
 
 
 
Msc. Ângela Emi Yanai 
Universidade Federal do Amazonas 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentadoao 
curso de Biblioteconomia da UniversidadeFederal 
do Amazonas, como requisito paraobtenção do 
título de Bacharel em Biblioteconomia. 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus e aos que comigo caminharam, 
Dedico 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ [...] valeu a pena? Tudo vale a pena 
se a alma não é pequena.” 
Fernando Pessoa 
6 
 
RESUMO 
 
Analisa o Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Amazonas para compor elementos que integrem um 
modelo de arquitetura de informação para o repositório institucional a ser 
desenvolvido, amparado pelo estabelecimento de um marco teórico sobre os temas 
em exame, da análise do PDI, da observação da missão e objetivos institucionais, 
elencando variáveis que norteiem a sua construção e organização. A pesquisa 
documental se baseia no PDI (2014 – 2018) para examinar sua contextualização e a 
situação organizacional real do Instituto a partir da relação entre desenvolvimento 
institucional e os aspectos geográficos da região, implantação e desenvolvimento de 
cursos ofertados, correlação pedagógica entre estes e promoção da acessibilidade. 
Sugere que sejam adotados aspectos no planejamento e desenvolvimento do 
repositório, observando os fatores que podem ser determinantes para compor a 
ferramenta, de acordo com a literatura. Considera que a utilização de elementos da 
arquitetura da informação pode auxiliar na construção de estruturas informacionais 
que facilitem a navegação e organização do conhecimento, além do atendimento ao 
prospectado pela Institutição de acordo com o princípio da igualitariedade, 
possibilitando a inclusão digital e social da comunidade. 
Palavras-Chave: Repositórios. Arquitetura da Informação. Desenvolvimento 
Institucional. Acessibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
Analyzes the Institutional Development Plan of the Federal Institute of Education, 
Science and Technology Amazon to compose parts which an information 
architecture model for the institutional repository to be developed, supported the 
establishment of a theoretical framework on the exam topics, the analysis of PDI, the 
observation mission and institutional goals, listing variables to guide its construction 
and organization. The documentary research is based on the PDI (2014 - 2018) to 
examine its context and the actual organizational situation of the Institute from the 
relationship between institutional development and the geographical aspects of the 
region, implementation and development of courses offered, teaching correlation 
between these and promotion accessibility. Suggests that they are adopted aspects 
in the planning and development of the repository, noting the factors that may 
determine to make the tool, according to the literature. Considers that the use of 
information architecture elements can aid in the construction of informational 
structures to facilitate navigation and organization of knowledge, as well as attending 
the prospected by the Institution in accordance with the principle of igualitariedade, 
enabling the digital and social inclusion of the community. 
Keywords: Repositories. Information Architecture.Institutional 
development.Accessibility. 
8 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Comunidades de pós-graduação e programas de extensão ........... 41 
Figura 2 – Comunidades de educação indígena, graduação e EaD ................ 42 
Figura 3 – Comunidade de ensino de nível médio técnico ............................... 43 
Figura 4 – Comunidade administrativa ............................................................. 44 
9 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 – Metas quanto à infraestrutura física .............................................. 34 
Quadro 2 – Apoio à pesquisa ........................................................................... 36 
Quadro 3 – Tecnologias assistivas na arquitetura do repositório ..................... 38 
Quadro 4 – Uso das tecnologias da informação ............................................... 39 
Quadro 5 – Metas quanto à implantação do repositório ................................... 45 
10 
 
LISTA DE SIGLAS 
EaD Educação a Distância 
HP Hewlett Packard 
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia 
IFAM Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas 
LIBRAS Língua Brasileira de Sinais 
MIT Massachussets Institute of Tecnology 
OAI Open Archives Initiate 
RI Repositório Institucional 
PET Programa de Educação Tutorial 
PDI Plano de Desenvolvimento Institucional 
PIBID Programa de Iniciação a Docência 
STJ Supremo Tribunal de Justiça 
UFPR Universidade Federal do Paraná 
UNESP Universidade do Estado de São Paulo 
WSF World Science Forum 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12 
1.1 Objetivos ............................................................................................................... 14 
1.1.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 14 
1.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 14 
1.2 Justificativa ............................................................................................................ 14 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 17 
2.1 Comunicação científica ........................................................................................mostra a Figura 2, materiais didáticos utilizados no decorrer da 
ministração dos cursos deverão compor as coleções, de modo a manter disponíveis 
subsídio ao estudo a toda a comunidade. 
 
Além de depositar uma cópia impressa de seu trabalho na biblioteca, o 
digital no repositório, por meio do auto-depósito 
para que a biblioteca deposite. 
Com base no Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o 
promover uma política de educação à distância e, neste sentido, 
integrado e harmonioso em nível institucional, 
composto pelo RI e ações que acompanhem o processo interativo possibilitará 
formação inicial e continuada aos discentes e docentes, atingindo várias outras 
 
 Não apenas a EaD será beneficiada
já que haverá uma relação estreita entre os saberes gerados por todos.
 No âmbito institucional, não há obrigatoriedade de depósito de relatórios 
finais de estágio e trabalhos de conclusão de curso de nível médio técni
subsequente e integral, ficando estes na responsabilidade de suas respectivas 
coordenações. 
 Quando o discente não realiza estágio para concluir o curso, é solicitado que 
este realize um trabalho de pesquisa. Sabe
relevante para que seja depositado e promova a agregação de novos 
conhecimentos. Na Figura 3, mostra
coleção de cada curso no âmbito do repositório.
Figura 3 – Comunidade de Ensino de nível médio Técnico
Quanto aos documentos administrativos
subcomunidades: documentos administrativos propriamente ditos e a produção 
científica gerada por meio de programas de capacitação.
 De acordo com a Figura 4, ao organizar o conhecimento resultante d
capacitação dos profissionais da 
recuperação da informação, por meio de sua representação e organização, já que o 
RI fornece ferramentas e assistência para promover sua encontrabilidade.
Não apenas a EaD será beneficiada, mas todas as modalidades de ensino, 
já que haverá uma relação estreita entre os saberes gerados por todos.
No âmbito institucional, não há obrigatoriedade de depósito de relatórios 
finais de estágio e trabalhos de conclusão de curso de nível médio técni
subsequente e integral, ficando estes na responsabilidade de suas respectivas 
Quando o discente não realiza estágio para concluir o curso, é solicitado que 
este realize um trabalho de pesquisa. Sabe-se que todo saber gerado no Instituto é
relevante para que seja depositado e promova a agregação de novos 
conhecimentos. Na Figura 3, mostra-se como esta produção deverá compor a 
coleção de cada curso no âmbito do repositório. 
Comunidade de Ensino de nível médio Técnico 
documentos administrativos, deverão ser divididos em duas 
subcomunidades: documentos administrativos propriamente ditos e a produção 
científica gerada por meio de programas de capacitação. 
acordo com a Figura 4, ao organizar o conhecimento resultante d
capacitação dos profissionais da Instituição desta, é possível viabilizar a 
a informação, por meio de sua representação e organização, já que o 
RI fornece ferramentas e assistência para promover sua encontrabilidade.
44 
, mas todas as modalidades de ensino, 
já que haverá uma relação estreita entre os saberes gerados por todos. 
No âmbito institucional, não há obrigatoriedade de depósito de relatórios 
finais de estágio e trabalhos de conclusão de curso de nível médio técnico 
subsequente e integral, ficando estes na responsabilidade de suas respectivas 
Quando o discente não realiza estágio para concluir o curso, é solicitado que 
se que todo saber gerado no Instituto é 
relevante para que seja depositado e promova a agregação de novos 
se como esta produção deverá compor a 
 
, deverão ser divididos em duas 
subcomunidades: documentos administrativos propriamente ditos e a produção 
acordo com a Figura 4, ao organizar o conhecimento resultante da 
é possível viabilizar a 
a informação, por meio de sua representação e organização, já que o 
RI fornece ferramentas e assistência para promover sua encontrabilidade. 
 
Figura 4 – Comunidade Administrativa
 Os documentos administrativos, tais como portarias, resoluções, 
memorandos, entre outros, estarão relacionados na comunidade destinada a reuni
los de modo a preservá
política. 
 O que o PDI chama de repositório de projetos, planos e documentos (item 
3.4.5.3 do Quadro 5) deverá ser a comunidade Administrativa. 
 Conforme o Quadro 
requisitos para a criação e implantação do RI. 
dissertação produzida com tal finalidade, onde é proposta uma série de elementos 
para o adequado funcionamento do RI. 
 
