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260 Questões Comentadas de Direito Administrativo e Direito Constitucional - CESPE 
em face da Lei Orgânica do Distrito Federal. Tal entendimento, no entanto, 
há de ser observado, sempre que tal impugnação - deduzida perante a Corte 
Judiciária local - invocar, como parâmetro de controle, princípios inscritos na 
Carta Política local impregnados de predominante coeficiente de federalidade, 
tal como ocorre com os postulados de reprodução necessária constantes da 
própria Constituição da República (RTJ 147/404- RTJ 152/371-373, v.g.). Isso 
significa, portanto, que, em ocorrendo hipótese caracterizadora de "simultaneus 
processus", impor-se-á a paralisação do processo de fiscalização concentrada 
em curso perante o Tribunal de Justiça local, até que esta Suprema Corte jul­
gue a ação direta, que, ajuizada com apoio no art. 102, I, "à: da Constituição 
da República, tenha por objeto o mesmo diploma normativo local (estadual 
ou distrital), embora contestado em face da Carta Federal. Cabe assinalar, 
neste ponto, por relevante, que esse entendimento acha-se consagrado na 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem 
sido reafirmada em sucessivas decisões que proclamam, em situações como a 
destes autos, a necessidade de suspensão prejudicial do processo de fiscalização 
normativa abstrata instaurado perante Tribunal de Justiça local (CF, art. 125, 
§ 2°), se houver, em tramitação simultânea no Supremo, processo de controle 
concentrado em que se questione a constitucionalidade do mesmo diploma 
normativo, também contestado na ação direta ajuizada no âmbito local" (STF. 
ADI 3482, julgada em 2006 e relatada pelo Ministro Celso de Mello). 
Alternativa "a": é possível ajuizar ADPF com vistas a sanar possívellesi­
vidade advinda da não edição do decreto legislativo pelo Congresso Nacional, 
para disciplinar as relações jurídicas constituídas durante a vigência de Medida 
Provisória rejeitada. Não é outro o posicionamento da Suprema Corte, no 
bojo do informativo n.o 429: "O Tribunal deu provimento a agravo regimental 
interposto contra decisão pela qual o Min. Sepúlveda Pertence, relator, negara 
seguimento a arguição de descumprimento de preceito fundamental ajuizada 
pelo Partido da Frente Liberal - PFL contra a Medida Provisória 242/2005, que 
alterou dispositivos da Lei 8.213/91, que dispõe sobre os Planos de Benefícios 
da Previdência Social e dá outras providências. Sustentava o argüente que, 
embora a Medida Provisória em questão tivesse sido rejeitada, as relações 
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência, 
entre 28.3.2005 e 30.6.2005, teriam continuado a ser por ela regidas, uma vez 
que não fora editado, no prazo de sessenta dias, o decreto legislativo a que se 
refere o art. 62, §§ 3o e 11, da CF ('1\.rt. 62 .... § 3° As medidas provisórias, 
ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não 
forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do 
§ 7°, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por 
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes .... § 11. Não editado 
o decreto legislativo a que se refere o § 3° até sessenta dias após a rejeição ou 
Direito Constitucional -Paulo Lépore 261 
perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e 
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela 
regidas:'). Entendeu-se que a ação deveria ser admitida, tendo em conta que, 
nela, estar-se-ia discutindo a adequada interpretação da disposição constante 
do § 11 do art. 62 da CF, ou seja, se ela regularia apenas as relações no período 
de sua vigência ou também situações nas relações prospectivas" (STF. ADPF 84 
AgR, julgada em 2006 e relatada pelo Ministro Sepúlveda Pertence). 
Alternativa "b": nos dizeres da Súmula Vinculante n.o 10, viola a cláusula 
de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribu­
nal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 
Alternativa "d": o "Amicus Curiae" não é admitido exclusivamente em 
controle concentrado de constitucionalidade, uma vez que o STF admite, 
conforme consta do Informativo 742, no julgamento do RE 659424, julgado 
em 2013 e relatado pelo Ministro Celso de Melo, que essa forma de ingresso é 
possível em sede de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida. 
