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UNIDADE DE
APRENDIZAGEM
FATORES CONDICIONANTES E 
AMBIENTAIS PARA ELABORAÇÃO DE 
UM PROJETO ARQUITETÔNICO
PROJETO 
ARQUITETÔNICO 5
Sumário
• Para Início de Conversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
• Objetivo de Aprendizagem do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
• 1 . Noções de Conforto Térmico e Ambiental . . . . . . . . . . . . . 4
• 2 . Arquitetura Sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
• 3 . Acessibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
• Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
• Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3
Para Início de Conversa
Para a criação de um projeto arquitetônico eficaz, é 
imprescindível considerar diversos fatores condicionantes 
e ambientais que influenciam tanto a estética quanto a 
funcionalidade do espaço. A integração das noções de conforto 
térmico e ambiental é fundamental para assegurar que os 
ambientes internos mantenham temperaturas agradáveis 
e qualidade do ar adequada, promovendo a saúde e o 
bem-estar dos ocupantes. A arquitetura sustentável surge 
como uma resposta à necessidade de reduzir a pegada 
ecológica, incorporando práticas como a reutilização de 
materiais, a eficiência energética e o uso de fontes renováveis. 
A acessibilidade, por sua vez, garante que os espaços 
sejam inclusivos, permitindo que pessoas com diferentes 
capacidades físicas e necessidades especiais possam utilizá-los 
com independência e segurança. Esses princípios combinados 
formam a base para projetos arquitetônicos contemporâneos 
que não apenas atendem às exigências estéticas, mas também 
contribuem para um futuro mais sustentável e inclusivo. 
Além disso, a análise do contexto local, incluindo o clima e a 
topografia, e a interação com o entorno imediato são aspectos 
cruciais que determinam a viabilidade e o sucesso do projeto.
Objetivo de Aprendizagem 
do Capítulo
Entender os fatores condicionantes para a elaboração 
de um projeto arquitetônico, englobando noções de conforto 
térmico e ambiental, arquitetura sustentável e acessibilidade.
4
1. NOÇÕES DE CONFORTO 
TÉRMICO E AMBIENTAL
Conforto térmico refere-se à condição em que os 
indivíduos se sentem satisfeitos com o ambiente térmico. Esta 
sensação é subjetiva e pode variar de pessoa para pessoa, mas 
geralmente está associada a fatores como temperatura do ar, 
umidade relativa, velocidade do vento e temperatura radiante 
média. Um projeto arquitetônico que leva em conta o conforto 
térmico busca criar ambientes internos agradáveis e eficientes 
do ponto de vista energético, proporcionando bem-estar aos 
ocupantes.
Vários fatores influenciam o conforto térmico em um 
ambiente construído. A temperatura do ar é um dos mais 
evidentes, mas a umidade relativa também desempenha um 
papel crucial, já que níveis muito altos ou baixos podem causar 
desconforto. A velocidade do vento, tanto interna quanto 
externamente, pode ajudar a dissipar o calor ou a trazer uma 
sensação de frescor. Além disso, a temperatura radiante média, 
que é a média das temperaturas de todas as superfícies que 
cercam uma pessoa, também afeta significativamente o 
conforto térmico.
A escolha dos materiais de construção tem um impacto 
direto no conforto térmico. Materiais com alta capacidade de 
isolamento térmico, como lã de vidro, poliestireno expandido 
e concreto celular, ajudam a manter a temperatura interna 
estável, reduzindo a necessidade de aquecimento ou 
resfriamento artificial. A utilização de vidros duplos ou triplos 
em janelas também contribui para minimizar as perdas de 
calor no inverno e a entrada de calor no verão.
A ventilação adequada é essencial para manter a 
qualidade do ar e o conforto térmico. Estratégias de ventilação 
natural, como a criação de aberturas cruzadas para permitir 
a circulação do ar, podem ser altamente eficazes. Em climas 
quentes, o uso de brises e pérgulas pode ajudar a controlar 
a entrada de luz solar direta, reduzindo a carga térmica. 
