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TEMA : BOMBAS CENTRÍFUGAS Prof. Carlos Moreno PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO A EQUAÇÃO DE BERNOUILLI DEMONSTRA O PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA BOMBA CENTRÍFUGA, ATRAVES DO PRINCIPIO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA. Considerando-se Z1 = Z2 e como vimos que V2 4000 escoamento laminar escoamento transitório escoamento turbulento Prof. Carlos Moreno VAZÃO E VELOCIDADE Vazão volumétrica Q = V t Unidades usuais: m3/h; l/s; m3/s; gpm Prof. Carlos Moreno VAZÃO E VELOCIDADE Vazão mássica Qm = m t Unidades usuais: kg/h; kg/s; t/h; lb/h. Prof. Carlos Moreno VAZÃO E VELOCIDADE Vazão em peso Qp = G t Unidades usuais:• Controlar temperatura Absorve e transfere calor • Controlar contaminação Transporta partículas e outros contaminantes aos filtros/sep. • Transmitir potência Em sistemas hidráulicos, transmite força e movimento Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Métodos de aplicação do óleo Os métodos de aplicação do óleo mais usados na lubrificação de mancais de bombas centrífugas são: anel em banho de óleo e sistema de circulação forçada. Um anel de diâmetro bem maior que o do mancal fica sobre o munhão e com a parte inferior mergulhada no óleo. Com eixo em rotação, o anel gira lentamente e arrasta o óleo do cárter para o munhão e daí para o mancal. No sistema de circulação forçada, o óleo é bombeado de um reservatório para os mancais, passando antes por uma filtração e um resfriamento. Anel em banho de óleo Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Lubrificação dos mancais de deslizamentos A lubrificação dos mancais de deslizamento esta baseada no principio de cunha de óleo que se forma entre munhão e mancal, onde se desenvolve uma pressão hidrodinâmica criada pelo efeito de bombeamento resultante da rotação do eixo. Em velocidade de regime, essa pressão é capaz de levantar o eixo e eliminar o contato metálico munhão/mancal. Entretanto, a formação e preservação da película lubrificante dependem da: (1) viscosidade do óleo; (3) rotação do eixo; (4) folga mancal/munhão. Prof. Carlos Moreno BOMBA NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Lubrificação Forçada de Mancais Deslizamento Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Lubrificação Forçada de Mancais Deslizamento Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Sistema Típico de Lubrificação de Mancais Deslizamento Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Lubrificação de Mancais Deslizamento Chanfros e Ranhuras A distribuição do óleo pelo eixo pode ser facilitada com o emprego de chanfros e ranhuras corretamente localizados. O chanfro nas arestas de mancais bipartidos constitui um deposito de óleo a fim de facilitar a formação da cunha de óleo e sua introdução entre as superfícies em movimento. A finalidade das ranhuras ou canaletas nos mancais é facilitar a rápida distribuição e sua posterior introdução na área de máxima pressão. A eficiência com que a ranhura desempenha esta função depende de sua localização e forma. Ela é contraproducente se, por engano, for colocada na área de maior pressão. Os mancais bipartidos de bombas centrífugas geralmente são dotados de duas ranhuras: uma, de distribuição de óleo, localizada na parte superior do mancal; e a outra ranhura auxiliar, localizada pouco antes do inicio da área de maior pressão par assegurar a presença de volume abundante de óleo nessa parte vital do mancal. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Lubrificação de Mancais Deslizamento Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Escolha do Lubrificante A lubrificação satisfatória dos mancais depende da formação e manutenção da película do óleo entre as superfícies munhão/mancal. A principal característica do óleo que influencia na manutenção dessa película é a viscosidade. Os óleos mais recomendados para essa finalidade devem ter: (1) alta estabilidade química; (2) alta resistência a ruptura da película lubrificante; (3) capacidade de separar-se rapidamente da água; (4) boa resistência a oxidação; etc. Raramente os mancais de deslizamentos de bombas centrífugas horizontais são lubrificados à graxa. Freqüência periódica de lubrificação De um modo geral, recomenda-se verificar o nível de óleo diariamente e completá-lo se for necessário. Verificar também se óleo está contaminado com água ou empretecido; caso positivo trocá-lo. Em condições normais, basta trocá-lo semestralmente. Prof. Carlos Moreno Lubrificações de mancais de rolamento No rolamento o lubrificante atua para: (1) reduzir o atrito; (2) dissipar o calor gerado; (3) proteger as superfícies contra corrosão e (4) formar um selo protetor contra a entrada de materiais estranhos. Os rolamentos podem ser lubrificados a óleo ou à graxa. O projeto básico da caixa de mancal constitui um fator decisivo para a escolha de óleo ou graxa. A pratica tem provado que a lubrificação a óleo é mais eficiente, entretanto nem sempre é possível. A graxa á mais adequada para ambientes com muita poeira, gases corrosivos, ou locais de difícil acesso. NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno Métodos de Aplicação Usualmente, a aplicação de óleo para lubrificar os rolamentos de bombas centrifugas se faz por meio de banho. O óleo é colocado na caixa de mancal até o nível atingir a metade ou ¾ da esfera (ou rolo) inferior do rolamento NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Métodos de Aplicação Lubrificação por Névoa Gradativamente, a lubrificação de rolamento por banho de óleo esta sendo substituída pela lubrificação por neblina de óleo. A lubrificação por neblina de óleo apresenta como principais vantagens: - reduz o coeficiente de atrito em 25%; - aumenta a vida útil dos rolamentos; - a temperatura de operação dos rolamentos cai 10 a 12°C, em média; - a neblina não é tóxica e nem inflamável. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO O método mais usado para aplicação da graxa nos rolamentos de bombas é com uma “pistola” conectada a um pino graxeiro projetado para receber graxa da pistola. Métodos de Aplicação Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Renovação do Lubrificante O período de troca de óleo utilizado na lubrificação de rolamentos depende principalmente: (1) da temperatura operacional, (2) da contaminação por partículas estranhas e (3) da contaminação com água. Pesquisas comprovam que a contaminação da água no óleo reduz significamente à vida do rolamento por fadiga. Diante dessa comprovação, é fundamental evitar que o óleo seja contaminado pela umidade do ar. Isso pode ser conseguido com o emprego de selos herméticos (isoladores de mancais ou selos magnéticos) e a substituição do bujão de respiro por uma câmera de expansão. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Renovação do Lubrificante Influencia da Temperatura na Vida do Rolamento Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes A seguir serão demonstrados slides que demonstram tópicos importantes nos quesitos Desmontagem/Montagem e Inspeção. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes O que faz um Rolls Royce diferente de um Chevrolet? Cada um destes carros tem um motor, quatro rodas, um volante, assentos, uma carroceria, etc. A diferença está no trabalho adicional que é feito na fabricação do Rolls Royce e as especificações mais apertadas para as quais é construído. Por exemplo, os pistões em um Rolls Royce são equalizados em peso. Isto faz com que o motor tenha uma funcionamento mais suave, uma vida mais longa e menos manutenção. A mesma pergunta pode ser aplicada entre bombas ANSI e API 610. Ambas possuem uma carcaça, um eixo, um selo mecânico, um impelidor, um acionador, etc. Mas, por que um usuário alcança um TMEF de seis meses e o outro 8 anos? Qual é a diferença entre uma máquina boa e uma máquina excelente? A resposta para estas perguntas é simples: um pequeno trabalho adicional e um cuidado especial fazem a diferença. Douglas C. Branham, Lubrication & Reliability Manager – LSC (Lubrication Systems Company – Houston – TX – USA) Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes 1) Remover todos os possíveis desalinhamentos e suas causas. Isto é importante quando se sabe que os desalinhamentos são a causa de cerca de 50% dos problemas de vibração. Vibração sempre existirá, mas a pergunta é até que ponto nós permitimos isto. O processo de qualidade é uma melhoria um contínua. Nós sempre deveremos “melhorar os resultados”. O que era aceitável no último ano não deve ser aceitável este ano, nem ano que vem. O que nós aceitamos como vibração permissível, deve seguir esta filosofia.Então, como um mínimo e um ponto de partida, alinhe segundo às especificações seguintes: • Máximo desalinhamento lateral: 0, 01 mm; • Máximo desalinhamento angular: 0,01 mm por 100 mm, com um máximo de 0,02 mm; • Pé manco: máximo 0,02 mm; • Desalinhamento máximo por tensão de tubulação: 0,05 mm; • Os mancais devem estar alinhados com os eixos e caixas de mancal; • Planicidade mínima da base e dos pés: 0,05 mm. • Quando necessário, considere a dilatação térmica e faça a compensação adequada no alinhamento. Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção 2) Balanceamento do conjunto rotativo em API 4W/n ou menor. A menos que haja alguma circunstância incomum, um operador de máquina de balanceamento experiente deveria poder alcançar este resultado em um par de rodadas da balanceadora. Porém, uma rodada adicional da balanceadora fará a diferença entre uma máquina boa e uma máquina excelente. É comum que ele consiga obter 1/10 da especificação do API com uma rodada adicional da balanceadora. Lembre-se disso: 40% de todos os problemas de vibração são causados por desbalanceamento. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção 3) Instalar as máquinas em uma fundação corretamente projetada. Uma fundação corretamente projetada eliminará a possibilidade de um problema de vibração por freqüência natural e reduzirá re-serviços. 4) “Grautear” a base com uma argamassa que não perca dimensões (não “encolha”), tomando o cuidado de que todos os espaços vazios sejam preenchidos. O “grout” não só é importante para apoiar a bomba, mas também para absorver as vibrações. 5) Escolher a metalurgia e os elastômeros de maneira satisfatória para o serviço pretendido. Materiais impróprios reduzirão o TMEF da máquina. Os custos de investimento devem ser baseados em uma análise de Ciclo de Vida e não ser simplesmente em uma compra pelo menor preço. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes 6) Partir uma bomba com a ajuda de um check-list operacional de partida, assegurando que todos os passos serão cuidadosamente seguidos. Caso contrário, um trabalho perfeito de engenharia, montagem e manutenção serão perdidos e inúteis. Por exemplo, se o operador não assegurar um nível adequado de lubrificante, uma caixa de selagem “ventada” e com pressão adequada de flushing, em segundos todo o trabalho de manutenção será “desfeito” e teremos uma uma máquina destruída. 7) Operar a bomba o mais perto possível do BEP (Best Efficiency Point - Melhor Ponto de Eficiência). Operando muito longe do BEP, temos cargas elevadas nos mancais e também uma possível cavitação destrutiva. Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes 8) Durante os serviços de manutenção, monte a bomba em um local limpo e ferramentas adequadas, com uma limpeza de grau “cirúrgico”. Algumas refinarias têm salas de montagem limpas e fechadas, com ar filtrado, deixando a poeira do lado de fora. As ferramentas, sobressalentes e equipamentos são mantidos, armazenados e usados somente dentro destas salas de montagem. As bombas são meticulosamente limpas antes de serem trazidas para reparo. Os técnicos usam aventais de laboratório limpos e coberturas de sapato antes de entrar na sala de montagem. Quando você leva em conta que as folgas de mancais estão na casa de centésimos de milímetros, fica claro o porque da necessidade deste esforço de limpeza e assim teremos um bom retorno. Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes 9) Executar verificações preditivas (vibração e temperatura) em intervalos regulares de tempo. Exija que os operadores façam cheques básicos diariamente. Falhas em máquina acontecem em dois níveis: primário e secundário. A falha primária é um defeito de componente que pode ser um “pitting” em uma esfera de um rolamento. A falha secundária é falha total, que pode ser uma quebra do rolamento que causa dano no rotor, dano na carcaça e falha de selo. Um incêndio também pode ser uma conseqüência. Se o operador pode detectar uma falha primária antecipadamente, o custo de trabalho, dos sobressalentes e da possível perda de produção poderão ser significativamente menores que os associados a uma falha secundária. A situação ideal é a pro-ativa e não a reativa. Nela o proprietário (o operador, o “dono” da área) está controlando a situação e não sendo controlado por ela. Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção 10) Ajustar o flushing e quench do selos nas vazões e pressões ótimas. Se as vazões e pressões são muito altas, os danos à máquina podem ser tão grandes quanto se as vazões e pressões forem muito baixas. Isto também pode aumentar a perda de energia. 11) Acoplamentos não-lubrificados devem ser usados sempre que possível. Isto elimina problemas com lubrificação. Se o acoplamento é lubrificado, use somente graxas fabricados especificamente para acoplamentos. Graxa é simplesmente óleo em suspensão em uma matriz, um espessante conhecido como “sabão”. Graxas de uso geral (“general purpose”) têm sabão mais pesado que o óleo. Quando sujeito às forças centrífugas nas altas rotações dos acoplamentos, o sabão é centrifugado para as partes exteriores do acoplamento. Porém esta é exatamente a área onde o óleo é necessário. Acoplamentos que são lubrificados com graxas “general purpose” devem ser re- lubrificados a cada três meses. Graxas especiais para acoplamentos podem se manter eficientes por até três anos em testes de campo, mas uma substituição anual é recomendada. Elas têm capacidades para cargas altas, são resistentes a água, podem ser usadas até 180 oC e ficam estáveis em aplicações de alta velocidade. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção 12) Usar os lubrificantes adequados nas quantidades adequadas. Coloque uma plaqueta com o nome e tipo do lubrificante indicado no ponto de abastecimento ou próximo da máquina. Você pode padronizar em um número reduzido os tipos de lubrificante para reduzir custos. Mas, se o lubrificante adequado não for usado, esta aparente redução de custos pode resultar em um TMEF mais baixo. Embora esta otimização de estoque possa parecer muito adequada, pode não ser a melhor opção no que diz respeito a lubrificantes. Mais máquinas falham por excesso de lubrificação do que por falta de lubrificação. O atrito líquido contribui significativamente para aumentar a temperatura dos mancais e assim, suas falhas. 13) Remover a água de resfriamento dos mancais sempre que possível. Água de resfriamento pode causar falha prematura facilmente. Em uma bomba que movimenta fluidos a uma temperatura alta, o calor daquele líquido é transferido ao eixo. O eixo se dilata, fazendo com que as folgas dos rolamentos sejam reduzidas já que a pista interna do rolamento cresce. Esta situação piora mais já que a pista externa do rolamento diminuiu de diâmetro pelo efeito da água de resfriamento. Folgas insuficientes aumentam a temperatura do rolamento e causam uma grande redução na sua vida. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes 14) Use filtros de lubrificante de 5 micra ou menos quando completar o nível de equipamentos em operação. Partículas de sujeira muito maiores que a espessura da cunha de óleo do mancal normalmente não são um problema. Por exemplo, um partícula de 40 micra normalmente não causa falha do mancal a menos que ela se quebre em partículas menores. Partículas menores que 1 micron também não causam problemas. No entanto, partículas que têm o tamanho da espessura do filme de óleoou levemente maior, causam a falha do rolamento por fadiga. É necessária a filtragem do óleo para aumentar a vida dos mancais. Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes 15) Usar lubrificação por névoa de óleo sempre que possível. Usuários de lubrificação por névoa (oil mist) relatam até 90% de redução de falhas em rolamentos após a instalação do sistema. Um usuário no Texas-USA relatou redução de 98%. Usuários também relatam uma redução de 30% das falhas de selos, já que elas estão intimamente ligadas ao funcionamento dos mancais e suas folgas. Adicionalmente há uma redução do consumo de energia de 2 a 3% em função da redução do atrito líquido. Alguns usuários relataram um redução de 10 oC da temperatura dos mancais. Uma refinaria relatou a redução de 32 oC na temperatura dos mancais da bomba de carga de petróleo. Reduzir a temperatura contribui para aumentar a vida do rolamento. Provavelmente a maior razão para o fenômeno de sucesso do oil mist é que aparentemente não há transporte de partículas de sujeira para o rolamento. As partículas de sujeira estariam em suspensão nas gotas de 1 a 3 micra. Check-List : Desmontagem, Montagem, Inspeção Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Os testes constituem uma alternativa para os usuários verificarem, antecipadamente, se a bomba a ser fornecida pelo fabricante efetivamente atende as condições operacionais especificadas. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Quanto ao local -Na fábrica ( bancada do teste do fabricante) -No campo ( na instalação definitiva) Quanto à rotação - Mesma rotação de trabalho - Em rotação diferente da de trabalho – neste caso os resultados dos testes serão corrigidos com bases nas leis que correlacionam Q, H e Pot. com a rotação. Quanto ao líquido - Igual ao de operação - Líquido diferente do de operação – é muito comum os testes serem realizados com água; este fato, entretanto, não constitui um empecilho pois as curvas características são também normalmente fornecidas para operação com água; mesmo que fosse diferente e fazer as devidas correções. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Quanto ao acompanhamento - Testemunhado – como o próprio nome indica, implica a presença de representante do comprador durante a realização do teste. - Não testemunhado – realizado sem a presença de representante do comprador. Quanto à finalidade - Teste hidrostático – têm como finalidade básica a verificação da resistência da carcaça; - Teste de desempenho – objetiva o levantamento das curvas características; - Teste de cavitação – objetiva a determinação das condições de cavitação (NPSH requerido); - Teste de escorva – objetiva determinar o tempo de escorva em bombas auto- escorvantes; - Teste em modelo – objetiva a determinação do desempenho de um protótipo a partir de medidas efetuadas em um modelo; - Teste de giro mecânico - objetiva a verificação de características como vibração e ruído. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Monitoramento da Bomba durante Teste Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Teste hidrostático O teste hidrostático, como mencionado anteriormente, objetiva, fundamentalmente, a verificação da resistência da carcaça. Os critérios para sua execução são fixados pelo API 610 e estão relacionados a seguir: - cada carcaça deve ser testada com água à temperatura ambiente (mínimo de 15,6 °C (60°F) pra carcaças de aço carbono); - a pressão de testes para bombas partidas radialmente ou axialmente e de qualquer material deve ser no mínimo uma vez e meia a máxima pressão de operação permissível na carcaça; - bombas de carcaça em dupla voluta, multi-estágio ou de projetos especiais podem, com aprovação do comprador, ser testadas por parte; - equipamentos auxiliares expostos ao fluído bombeado devem ser testados a uma vez e meia a máxima pressão de operação (mínimo de 10,3 bar (150 psig); - passagem de resfriamento, jaquetas de mancais, caixa de selagem, resfriadores de óleo e outros auxiliares devem ser testados a 7,9 bar (115 psig); - o teste hidrostático deve ter duração mínima de trinta minutos e é considerado satisfatório se não houver vazamento. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Teste de desempenho O teste de desempenho tem por objetivo a determinação das curvas características reais, o que permitirá, mediante a comparação com as curvas prometidas por ocasião da proposta, comprovar a qualidade do equipamento. Para garantir a adequação do teste, uma série de procedimento deve ser observada antes, durante e após o teste. No caso do teste ser testemunhado, o inspetor do comprador deverá acompanhar toda a rotina. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Teste de desempenho Procedimento Antes do Teste Estabelecimento de critérios – combinar com o fabricante o método de execução do teste, o procedimento nas leituras do instrumento e as flutuações e tolerâncias permissíveis. No que concerne a flutuações o Hydraulic Institute recomenda o seguinte critério: Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Teste de desempenho No que se concerne às tolerâncias aceitáveis em relação ao prometido, o API 610 fixa os seguintes critérios: Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes :Teste de desempenho Procedimento durante do Teste Observar as leituras efetuadas e registrá-las. Observar a instalação particularmente no que concerne a comportamento anormais tais como: - vibração excessiva; - ruído excessivo; - operação inadequada da caixa de vedação ou do sistema de lubrificação. Procedimento após o Teste Efetuar o calculo para levantamento das curvas características a partir dos valores medidos durante o teste; Comparar as curvas obtidas no teste com as curvas prometidas e decidir sobre a aceitação do equipamento. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Teste de desempenho -Execução do teste de desempenho O teste é executado em seis diferentes pontos de operação. Normalmente, um destes pontos é o shutt-off (vazão nula); outro, é ponto de projeto e os demais, arbitrados. Para cada um dos seis pontos, são feitas leituras de vazão (Q), pressão de sucção (Ps), pressão de descarga (Pd), rotação (N), voltagem (V), amperagem (I) e fator de potência (cos u ). Estas medidas permitem-nos calcular para cada ponto a altura manométrica total (H), a potencia (Pot.) e a eficiência (u). Observar Fórmulas na Apostila Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Teste de cavitação O teste de cavitação objetiva a determinação do NPSH requerido para uma vazão pré-fixada, normalmente a vazão garantida ou a de operação normal. Naturalmente, caso desejável, o teste pode ser repetido pra outras vazões, podendo mesmo ser levantada a curva do teste de NPSH requerido versus vazão. A determinação do NPSH requerido é usualmente realizada de forma indireta, induzindo à bomba a cavitação e computando o NPSH disponível que, no inicio da cavitação, coincide com o valor do NPSH requerido. A analise do NPSH disponível, a seguir repetida, permite compreender os três arranjos propostos pelo Hydraulic Institute para o teste de cavitação. NPSH disp = Ps – (Pv – Pa) ү Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dosTestes :Teste em Modelo Em muitas instalações envolvendo unidades de grande tamanho, teste em modelo é de grande utilidade. Mesmo quando é possível o teste da grande unidade do laboratório, um modelo pode ser freqüentemente ser testado com mais minúcia e precisão. É importante notar que, adotando um padrão de modelo para varias bombas, um desempenho comparado pode ser obtido. Uma outra vantagem é que o teste em modelo, antes de projeto final de uma grande unidade, não somente fornece uma previa segura de funcionamento, mas também torna possível alterações, para incorporação, a tempo, no projeto final. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes :Teste em Modelo Para garantir a confiabilidade dos resultados o modelo deve ter completa similaridade geométrica com o protótipo, não só na bomba, mas também nos condutos de entrada e saída, bem como deve ter no teste, a mesma velocidade especifica de protótipo e preferivelmente o mesmo valor para o fator . Então, se os diâmetros correspondentes do modelo e do protótipo são e D, respectivimante, a velocidade do modelo e a sua capacidade sob a carga de teste , as seguintes relações são aplicáveis: Onde n é um fator prático que varia de n = 0 até n = 0,26, dependendo da relativa rugosidade do modelo e do protótipo. Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Escorva, Vibração e Ruído Teste de Escorva Em adição ao teste de desempenho é recomendável que bombas auto- escorvantes sejam testadas quanto ao tempo de escorva. O tempo de escorva será o tempo decorrido entre a partida da bomba e a condição de descarga permanente. Teste de Vibração e Ruído Os limites aceitáveis de vibração para uma bomba nova, padrão API-610, durante teste na fabrica, deve obedecer aos seguintes critérios. - A vibração não filtrada para as bombas de mancais de rolamentos ou bombas com ampliadores de velocidade para engrenagem girando acima de 6.000 rpm, medida na caixa de mancal durante teste da fabrica na vazão e rotação nominal ( +- 10%), não deverá exceder uma velocidade de 7,6 mm/s (0,30in./s) nem uma amplitude pico-pico de 63,5 milésimos de mm (2,5 mils), incluído os efeitos elétricos e/ou mecânicos (shaft runnout). Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Escorva, Vibração e Ruído - A vibração filtrada na freqüência de rotação, freqüência de passagem das pás ou outras freqüências especificadas pelo comprador, não deverá exceder a uma velocidade de 5,1mm/s (0,20 in./s). - A vibração não filtrada para as bombas de mancais de deslizamento, medida no eixo durante teste de fábrica na vazão e rotações nominais (+- 10%) não deverá exceder uma velocidade de 10,2 mm/s (0,40 in./s) nem uma amplitude pico a pico de 65,3 milésimos de mm (2,5 mils) incluindo os efeitos elétricos e/ou mecânicos (shaft runnot). - A vibração filtrada na freqüência de rotação, freqüências(s) de passagem das pás ou outras freqüências especificadas pelo comprador, não deverá exceder a uma velocidade de 7,6 mm/s (0,30 in./s). Prof. Carlos Moreno Procedimentos de Desmontagem, Montagem, Inspeção e Testes Testes Classificação dos Testes : Escorva, Vibração e Ruído LIMITES ACEITÁVEIS DE RUÍDO Duração (h/dia) Nível de ruído em dBA (medidos na escala A com medidor de resposta lenta) 8 90 6 92 4 95 3 97 2 100 1 1/2 102 1 105 1/2 110 1/4 ou menos 115 Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Os problemas que afetam o funcionamento as bombas centrifugas pode ser de natureza hidráulica ou de natureza mecânica. Os problemas de NATUREZA HIDRÁULICA são causados, na sua maioria, por deficiência no lado da sucção da bomba. São elas que provocam: - Vazão nula ou insuficiente; - Baixa pressão de descarga; - Perda de sucção após partida; - Consumo demasiado de energia; - Cavitação - Recirculação Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Os problemas de ORIGEM MECÂNICA podem produzir: - Aquecimento de bomba; - Aquecimento nos mancais; - Desgaste rápido dos mancais; - Vazamento pela caixa de vedação; - Vibração - Ruído estranho. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Vazão Nula Se a bomba não dá vazão, pode ser devido a: Problemas no sistema hidráulico: • Falha na escorva – verificar reescovar, se necessário; • Altura de sucção bastante elevada – conferir com o projeto; verificar se a leitura do vacuômetro é a especificada; • Pequena diferença entre a pressão de sucção e a pressão de valor do líquido na temperatura de bombeamento – conferir os dados reais com os dados dos projetos; • Bolsas de ar na tubulação de sucção – verificar a existência de ponto alto na linha de sucção e eliminar; • Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES • Tubulação de sucção imersa insuficiente no reservatório – aumentar a submergência da extremidade do tubo; • Filtro de sucção totalmente obstruído – inspecionar e limpar; • Altura manométrica total maior que a projetada – efetuar os cálculos com base nas leituras de campo e comparar com a memória de cálculo do projeto; • Problemas na bomba • Rotação baixíssima – verificar condições de funcionamento do acionador; • Sentido de rotação invertido – verificar a posição do rotor quanto a curvatura das palhetas; inversas a ligações do motor elétrico; • Rotor totalmente obstruído – inspecionar e retirar os corpos estranhos; • Bombas operando em paralelo cujas características são incompatíveis para tal fim – analisar o projeto. Vazão Nula Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Vazão Insuficiente As causas de uma bomba centrifuga fornecer vazão baixa são: Problemas no sistema hidráulico • Falha na escorva – verificar e escovar se necessário; • Altura de sucção bastante elevada – conferir com o projeto; verificar se a leitura do vacuômetro é a especificada na folha de dados; • Pequena diferença entre a pressão de sucção e a pressão de valor do líquido na temperatura de bombeamento – conferir os dados reais com os dados dos projetos; • Entrada de ar pela tubulação de sucção – passar uma esponja com espuma de sabão nas uniões dos tubos e conexões; verificar se há pontos de infiltração de bolhas de sabão; apertar as uniões folgadas; Prof. Carlos Moreno Vazão Insuficiente Problemas no sistema hidráulico ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES • Líquido vaporizando na sucção – reduzir a temperatura do produto; reduzir as perdas de cargas; reduzir a rotação do acionador, se possível; • Válvula de pé pequena – substituir por outra de maior diâmetro; • Filtro de sucção parcialmente obstruído – inspecionar e tirar os corpos estranhos; • Tubulação de sucção imersa insuficientemente no reservatório – aumentar as subermegência do tubo; • Altura manométrica total maior que a projetada – efetuar os cálculos com base nas leituras e comparar com a memória de cálculo do projeto; • Viscosidade do líquido superior àquela para a qual a bomba foi fornecida – aumentar um pouco a temperatura do líquido; Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Problemas na bomba • Rotor parcialmente obstruído – inspecionar e retirar os corpos estranhos; • Anéis de desgaste gastos – inspecionar e substituí-los; • Entrada de ar pelas gaxetas – reapertar as sobrepostas; verificar se as gaxetas estão gastas; reengaxetar se necessário; • Junta da carcaça danificada permitindo a entrada de ar- inspecionar e substituir; • Vazamento excessivo pelas gaxetas – reapertar as sobrepostas; substituir as gaxetas se estiverem gastas; • Bombas operando em paralelo cujas característicassão incompatíveis para tal fim – analisar o projeto. Vazão Insuficiente Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Baixa Pressão de Descarga Os principais diagnósticos causadores de baixa pressão de descarga são: Problemas no sistema hidráulico • Quantidade excessiva de ar ou gás no líquido – verificar a origem e eliminar; • Altura manométrica maior que a projetada – conferir com o projeto: reduzir as perdas de carga; • Líquido mais viscoso que os o especificado – aumentar um pouco a temperatura do líquido. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Baixa Pressão de Descarga Problemas na Bomba • Anéis de desgaste gastos – conferir as folgas; substituir os anéis se necessário; • Rotor com diâmetro pequeno ou gasto – inspecionar; conferir com o diâmetro do projeto; • Vazamento excessivo pelas gaxetas – reapertar as sobrepostas; substituir as gaxetas se estiverem gastas; • Bombas operando em paralelo cujas características são incompatíveis pra tal fim – analisar o projeto; • Rotação baixa – verificar condições de funcionamento do acionador; • Sentido de rotação invertido – conferir a ligação do motor; conferir a posição do rotor quanto a curvatura das palhetas. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Perda de sucção após partida A perda de sucção após a partida da bomba se verifica principalmente devido as seguintes irregularidades: Na tubulação de sucção • Tubulação de sucção não está cheio de líquido – verificar e reescorvar; • Altura de sucção bastante elevada – conferir com o projeto; verificar se a leitura do vacuômetro é a especificada; • Quantidade excessiva de ar ou gás no líquido – verificar se há infiltração de ar pelas uniões; reduzir a temperatura do líquido, se possível; • Bolsas de ar na tubulação de sucção – verificar a existência de ponto alto na linha de sucção e eliminar; • Entrada de ar pela tubulação de sucção – passar uma espuma de sabão nas uniões dos tubos e conexões; verificar se há pontos de infiltração de espuma; reapertar as uniões folgadas; • Tubulação de sucção imersa insuficiente na fonte de suprimento – aumentar a submergência do tubo do tubo. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Consumo Demasiado de Energia Se a bomba sobrecarrega o acionador pode ser devido a: • Líquido mais denso ou viscoso do que o especificado – aquecer mais o líquido; substituir o acionador por outro mais potente; • Altura manométrica total diferente da especificada – conferir com o projeto; • Velocidade muito alta – conferir e reduzir a velocidade; • Sentido de rotação incorreto – inverter as rotações dos pólos; • Corpos estranhos no rotor – inspecionar e retira-los; Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES • Diâmetro do rotor mais que os especificado – conferir com a folha de dados; usinar se necessário; • Roçamento entre peças rotativas e estacionárias – inspecionar e corrigir; • Eixo empenado ou desalinhado – conferir o empeno; desempenar ou traçar o eixo; realinhar as máquinas a quente; • Anéis de desgastes gastos – conferir as folgas; substituir os anéis, se necessário; • Gaxetas inadequadas ou instaladas incorretamente – verificar especificações; reengaxetar observando a posição correta do anel de lanterna; • Sobreposta muito apertada – verificar e folgar um pouco. Consumo Demasiado de Energia Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Vibração Elevada A vibração elevada é um problema de natureza mecânica que indica os estado em que se encontra o equipamento. Uma análise da vibração poderá oferecer grande auxilio no diagnostico de defeito da máquina. No caso particular da bomba centrífuga, os defeitos mais comuns que causam vibração são: • Desbalanceamento do conjunto rotativo – verificar se há desequilíbrio dinâmico numa maquina balanceadora; • Desalinhamento – conferir e realinhar os equipamentos a quente; certifica-se de que as tubulações não estão forçando a bomba; • Mancais gastos ou mal instalados – conferir a montagem; verificar se há folgas e/ou ajustes estão anormais; • Eixo empenado – conferir o empeno; não deve ser superior a 0,05 mm; Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Vibração Elevada • Refrigeração excessiva – verificar, pois pode provocar condensação e contaminar o lubrificante; • Velocidade acima do normal – verificar com um tacômetro. • Lubrificação irregular – verificar se óleo está na viscosidade correta; verificar presença de sujeira ou limalhas no óleo; verificar se o óleo apresenta aspecto de queimado, observar a posição correta das ranhuras.; • Fundação não-rígida – conferir com o projeto e corrigir se necessário; • Cavitação – verificar as causas; reduzir a rotação; aumentar o NPSH disponível; • Recirculação – aumentar a rotação Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Aquecimento e Grimpamento Se a bomba esquenta demasiadamente e depois grimpa, pode ser devido a: • Falta de escorva – verificar e reescorva. • Operação com baixa vazão – verificar se a válvula de descarga está bloqueada; abrir se necessário; • Deslinhamento – conferir, inspecionar o acoplamento; realinhar a quente; • Conjunto rotativo raspando nas partes estacionárias – inspecionar e conferir a concentricidade em vários trechos; • Eixo fora do centro – verificar se os mancais estão gastos; conferir a concentricidade; • Desbalanceamento – conferir o equilíbrio dinâmico do conjunto rotativo numa maquina balanceadora; • Empuxo axial elevado – verificar se o dispositivo de balanceamento axial do conjunto rotativo esta normal. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Vazamento Excessivo Há dois casos a considerar. Se o sistema de vedação for com gaxetas, tal vazamento pode ser conseqüência de: • Luva do eixo arranhada ou gasta – inspecionar ou trocar se necessário; • Linha do líquido de selagem entupida – desconectar a linha e desentupir; • Gaxeta inadequada ou erroneamente instalada – substituir por outra que suporte as condições operacionais; conferir a posição correta do anel de lanterna; • Eixo empenado e desalinhado – realinhar a quente; verificar se há empeno; verificar se os mancais estão gastos; • Folga excessiva na bucha de garganta – inspecionar e substituir a bucha; • Vibração do conjunto rotativo. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Se a vedação for feita com selo mecânico, as irregularidades que podem provocar vazamento são: • Junta ou anel “O” da sede danificado – inspecionar e substituir; • Sede ou anel de selagem defeituosa – inspecionar lapidar e conferir planicidade das faces seladoras; • Elemento rotativo de vedação secundaria danificado – inspecionar e substituir; • Instalação incorreta da sobreposta – verificar empeno e aperto das porcas; • Líquido congelado no interior das caixas – aquecer externamente com vapor; • Líquido vaporizando no interior da caixa – tentar modificar as condições de pressão e temperatura no interior da caixa; • Vibração do conjunto rotativo – verificar as causas. Vazamento Excessivo Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Desgaste Rápido do Selo O desgaste rápido pode ser devido à: • Temperatura elevada – refrigerar o selo; usar líquido de selagem frio de fonte externa; • Produto abrasivo nas faces seladoras – instalar um ciclone na linha de selagem; • Selo funcionando a seco – verificar irregularidades na linha do líquido de selagem; • Tipo de selo ou materiais inadequados – consultar o fabricante do selo; • Pressão excessiva nas faces seladoras –verificar as tensões nas molas; certificar-se da montagem correta da cabeça rotativa; • Vibração do conjunto rotativo – verificar as causas. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Desgaste Rápido dos Mancais As principais irregularidades que causam desgaste rápido nos mancais são: • Desalinhamento – conferir e realinhar a quente; certifica-se que as tubulações não estão forçando a bomba; • Eixo empenado ou fora do centro – conferir o empeno verificar a concentricidade; • Deflexão do eixo elevada – verificar o empuxo radial e o índice de rigidez • Sujeira - inspecionar e limpar; • Refrigeração excessiva – verificar, pois deve provocar condensação e contaminar o lubrificante; • Lubrificante irregular – verificar se o óleo esta na viscosidade correta, verificar presença de água ou limalhas no óleo; verificar se o óleo apresenta aspecto de queimado; observa a posição correta das ranhuras do mancais; • Montagem incorreta – verificar detalhadamente a posição e ajuste do mancal. Prof. Carlos Moreno ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES Ruído Estranho Cavitação – aumentar NPSH disponível; reduzir a rotação; Recirculação – aumentar a vazão; Selo funcionando a seco – verificar entupimento da linha de líquido de selagem; Rolamento gasto – inspecionar e substituir; Peças soltas – auscultar, identificar e corrigir; Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A seqüência das etapas de partida das bombas centrifugas varia com o tipo de bomba e conforme o serviço para qual ela está instalada. Muitas vezes, peculiares de uma instalação exigem manobras que são desnecessárias em outras. De uma maneira geral, podem-se agrupar as verificações e manobras para partir uma bomba centrifuga em sete etapas: - Inspeção inicial; - Manobras preparatórias; - Alinhamento dos sistemas auxiliares - Preparo do acionador para partida; - Escorva da bomba; - Partida do acionador; - Manobras e ajustes finais. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Para fins didáticos e facilitar a memorização das etapas, pode-se utilizar proposições que comecem com as letras da palavra PARTIDA. Veja essa forma : - Promover inspeções iniciais; - Agilizar manobras preparatórias; - Repor em operações os sistemas auxiliares; - Tratar de preparar o acionador para partida; - Investigar a escorva da bomba; - Dar a partida no acionador; - Apresentar as manobras e ajustes finais Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A etapa de inspeção inicial consiste em verificar: • A limpeza ambiental, isto é, se a área esta livre de entulho, andaimes ou qualquer outra coisa que impeça a livre circulação dos operadores; Condições de segurança: • Equipamentos de combate a incêndios disponíveis e em perfeitas condições de uso; • O sistema de água de combate a incêndio deve estar pressurizado e as mangueiras conectadas aos hidrantes; • Os chuveiros e lava-olhos devem estar em perfeitas condições de uso; • Viseiras luvas máscaras contra gases devem estar disponíveis em locais de fácil acesso; • O sistema de comunicação – radio transceptor – deve estar operando normalmente; • Investigar com o “explosímetro” a presença de gases tóxicos ou inflamáveis; • Equipamentos de proteção individual (EPI) em uso (capacete, luvas de vaqueta, bota, óculos e protetor auricular); • Protetor do acoplamento instalado;Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO • O nível de óleo lubrificantes nos corpos nivelados ou no reservatório centralizados; completar, se necessário; • O nível de líquida barreira para o selo mecânico; completar se necessário; • Se há líquido suficiente para ser bombeado no reservatório de sucção; • Se os instrumentos estão aferidos; • Toda vez que for reparado o motor ou sistema elétrico, verificar se o sentido da rotação do motor coincidi com a bomba. Condições de Segurança Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A etapa de Manobras Preparatórias Compreende: • Fechar as válvulas de dreno da bomba, da linha de sucção e da linha de descarga; • Abrir a válvula da linha de sucção • Fechar a válvula da linha descarga, se a bomba for de fluxo radial; se a bomba for de fluxo axial, essa válvula deve permanecer aberta porque estas bombas absorvem grande potencias operando com vazão nula. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A etapa de manobras e conjuntos finais consiste em: • Abrir vagarosamente a válvula da linha descarga; esse passo é de fundamental importância e deve ser feito, sem demora, logo após a partida do acionador a fim de evitar que líquido fique recicurlando no interior da bomba, provocando aquecimento; • Efetuar o(s) ajuste(s) de controle de vazão; normalmente; o ajuste é feito atuando-se na válvula da linha descarga; às vezes, essa atuação é na válvula da linha de recirculação, se existir; • Se o sistema de vedação for com a gaxeta, controlar o vazamento de líquido para 30 a 60 gotas por minutos; • Verificar o nível de óleo e completar se estiver baixo • Verificar as temperaturas dos mancais; a temperatura normal de operação depende muito do equipamento; geralmente, não deve exceder 65 °C. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Aplicação Prática para Verificação dos Itens de partida. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Parada O procedimento para uma bomba centrifuga também é função do tipo da bomba e das condições operacionais. Geralmente deve-se parar a bomba rapidamente a fim de evitar que as partes internas girem a seco e “tranquem” a bomba. A seqüência normal é a seguinte, embora vários passos possam ser desnecessários, dependendo do caso: • Abrir a válvula da derivação de recirculação, se houver; • Fechar a válvula da linha descarga; • Parar o acionador, obedecendo as instruções dos fabricantes; • Fechar a válvula de alimentação de água de resfriamento; • Fechar o sistema de líquido de selagem; • Fechar a válvula da linha de sucção; • Parar a bomba de óleo lubrificante se houver; • Abrir as válvulas de dreno, se houver necessidade. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Operação Verificações periódicas Durante o período que a bomba estiver em funcionamento, verificar periodicamente: • As pressões de sucção e de descarga; • A pressão do óleo dos mancais, se a lubrificação for forçada; • A temperatura dos mancais, não deve exceder 65°C; • O nível de óleo no reservatório; • O gotejamento de líquido pela gaxeta; não deve exceder 60 gotas por minuto; • Aparecimento de ruído estranho; analisar e parar a bomba se necessário. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Efeito provocado na Tipo de atuação Pressão de descarga Vazão Observações Abertura da válvula . . . . . . . . . . . . . . . . Fechamento da válvula . . . . . . . . . . . . . . . . Aumento da velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . Redução da velocidade Diminui . . . . . . . . . . . . . . . . Aumenta . . . . . . . . . . . . . . . . Aumenta . . . . . . . . . . . . . . . . Diminui Aumenta . . . . . . . . . . . . . . . . Diminui . . . . . . . . . . . . . . . . . Aumenta . . . . . . . . . . . . . . . . Diminui . . . . . . . . . . . . . . . . . - Não operar a bomba com vazão menor que 20% da vazão no ponto de melhor eficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . - Não operar a bomba com vazão menor que 20 % da vazão no ponto de melhor eficiência Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A operação da bomba com vazão reduzida proporciona os seguintes problemas: A) Redução da eficiência, conforme mostra a curva da (figura abaixo). Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Vazão Reduzida B) Aumento do empuxo radial no rotor se a carcaça for do tipo voluta (figura baixo); conseqüentemente, a deflexão do eixo aumentará afetando o desempenho do selo mecânico ou das gaxetase sobrecarregando os mancais; nas carcaças tipo dupla-voluta, o empuxo radial varia pouco com a redução da vazão, conforme mostra a (figura abaixo). Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Vazão Reduzida C) Aumento do empuxo axial porque os dispositivos empregados para equilibrá- los perdem a eficiência. D) Aumento da temperatura do líquido bombeado; esse aumento é bastante acentuado nas vizinhanças da vazão nula. E) Recirculação do líquido no interior do rotor. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A operação da bomba com vazão excessiva tem os seguintes inconvenientes: A) Aumento da potencia, sobrecarregando o acionador (figura abaixo) Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Vazão Excessiva B) Aumento do perigo da cavitação. C) Aumento do nível de vibração D) Perda da eficiência se a vazão ultrapassar o ponto de melhor eficiência – PME – (figura abaixo) Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO A operação da bomba com baixa pressão de sucção merece cuidado especial devido ao aumento da probabilidade de ocorrer *cavitação. É necessário conhecer bem as curvas características da bomba e do sistema a fim de não cometer erros. O próximo slide mostra, de forma genérica, os principais problemas que ocorrem quando se coloca uma bomba centrifuga para funcionar fora da região vizinha ao ponto de melhor eficiência – PME *Cavitação é o fenômeno de vaporização do líquido no interior da bomba, com crescimento das bolhas de vapor e posterior implosão das mesmas, ao atingir uma região de maior pressão. A bomba trabalha como se estivesse bombeando pedras. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE OPERAÇÃO Alta temp. Baixa vazão cavitação Baixa vida do rotor Descarga Recirculação Sucção Recirculação Baixa vida útil para o selo e rolamanetos Baixa vida útil para o selo e rolamentos Cavitação % P re s s ã o % Vazão Curva da bomba Best Efficiency Point Operação fora do BEP (Best Efficiency Point) Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Os acionadores mais utilizados em bombas centrífugas são: Turbinas a Vapor e Motores Elétricos. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Turbinas a Vapor Turbina a Vapor é a Máquina Térmica que utiliza a energia do vapor sob forma de energia cinética. Deve transformar em energia mecânica a energia contida no vapor sob a forma de energia térmica e de pressão. A turbina é um motor rotativo que converte em energia mecânica a energia de uma corrente de água, vapor d'água ou gás. O elemento básico da turbina é a roda ou rotor, que conta com paletas, hélices, lâminas ou cubos colocados ao redor de sua circunferência, de forma que o fluido em movimento produza uma força tangencial que impulsiona a roda, fazendo-a girar. Tipo comum de Turbina Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Turbina de ação e turbina de reaçãoPrincípio de ação e princípio de reação Ação W W Ação Reação Reação Vapor Força Força Vapor Turbinas a Vapor : Princípios de Funcionamento Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Pressão Ação Reação Arco de expansores Palhetas móveis Velocidade Velocidade Pressão Palhetas móveis Palhetas fixas Turbinas a Vapor : Princípios de Funcionamento Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Turbinas a Vapor: Componentes Básicos Estator (roda fixa) É o elemento fixo da turbina (que envolve o rotor) cuja função é transformar a energia potencial (térmica) do vapor em energia cinética através dos distribuidores; Roda Fixa Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Turbinas a Vapor: Componentes Básicos Rotor (roda móvel) É o elemento móvel da turbina (envolvido pelo estator) cuja função é transformar a energia cinética do vapor em trabalho mecânico. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Expansor É o órgão cuja função é orientar o jato de vapor sobre as palhetas móveis. No expansor o vapor perde pressão e ganha velocidade. Podem ser convergentes ou convergentes-divergentes, conforme sua pressão de descarga seja maior ou menor que 55% da pressão de admissão. São montados em blocos com 1, 10, 19, 24 ou mais expansores de acordo com o tamanho e a potência da turbina, e conseqüentemente terão formas construtivas específicas, de acordo com sua aplicação. Turbinas a Vapor: Componentes Básicos Convergente (P2>0,55 P1) Convergente-Divergente (P2movimento. Assim, sua construção deve prever peças móveis que se movimentem de acordo com o campo magnético gerado pela corrente elétrica que percorre os condutores do motor. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos : Partes Estator: trata-se da parte fixa. Nesta parte do motor normalmente existe campos magnéticos fixos, criados por ímãs permanentes ou eletroímãs. É composto da carcaça, núcleo de chapas e do enrolamento de bobinas. Rotor: é a parte móvel do motor, ligada ao eixo de transmissão de movimento. Nesta parte do motor normalmente existem bobinas, percorridas por correntes elétricas que geram campos magnéticos. Em função da polaridade, os campos magnéticos submetem o rotor a forças de atração e repulsão, produzindo o movimento giratório. É tratado termicamente para evita fadigas. É compostos pelo eixo, núcleo de chapas, barras e anéis de curto-circuito. Coletor ou comutador: esta parte do motor liga as bobinas à rede elétrica, de modo que o rotor se movimenta sem curtos-circuitos nos fios ligados à rede elétrica; Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Partes Bobinas: são enrolamentos de condutores percorridos por corrente elétrica. Devido ao fluxo de elétrons, os enrolamentos ficam submetidos a um campo magnético que interage com o campo magnético do estator, gerando movimento desejado; Escovas: são contatos do comutador. Outras partes do motor: a) Tampas; b) Ventilador; c) Proteção do ventilador; d) Caixa de ligação; e) Terminais; f) Rolamentos; g) Placa de identificação. Em resumo, o magnetismo de ímãs em movimento gera corrente elétrica em circuitos fechados ou bobinas de condutores. Também ocorre o efeito contrário: corrente elétrica num condutor gera magnetismo ao seu redor, formando um campo magnético. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Partes Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Partes Estator Carcaça (1) - é a estrutura suporte do conjunto; de construção robusta em ferro fundido, aço ou alumínio injetado, resistente à corrosão e com aletas. Núcleo de chapas (2) - as chapas são de aço magnético, tratadas termicamente para reduzir ao mínimo as perdas no ferro. Enrolamento trifásico (8) - três conjuntos iguais de bobinas, uma para cada fase, formando um sistema trifásico ligado à rede trifásica de alimentação. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Partes Rotor Eixo (7) - transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. É tratado termicamente para evitar problemas como empenamento e fadiga. Núcleo de chapas (3) - as chapas possuem as mesmas características das chapas do estator. Barras e anéis de curto-circuito (12) - são de alumínio injetado sob pressão numa única peça. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Partes Outras partes do motor de indução trifásico: •Tampa (4) •Ventilador (5) •Tampa defletora (6) •Caixa de ligação (9) •Terminais (10) •Rolamentos (11) Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Tipos mais comuns de motores elétricos a) Motores de corrente contínua São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES b) Motores de corrente alternada São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente alternada. Os principais tipos são: Motor síncrono: Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes potências (devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade invariável. Motor de indução: Funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas, encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de freqüência. Motores Elétricos: tipos mais comuns de motores elétricos Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Conjugado O conjugado (também chamado torque, momento ou binário) é a medida do esforço necessário para girar um eixo. É sabido, pela experiência prática que, para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços - ver figura abaixo - a força F que é preciso aplicar à manivela depende do comprimento E da manivela. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída à metade. C = 20N x 0,10m = 10N x 0,20m = 5N x 0,40m = 2,0 Nm Variação da Força Aplicada x Variação do Comprimento de “E”(Alavanca). Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Energia e Potência Mecânica A potência mede a “velocidade” com que a energia é aplicada ou consumida. Na figura anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, valendo 20N x 24,5m = 490Nm (note que a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas. W = F . d ( N . m ) Obs.: 1Nm = 1J = W . t Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária será: P1 = 490: 2 = 245W Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será: P2 = 490: 1,3 = 377W A unidade mais usual para medida de potência mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 736W. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Energia e Potência Elétrica Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a trans forma em energia mecânica disponível na ponta do eixo. Circuitos de Corrente Contínua A “potência elétrica”, em circuitos de corrente contínua, pode ser obtida através da relação da tensão ( U ), corrente ( I ) e resistência ( R ) envolvidas no circuito, ou seja: P = U. I (W) U 2 P = —— (W) R ou P= R.I² (W) Onde: U = tensão em volt I = corrente ampère R = resistência em ohm P = potência média em Watt Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Circuitos de Corrente Alternada a) Resistência No caso de “resistências”, quanto maior a tensão da rede, maior será a corrente e mais depressa a resistência irá se aquecer. Isto quer dizer que a potência elétrica será maior. A potência elétrica absorvida da rede, no caso da resistência, é calculada multiplicando-se a tensão da rede pela corrente, se a resistência (carga), for monofásica. P = Uf. If (W) No sistema trifásico a potência em cada fase da carga será Pf = Uf x If, como se fosse um sistema monofásico independente. A potência total será a soma das potências das três fases, ou seja: P = 3.Pf = 3. Uf. If Lembrando que o sistema trifásico é ligado em estrela ou triângulo, temos as seguintes relações: Ligação estrela: U = √3.Uf e I = If Ligação triângulo: U = Uf e I = √3 .If Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos b) Cargas reativas Para as “cargas reativas”, ou seja, onde existe defasagem, como é o caso dos motores de indução, esta defasagem tem que ser levada em conta e a expressão fica: P = √3 . U. I. cos µ (W) Onde U e I são, respectivamente, tensão e corrente de linha e cos é o ângulo entre a tensão e a corrente de fase. A unidade de medida usual para potência elétrica é o watt (W), correspondente a 1 volt x 1 ampère, ou seu múltiplo, o quilowatt = 1.000 watts. Esta unidade também é usada para medida de potência mecânica. A unidade de medida usual para energia elétrica é o quilo-watt-hora (kWh) correspondente à energia fornecida por uma potência de 1kW funcionando durante uma hora - é a unidade que aparece, para cobrança, nas contas de luz. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Potências Aparente, Ativa e Reativa Potência Aparente ( S ) É o resultado da multiplicação da tensão pela corrente ( S = U . I para sistemas monofásicos e S = √ 3 . U. I, (para sistemas trifásicos). Corresponde à potência que existiria se não houvesse defasagem da corrente, ou seja, se a carga fosse formada por resistências. Então, P S = ( VA ) Cos µ Evidentemente, para as cargas resistivas, cos = 1 a potência ativa se confunde com a potência aparente. A unidade de medidas para potência aparente é o Volt-ampère (VA) ou seu múltiplo, o quilo-volt-ampère (kVA). Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Potência ativa ( P ) É a parcela da potência aparente que realiza trabalho, ou seja, que é transformada em energia. P = √ 3 . U. I. cos µ ( W ) ou P = S .cos µ ( W ) Potência reativa ( Q ) É a parcela da potência aparente que “não” realiza trabalho. Apenas é transferida e armazenada nos elementos passivos (capacitores e indutores) do circuito. Q = √3 . U. I sen µ ( VAr ) ou Q = S . sen µ ( VAr ) Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Fator de Potência O fator de potência, indicado por cos µ , onde µ é o ângulo de defasagem da tensão em relação à corrente, é a relação entre a potência real (ativa) P e a potência aparente. Um motor não consome apenas potência ativa que é depois convertida em trabalho mecânico, mas também potência reativa, necessária para magnetização, mas que não produz trabalho. A relação entre potência ativa, medida em kW e a potência aparente medida em kVA, chama-se fator de potência. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Importância do fator de potência Visando otimizar o aproveitamento do sistema elétrico brasileiro, reduzindo o trânsito de energia reativa nas linhas de transmissão, subtransmissão e distribuição, a portaria do DNAEE número 85, de 25 de março de 1992, determina que o fator de potência de referência das cargas passasse dos então atuais 0,85 para 0,92. A mudança do fator de potência dá maior disponibilidade de potência ativa no sistema, já que a energia reativa limita a capacidade de transporte de energia útil. O motor elétrico é uma peça fundamental, pois dentro das indústrias, representa mais de 60% do consumo de energia. Logo, é imprescindível a utilização de motores com potência e características bem adequadas à sua função. O fator de potência varia com a carga do motor. Prof. Carlos Moreno ACIONADORES Motores Elétricos: Conceitos Básicos Fator de Serviço O fator de serviço representa uma reserva de potência que o motor possui e que pode ser usada em regime contínuo (este tipo de regime é também chamado de regime S1, de acordo com a norma). A potência que pode ser obtida do motor é assim a potência nominal (indicada na placa) multiplicada pelo fator de serviço. Um motor de potência de 5 kW e com fator de serviço de 1.1 pode trabalhar continuamente com 5 x 1,1 = 5,5 kW em regime contínuo. Um fator de serviço de 1.0 significa que o motor não possui reserva de potência. O fator de serviço não deve ser confundido com a sobrecarga momentânea do motor, a qual vale por curtos períodos de tempo. Uma indicação típica de sobrecarga é: 60% da potência nominal por 15 segundos. Mesmo motores com fator de serviço 1.0 possuem uma determinada capacidade de sobrecarga por tempo limitado. Prof. Carlos Moreno COMENTÁRIOS? FIM Prof. Carlos Moreno CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno REPRESENTAÇÃO TÍPICA DE UM SISTEMA DE BOMBEAMENTO Prof. Carlos Moreno 394 Prof. Carlos Moreno 395 Prof. Carlos Moreno 396 Prof. Carlos Moreno 397 Prof. Carlos Moreno 398 Prof. Carlos Moreno 399 Prof. Carlos Moreno 400kgf/h; kgf/s; tf/h; lbf/h. Prof. Carlos Moreno RELAÇÃO ENTRE VAZÕES Q = Qm Em nossos estudos, daremos ênfase à vazão volumétrica, a qual designaremos apenas por vazão (Q). = Qp Prof. Carlos Moreno VELOCIDADE Relação entre vazão, velocidade, e área da seção transversal de uma tubulação. Q velocidade diâmetro área Q = v