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producao_67128_Tese_Efeitos_da_massoterapia

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO 
 
 
 
 
Adriana da Silva Martins Ferreira 
 
 
Efeitos da massoterapia na perfusão cerebral avaliados 
pela tomografia por emissão de fóton único em pacientes 
com dor oncológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto – SP 
2011
 
Adriana da Silva Martins Ferreira 
 
 
 
Efeitos da massoterapia na perfusão cerebral avaliados 
pela tomografia por emissão de fóton único em pacientes 
com dor oncológica 
 
 
 
Tese apresentada à Faculdade de Medicina de 
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para 
obtenção do título de Doutora em Ciências da 
Reabilitação. 
 
Área de Concentração: Ciências da Saúde Aplicadas 
ao Aparelho Locomotor. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Gabriela Rocha Lauretti. 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto – SP 
2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo 
 
 
 
 
 
Ferreira, Adriana S.M. 
 
Efeitos da massoterapia na perfusão cerebral avaliados pela 
tomografia por emissão de fóton único em pacientes com dor 
oncológica 
 
116 páginas, il; 30 cm 
 
Tese submetida à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, 
da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutora, 
Área Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor. 
 
1. medicina complementar, 2. dor e oncologia, 
3. circulação cerebrovascular. 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
ADRIANA DA SILVA MARTINS FERREIRA 
 
Tese apresentada à Faculdade de Medicina de 
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo 
para obtenção do título de Doutora em 
Ciências da Reabilitação. 
 
Área de Concentração: Ciências da Saúde 
Aplicadas ao Aparelho Locomotor. 
 
 
Aprovado em: 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
Prof. Dr. __________________________________________________________________ 
Instituição:___________________________________Assinatura:____________________ 
 
Prof. Dr. __________________________________________________________________ 
Instituição:___________________________________Assinatura:____________________ 
 
Prof. Dr. __________________________________________________________________ 
Instituição:___________________________________Assinatura:____________________ 
 
Prof. Dr. __________________________________________________________________ 
Instituição:___________________________________Assinatura:____________________ 
 
Prof. Dr. __________________________________________________________________ 
Instituição:___________________________________Assinatura:____________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu amor, marido, companheiro, amigo, 
conselheiro, pela paciência, apoio, respeito, 
carinho, por tudo, Márcio, amo você!!! 
 
 
 A minha mãe, Vanda, pelo amor incondicional, 
carinho, incentivo e crédito, Amo você!!! 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Profa. Dra. Gabriela Rocha Lauretti, minha entusiástica e dinâmica 
orientadora, dotada de retidão profissional impecável, uma mente brilhante e grande 
amiga, sempre presente e disposta a ensinar; 
 
Ao Dr. José Reynaldo Walther de Almeida, pela dedicação, incentivo e disposição 
para ajudar no desenvolvimento deste estudo; 
 
À Pós-graduação, Área Ortopedia, na pessoa do Coordenador, Prof. Dr. José B. 
Volpon, o qual me propiciou a oportunidade de conquistar mais esta etapa de meu 
engrandecimento profissional; 
 
Ao Sr. Henrique Duarte Prata, diretor geral da Fundação Pio XII, pelo apoio à 
pesquisa na instituição; 
 
Ao Dr. Edmundo C. Mauad, pelo apoio e incentivo à pesquisa no Hospital de 
Câncer de Barretos; 
 
Às médicas da Fundação Pio XII- Hospital de Câncer de Barretos-Unidade II, 
dedicadas e prestativas; Drª. Renata do Santos, Drª. Maria Salete de Angelis 
Nascimento; 
 
Ao Dr. Euclides Timoteo Rocha, Chefe do Departamento de Medicina Nuclear da 
Fundação Pio XII- Hospital de Câncer de Barretos; 
 
Às psicólogas Fernanda Drude e Daniela Batista Sorato; 
 
À Stela V. Peres pela colaboração no desenvolvimento deste estudo; 
 
À Elaine Cristina Chiarelo, biomédica do Departamento de Medicina Nuclear da 
Fundação Pio XII- Hospital de Câncer de Barretos; 
 
Aos enfermeiros do setor e Técnicos de enfermagem, e toda equipe de cuidados 
paliativos; 
 
Aos pacientes, pessoas em sofrimento por doença crônica e debilitante, mas que 
apesar disso, se propuseram a fornecer dados e informações preciosas para a realização 
deste trabalho; 
 
A todos os meus amigos que souberam apoiar, questionar, acreditar ou 
simplesmente foram amigos de verdade; 
 
A todos que direta ou indiretamente ajudaram-me na elaboração desta tese; 
 
 
 Muito Obrigada! 
 
RESUMO 
 
Ferreira, A. S. M. Efeitos da massoterapia na perfusão cerebral avaliados pela tomografia por 
emissão de fóton único em pacientes com dor oncológica. 2011, 116. p. Tese (Doutorado) – 
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. 
 
Introdução: Estudos apontam a massoterapia como uma técnica complementar eficaz no 
controle de sintomas do câncer avançado, podendo ser avaliada através de técnicas de 
neuroimagem como a Tomografia por Emissão de Fóton Único para comprovar os seus 
efeitos no fluxo sanguíneo cerebral. Objetivos: Este estudo foi proposto para avaliar 
analgesia e efeitos da massoterapia através da avaliação clínica, concentração plasmática da 
noradrenalina e perfusão cerebral em pacientes com dor oncológica. Métodos: Participaram 
do estudo, após aprovação do comitê de ética e consentimento livre e esclarecido, 16 
pacientes portadores de neoplasia maligna de próstata, rim, reto e cólon com metástases 
ósseas disseminadas, os quais apresentavam dor classificada como ENV>4-cm (segundo 
escala numérica visual). O grupo Massoterapia (M) recebeu 20 minutos de massoterapia em 
técnica padronizada por dez dias consecutivos, além do atendimento fisioterapêutico 
respiratório e motor diários. O grupo Controle (C) recebeu somente o atendimento 
fisioterapêutico respiratório e motor diário. Ambos os grupos foram submetidos à Tomografia 
por Emissão de Fóton Único antes e após a intervenção para a avaliação do fluxo sangüíneo 
cerebral. Foram avaliados também: dor (escala numérica visual e consumo de opióides), 
ansiedade e depressão (inventário de Beck) e a concentração plasmática de noradrenalina. 
P0,05) durante os dez dias de 
tratamento. Neste grupo foi encontrado hiperperfusão em apenas uma área do cérebro (giro 
pós central esquerdo), que corresponde a funções somatosensoriais como localização do 
toque, temperatura, vibração e dor e manteve os níveis plasmáticos de noradrenalina do início 
do estudo. O grupo C não apresentou diminuição do escore de dor, não apresentou melhora 
nos níveis de ansiedade e depressão (p>0,05) e apresentou um crescente consumo diário de 
morfina (ppara a comparação nos grupos 
Grupo Comparação Tamanho amostral 
1ª Sessão Pré vs 10ª Sessão Pré 3 M 1ª Sessão Pós vs 10ª Sessão Pós 7 
1ª Sessão Pré vs 10ª Sessão Pré 119 C 1ª Sessão Pós vs 10ª Sessão Pós 94 
 
Tabela 3 - Tamanho amostral para a comparação entre os grupos 
Sessões Comparações Tamanho amostral 
1ª Sessão Pós Grupo M vs Grupo C 12 
10ª Sessão Pós Grupo M vs Grupo C 2 
 
O maior tamanho amostral encontrado foi para a comparação entre a 1ª Sessão Pré vs 
10ª Sessão Pré do grupo C com 119 casos seguida da comparação entre 1ª Sessão Pós vs 10ª 
Sessão Pós com 94 casos também do grupo C. No entanto devemos destacar que a diferença 
nestes dois casos é menor que 1 ponto pela escala numérica visual de dor, consideramos tal 
diferença irrelevante clinicamente, sendo assim, aceitamos que o tamanho amostral adequado 
para o presente estudo é de 12 pacientes, resultado este, encontrado na comparação do Grupo 
M vs Grupo C na 1ª Sessão Pós. 
 
4.3 Comentários Gerais 
 
4.3.1 Determinação Prévia da Técnica de Massoterapia a ser Aplicada em Estudo Piloto 
com 4 Pacientes 
 
Foi previamente realizado um estudo piloto onde os pacientes receberam massagem 
durante 30 minutos, sendo 10 minutos na coluna vertebral, 10 minutos nos membros 
superiores e 10 minutos nos membros inferiores, durante um período de 20 dias consecutivos, 
pois a literatura mostra que o efeito da massagem se inicia após 2 minutos, e quando realizada 
Métodos | 40 
em um período maior que 7 dias, os resultados são estatisticamente significativos (HANSEN; 
KRISTENSEN, 1993; POLUBINSKI; WEST, 2005; CALENDA, 2006). 
Foi observado neste estudo piloto que o tempo de 30 minutos de massagem provocava 
ardência na pele dos pacientes, devido à sensibilidade da mesma por causa dos tratamentos de 
quimioterapia e radioterapia a que foram submetidos, e por ficarem muito tempo acamados. 
Observou-se também que os pacientes por estarem em fase terminal da doença neoplásica, 
faleciam antes do final do estudo. 
Sendo assim, foi escolhido para este estudo de acordo com a literatura e as 
observações do estudo piloto, um período de 10 dias consecutivos para realização da 
massagem durante 20 minutos, sendo 4 minutos na coluna vertebral, 4 minutos em cada 
membro superior, e 4 minutos em cada membro inferior. 
O profissional que realizou a técnica de massoterapia não foi o mesmo que colheu os 
dados dos pacientes. 
 