 
 
 
Administrativa 
Os documentos administrativos, tais como portarias, resoluções, 
memorandos, entre outros, estarão relacionados na comunidade destinada a reuni
los de modo a preservá-los por um período de tempo necessário, estipulado em 
DI chama de repositório de projetos, planos e documentos (item 
3.4.5.3 do Quadro 5) deverá ser a comunidade Administrativa. 
uadro 5, um estudo deve ser planejado para 
requisitos para a criação e implantação do RI. No contexto do I
dissertação produzida com tal finalidade, onde é proposta uma série de elementos 
para o adequado funcionamento do RI. 
45 
 
Os documentos administrativos, tais como portarias, resoluções, 
memorandos, entre outros, estarão relacionados na comunidade destinada a reuni-
los por um período de tempo necessário, estipulado em 
DI chama de repositório de projetos, planos e documentos (item 
, um estudo deve ser planejado para conhecer os 
No contexto do IFAM há uma 
dissertação produzida com tal finalidade, onde é proposta uma série de elementos 
46 
 
 
Quadro 5 – Metas quanto à implantação do repositório 
FONTE: IFAM. PDI, 2014 
 O PDI prevê, conforme item 3.4.5.4, a criação do RI no período de sua 
vigência, ou seja, para isto a Instituição deve subsidiar seu planejamento e 
implantação por meio da disponibilização de recursos humanos capacitados, 
financeiros e técnicos. 
 A organização em comunidades e subcomunidades deve atentar para o 
modo como a Instituição está hierarquizada. O organograma do IFAM deverá auxiliar 
neste processo. Outros componentes devem ser considerados no momento de 
planejar a ferramenta: 
a) oferecer busca simples e avançada; 
b) possibilitar vários tipos de estratégias de busca (operadores booleanos); 
c) permitir impressão de telas; 
d) usar recursos que funcionem em ambientes multimídia (vários formatos 
de arquivos); 
e) oferecer teclas de atalho; 
f) ofertar conteúdos compreensíveis para todos os tipos e níveis de 
usuários; 
47 
 
g) instruir quanto às funcionalidades do sistema (menu ajuda e mapa do 
site, por exemplo); 
h) oferecer recursos e tecnologias assistivas para usuários com 
necessidades especiais, entre outras. 
 Leite e Costa (2006) afirmam que os RIs, enquanto ferramentas de gestão 
do conhecimento científico, agilizam a comunicação deste. Para isto, um modelo de 
repositório bem estruturado e adequadamente gerenciado deve ser planejado para 
atender a comunidade a que se destina. 
 Outras comunidades podem ser criadas para atender as coleções de outros 
documentos, ou de acordo com a demanda institucional. 
 Os serviços oferecidos pelo repositório devem ser divulgados no âmbito da 
instituição e seus benefícios aos pesquisadores, administradores e acadêmicos. A 
visibilidade da produção acadêmica depende dos acessos que o repositório possui. 
Detalhes quanto ao design podem ser adicionados, como a inserção de uma 
logomarca padrão da instituição na página inicial, assim como os nomes dos 
Programas, facilitando a identificação da instituição promotora do repositório, 
conforme já destacado. 
48 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Mediante a análise do Plano de Desenvolvimento Institucional do IFAM 
realizada no Capítulo 4 desta pesquisa e o real entendimento de quão necessária é 
a incorporação dos objetivos e metas institucionais aos serviços oferecidos, um 
modelo de arquitetura da informação para o repositório pode serprospectado. 
 A pesquisa, efetivada por meio de análise documental e bibliográfica, 
constatou que todos os Campi do IFAM deverão contribuir para que a ferramenta, 
arquitetada em âmbito institucional, fortaleça programas de pesquisa, ensino, 
extensão e de divulgação científica e tecnológica, estimule a pesquisa aplicada, a 
produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento 
científico e tecnológico, além da transferência de tecnologias sociais, conforme 
propõe o PDI. 
O primeiro objetivo específico, de estabelecer um marco teórico sobre 
comunicação científica, repositórios e arquitetura de informação foi alcançado no 
capítulo 2, onde foram discutidos conceitos que corroboram para o entendimento no 
estudo sobre repositórios e arquitetura informacional. 
 O objetivo de analisar o PDIdo IFAM (2014 - 2018) visando identificar 
elementos para compor a arquitetura do repositórioe o terceiro objetivo, de extrair 
variáveis a partir das quais uma proposta de arquitetura de informação fosse 
elaborada, incluíram a análise do documento, extração das variáveis de análise e a 
então proposta de arquitetura para o repositório. Estes foram alcançados conforme 
exposto no capítulo 4 desta pesquisa, por meio da apresentação e discussão dos 
resultados. 
 Um mapa mental que representa um modelo organizacional para o RI foi 
elaborado e disponibilizado com o intuito de fortalecer o entendimento do conjunto 
da arquitetura proposta. 
 Nota-se que o desenvolvimento tecnológico possibilita o acesso a uma 
variada gama de informações disponíveis na Internet. Cabe aos usuários desta rede 
não apenas acessar informações, mas também modificá-las e disseminá-las, 
respeitando os direitos dos autores na geração de novas pesquisas e 
conhecimentos. 
49 
 
 Ambientes informacionais digitais como repositórios permitem essa troca de 
informações e compartilhamento de saberes, favorecendo a reflexão dos indivíduos 
que a eles têm acesso. 
 No sentido de melhor prestar serviços e produtos informacionais à 
comunidade, é necessário pensar na vasta gama de usuários que podem vir a 
utilizar o sistema. Um exemplo é prever que usuários com necessidades especiais 
poderão utilizar o RI e para isto necessitam de tecnologias digitais e assistivas 
disponíveis para atender a essas deficiências. 
 Sugere-se que as subcomunidades, subdivisões das comunidades, sejam 
nomeadas de acordo com os cursos ou programas ofertados, identificando melhor 
desta forma. Deverá ser estipulado em política de informação e depósito quais 
formatos de documentos serão aceitos e quais as tipologias abrigadas pelo RI. 
 Neste contexto, recomenda-se a criação do Sistema de Bibliotecas do IFAM, 
de modo que o RI esteja sob sua responsabilidade direta, já que ambos se 
complementam em suas funções enquanto guardiões e difusores de conhecimento. 
 O ambiente do repositório deve ser colaborativo e favorável às interações 
entre pesquisadores, o fluxo informacional deve ser livre e sua organização deve 
implicar em mais eficácia na recuperação de resultados. 
 Desta forma, o RI deve ser planejado e desenvolvido a partir de elementos 
da arquitetura da informação, observando os aspectos que cabem ser implantados 
na ferramenta, de acordo com a literatura. Considera-se que sua utilização pode 
auxiliar na construção de estruturas informacionais que facilitem a navegação e 
organização do conhecimento. 
 A pesquisa limitou-se a analisar o documento que estabelece os objetivos e 
metas institucionais a fim de propor um modelo de arquitetura que se aproximasse 
das necessidades do IFAM para que, desta maneira, a busca constante pelo 
atendimento a todos de acordo com o princípio da igualitariedade possibilitasse a 
inclusão digital e social da comunidade. 
 Sugere-se como trabalho futuro a aplicação desta pesquisa no 
desenvolvimento do RI do IFAM, haja visto que será uma ferramenta colaborativa 
que oferece vantagens como visibilidade da instituição, controle e armazenamento 
da produção científica e administrativa institucional, a preservação da informação a 
longo prazo, acesso livre, praticidade na recuperação e disseminação da informação 
e redução dos custos de publicação, além disso, é válido ressaltar que a arquitetura 
50 
 
da informação pode oferecer serviços que funcionam como extensões daqueles 
oferecidos pelas bibliotecas. 
 Deste modo, mais importante que possuir um RI, é preocupar-se se de fato a 
comunidade se apropria dele de modo adequado, pois o conhecimento construído a 
partir do correlacionamento de saberes proporcionado por esta ferramenta só será 
efetivado mediante a interação bem sucedida entre sistema e usuário. 
 
51 
 
6 REFERÊNCIAS 
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298 p. Tradução de Information Anxiety 2, Indianapolis, IN: QUE, 2001. 350 p.17 
2.2 Repositórios .......................................................................................................... 19 
2.2.1 Repositórios digitais institucionais ....................................................................... 21 
2.2.2 Repositórios digitais temáticos ............................................................................ 22 
2.3 Plataformas ........................................................................................................... 23 
2.4 Arquitetura da informação .................................................................................... 26 
3 METODOLOGIA .................................................................................................. 29 
3.1 Variáveis de análise ............................................................................................. 29 
4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...................................... 31 
4.1 Aspectos geográficos ........................................................................................... 31 
4.2 Implantação e desenvolvimento dos cursos ofertados pelo IFAM ................... 34 
4.3 Correlação pedagógica entre os cursos ofertados ............................................ 36 
4.4 Promoção da acessibilidade ................................................................................ 38 
4.5 Uma arquitetura de informação para o IFAM ..................................................... 41 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 48 
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 51 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
Na atualidade, muitas são as formas de se produzir e compartilhar 
conhecimento, uma vez que a necessidade de comunicar – informar e ser informado 
– sempre existiu para o homem e a disponibilidade de trocas de mensagens em 
tempo real, possível graças ao desenvolvimento tecnológico, muito tem contribuído 
para publicizar os saberes gerados. 
É fato que conhecer é incorporar um conceito novo ou original, sobre um 
acontecimento ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim 
das experiências acumuladas no cotidiano, por meio de experimento, dos 
relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. 
A importância de tornar visível a produção acadêmica em universidades tem 
gerado um aumento no número de Repositórios Institucionais (RI), já que estes são 
vistos como ferramentas eficazes no que tange à disseminação desta produção de 
conhecimento. 
Neste aspecto, o conhecimento científico, racional, sistemático, exato e 
verificável da realidade, também demanda por ampla divulgação haja vista que: 
[...] a educação científica é de importância essencial para o 
desenvolvimento humano, para a criação de capacidade científica 
endógena e para que tenhamos cidadãos participantes e informados. [...] é 
um requisito fundamental da democracia e também do desenvolvimento 
sustentável (WERTHEIN apud PLEITEZ, 2007, p. 02). 
As colocações do autor, efetuadas no World Science Fórum (WSF) ocorrido 
em Budapest em novembro de 2003, permitem compreender que o desenvolvimento 
de processos que articulem a construção do conhecimento com o fortalecimento da 
cidadania na perspectiva de gerar uma autonomia intelectual e ética no indivíduo, é 
tarefa essencial quando da exposição dos saberes gerados pela comunidade 
científica. 
É possível compreender que a comunicação científica promove o intercâmbio 
de informações entre membros de determinada comunidade, a partir de regras 
definidas e controladas pelo contexto onde está inserida. Para Meadows (1999, p. 
vii), a comunicação: 
[...] situa-se no próprio coração da ciência. É para ela tão vital quanto a 
própria pesquisa, pois a esta não cabe reivindicar com legitimidade este 
nome enquanto não houver sido analisada e aceita pelos pares. Isto exige, 
necessariamente, que seja comunicada. 
 