Em climas frios, a vedação correta de portas e janelas é 
fundamental para evitar a perda de calor.
O conforto ambiental vai além do conforto térmico, 
abrangendo também a qualidade do ar, a iluminação natural 
e a acústica. A sustentabilidade entra em cena ao considerar 
o impacto ambiental dos materiais e técnicas utilizadas no 
projeto. Projetos que incorporam soluções sustentáveis, 
como o uso de fontes de energia renovável (painéis solares, 
por exemplo) e sistemas de reaproveitamento de água, 
contribuem para a criação de ambientes mais confortáveis e 
ecologicamente responsáveis.
5
CURIOSIDADE!
Uma curiosidade interessante sobre as casas passivas é 
que elas seguem um padrão de construção rigoroso conhecido 
como Passivhaus, originado na Alemanha. Para obter a 
certificação Passivhaus, um edifício deve atender a critérios 
estritos de eficiência energética, incluindo limites máximos 
de consumo de energia para aquecimento e resfriamento. 
Esse padrão tem se espalhado globalmente, adaptando-se 
a diferentes climas e demonstrando que é possível construir 
edifícios com um consumo de energia quase nulo, mantendo 
um alto nível de conforto térmico.
Um dos principais desafios na implementação do 
conforto térmico é a variabilidade das condições climáticas. 
Projetos em regiões com climas extremos (muito quentes ou 
muito frios) exigem soluções mais complexas e geralmente 
mais caras. Além disso, a percepção de conforto térmico pode 
variar entre os ocupantes, tornando difícil atender a todas as 
preferências individuais. Outro desafio é o custo inicial mais 
elevado de materiais e tecnologias eficientes em termos 
de energia, embora esses custos sejam frequentemente 
compensados por economias de longo prazo.
As casas passivas são um excelente exemplo de como 
o conforto térmico pode ser alcançado através do design 
inteligente. Esses edifícios são projetados para manter uma 
temperatura interna confortável durante todo o ano, utilizando 
uma combinação de isolamento eficiente, vedação hermética, 
ventilação controlada e ganho solar passivo. Ao reduzir 
drasticamente a necessidade de aquecimento e resfriamento 
artificial, as casas passivas não só melhoram o conforto 
térmico, mas também reduzem significativamente o consumo 
de energia.
 
VENTILAÇÃO NATURAL EM UM CORTE DE UMA CASA
FONTE: ROSA, 2024
6
A orientação solar é um aspecto crítico no 
desenvolvimento de um projeto arquitetônico voltado para o 
conforto térmico. Edifícios bem orientados podem maximizar 
o ganho solar no inverno e minimizar o ganho de calor no 
verão. Em regiões frias, janelas grandes voltadas para o sul 
podem capturar mais luz solar, enquanto em regiões quentes, 
a orientação e o sombreamento adequados podem ajudar a 
manter os interiores frescos.
IMPORTANTE! 
A orientação solar é crucial em projetos arquitetônicos 
porque influencia diretamente o ganho térmico dos edifícios 
ao longo do ano. Edifícios bem orientados aproveitam a 
luz solar no inverno para aquecimento passivo, reduzindo 
a necessidade de aquecimento artificial, e minimizam a 
exposição solar direta no verão, diminuindo a necessidade 
de resfriamento. Esta abordagem não só melhora o conforto 
térmico dos ocupantes, mas também contribui para a 
eficiência energética, resultando em menor consumo de 
energia e custos operacionais reduzidos.
O conforto térmico também deve ser considerado em 
espaços públicos, como praças, parques e áreas de lazer. 
Nestes ambientes, a vegetação desempenha um papel 
crucial, proporcionando sombra e ajudando areduzir a 
temperatura ambiente. Fontes de água, como fontes e lagos 
artificiais, também podem melhorar o microclima, criando 
uma sensação de frescor. Bancos e áreas de descanso devem 
ser estrategicamente posicionados para aproveitar a sombra 
natural e a brisa.