x A v = Q A A = x D2 4 Prof. Carlos Moreno EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE A1 A2 v1 v2 Qm1 = Qm2 Q1 = Q2 Q1 = v1 x A1 = Q2 = v2 x A2 Prof. Carlos Moreno ENERGIA - Princípio da conservação de energia A energia não pode ser criada , nem destruída, mas apenas transformada. A energia total é constante. Apresenta-se de diversas formas, mas estudaremos somente as de nosso interesse. Energia potencial, de posição ou geométrica (Hgeo) de pressão (Hpr) cinética ou de velocidade (Hv) Prof. Carlos Moreno ENERGIA -energia potencial, de posição ou geométrica (Hgeo) Hgeo Prof. Carlos Moreno ENERGIA -energia de pressão (Hpr) Hpr = p Hpr Hpr Prof. Carlos Moreno ENERGIA -energia de velocidade (Hv) Hv = v2 2g Hv Hv Prof. Carlos Moreno TEOREMA DE BERNOUILLI v1 v2 Z1 p1 v1 2 2g Z2 p2 v2 2 2g plano de referência plano de carga total c a rg a t o ta l -líquidos perfeitos Prof. Carlos Moreno TEOREMA DE BERNOUILLI -líquidos perfeitos Z1 p1 v1 2 2g ++ Z2 p2 v2 2 2g ++= Prof. Carlos Moreno TEOREMA DE BERNOUILLI v1 v2 Z1 p1 v1 2 2g Z2 p2 v2 2 2g plano de referência plano de carga total c a rg a t o ta l -líquidos reais Hp Prof. Carlos Moreno TEOREMA DE BERNOUILLI -líquidos reais Z1 p1 v1 2 2g ++ Z2 p2 v2 2 2g ++= + Hp Prof. Carlos Moreno PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES Perda de carga Atrito entre as partículas fluídas com as paredes do tubo Atrito do fluido com o próprio fluido. Perda de energia ou perda de pressão Prof. Carlos Moreno PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Distribuída L P1 P2P1 > P2 Prof. Carlos Moreno PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Localizada P1 P1 > P2 P2 Prof. Carlos Moreno PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Total P1 P3 P2 Prof. Carlos Moreno DARCY-WEISBACK FÓRMULAS DE PERDAS DE CARGA - Distribuída =Hp L f X v2 D X 2g coeficiente de atrito - Reynolds (Re) - rugosidade relativa (k/D) rugosidade da parede do tubo (m) diâmetro do tubo (m) Prof. Carlos Moreno MATERIAL Aço galvanizado 0,00015 - 0,00020 0,0046 0,0060 0,0005 - 0,0012 0,0024 lisos --------- --------- --------- lisos 0,0024 0,0030 - 0,0050 --------- 0,0030 lisos lisos 0,0010 - 0,0030 0,0004 0,00004 - 0,00006 lisos 0,000013 lisos 0,0003 - 0,0010 0,0010 - 0,0020 0,00004 - 0,00006 0,00025 - 0,00050 0,0002 - 0,0010 0,0006 lisos lisos Aço rebitado Aço revestido Aço soldado Chumbo Cimento amianto Cobre ou latão Concreto bem acabado Concreto ordinário Ferro forjado Ferro fundido Madeira com aduelas Manilhas cerâmicas Vidro Plástico k (m) - TUBOS NOVOS k (m) - TUBOS VELHOS Rugosidade das paredes dos tubos Prof. Carlos Moreno DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE Prof. Carlos Moreno DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE Ex. de determinação do coeficiente de atrito “ f ”, por Moody: Fluido Material da tubulação Diâmetro Vazão Viscosidade cinemática Água a 200C; Ferro fundido novo; 200 mm; 0,0616m3/s; 0,000001 m2/s. 1- Determina-se a velocidade média do escoamento : v(m/s) Q = v Ax Q = v x xD2 4 v = 4 x 0,0616 x 0,22 v = 1,961m/s Prof. Carlos Moreno DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE 2- Determina-se o número de Reynolds: Re Re = v x D Re = 1,961 x 0,2 0,000001 Re = 3,92 . 10 5 Re = 392200 escoamento turbulento 3- Determina-se a rugosidade relativa: k/D - para ferro fundido novo, podemos adotar: k = 0,00025 m. k D = 0,00025 0,2 0,00125 Prof. Carlos Moreno DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE 0,021 Prof. Carlos Moreno CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno VANTAGENS E DESVANTAGENS As bombas centrifugas apresentam as seguintes vantagens: (1) vazão uniforme; (2) ausência de ponto morto; (3) ocupam espaço reduzido; (4) baixo custo de manutenção; (5) ausência de válvulas; (6) apresentam menores vibrações; (7) requerem fundações mais simples; (8) trabalham com líquidos contendo lama, lodos ou outras impurezas; (9) menos sobressalente, etc. Por outro lado, elas têm contra si: (1) aspiração difícil; (2) necessidade de escorva antes de começar a operar; (3) menor rendimento; (4) desaconselháveis pra pequenas vazões e altas pressões; etc. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno O campo de aplicação das bombas é vastíssimo. São empregadas freqüentemente em: -Serviços de abastecimento (água); -Estação de tratamento; -Serviço de esgoto; -Sistema de irrigação -Sistema de drenagem; -Centrais termoelétricas; -Centrais de refrigeração; -Indústria têxtil; -Indústria petrolífera; -Indústria química e petroquímica; -Indústria de mineração; -Sistema de combates a incêndios; -Uso marítimo; -Uso domiciliar; etc. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno REPRESENTAÇÃO TÍPICA DE UM SISTEMA DE BOMBEAMENTO CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Altura de sucção (as) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba. Obs.: Em bombas centrífugas normais, instaladas ao nível do mar e com fluído bombeado a temperatura ambiente, esta altura não pode exceder 8 metros de coluna d’agua (8 mca). Altura de recalque (AR) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o bocal de sucção da bomba e o ponto de maior elevação do fluído até o destino final da instalação (reservatório, etc.). •Altura manométrica total (AMT) - Altura total exigida pelo sistema, a qual a bomba deverá ceder energia suficiente ao fluído para vencê-la, levando-se em consideração os desníveis geométricos de sucção e recalque e as perdas de descarga causadas por atrito em conexões e tubulações. •AMT = Altura Sucção + Altura Recalque + Perdas de Carga Totais Unidades mais comuns: mca, Kgf/cm², Lbs/Pol². Onde: 1 Kgf/cm² = 10 mca = 14,22 Lbs/Pol² CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Perda de carga nas tubulações - Atrito exercido na parede interna do tubo quando da passagem do fluído pelo seu interior. É mensurada obtendo-se, através de coeficientes, um valor percentual sobre o comprimento total da tubulação, em função do diâmetro interno da tubulação e da vazão desejada. •Perda de carga localizada nas conexões - Atrito exercido na parede interna das conexões, registros, válvulas, dentre outros, quando da passagem do fluído. É mensurada obtendo-se, através de coeficientes, um comprimento equivalente em metros de tubulação, definido em função do diâmetro nominal e do material da conexão. •Comprimento da tubulação de sucção - Extensão linear em metros de tubo utilizados na instalação, desde o injetor ou válvula de pé até o bocal de entrada da bomba. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Comprimento da tubulação de recalque - Extensão linear em metros de tubo utilizados na instalação, desde a saída da bomba até o ponto final da instalação. •Golpe de aríete - Impacto sobre todo o sistema hidráulico causado pelo retorno da água existente na tubulação de recalque, quando da parada da bomba. Este impacto, quando não amortecido por válvula(s) de retenção, danifica tubos, conexões e os componentes da bomba. •Nível estático - Distância vertical em metros, entre a borda do reservatório de sucção e o nível (lâmina) da água, antes do início do bombeamento. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Nivel dinâmico - Distância vertical em metros, entre a borda do reservatório de sucção e o nível (lâmina) mínimo da água, durante o bombeamento da vazão desejada. •Submergência - Distância vertical em metros, entre o nível dinâmico e o injetor (Bombas Injetoras), a válvulade pé (Bombas Centrifugas Normais), ou filtro da sucção (Bombas Submersas). •Escorva da bomba - Eliminação do ar existente no interior da bomba e da tubulação de sucção. Esta operação consiste em preencher com o fluído a ser bombeado todo o interior da bomba e da tubulação de sucção, antes do acionamento da mesma. Nas bombas auto-aspirantes basta eliminar o ar do interior da mesma. Até 8 mca de sucção a bomba eliminará o ar da tubulação automaticamente. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Auto-aspirante - O mesmo que Auto-escorvante, isto é, bomba centrífuga que elimina o ar da tubulação de sucção, não sendo necessário o uso de válvula de pé na sucção da mesma, desde que, a altura de sucção não exceda 8 mca. •Cavitação - Fenômeno físico que ocorre em bombas centrífugas no momento em que o fluído succionado pela mesma tem sua pressão reduzida, atingindo valores iguais ou inferiores a sua pressão de vapor (líquido - vapor). Com isso, formam-se bolhas que são conduzidas pelo deslocamento do fluído até o rotor onde implodem ao atingirem novamente pressões elevadas (vapor - líquido). Este fenômeno ocorre no interior da bomba quando o NPSHd (sistema), é menor que o NPSHr (bomba). A cavitação causa ruídos, danos e queda no desempenho hidráulico das bombas. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •NPSH - Sigla da expressão inglesa - Net Positive Suction Head a qual divide-se em: a) NPSH disponível - Pressão absoluta por unidade de peso existente na sucção da bomba (entrada do rotor), a qual deve ser superior a pressão de vapor do fluído bombeado, e cujo valor depende das características do sistema e do fluído; b) NPSH requerido - Pressão absoluta mínima por unidade de peso, a qual deverá ser superior a pressão de vapor do fluído bombeado na sucção da bomba (entrada de rotor) para que não haja cavitação. Este valor depende das características da bomba e deve ser fornecido pelo fabricante da mesma; O NPSH disp deve ser sempre maior que o NSPH req (NPSHd > NPSHr) CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Válvula de pé ou de fundo de poço - Válvula de retenção colocada na extremidade inferior da tubulação de sucção para impedir que a água succionada retorne à fonte quando da parada do funcionamento da bomba, evitando que esta trabalhe a seco (perda da escorva). •Crivo - Grade ou filtro de sucção, normalmente acoplado a válvula de pé, que impede a entrada de partículas de diâmetro superior ao seu espaçamento. Válvula de retenção - Válvula(s) de sentido único colocada(s) na tubulação de recalque para evitar o golpe de aríete. Utilizar uma válvula de retenção a cada 20 mca de AMT. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno •Pressão atmosférica - Peso da massa de ar que envolve a superfície da terra até uma altura de ± 80 Km e que age sobre todos os corpos. Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de 10,33 mca ou 1,033 Kgf/cm² (760 mm/Hg). •Registro - Dispositivo para controle da vazão de um sistema hidráulico. •Manômetro - Instrumento que mede a pressão relativa positiva do sistema. •Vazão – Quantidade de fluído que a bomba deverá fornecer ao sistema. Unidades mais comuns de Vazão: m3 /h, l/h, l/m, l/s Onde: 1 m3 /h = 1000 l/h = 16.67 l/m = 0.278 l/s CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Carlos Moreno REPRESENTAÇÃO TÍPICA DE UM SISTEMA DE BOMBEAMENTO Altura estática de Sucção Prof. Carlos Moreno Altura estática de recalque Prof. Carlos Moreno Altura estática de elevação ou altura geométrica (Hgeo) Prof. Carlos Moreno Altura total de sucção ou altura manométrica de sucção (Hs) Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Altura total de sucção ou altura manométrica de sucção (Hs) Equação Geral das Máquinas de Fluxo Equação: desenvolvida considerando uma única rotação. A fórmula geral da função f(H,Q,n), em condições reais, cuja formula geral é : - Para uma rotação n constante, a curva (H,Q) será uma parábola; - Para H constante, a curva (Q,n) será uma hipérbole ; - Para Q constante a curva (H,n) também será uma parábola. 22 QCnQBnAH CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS Prof. Carlos Moreno CARGA DE UMA BOMBA CARGA DE UMA BOMBA (H) É A ENERGIA POR UNIDADE DE MASSA OU ENERGIA POR UNIDADE DE PESO QUE A BOMBA TEM CONDIÇÕES DE FORNECER AO LÍQUIDO PARA UMA DETERMINADA VAZÃO. EXISTE UMA TRADIÇÃO NO CAMPO PRÁTICO DE BOMBAS NO SENTIDO DE USAR ENERGIA POR UNIDADE DE PESO. ASSIM SENDO, AS CURVAS DE CARGAS VERSUS VAZÃO FORNECIDAS PELO FABRICANTES NORMALMENTE APRESENTA A CARGA COM AS SEGUINTES UNIDADES : Kgf x m / Kgf = m Prof. Carlos Moreno POTÊNCIA ÚTIL CEDIDA AO LIQUIDO NAS BOMBAS DEVEMOS CONSIDERAR AS SEGUINTES POTÊNCIAS E RENDIMENTOS: 1- POTÊNCIA MOTRIZ- TAMBÉM DENOMINADA CONSUMO DE ENERGIA DA BOMBA, OU POTÊNCIA CEDIDA É A POTÊNCIA FORNECIDA PELO MOTOR AO EIXO DA BOMBA ( Brake Horse Power – BHP). É MEDIDA COM UM FREIO DINAMOMÉTRICO. Pot c = y Q H ONDE H É USADO EM ENERGIA / PESO. É BASTANTE USADA NO CÁLCULO DE POTÊNCIA CEDIDA AS SEGUINTE FÓRMULA : Pot c = y Q H / 75 ONDE : Pot c => CV Q = m³ / s y = kgf / m³ H = m Prof. Carlos Moreno POTÊNCIAS DE ELEVAÇÃO NEM TODA A POTÊNCIA FORNECIDA AO EIXO DA BOMBA É APROVEITADA NA TRANSMISSÃO DE ENERGIA AO LÍQUIDO PELO ROTOR. UMA PARTE SE PERDE POR ATRITOS MECÂNICOS NOS MANCAIS E GAXETAS DE MODO QUE AS PÁS DO ROTOR CEDEM AO LÍQUIDO A ANERGIA H , QUE É A ALTURA TOTAL DE ELEVAÇÃO. A POTÊNCIA , PORTANTO CEDIDA PELO ROTOR AO LÍQUIDO É A POTÊNCIA DE ELEVAÇÃO ( Water Horse Power – WHP) Prof. Carlos Moreno CURVAS CARACERÍSTICAS DAS BOMBAS São representações gráficas que traduzem o funcionamento das bombas, obtidas em bancos de prova. INFORMAM VALORES DE: Vazão; Altura manométrica; Diâmetro de rotor; Rendimento; Potência consumida NPSH, etc Prof. Carlos Moreno ESQUEMA DE UM BANCO DE PROVA medidor de vazão painel de controle válvula reservatório de água bomba manômetro na sucção motor manômetro no recalque Prof. Carlos Moreno Máquinas de Fluxo Prof. Carlos Moreno dos Santos Exercício de revisão Curvas Características de uma Bomba Centrífuga Construa as curvas típicas característica de uma bomba centrifuga considerando quatro pontos de H até o máximo de 12 metros) e quatro pontos de vazão até máximo de 6 m³/h. Indique a ordem de crescimento do diâmetro do rotor para cada curva. Prof. Carlos Moreno Equação Geral das Máquinas de Fluxo Equação: desenvolvida considerando uma única rotação. A fórmula geral da função f(H,Q,n), em condições reais, é : - Para uma rotação n constante, a curva (H,Q) será uma parábola; - Para H constante, a curva (Q,n) será uma hipérbole ; - Para Q constante a curva (H,n) também será uma parábola. 