13 
 
O compartilhamento dos resultados de pesquisas confere confiabilidade a 
estes, tendo em vista que a análise realizada pelos pares obedece a critérios que 
afirmam sua legitimidade. 
De acordo com Stumpf (2000), a comunicação da ciência possibilita o fluxo de 
ideias entre aqueles que geram e os que recebem informação por meio de um canal, 
qual adquire a forma de um produto para que seja possível disseminar o trabalho de 
pesquisa realizado. 
Nota-se, pelas colocações da autora, que a comunicação, eficiente e eficaz, 
do conhecimento produzido, constitui-se elemento integrante do processo de 
investigação científica. 
De fato, a obtenção da confiabilidade, qualidade e credibilidade dos 
resultados obtidos pela pesquisa ocorrem por meio da submissão ao julgamento de 
outros cientistas. Ao destacar tais questões, Muller (2000, p. 21-34), afirma que: “A 
ampla exposição dos resultados da pesquisa ao julgamento da comunidade 
científica e sua aprovação por ela propicia confiança nesses resultados”. 
É fundamental que o pesquisador esteja consciente de sua responsabilidade 
social ao divulgar seus resultados, pois a confiança depositada nestes está 
associada à conduta ética seguida por àquele. 
Meadows (1999, p. 161) destaca ainda que “[...] a realização de pesquisas e a 
comunicação de seus resultados são atividades inseparáveis.” No contexto de uma 
instituição pública esse compromisso fica evidente, já que está intrínseca a 
responsabilidade social dos recursos aplicados em atividades que retornem em 
benefícios à sociedade. 
Por certo, o conhecimento científico pode ser comunicado via diversas 
modalidades e diferentes suportes, recorrendo à comunicação oral, escrita e digital. 
Meadows (1999) afirma ainda que os primeiros modelos de comunicação desta 
natureza foram utilizados desde a Antiguidade pelos gregos, tanto para a promoção 
de debates nas academias quanto para o registro de temas discutidos em 
manuscritos, copiados repetidas vezes. 
No contexto atual, a apropriação das tecnologias da informação e da 
comunicação para oferecer visibilidade aos saberes favoreceu este processo e a 
utilização de repositórios institucionais, como forma de ampliar a visibilidade, 
salvaguardar a produção e disseminar o conhecimento é apontada por estudiosos 
como o principal instrumento de promoção do acesso aberto. 
14 
 
Neste contexto, mais do que possuir uma ferramenta de compartilhamento 
informacional como um repositório, é necessário arquiteta-la para que atenda aos 
objetivos pela qual foi criada. 
Diante do exposto e, considerando que a produção científica gerada deve ter 
um compromisso social, ser conhecida e útil para a comunidade acadêmica e para a 
sociedade em geral, é que este estudo foca suas reflexões em torno de um modelo de 
arquitetura de informação para o repositório institucional a ser criado pelo Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), a fim de tornar o ambiente 
informacional acessível a todos os níveis de usuários. 
1.1 Objetivos 
 Diante do cenário exposto, a pesquisa foi desenvolvida com intuito de atingir 
os seguintes objetivos. 
1.1.1 Objetivo Geral 
Prospectar elementos para compor o repositório do IFAM a partir do seu 
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). 
1.1.2 Objetivos Específicos 
a) Estabelecer um marco teórico sobre comunicação científica, repositórios e 
arquitetura de informação; 
b) Analisar o Plano de Desenvolvimento Institucional do IFAM (2014 - 2018) 
visando identificar elementos que possam compor a arquitetura do repositório; 
c) Propor uma arquitetura de informação para o repositório institucional do IFAM. 
1.2 Justificativa 
 O desenvolvimento da ciência assinala importante papel para os 
procedimentos da comunicação científica, sobretudo, com o ritmo 
extraordinariamente rápido que as tecnologias da comunicação e informação afetam 
todos os setores daeconomia e estratos sociais. 
 Em meio a grande quantidade de informações dispostas na Internet, a 
sociedade atual necessita de critérios confiáveis que avaliem e qualifiquem os 
veículos de disseminação, com vistas a permitir maior compartilhamento de 
15 
 
conhecimentos, dentro de um projeto amplo de desenvolvimento global das nações 
e dos povos. 
 Para compreender e aplicar os fundamentos teóricos da comunicação 
científica é necessário também reconhecer que ela é um processo que media a 
produção de conhecimento, a busca de legitimidade daqueles que procuram 
construir novas teorias, por meio, sobretudo, de um reconhecimento público da 
comunidade acadêmica e da sociedade, além do coletivo que sempre busca nos 
resultados da ciência uma forma de conduzir suas questões cotidianas de modo a 
favorecer sua visão de mundo. 
É evidente que a produção científica disponibilizada em um ambiente digital, 
como os repositórios, deve atender a requisitos que proporcionem a facilidade de 
acesso, navegação e recuperação da informação. Neste sentido, o IFAM destaca-se 
como instituição que gera conhecimento científico em grande escala por todo o 
Estado e a ausência de um mecanismo de integração entre os campi e preservação 
dos saberes gerados é fator contribuinte para falhas no processo de comunicação 
científica. 
Com a implantação de cursos na Capital e Interior, a tendência é que a 
grande distância geográfica dificulte o acesso ao que de fato é produzido. Elaborar 
uma ferramenta que atenda aos diversos públicos que compõe a comunidade do 
IFAM e também aos demais usuários que utilizarão o RI a partir de qualquer outro 
ponto do mundo, implica em utilizar elementos da arquitetura da informação para 
oferecer serviços acessíveis a todos. 
Desta maneira, visando favorecer a discussão sobre o tema e atingir os 
objetivos propostos, este trabalho está composto por: 
a) Introdução, a qual consiste em uma breve exposição de conceitos que 
visam nortear a pesquisa e situar quanto aos objetivos e a justificativa da 
pesquisa; 
b) Capítulo 2, onde a fundamentação teórica permite formar uma base 
conceitual da pesquisa, tornando compreensíveis os aspectos levantados; 
c) Capítulo 3, que discorre sobre o percurso metodológico, expondo como a 
pesquisa foi realizada, bem como suas etapas para o alcance dos 
objetivos propostos; 
16 
 
d) Capítulo 4, o qual discute as variáveis dimensionadas a partir da análise 
do PDI e apresenta uma proposta de arquitetura da informação para o RI 
do IFAM; 
e) As considerações finais apontando as conclusões extraídas do objeto em 
análise bem como as recomendações oriundas do estudo efetuado. 
17 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Com o objetivo de apresentar conceitos e embasar a pesquisa, a 
fundamentação teórica deste trabalho abordou como elementos constituintes do 
arcabouço teórico a comunicação científica, os repositórios e as características de 
suas tipologias, bem como a arquitetura da informação. 
2.1 Comunicação científica 
A comunicação da ciência é fator determinante do grau de avanço de um 
povo, já que este depende das inovações científicas que gerem amplos benefícios e 
promovam o bem estar social. 
Sabe-se que com o advento da escrita houve a possibilidade de não somente 
preservar o conhecimento, mas tambémde registrá-lo. A oralidade, principal meio de 
comunicação, permitia a perda de detalhes importantes e podia implicar na 
mutabilidade da informação. 
A partir dos grandes avanços e revoluções pelas quais as civilizações 
passaram, atravessar a barreira do tempo e preservar informações sobre a cultura 
de povos da antiguidade ou transmiti-la a outros povos, tornou-se possível. 
É notório que desde o início da civilização, o homem busca meios pelos quais 
é possível registrar seus conhecimentos. Desta maneira, povos da antiguidade 
fortaleceram-se e conquistaram sua soberania. 
Mediante a durabilidade do sinal grafado e a possibilidade de acesso à 
informação por um número cada vez maior de pessoas, torna-se necessário 
disseminar informações confiáveis de modo rápido a pesquisadores de diversas 
localidades do planeta. 
A partir do exposto, a criação de mecanismos para que o compartilhamento 
informacional possa ser realizado de modo a acompanhar a velocidade das 
descobertas, o impacto de seus resultados e o progresso da ciência, é um elemento 
fundamental, principalmente à Instituições de Ensino e Pesquisa, pela grande massa 
informacional que geram. 
As instituições de ensino superior demandaram por disseminar o 
conhecimento por suas ações não apenas pelo cunho social que possuem, mas 
também como forma de agregar conhecimento à comunidade. 
18 
 
Comunicar o que é gerado nas instituições de ensino e pesquisa significa 
possibilitar o acesso de pesquisadores às informações antes restritas apenas aos 
que possuíam vínculo institucional. 
A propagação dos saberes contribui diretamente para que pesquisadores 
sejam capazes de alcançar melhores resultados de investigações e cria mecanismos 
para que estes sejam validados, registrados, conservados, disseminados e utilizados 
por outros pesquisadores em novos processos de produção de conhecimento. 
Goffman e Warren (1980) afirmam que a ciência é altamente interdependente, 
pois cada cientista constrói conhecimentos a partir das pesquisas de seus pares do 
passado e do presente, deste modo, torna-se evidente a necessidade de um livre 
fluxo informacional, já que este propicia a geração e aprimoramento de 
conhecimentos. 
Neste sentido, Crow (2002) aborda a existência de repositórios institucionais 
como provedores e expansores do acesso à pesquisa, já que esta ferramenta 
permite adivulgação do saber produzido pela academia e reduz o monopólio dos 
periódicos científicos. De fato, eles possuem a finalidade de gerar indicadores 
tangíveis da qualidade de uma universidade e do conhecimento por ela produzido, 
ressaltando a relevância científica, social e econômica de suas pesquisas. 
A comunicação dos saberes, como afirma Bueno (2009), compreende a 
utilização de recursos, técnicas, processos e produtos (veículos ou canais) para a 
circulação de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações ao 
público leigo. Considerando tais informações e o aumento da quantidade de 
pesquisas científicas disponibilizadas na Internet, nota-se que gradativamente os 
pesquisadores estão aderindo às fontes informacionais da web para a aquisição e 
construção de conhecimento. 
Case (2002) afirma que a comunicação científica pode ser definida como o 
processo pelo qual pesquisadores conduzem suas pesquisas e tornam seus 
resultados conhecidos, seja por meio de canais formais ou informais. 
A comunicação científica é indispensável em instituições de ensino. As trocas 
de informações entre os pares favorece a produção científica e oferece visibilidade 
aos pesquisadores no meio em que se inserem. Com esta finalidade, os repositórios 
surgem nas instituições, permitindo o fortalecimento da ciência entre a comunidade. 
 
