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Outro exemplo no qual o vocábulo “que” funciona como pronome relativo está em: a) “Sei que você sente muitas saudades”; b) “Aposto que você nem sabia”; c) “eletrodomésticos que não funcionavam”; d) “ninguém mais fraco do que nós”; e) “Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem”. 51. (CEPERJ – Procon/RJ – Técnico em Contabilidade – 2012) A substituição da expressão grifada por um pronome pessoal está corretamente realizada em: a) assina esta coluna – assina-lhe; b) formamos um grande grupo – formamo-nos; c) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo; d) mudar o mundo – mudar-se; e) preparando a revolução – preparando-na. 52. (FCC – TJ/RJ – Comissário da Infância e da Juventude – 2012) O restaurante Reis, ...... o poeta era assíduo frequentador, ficava no velho centro do Rio. Preenche corretamente a lacuna da frase acima: a) o qual; b) no qual; c) de que; d) de cujo; e) em que. Gabarito 1. II. 12. CERTO. 23. D. 34. Errado. 45. D. 2. INCORRETO. 13. ERRADO. 24. E. 35. E. 46. A. 3. A. 14. CERTO. 25. C. 36. ERRADO. 47. C. 4. C. 15. C. 26. C. 37. ERRADO. 48. A. 5. A. 16. B. 27. B. 38. C. 49. C. 6. CERTO. 17. E. 28. INCORRETO. 39. E. 50. C. 7. ERRO GRAMATICAL. 18. A. 29. B. 40. A. 51. C. 8. CERTO. 19. C. 30. A. 41. CORRETO. 52. C. 9. ERRADO. 20. C. 31. B. 42. E. 10. ERRADO. 21. E. 32. D. 43. C. 11. CERTO. 22. C. 33. CORRETO. 44. E. Os comentários sobre as questões estão no site da editora na página www.elsevier.com.br/agramatica_pestana http://www.elsevier.com.br/agramatica_pestana Capítulo 12 Verbo Definição Chegou a hora da verdade! Este capítulo me deu um trabalho danado... e tenho certeza de que você terá um trabalho maior ainda para internalizar as informações sobre este assunto. No entanto, relax! Antes das mais de 70 questões de verbos (!!!), eu digo para você o que realmente vale a pena saber para o dia da prova, beleza? Só estude tudão, a fundo, se dispuser de tempo, senão caia dentro dos assuntos que mais aparecem nas provas (veja isto no tópico “O que cai mais na prova?”, ao fim deste capítulo). Do ponto de vista semântico, o verbo normalmente indica uma ação ou um processo, mas pode indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural – sempre dentro de uma perspectiva temporal. Pode indicar também a noção de existência, volição (desejo), necessidade, etc. Veja alguns exemplos: – O aluno estudou muito. (ação/passado) – A aluna está feliz. (estado/presente) – A aluna virou professora. (mudança de estado/passado) – Amanhã choverá muito na cidade do Rio de Janeiro. (fenômeno natural/futuro) – Há dois amores na minha vida. (existência/presente) – Queria o Pestana ao meu lado no dia da prova. (volição/passado) – Precisarei de sua ajuda no próximo capítulo. (necessidade/futuro) Obs.: Frisei acima a “perspectiva temporal”, porque substantivos (e adjetivos) podem indicar ação, estado, fenômeno natural etc.: plantação (ato de plantar), morte (estado), chuva (fenômeno natural), satisfeito (estado). Essas palavras não podem ser verbos, pois não indicam tempo em si mesmas, tampouco podem ser conjugadas, é claro, ok? Do ponto de vista morfológico, o verbo varia em modo, tempo, número e pessoa, segundo a gramática tradicional; normalmente, voz e aspecto são conceitos analisados em separado. As quatro primeiras flexões combinadas formam o que chamamos de conjugação verbal, ou seja, para atender às necessidades dos falantes, o verbo muda de forma à medida que variamos a ideia de modo, tempo, número e pessoa. Sabemos que um verbo varia quando ele “sai” de sua forma nominal infinitiva (terminada em -ar (amar), -er (vender), -ir (partir)). Falarei minuciosamente de cada tópico da variação verbal daqui a pouco. Do ponto de vista sintático, o verbo tem um papel importantíssimo dentro da frase; sem ele (explícito ou implícito) não