4.3.2 Aprovação do Estudo 
 
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Pio XII-
Hospital de Câncer de Barretos, protocolo no 093/2007. 
 
4.4 Seleção de Pacientes 
 
Dezesseis pacientes portadores de dor óssea de origem oncológica, internados na 
Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de Barretos foram esclarecidos sobre o 
protocolo do estudo, após o entendimento do mesmo e consentimento para participação 
conforme exigências formais, dispostas na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de 
Métodos | 41 
Saúde/Ministério da Saúde do Brasil (1996), que dispõe sobre pesquisas que envolvem seres 
humanos, foram, de forma prospectiva e randomizada, divididos em dois grupos, como 
descrito a seguir. 
 
4.5 Grupos de Estudo 
 
Os pacientes foram aleatoriamente alocados em grupos através de sorteio com 
envelopes pré-estabelecidos por grupo. O estudo foi composto de dois grupos: 
1) Grupo massoterapia (M) e, 
2) Grupo controle (C), alocados conforme registro de entrada no hospital para 
controle da dor, sendo que os grupos foram constituídos de 8 pacientes cada, 
durante o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. 
Todos os pacientes foram informados sobre o tratamento utilizado e esclarecidos sobre 
o objetivo do estudo tendo total liberdade para aceitarem ou não participar do mesmo, sendo 
que no caso de aceitação o termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado pelo 
paciente (Anexo IV). A recusa de participação no estudo não repercutiu em prejuízo para o 
mesmo em relação ao seu tratamento ou cuidados hospitalares. 
Os pacientes eram portadores de neoplasia maligna de próstata, rim, reto ou cólon com 
metástases ósseas disseminadas, e apresentavam dor numericamente superior a 4 cm (segundo 
escala numérica visual de dor (ENV 0-10 cm), estando em uso de morfina e fármacos 
adjuvantes para o controle da dor, segundo rotina do Hospital do Câncer de Barretos. Os 
dados demográficos, dor e datas de exames foram anotados para cada paciente segundo 
descrição no Anexo I. 
 
Métodos | 42 
4.6 Critérios de Inclusão 
 
1. Homens destros, 
2. Idade entre 30 e 70 anos, 
3. Capazes de entender o protocolo de estudo, 
4. Presença de metástases ósseas disseminadas sem risco de fratura, sendo a avaliação 
para a existência ou não do risco de fratura realizada previamente ao estudo pela 
equipe médica de oncologia e ortopedia através de radiografias simples, 
5. Que apresentaram a pele íntegra, sem ulcerações ou lesões cruentas, 
6. Com queixa de dor numericamente superior ou igual a 4 cm, classificada pela escala 
numérica visual de dor (ENV 0-10 cm) (ver item 3.6). 
 
4.7 Critérios de Exclusão 
 
1. Fraturas ósseas, 
2. Trombose venosa profunda, 
3. Lesão medular, 
4. Pacientes que estavam sendo submetidos à radioterapia antálgica, 
5. Recusa do paciente para participar do estudo, 
6. Pacientes que apresentar algum processo alérgico com a utilização do creme para 
massagem, 
7. Os pacientes com metástase cerebral ou lesões focais vistas na ressonância magnética 
que foi realizada em todos os pacientes assim que entraram no estudo, 
8. Pacientes com capacidade funcional menor que 60, segundo escala de Karnofsky (ver 
anexo V), 
Métodos | 43 
9. Pacientes com história de trauma craniano com perda de consciência, 
10. Pacientes com doenças psiquiátricas, 
11. Pacientes diabéticos, 
12. Pacientes epilépticos, 
13. Pacientes com doenças neurológicas, 
14. Pacientes amputados. 
 
4.8 Detalhamento dos Grupos de Estudo 
 
O grupo M recebeu a massagem e também o atendimento fisioterapêutico respiratório 
e motor que é aplicado em todos os pacientes internados no hospital. O grupo C que é o grupo 
controle, recebeu somente o atendimento fisioterapêutico respiratório e motor. 
No atendimento fisioterapêutico respiratório foram realizados exercícios de 
reexpansão e desobstrução pulmonar durante 10 minutos, já no atendimento fisioterapêutico 
motor foram realizados exercícios metabólicos e movimentos articulares nos joelhos, quadris, 
cotovelos e ombros também durante 10 minutos. Os pacientes foram avaliados 
individualmente, sendo que não houve troca de informações sobre o protocolo da pesquisa 
entre os pacientes que participaram da mesma, pois os quartos eram individualizados. 
Para ambos os grupos o período experimental foi de 10 (dez) dias consecutivos a partir 
da randomização e realização dos exames (Ressonância magnética funcional e Tomografia 
por emissão de fóton único – SPECT). A massagem foi realizada, no período da manhã após 4 
horas da última administração de morfina. Foi realizada a massagem nos membros superiores 
e inferiores, com o paciente em decúbito dorsal e coluna vertebral, com o paciente em 
decúbito lateral, durante um período de 20 minutos com o uso de um creme neutro para 
massagem, manipulado em farmácia homeopática, cuja fórmula incluiu cera auto 
Métodos | 44 
emulsificante, ésteres, conservantes e água destilada. Foi esclarecido para os pacientes sobre o 
conteúdo do creme utilizado para a massagem corporal. A mesma profissional fisioterapeuta 
realizou técnica de massoterapia em todos os pacientes do grupo M e fisioterapia respiratória 
e motora em todos os pacientes dos grupos C e M, no período correspondente a 20 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Fluxograma de Randomização. 
Pacientes
n = 16
Randomização 
GM
n= 8
GC
n= 8
excluídos
n= 1
excluídos
n= 2
GM
n= 7GC
n= 6
Procedimento padrão 
(FM + FR)
Procedimento padrão 
(FM + FR)
INTERVENÇÂO
(Massoterapia)
Análise GM
n = 7
Análise GC
n = 6
Métodos | 45 
4.9 Técnica de Massagem 
 
A técnica de massagem utilizada foi o deslizamento superficial e profundo. Esta 
técnica consiste na passagem das mãos ou parte das mãos sobre uma área relativamente 
extensa do corpo, com pressão mantida mais ou menos constante durante a manobra: 
Superficial: Realizada com pressão extremamente leve usando toda a superfície 
palmar da mão; os dedos foram mantidos juntos e o polegar abduzido ou aduzido conforme o 
necessário para diminuir ou aumentar a área da superfície palmar (WILKIE et al., 2000). 
Profunda: A pressão necessária é um pouco mais forte, não necessariamente usando 
muita força. A mudança de movimento do deslizamento superficial para o profundo foi 
gradual mantendo a mão em contato superficial para o movimento de retorno. A técnica foi 
realizada no sentido distal para proximal (GECSEDI, 2002). 
 
4.10 Avaliação da Dor 
 
Foram avaliadas em cada paciente de ambos os grupos a intensidade, a qualidade, a 
localização e a duração da dor. A intensidade da dor foi avaliada diariamente antes e após 
cada sessão e nas últimas 24 horas de cada sessão, utilizando-se a escala numérica visual de 
dor 10 cm (EAN 0-10 cm) (Figura 2). A escala numérica visual de 10 cm (ENV 0-10 cm) 
consiste em uma régua numerada de zero a dez, sendo o valor zero representativo de ausência 
total de dor e o valor dez, representativo de pior dor possível. 
 
Escala numérica visual de dor 
 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Sem dor pior dor 
 Possível 
 
Figura 2. Escala numérica visual de dor (0-10 cm). “Zero cm” representa “sem dor” e o extremo “dez 
cm” corresponde à “pior dor possível”. 
Métodos | 46 
No grupo M a intensidade da dor foi igualmente avaliada por uma pessoa treinada pela 
pesquisadora imediatamente antes e imediatamente após a realização da fisioterapia e da 
massoterapia; no grupo C a intensidade da dor foi igualmente avaliada imediatamente antes e 
imediatamente após a realização da fisioterapia como forma de avaliação imediata da mesma, 
também por uma pessoa treinada pela pesquisadora. Foram avaliados também em ambos os 
grupos a impressão geral sobre a dor, relatada pelo paciente nas últimas 24 horas de cada 
sessão. Foram registradas diariamente as medicações analgésicas (Morfina) em uso e suas 
respectivas dosagens e também as medicações adjuvantes. 
 
4.11 Avaliação da Ansiedade e Depressão 
 
A ansiedade e depressão foram avaliadas no início e no final do estudo através de 
entrevista realizada pela psicóloga da unidade de cuidados paliativos da Fundação Pio XII. 
Foram utilizados para avaliação dois instrumentos: 
1) Níveis de ansiedade - Inventário Beck de Ansiedade (BAI). Esse inventário foi 
criado por Beck e colaboradores (1988) para medir os sintomas comuns de ansiedade. O 
inventário consta de uma lista de 21 sintomas com quatro alternativas cada um, em ordem 
crescente do nível de ansiedade. Esse instrumento foi validado, no Brasil, por Cunha 
(CUNHA, 1999) (anexo III). 
2) Níveis de depressão - Inventário de Beck para Depressão (BDI). Esse inventário foi 
criado por Beck e colaboradores (1961) e constitui uma forma objetiva de medir as manifestações 
comportamentais da depressão. O inventário compreende de 21 categorias de sintomas e 
atividades, com quatro alternativas cada uma, em ordem crescente do nível de depressão. O 
paciente deve escolher a que lhe parece mais apropriada. A soma dos escores identifica o nível de 
depressão. Esse instrumento foi validado, no Brasil, por Cunha (CUNHA, 1999) (anexo II). 
 