19 
 
2.2 Repositórios 
No contexto atual, bibliotecas, centros de informação e universidades têm 
buscado novas alternativas para disponibilizar o acesso e promover o uso da 
literatura científica por ela gerada. Isto tem ocorrido por meio de novos canais de 
comunicação, que visam oferecer aos pesquisadores, meios dinâmicos para a troca 
de informação entre pares. 
Estes novos canais permitem que o usuário tenha acesso as mais variadas 
informações, independente da tipologia textual (teses, dissertações, monografias, 
artigos científicos, anais de congressos, apresentações, relatos de experiência, 
relatórios técnicos, entre outros), em um ambiente onde podem ser disponibilizadas 
versões de trabalhos tanto da própria instituição como materiais bibliográficos de 
outras, publicados ou não, relacionados aos interesses dos pesquisadores. 
A favor deste tipo de acessoà produção científica, o Open Archives Initiative, 
ou seja, Iniciativa dos Arquivos Abertos (OAI), onde textos completos de 
documentos se encontram em diversos formatos e localizações, mas ao utilizarem 
os mesmos códigos de descrição, tornam-se interoperáveis, reforça a aplicação dos 
repositórios. 
Os códigos, conhecidos como tags de metadados, facilitam a recuperação de 
documentos por possuírem as mesmas características e, conforme Baptistaet al. 
(2007) e Cardoso Jr. (2007, p. 52) o OAI se define pelos seguintes princípios: 
a) Auto-arquivamento da produção; 
b) Uma política de gestão considerando as normas de preservação 
de objetos digitais; 
c) Acesso livre para coleta e replicação dos metadados; 
d) Uso de padrões de metadados (ex: Dublin Core) e protocolos 
(OAI-PMH) com vistas à solução de interoperabilidade entre outros 
repositórios e bibliotecas digitais; 
e) Uso de ferramenta open source (software de código-fonte aberto); 
f) Baixa barreira do protocolo, o que representa menos esforço para 
sua implementação, por se basear em tecnologias já difundidas (por 
exemplo: HTTP, XML, Dublin Core); e 
g) Interface consistente entre repositórios e seus coletores de dados. 
Atendendo a tais quesitos, o repositório digital se apresenta, segundo Leite 
(2009), como uma ferramenta criada para facilitar o acesso à produção científica. É 
um conjunto de bases de dados desenvolvidas para reunir, organizar e tornar mais 
20 
 
acessível a produção científica dos pesquisadores, podendo ser institucional ou 
temático, dependendo da finalidade. 
 Os repositórios têm sido uma realidade recente nas instituições e por se 
tornarem mecanismos bem sucedidos, estão cada vez mais presentes em 
instituições das mais diversas vertentes. É possível que documentos sejam 
armazenados de modo eficiente, ficando mais visíveis e mais facilmente 
pesquisados e recuperados, por meio de padrões de interoperabilidade e com 
metadados (dados sobre o documento) descritivos de maior qualidade. 
Justamente por ser composto por padrões que interoperam com outras bases 
de dados, uma vez inserido em um repositório, um documento pode também ser 
localizado por meio de pesquisas em sites de busca na web, dispensando o acesso 
direto ao sítio do repositório. 
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia 
(IBICT) é o responsável por estabelecer uma política nacional de acesso livre à 
informação científica, atuando em parceria com entidades como a Universidade do 
Estado de São Paulo (UNESP), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o 
Supremo Tribunal de Justiça (STJ), entre outros, para a construção de sistemas que 
possam promover o acesso aberto/livre no Brasil, conforme destaca Lima (2009). 
O IBICT disponibiliza ferramentas open source baseadas em licenças 
Creative Commons que fazem o gerenciamento de ambientes digitais para acesso 
aberto/livre. 
 A licença Creative Commons é disponibilizada pela organização de mesmo 
nome e permite o compartilhamento e o uso do conhecimento registrado no 
documento por meio de licenças jurídicas gratuitas de direitos autorais de fácil uso e 
que fornecem ao autor simplicidade e padrões para autorizar o uso de sua obra 
intelectual, independente de qual seja. 
Desta maneira, o autor define sem a necessidade de um advogado ou de um 
intermediário, como sua obra poderá ser utilizada, permitindo, por exemplo, que 
pessoas compartilhem e usem suas fotos, mas sem permitir que empresas possam 
lucrar com elas. 
Como meio de divulgação da produção científica, os repositórios devem 
possuir estratégias de planejamento e marketing bem elaboradas, além de 
povoamento, atraindo pesquisadores uma vez que “[...] são promovidos e obtêm 
21 
 
financiamento com base no desempenho de pesquisa, no qual o impacto (a citação) 
constitui um importante indicador” (LEITE, 2009, p. 88). 
 Deste modo, é de interesse dos pesquisadores que suas publicações 
estejam disponibilizadas na web, sejam textos completos para leitura, download, 
cópia, distribuição, impressão, busca e criação de links para todo e qualquer usuário 
que esteja conectado à Internet, de forma livre e pública. 
Observa-se então que os repositórios tornam-se um mecanismo capaz de 
favorecer a pesquisa acadêmica por meio do livre acesso, aproximando 
pesquisadores em vista da produção científica gerada. É importante ressaltar que 
existem tipos de repositórios e que suas aplicações dependem da finalidade a qual 
se destinam. 
2.2.1 Repositórios digitais institucionais 
Acerca dos tipos de repositórios, é importante ressaltar inicialmente que eles 
são ferramentas digitais as quais, independente de tipologia, pretendem sobretudo, 
desenvolver uma cultura onde a publicação de informações ocorra com mais 
frequência, moldando-se para facilitar a visibilidade, avaliação e crítica por parte dos 
pesquisadores das mais variadas áreas do conhecimento ou da própria comunidade, 
cumprindo o objetivo de investigação, progresso e difusão do saber registrado. 
A tipologia dos repositórios está relacionada a sua finalidade, conceituando-se 
como institucional ou temático. Shintaku e Meirelles (2010) afirmam que os 
repositórios institucionais possuem a finalidade de organizar e disseminar a 
produção científica das instituições de pesquisa. 
De acordo com Café et al. (2003), um repositório institucional deve possuir um 
conjunto avançado de serviços relativos à organização, tratamento, acesso e 
disseminação do conteúdo digital produzido por uma instituição e sua comunidade 
com um conteúdo bastante heterogêneo, tanto no que diz respeito à tipologia dos 
documentos como em relação à multidisciplinaridade. 
Em uma instituição, o repositório a ela pertencente é responsável por reunir 
toda produção gerada, disponibilizando, dentro das permissões de cada autor, o 
acesso aos conhecimentos registrados de maneira a especificar em qual das 
comunidades ou sub-comunidades existentes na instituição, tal conhecimento 
originou-se. Estas divisões permitem a organização hierárquica do repositório, 
22 
 
facilitando a realização de estatísticas de usabilidade e dos documentos 
depositados. 
Os documentos produzidos por pesquisadores e estudantes, tanto de 
pesquisa como de materiais didáticos, constituem-se nos principais tipos de registros 
dos repositórios. Além desses, ele pode conter informações sobre as diversas 
atividades da instituição como eventos e outros programas promovidos pela mesma, 
contribuindo para transparência e acessibilidade a instituição por meio da 
disseminação da sua produção para o público em geral. 
A função principal dos repositórios institucionais consiste, portanto, em 
preservar e disponibilizar a produção intelectual da instituição, sendo necessária 
para isto, a participação de uma equipe multidisciplinar formada por bibliotecários, 
analistas de informação, administradores de arquivos, administradores de 
departamentos e da instituição, pesquisadores e pessoal envolvido com a política 
universitária. 
2.2.2 Repositórios digitais temáticos 
 Os repositórios temáticos são criados com o objetivo de reunir e preservar 
documentos de um determinado assunto, independente de vínculos institucionais. 
 Estes repositórios reúnem um conjunto de resultados de pesquisa de uma 
determinada área do conhecimento, organizados e disponibilizados na rede mundial, 
utilizando, da mesma maneira que os repositórios institucionais, tecnologias abertas 
OAI, promovendo a maior acessibilidade à produção dos pesquisadores e à 
discussão entre seus pares. 
 Segundo Café et al. (2003), as principais características deste tipo são: 
 a) processamento automático dos mecanismos de discussão entre os pares; 
 b) geração de versões de um mesmo documento; 
 c) tipologia variada de documentos; 
 d) auto-arquivamento; 
e) interoperabilidade entre todos os repositórios temáticos e seus serviços 
agregados.As características apontadas pelos autores sugerem que o repositório, 
enquanto ferramenta de promoção do acesso aberto, deve oferecer maior 
praticidade aos responsáveis pelo mecanismo. 
23 
 