há orações na língua portuguesa, pois o verbo é o núcleo do predicado – percebeu que eu usei vários verbos para dizer o que eu acabei de dizer? O único caso em que o verbo não é o núcleo do predicado, segundo a gramática tradicional, é quando há predicado nominal, mas mesmo assim ele está presente. Fique tranquilo, pois falarei bem disso. Pois bem... para entendermos todas as definições de verbo, vamos analisar esta frase: Toda vez que eu penso em você, sinto uma coisa diferente. Note que os vocábulos penso e sinto 1) indicam uma ideia de ação e percepção (sensação ou experimentação); 2) variaram em modo, tempo, número, pessoa “saindo” de sua forma nominal (pensar e sentir); ambos os verbos estão na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. 3) funcionam como núcleo do predicado verbal, como núcleo das orações. Obs.: Note que, sem os verbos, nada faz sentido, porque a estrutura sintática fica comprometida, não refletindo o uso adequado da língua: Toda vez que eu ( ) em você, ( ) uma coisa diferente. (???) Existem mais de 11.000 verbos na língua, segundo nos informa o gramático Cegalla. Mas antes que você se desespere pensando que vai ter de saber tudo sobre eles, saiba que, em conjugação verbal, só alguns verbos são re-al-men-te importantes na sua vida de concurseiro. Ufa! Não reclama, não! São estes os frequentes em concursos: ser, ir, vir (e derivados), ver (e derivados), pôr (e derivados), ter (e derivados), caber, valer, adequar, haver, reaver, precaver-se, requerer, prover, viger, preterir, eleger, impugnar, trazer, os terminados em - ear, -iar (Lembra-se do MARIO?), -uar etc. Fique em paz mental! Mas não deixe de conjugá-los todo santo dia, pois caem em prova direto! Identificação O verbo é uma palavra que termina em -ar (levantar), -er (beber), -ir (cair) e que pode ser conjugada, normalmente por meio de pronomes pessoais retos (eu levanto, tu levantas, ele levanta, nós levantamos, vós levantais, eles levantam... eu bebi, tu bebeste, ele bebeu, nós bebemos, vós bebestes, eles beberam... eu cairei, tu cairás, ele cairá, nós cairemos, vós caireis, eles cairão...). Pela forma, é possível identificar um verbo numa frase, desde que você conheça as terminações verbais, ou desinências verbais – já vistas no capítulo de Estrutura das Palavras. Lembra? Veja: – Nós insistiremos nessa questão, porque cremos em nosso ponto de vista. (re: desinência modo-temporal; mos: desinência número-pessoal; ambos na voz ativa) Insistir e crer são identificados como verbos, pois, formalmente falando, podem ser conjugados. Lembre-se de que conjugação é a flexão do verbo em modo, tempo, número, pessoa (e, para alguns gramáticos, voz). Podemos identificar tais palavras como verbos, pois, como já se disse, não existe oração sem verbo. O verbo é o núcleo de uma oração. Sem ele, não há oração. Sem ele, a frase não tem sentido: Nós nessa questão, porque em nosso ponto de vista (????!!!). Percebeu que o verbo é essencial para a construção do sentido? Pois bem... vale a pena dizer também que o verbo é uma palavra que exprime um fato dentro do tempo, logo notamos a ideia de futuro e de presente, respectivamente, nos verbos do exemplo. Obs.: A única forma verbal que não apresenta noção temporal é a forma nominal infinitiva (falar, crer, insistir). Por exemplo: Ser, estar e ficar são comumente verbos de ligação. Note que as palavras ser, estar e ficar servem para nomear um verbo, logo não indicam tempo, pois são verdadeiros substantivos nesse contexto. Se houver algum determinante antes de tais formas, novamente serão substantivos: O Ser, o estar e o ficar são comumente verbos de ligação. Não confunda verbo com substantivo, pois o infinitivo pode realmente ser um verbo no contexto: Estudo para passar na prova. Note que passar indica ação, mas a noção de tempo é atemporal. Falarei melhor disso em Formas Nominais do Verbo, ainda neste capítulo. Relaxe! E se você acha que identificar um verbo é mole, não subestime a conjugação de alguns verbos, assunto que cai muito em prova (na FCC, então, nem se fala!). Em sala de aula, eu sempre digo aos meus alunos assim: “Vem cá! Quer dizer que geral aqui é safo em verbo, não é? Então, beleza. Já que você é bom, qualfrase a seguir apresenta conjugação correta?”