Métodos | 47 
4.12 Avaliação dos Níveis Plasmáticos de Noradrenalina 
 
O nível plasmático de noradrenalina foi medido no início e no final do estudo em 
ambos os grupos através de sangue coletado pela equipe de enfermagem da unidade de 
cuidados paliativos da Fundação Pio XII. O material colhido foi analisado pelo Laboratório de 
Toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP. 
As coletas foram realizadas com o paciente na posição supina, em estado de 
relaxamento 30 min após a inserção de cateter heparinizado. As amostras de sangue (volumes 
aproximados 5ml em seringas heparinizadas com Liquemine - 5000 UI, Roche) foram 
transferidas para tubos imersos no gelo contendo 50 l de uma solução de EGTA [(ácido 
N,N,N’,N’ - tetra acético etileno glicol – bis - éter aminoetílico)] (Sigma, St Louis, MO, 
EUA) glutationa (Sigma, St Louis, MO, EUA). Foi utilizado 4,75 g de EGTA e 3 g de 
glutationa dissolvidos em 50 ml de água com o pH ajustado para 6-7. As amostras de sangue 
foram centrifugadas a 4°C (2400 g durante 5 min) e as alíquotas de plasma foram 
armazenadas a - 80°C até a análise. 
 
4.13 Avaliação da Perfusão Encefálica 
 
A Perfusão Encefálica foi avaliada pela tomografia por emissão de fóton único 
(SPECT - single photon emission tomography), usando 99mTc-ECD- (dímero de etilcisteinato 
marcado com Tecnécio 99 meta estável) nos dois grupos por duas vezes, no início do estudo, 
após a avaliação da dor, e no final. A aquisição de imagens do SPECT cerebral foi obtida no 
Serviço de Medicina Nuclear da Fundação Pio XII – Hospital de câncer de Barretos e 
processadas pelo neurocirurgião do hospital. 
 
Métodos | 48 
4.13.1 O Exame na Gama-câmara 
 
A tomografia por emissão de fóton único foi realizado em uma gama-câmara do tipo 
Milleniun GE, equipada com duas cabeças anguláveis. Cada paciente recebeu 20 à 25 mci de 
ECD por via endovenosa após permanecer quinze minutos em sala escura com os olhos 
vendados, sem comunicação verbal com o pessoal técnico. As imagens foram adquiridas 
depois de transcorridos aproximadamente quinze minutos da injeção. Foi usada uma 
preparação do fármaco ECD cujo manuseio foi feito de acordo com as normas de preparação 
do Serviço de Medicina Nuclear da Fundação Pio XII. 
Os pacientes foram posicionados de forma uniforme com a linha orbito-meatal 
alinhada no eixo vertical perpendicular a superfície da mesa. O tempo total de aquisição foi de 
24 minutos para cada estudo. As imagens foram adquiridas numa matriz tridimensional de 
128 x 128 pixels em 120 passos de 20 s cada passo. A resolução espacial do equipamento, 
levando-se em conta a largura da curva na meia altura, foi de 6,13 mm. Todas as imagens 
foram submetidas à correção pelo algoritmo de Chang (fator de correção de 0,12-1 cm). 
Então as imagens foram retro projetadas e filtradas pelo filtro de Butterworth, usando uma 
freqüência de corte de 0.4 e número de ordem igual a 10. 
 
Métodos | 49 
 
 
 
Figura 3 - Gama-câmara utilizada para os exames de perfusão cerebral na Fundação Pio XII. 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Conjunto de imagens axiais obtidas após a injeção intravenosa do ECD, pronto 
para análise visual. 
Métodos | 50 
Após serem analisadas visualmente, apenas as imagens transversais de cada paciente 
do grupo M e de cada paciente do grupo C foram salvas no formato dicon e transferidas para 
um disco compacto (CD), devidamente identificado. Posteriormente, elas foram levadas para 
um computador Pentium 4 HD de 3 Mhz, com placa gráfica de alta resolução. Uma vez 
conferidas as pastas de cada caso e controle, elas foram transformadas para o formato analyze 
usando-se o programa MRIcro que é um programa livre criado por Chris Rorden e disponível 
no site http://www.sph.sc.edu/comd/rorden/mricro.html. O analyze é o formato exigido pelo 
Statistical Parametric Mapping para o processamento das imagens. Como o SPM 2 permite a 
definição dos lados, optamos nesse estudopelo posicionamento neurológico, ou seja, o lado 
esquerdo é o esquerdo e o direito é o direito. 
 
4.14 Análise Estatística 
 
Foi realizada a análise descritiva dos dados por meio de freqüências absolutas e 
relativas, medidas de tendência central (média e mediana) e dispersão (desvio-padrão, mínimo 
e máximo). A normalidade da variável consumo de morfina dos grupos foi avaliada pelo teste 
de Kolmogorov-Smirnov. Como esta não apresentou distribuição normal, utilizou-se a 
estatística não-paramétrica, assim como para as demais variáveis. A comparação entre os 
grupos foi avaliada pelo teste de Mann-Whitney. Quando avaliadas as diferenças entre mais 
de duas variáveis em um mesmo grupo foi utilizado o teste de Friedman. 
Para as variáveis qualitativas foi utilizado o teste do Qui-Quadrado na comparação 
entre os grupos. Quando alguma casela apresentou valor esperado menor ou igual a 5, 
utilizou-se o teste exato de Fisher. 
Por fim, utilizou-se o teste de McNemar para verificar a mudança na presença dos 
sintomas de ansiedade e depressão nos grupos de estudo. Assumiu-se um nível descritivo de 
Métodos | 51 
5% para significância estatística em todos os testes. Os dados foram digitados no programa 
Excel e analisados pelo software SPSS versão 17.0 para Windows. 
As comparações da perfusão encefálica foram realizadas automaticamente, utilizando 
o programa Parametric Mapping Statistical (SPM). A versão utilizada foi o Matlab 6.5. 
Quanto ao SPM, usamos a versão SPM2. 
 
4.14.1 A Inferência Estatística no SPM 
 
No presente estudo optamos por observar áreas anatomicamente definidas antes (vide 
objetivos), inicialmente procuradas com o limiar de p = 2.096
Ex pected number of clusters, = 0.02
Ex pected false discovery rate,pacientes dos grupos M e C, segundo diagnóstico e 
consumo de fármacos adjuvantes. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 n (%) n (%) 
Diagnostico 
Colon 0 0,0 1 16,7 0,255 
Próstata 5 71,4 4 66,7 
Reto 0 0,0 1 16,7 
Rim 2 28,6 0 0,0 
 
AC* 
Não 1 14,3 2 33,3 0,559 
Sim 6 85,7 4 66,7 
 
ADT* 
Não 4 57,1 6 100,0 0,192 
Sim 3 42,9 0 0,0 
 
AINE* 
Não 7 100,0 5 83,3 0,462 
Sim 0 0,0 1 16,7 
 
Total 7 100 6 100 
* teste exato de Fisher 
AC – anticonvulsivante; ADT – antidepressivos; AINES – antiinflamatório não esteroidal. 
 
Verifica-se que, as variáveis diagnóstico e fármacos adjuvantes (p=0,255; p=0,599; 
p=0,192; p=0,462 respectivamente) não apresentaram diferença entre os grupos M e C no 
início do estudo (Tabela 6). Portanto, os dois grupos foram estatisticamente semelhantes entre 
si em relação ao sítio primário do câncer e fármacos adjuvantes utilizados (p>0,05). 
 
Tabela 7 – Descrição das variáveis quantitativas. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 média (dp) mediana min-max média (dp) mediana min-max (M-W) 
 
idade 60,1 (7,6) 63,0 50,0 – 68,0 65,3 (3,9) 66,5 60,0 – 69,0 0,197 
 
IMC 24,2 (3,4) 23,3 20,4 – 31,2 24,8 (2,1) 25,2 21,7 – 27,2 0,475 
 
morfina 57,1 (50,6) 30 20,0 – 140,0 60,0 (26,8) 60 30,0 – 90,0 0,467 
1º dia 
 
Dor 6,1 (1,3) 6,0 5,0 – 9,0 5,7 (1,2) 5,0 5,0 – 8,0 0,278 
1º dia 
IMC – índice de massa corporal; (dp) – desvio padrão; (M-W) - teste Mann-Whitney 
Resultados | 57 
Os pacientes dos grupos M e C foram semelhantes quanto à distribuição da idade, 
índice de massa corporal (IMC), consumo de morfina no 1º. dia de estudo e intensidade da 
dor ao início do estudo (p=0,197; p=0,475; p=0,467; 0,278, respectivamente) (Tabela 4). 
 
5.2 Avaliação da Diferença entre Grupos 
 
As análises descritas na Tabela 8 são referentes à diferença no consumo de morfina 
durante o período de estudo. Observa-se que não há diferença no consumo da morfina durante 
este período (Tabela 8, Figura 6). 
Os dados foram dispostos em gráfico (Figura 6), para melhor visualização. Os grupos 
de estudo (M e C) foram estatisticamente semelhantes entre si em relação ao consumo de 
morfina por via oral durante o período de avaliação do estudo (p>0,05). 
 