Alternativa "e": tendo o STF declarado, no julgamento de uma ADI, a in­
constitucionalidade de determinada lei federal, não estará o Poder Legislativo 
impedido de editar norma de teor idêntico ao da lei inconstitucional, pois o 
Poder Legislativo não ficará vinculado ao conteúdo da decisão. Diz o artigo 
102, §2°, da CF, que as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supre­
mo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações 
declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito 
vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à adminis­
tração pública direta e indireta (exceto o Poder Legislativo), nas esferas federal, 
estadual e municipal. Além disso, é o entendimento do STF: "A eficácia geral 
e o efeito vinculante de decisão, proferida pelo Supremo Tribunal Federal, em 
ação direta de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal, só atingem os demais órgãos do Poder Judiciário e todos 
os do Poder Executivo, não alcançando o legislador, que pode editar nova lei 
com idêntico conteúdo normativo, sem ofender a autoridade daquela decisão" 
(STF. Rcl2617 AgR, julgada em 2005 e relatada pelo Ministro Cezar Peluso). 
(Cespe- Juiz Substituto da Justiça Militar da União - STM/2013) Com base 
na CF, na jurisprudência do STF e na doutrina, assinale a opção correta acerca do 
controle incidental, concreto e abstrato de constitucionalidade. 
A) São objeto de ADI: atos normativos primários; tratados internacionais, atos 
normativos federais, regimento interno, decreto autônomo; leis ou atos 
normativos anteriores a 9/10/198'8; constituições e leis estaduais, decretos 
(com força de lei) e atos normativos estaduais. 
262 Questões Comentadas de Direito Administrativo e Direito Constitucional- CESPE 
B) Dado o princípio da unidade da CF, norma constitucional originária não 
pode ser objeto de ADI. 
C) Tratando-se de controle concentrado de constitucionalidade de leis ou atos 
normativos, o requerente da ação pode pleitear a desistência do pedido. 
D) Cabe ação rescisória contra acórdão proferido em sede de controle concen­
trado de constitucionalidade. 
E) É vedada, em qualquer hipótese, a cumulação objetiva de arguições de 
inconstitucionalidade de atos normativos emanados de entidades estatais 
diversas. 
' COMENTÁRIOS 
Alternativa correta: "b": o Princípio da Unidade da Constituição pre­
ceitua que a interpretação constitucional deve ser realizada tomando-se as 
normas constitucionais em conjunto, como um sistema unitário de princípios 
e regras, de modo a se evitarem contradições (antinomias aparentes) entre 
elas. Desse modo, tendo em vista que não há essa contradição entre normas 
originárias, não há inconstitucionalidade de norma constante do texto ori­
ginal da Carta Magna promulgado em 5/10/1988- eventual antinomia será 
apenas aparente. O mesmo não ocorre com as emendas constitucionais, que 
podem ser objeto de controle de constitucionalidade, ou em outras palavras: 
admite-se a existência de normas constitucionais inconstitucionais, exceto 
aquelas originárias. 
Alternativa "a": são objeto de ADI: atos normativos primários; tratados 
internacionais, atos normativos federais, regimento interno, decreto autônomo; 
constituições e leis estaduais, decretos (com força de lei) e atos normativos 
estaduais. Contudo, leis ou atos normativos anteriores a 05/10/1988 não 
poderão ser objeto de ADI, mas, conforme o caso, poderãofigurar como 
objeto de ADPF. 
Alternativa "c": nos termos do art. 5° da Lei 9.868/99, não é possível a 
desistência em sede de controle concentrado, pois o processo é objetivo, de 
interesse público. 
Alternativa "d": não cabe ação rescisória contra acórdão proferido em sede 
de controle concentrado de constitucionalidade. Dentre as particularidades 
do processo objetivo do controle concentrado,po4~~0~-,~l'\s;~mtrar, a irrescin­
dibilidade da decisão proferida, que não pode ser atacada por ação rescisória, 
nos termos do art. 26 da Lei 9.868/99 (LENZA, Pedro. Direito Constitucional 
Esquematizado. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 329). 