. Aí os alunos piram, porque já sabem que lá vem história... Coloco no quadro as seguintes frases, normalmente: 1) As crianças se entreteram durante bom tempo no parque. 2) Depois que o assessor interviu, os políticos ficaram tranquilos. 3) Quando nós propormos uma sugestão, aceite-a. 4) Sempre se precavenha de maus negócios. Depois de cada um chutar uma conjugação, eu digo: “Ih... estão por fora! Sabe qual é a única conjugação correta? Ne-nhu-ma!”. A gargalhada corre solta... “É isso mesmo! Quer saber a conjugação correta destes verbos? Veja!” 1) As crianças se entretiveram durante bom tempo no parque. 2) Depois que o assessor interveio, os políticos ficaram tranquilos. 3) Quando nós propusermos uma sugestão, aceite-a. 4) Sempre se resguarde de maus negócios. Sobre 1: O verbo entreter é derivado do verbo ter, logo se conjuga como o verbo ter. Sobre 2: O verbo intervir é derivado do verbo vir, logo se conjuga como o verbo vir. Sobre 3: O verbo propor é derivado do verbo pôr, logo se conjuga como o verbo pôr. Sobre 4: O verbo precaver não se conjuga no presente do subjuntivo, logo usei um sinônimo. “É, meu camarada, o buraco é mais embaixo!” A partir disso, todos baixam a bola e começamos a aprender mais sobre verbos, com a devida seriedade. Conjugação verbal é algo muito cobrado em prova de concurso! Muito! Não vacile! Flexões dos Verbos Em Emprego de Tempos e Modos Verbais e Voz Verbal, pretendo esmiuçar ainda mais o que significa modo, tempo, número e pessoa, mas neste primeiro momento preciso que você entenda de leve tais conceitos. Esta abordagem inicial, não tão profunda, vai fazer você entender mais sobre as variações (ou flexões) verbais, de modo que os conhecimentos seguintes servirão de complemento ao que já foi visto paulatinamente por você. Resultado: você não vai perder o fio de raciocínio, não vai ficar “viajando na maionese”. Relaxe, que vai dar tudo certo. Vamos lá, então... Modo É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. Por exemplo, se você come um hambúrguer e gosta, você exclama: “Nossa! Como isso aqui está gostoso!”. Percebe que o verbo estar se encontra em uma determinada forma, indicando certeza, afirmação, convicção, constatação? Então, dizemos que este “modo” como o verbo se apresenta indica que o falante põe certeza, verdade no que diz, certo? Este é o famoso modo INDICATIVO, o modo da certeza, do fato, da verdade! Agora, em uma cena parecida, você vê uma pessoa comendo com vontade e diz: “Espero que esteja gostoso mesmo.”. Percebe que a forma, o modo, a maneira como o verbo se apresenta mudou em relação ao do indicativo? Por que mudou? Para expressar outra ideia que o falante quer passar, a saber: dúvida, suposição, incerteza, possibilidade. Este é o igualmente famoso modo SUBJUNTIVO, o modo da subjetividade, da incerteza, da dúvida, da hipótese! “Coma este hambúrguer, você não vai querer outro.” Note que, nessa frase, o verbo pode indicar sugestão, ordem, pedido,... dependendo do tom como ele é pronunciado. Um simples “Passe o sal.” pode ser dito em tom de pedido, se o casal estiver no início do relacionamento, mas... se estiver casado há muitos anos... ih... a ordem é o expediente... Estou brincando, afinal, eu sou casado, e minha mulher me ama de paixão. Voltando à realidade... Dizemos que tal verbo se encontra no modo IMPERATIVO, o modo da ordem, do pedido, da sugestão, da exortação, da advertência, da súplica... tudo dependerá do tom! Falarei mais sobre a formação do