 Alguns dos repositórios temáticos mais conhecidos são o ArXiv 
(http://arxiv.org/), para as áreas de matemática, física e ciências da computação, o 
PubMedCentral (http://www.pubmedcentral.com), para as áreas ligadas à saúde e o 
CiteSeerX (http://citeseer.ist.psu.edu), para as áreas de informática e ciência da 
informação. 
 Para o funcionamento dos repositórios é necessário que ele esteja alocado 
em uma plataforma capaz de armazenar seu conteúdo, indexá-lo e torna-lo 
disponível, bem como possibilitar sua gestão. 
2.3 Plataformas 
 Existem, na atualidade, diversas plataformas para criar e customizar 
repositórios, tais como Archimede, GNU, CDSware, Fedora, Eprints e o Dspace. 
 O software Dspace, plataforma utilizada pela maioria dos repositórios 
brasileiros, foi desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pela 
Hewlett-Packard (HP), para possibilitar a criação de repositórios digitais capazes de 
armazenar, gerenciar, preservar e dar visibilidade à produção intelectual. É uma 
plataforma personalizável e adaptável que permite a divulgação da produção 
científica de qualquer tipo de material digital, garantindo a sua acessibilidade ao 
longo do tempo. 
Os documentos são artigos, relatórios, projetos, apresentações em eventos, 
livros, teses, programas de computador; publicações multimídia, notícias de jornais, 
imagens, arquivos de áudio e vídeo, coleções de bibliotecas digitais, páginas web, 
entre outros. Entretanto, a política do Dspace restringe o depósito de documentos, 
evitando que materiais acadêmicos irrelevantes sejam incorporados ao repositório 
(DSPACE@MIT, 2010). 
Por ser um software livre, o Dspace transfere às organizações que o adotam 
como plataforma para seus repositórios a responsabilidade e os custos com as 
atividades de arquivamento e publicação da produção institucional. 
Segundo informações contidas no site do Repositório de Acesso Aberto de 
Portugal (PROJETO.RCAAP.PT, 2013), além de reunir os documentos de 
instituições ou organizações, o DSpace desempenha três importantes papéis de 
facilitador: 
a) do depósito e a gestão dos documentos e dos respectivos metadados; 
b) do acesso aos documentos por meio de listas e pesquisas; 
24 
 
c) da preservação a longo tempo dos documentos. 
O depósito pode ser realizado pela instituição ou pelo autor (auto depósito), 
sendo necessária a prévia autorização deste. O Dspace oferece uma estrutura 
hierarquizada em coleções, comunidades e subcomunidades, reunindo os 
documentos de mesma área do conhecimento ou setor, por exemplo. 
Esta plataforma permite publicar rapidamente a produção científica da 
instituição, expor os conteúdos nos sites de pesquisa mais comuns, aumentando a 
visibilidade, além de armazenar em um único local a produção científica. É possível 
saber que documentos são publicados, que versões e quantos downloads foram 
realizados. 
 Sayão e Marcondes (2009 p. 45) citam algumas características técnicas e 
operacionais do DSpace: 
 a) características técnicas: o ambiente operacional a ser utilizado pode ser 
Unix, Linux ou Windows; utiliza as tecnologias Java e Tomcat Servlet Engine; adota 
Banco de Dados PostgreSQL, MySQL ou Oracle; motor de busca Lucene ou 
Google; aceita os mais variados tipos de formatos de arquivos e é extensível via 
Java API. Por ser compatível com sistemas operacionais abertos/gratuitos, o Dspace 
é uma alternativa para instituições com poucos recursos. 
 Quanto aos padrões de interoperabilidade, utiliza Protocolo OAI-PMH, Web 
Services e SRU/SRW; aceita os esquemas de metadados Dublin Core qualificado; 
identificadores Handle System; quanto a preservação digital, é aderente ao modelo 
Open Archive Information System (OAIS); o software é focado no problema de 
preservação digital de longo prazo de materiais de pesquisa depositada e 
importa/exporta dados no formato XML e padrão METS. 
 b) características operacionais: utiliza o conceito de comunidades; é voltado 
para repositórios institucionais que publicam materiais para pesquisa e ensino, além 
de possuir interfaceweb customizável, informação relevante, já que o repositório 
deve seguir padrões estabelecidos pela instituição. 
 O software Open Source Dspace destina-se à manutenção de repositórios 
digitais e suas funcionalidades. Reune, armazena, indexa, preserva e dissemina a 
produção intelectual depositada em formatos digitais, podendo ser instalado em 
máquinas que utilizem os sistemas operacionais citados, empregando o workflow, ou 
25 
 
seja, uma sequência de passos necessários para que se possa atingir a automação 
do processo de submissão de conteúdos. 
 O uso de softwares livres vem sendo empregado em diversas instituições, 
fator que já lhes confere a qualidade necessária para implantação e customização. 
Nosoftware DSpace, a administração do repositório consiste em um conjunto de 
procedimentos, em sua maioria feitos diretamente em suas páginas. 
Em suma, é um software com interface web que permite o auto arquivamento 
de documentos e a sua marcação com metadados. Cada item, menor unidade do 
repositório, consiste no agrupamento de informações relacionadas ao documento 
em si, possibilitando a indexação e pesquisa tanto no repositório quanto em bases. 
 Ao mesmo tempo em que favorecem o acesso à produção científica, os 
repositórios possibilitam o plágio e uso indevido do conteúdo depositado, portanto, 
deve haver uma política de depósito de documentos eletrônicos, entre eles, os 
direitos de autor, o qual deve autorizar o acesso a seu documento, seja na íntegra 
ou parcialmente. 
Leite (2009, p. 72) salienta, com base nas recomendações para gestores de 
repositórios feitas pelo projeto DSpace e por Barton e Waters (2004), que devem ser 
estabelecidas diretrizes para a elaboração das políticas de conteúdos de repositórios 
institucionais. É necessário que tais políticas sejam explicitadas e estejam 
disponíveis para os usuários no próprio repositório. 
Quando se tratar de um repositório institucional, é necessário que a política 
de funcionamento reflita as decisões tomadas ao longo do planejamento do 
repositório, em consonância com aquelas estabelecidas pela instituição e/ou 
biblioteca a que pertence. A política também define os serviços ofertados pelo 
repositório, os responsáveis por este e informações sobre a usabilidade. 
 Para que as potencialidades dos repositórios institucionais sejam alcançadas, 
visando bons níveis de comunicação científica, é necessário definir estratégias para 
a divulgação de documentos e intercâmbio de experiências entre a comunidade 
científica, tanto no país como no exterior. Desta maneira, a divulgação e promoção 
do repositório são efetivadas, mediante a própria instituição e a sociedade. 
 Durante o planejamento do repositório e suas especificações, deverá ser 
estabelecida a sua arquitetura de informação, ou seja, a maneira como estarão 
dispostas as informações e conteúdos, de modo a facilitar sua recuperação. 
26 
 
2.4 Arquitetura da informação 
 Em meados de 1970, o arquiteto Wurman cunhou a expressão arquitetura de 
informação, que seria um mecanismo para organizar padrões de dados e 
transformar o que é complexo em algo mais claro para o usuário de determinado 
sistema. 
O arquiteto de informação se tornou então, a pessoa responsável pelo 
mapeamento de informações e pela disponibilização destas, compondo um mapa de 
como obtê-las. Desta maneira, cada um pode traçar seus próprios caminhos em 
direção ao conhecimento. A arquitetura da informação envolve a análise, o design e 
a implementação de espaços informacionais, como sites, bancos de dados, 
bibliotecas e repositórios. 
O foco deste tipo de arquitetura é o projeto de estruturas,mais precisamente 
dos ambientes informacionais, que devem fornecer aos usuários facilidades que 
tornem suas experiências de busca mais simples e bem-sucedidas. 
Agner (2009, p. 47) afirma que a arquitetura da informação pode ser 
compreendida como um conjunto formado por quatro sistemas interdependentes, 
cada qual composto por regras próprias, que são os sistemas: de organização, de 
rotulação, de navegação e de busca. 
O sistema de organização determina como é apresentada a organização e a 
categorização do conteúdo do repositório bem como o sistema de rotulação, o qual 
define signos verbais ou a terminologia para cada elemento informativo e de suporte 
à navegação do usuário. 
O sistema de navegação determina como se mover no espaço informacional, 
como localizar o que se precisa dentro do repositório e por fim, o sistema de busca, 
define as perguntas a serem feitas pelos usuários e as respostas que estes irão 
obter no banco de dados. 
O arquiteto da informação deve direcionar seu trabalho para os usuários em 
potencial, para as estratégias e objetivos do negócio bem com para os princípios e 
conceitos da usabilidade (PEÓN ESPANTOSO, 2001). 
Por isso é importante conhecer a comunidade a qual o repositório se destina. 
Wurman (2005, p. 23) ensina que “[...] os verdadeiros arquitetos da informação dão 
clareza ao que é complexo, tornam a informação compreensível para outros seres 
humanos”. O arquiteto da informação serve de elo entre as necessidades técnicas 
27 
 