A integração de tecnologias inteligentes pode 
melhorar significativamente o conforto térmico em projetos 
arquitetônicos. Sistemas de automação predial permitem 
o controle preciso da temperatura, umidade e ventilação, 
ajustando-se automaticamente às condições ambientais e 
às preferências dos ocupantes. Sensores de presença, por 
exemplo, podem ajustar o clima interno de acordo com a 
ocupação dos espaços, garantindo eficiência energética e 
conforto constante.
Ao considerar todas essas noções de conforto térmico 
e ambiental, um projeto arquitetônico pode não apenas 
melhorar a qualidade de vida dos usuários, mas também 
promover práticas sustentáveis e eficientes, alinhando-se com 
as necessidades contemporâneas de preservação ambiental e 
bem-estar humano.
7
solares, coleta de água da chuva e sistemas de iluminação LED 
inteligentes que se ajustam automaticamente à luz natural. 
Outro exemplo é o Centro Bullitt em Seattle, que é um edifício 
de seis andares projetado para ser totalmente autossuficiente 
em termos de energia, utilizando um grande telhado solar, 
compostagem de resíduos e tratamento de águas cinzas.
 
CURIOSIDADE!
O Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) 
é uma das certificações mais reconhecidas mundialmente 
para edifícios sustentáveis. Uma curiosidade é que o primeiro 
edifício a receber a certificação LEED foi o Philip Merrill 
Environmental Center, sede da Chesapeake Bay Foundation 
em Maryland, EUA, em 2001. Este edifício foi pioneiro no uso 
de tecnologias e práticas sustentáveis, incluindo o uso de 
energia solar, coleta de água da chuva e materiais reciclados, 
estabelecendo um padrão para futuros projetos sustentáveis 
em todo o mundo.
2. ARQUITETURA 
SUSTENTÁVEL
A arquitetura sustentável é uma abordagem de design 
que busca minimizar o impacto ambiental negativo dos 
edifícios, utilizando técnicas e materiais que promovem a 
eficiência energética, a conservação dos recursos naturais 
e a saúde dos ocupantes. Este conceito vai além da simples 
construção de edifícios ecológicos; ele abrange o ciclo de vida 
completo dos materiais e a integração harmônica do edifício 
com o seu entorno natural.
Os princípios básicos da arquitetura sustentável incluem 
a eficiência energética, o uso de materiais sustentáveis, a 
gestão eficiente da água, a qualidade ambiental interna e 
a harmonia com o local. A eficiência energética pode ser 
alcançada através do isolamento térmico adequado, uso 
de energia solar e ventilação natural. O uso de materiais 
sustentáveis envolve a escolha de produtos que são renováveis, 
recicláveis e com baixa pegada de carbono. A gestão da 
água inclui sistemas de coleta de água da chuva e o uso de 
tecnologias de baixo consumo de água.
Um exemplo emblemático de arquitetura sustentável 
é o edifício “The Edge” em Amsterdã, considerado um dos 
edifícios mais sustentáveis do mundo. Ele utiliza painéis 
FONTE: ENVATO ELEMENTS
8
A gestão eficiente da água é um aspecto crítico da 
arquitetura sustentável. Sistemas de coleta de água da chuva e 
tratamento de águas cinzas podem reduzir significativamente 
o consumo de água potável. Além disso, o uso de dispositivos 
de baixo fluxo, como torneiras e chuveiros, ajuda a conservar 
água. Edifícios sustentáveis também podem incluir sistemas 
de irrigação eficientes e paisagismo com plantas nativas que 
requerem menos água.
O uso de energia renovável, como solar e eólica, é uma 
característica central da arquitetura sustentável. Painéis 
solares fotovoltaicos e sistemas de aquecimento solar de 
água são comumente utilizados para reduzir a dependência 
de combustíveis fósseis. Além disso, a eficiência energética é 
promovida através de design passivo, isolamento adequado, 
janelas de alta performance e iluminação eficiente.