imperativo à frente. Tempo O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Os seres humanos, em geral, entendem o tempo físico numa linha corrente, e é a partir disso que formulam suas frases, situando no tempo seu discurso. Nós – que estamos sempre no tempo presente da linha do tempo REAL – podemos, pela linha do tempo do DISCURSO, voltar ao passado ou viajar ao futuro. “Como fazemos isso, Pestana?” Por meio dos verbos, ora bolas! Isso é fantástico... podemos planejar o futuro, transportando-nos para ele pela imaginação e pelos verbos, se quisermos verbalizar nossos pensamentos: “Amanhã farei isso, daqui a 30 anos estarei assim, assado...”. Podemos voltar ao passado: “Meu Deus, como eu era bonita na década de 70!”. -----------------------------------------/ -----------------------------------------/ -----------------------------------------/ → PASSADO PRESENTE FUTURO Entendendo melhor... Você está lendo agora este texto, certo? Aí, chega alguém até você e começa a atrapalhar sua leitura, daí você diz: “Você não viu que eu estava lendo?”, como quem diz: “Volte para lá, seu chato!”. Percebeu que o verbo usado por você ficou no passado? Por quê? Pois você, no presente real, retornou, por meio do discurso, ao passado, ou seja, àquilo que você estava fazendo antes de o idiota interromper seu estudo. Logo, as noções de passado, presente e futuro norteiam nossa vida, não só no tempo cronológico, real, físico, mas também no tempo do discurso. Isso é muito importante! Você entenderá isso melhor mais à frente! Percebeu que eu usei o verbo no futuro (entenderá)? Como já dito, existem três tempos no modo indicativo (presente, passado e futuro), mas só o passado e o futuro apresentam subdivisões: passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais- que-perfeito), futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pretérito imperfeito e futuro. Explanarei em detalhes tudo isso mais à frente, em Emprego de Tempos e Modos Verbais. Segure aí... Número Este é fácil: singular e plural. Eu amo, mas nós amamos; tu amas, mas vós amais; ele ama, mas eles amam. Molezinha! Pessoa Fácil também: 1a pessoa (eu amei, nós amamos); 2a pessoa (tu amaste, vós amastes); 3a pessoa (ele amou, eles amaram). Estrutura Verbal Esta explanação é um déjà vu importante de Estrutura das Palavras. Na conjugação de um verbo, normalmente ocorre a combinação de alguns elementos, conhecidos como: radical, vogal temática (VT), tema, desinência modo-temporal (DMT) e desinência número-pessoal (DNP). É importante dizer que esses elementos verbais podem sofrer algumas mudanças na forma, chamadas tecnicamente de “alomorfias”; lembra? Fique ligado nisso quando eu apresentar os exemplos a seguir. Radical O radical é a base do verbo, cujo sentido está nele embutido. Sem este morfema, o verbo não existe. – Não posso deixar que isso ocorra. Note que poss-, deix- e ocorr- são os radicais dos verbos poder, deixar e ocorrer. Deles, só o radical de poder (pod-) sofreu modificação (poss-), chamada de alomorfia. Isso se dá por uma questão de eufonia (bom som da língua). Saiba que a maioria dos verbos não sofre alomorfia no radical, mas, como são muitos, há os que sofrem (os irregulares). Falarei sobre isso à frente. Respire fundo... Obs.: Importante saber sobre radical: Formas rizotônicas: sílaba tônica do verbo se localiza dentro do radical: Eu amo muito minha esposa. Formas arrizotônicas: a sílaba tônica do verbo se localiza fora do radical: Eu amava muito minha esposa. Vogal Temática A vogal temática vem imediatamente após o radical por motivo eufônico (boa pronúncia) e/ou para ligá-lo às desinências, formando o tema. Veja agora algumas informações importantes sobre VTs verbais. É uma vogal que vem após o radical, formando o tema e permitindo uma boa pronúncia do verbo; indica como vai ser o modelo (paradigma) das conjugações (1a