do projeto e os anseios dos usuários produzindo modelos que ilustram o 
encadeamento das atividades informacionais (LOTTI, 2004). 
A existência de uma hierarquia de navegação é relevante e, se ela for 
realmente adequada, não será notada pelo usuário. A rotulação dos menus, opções 
e índices, por exemplo, textual ou icônica, deve evitar ambiguidades ou termos 
técnicos que sejam desconhecidos dos usuários. 
Existem sinônimos, homônimos e diferenças de contexto que podem afetar a 
compreensão e a coerência dos rótulos, deve-se considerar estilo, apresentação e 
sintaxe. 
Agner (2007) afirma que a navegação global em um site mostra os links para 
as áreas-chave e normalmente está localizada no cabeçalho ou no rodapé da tela. A 
navegação local permite o acesso a subseções do site, enquanto a navegação 
contextual é a coleção de referências cruzadas que liga páginas com temas 
relacionados em outras seções. 
Existe também o sistema de navegação suplementar, formado por guias, 
índices, mapas do site e a busca. O mapa do site mostra como chegar até a parte 
desejada e os mecanismos de busca são elementos deste tipo de navegação, pois 
cada usuário possui uma maneira diferente de pesquisar e buscar atingir seus 
resultados. 
A busca é a maneira pela qual os usuários expressam suas necessidades de 
informação, digitando palavras na caixa de entrada. Agner (2007) afirma a 
importância de tais perguntas serem cruzadas com um índice que representa o 
conteúdo, formado por todos os termos encontrados nos documentos presentes no 
repositório ou por uma lista com títulos, autores, categorias e informação 
relacionada. 
A partir das palavras-chave pesquisadas serão recuperados resultados de 
busca, os quais bem indexados têm maior chance de atender à necessidade de 
quem pesquisou. 
Os metadados, criados para representar cada documento, descrevem e 
explicam o que eles tratam e se as perguntas realizadas são cruzadas com esses 
campos, permitindo que os resultados obtidos tornem-se muito úteis. 
Rosenfeld e Morville (2002) sugerem um sólido planejamento estratégico de 
arquitetura de informação. É importante conhecer os objetivos do site, os usuários e 
o contexto no qual todos se relacionam. Discorrem ainda, sobre a relação de 
28 
 
equilíbrio entre as necessidades da comunidade usuária da ferramenta e os 
objetivos da instituição ofertante do sistema. 
Considerando as necessidades expostas pelos autores, nota-se que planejar 
um ambiente virtual informacional para o IFAM que reflita a proposta de 
desenvolvimento institucional é impulsionar seu desenvolvimento, reconhecendo que 
os repositórios institucionais são ferramentas que dinamizam a comunicação 
científica no âmbito do Instituto. 
O PDI, enquanto documento norteador da Instituição, permite estabelecer 
elementos para favorecer a proposição de um modelo de arquitetura para o 
repositório, composto por aspectos que atendam a todos os possíveis usuários. 
Diante do exposto, a análise do documento será fundamental para que o 
repositório atenda à missão e objetivos institucionais, aumentando o poder de 
alcance do conhecimentos gerados e possibilitando uma interação dinâmica entre 
estes e a sociedade. 
 
29 
 
3METODOLOGIA 
 Considerando os objetivos propostos, a pesquisa foi amparada nos 
procedimentos metodológicos descritos a seguir: 
a) Análise qualitativa, por meio do método de análise do discurso com intuito de 
examinar as recomendações do PDI em relação à organização institucional; 
b) Enfoque exploratório-descritivo, já que os elementos que caracterizam a 
arquitetura da informação foram observados, analisados, e interpretados sem 
a interferência do pesquisador, buscando conhecer com maior precisão os 
fatores que corroboram ou poderão corroborar para a arquitetura do 
repositório do IFAM. 
c) A coleta referente às variáveis de análise foi realizada por meio da pesquisa 
documental realizada nos casos selecionados: 
i. Análise do Plano de Desenvolvimento Institucional (2014 - 2018) 
visando identificar os objetivos e missão do IFAM, além das variáveis 
tomadas como base para propor recomendações quanto à estrutura, 
organização e navegabilidade no RI; 
ii. Análise das variáveis identificadas; 
iii. Contextualização do PDI e situação organizacional real do instituto, 
sugerindo um modelo de arquitetura para o RI baseado no PDI. 
3.1 Variáveis de análise 
Do Plano de Desenvolvimento Institucional do IFAM foram examinadas: 
a) relação entre desenvolvimento institucional e os aspectos geográficos da 
região; 
b) implantação e desenvolvimento de cursos; 
c) correlação pedagógica entre os cursos ofertados e, 
d) promoção da acessibilidade. 
 Os aspectos salientados e analisados no capítulo seguinte dizem respeito aos 
objetivos e diretrizes que compõem o PDI no que tange a melhoria na oferta de 
serviços e o acesso à produção científica, onde se inclui o RI. Estes aspectos, 
quando relacionados ao repositório, permitem identificar fatores essenciais para 
arquitetá-lo de modo que seja acessível a todo e qualquer usuário e atenda ao 
exposto no PDI. 
30 
 
 Visto que o RI deve proporcionar um alcance geográfico amplo ao que é 
produzido na Instituição, é necessário que a linguagem seja de fácil interpretação, as 
comunidades do IFAM devem seguir a hierarquia institucional, os cursos devem 
contribuir para a organização do conhecimento produzido e a tecnologia assistiva 
deve ser aplicada, a partir da incorporação dos avanços tecnológicos previstos no 
documento. 
 As variáveis visam estabelecer uma relação entre as metas institucionais 
expostas no PDI e a organização do repositório, por meio de uma leitura 
aprofundada no documento que possibilitou sua correlação com os principais 
elementos constituintes de uma arquitetura de informação e os objetivos 
institucionais para que a acessibilidade à ferramenta seja efetiva. 
 
31 
 
4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 A análise doPlano de Desenvolvimento Institucionalcompreende os anos de 
2014 a 2018, visa conhecer o caminho a ser seguido pela Instituição, de forma a 
cumprir a sua missão e alcançar seus objetivos, vislumbrando um horizonte de cinco 
anos. Caracteriza a identidade Institucionale, portanto, toda ferramenta ou serviço 
ofertado deve atender ao que consta no PDI. 
O IFAM, ao formular diretrizes de ações voltadas à educação e à produção 
científico-tecnológica,considerou a política nacional de educação definida na Lei № 
9.394/96 e os princípios norteadores da equidade, cidadania, ética, preservação do 
meio ambiente, transparência e gestão democrática, verticalização do ensino e sua 
integração com a Pesquisa e a Extensão, difusão do conhecimento científico e 
tecnológico e suporte aos arranjos produtivos locais, sociais e culturais, inclusão de 
pessoas com deficiência e necessidades educacionais especiais. 
Os preceitos citados permitem inferir que independente da localização 
geográfica, o acesso à educação deve ser igualitário, a produção científica gerada e 
disseminada deve permitir o desenvolvimento dos cursos já implantados e 
proporcionar a criação de outros, ao passo que o compartilhamento de diferentes 
saberes correlacionados deve estar bem organizado e possuir uma fácil 
recuperação. Faz-se necessária a utilização de tecnologias inclusivas para que, 
atendendo ao preceito citado no PDI, o RI seja de fato uma ferramenta utilizada por 
todos. 
A partir da análise do documento, extraíram-se variáveis que norteassem um 
modelo de organização do RI do IFAM, considerando valores como acessibilidade, 
inclusão social e respeito à diversidade. 
4.1 Aspectos geográficos 
 Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia surgiram com uma 
proposta de expansão do ensino pelo país, promovendo-o nos níveis básico, técnico 
e tecnológico, incluindo programas de formação e qualificação de trabalhadores, 
licenciaturas e cursos de pós-graduação latu e stricto sensu. 
 Todos os Campi do IFAM constituem-se em unidades acadêmico-
administrativas, possuidoras de autonomia administrativa e financeira, porém, por se 
32 
 
tratar de uma ferramenta institucional, o RI deve ser elaborado visando contemplar 
as necessidades dos mais variados tipos de usuários. 
 Com a finalidade de consolidar e integrar o desenvolvimento local e regional, 
o RI deve ser arquitetado de forma a oferecer serviços com linguagem simples, já 
que a distribuição territorial dos Campi abrange várias regiões e o repositório poderá 
ser acessado de qualquer local do mundo. 
 Ribeiro e Vidotti (2009) afirmam que é necessário atentar à construção e 
customização do RI, pois este possui um público-alvo e precisa atingi-lo. As cores 
utilizadas devem ser definidas institucionalmente, levando em consideração fatores 
como contraste e arranjo, para não causar desconforto no momento do acesso. 
 A possibilidade de acessar remotamente ao conteúdo proporciona 
comodidade aos usuários, evitando deslocamentos desnecessários já que o acesso 
aos dados por meio da rede mundial pode ocorrer de qualquer lugar. 
 Por ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os níveis e 
modalidades, o IFAM deve levar em consideração as demandas sociais e 
peculiaridades regionais considerando que o Amazonas é um Estado 
geograficamente extenso e abrange comunidades com diferentes culturas.Deste 
modo, o RI deve buscar atender ao público reconhecendo suas peculiaridades com 
observância na construção de ambientes informacionais digitais. 
 Torres e Mazzoni (2007) afirmam que a diversidade humana abrange várias 
características dos grupos sociais humanos, tais como a cultura, a religião, o idioma, 
as capacidades e as limitações físicas e cognitivas. 
 Com base nestes elementos, é necessário ressaltar a importância de o RI 
possuir mais de um idioma que auxilie o processo de busca. Além do português, o 
inglês e oespanhol são utilizados por várias universidades, já que estes dois últimos 
são empregados pela maioria da população mundial. 
 Existem ferramentas online que permitem identificar a origem do acesso ao 
endereço eletrônico do RI, sendo possível conhecer de quais localidades o site é 
acessado, possibilitando traçar um perfil de usuário de determinada região e a partir 
de então pensar em ferramentas que facilitem a navegação. 
 É notório que muitos usuários, sejam da capital ou interior do Estado, não 
possuem familiaridade com ambientes virtuais. Para isto, o Mapa do Site, ferramenta 
geralmente disponível a partir de um Menu na tela principal, deverá informar de 
maneira simples como chegar até a informação desejada. 
33 
 
