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Psicologia Aplicada à Enfermagem
Prof. Taís Lopes
Psicóloga – CRP: 04/31182
Origens da Psicologia
Psi = alma + Logia = estudo
Psicologia = estudo da alma
Origens: a psicologia tem suas origens na filosofia e na teologia e só após a mudança na visão sobre a existência do ser humano e com a organização do estudo científico é que a psicologia se insere na ciência buscando se organizar enquanto pensamento científico.
Objeto inicial da psicologia: a alma humana.
Origens da Psicologia
»Escolas de Estudo científico do ser humano
Platão – Inatismo
Programação genética: as pessoas nascem	biologicamente	programadas
para falar, andar, etc. Desenvolvem-se naturalmente.
Aristóteles – Empirismo
Teoria da “Tabula Rasa”: a mente humana é como um espaço vazio a ser preenchido, ou seja, o indivíduo apenas reage ao meio.
René Descartes (1596-1650) - Racionalismo
Definição do Raciocínio: o homem utiliza o raciocínio (operação mental,
discursiva e lógica) que usa proposições para extrair conclusões.
História da Psicologia 
A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens na filosofia. 
Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o comportamento humano”. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente”. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade.
A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA
A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a constituem são experiências no campo comum da objetividade social. Esta síntese — a subjetividade — é o mundo de ideias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais.
O psicólogo é o profissional que nos ajuda a entender nossas motivações, nosso modo de agir ante determinado fato ou circunstância. Para os profissionais de saúde, a Psicologia pode ser de grande utilidade pois possibilita melhor compreensão sobre o modo como, na lide diária, eles se relacionam com seus pacientes.
Enquanto área de conhecimento, a psicologia está relacionada com os diferentes fatores de natureza política, social, cultural e científica, pois para compreender o ser humano é necessário conhecer o meio em que ele está inserido, sua problemática, valores, tradições e história. Não devemos esquecer o fato de que o ser humano está em permanente movimento e transformação. 
A psicologia é uma ciência biopsicossocial
Para a psicologia o individuo é compreendido como um todo – corpo – mente-espírito. 
Atualmente a sociedade começa a se preocupar com o papel das emoções na vida do indivíduo, o poder da mente em sua vida; importância de compreender melhor nossos comportamentos e emoções. 
Algumas diferenças entre o senso comum e a ciência 
Os conhecimentos do senso comum baseiam-se na experiência cotidiana das pessoas, na chamada experiência de vida, e se distingue da experiência científica, que é feita com um planejamento rigoroso e método.
Senso comum: Em alguns casos, trata-se de experiências pessoais, em outros casos são experiências partilhadas pelos membros da comunidade – no decurso do processo de socialização. Em suma, é um conhecimento que se adquire, geralmente, sem estudos, sem investigações sistemáticas 
O senso comum, em geral, é um saber assistemático, na medida em que constitui um conjunto disperso e desorganizado de crenças e práticas, não implicando por parte dos seus detentores um esforço de organização. 
Por isso algumas das crenças podem ser contraditórias. Por exemplo: as mesmas pessoas podem acreditar que “Quem espera desespera” e “Quem espera sempre alcança”.
CIÊNCIA
Ciência é uma atividade eminentemente reflexiva. Ela procura compreender, elucidar e alterar esse cotidiano, a partir de seu estudo sistemático.
Quando fazemos a ciência, a realidade cotidiana é usada como base. Afastamos dela para refletir e conhecer além de suas aparências. O cotidiano e o conhecimento científico que temos da realidade aproximam-se e se afastam.
O que é ciência?
A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática, e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. Dessa forma, o saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.
Um conhecimento para ser considerado científico tem de ser testável. Ou seja: deve ser possível confrontar as teorias com os fatos, pô-las à prova através de experiências exigentes e rigorosas de modo a averiguar se são ou não falsas. Caso contrário, a teoria não passaria de uma mera opinião pessoal do cientista, de uma crença sem fundamento .
A ciência deve dispor de uma linguagem rigorosa cujos conceitos são definidos de modo a evitar qualquer ambiguidade. 
O método científico pode ser quantitativo. Nesse caso, busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem ser diferentes. Por isso, a matemática se constitui em instrumento importante de várias ciências. A ciência possui métodos rigorosos para a observação, experimentação e verificação dos fatos. 