A qualidade ambiental interna é um fator importante 
na arquitetura sustentável, focando na saúde e no bem-
estar dos ocupantes. Isso inclui a ventilação adequada para 
garantir a qualidade do ar, o uso de materiais não tóxicos e 
a maximização da luz natural para reduzir a necessidade de 
iluminação artificial. Plantas internas também podem ser 
incorporadas para melhorar a qualidade do ar e criar um 
ambiente mais agradável.
Os materiais utilizados na construção sustentável são 
selecionados com base em sua durabilidade, reciclabilidade 
e impacto ambiental reduzido. Madeira certificada, bambu, 
blocos de terra comprimida e concreto reciclado são alguns 
exemplos de materiais sustentáveis. Além disso, a utilização 
de produtos de construção locais reduz a pegada de carbono 
associada ao transporte de materiais.
Um dos principais desafios na implementação da 
arquitetura sustentável é o custo inicial mais elevado. 
Tecnologias avançadas, como painéis solares e sistemas de 
reciclagem de água, podem ser caras. Além disso, a falta de 
conhecimento e experiência em construção sustentável entre 
arquitetos e construtores pode dificultar a adoção de práticas 
ecológicas. Outro desafio é a resistência cultural às mudanças 
e a preferência por métodos de construção tradicionais.
RESERVATÓRIO DE ÁGUA DE REUSO
FONTE: FUSATI, 2024
9
IMPORTANTE!
A implementação de práticas de arquitetura sustentável, 
como o uso de energia renovável e materiais de alta eficiência, 
é crucial não apenas para a redução do impacto ambiental, 
mas também para a diminuição dos custos operacionais 
a longo prazo. Edifícios sustentáveis tendem a consumir 
menos energia, o que resulta em contas de energia mais 
baixas e menores custos de manutenção. Esta eficiência não 
só beneficia os proprietários e ocupantes dos edifícios, mas 
também contribui significativamente para a mitigação das 
mudanças climáticas ao reduzir as emissões de gases de efeito 
estufa.
A integração com o ambiente natural é essencial para a 
arquitetura sustentável. Isso pode incluir o uso de paisagismo 
nativo, que requer menos água e manutenção, e a criação 
de habitats para a fauna local. Edifícios sustentáveis são 
frequentemente projetados para se fundir com o entorno 
natural, minimizando o impacto visual e ambiental.
Uma consideração importante na arquitetura sustentável 
é o ciclo de vida dos materiais. Isso envolve a avaliação de 
todos os impactos ambientais associados aos materiais, desde 
a extração até o descarte. Materiais que podem ser reciclados 
ou reutilizados ao final de sua vida útil são preferíveis. Além 
disso, a escolha de materiais de baixa emissão de carbono e 
a incorporação de práticas de construção circular ajudam a 
minimizar o impacto ambiental ao longo do tempo.
A arquitetura sustentável é um campo em evolução que 
exige uma abordagem holística e inovadora para enfrentar os 
desafios ambientais contemporâneos. Ao focar na eficiência, 
na saúde dos ocupantes e na integração com o ambiente 
natural, projetos sustentáveis podem não só reduzir o impacto 
ambiental, mas também proporcionar benefícios econômicos 
e sociais a longo prazo.
 
10
de controle acessíveis e em braille. A localização estratégica 
desses elementos é crucial para facilitar a movimentação entre 
os diferentes níveis do edifício.
Os banheiros acessíveis são projetados para permitir 
que pessoas com deficiências utilizem as instalações de 
forma independente e segura. Eles devem incluir barras de 
apoio, espaço adequado para manobras de cadeiras de rodas, 
sanitários elevados e pias acessíveis. Além disso, é importante 
que os banheiros acessíveis estejam distribuídos de maneira 
estratégica em todo o edifício, garantindo fácil acesso a todos 
os usuários.
3. ACESSIBILIDADE
Acessibilidade no projeto arquitetônico refere-se à criaçãode ambientes que podem ser utilizados por todas as pessoas, 
independentemente de suas capacidades físicas, sensoriais 
ou cognitivas. A abordagem inclusiva na arquitetura visa 
garantir que todos, incluindo pessoas com deficiências, idosos 
e crianças, tenham acesso seguro e fácil aos edifícios e espaços 
públicos. A acessibilidade não é apenas uma questão de 
conformidade legal, mas também de justiça social e qualidade 
de vida.