 No que diz respeito às diferenças individuais dos usuários, Badre (2002) as 
divide em quatro categorias: 
a) conhecimento, experiência e habilidades: dizem respeito à educação dos 
usuários, nível de leitura, experiências, habilidades e competências, 
estratégias para resolução de problemas dentre outros aspectos. São 
fatores que interferem no grau de compreensão das informações como 
estão organizadas no RI; 
b) personalidade: relacionada ao temperamento dos usuários e níveis de 
tolerância e motivação. O autor ressalta que esses aspectos interferem 
diretamente no momento em que os usuários estão navegando em um 
ambiente informacional digital em busca de informações; 
c) atributos demográficos e físicos: são relacionados à idade, sexo, status 
social dentre outros aspectos; e os atributos físicos referem-se às 
capacidades e limitações físicas. Cada usuário terá seu modo de navegar 
no RI, desenvolverá métodos de busca e utilizará conceitos adquiridos por 
sua vivência durante as buscas; 
d) níveis de usuários: estão relacionados à execução das atividades no 
ambiente digital. Os usuários podem ser classificados em novatos, 
intermediários, experientes e experts (especialistas), de acordo com a 
experiência de navegação adquirida no RI. 
 Nota-se que levar em consideração as categorias expostas ao elaborar um 
sistema é fundamental para este ambiente seja acessível a todos. Independente do 
grau de conhecimento do usuário, sua motivação ou características físicas, o RI 
deverá ter sua arquitetura planejada para que as informações estejam organizadas 
de modo compreensível levando em consideração as possíveis dificuldades de 
acesso que os usuários poderão encontrar. 
 A ferramenta de busca avançada, comum a vários ambientes de pesquisa 
online, permite que um conjunto de palavras inseridas na barra de busca pelo 
usuário dê origem a uma estratégia de pesquisa, formulada pelo próprio sistema, 
recuperando melhores resultados. Esta ferramenta está geralmente associada a 
existência de operadores booleanos (AND, OR e NOT) que combinam palavras para 
recuperar respostas mais precisas. 
34 
 
 Este recurso é fundamental na arquitetura de um repositório, pois permite a 
economia de tempo do usuário, a partir de mecanismos que tornem o processo de 
busca rápido e prático. A existência de um menu de ajuda é ideal para explicar a 
utilização de cada operador, haja visto que usuários novatos podem encontrar 
dificuldades. 
 O compartilhamento de dados poderá ocorrer por meio de links 
direcionadores a diversas redes sociais, proporcionando ampla divulgação do 
repositório e por consequência à produção científica gerada pela instituição, 
ampliando sua visibilidade. 
4.2 Implantação e desenvolvimento dos cursos ofertados pelo IFAM 
Na busca por inovações tecnológicas e difusão de conhecimentos científicos, 
o IFAM promove ações que estimulam a pesquisa básica e aplicada e além de 
desenvolver atividades de extensão em conformidade com os princípios e 
finalidades da educação profissional e tecnológica em articulação com o mundo do 
trabalho e os segmentos sociais. 
 A partir deste pressuposto, a segmentação dos usuários e a organização das 
unidades acadêmicasdevem ser planejadas, a fim de estabelecer uma arquitetura 
que contemple desde as necessidades do usuário e objetivos do site até o design 
visual, fundamental para uma navegação agradável. 
 Batley (2007) comenta que a Arquitetura da Informação não está apenas 
relacionada à criação de estruturas, mas também à funcionalidade contida nelas. É 
fundamental ressaltar que o RI deve atender a todos os públicos da Instituição, 
desde o ensino médio até a pós-graduação. 
 A relação etroca de informações entre os diversos níveis de educação que a 
instituiçãooferece corrobora para o desenvolvimento dos alunos dos cursos por ela 
oferecidos, já que ao utilizarem a ferramenta, pesquisadores terão fontes confiáveis 
para trabalhos e além de ampliar a visibilidade de suas produções, elevando seus 
índices de citação. 
 Como ferramenta interativa, os RI’s permitem a criação de perfis de interesse 
onde o usuário, ao cadastrar-se, seleciona assuntos relevantes e recebe alertas 
assim que novas pesquisas são adicionadas à base. É um serviço de disseminação 
seletiva da informação adaptado ao repositório e necessário para despertar o 
interesse do público a ser atingido. 
35 
 
 O PDI, de acordo com o Quadro 1, busca promover a expansão e 
modernização da infraestrutura física do IFAM e no que tange as metas 
estabelecidas, o RI se configura como essencial para o atendimento de tal 
expectativa. 
 
Quadro 1 – Metas quanto à infraestrutura física 
FONTE: IFAM. PDI, 2014. 
 Enquanto ferramenta que promove o fluxo informacional e comunicacional em 
uma instituição, o RI atenderá às metas expostas no Quadro 1. Por meio dele, os 
Campi terão acesso de forma mais simples ao que é gerado, a administração terá 
maior controle sobre documentos administrativos e a comunidade externa terá 
acesso ao que antes era restrito aos que possuem vínculo institucional, aprimorando 
o compartilhamento de dados, sejam administrativos ou acadêmicos. 
 A disponibilização de rede wireless fomentará o acesso ao site, que deve 
possuir interface adaptável a aparelhos como celulares e tablets. O aprimoramento 
do compartilhamento de dados será efetivado por meio da arquitetura proposta, 
obedecendo à missão e objetivo institucionais e atendimento ao perfil da 
comunidade. 
 Existem diversos protocolos, iniciativas e softwares que buscam proporcionar 
acessibilidade na Internet às pessoas com deficiência. Quanto às visuais, programas 
livres como o LianeTTS e DosVox que narram o que se encontra na tela do 
computador auxiliam no desempenho de uma série de tarefas, dando aos usuários 
um nível alto de independência no estudo e no trabalho. 
36 
 
 Softwares que traduzem o texto para LIBRAS podem ser instalados nas 
máquinas para atender à comunidade surda. Tais programas oferecem legendas, 
amplificadores de volume e sintetizadores de voz que facilitam a interação entre 
usuários surdos e a interface gráfica do sistema. 
4.3 Correlação pedagógica entre os cursos ofertados 
De acordo com o exposto no PDI, uma das finalidades do Instituto é 
desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica, 
realizando e estimulando a pesquisa básica e aplicada, a produção cultural, o 
empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico. 
Pautado nisso, o RI deve promover a transferência de saberes por meio da 
tecnologia de modo a corroborar para a produção científica da instituição. Sua 
organização deve deixar o usuário independente enquanto navega, sendo claro 
quanto ao arranjo informacional em seu domínio. 
Um repositório construído por meio do DSpace, plataforma customizável 
utilizada pela maioria dos RIs brasileiros, possui uma interface padrão que é obtida 
após instalação e configuração do software. É possível, no entanto, modificar e 
adaptar a arquitetura inicial, compondo elementos formais e o conteúdo da interface 
de acordo com os interesses dos responsáveis por sua manutenção e usuários. 
 A organização do RI deve visar o correlacionamento pedagógico entre os 
cursos ofertados. A possibilidade de reunir produções de diferentes áreas do 
conhecimento em uma mesma plataforma contribui para a formação multidisciplinar 
do discente, além de fortalecer, ampliar e apoiar a pesquisa científica e 
tecnológica,oferecendo subsídio para futuras publicações. 
 O PDI prevê, conforme o Quadro 2, metas institucionais que pressupõem a 
geração de saberes, por meio do oferecimento de capacitação do quadro funcional, 
desenvolvimento de programas de pesquisa e extensão, oferta de cursos de pós-
graduação e estímulo à pesquisa aplicada. 
 
37 
 
 
Quadro 2 – Apoio à pesquisa 
FONTE: IFAM. PDI, 2014. 
Conforme o Quadro 2 é de interesse institucional fortalecer e ampliar os 
programas de pós-graduação, bem como a pesquisa científica e tecnológica como 
um todo. A multidisciplinariedade informacional pode ser devidamente ordenada a 
partir da criação de comunidades, subcomunidades e coleções, estrutura proposta 
posteriormente. 
Vechiato (2010) afirma que a própria plataforma oferece a organização da 
informação depositada desta maneira. Ressalta ainda que é interessante que 
estejam arquitetadas em ordem alfabética em uma estrutura hierárquica, 
característica padrão do DSpace, para que o usuário localize com rapidez o que 
busca. 
A correlação pedagógica é pressuposto tido como meta no PDI, tendo sua 
aplicação efetivada gradativamente no decorrer da vigência deste planejamento. 
Para isto, é necessário integrar as modalidades de ensino por meio de ações, onde 
se enquadra a arquitetura do RI, tornando acessível e articulado o conhecimento 
gerado institucionalmente. 
38 
 