Primeiras escolas de psicologia: 
Origens da Psicologia
»Escolas de Estudo científico do ser humano
Wundt (1832 – 1920): Estruturalismo
Se propõe a estudar a estrutura da mente.
1º laboratório de psicologia – Alemanha.
William James (1842-1910): Funcionalismo
Busca estudar a função da estrutura psíquica do indivíduo.
Funções mentais ajudam o indivíduo a se ajustar ao meio.
Edward L. Thorndike (1874-1949): ASSOCIACIONISMO
A aprendizagem se dá por associação de ideias – das mais simples as mais complexas.
Lei do Efeito – o comportamento se repete com o reforço e se retrai com a punição.
Inicio da teoria Comportamental
Origens da Psicologia
» Hipóteses sobre a localização da alma
Homem – imagem e semelhança de Deus.
Corpo: “sacrário da alma” – é inviolável.
Comportamento: sujeito à sua própria vontade e à de Deus.
Hipótese cardíaca - Aristóteles
o coração era a sede da alma e órgão controlador dos processos mentais, e o cérebro teria a função de resfriar a temperatura sanguínea.
Origens da Psicologia: Localização da Alma
Dualismo – René Descartes (1596-1650)
Conceito: o homem é constituído de duas realidades: material, corpo, comparável a uma máquina; e imaterial, alma, livre dos determinismos físicos.
Benefício: a ciência recebe permissão da Igreja para poder dissecar cadáveres humanos e animais, já que a alma já não estaria mais ligada ao corpo após a morte.
Grandes avanços no estudo da anatomia humana.
Hipótese cerebral – Hipócrates e Galeno
Cérebro: sede da alma e controlador dos processos mentais.
Origens da Psicologia
Localização da Alma
Teoria tecidual – Andreas Versalius
O que diferencia o cérebro humano do animal é o volume de tecido cerebral e não o tamanho dos ventrículos cerebrais.
Andreas Versalius
Localizacionistas – Gall  Brodmann
– O cérebro atua de forma fragmentada, e cada região por uma função mental e comportamento específicos.
Carl Wernicke (1848-1905)
Em 1874, dois pacientes com AVC
Falavam muito, mas sem sentido. Pareciam não entender a linguagem falada.
Origens da Psicologia
Localização da Alma
Contribuições a partir de Broca
Holistas - Luria
– O cérebro funciona como um concerto, não há uma área específica para ocontrole de comportamentos específicos.
Neurociência Cognitiva
– o cérebro possui funções elementares, localizadas em regiões específicas, e sistemas funcionais que produzem a cognição humana a partir da atividade das funções elementares, expressas pelo comportamento.
Origens da Psicologia
Localização da Alma
A psicologia como ciência
A psicologia se insere no contexto científico: torna seu objeto de estudo mais objetivo. Desafio: não perder de vista a subjetividade do ser humano que continua sendo seu foco de estudo e intervenção.
–	Bleger	(1979):	A	psicologia	é	a	ciência	que	estuda manifestações do ser humano nas três áreas de conduta:
–	Fenômenos mentais; corpo; e ambiente.
todas	as
– Psicologia: ciência que estuda o comportamento humano por meio de métodos científicos rigorosos com o objetivo de compreender, predizer e controlá-los.
Objeto de estudo da psicologia: o ser humano, seu desenvolvimento
e sua interação com o meio e com outros indivíduos/grupos sociais.
A psicologia como ciência
Aplicações da psicologia
Geral: determinar o objeto, método, princípios gerais e ramificações
da psicologia enquanto ciência.
Fisiológica: investiga o papel que os eventos e estruturas fisiológicas exercem no comportamento.
Desenvolvimento: foco de estudo no desenvolvimento ontogenético
(mudanças que ocorrem no ciclo vital de uma pessoa).
Animal/comparada:	estuda	o	comportamento	animal	para	tentar
explicar o comportamento humano por comparação.
Social:	situações	e	suas	variáveis	em	que	a	conduta	humana	é influenciada por pessoas e grupos.
A psicologia como ciência
Aplicações da psicologia
Diferencial: diferencia os indivíduos a partir de relações de causa e
efeito entre as características individuais e o comportamento.