A implementação de acessibilidade em projetos 
arquitetônicos é regida por normas e regulamentações 
específicas. No Brasil, a ABNT NBR 9050 estabelece os critérios 
técnicos para a construção de edificações acessíveis, incluindo 
dimensões mínimas para rampas, corredores, portas e 
banheiros acessíveis. Essas normas garantem que os espaços 
sejam projetados com medidas padronizadas, facilitando a 
mobilidade e o uso por pessoas com diferentes necessidades.
Rampas e elevadores são elementos essenciais em 
edifícios acessíveis. Rampas devem ter uma inclinação 
adequada, corrimãos e superfícies antiderrapantes para 
garantir segurança e facilidade de uso. Elevadores devem 
ser amplos o suficiente para acomodar cadeiras de rodas e 
outros dispositivos de mobilidade, além de possuir painéis 
FONTE: SBARRA, 2024
RESIDÊNCIA COM OS RAIO DE GIRAÇÃO DE UMA CADEIRA DE RODAS
11
Os custos adicionais de construção e a necessidade de 
conhecimento especializado podem ser barreiras para muitos 
projetos. Além disso, a falta de conscientização e treinamento 
entre arquitetos e construtores pode resultar em soluções 
inadequadas ou mal executadas.
Exemplos de boas práticas em acessibilidade incluem 
o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, que foi projetado 
com acessibilidade integral, incluindo rampas, elevadores, 
sinalização tátil e banheiros acessíveis. Outro exemplo é o 
Centro Cultural São Paulo, que possui um dos mais completos 
projetos de acessibilidade, permitindo que pessoas com 
diversas deficiências possam participar plenamente das 
atividades culturais oferecidas.
 
CURIOSIDADE!
As normas de acessibilidade, como a ABNT NBR 9050 no 
Brasil, estão em constante evolução para incluir conceitos de 
design universal. Este conceito, desenvolvido pelo arquiteto 
Ronald Mace nos anos 1980, visa criar produtos e ambientes 
utilizáveis por todas as pessoas, independentemente de idade, 
capacidade ou status. O design universal não se limita a tornar 
os espaços acessíveis apenas para pessoas com deficiência, 
mas procura beneficiar todos os usuários, criando soluções 
mais eficientes e inclusivas.
A sinalização tátil e visual é fundamental para orientar 
pessoas com deficiência visual ou auditiva. Pisos táteis, por 
exemplo, ajudam pessoas com deficiência visual a navegar 
pelos espaços, enquanto sinais visuais claros e iluminados 
assistem aqueles com deficiência auditiva. A sinalização em 
braille e o uso de contrastes de cores também são importantes 
para aumentar a legibilidade e a compreensão dos espaços.
A largura dos corredores, portas e outros espaços de 
circulação deve ser suficiente para permitir a passagem 
de cadeiras de rodas e outros dispositivos de mobilidade. É 
essencial evitar obstáculos e garantir que os caminhos sejam 
amplos e desobstruídos. Além disso, os móveis e a disposição 
dos objetos devem ser planejados para não criar barreiras 
adicionais, permitindo uma circulação livre e segura.
Áreas de uso comum, como salas de espera, auditórios 
e áreas de lazer, devem ser projetadas para serem acessíveis 
a todos os usuários. Isso inclui a disponibilidade de assentos 
reservados para pessoas com deficiência, acesso fácil a 
entradas e saídas, e a inclusão de tecnologias assistivas, como 
sistemas de audição assistida em auditórios. A disposição 
desses espaços deve considerar a inclusão e a participação 
ativa de todas as pessoas.
A implementação de acessibilidade pode encontrar 
diversas dificuldades, como a adaptação de edifícios antigos 
que não foram projetados com acessibilidade em mente. 