22 QCnQBnAH CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS Prof. Carlos Moreno BANCO DE ENSAIOS PARA BOMBAS CENTRÍFUGAS Para a realização de ensaios em bombas, deve-se ter no mínimo os seguintes equipamentos e instrumentos para diversas medições: Freio dinamométrico para medição de potência; Manômetros de vários tipos, aplicáveis a diversas faixas de pressão; Termômetros; Conta-giros de aplicação direta, ou estroboscópio; Tubos de Pitot, vertedores, placas de orifício, para medição da vazão; Densímetros; viscosimetros; Voltímetros, amperímetros e watímetros. Prof. Carlos Moreno OBTENÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA Depois que a instalação da bomba juntamente com ao aparelhos de medição estiverem instalados, procede-se da seguinte forma: Partimos a bomba e fechamos totalmente a válvula de descarga, obtendo assim a vazão zero; Mede-se a pressão diferencial nos manômetros colocados na sucção e descarga; Neste ponto teremos a pressão diferencial máxima, também chamada de “shut off”; Transformamos essa pressão em mca; Neste ponto, fazemos as leituras das medições elétricas obtidas no painel de controle para determinarmos a potência consumida e o rendimento Prof. Carlos Moreno OBTENÇÃO DA CURVACARACTERÍSTICA Já temos o valor da vazão, Q0; da altura manométrica H0 ; da potência consumida P0 e do rendimento 0, em uma determinada rotação, geralmente : II , lV , Vl e Vlll pólos; Faz-se a leitura da rotação; Abre-se um pouco a válvula de descarga, otendo assim uma nova vazão, uma nova altura manométrica, uma nova potência consumida e um novo rendimento ou seja, Q1, H1, P1 e 1 Repete-se esse procedimento diversas vezes, obtendo novos pontos de vazão, altura manométrica, potência consumida e rendimento; Prof. Carlos Moreno OBTENÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA Com estes pontos, plotamos em um gráfico, otendo assim uma curva para um determinado diâmetro de rotor; Se variarmos o rotor desde um diâmetro máximo, até um diâmetro mínimo e a cada diâmetro repetirmos os passos anteriores, obteremos uma família de curvas para determinado tamanho de bomba e em uma determinada rotação. Exemplo de uma curva característica: Prof. Carlos Moreno PLOTAGEM DOS PONTOS OBTIDOS ( H x Q ) Q H Q0 H0 Q1 Q2 Q3 H3 H2 H1 D1 = diâmetro máximo D2 D3 D4 = diâmetro mínimo D1 > D2 > D3 > D4 Prof. Carlos Moreno TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS Dependendo da hidráulica da bomba, as curvas podem se apresentar de várias formas. - Tipo estável Q H Prof. Carlos Moreno Q H H1 Q1 Q2 TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS - Tipo instável Prof. Carlos Moreno Q H TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS - Tipo inclinada Prof. Carlos Moreno Q H TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS - Tipo plana Prof. Carlos Moreno POTÊNCIA Potência hidráulica Ph = x Q x H 270 Potência consumida pela bomba P = x Q x H 270 x Unidades Q = H = 270 = Ph = = kgf/dm3 m3/h m fator de conversão CV Prof. Carlos Moreno CURVAS DE RENDIMENTO O rendimento de uma bomba centrífuga é plotado em curva característica própria. Geralmente se apresentam de duas maneiras: Qótima máx Q Prof. Carlos Moreno CURVAS DE RENDIMENTO 86% 85% 85% 80% 80% 70% 70% D1 D2 D3 D1 D2D3 86 85 80 70 H Q % Prof. Carlos Moreno CURVA CARACTERÍSTICA COMPLETA - Altura manométrica x Vazão Prof. Carlos Moreno CURVA CARACTERÍSTICA COMPLETA - Potência consumida x Vazão Prof. Carlos Moreno PONTO DE TRABALHO Q H P ponto de trabalho curva da bomba curva de rendimento curva de potência consumida curva do sistema Qt Pt Ht t Intersecção da curva da bomba com a curva do sistema Prof. Carlos Moreno MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Qual o motivo de se alterar o ponto de trabalho ? flexibilizar o sistema de bombeamento; adequar a bomba a uma nova necessidade operacional; evitar sobrecarga no acionador; etc. Prof. Carlos Moreno MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Atuando no sistema curva do sistema válvula aberta válvula parcialmente aberta curva da bomba ponto de trabalho inicial Q H Q1 H1 Q2 H2 novo ponto de trabalho Prof. Carlos Moreno MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Outras forma não usuais de alterar o ponto de trabalho, atuando no sistema: Variando as pressões nos reservatórios; Mudando os diâmetros das linhas; Inclusão ou exclusão de acessórios na linha; Modificação do lay-out das linhas; Mudança dos níveis do fluido nos reservatórios; etc. Prof. Carlos Moreno MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Atuando na bomba - variando a rotação Q H rotação 2 rotação 1 ponto de trabalho 2 ponto de trabalho 1 curva do sistema Qt2 Qt1 Ht1 Ht2 rotação 1 > rotação 2 Prof. Carlos Moreno MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Atuando na bomba - variando o diâmetro do rotor diâmetro 1 > diâmetro 2 Q H diâmetro 2 diâmetro 1 ponto de trabalho 2 ponto de trabalho 1 curva do sistema Qt2 Qt1 Ht1 Ht2 Prof. Carlos Moreno LEIS DA SIMILARIDADE Q Q1 n n1 = H H1 n n1 = 2 P P1 n n1 = 3 Vazão proporcional a rotação Altura manométrica varia com o quadrado da variação da rotação Potência consumida varia com o cubo da variação da rotação Prof. Carlos Moreno Seleção de Bomba Centrífuga Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Diagrama de Colina Uma outra forma de representação das curvas características: diagrama de colina. Aqui são representadas curvas HxQ para diferentes rotações juntamente com curvas de iso- rendimento. As curvas de igual rendimento têm o aspecto de elipses, sendo que o rendimento máximo estará no interior delas. O ponto (H,Q) correspondente a este rendimento máximo recebe o nome de ponto normal, e assim tem-se Hn e Qn. O nome diagrama de colina vem do aspecto que se assemelha a um diagrama topográfico de um morro. Prof. Carlos Moreno Diagrama de Colina Prof. Carlos Moreno Curvas Fornecidas pelo Fabricante As curvas de potência consumida em função da vazão podem vir separadas das curvas HxQ e de iso-rendimento. Curvas características – Bomba KSB Meganorm 100-200. Prof. Carlos Moreno Curvas Fornecidas pelo Fabricante As curvas de potência consumida em função da vazão podem vir em forma de curvas de potência constante em um único diagrama. Curvas características – Bomba ESCO – T3. Prof. Carlos Moreno Curvas Fornecidas pelo Fabricante Para permitir uma escolha rápida de uma família de bombas dentre aquelas disponíveis, o fabricante fornece um diagrama, chamado de diagrama de quadrículas, no qual se entra com a vazão e a altura manométrica desejadas e se determina qual a família mais adequada. A construção deste diagrama leva em consideração a rotação da bomba, e uma faixa de rendimentos considerada adequada pelo fabricante para a classe de bombas em questão. Região de rendimento aceitável com variação de diâmetro. Prof. Carlos Moreno Curvas Fornecidas pelo Fabricante A junção das quadrículas de uma série de bombas num único diagrama permite a visualização global de toda a série. O número dentro das quadrículas representa a família de bombas, sendo que, neste caso específico, o primeiro número se refere ao diâmetro da boca de recalque e o segundo a classe de diâmetros das bombas que compõem a família de bombas. Diagrama de quadrículas da série KSB-Meganorm. Prof. Carlos Moreno Fatores que Modificam as Curvas Características Fatores: a) Variação na rotação e no diâmetro do rotor; b) natureza do líquido que está sendo bombeado; c) tempo de serviço da máquina. Análise dimensional (parâmetros): a) Rotação (n) (em rps); b) diâmetro externo do rotor (D); c) massa específica do fluido (); d) viscosidade do fluido (); e) vazão (Q); f) carga (H); g) potência (N). Grupos adimensionais obtidos: Com estes grupos adimensionais é possível se determinar o comportamento esperado da máquina quando ocorrem variações em alguns dos parâmetros. 534 2 322231 Dn N e nD ; Dn H ; nD Q Prof. Carlos Moreno Influência da Variação da Rotação 3 1 3 2 1 2 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2 n n N N e n n H H ; n n Q Q 534 2 322231 Dn N e nD ; Dn H ; nD Q Prof. Carlos Moreno Relação entre Potências A relação para a potência é válida supondo que o rendimento da máquina permanece constante. Entretanto, a variação da rotação irá alterar o rendimento. A correção pode ser feita introduzindo os rendimentos na expressão de potência. com Além desta, existem outras expressões empíricas para a estimativa da eficiência, tal como a recomendada por Comolet: 2 1 3 1 3 2 1 2 n n N N 1,0 1 2 12 n n )1(1 17,0 2 1 11 1 2 n n )1( Prof. Carlos Moreno Relação entre Potências A relação para a potência é válida supondo que o rendimento da máquina permanece constante. Entretanto, a variação da rotação irá alterar o rendimento. A correção pode ser feita introduzindo os rendimentos na expressão de potência. com Além desta, existem outras expressões empíricas para a estimativa da eficiência, tal como a recomendada por Comolet: 2 1 3 1 3 2 1 2 n n NN 1,0 1 2 12 n n )1(1 17,0 2 1 11 1 2 n n )1( Prof. Carlos Moreno Relação entre Potências Exemplo: curvas da bomba KSB Meganorn 32-125, com rotações de 1750rpm e 3500 rpm. Para 3500 rpm com rotor de 134 mm tome um ponto, por exemplo, com uma vazão Q = 25 m3/h, que corresponde a H = 32,5 m, N = 4,6 HP e = 65%. Aplicando as equações anteriores para obter um ponto quando o funcionamento se dá em 1750 rpm chega-se a : Q = 12,5 m3/h , H = 8,1 m, = 0,62 e N = 0,6HP. Os dois pontos estão marcados na figura, e verifica- se boa aproximação. Prof. Carlos Moreno LEIS DA SIMILARIDADE Q Q1 n n1 = H H1 n n1 = 2 P P1 n n1 = 3 Vazão proporcional a rotação Altura manométrica varia com o quadrado da variação da rotação Potência consumida varia com o cubo da variação da rotação 1,0 1 2 12 )1(1 n n Prof. Carlos Moreno CONSIDERANDO A CURVA DA BOMBA ABAIXO E SUAS INDICAÇÕES , ESTABELEÇA, OS VALORES DE VAZÃO, ALTURA MANOMÉTRICA , POTÊNCIA E RENDIMENTO PARA UMA BOMBA DA MESMA FAMÍLIA CUJA ROTAÇÃO É 1750 RPM DE ACORDO COM AS LEIS DA SIMILARIDADE MÁQUINAS ROTATIVAS. EXERCICIO. 02_10_2013 Q Q1 n n1 = H H1 n n1 = 2 P P1 n n1 = 3 1,0 1 2 12 )1(1 n n Prof. Carlos Moreno Relação entre Potências Exemplo: curvas da bomba KSB Meganorn 32-125, com rotações de 1750rpm e 3500 rpm. Para 3500 rpm com rotor de 134 mm tome um ponto, por exemplo, com uma vazão Q = 25 m3/h, que corresponde a H = 32,5 m, N = 4,6 HP e = 65%. Aplicando as equações anteriores para obter um ponto quando o funcionamento se dá em 1750 rpm chega-se a : Q = 12,5 m3/h , H = 8,1 m, = 0,62 e N = 0,6HP. Os dois pontos estão marcados na figura, e verifica- se boa aproximação. Prof. Carlos Moreno Influência do Diâmetro do Rotor Nesta análise é importante se separar em duas situações diferentes. A primeira delas é quando se trata de bombas geometricamente semelhantes, isto é, bombas cujas dimensões físicas têm um fator de proporcionalidade constante. Neste caso, a análise dos parâmetros adimensionais fornece as relações: 5 1 2 1 2 2 1 2 1 2 3 1 2 1 2 D D N N e D D H H ; D D Q Q Prof. Carlos Moreno Relação entre Potências Exemplo: curvas da bomba KSB Meganorn 32-125, com rotações de 1750rpm e 3500 rpm. Para 3500 rpm com rotor de 134 mm tome um ponto, por exemplo, com uma vazão Q = 25 m3/h, que corresponde a H = 32,5 m, N = 4,6 HP e = 65%. Aplicando as equações anteriores para obter um ponto quando o funcionamento se dá em 1750 rpm chega-se a : Q = 12,5 m3/h , H = 8,1 m, = 0,62 e N = 0,6HP. Os dois pontos estão marcados na figura, e verifica- se boa aproximação. Prof. Carlos Moreno Influência do Diâmetro do Rotor A outra situação: quando existe uma redução no diâmetro externo do rotor, permanecendo as outras características físicas constantes. Esta alternativa é utilizada pelos fabricantes de bombas para ampliar a faixa de operação de suas máquinas. Desta forma, são montadas bombas com volutas idênticas, porém com rotores de diâmetro diferentes. Neste caso: Existem autores que propõem que o expoente da relação de diâmetros na expressão de Q deva ser entre 0,9 e 1,1 e outros autores afirmam que este expoente deve ser 2. 3 1 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 2 D D N N e D D H H ; D D Q Q Prof. Carlos Moreno Influência do Diâmetro do Rotor Exemplo: bomba KSB Meganorm 32- 125, com diâmetro 134mm e 3500 rpm, funcionando em Q = 25 m3/h , H=32,5 m e N = 4,6 HP, e se deseja estimar um ponto na curva da bomba se o rotor tivesse 119 mm. Aplicando a fórmula obtém-se Q = 22,2 m3/h (19,7 m3/h com expoente 2), H = 25,6 m e N = 3,22 HP. Prof. Carlos Moreno Influência da Massa Específica do Fluido Se tivermos duas bombas iguais bombeando líquidos com massa específica diferentes com o mesmo número de rotações, se a viscosidade dos dois for a mesma, experimentalmente se verifica que o rendimento se mantém praticamente constante, a carga gerada no rotor será a mesma pois as velocidades se mantêm as mesmas, porém a pressão medida na saída da bomba será mais elevada no líquido de maior peso específico. A potência consumida pela máquina também será maior, pois: HQ N Prof. Carlos Moreno Influência da Viscosidade Se a viscosidade variar, as perdas por atrito e por choques sofrerão variações que podem ser elevadas e isto poderá afetar o funcionamento da máquina. O aumento da viscosidade diminuirá a energia útil fornecida ao líquido e o rendimento e ter-se-á um aumento na potência consumida. Nas bombas de menores dimensões estes efeitos serão mais acentuados do que nas de dimensões maiores. Prof. Carlos Moreno Influência da Viscosidade O Hydraulic Institute apresenta no seu relatório “Standards for Centrifugal Pumps” um gráfico aplicável somente a bombas centrífugas, destinadas ao bombeamento de óleo, com rotor aberto ou fechado, não devendo ser aplicado a fluidos não newtonianos, tais como pastas de papel, esgoto, etc. Prof. Carlos Moreno Influência do Tempo de Uso da Bomba O tempo de serviço deteriora o desempenho do equipamento devido aos desgastes normais que ocorrem. Como esta deterioração depende do material de construção e das condições de operação não é possível se encontrar relações matemáticas para correções. Para se verificar o desempenho após certo tempo, a única forma é submeter a máquina a um teste e determinar as novas curvas. Prof. Carlos Moreno Influência de Materiais em Suspensão Quando se tem uma mistura de água e sólidos ou elementos pastosos em suspensão, esta mistura se comporta como um líquido com densidade e viscosidade maior. Devido à diversidade das composições não se pode estabelecer correlações para correções de curvas. Como o bombeamento deste tipo de líquido exige muitas vezes materiais de construção e rotores com geometria especiais, para aplicações mais comuns, existem bombas especiais disponíveis no mercado. Prof. Carlos Moreno Velocidade Específica e Rotação Específica Uma expressão para a velocidade específica pode ser obtida pela eliminação do diâmetro nas expressões de 1 e 2 das relações anteriormente apresentadas. Para isso, basta fazer a relação: sendo ns a velocidade específica e H a energia fornecida pela bomba por unidade de massa do fluido. 