conjugação: -a / 2a conjugação: -e / 3a conjugação: -i). É bom dizer que não há VT na 1a pessoa do singular do presente do indicativo e em nenhuma flexão do presente do subjuntivo (em “Eu amo.”, o -o é DNP; em “Espero que ele volte.” ou “Espero que ele beba.”, o -e e o -a são DMTs). Reveja o quadro de DMTs e DNPs. Vejamos as VTs verbais: amar: Eu amei, tu amaste, ele amou, nós amamos, vós amastes, eles amaram. (pretérito perfeito do indicativo) Obs.: Como você percebeu, esta VT sofreu alomorfia na 1a e na 3a pessoa do singular do pretérito perfeitodo indicativo. Em todos os demais tempos, a vogal temática não muda, é sempre -a. comer: Eu comia, tu comias, ele comia, nós comíamos, vós comíeis, eles comiam (pretérito imperfeito do indicativo) / Eu havia comido. (particípio) Obs.: Como você percebeu, esta VT sofreu alomorfia em toda a conjugação do pretérito imperfeito do indicativo e no particípio. Em todos os demais tempos, a vogal temática não muda, é sempre -e. PARTIR: Eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles partem. (presente do indicativo) Obs.: Como você percebeu, esta VT sofreu alomorfia na 2a pessoa do singular e na 3a do singular e do plural do presente do indicativo. Em todos os demais tempos, a vogal temática não muda, é sempre -i. O verbo pôr e seus derivados são de 2a conjugação, ou seja, vogal temática -e, uma vez que pôr vem do latim poer (a vogal temática aparece logo na 2a pessoa do singular do presente do indicativo: eu ponho, tu pões, ele põe...). Desinências Verbais Existem as desinências modo-temporais (DMTs) e as desinências número-pessoais (DNPs). As DMTs marcam a flexão do verbo para indicar as noções de certeza, fato (modo indicativo) e incerteza, hipótese (modo subjuntivo), tempo passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito), presente e futuro (do presente e do pretérito). Como você vai ver na tabela a seguir, além de não haver DMTs em todos os tempos e modos, algumas desinências alomórficas do modo indicativo estão entre parênteses. Tempo Modo Indicativo Modo Subjuntivo Formas Nominais presente (1a conj.) --- e infinitivo presente (2a e 3a conj.) --- a r² perfeito --- --- imperfeito (1a conj.) va (ve) sse gerúndio imperfeito (2a e 3a conj.) a (e) sse ndo mais-que-perfeito ra (re) (átono) --- futuro do presente ra (re) (tônico) --- particípio futuro do pretérito ria (rie) --- (a/i)do¹ futuro do subjuntivo r² As DMts dos verbos no modo imperativo são iguais às do subjuntivo (e/a), aparecendo na 3a pessoa do singular, na 1a pessoa do plural e na 3a pessoa do plural. Obs.: ¹ Para muitos gramáticos, o a e o i do particípio são vogais temáticas; a desinência de particípio (-do) pode sofrer alomorfia, dependendo do verbo (exemplo: pôr > posto; imprimir > impresso). ² Não confunda verbo no infinitivo com futuro do subjuntivo, só porque a terminação é igual: Para eu vencer, preciso de você. / Enquanto eu vencer, precisarei de você. O verbo no futuro do subjuntivo vem antecedido de conjunção, normalmente, e o verbo no infinitivo vem antecedido de preposição, normalmente. Esse é o termômetro para a distinção. As DNPs marcam a flexão do verbo para indicar as noções de quantidade (número) e emissor (1a pessoa), receptor (2a pessoa), referente (3a pessoa). Vêm após as DMTs. Não há DNPs em todos os tempos e modos. Vejamos: Tempo Singular Plural presente do indicativo 1a p.: o / 2a p.: s 1a p.: mos / 2a p.: is / 3a p.: m pretérito perfeito do indicativo 1a p.: i / 2a p.: ste / 3a p.: u 1a p.: mos / 2a p.: stes / 3a p.: ram futuro do presente do indicativo 1a p.: i / 2a p.: s 1a p.: mos / 2a p.: is / 3a p.: o futuro do subjuntivo e infinitivo flexionado 2a p.: es 1a p.: mos / 2a p.: des / 3a p.: em imperativo afirmativo --- 1a p.: mos / 2a p.: i, de Obs.: Os tempos que aqui não foram mencionados (pretérito imperfeito, mais-que-perfeito, futuro do pretérito, presente