12
Durante o desenvolvimento do projeto, é essencial 
envolver especialistas em acessibilidade e considerar a 
experiência dos usuários finais. A realização de auditorias de 
acessibilidade e a consulta a organizações de pessoas com 
deficiência podem fornecer insights valiosos e garantir que 
o projeto atenda às necessidades de todos. A atenção aos 
detalhes, desde a escolha dos materiais até a disposição dos 
espaços, é crucial para criar ambientes verdadeiramente 
inclusivos e acessíveis.
Ao priorizar a acessibilidade, os projetos arquitetônicos 
não só cumprem as exigências legais, mas também promovem 
a inclusão social, permitindo que todas as pessoas usufruam 
dos espaços de maneira igualitária. Isso resulta em ambientes 
mais justos, funcionais e acolhedores para toda a comunidade.
 
IMPORTANTE!
A implementação de sinalização tátil e tecnologias 
assistivas não apenas melhora a acessibilidade física, mas 
também tem um impacto significativo na inclusão social. 
Essas medidas permitem que pessoas com deficiência visual 
naveguem de forma mais independente e participem mais 
plenamente da vida urbana e social. Além disso, o uso de 
tecnologias avançadas, como aplicativos móveis de navegação 
interna, amplia ainda mais as oportunidades de inclusão digital 
e interação social para pessoas com deficiência.
FONTE: ENVATO ELEMENTS
13
não apenas para a conformidade legal, mas para a construção 
de comunidades mais justas e acessíveis. É essencial que 
arquitetos e urbanistas considerem esses aspectos desde as 
fases iniciais do projeto, incorporando princípios de design 
universal e consultando usuários finais para garantir que os 
espaços atendam verdadeiramente às necessidades de todos 
os cidadãos.
Considerações Finais
Ao abordar os temas de noções de conforto térmico 
e ambiental, arquitetura sustentável e acessibilidade no 
projeto arquitetônico, fica claro que esses elementos não são 
apenas aspectos isolados, mas interligados e essenciais para o 
design contemporâneo. O conforto térmico e ambiental não 
se resume apenas a proporcionar temperaturas agradáveis; 
envolve a integração de estratégias passivas de design, como 
orientação solar, ventilação natural e materiais adequados, 
para criar ambientes que promovam o bem-estar dos 
ocupantes e minimizem o consumo de energia.
A arquitetura sustentável, por sua vez, emerge como uma 
resposta crucial aos desafios ambientais globais, buscando 
reduzir o impacto ecológico dos edifícios ao longo de seu 
ciclo de vida. A adoção de tecnologias renováveis, materiais 
sustentáveis e práticas de construção eficiente não apenas 
beneficia o meio ambiente, mas também oferece vantagens 
econômicas e sociais, como a melhoria da qualidade de vida e 
a valorização dos imóveis.
Por fim, a acessibilidade no projeto arquitetônico assume 
um papel fundamental na promoção da igualdade e inclusão 
social. A implementação de normas rigorosas e soluções 
criativas para tornar os espaços acessíveis a todas as pessoas, 
independentemente de suas capacidades físicas, contribui 
14
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6492: 
Representação de projetos de arquitetura, Rio de Janeiro, 2021.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050: 
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos, Rio de Janeiro, 2020.
EASTMAN, C; SAKS, R; TEICHOLZ, P; GHANG, L. Manual de 
BIM: Um Guia da Informação da Construção para Arquitetos, 
Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores. 
Bookman, 2021.
GONÇALVES, J. C. S; BODE, K. Edifício Ambiental. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2015. E-book. Disponível em: https://
plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/38861/
KOWALTOWSKI, D. C. C. K.; MOREIRA, D. C.; PETRECHE, J. R. D. 
et al. O Processo de
Projeto em Arquitetura. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 
E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/
Leitor/Publicacao/38867/MONTENEGRO, G. O traço dá ideia bases para o projeto 
arquitetônico. São Paulo:Blucher, 2018. E-book. Disponível em: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/158952/

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