Tabela 8 – Descrição do consumo de morfina entre os pacientes, segundo os dias de uso e 
grupos do estudo. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 média (dp) mediana min-max média (dp) mediana min-max (M-W) 
Morfina 
1º dia 57,1 (50,6) 30 20,0 – 140,0 60,0 (26,8) 60 30,0 – 90,0 0,467 
 
2º dia 54,3 (45,4) 30 20,0 – 120,0 60,8 (25,8) 60 30,0 – 90,0 0,386 
 
3º dia 62,8 (42,3) 60 20,0 – 120,0 61,7 (24,8) 60 30,0 – 90,0 0,827 
 
4º dia 60,0 (43,2) 40 20,0 – 120,0 61,7 (24,8) 60 30,0 – 90,0 0,663 
 
5º dia 60,0 (43,2) 40 20,0 – 120,0 66,7 (33,3) 60 30,0 – 120,0 0,561 
 
6º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 66,7 (33,3) 60 30,0 – 120,0 0,468 
 
7º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 70,0 (33,5) 70 30,0 – 120,0 0,427 
 
8º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 70,0 (33,5) 70 30,0 – 120,0 0,427 
 
9º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 70,0 (33,5) 70 30,0 – 120,0 0,427 
 
10º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 70,0 (33,5) 70 30,0 – 120,0 0,427 
(M-W) - teste Mann-Whitney; (dp) – desvio padrão 
Resultados | 58 
A Figura 6 mostra o consumo de morfina entre os grupos M (Massoterapia) e C 
(Controle). O consumo do opióide morfina foi semelhante durante o período de 10 dias entre 
os grupos do estudo. 
 
 
Figura 6 – Box-plot comparando o consumo de morfina entre os grupos M (Massoterapia) e 
C (Controle) durante o período de 10 dias. 
Resultados | 59 
Tabela 9 – Descrição dos pacientes segundo a presença de dor antes da intervenção em cada 
um dos 10 dias de estudo. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 média (dp) mediana min-max média (dp) mediana min-max (M-W) 
Dor 
1º dia 6,1 (1,3) 6 5,0 – 9,0 5,7 (1,2) 5 5,0 – 8,0 0,278 
 
2º dia 3,0 (1,7) 3 0,0 - 5,0 4,8 (1,3) 5 3,0 – 7,0 0,062 
 
3º dia 2,6 (2,8) 2 0,0 – 7,0 4,5 (1,8) 5 2,0 – 7,0 0,169 
 
4º dia 1,0 (1,0) 1 0,0 – 2,0 4,5 (1,5) 4,5 3,0 – 7,0 0,002 
 
5º dia 0,4 (0,8) 0 0,0 – 2,0 4,7 (2,1) 4 3,0 – 8,0 0,002 
 
6º dia 0,7 (1,5) 0 0,0 – 4,0 4,7 (2,1) 4 3,0 – 8,0 0,008 
 
7º dia 0,7 (1,5) 0 0,0 – 4,0 4,8 (1,8) 4,5 3,0 – 7,0 0,006 
 
8º dia 0,3 (0,7) 0 0,0 – 2,0 4,2 (2,2) 3 2,0 – 7,0 0,002 
 
9º dia 0,3 (0,7) 0 0,0 – 2,0 3,7 (2,8) 3 0,0 – 7,0 0,010 
 
10º dia 0,3 (0,7) 0 0,0 – 2,0 4,3 (2,9) 3 2,0 – 9,0 0,001 
(M-W) - teste Mann-Whitney; (dp) – desvio padrão 
 
A Tabela 9 demonstra uma diferença estatisticamente significativa quanto ao relato de 
dor pelos pacientes ao longo do período de estudo. Os pacientes que receberam a intervenção 
(Grupo M) relatam uma diminuição da dor quando comparados ao pacientes que não 
receberam a intervenção (Grupo C). Este valor é referente à impressão do paciente 
imediatamente antes da realização da massoterapia. Destaca-se uma diferença estatisticamente 
significativa a partir do quarto dia (p=0,002). 
Os dados da Tabela são melhor visualizados na Figura 7. A partir do 4º. dia houve 
melhora significativa da intensidade da dor antes mesmo de iniciar a sessão de massoterapia 
(apenas no Grupo M), melhora esta que permaneceu até o 10º. dia do estudo. Os asteriscos 
representam valores discrepantes observados. 
 
Resultados | 60 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Box-plot comparando a dor antes da intervenção do 1º ao 10º dia. 
Resultados | 61 
Tabela 10 – Descrição dos pacientes segundo a presença de dor imediatamente após a 
realização da intervenção em cada um dos 10 dias. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 média (dp) mediana min-max média (dp) mediana min-max (M-W) 
Dor 
1º dia 1,8 (2,1) 1 0,0 – 6,0 6,0 (1,3) 5,5 5,0 – 8,0 0,012 
 
2º dia 2,0 (1,7) 2 0,0 – 4,0 5,0 (1,1) 5 4,0 – 7,0 0,006 
 
3º dia 0,8 (1,2) 0 0,0 – 3,0 4,7 (1,9) 5 2,0 – 7,0 0,006 
 
4º dia 0,6 (1,0) 0 0,0 – 2,0 5,0 (1,4) 5 3,0 – 7,0 0,002 
 
5º dia 0,3 (0,7) 0 0,0 – 2,0 5,0 (1,8) 4,5 3,0 – 8,0 0,002 
 
6º dia 0,1 (0,4) 0 0,0 – 1,0 5,0 (1,8) 4,5 3,0 – 8,0 0,002 
 
7º dia 0,6 (1,1) 0 0,0 – 3,0 5,0 (1,8) 5 3,0 – 7,0 0,003 
 
8º dia 0,1 (0,4) 0 0,0 – 1,0 4,3 (2,1) 3 3,0 – 7,0 0,001 
 
9º dia 0,1 (0,4) 0 0,0 – 1,0 4,3 (2,5) 3 2,0 – 8,0 0,001 
 
10º dia 0,1 (0,4) 0 0,0 – 1,0 4,8 (2,8) 3 3,0 – 9,0 0,001 
(M-W) - teste Mann-Whitney; (dp) – desvio padrão 
 
A Tabela 10 demonstra que houve uma diferença estatisticamente significativa quanto 
a dor relatada pelos pacientes ao longo do período de estudo. Os pacientes que receberam a 
intervenção (Grupo M) relatam uma diminuição da dor quando comparados ao pacientes que 
não receberam a intervenção (Grupo C). Destaca-se uma diferença estatisticamente 
significativa desde o primeiro dia (p5,5 (1,9) 5,5 3,0 – 8,0 0,084 
 
5º dia 2,4 (2,5) 3 0,0 – 6,0 6,2 (2,2) 7 3,0 – 8,0 0,024 
 
6º dia 2,3 (2,7) 1 0,0 – 7,0 6,5 (2,4) 6,5 3,0 – 10,0 0,026 
 
7º dia 1,4 (2,1) 0 0,0 – 5,0 6,7 (1,6) 6,5 5,0 – 9,0 0,004 
 
8º dia 1,4 (1,9) 0 0,0 – 4,0 5,5 (2,3) 5,5 3,0 – 9,0 0,014 
 
9º dia 1,1 (1,7) 0 0,0 – 4,0 4,5 (3,3) 4,5 0,0 – 9,0 0,047 
 
10º dia 0,8 (1,6) 0 0,0 – 4,0 5,2 (2,6) 5 2,0 – 9,0 0,006 
(M-W) - teste Mann-Whitney; (dp) – desvio padrão 
 
A Tabela 11 mostra o resultado da avaliação da dor nas últimas 24 horas. Observa-se 
que, o nível de dor manteve-se estatisticamente menor no grupo M quando comparado ao 
grupo C nas últimas 24 horas, demonstrando que a massoterapia proporcionou um 
prolongamento no alívio da dor no grupo que recebeu a intervenção a partir do quinto dia 
(p=0,024). Estes dados podem ser visualizados na Figura 9. 
 
 
 
Resultados | 64 
 
Figura 9 – Box-plot comparando a avaliação diária da dor referente às últimas 24 horas após 
cada intervenção durante o período de 10 dias. 
 
 
Tabela 12 – Comparação dos pacientes segundo ansiedade e depressão dos grupos M e C após 
os 10 dias de intervenção segundo escala de Beck. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 n (%) n (%) 
 
Ansiedade 
Mínimo 7 (100) 3 (50,0) 0,103 
Leve 0 (--) 2 (33,3) 
Moderado 0 (--) 1 (16,7) 
 
Depressão 
Mínimo 4 (57,1) 1 (16,7) 0,321 
Leve 2 (28,6) 3 (50,0) 
Moderado 1 (14,3) 2 (33,3) 
 
Total 7 (100) 6 (100) 
Resultados | 65 
Na Tabela 12, verifica-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre 
os grupos M e C para os níveis de ansiedade e depressão (p=0,103; p=0,321, 
respectivamente). 
 