Alternativa "e": é vedada, em regra, a .. cumula;ção objetiva de arguições 
de inconstitucionalidade de atos normativos emanados de entidades estatais 
Direito Constitucional - Paulo Lépore 263 
-------- --------------------------· 
diversas. No entanto, a jurisprudência do STF assinala duas hipóteses em que 
será necessária a cumulação, quais sejam: "a) a primeira é aquela em que, 
dada a imbricação substancial entre a norma federal e a estadual, a cumula­
ção é indispensável para viabilizar a eficácia do provimento judicial visado: 
assim, por exemplo, quando, na área da competência concorrente da União e 
dos Estados, a lei federal de normas gerais e a lei local contiverem preceitos 
normativos idênticos ou similares cuja eventual inconstitucionalidade haja de 
ser simultaneamente declarada, sob pena de fazer-se inócua a decisão que só 
a um deles alcançasse; b) a segunda é aquela em que da relação material entre 
os dois diplomas resulta que a inconstitucionalidade de um possa tornar-se 
questão prejudicial da invalidez do outro, como sucede na espécie:' (STF. ADI 
2844 QO, julgada em 2003 e relatada pelo Ministro Sepúlveda Pertence). 
--------------------·····-···-·--·--··· 
(Cespe- Delegado de Polícia - BA/2013) A respeito do controle de constitu­
cionalidade, julgue os itens que se seguem. 
Ao governador de estado é permitido questionar, por via principal e con­
centrada, a validade de determinada lei, ainda que não tenha vetado, na ocasião 
própria, o projeto dessa lei. 
COMENTARIOS 
® Nota do autor: os legitimados à propositura das ações constitucionais concen­
tradas são cobrados com bastante frequência e é de suma importância que o 
candidato memorize todos. 
Certo. Podem propor a ação direta de inconstitucionaliâade, a ação de­
claratória de constitucionalidade e a arguição de descumprimento de preceito 
fundamental: I - o Presidente da República; 11 - a Mesa do Senado Federal; 
111 - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia Legislativa 
ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado 
ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Con­
selho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com 
representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entida­
de de classe de âmbito nacional (art. 103, CF). Desse modo, nada impede o 
Governador de Estado questionar, por via principal e concentrada, a validade 
de determinada lei, independentemente que não a tenha vetado, na ocasião 
própria, o projeto dessa lei. 
Prefeito municipal é parte legítima para ingressar com arguição de descum­
primento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal (STF). 
264 Questões Comentadas de Direito Administrativo e Direito Constitucional- CESPE 
------------~- ----------------------------~-------------------------------~----------------~--------
COMENTÁRIOS 
® Nota do autor: outra questão abordando o rol de legitimados para propor ações 
de controle concentrado perante o STF. O tema é bastante lembrado em provas 
de concursos públicos e merece atenção. 
Errado. Prefeito Municipal, não compõe o rol de legitimados para ingressar 
com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no STF. Aliás, o 
rol de legitimados para propositura da ADPF é o mesmo para o da ADI e ADC. 
Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade, a ação declaratória de 
constitucionalidade e a arguição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - o Presidente da República; li - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da 
Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; V- o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
O mandado de injunção é remédio jurídico apto a enfrentar a inconstitu­
cionalidade por omissão. 
COMENTÁRIOS 
Certo. O mandado de injunção é utilizado sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitu­
cionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidada­
nia (artigo 5°, LXXI, da CF). Tem-se por inconstitucionalidade por omissão, 
segundo Nathalia Masson, "quando a nefasta letargia dos Poderes Públicos 
impede a efetivação de uma norma constitucional que, para produzir com 
plenitude seus efeitos, depende de uma atuação estatal" (MASSON, Nathalia. 
Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm, 2013, p. 976). Por­
tanto, o mandado de injunção representa o remédio jurídico apto a enfrentar 
a inconstitucionalidade por omissão pela via difusa, ao passo que a ADI por 
omissão {;Onfigura o instrumento para enfrentar a inconstitucionalidade por 
omissão pela via concentrada. 
(Cespe -Juiz Federal Substituto sa região/2013) Ainda com relação ao controle 
de constitucionalidade das leis e dos atos normativos, assinale a opção correta. 
A) O STF admite a declaração de inconstitucionalidade por arrastamento, 
também denominada por atração, de decreto regulamentar de lei que tenha 
sido objeto de ADI julgada procedente. 
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