Psicopatologia: o foco está no comportamento anormal, patológico.
Personalidade: pretende explicar quem é o ser humano e como constrói seus hábitos, preferências e temperamentos, a partir de teorias que podem ser didaticamente agrupadas nos grupos de teorias:
» Psicodinâmicas
» Estruturais
» Experimentais
»	de Aprendizagem
A psicologia como ciência
Ramos de Atuação da psicologia
A psicologia se insere em todo contexto em que o ser humano vive e se
comporta para compreendê-lo melhor e para exercer suas atividades.
Psicologia Clínica: psicólogo clínico
Psicologia Jurídica: psicólogo jurídico
Psicologia do Trabalho: psicólogo organizacional
Psicologia Social: psicólogo comunitário
Psicologia da Educação: psicólogo escolar
Psicologia da Saúde: psicólogo hospitalar
A Psicologia aplicada à Saúde
Origem da Psicologia da Saúde – (1978)
A American Psychological Association (APA) criou a divisão de psicologia da saúde (Divisão 38) diferenciando a da medicina comportamental.
Definição: ramo da psicologia que aplica princípios e pesquisas psicológicas para melhoria, tratamento e prevenção de doenças.
Princípio científico: busca explicar como a saúde do indivíduo pode ser afetada por seus pensamentos, sentimentos, e atitudes, individuais e coletivas.
A Psicologia aplicada à Saúde
Joseph	Matarazzo	(1982):	Estabeleceu	os	quatro	objetivos	da psicologia da saúde:
Etiologia: estudar de forma científica as causas e origens psicológicas,
comportamentais e sociais das doenças.
Promoção de saúde: estudar estratégias que estimulem as pessoas a adotarem comportamentos que promovam saúde.
Prevenir e tratar doenças: projetar programas para auxiliar na adesão
aos tratamentos médicos e à mudança de comportamentos nocivos.
Saúde	Pública:	promover	políticas	de	saúde	publica	e	auxiliar	no aprimoramento do sistema de saúde público.
A Psicologia aplicada à Saúde
Tendências que moldaram a Psicologia da Saúde:
Aumento na expectativa de vida: as pessoas estão vivendo muito mais e precisam ganhar qualidade de vida e compreender os desafios biopsicossociais impostos por este fator.
Surgimento de transtornos relacionados ao estilo de vida: a psicologia contribuirá com a análise de comportamentos nocivos e protetores da saúde humana.
Substituição do modelo biomédico pelo biopsicossocial: estudo de fenômenos como o efeito placebo tornam-se importantes.
Aumento dos custos em saúde pública: o foco passa a ser a prevenção.
PRINCIPAIS TEORIAS DO SECULO XX 
BEHAVIORISMO
Comportamento - afirma que a única fonte de dados sobre o ser humano era o seu comportamento, o que as pessoas faziam e o que diziam. Esta concepção valorizou os experimentos com animais, cujo comportamento mais simples facilita a investigação e possibilita conclusões transponíveis para seres humanos. O condicionamento era a base para explicar toda a aprendizagem. O ambiente tinha papel primordial na formação da personalidade. 
GESTALT
Esta linha afirmava que as outras linhas tinham o individuo como um ser passivo. Para esta linha o todo e mais do que a soma das partes.
PSICANÁLISE
Quem fundou esta linha foi um medico alemão chamado Sigmund Freud. Insatisfeito com os tratamentos para tratar desordens mentais, passou a investigar as origens mentais dos comportamentos. Divulgou a motivação para o comportamento, a importância da primeira infância na formação da personalidade, deu grande ênfase à sexualidade do individuo o que gerou grande polemica na época.
HUMANISMO
Enfatiza a necessidade de estudar o homem e não os animais, os indivíduos normais psicologicamente e não os perturbados. 
Referências Consultadas
ATKINSON, R.L. et al Introdução à Psicologia. Porto Alegre: Artes Médicas,
1995. (Cap. 1 - Natureza da Psicologia, pp. 10-29).
BEAR, Mark F. et. al. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. Tradução: Carla Dalmaz. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
STRAUB, Richard O. Psicologia da Saúde. Tradução: Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2005.
LURIA, Aleksandr Romanovich. Fundamentos da Neuropsicologia. Tradução: Juarez Aranha Ricardo. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 1981.
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