do subjuntivo e pretérito imperfeito do subjuntivo) seguem um modelo (paradigma) de desinências, que é: 2a pessoa do singular: -s, 1a pessoa do plural: -mos, 2a pessoa do plural: -is e 3a pessoa do plural: -m. Um detalhe importante: alguns estudiosos chamam (adequadamente, diga-se de passagem!) as DNPs do pretérito perfeito do indicativo de “cumulativas”, pois elas acumulam a função de marcar não só o número e a pessoa mas também o modo e o tempo, como se fossem DMTs. Eu falei “como se fossem”. Se você dominar esse conhecimento da estrutura dos verbos, conjugação verbal deixará de ser problema para você. Veja você mesmo: FCC – TRE/CE – Analista Judiciário – 2012 ... e ele pretendia fazer o terceiro filme seguido lá... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: a) Houve um tempo em que eu... b) ... o sucesso crítico e financeiro de Match Point deu origem a outras possibilidades. c) ... mas você gostaria de fazer alguma observação? d) ... estava ligado em comédia... e) Mas não sinto mais a mesma coisa. Comentário: O gabarito é a letra d) porque pretendia e estava estão no pretérito imperfeito do indicativo. Isso fica visível com as DMTs “a” (em pretendia) e “va” (em estava). Sobre as demais: a) não há DNP na 1a pessoa do verbo haver (bem-vindo às exceções), está no pretérito perfeito do indicativo; b) pretérito perfeito do indicativo, fica claro pela DNP “u”; c) “ria” é a DMT do futuro do pretérito do indicativo; e) “o” é DNP de 1a p. s. do presente do indicativo. Fica a dica, hein! Locução Verbal Também chamada de perífrase verbal, a locução verbal é um grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se fosse um só verbo. É por isso que é contada como uma só oração na análise sintática. Formada por verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou no particípio), a locução verbal representa uma só oração dentro da frase. Não se esqueça disto! Outra coisa: para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu. Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo sujeito, estamos diante de uma locução verbal. Falarei sobre isso no quadro maior à frente, inclusive sobre as falsas locuções verbais. Leia com carinho. “Pest, mas por que auxiliar e principal?” Um verbo é chamado de auxiliar por um motivo óbvio: ele colabora (auxilia/ajuda) com a formação de uma locução verbal, concordando em número e pessoa com o sujeito. Só ele varia com o sujeito, o principal nunca varia! É interessante dizer que os verbos auxiliares carregam aspectos ou durações diversas no processo verbal ampliando o sentido do verbo principal e, reitero: sempre se flexionam com o sujeito, concordando em número e pessoa com ele. O verbo da locução verbal chamado principal é aquele que carrega consigo o significado principal da locução e a noção de predicação verbal (verbo de ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto; já ouviu falar nisso?). Conheça agora os principais auxiliares, que formam locuções verbais: Auxiliares de voz: formam a voz passiva (ser, estar, ficar, viver, andar, ir, vir + particípio). Muito importante saber isso! – Fomos vistos por ela. – Estive vencido pelo cansaço, mas agora é diferente. – O mestre ficou rodeado de alunos. – Josete e Albertina vivem cercadas de estudantes. – Toda a vizinhança anda aterrorizada pelos assaltantes. – O preso ia escoltado pelos guardas. – O carro vinha pilotado por um profissional. Obs.: São raras as locuções verbais que se iniciam por outros verbos (que não o ser) para indicar a voz passiva. Quase sempre, portanto, uma locução verbal de voz passiva vem construída assim: ser + particípio (O problema será resolvido logo.). É bom dizer que o Capítulo 11 – Pronome Gabarito Capítulo 12 – Verbo Definição Identificação Flexões dos Verbos Modo Tempo Número Pessoa Estrutura Verbal Radical Vogal Temática Desinências Verbais Locução Verbal