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1 INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO HUMANO TÉCNICO EM ENFERMAGEM MICHELLY LORRAYNE MORAES DUARTE DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES NO BRASIL CUIABÁ – MT 2024 2 MICHELLY LORRAYNE MORAES DUARTE DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES NO BRASIL Trabalho de produção textual apresentado ao Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Humano, como requisito parcial para a aprovação da matéria Saúde Coletiva em Técnico em enfermagem Orientador: Prof. José Mário de Araújo Silva Peixoto CUIABÁ – MT 2024 3 SUMÁRIO 1. DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 4 O que são doenças emergentes e reemergentes e como são causadas? 4 Principais causas das doenças emergentes e reemergentes .................... 4 Como enfrentar essas doenças? .................................................................. 6 A importância da biossegurança no combate às doenças emergentes e reemergentes ............................................................................................................. 7 2. CONCLUSÃO.......................................................................................... 8 4 1. DESENVOLVIMENTO O QUE SÃO DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES E COMO SÃO CAUSADAS? Doenças emergentes são aquelas que surgiram recentemente ou que têm apresentado um aumento significativo de casos em uma área geográfica específica. Elas podem ser causadas por novos agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos ou parasitas) ou por variantes de patógenos conhecidos que sofreram mutações. Exemplos notáveis incluem o coronavírus SARS-CoV-2 (causador da COVID-19), o Zika vírus e o vírus Ebola. Essas doenças emergem devido a mudanças ambientais, sociais e biológicas, muitas vezes facilitadas pela globalização, desmatamento e mudanças no uso da terra. Doenças reemergentes são aquelas que já existiam e que estavam controladas ou em declínio, mas voltaram a se tornar uma ameaça significativa para a saúde pública. Entre elas estão a tuberculose, o sarampo e a dengue. O ressurgimento dessas doenças é frequentemente associado a falhas no controle de vacinas, resistência a medicamentos e deterioração das condições sanitárias e de saúde em determinadas regiões. PRINCIPAIS CAUSAS DAS DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES As principais causas das doenças emergentes e reemergentes estão relacionadas a uma combinação de fatores ecológicos, sociais e biológicos. Entre as mais importantes estão: Mudanças ambientais e ecológicas: O desmatamento, a expansão agrícola e a urbanização descontrolada podem alterar os ecossistemas, colocando seres humanos em contato mais próximo com animais silvestres, que muitas vezes são hospedeiros de agentes 5 patogênicos. Isso facilita o surgimento de zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos), como a gripe aviária e a COVID-19. Mobilidade e globalização: A crescente interconexão global facilita a disseminação de doenças emergentes em diferentes partes do mundo em um curto período de tempo. O movimento de pessoas, mercadorias e animais permite que novos agentes patogênicos se espalhem rapidamente. Mudanças climáticas: O aquecimento global e as alterações no clima contribuem para a expansão de vetores de doenças, como mosquitos que transmitem a malária e a dengue, para novas regiões onde antes essas doenças não existiam. Resistência antimicrobiana: O uso inadequado ou excessivo de antibióticos e antivirais resulta na evolução de bactérias e vírus que se tornam resistentes aos tratamentos, tornando mais difícil o controle de doenças reemergentes como a tuberculose multirresistente. Falhas no sistema de vacinação: A redução nas taxas de vacinação, seja por negligência, acesso limitado ou movimentos antivacinação, tem contribuído para o retorno de doenças que já haviam sido praticamente eliminadas, como o sarampo e a poliomielite. Fatores socioeconômicos: Pobreza, desigualdade social, falta de saneamento básico e de acesso a serviços de saúde contribuem significativamente para o surgimento e a disseminação dessas doenças, particularmente em países em desenvolvimento. 