4.4 Promoção da acessibilidade 
 Seguindo a abordagem humanística e democrática proposta pelo PDI, onde 
os indivíduos são respeitados por suas singularidades, o IFAM busca efetivar a 
inserção social destes por meio de suas políticas de ensino, pesquisa e extensão, a 
fim de preconizar os pressupostos da educação inclusiva. 
 Desta forma, percebe-se que diferentes abordagens são necessárias para 
atender à diversidade de necessidades inerente à espécie humana, de forma a 
promover o acesso à aprendizagem e ao desenvolvimento de todos. 
 O RI deve ser uma ferramenta integrante de todos os níveis de ensino 
ofertados, garantindo acessibilidade a toda a comunidade. Vidotti (2009)afirma que 
tal acessibilidade digital busca tornar um produto ou serviço acessível a uma grande 
quantidade de usuários, independente de suas características ou sua 
condiçãoorgânica, por esta razão a composição da arquitetura deve levar em 
consideração diversas variáveis. 
 A arquitetura do RI deve ser focada nos usuários, otimizando a navegação 
para que suas necessidades informacionais sejam supridas. A norma ISO 9241-11 
(1998, p. 3) define a usabilidade digital como “[...] a capacidade de um produto ser 
usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, 
eficiência e satisfação em um contexto específico de uso” e, pautada neste conceito, 
a interação entre usuário e sistema pode ser facilitada por meio de softwares 
assistivos, já que busca-se o acesso igualitário aos serviços oferecidos. 
 Os autores Nielsen e Loranger (2007, p.xvi) também afirmam a importância 
do usuário nesta interação. A usabilidade está relacionada à facilidade com a qual 
se utiliza um produto ou serviço, à rapidez com que os usuários aprendem a navegar 
no sistema e consequentemente à redução do índice de erros ao consultar o RI. 
Albuquerque (2013) afirma que o RI pode oferecer serviços como: suporte 
para a definição de coleções e fluxos de depósitos de comunidades específicas; 
serviços de consulta e suporte ao preenchimento de metadados, incluindo a 
indexação; suporte via chat, correio eletrônico ou telefone; tira-dúvidas sobre direitos 
autorais além de recomendar o treinamento de usuários. 
A avaliação das necessidades da comunidade é umponto forte na elaboração 
da arquitetura deum repositório, pois voltar-se para a compreensão do modo como 
os seus usuários se comportam mediante a busca, o uso e a comunicação da 
39 
 
informação que é produzida pressupõe que a organização do sistema esteja voltada 
para aqueles que de fato o manuseiam. 
Conforme Quadro 3, pode-se perceber que a qualidade da interação entre o 
usuário com algum tipo de deficiência e o ambiente informacional está relacionadaàs ferramentas de acessibilidade oferecidas pela arquitetura do RI, pois sem estas a 
navegação torna-se dificultosa e o usuário dependente de um ajudador para realizar 
suas buscas. 
 
Quadro 3 – Tecnologias assistivas na arquitetura do repositório 
FONTE: Vechiato, 2010 
É importante reconhecer que a utilização de ferramentas como as citadas no 
Quadro 3 são fundamentais para o alcance igualitário da comunidade à pesquisa, 
como sugere o PDI. 
40 
 
Grande parte dos softwares disponíveis para as finalidades citadas é gratuito, 
o que favorece e desburocratiza o processo de implantação. Não necessitam de 
computadores com configurações muito avançadas para estarem em funcionamento 
e, de fato, favorecem o acesso de todos. 
Deve-se considerar que o ambiente informacional online estará disponível 
mundialmente por meio da Internet e, portanto, as dificuldades de acesso também 
poderão estar relacionadas a outros fatores, tais como os equipamentos utilizados 
pelo usuários e falta de familiaridade com o sistema. 
Com o intuito de ampliar a utilização das tecnologias da informação em seu 
âmbito, o instituto tem como metas uma série de subsídios para a implantação do RI 
e seu adequado funcionamento, conforme quadro 4. 
 
Quadro 4 – Uso das tecnologias da informação 
FONTE: IFAM. PDI, 2014 
Conforme expõe o Quadro 4 é de interesse institucional a criação de um RI 
organizado e hierarquizado. Nota-se que há a necessidade de ordenar a produção 
documental administrativa separadamente da acadêmica (item 3.4.5 do quadro) e, 
41 
 
no que tange este aspecto, uma comunidade destinada a abrigar estes documentos 
deverá ser instituída no RI. 
 A oferta de rede wirelessfacilitará o acesso à ferramenta, enquanto as visitas 
in loco deverão averiguar equipamentos necessários para a manutenção do 
repositório no ar. 
 Por isso, a automatização destes processos por meio do RI favorecerá não 
somente a preservação a longo prazo da produção orgânica, mas também 
melhorará o gerenciamento da instituição. 
4.5 Uma arquitetura de informação para o IFAM 
 Tomando por base os elementos analisados, o RI do IFAM deve pautar-se 
na correlação entre todos os seus níveis e modalidades educacionais, atentando 
para o objetivo e missão institucionais. 
 A arquitetura proposta é composta por fatores que abrangem a possibilidade 
de utilizar outros idiomas na busca, mapa do site, recursos para busca simples e 
avançada, criação de perfis de interesse, recursos tecnológicos inclusivos e 
organização hierárquica das comunidades, subcomunidades e coleções. 
 A estrutura hierárquica sugerida estabelece como comunidades os grupos 
maiores dentro da Instituição, a saber: 
a) graduação; 
b) EaD; 
c) pós-graduação; 
d) administrativo; 
e) nível médio; 
f) PET/PIBID/PRODOCÊNCIA e, 
g) educação indígena. 
Desta forma, documentos gerados por determinada comunidade estarão 
expostos e relacionados ao nível ou modalidade de formação onde foi gerado. 
Muitos repositórios que utilizam o DSpace organizam-se em comunidades e 
coleções, seguindo uma estrutura hierárquica como a proposta nesta pesquisa. 
 Conforme a Figura 1, o RI deverá se subdividir de modo que as 
comunidades dêem origem a subcomunidades, povoadas por coleções de 
documentos a elas relacionados. 
 
Figura 1 – Comunidades de Pós
 Conforme exposto, c
publicações. Programas de Iniciação Científica e à Docência, por exemplo, terão 
suas produções diretamente relacionadas a quem as gerou. A comunidade de Pós
graduação deverá organizar os documentos digitais depositados de modo que os 
programas de mestrado e doutorado ofertados estejam em subcomunidades 
diferentes e estas abrigarão as coleções de acordo com suas tipologias, tais como:
a) relatórios finais de estágio;
b) relatórios finais de projetos;
c) trabalhos de conclusão de curso de graduaç
d) trabalhos de conclusão de curso de nível técnico;
e) trabalhos apresentados em eventos;
f) teses; 
g) dissertações;
h) livros ou capítulos de livros;
i) trabalhos defendidos em eventos;
j) memorandos;
k) ofícios, entre outros.
Comunidades de Pós-Graduação e Programas de Extensão 
Conforme exposto, cada subcomunidade será povoada por suas respectivas 
. Programas de Iniciação Científica e à Docência, por exemplo, terão 
suas produções diretamente relacionadas a quem as gerou. A comunidade de Pós
graduação deverá organizar os documentos digitais depositados de modo que os 
programas de mestrado e doutorado ofertados estejam em subcomunidades 
abrigarão as coleções de acordo com suas tipologias, tais como:
relatórios finais de estágio; 
relatórios finais de projetos; 
trabalhos de conclusão de curso de graduação; 
trabalhos de conclusão de curso de nível técnico; 
trabalhos apresentados em eventos; 
dissertações; 
livros ou capítulos de livros; 
trabalhos defendidos em eventos; 
memorandos; 
ofícios, entre outros. 
42 
 
 
por suas respectivas 
. Programas de Iniciação Científica e à Docência, por exemplo, terão 
suas produções diretamente relacionadas a quem as gerou. A comunidade de Pós-
graduação deverá organizar os documentos digitais depositados de modo que os 
programas de mestrado e doutorado ofertados estejam em subcomunidades 
abrigarão as coleções de acordo com suas tipologias, tais como: 
 
As categorias definidas nas coleções têm o intu
daqueles que estejam em busca de um determinado tipo de material, pois t
cursos e programas geram uma produção acadêmica, quando previstos nos Planos 
de Cursos ou Projetos Pedagógicos de Curso, atividades complementares 
relacionadas a laboratórios de ensino ou visitas técnicas, quando for o caso.
Como mostra a Figura 2, materiais didáticos utilizados no decorrer da 
ministração dos cursos deverão compor as coleções, de modo a manter disponíveis 
os materiais de apoio e subsídio ao estudo a toda a comunidade.
Figura 2 – Comunidades de Educação Indígena, Graduação e EaD
 Além de depositar uma cópia impressa de seu trabalho na biblioteca, o 
discente deverá inserir uma versão
ou da entrega de uma versão 
 Com base no Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o 
IFAM deve buscar promover uma política de educação à distância e, neste sentido, 
a implantação de um sistema 
composto pelo RI e ações que acompanhem o processo interativo possibilitará 
formação inicial e continuada aos discentes e docentes, atingindo várias outras 
regiões do Estado. 
As categorias definidas nas coleções têm o intuito de facilitar a pesquisa 
daqueles que estejam em busca de um determinado tipo de material, pois t
cursos e programas geram uma produção acadêmica, quando previstos nos Planos 
de Cursos ou Projetos Pedagógicos de Curso, atividades complementares 
elacionadas a laboratórios de ensino ou visitas técnicas, quando for o caso.
Como mostra a Figura 2, materiais didáticos utilizados no decorrer da 
ministração dos cursos deverão compor as coleções, de modo a manter disponíveis 
subsídio ao estudo a toda a comunidade.
Comunidades de Educação Indígena, Graduação e EaD 
Além de depositar uma cópia impressa de seu trabalho na biblioteca, o 
discente deverá inserir uma versão digital no repositório, por meio do
versão digital para que a biblioteca deposite.
Com base no Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o 
promover uma política de educação à distância e, neste sentido, 
um sistema integrado e harmonioso em nível institucional, 
composto pelo RI e ações que acompanhem o processo interativo possibilitará 
formação inicial e continuada aos discentes e docentes, atingindo várias outras 
43 
ito de facilitar a pesquisa 
daqueles que estejam em busca de um determinado tipo de material, pois todos os 
cursos e programas geram uma produção acadêmica, quando previstos nos Planos 
de Cursos ou Projetos Pedagógicos de Curso, atividades complementares 
elacionadas a laboratórios de ensino ou visitas técnicas, quando for o caso. 
Como

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