Tabela 13 – Comparação do Grupo M e Grupo C após os 10 dias de intervenção segundo 
consumo de fármacos adjuvantes. 
Variável Grupo M Grupo C p 
 n (%) n (%) 
 
AC* 
Não 1 (14,3) 2 (33,3) 0,559 
Sim 6 (85,7) 4 (66,7) 
 
ADT* 
Não 4 (57,1) 6 (100) 0,192 
Sim 3 (42,9) 0 (--) 
 
AINE* 
Não 7 (100) 6 (100) -- 
Sim 0 (--) 0 (--) 
 
Total 7 (100) 6 (100) 
* teste exato de Fisher 
AC- anticonvulsivantes; ADT- antidepressivo; AINE- antiinflamatório não-esteroidal 
 
A Tabela 13 demonstrou que os grupos foram estatisticamente semelhantes ente si 
referente ao consumo de adjuvantes como antiinflamatórios não esteroidais, antidepressivos e 
anticonvulsivantes (p>0,05) após o término do período de 10 dias de estudo. 
 
Resultados | 66 
5.3 Avaliação da Diferença nos Grupos 
 
5.3.1 Grupo Massoterapia (M) 
 
Tabela 14 – Comparação do consumo de morfina nos pacientes do Grupo M entre o 1º e o 
10º dia. 
Variável Grupo M 
 média (dp) mediana min-max p(F) 
Morfina 
1º dia 57,1 (50,6) 30 20,0 – 140,0 0,690 
 
2º dia 54,3 (45,4) 30 20,0 – 120,0 
 
3º dia 62,8 (42,3) 60 20,0 – 120,0 
 
4º dia 60,0 (43,2) 40 20,0 – 120,0 
 
5º dia 60,0 (43,2) 40 20,0 – 120,0 
 
6º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 
 
7º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 
 
8º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 
 
9º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 
 
10º dia 58,6 (44,1) 40 20,0 – 120,0 
Teste Friedman; (dp) – desvio padrão 
 
A Tabela 14 descreve a avaliação do consumo do analgésico padrão morfina apenas 
no Grupo M. Os dados revelaram que não houve diferença significativa no Grupo M em 
relação ao consumo de morfina entre o 1º e 10º dia, ou seja, os pacientes do Grupo M 
mantiveram constantes a dose de morfina diária durante os 10 dias de avaliação. 
 
 
Resultados | 67 
Tabela 15 – Comparação da intensidade da dor antes da intervenção nos pacientes do Grupo 
M entre o 1º e o 10º dia. 
Variável Grupo M 
 média (dp) mediana min-max p(F) 
Dor 
1º dia 6,1 (1,3) 6 5,0 – 9,0a necessidade de aumento da dose diária de morfina nesta população, 
durante o período de avaliação (p0,05) imediatamente antes de iniciar a 
fisioterapia. 
Resultados | 72 
Tabela 22 – Comparação da intensidade da dor depois da intervenção nos pacientes do Grupo 
C entre o 1º e o 10º dia. 
Variável Grupo C 
 média (dp) mediana min-max p(F) 
Dor 
1º dia 6,0 (1,3) 5,5 5,0 – 8,0 0,662 
 
2º dia 5,0 (1,1) 5 4,0 – 7,0 
 
3º dia 4,7 (1,9) 5 2,0 – 7,0 
 
4º dia 5,0 (1,4) 5 3,0 – 7,0 
 
5º dia 5,0 (1,8) 4,5 3,0 – 8,0 
 
6º dia 5,0 (1,8) 4,5 3,0 – 8,0 
 
7º dia 5,0 (1,8) 5 3,0 – 7,0 
 
8º dia 4,3 (2,1) 3 3,0 – 7,0 
 
9º dia 4,3 (2,5) 3 2,0 – 8,0 
 
10º dia 4,8 (2,8) 3 3,0 – 9,0 
Teste Friedman; (dp) – desvio padrão 
 
Os dados demonstram que não houve alteração do valor numérico da dor durante os 
dias de avaliação para os pacientes do Grupo C (p>0,05) imediatamente após a realização da 
fisioterapia. Portanto, os pacientes que não receberam massoterapia (Grupo C) não 
apresentaram melhora da intensidade da dor apenas com a realização de fisioterapia. 
Resultados | 73 
Tabela 23 – Comparação da intensidade da dor durante as 24 horas após a intervenção nos 
pacientes do Grupo C entre o 1º e o 10º dia. 
Variável Grupo C 
 média (dp) mediana min-max p(F) 
Dor 
1º dia 7,0 (1,1) 7 6,0 – 8,0 0,172 
 
2º dia 5,3 (1,4) 5,5 3,0 – 7,0 
 
3º dia 4,7 (1,9) 5 2,0 – 7,0 
 
4º dia 5,5 (1,9) 5,5 3,0 – 8,0 
 
5º dia 6,2 (2,2) 7 3,0 – 8,0 
 
6º dia 6,5 (2,4) 6,5 3,0 – 10,0 
 
7º dia 6,7 (1,6) 6,5 5,0 – 9,0 
 
8º dia 5,5 (2,3) 5,5 3,0 – 9,0 
 
9º dia 4,5 (3,3) 4,5 0,0 – 9,0 
 
10º dia 5,2 (2,6) 5 2,0 – 9,0 
Teste Friedman; (dp) – desvio padrão 
 
Os valores obtidos demonstram que não houve alteração da intensidade da dor durante 
as 24 horas que seguiram cada intervenção de fisioterapia, segundo o protocolo do estudo. Ou 
seja, realizar apenas fisioterapia não resultou em melhora da condição diária de dor (p>0.05). 
 
Tabela 24 – Avaliação da mudança de categoria para ansiedade nos pacientes do Grupo C. 
Ansiedade Antes 
Depois Mínimo/Leve Moderado/Grave Total 
 n (%) n (%) 
Mínimo/Leve 4 (66,7) 1 (16,7) 5 (83,3) 
Moderado/Grave 0 (--) 1 (16,7) 1 (16,7) 
Total 4 (66,7) 2 (33,3) 6 (100) 
Teste de McNemar 
 
Resultados | 74 
Tabela 25 – Avaliação da mudança de categoria para depressão nos pacientes do Grupo C. 
Depressão Antes 
Depois Mínimo/Leve Moderado/Grave Total 
 n (%) n (%) 
Mínimo/Leve 3 (50,0) 1 (16,7) 4 (66,7) 
Moderado/Grave 0 (--) 2 (33,3) 2 (33,3) 
Total 3 (50,0) 3 (50,0) 6 (100) 
Teste de McNemar 
 
Os pacientes do Grupo C mantiveram o mesmo nível de ansiedade e depressão durante 
os 10 dias de avaliação do estudo (p>0,05). 
A comparação entre as categorias antes de iniciar o estudo (Tabela 5) e após os dias de 
estudo (Tabela 25) não revelou mudanças de categoria tanto para depressão como para nível 
de ansiedade (p>0,05). 
 
5.4 Avaliação da Concentração Plasmática de Noradrenalina 
 
Tabela 26 - Concentração plasmática de noradrenalina nos diferentes grupos de estudo. 
 1ª. Coleta 
(mcg/ml) 
2ª. Coleta 
(mcg/ml) 
P em um mesmo 
grupo 
Grupo C 0,00018±0,00051 
 
0,082±0,023 
 
P0,05 
P (entre os grupos) p>0,05 P0,05), ou seja, as concentrações plasmáticas de noradrenalina 
eram estatisticamente semelhantes entre os dois grupos (p>0,05; 1ª. Coleta). 
Após o término do estudo, ou seja após dez dias de intervenção nos grupos M e C, os 
pacientes do Grupo M permaneceram com valores de concentração plasmática semelhantes 
aos níveis coletados dez dias anteriormente, enquanto os pacientes do Grupo C apresentaram 
aumento dos níveis plasmáticos de noradrenalina ao final do estudo (ppoupado o aumento do fluxo sangüíneo cerebral em quatro áreas do cérebro que 
correspondem à antecipação da dor, preocupação, controle motor e resposta a estímulos 
dolorosos, o que explicaria igualmente a diminuição do nível de ansiedade e depressão 
observado apenas nos pacientes que receberam massoterapia. O fato dos pacientes do grupo 
M não apresentarem aumento da concentração plasmática da noradrenalina durante o período 
de estudo, sugere que durante o período da realização da massoterapia os pacientes sentiam-se 
confortáveis, o que corroborou para a percepção final de analgesia. Detalhes de cada grupo 
serão abordados a seguir. 
Discussão | 80 
6.2 Grupos de Estudo 
 