6 COMO ENFRENTAR ESSAS DOENÇAS? Enfrentar as doenças emergentes e reemergentes exige uma abordagem integrada e multidisciplinar, que inclui: Fortalecimento dos sistemas de vigilância: A detecção precoce de surtos de doenças é crucial. Isso envolve o monitoramento contínuo de novos casos de infecção em populações humanas e animais, especialmente em regiões de alto risco. Sistemas de vigilância eficientes permitem uma resposta rápida e coordenada, limitando a disseminação de patógenos. Pesquisa e desenvolvimento de vacinas e tratamentos: O investimento contínuo em pesquisa científica é essencial para desenvolver novas vacinas, medicamentos e terapias. As tecnologias de vacinação, como o uso de vacinas de mRNA para a COVID-19, têm mostrado grande potencial para enfrentar doenças emergentes. Educação em saúde pública: A conscientização da população sobre a importância da vacinação, higiene e prevenção de doenças deve ser uma prioridade. Campanhas educativas podem ajudar a combater a desinformação e aumentar a adesão às práticas de saúde pública. Controle de vetores e saneamento: Medidas de controle de vetores, como o uso de inseticidas e redes mosquiteiras, são fundamentais para combater doenças como a dengue e a malária. Melhorias no 7 saneamento básico e no acesso à água potável também são essenciais para prevenir a propagação de muitas doenças infecciosas. Cooperação internacional: Dado o caráter global das doenças emergentes e reemergentes, a cooperação entre países é fundamental. Isso inclui o compartilhamento de informações, recursos e a coordenação de respostas internacionais para conter surtos. A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NO COMBATE ÀS DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES A biossegurança desempenha um papel fundamental no combate às doenças emergentes e reemergentes, pois envolve um conjunto de medidas e práticas destinadas a prevenir, controlar e mitigar a propagação de agentes infecciosos em ambientes de alto risco, como laboratórios, hospitais e locais de criação de animais. Controle e contenção de agentes patogênicos: Em ambientes como hospitais e laboratórios de pesquisa, a biossegurança assegura que os agentes patogênicos sejam manipulados de forma segura, evitando vazamentos acidentais e contaminação de pessoas ou do meio ambiente. Prevenção de infecções em unidades de saúde: Protocolos de biossegurança, como o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI), higienização das mãos, desinfecção de superfícies e isolamento de pacientes infectados, são essenciais para prevenir surtos em hospitais, especialmente em relação a doenças de fácil disseminação, como as respiratórias. 8 Controle de zoonoses: No contexto das zoonoses, a biossegurança em criações de animais e em locais de produção de alimentos é vital. O manejo adequado de resíduos e o controle de doenças em rebanhos podem evitar a transmissão de patógenos de animais para humanos. Proteção dos profissionais de saúde: A biossegurança garante que os profissionais de saúde estejam protegidos ao lidar com pacientes infectados ou amostras contaminadas, minimizando o risco de contrair e espalhar doenças. Planejamento e resposta a emergências: A implementação de protocolos de biossegurança também envolve o desenvolvimento de planos de contingência para responder rapidamente a surtos, com medidas para contenção e mitigaçãode danos. Isso inclui o uso de barreiras físicas, quarentenas e estratégias de vacinação rápida. A biossegurança é crucial para interromper a cadeia de transmissão de doenças emergentes e reemergentes, protegendo tanto os indivíduos quanto a coletividade, e garantindo um ambiente seguro, seja em laboratórios, hospitais ou comunidades. 2. CONCLUSÃO Concluímos que as doenças emergentes e reemergentes representam um desafio significativo e contínuo para a saúde pública mundial. O surgimento de novas infecções e o ressurgimento de doenças previamente controladas destacam a importância de uma vigilância eficaz, pesquisa científica, educação em saúde e cooperação internacional. Para enfrentar esses desafios, é crucial fortalecer as infraestruturas de saúde, investir em vacinas e tratamentos, e adotar medidas de prevenção, como o controle de vetores e a melhoria das condições sanitárias. A biossegurança desempenha um papel essencial nesse contexto, garantindo que agentes patogênicos sejam controlados de forma segura e prevenindo a 9 disseminação de infecções tanto em ambientes clínicos quanto comunitários. O combate eficaz a essas doenças requer uma abordagem multidisciplinar e coordenada, que envolva governos, profissionais de saúde e a sociedade como um todo, visando proteger vidas e promover um ambiente saudável e seguro para as gerações futuras. 1. DESENVOLVIMENTO O que são doenças emergentes e reemergentes e como são causadas? Principais causas das doenças emergentes e reemergentes Como enfrentar essas doenças? A importância da biossegurança no combate às doenças emergentes e reemergentes 2. CONCLUSÃO