4/3 2/1 s4/3 2 2/1 1 H Q n Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno A fim de entender o seu vasto campo de aplicação, as bombas centrifugas são fabricadas nos mais variados tipos, podendo ser classificadas segundo diversos critérios: SEGUNDO A POSIÇÃO DO EIXO Bomba Centrifuga: • Horizontal • Vertical • Inclinada SEGUNDO O NÚMERO DE ROTORES Bomba Centrifuga: • Simples estágio – um motor • Multiestágios – vários rotores SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO Bomba Centrifuga: • Submersa – funciona dentro da fonte do suprimento • Não-submersa CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno SEGUNDO FINALIDADE Bomba Centrifuga: • De uso geral • De drenagem • De irrigação • De alimentação de caldeira • De condensado • De incêndio • De processo • Química • Marítima, etc. CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Dinâmicas ou Turbobombas A energia é transferida para o líquido pela rotação de um eixo onde é montado um disco, com certo número de palhetas ou pás, chamadas de rotor ou impelidor. O que caracteriza os diferentes tipos de turbobombas é a geometria do impelidor e suas palhetas, o que vai influenciar a forma como a energia é transferida para o fluido e sua direção na saída do impelidor. A vazão bombeada depende da construção da bomba e das característicasdo sistema em que está operando. CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS Bombas centrífugas, também chamadas turbobombas; Bombas volumétricas ou de deslocamento positivo; Bombas especiais, p. ex, bombas de vácuo. Prof. Carlos Moreno BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO OU VOLUMÉTRICAS Bomba de engrenagens Bomba de lóbulos Prof. Carlos Moreno BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO OU VOLUMÉTRICAS Bomba de palhetas Bomba de parafusos Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Rotor radial Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Rotor semi-axial Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Rotor axial Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor (es) entre mancais Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Tipo turbina ( verticais) Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - monobloco Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - bomba / motor separados suporte de mancais Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - bomba / motor separados cavalete de mancal Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - bomba/motor separados fixação por linha de centro Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Quanto a partição da carcaça partida radialmente partida axialmente Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor entre mancais - múltiplos estágios - bipartida radialmente Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor entre mancais - múltiplos estágios - bipartida axialmente Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Submersas Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Tipo turbina verticais axial semi-axial Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS - simples estágio aperta gaxeta rotor rolamento anel centrifugador anel cadeado luva protetora do eixo eixo tampa de pressão corpo espiral anel de desgaste gaxeta suporte de mancal Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Rotor fechado Fluxo simples Dupla sucção Tubular Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Rotor aberto de três pás Recuado ou tipo vortex Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Rotor periférico Rotor estrelado Prof. Carlos Moreno Características Construtivas Prof. Carlos Moreno 2.2.22. Fixação dos rotores Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Corpo espiral; voluta; carcaça rosqueado flangeado corpo circular Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Eixo Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Luva protetora do eixo Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Anel de desgaste Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Perdas hidráulicas Em função da redução da descarga útil da bomba: • Perdas volumétricas exteriores, devidas à fuga ou vazamentos através da folga entre eixo e caixa da bomba. • Perdas volumétricas interiores, devidas a re- circulação de parte do líquido que sai do rotor para sua entrada novamente. Prof. Carlos Moreno Perdas hidráulicas Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Gaxetas Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Anel lanterna ou anel cadeado Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Vedação de Bombas Prof. Carlos Moreno 3.2.4. Importância da bucha de garganta Prof. Carlos Moreno Vedação de Bombas Prof. Carlos Moreno 3.2.2. Determinação do tamanho e quantidade de anéis Corte dos anéis de gaxeta Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno Selo Mecânico Prof. Carlos Moreno Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Selo mecânico mola simples molas múltiplas Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Selo mecânico selo tipo cartucho Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Rolamentos rolamentos de esferas de uma ou duas carreiras (suporta forças radiais e axiais) rolamentos de esferas de contato angular. Montado em tandem, são capazes de suportar forças radiais e axiais em uma só direção Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Rolamentos rolamentos de esferas de contato angular. Montado em “ O ” ou “ X ”,, são capazes de suportar forças radiais e axiais nas duas direções rolamentos de rolos cilíndricos de uma só carreira (para suportar só forças radiais) Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Rolamentos rolamentos autocompensadores de esferas (suporta forças radiais e axiais) Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Suporte de mancal / Cavalete de mancal Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Sobreposta ou aperta gaxeta Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Copo de ressuprimento automático / vareta do nível de óleo Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Acoplamento Sem espaçador Com espaçador Prof. Carlos Moreno PEÇAS PRINCIPAIS Papelão hidráulico para juntas Prof. Carlos Moreno Empuxo axial Força atuante na direção axial (do eixo), oriunda das pressões laterais atuantes nas faces do rotor, que agem com valores diferentes. Prof. Carlos Moreno EMPUXO AXIAL pressão na parede do rotor no recalque pressão na parede do rotor no recalque Prof. Carlos Moreno Alívio do empuxo axial furos de alívio no rotor Prof. Carlos Moreno ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Palhetas traseiras Prof. Carlos Moreno ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Palhetas traseiras Prof. Carlos Moreno ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Rotor de dupla sucção Rotor de dupla sucção Pressão na descarga Pressão na sucção Pressão na sucção Pressão na descarga Prof. Carlos Moreno ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Rotor de dupla sucção Prof. Carlos Moreno ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Arranjo de rotores Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno EXEMPLO: 1 - Sucção 2 - Rotor 3 - Descarga 4 - Caixa de Selagem 5 - Eixo 6 - Selo Mecânico 7 - Sobreposta 8 - Mancais Radial e de Escora EXEMPLO: CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas ou de Deslocamento Positivo Nestas, a movimentação de uma peça da bomba força o líquido a executar o mesmo movimento. O líquido sucessivamente preenche e é expulso de um volume no interior da bomba. Logo, existe uma proporcionalidade entre a vazão de líquido e a velocidade da bomba. Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Engrenagem) Essas bombas podem ser de engrenagem interna ou engrenagem externa. Por esta segunda ser mais comum, é a respeito dela que daremos uma breve explicação. Consiste em duas rodas dentadas, trabalhando dentro de uma caixa com folgas muito pequenas em volta e do lado das rodas. Com o movimento das engrenagens o fluido, aprisionado nos vazios entre os dentes e a carcaça, é empurrado pelos dentes e forçado a sair pela tubulação de saída. Os dentes podem ser retos ou helicoidais. Quando a velocidade é constante, a vazão é constante. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Prof. Carlos Moreno Têm o princípio de funcionamento similar ao das bombas de engrenagens. Podem ter dois, três ou até quatro lóbulos, conforme o tipo. Por ter um rendimento maior. As bombas de três lóbulos são as mais comuns. São usadas no bombeamento de produtos químicos, líquidos lubrificantes ou não-lubrificantes de todas as viscosidades. CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Lóbulos) Prof. Carlos Moreno Constam de um, dois ou três "parafusos" helicoidais que têm movimentos sincronizados através de engrenagens. Esse movimento se realiza em caixa de óleo ou graxa para lubrificação. Por este motivo, são silenciosas e sem pulsação. O fluido é admitido pelas extremidades e, devido ao movimento de rotação e aos filetes dos parafusos, que não têm contato entre si, é empurrado para a parte central onde é descarregado. Essas bombas são muito utilizadas para o transporte de produtos de viscosidade elevada. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Parafusos) Prof. Carlos Moreno Muito usadas para alimentação de caldeiras e para sistema óleodinâmicos de acionamento de média ou baixa pressão. São auto-aspirantes e podem ser empregadas também como bombas de vácuo. São compostas de um cilindro (rotor) cujo eixo de rotação é excêntrico ao eixo da carcaça. O rotor possui ranhuras radiais onde se alojam palhetas rígidas com movimento livre nessa direção. Devido à excentricidade do cilindro em relação à carcaça, essas câmaras apresentam uma redução de volume no sentido de escoamento pois as palhetas são forçadas a se acomodarem sob o efeito da força centrífuga e limitadas, na sua projeção para fora do rotor, pelo contorno da carcaça. Podem ser de descarga constante (mais comuns) e de descarga variável . CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Paletas deslizantes) Prof. Carlos Moreno O componente que produz o movimento do líquido é um pistão que se desloca, com movimento alternativo, dentro de um cilindro. No curso de aspiração, o movimento do pistão tende a produzir vácuo. A pressão do líquido no lado da aspiração faz com que a válvula de admissão se abra e o cilindro se encha. No curso de recalque, o pistão força o líquido, empurrando-o para fora do cilindro através da válvula de recalque. O movimento do líquido é causado pelo movimento do pistão, sendo da mesma grandeza e do tipo de movimento deste. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Pistão) Prof. Carlos Moreno Seu princípio de funcionamento é idêntico ao das alternativas de pistão. A principal diferença entre elas está no aspecto construtivo do órgão que atua no líquido. Por serem recomendadas para serviços de pressões mais elevadas, exigem que o órgão de movimentação do líquido seja mais resistente, adotando-se assim, o êmbolo, sem modificar o projeto da máquina. Com isso, essas bombas podem ter dimensões pequenas. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Embolo) Prof. Carlos Moreno O órgão que fornece a energia ao líquido é uma membrana acionada por uma haste com movimento alternativo. O movimento da membrana, em um sentido, diminui a pressão da câmara fazendo com que seja admitido um volume de líquido. Ao ser invertido o sentido do movimento da haste, esse volume é descarregado na linha de recalque. São usadas para serviços de dosagens de produtos já que, ao ser variado o curso da haste, varia-se o volume admitido. Um exemplo de aplicação dessa bomba é a que retira gasolina do tanque e manda para o carburador de um motor de combustão interna. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO - VISÃO GERAL DO UNIVERSO DAS BOMBAS Bombas Volumétricas / Deslocamento Positivo (Diafragma) Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Para facilitar o conhecimento de uma maquina, pode-se adotar o recurso didático de dividi-las em secções ou sistemas, em que cada secção ou sistema tem um objetivo fundamental. Adotando essa diretriz no estudo das bombas centrifugas, pode-se dividi-la da seguinte maneira: Secções Hidráulica Mecânica Vedação Suportação Sistemas Lubrificação Auxiliar de vedação Resfriamento Transmissão de torque Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS A secção hidráulica engloba peças responsáveis pela transferência e conversão de energia do líquido. As peças fundamentais são: o rotor que transfere energia cinética e de pressão ao líquido e a carcaça, que converte parte da energia cinética em energia de pressão. Nas bombas de multiestágios, a conversão parcial de energia cinética em energia de pressão se processa no diafragma, que também tem a função de encaminhar o líquido que sai de um rotor para o rotor seguinte. Em projetos mais aprimorados ainda há o indutor e os anéis de desgaste. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS A secção mecânica abrange a peça transmissora do movimento de rotação e as peças que mantém o conjunto girante na posição adequada. As principais peças integrantes da secção mecânica são o eixo, os mancais e as caixas de mancais. A secção de vedação tem a função de impedir a passagem do líquido ou de ar na região circunvizinha onde o eixo atravessa a carcaça. O elemento básico responsável pela vedação pode ser anéis de gaxeta ou selo mecânico, instalados no interior de uma caixa oca, tendo na face uma sobreposta aparafusada Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS A secção de suportação tem a função estrutural de apoiar a bomba. Pertencem a esta secção os pedestais, os suportes e a base metálica. O sistema de lubrificação contempla os mancais e, em alguns casos, o acoplamento. O sistema auxiliar de vedação reúne acessórios extras que atuam no sentido de melhorar o desempenho das peças da secção de vedação. O sistema de resfriamento tem a função de não deixar a temperatura de algumas peças ultrapassarem valores incompatíveis ao bom funcionamento da maquina. O sistema de transmissão de potência transfere o movimento da maquina motora pra a bomba. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS CONFIGURAÇÃO As bombas horizontais, apesar da variedade de modelo têm apenas duas configurações: Com rotor (es) em balanço Com rotor (es) em mancais ROTOR BALANÇO ROTOR ENTRE MANCAIS Prof. Carlos Moreno No caso de bombas verticais, a configuração mais empregada, na pratica, está esquematizada na figura abaixo: DETALHES CONSTRUTIVOS Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS ROTORES O rotor ou impelidor é o órgão da bomba que imprime à massa líquida um movimento circulatório, acelerando-a para a periferia em decorrência da ação da força centrifuga. O rotor tem função básica de fornecer energia cinética e de pressão ao líquido. Para poder fornecer energia ao líquido é necessário que o rotor receba o trabalho mecânico correspondente de uma fonte motriz externa. Esse trabalho é transmitido para o rotor sob forma de conjugado de rotação. Resumindo: o rotor é o órgão girante que, acionado por fonte motriz externa, energiza o líquido. rendimento. O numero de rotores de uma bomba centrifuga é que determina o numero de estágios dessa bomba Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS PARTES COMPONENTES DO ROTOR A maioria dos rotores tem: olhal de sucção, palhetas, paredes e cubo. O olhal de sucção é a parte onde o líquido penetra no rotor. As palhetas ou pás servem para transmitir energia e guiar convenientemente o líquido em sua trajetória dentro do rotor. As a paredes são discos ou coroas circulares de espessura delgada destinadas a evitar a fulga dispersa do líquido no rotor. São, também, elementos estruturais para a fixação das palhetas. O cubo, impropriamente, chamado, é a parte que prende o rotor no eixo. TIPOS DE ROTORES Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS SENTIDO DE ROTAÇÃO O sentido de rotação do rotor é de fundamental importância para o desempenho da bomba. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Rotor na Posição Invertida com Rotação Correta e Rotor na Posição Correta com Rotação Invertida Se o rotor for montado corretamente mais girar em sentido inverso (figura acima)devido à troca das ligações dos pólos do motor, então o liquido vai percorrer o trecho da carcaça em sentido contrario ao que foi projetado. Conseqüentemente, a bomba fornecera baixa altura manométrica e vazão reduzida devido à queda acentuada de sua eficiência. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS TIPOS DE ROTORES Os rotores podem ser classificados segundo três critérios fundamentais: Quanto à admissão de líquido Rotor de: • Simples sucção • Dupla sucção Quanto às paredes Rotor de: • Aberto • Semi-aberto • Fechado Quanto à direção da saída do líquido Rotor de fluxo: Axial Radial Misto Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS TIPOS DE ROTORES Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS TIPOS DE ROTORES Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS TIPOS DE ROTORES Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL NO ROTOR pressão na parede do rotor no recalque pressão na parede do rotor no recalque Empuxo Axial Força atuante na direção axial (do eixo), oriunda das pressões laterais atuantes nas faces do rotor, que agem com valores diferentes. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL NO ROTOR Palheta Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL NO ROTOR Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL NO ROTOR Rotor de dupla sucção Pressão na descarga Pressão na sucção Pressão na sucção Pressão na descarga Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL NO ROTOR Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS INFLUÊNCIA DOS ROTORES NA VELOCIDADE ESPECÍFICA A velocidade específica é um índice numérico (adimensional), expresso matematicamente pela seguinte expressão: Observações: 1- Em bombas com rotor de dupla sucção, dividir a vazão por 2 para entrar na fórmula. 2- Para bomba de multi-estágios, dividir a altura manométrica (H) pelo número de estágios. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS INDUTOR O indutor é um pequeno parafuso de Arquimedes situado na parte frontal do olhal de sucção do rotor e preso no eixo da bomba. Ele age aspirando uma quantidade extra de líquido para dentro do rotor melhorando significativamente as condições operacionais da bomba. O indutor é uma opção para atender os casos em que a baixa pressão de sucção e a alta temperatura tornam-se um problema crítico de bombeamento. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS CARCAÇA Função A carcaça tem função de coletar o líquido que abandona o rotor, guiá-lo adequadamente ate o bocal de saída e, durante esse trajeto, promover a transformação de parte da energia cinética em energia de pressão. As carcaças são dotadas de dois bocais: de sucção (ou aspiração), no qual o liquido é dirigido para parte central do rotor; de descarga (ou recalque), que encaminha o líquido para fora da bomba. Para reduzir o efeito da pré-rotação e assegurar um fluxo uniforme na aspiração, os fabricantes costumam instalar uma palheta guia nos bocais de sucção com diâmetro superior a quatro polegadas. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Nas bombas de multiestágios, há necessidade de intercalar uma peça entre os estágios para separar um do outro. Isso é feito com adaptação de diafragmas (figura abaixo) que são fixados nas carcaças da bomba. Sua função é orientar o líquido para o estágio seguinte. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS TIPOS DE CARCAÇA As carcaças podem ser classificadas segundo dois critérios: Quanto ao formato: Concêntrica Voluta Dupla voluta Difusura Difusura-voluta Difusura-dupla voluta Quanto à partição Partida radialmente Partida axialmente Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Carcaça Concêntrica A carcaça concêntrica tem formato circular com centro coincidente com o centro do rotor. Por esta razão, alguns autores preferem chamar de carcaça circular. A carcaça concêntrica apresenta secções iguais em quase toda periferia do rotor Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Nas carcaças concêntricas a pressão exercida pelo líquido ao longo de sua circunferência vai aumentando gradativamente até o bocal de sua saída. Essa variação de pressão atua sobre o rotor (figura abaixo) dando origem a um empuxo radial resultante (figura abaixo). A grandeza desse empuxo depende do projeto geométrico da carcaça. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Carcaça Voluta A carcaça voluta tem um formato espiralado, apresentando secções crescentes em volta do rotor (figura abaixo) Devido a sua simplicidade, baixo custo de fabricação e sua eficiência que o tipo concêntrico, a carcaça voluta é o tipo de carcaça mais empregado em bombas centrifugas de simples estágio. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Aqui, como na carcaça concêntrica, também ocorre aumento de pressão exercida pelo líquido ao longo da voluta. Analogamente, essa variação de pressão atua sobre o rotor provocando um empuxo radial resultante Esse empuxo radial varia em grandeza e direção em função da vazão, altura manométrica, diâmetro e espessura do rotor Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Você conhece este Gráfico? Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Carcaça Dupla Voluta A carcaça dupla voluta surgiu como solução mais econômica de projeto de carcaça que desenvolvesse pequeno empuxo radical. O projeto consiste de duas volutas simples, defasadas de 180 graus, com parte do líquido passando externamente a uma delas e se juntando no trecho do bocal de descarga (figura abaixo) Na carcaça dupla voluta os empuxos radicais provenientes de cada voluta são iguais e opostos, proporcionando uma resultante nula. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Carcaça Difusora A carcaça difusora é dotada de pás diretrizes estacionarias formando canais com secções gradativamente crescentes (figura abaixo). Essas pás têm a finalidade de receber e guiar convenientemente o líquido quando abandona o rotor. O difusor pode ser considerado como varias volutas de pequeno comprimento, em volta do rotor, conforme ilustra a figura A função do difusor é transformar parte da energia cinética do líquido em energia de pressão. Enquanto a velocidade do líquido diminui, a pressão aumenta. Não é comum empregar-se carcaças difusoras em bombas de simples estágios, entretanto sua utilização em bombas de multiestágios é recomendável afim de que o líquido escorra de rotor para outro com velocidade reduzida e com o mínimo de perda de energia. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS O difusor não proporciona empuxo radial sobre o rotor. As pressões hidráulicas são distribuída uniformemente conforme mostra figura abaixo. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS As Carcaças partidas Axialmente São cortadas segundo um plano que passa pela linha de centro do eixo. São empregadas na maioria das bombas horizontais com mancais em ambos os lados. As carcaças partidas axialmente também são chamadas de carcaças horizontalmente bipartidas. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Anéis de Desgaste Numa bomba centrífuga em funcionamento, as pressões atuantes na região frontal do rotor são diferentes. No recinto frontal a parede dianteira do rotor, atua a pressão de descarga e no trecho frontal do olhal, atua a pressão de sucção. Essa diferença de pressão gera uma recirculação de líquido que passa pela folga existente entre o olhal do rotor e carcaça da bomba. Vê-se então, a necessidade de se colocar uma folga mínima entre o olhal do rotor e carcaça da bomba para tornar diminuta a “fuga” de líquido. Entretanto, é impossível conservar essa folga original com a bomba em funcionamento porque ocorre um desgaste progressivo nas superfícies do olhal e da carcaça. Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Anéis de Desgaste RECIRCULAÇÃO Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Prof. Carlos Moreno DETALHES CONSTRUTIVOS Vários tipos de anéis de desgaste e a seleção do tipo mais apropriado para um determinado serviço dependem dolíquido bombeado, da pressão diferencial, da velocidade circunferencial e do desempenho especifico da bomba. Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO As bombas centrífugas são fáceis de controlar porque, devido as suas características peculiares, elas se adaptam bem a qualquer manobra efetuada no sistema de tubulação. Entretanto, para entender o controle de uma bomba centrifuga é preciso conhecer as relações entre suas características hidráulicas e as características do sistema que ela opera, o ponto de trabalho e as características do acionador. Os controles são usados nos sistemas de bombeamento para: •Partir o conjunto bomba - acionador; •Parar o conjunto bomba - acionador; •Ajustar a bomba às variações das condições operacionais. A atuação dos controles pode ser manual ou automática. Prof. Carlos Moreno Controle de Partida e Parada DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO O controle de partida automática é muito usado para colocar em funcionamento uma bomba reserva quando a titular apresenta problemas e pára de funcionar. Um sensor “capta” a queda de pressão na linha de descarga e transmite um sinal para o dispositivo capaz de desencadear ações que promovem a partida da maquina acionadora da outra bomba, sem necessidade de intervenção humana. O controle de parada automática é muito usado como dispositivo protetor do conjunto bomba-acionadora. Geralmente, deseja-se interromper o funcionamento do conjunto bomba-acionador quando uma ou mais variáveis atingem valores prefixados, considerados como limitantes operacionais. Ultrapassagens desses limitantes podem provocar danos nos equipamentos. Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO As principais anomalias que podem ser monitoradas com instrumentos e dispositivos capazes de para o conjunto bomba-acionador são: No sistema - Nível de líquido baixo na fonte de suprimento; - Nível de líquido elevado no vaso de recalque; - Pressão de sucção ou descarga baixa - Queda de demanda, no vaso de varias bombas em paralelo. Na bomba - Temperatura alta nos mancais; - Nível de líquido baixo no pote de selagem; - Pressão alta no pote de selagem; - Falta de água de resfriamento - Vibração mecânica No motor elétrico -Sobrecarga -Temperatura alta nos mancais. -Vibração Mecânica Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Um exemplo de partida e parada automática de moto-bomba muito utilizado no sistema de transferência de água do reservatório inferior para o reservatório superior; caso muito freqüente das instalações hidráulicas prediais. A chave de comando de motor fica interligada em série com duas chaves de nível: uma localizada no reservatório superior e outra no inferior. Veja o esquema da (figura abaixo). A chave de comando só liga o motor se ambos os contatos da chave de nível estiverem fechados. Isto ocorre somente quando o reservatório superior esta vazio e o inferior, cheio. Em qualquer outra alternativa o motor permanece desligado porque umas das chaves de nível deve estar com contato aberto. Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Controle Operacional de Grandezas Há processos industriais que devem possuir condição de manter constantemente uma determinada grandeza física ou geométrica, podendo ocorrer alteração em outras grandezas envolvidas. As grandezas que devem ser mantidas constantemente por um período de tempo são chamadas de grandezas controladas ou variáveis controladas. Geralmente, são nível, ou pressão, ou temperatura. Na pratica, a grandeza manipulada mais usada é a vazão. Há dois recursos para se alterar a vazão de uma bomba centrifuga: Introduzindo uma perda de carga artificial na tubulação de descarga atuando em uma válvula; Variando a velocidade do acionador. Em ambos os casos, tanto a modificação da posição do obturador da válvula como a variação da velocidade do acionador podem ser feitos manual ou automaticamente. Nos processos industriais, predomina o uso de controle automático porque proporciona: • Maior eficiência do processo; • Uniformidade dos produtos; • Melhores condições de segurança; • Menor custo operacional. Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Um circuito de controle desenvolve três ações fundamentais: • Medição de uma grandeza; • Comparação do valor medido com o valor desejado; • Correção do desvio verificado entre o valor medido e valor desejado. Para executar essas ações, os circuitos de controle automático dispõem dos seguintes mecanismos: - Medidor (elemento primário) - Controlador - Corretor (elemento final) Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO ÁGUA E-2 P-1 V-1 E-3 PRODUTO CONTROLADOR SENSOR I-1 PONTO DE AJUSTE VARIÁVEL CONTROLADA VARIÁVEL MANIPULADA VALVULA DE CONTROLE Sistema de Controle Automático Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO A figura abaixo esquematiza simplificadamente o controle de nível no tubulão superior de uma caldeira, tendo como elemento final a válvula de admissão de vapor de uma turbina Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Proteção da Bomba Dentre algumas variáveis como: Temperatura, vazão e amperagem e etc.; pode-se dizer que a análise de vibração é a mais utilizada em bombas centrífugas. Abaixo citaremos alguns modos de falhas detectados em bombas centrífugas através da análise de vibração Desbalanceamento de rotor em balanço Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO 1X rpm do rotor 2X rpm do rotor AXIAL Proteção da Bomba Eixo Empenado Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Proteção da Bomba Eixo Desalinhado 1X rpm 2X rpm RADIAL 3X rpm Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO 1X rpm RADIAL PÉ BASE METÁLICA BASE DE CONCRETO Proteção da Bomba Folgas Mecânicas por Falta de Rigidez Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Proteção da Bomba Folgas Mecânicas entre Componentes 1X RADIAL 0,5X 1,5X 2X 2,5X 3X 4X 5X 6X 7X 8X Forma de onda truncada Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO 1x rpm BPF Vibração randônica de alta frequência BPF = Blade Pass Freqüente Frequência de passagem das pás Proteção da Bomba Cavitação Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO 1X 2X BPF 2x BPF BPF = Blade Pass Freqüente Frequência de passagem das pás Proteção da Bomba Forças Hidráulicas Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Proteção da Bomba Monitoramento ON-LINE de Vibração e Temperatura de Mancais Prof. Carlos Moreno DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO Proteção da Bomba Monitoramento ON-LINE de Vibração e Temperatura de Mancais Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Nas bombas centrífugas, como em qualquer máquina, têm-se sempre peças interligadas cujas superfícies em contato estão animadas de movimentos relativos, dando origem as forças de atrito, que se opõem a esses movimentos. O atrito produz calor, aquecendo as peças da máquina que ficam cada vez mais quentes ate ocasionar a paralisação do mecanismo, em virtude de uma dilatação acentuada ou mesmo a fusão das peças superaquecidas. Prof. Carlos Moreno Sem Lubrificante Com Lubrificante NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Prof. Carlos Moreno Os primeiros lubrificantes eram de origem animal, mas com o passar do tempo, o homem foi aperfeiçoando e criando novos inventos, e por necessidade, os lubrificantes foram evoluindo também, passando a ter bases de origem vegetal, mineral e sintética. Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Estado Físico dos Lubrificantes • GASOSOS : Ar, Nitrogênio • LIQUIDOS : Óleos vegetais, minerais e sintéticos • SEMI-SÓLIDOS : Graxas • SÓLIDOS : Grafite, Bisulfeto de Mo, Boratos Prof. Carlos Moreno NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Funções do Óleo Lubrificante • Controlar Atrito Separação entre superfícies • Controlar o desgaste Reduz desgaste abrasivo • Controlar corrosão Protege as superfícies