Dois grupos fizeram parte do estudo, o grupo controle, onde os pacientes foram 
submetidos a atendimentos fisioterapêuticos com exercícios motores e respiratórios, e o grupo 
massoterapia, onde os pacientes além da fisioterapia motora e respiratória foram submetidos a 
sessões diárias de 20 minutos de massoterapia por 10 dias. Diversas modalidades de terapia 
física demonstrou alterar os níveis do opióide endógeno endorfina no plasma e no líquido 
céfalo-raquidiano, o que poderia interferir nos resultados finais de analgesia e consumo de 
morfina. Entretanto, os pacientes dos dois grupos foram submetidos à fisioterapia, o que 
eliminou este potencial para minimizar a dor (BENDER et al., 2007). 
Os pacientes foram divididos de forma aleatória, sendo que a avaliação demográfica final 
revelou que os dois grupos foram semelhantes entre si em relação aos parâmetros avaliados como 
sexo (todos eram do sexo masculino segundo critério de inclusão), religião, idade, escolaridade, 
tabagismo, etilismo, nível inicial de ansiedade e depressão imediatamente antes de serem 
integrados ao estudo e consumo de morfina e fármacos adjuvantes. O fato dos grupos serem 
demograficamente semelhantes entre si viabilizou a análise dos dados obtidos no estudo. 
A importância do grau de escolaridade ser adequada e semelhante ente os grupos 
permitiu o entendimento do estudo a ser conduzido. A separação por sexo minimizou a 
variação de idade, uma vez que pacientes jovens apresentaram maior freqüência de picos de 
dor durante a avaliação enquanto pacientes mais velhos apresentaram melhor equilíbrio 
emocional (GREEN; HART-JOHNSON, 2010), além de pacientes do sexo feminino serem 
mais propícios a apresentarem depressão (LAI, 2011). Outro dado, a espiritualidade, ou a 
crença religiosa influencia a qualidade de vida nos pacientes com câncer terminal 
(KANDASAMY, 2011) sendo demonstrada semelhante entre os grupos de estudo. A seleção 
de pacientes apenas do sexo masculino foi favorável para a verificação do fluxo sangüíneo 
Discussão | 81 
cerebral através do SPECT, pois em voluntários sadios foi demonstrada diferença do fluxo 
sangüíneo cerebral entre homens e mulheres, sendo as atividades verbais exacerbadas no sexo 
feminino e as visuais e espaciais no sexo masculino (LI et al., 2004). 
Em relação ao etilismo, a ingestão de álcool foi demonstrada mediar o estresse, o que 
influenciaria o resultado da concentração plasmática de noradrenalina, influenciaria no 
estresse dos pacientes, além de minimizar a dor por regulação da função de receptores 
opióides (SACHARCZUK et al., 2009). A ligação entre excesso de ingestão de álcool e 
depressão foi demonstrada em ratos onde a administração diária de álcool exacerbou o estado 
depressivo preexistente, estando correlacionado com concentrações baixas de noradrenalina 
cortical (GETACHEW et al., 2010). Em relação ao hábito de fumar cigarros, apesar da 
nicotina estar relacionada com analgesia, o fumante crônico está associado com maior 
intensidade de dor, o que poderia influenciar os dados do estudo (DITRE et al., 2011). 
 
6.2.1 Grupo Controle 
 
Os pacientes do grupo controle representaram a abordagem habitual de pacientes 
internados, portadores de dor oncológica. Como parte da rotina, todos os pacientes foram 
submetidos diariamente à fisioterapia respiratória e motora, e utilizavam diariamente o 
analgésico padrão morfina para o controle da dor, além de outros fármacos coadjuvantes 
como antidepressivos, anticonvulsivantes e antiinflamatórios não-esteroidais. Ao final de 10 
dias de avaliação da intensidade da dor, e do nível de ansiedade e depressão, estes pacientes 
apresentaram aumento da intensidade da dor, o que resultou em aumento da dose diária de 
morfina, mantiveram o mesmo nível de ansiedade e depressão, aumento da concentração 
plasmática de noradrenalina avaliada no 10º. dia quando comparada com a concentração 
Discussão | 82 
inicial, e corroborada pelo aumento do fluxo sangüíneo em áreas cerebrais que correspondem 
a antecipação da dor, preocupação, controle motor e resposta a estímulos dolorosos. 
 
6.2.2 Grupo Massoterapia 
 
Pacientes submetidos à massoterapia diária durante os 10 dias de avaliação 
apresentaram diminuição da intensidade da dor, avaliada pela escala analógica numérica de 
dor (EAN 0-10 cm), antes e imediatamente após cada sessão de massoterapia assim como 
apresentaram diminuição da impressão geral diária da dor, desde o primeiro dia do estudo, 
fato não observado com os pacientes do grupo controle, os quais foram submetidos apenas à 
fisioterapia respiratória e motora, como parte da rotina do Hospital de Câncer de Barretos. A 
manutenção da analgesia durante o período de 24 horas após cada sessão de massagem 
demonstrou clinicamente que o efeito analgésico obtido pela massagem permanecia por 
período prolongado, não estando limitado apenas ao período da realização da técnica. 
Conseqüentemente, não houve aumento do consumo diário de morfina neste grupo de 
pacientes, em acordo com outros autores, os quais demonstraram alteração benéfica na dor e 
no humor após a realização de massagem (KUTNER et al., 2008). 
Um estudo em recém-nascidos prematuros demonstrou que a massagem diminuiu os 
níveis de cortisol, porém não interferiu com os níveis plasmáticos de noradrenalina (ACOLET 
et al., 1993), em acordo com nosso estudo. Se juntarmos os fatos de que os pacientes que 
receberam massoterapia não requisitaram maiores dosagens de morfina e não aumentaram a 
concentração plasmática de noradrenalina, isto pode nos levar a concluir que a ação 
analgésica da massoterapia não seria decorrente da amenização da dor através de ação por via 
espinal, ativando a Via Descendente Inibitória Noradrenérgica da dor, e sim seria 
secundariamente à diminuição da ativação do Sistema Simpático Autonômico, demonstrado 
Discussão | 83 
indiretamente pela ausência de hiperfluxo sangüíneo em áreas cerebrais relacionadas com a 
antecipação da dor, preocupação, controle motor e resposta a estímulos dolorosos, a qual teria 
pelo menos duas funções fisiológicas, uma vez que a noradrenalina em termos fisiológicos 
age como: 1) um neurotransmissor da via descente inibitória medular da dor, a Via 
Noradrenérgica, ou 2) um dos hormônios do estresse, a mesma seria liberada em condições de 
estresse e de aumento da atividade do Sistema Simpático Autonômico. 
Em relação ao nível de ansiedade e depressão, após 10 dias de avaliação, houve 
diminuição estatisticamente significativa neste grupo. Em acordo, outros autores demonstraram 
diminuição da depressão em 16% e da dor em 38% após a realização de massagem nas pernas em 
pacientes oncológicos e aumentou a concentração dos peptídeos antimicrobiais, imunoglobulina e 
de cromogranina-A salivar na cavidade oral (NOTO et al., 2010). 
 
6.3 Comentários sobre os Efeitos das Intervenções nos Grupos de Estudo 
 
As intervenções realizadas durante 10 dias nos grupos M e C revelaram a impressão 
geral diária sobre a intensidade da dor antes da intervenção matinal, sendo menor para o 
Grupo M a partir do 4º. dia de avaliação quando comparados os dois grupos, enquanto a 
intensidade da dor após cada sessão de massoterapia apresentou efeitos imediatosdesde o 
primeiro dia, a intensidade da dor diária, refletida pela avaliação do paciente referente às 24 
horas de observação, foi menor para o grupo M a partir do quinto dia de estudo. 
O grupo C apresentou aumento do consumo diário de morfina por via oral a partir do 
5º. dia de observação, o grupo M diminuiu o nível de ansiedade e depressão no final dos 10 
dias de avaliação, enquanto o grupo controle permaneceu com as mesmas características das 
avaliações antes do início do estudo. Os circuitos neurais envolvidos na susceptibilidade ou 
resiliência das desordens do estresse sugerem o envolvimento de plasticidade adaptativa do 
sistema noradrenérgico (OLSON et al., 2011), o que justificaria os dados encontrados. 
Discussão | 84 
O grupo M manteve os níveis plasmáticos de noradrenalina semelhantes aos valores 
iniciais, enquanto o grupo C apresentou aumento da concentração plasmática de noradrenalina 
no 10º. dia comparado aos valores iniciais. A noradrenalina aparentemente aumenta a 
proliferação de células neoplásicas e regula a secreção de interleucina 6 nas células 
carcinomatosas, afetando o comportamento tumoral (BERNABÉ et al., 2010). As observações 
direcionam ao raciocínio de que pacientes com aumento da noradrenalina, como o grupo C, 
teriam maior probabilidade de evoluir com piora do padrão comportamental das células 
tumorais, com uma sugestão de evolução mais agressiva da doença oncológica. 
 
6.4 Métodos de Neuroimagem para Avaliação do Fluxo Sanguíneo Cerebral 
 
Estudos anteriores com base na Tomografia por Emissão de Fóton Único (SPECT), 
Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) e Ressonância Magnética funcional (fMRI) 
demostraram que os estímulos nociceptivos aumentam a perfusão cerebral em diversas áreas 
envolvidas na dimensão sensorial da dor (somatosensorial e córtex parietal inferior) e na 
dimensão afetiva da dor (insula, hipocampo, o cerebelo, córtex pré-frontal e cíngulos) 
(NEWBERG et al., 2005; PEYRON et al., 1999; MERTZ et al., 2000; OUCHI et al., 2006; 
CRIPPA et al., 2004; WAGNER et al., 2007; ALMEIDA, 2007). 
Guedj e colaboradores (2007) realizaram um estudo utilizando a Tomografia por 
Emissão de Fóton Único (SPECT), quando 18 mulheres portadoras de fibromialgia e 10 
mulheres saudáveis foram avaliadas para investigar o processamento do cérebro associado 
com dor espontânea. Os autores descreveram hiperperfusão significativa em regiões do 
cérebro conhecidas por estarem envolvidas na dimensão sensorial do processamento da dor e 
hipoperfusão significativa em áreas supostamente associadas à dimensão afetiva da dor. 
Discussão | 85 
Poucos estudos têm utilizado as técnicas de neuroimagens para estudar o efeito da 
massoterapia na perfusão cerebral, sendo que somente dois estudos indexados foram 
encontrados na literatura (OUCHI et al., 2006; BUCKLE et al., 2008) onde apenas um 
utilizou a Tomografia por Emissão de Fóton Único (SPECT) para avaliar o fluxo sanguíneo 
cerebral regional comparando duas técnicas de massoterapia (BUCKLE et al., 2008). Ambos 
os estudos utilizaram uma amostra pequena, porém para análise estatística usaram o programa 
SPM (Statistical Parametric Mapping), o que garante um resultado fidedigno por ser um 
método rigoroso nas avaliações, corroborando com o presente estudo que também usou este 
programa em uma amostra pequena. O fato do atual estudo ter sido realizado com uma 
amostra pequena se deve a várias dificuldades no decorrer da coleta de dados: marcação de 
exames (ressonância magnética e SPECT), apesar do hospital reservar um número de exames 
de ressonância magnética para pesquisa a demanda era muito grande, já para a realização do 
SPECT a dificuldade foi devido a falta do Tecnécio-99 no hospital durante a coleta de dados; 
recusa dos pacientes em participar do estudo pois relatavam ter medo de realizar os exames. 
Os resultados do presente estudo não demonstraram áreas com hipoperfusão nos dois grupos, 
inferindo que o cotidiano dos pacientes portadores de dor oncológica em tratamento no 
Hospital de Câncer de Barretos, submetidos à sessões de fisioterapia motora e respiratória não 
repercute diminuindo o fluxo sangüíneo das áreas avaliadas. Entretanto, demonstramos no 
grupo controle hiperperfusão em quatro áreas do cérebro que correspondem a antecipação da 
dor, preocupação, controle motor e resposta a estímulos dolorosos. 
No grupo massoterapia a única alteração encontrada foi a demonstração de 
hiperperfusão em apenas uma área do cérebro, a qual corresponde a funções somatosensoriais 
como localização do toque, temperatura, vibração e dor. Este resultado sugere que apesar da 
dor no grupo de massoterapia ter diminuído segundo a escala analógica numérica (EAN), 
observamos um aumento na perfusão cerebral em uma área relacionada a neuroplasticidade da 
Discussão | 86 
dor crônica. Os resultados sugerem que a realização diária de massoterapia impediu o 
aumento da perfusão sangüínea em áreas relacionadas com a antecipação da dor, 
preocupação, controle motor e resposta a estímulos dolorosos e simultaneamente aumentou a 
perfusão sangüínea em área relacionada com localização do toque, temperatura, vibração e 
dor. A somatória destes dados inferiu em diminuição do estímulo nociceptivo para o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusões | 87 
7 CONCLUSÕES 
 
1. Foi demonstrado no grupo controle hiperperfusão em quatro áreas do cérebro que 
correspondem a antecipação da dor, preocupação, controle motor e resposta a 
estímulos dolorosos (giro frontal médio direito e esquerdo, frontal superior direito e 
giro pós-central direito). No grupo massoterapia a única alteração encontrada foi a 
demonstração de hiperperfusão em apenas uma área do cérebro, a qual corresponde a 
funções somatosensoriais como localização do toque, temperatura, vibração e dor 
(giro pós-central esquerdo), 
2. A realização da massoterapia resultou em diminuição da intensidade da dor desde o 
primeiro dia do estudo, coincidindo com o fato de que após 4 dias completos de 
avaliação, o Grupo C apresentou maior consumo diário de morfina. 
3. A intensidade da dor diária, refletida pela avaliação do paciente referente às 24 horas 
de observação foi menor para o Grupo M a partir do quinto dia, 
4. A realização de massoterapia resultou em diminuição do nível de ansiedade e 
depressão, coincidindo com a manutenção dos níveis plasmáticos de noradrenalina, 
enquanto o Grupo C evoluiu com aumento da concentração plasmática de 
noradrenalina, quando comparado o 10º dia com a coleta realizada antes da primeira 
intervenção. 
 
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ABSTRACT 
 
Ferreira, A. S. M, Effects of massotherapy on cerebral perfusion assessed by emission 
tomography and single photon in patients with cancer pain. 2011, 116 f. Thesis (Doctoral) – 
School of Medicine of Ribeirão Preto. University of São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. 
 
Introduction: Studies show massotherapy as an effective complementary technique for 
controlling symptoms in advanced cancer pain, and it can assessed by neuroimaging 
techniques such as tomography of Single Photon Emission to test their effects on cerebral 
blood flow. Objectives: This study was designed to evaluate pain and the effects of massage 
therapy by noradrenaline plasmatic concentration effect on cerebral perfusion besides clinical 
evaluation in patients with cancer pain. Methods: After ethics committee approval and 
informed consent, 16 patients with malignant tumor of the prostate, kidney, colon and rectum 
with widespread bone metastases and pain VNS> 4-cm (Visual Numeric Scale) were 
included. The Massage group (M) received 20 minutes of massage therapy in a standardized 
technique during 10 consecutive days, in addition to daily physical and respiratory motor 
therapies. The Control group (C) received only physical and respiratory motor therapies. Both 
groups underwent Tomography of Single Photon Emission before and after the intervention 
for the assessment of cerebral blood flow. Pain (Visual Numeric Scale and opioid 
consumption), anxiety and depression (Beck Inventory) and plasma noradrenaline were also 
assessed. P 0.05). In this group it was found hyperperfusion in only one area of the brain, 
which corresponds to the somatosensory functions such as location of touch, temperature, 
vibration and pain and had plasma level of noradrenaline from the beginning of study. Group 
C showed no decrease in pain scores, no improvement in level of anxiety and depression 
(p>0.05) and showed an increasing daily consumption of morphine (pL. Implementation of a massage therapy program in the home 
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Anexos | 99 
ANEXOS 
 
ANEXO I 
 
PROTOCOLO 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: Data: _________________________. 
 
Nome:_________________________________________Religião:_______________________. 
Idade:_____________Cor:______________Sexo:__________ Registro: __________________. 
Altura:________________________________Peso:__________________________________. 
Escolaridade:___________________Profissão:__________________EstadoCivil:__________. 
Tabagista: ( ) Sim ( ) Não. Etilista: ( ) Sim ( ) Não. 
Início da doença: _____/_____/_____ 
Diagnóstico:_______________________________________________________. 
Metástases:__________________________________________________________________. 
 
AVALIAÇÃO DA DOR INICIAL: 
 
Localização da dor:__________________________________________________________. 
Duração da dor:_______________________________________________________________. 
Qualidade da dor:______________________________________________________________. 
Intensidade da dor (ENV):_______________________________________________________. 
 
MASSOTERAPIA: Data de início: _______________________. 
Nº de sessões: ________________________________________________________________. 
Técnica: _____________________________________________________________________. 
Tempo de Duração: ___________________________________________________________. 
 
 
(EAN- 10 cm): 
Sessão 1- ENV antes--------- depois-----------últimas 24 horas---------------data:-------------------- 
 
Sessão 2- ENV antes----------depois----------- últimas 24 horas--------------data:-------------------- 
 
Sessão 3- ENV antes--------- depois-----------últimas 24 horas---------------data:-------------------- 
 
Sessão 4- ENV antes----------depois-----------últimas 24 horas---------------data: ------------------- 
 
Sessão 5- ENV antes--------- depois------------ últimas 24 horas---------------data:-------------------- 
 
Sessão 6- ENVantes----------depois-----------últimas 24 horas--------------- data:------------------- 
 
Sessão 7- ENV antes--------- depois------------ últimas 24 horas--------------data:-------------------- 
 
Sessão 8- ENV antes----------depois-----------últimas 24 horas--------------- data:------------------- 
 
Sessão 9- ENV antes--------- depois------------últimas 24 horas--------------- data:------------------ 
 
Sessão 10- ENV antes-------- depois----------- últimas 24 horas----------------data:------------------ 
Anexos | 100 
1º ESPECT:- ------------------------------ 2º ESPECT:------------------------------------------- 
 
1ª COLETA DE SANGUE:- ------------------ 2ª COLETA DE SANGUE:------------------- 
 
 
 
CONSUMO DE ANALGÉSICOS 
 
DIAS OPIÓIDES OUTROS ANALGÉSICOS / AINES 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos | 101 
ANEXO II 
 
 
 
ESCALA DE DEPRESSÃO DE BECK 
 
(BDI) 
 
Data._____/_______/______ Checado por:__________________________ 
 
Neste questionário existem grupos de afirmativas. Por favor leia com atenção cada uma delas 
e selecione a afirmativa que melhor descreve como você se sentiu na SEMANA QUE 
PASSOU, INCLUINDO O DIA DE HOJE. 
Marque um X no quadrado ao lado da afirmativa que você selecionou. Certifique-se de ter 
lido todas as afirmativas antes de fazer sua escolha. 
 
1. 0 = não me sinto triste 
1 = sinto-me triste 
2 = sinto-me triste o tempo todo e não consigo sair disto 
3 = estou tão triste e infeliz que não posso agüentar 
 
2. 0 = não estou particularmente desencorajado(a) frente ao futuro 
1 = sinto-me desencorajado(a) frente ao futuro 
2 = sinto que não tenho nada a esperar 
3 = sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não vão melhorar 
 
3. 0 = não me sinto fracassado(a) 
1 = sinto que falhei mais que um indivíduo médio 
2 = quando olho para trás em minha vida, vejo só uma porção de fracassos 
3 = sinto que sou um fracasso completo como pessoa 
 
4. 0 = não obtenho tanta satisfação com as coisas como costumava fazer 
1 = não gosto das coisas da maneira como costumava gostar 
2 = não consigo mais sentir satisfação real em coisa alguma 
3 = estou insatisfeito(a) ou entediado(a) com tudo 
 
5. 0 = não me sinto particularmente culpado(a) 
1 = sinto-me culpado(a) boa parte do tempo 
2 = sinto-me muito culpado(a) a maior parte do tempo 
3 = sinto-me culpado(a) o tempo todo 
 
6. 0 = não sinto que esteja sendo punido(a) 
1 = sinto que posso ser punido(a) 
2 = espero ser punido(a) 
3 = sinto que estou sendo punido(a) 
 
7. 0 = não me sinto desapontado(a) comigo mesmo(a) 
1 = sinto-me desapontado(a) comigo mesmo(a) 
2 = sinto-me aborrecido(a) comigo mesmo(a) 
3 = eu me odeio 
Anexos | 102 
8. 0 = não sinto que seja pior que qualquer pessoa 
 1 = critico minhas franquezas ou erros 
 2 = responsabilizo-me o tempo todo por minhas falhas 
 3 = culpo-me por todas as coisas ruins que acontecem 
 
9. 0 = não tenho nenhum pensamento a respeito de me matar 
 1 = tenho pensamentos a respeito de me matar mas não os levaria adiante 
2 = gostaria de me matar 
3 = eu me mataria se tivesse uma oportunidade 
 
10. 0 = não costumo chorar mais do que o habitual 
 1 = choro mais agora do que costumava chorar antes 
 2 = atualmente choro o tempo todo 
 3 = eu costumava chorar, mas agora não consigo mesmo que queira 
 
11. 0 = não me irrito mais agora do que em qualquer outra época 
 1 = fico molestado(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava 
 2 = atualmente sinto-me irritado(a) o tempo todo 
 3 = absolutamente não me irrito com as coisas que costumam irritar-me 
 
12. 0 = não perdi o interesse nas outras pessoas 
 1 = interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 
 2 = perdi a maior parte do meu interesse pelas outras pessoas 
 3 = perdi todo o meu interesse nas outras pessoas 
 
13. 0 = tomo as decisões quase tão bem como em qualquer outra época 
 1= adio minhas decisões mais do que costumava 
 2 = tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes 
 3 = não consigo mais tomar decisões 
 
14. 0 = não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser 
 1 = preocupo-me por estar parecendo velho(a) ou sem atrativos 
 2 = sinto que há mudanças em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos 
 3 = considero-me feio(a) 
 
15. 0 = posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes 
 1 = preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa 
 2 = tenho que me esforçar muito até fazer qualquer coisa 
 3 = não consigo fazer trabalho nenhum 
 
16. 0 = durmo tão bem quanto de hábito 
 1 = não durmo tão bem quanto costumava 
 2 = acordo 1 ou 2 horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade de voltar a 
dormir 
 3 = acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade de voltar a 
dormir 
 
17. 0 = não fico mais cansado(a) do que de hábito 
 1 = fico cansado(a) com mais facilidade do que costumava 
 2 = sinto-me cansado(a) ao fazer qualquer coisa 
 3 = estou cansado(a) demais para fazer qualquer coisa 
Anexos | 103 
18. 0 = o meu apetite não está pior do que de hábito 
 1 = meu apetite não é tão bom como costumava ser 
 2 = meu apetite está muito pior agora 
 3 = não tenho mais nenhum apetite 
 
19. 0 = não perdi muito peso se é que perdi algum ultimamente 
 1 = perdi mais de 2,5 kg 
 2 = perdi mais de 5,0 kg 
 3 = perdi mais de 7,0 kg 
 Estou deliberadamente tentando perder peso comendo menos: ( ) sim ( ) não 
 
20. 0 = não me preocupo mais do que de hábito com minha saúde 
 1 = preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições, ou perturbações no 
estômago, ou prisões de ventre 
 2 = estou preocupado(a) com problemas físicos e é difícil pensar em muito mais do 
que isso 
 3 = estou tão preocupado(a) em ter problemas físicos que não consigo pensar em outra 
coisa 
 
21. 0 = não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual 
 1 = estou menos interessado(a) por sexo do que costumava 
 2 = estou bem menos interessado(a) por sexo atualmente 
 3 = perdi completamente o interesse por sexo 
 
Desenvolvido por: BECK et al., 1961. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos | 104 
ANEXO III 
 
ESCALA DE ANSIEDADE DE BECK 
 
(BECK-A) 
 
 
Data:_____/_____/_____ Checado por:__________________ 
 
Abaixo temos uma lista de sintomas comuns à ansiedade. Favor preencher cada item da lista 
cuidadosamente. Indique agora os sintomas que você apresentou durante A ÚLTIMA 
SEMANA INCLUINDO HOJE. Marque com um X os espaços correspondentes a cada 
sintoma. 
 
 0 1 2 3 
 Ausente Suave, não 
me incomoda 
muito 
Moderado, é 
desagradável 
mas consigo 
suportar 
Severo, 
quase não 
consigo 
suportar 
1. Dormência ou formigamento 
2. Sensações de Dor 
3. Tremor nas pernas 
4. Incapaz de relaxar 
5. Medo de acontecimentos ruins 
6. Confuso ou delirante 
7. Coração Batendo forte e rápido 
8. Inseguro (a) 
9. Apavorado (a) 
10. Nervoso (a) 
11. Sensação de sufocamento 
12. Tremor nas mãos 
13. Trêmulo (a) 
14. Medo de perder o controle 
15. Dificuldade de respirar 
16. Medo de morrer 
17. Assustado (a) 
18. Indigestão ou desconforto abdominal 
19. Desmaios 
20. Rubor facial 
21. Sudorese (não devido ao calor) 
 
 
Desenvolvido por: BECK et al.,1988. 
 
 
 
Anexos | 105 
ANEXO IV 
 
HOSPITAL SÃO JUDAS TADEU, UNIDADE II DA FUNDAÇÃO PIO XII 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
I. Dados sobre a pesquisa: 
 
1. Título: Efeitos da massoterapia na perfusão cerebral avaliados pela tomografia por 
emissão de fóton único em pacientes com dor oncológica. 
2. Pesquisadora: Adriana Silva Martins Ferreira, CREFITO-3/20325-F. 
Fisioterapeuta da Fundação Pio XII. 
3. Pesquisa com baixo risco para o Paciente. 
4. Duração da pesquisa: 10 dias consecutivos. 
 
II. Informações dadas aos pacientes: 
 
A doença que você apresenta é grave e está muito avançada,portanto precisa de 
cuidados especiais de toda a equipe do hospital (médicos, fisioterapeutas, psicólogos, etc.) 
para que possam ser controlados todos os sintomas. 
 Com essa pesquisa queremos observar se com a realização da massagem sua dor 
diminuirá ou não, em qual área do seu cérebro a massagem provoca efeito e com isso 
podemos ajudar no controle da sua dor, se ela melhora sua ansiedade e depressão e também 
seu inchaço nas pernas e braços. Os pacientes serão divididos em 2 grupos através de sorteios, 
se você cair no grupo 1 receberá massagem e também o atendimento de fisioterapia com 
exercícios leves de braço, pernas e respiração, se você cair no grupo 2 receberá somente o 
atendimento de fisioterapia. No inicio da pesquisa você fará um exame de ressonância 
magnética sem contraste, portanto sem risco nenhum para vermos como está seu cérebro, 
antes de fazer esse exame terá que responder umas perguntas, depois será realizada uma 
avaliação da sua dor através de uma escala que consiste em uma régua numerada de 0 a 10, 
sendo que o valor 0 significa ausência de dor e o valor 10 dor insuportável ,após essa 
Anexos | 106 
avaliação você fará um exame no seu cérebro chamado spect; para fazer esse exame você 
receberá uma dose pequena e segura de uma substância radioativa denominada Tecnécio, que 
será juntada a outra não radioativa denominada ECD. Essas substancias não apresentam riscos 
já que são de uso rotineiro na prática da medicina por não causarem reações indesejáveis, 
como por exemplo alergias, mal estar ou outras reações. Juntas elas se distribuirão em seu 
cérebro e poderemos fazer um mapa de quanto sangue circula nele. Você não será prejudicado 
ou sofrerá conseqüências maléficas devido ao exame. Ele é feito todos os dias, inclusive em 
crianças, justamente devido à sua segurança. 
 O remédio será injetado na veia, onde não provoca reações, dores ou inflamações, e 
você permanecerá cerca de 10 minutos com os olhos fechados, apenas com o fim de não 
estimular o seu cérebro, antes de passar no aparelho que fará o exame. Uma vez nele, nada 
tocará em você e não sentirá nenhuma dor. 
 Você deverá responder também um questionário de ansiedade e outro de depressão, 
vamos tirar um pouco de sangue da sua veia (5 ml) para fazermos um exame. A partir de 
então será realizada uma massagem de 20 minutos com você deitado de costas e depois de 
lado se estiver no grupo 1, enquanto que o grupo 2 receberá somente o atendimento de 
fisioterapia, no final da pesquisa (10 dias), serão repetidas a avaliação da dor , o exame spect, 
os questionários de ansiedade e depressão, e o exame de sangue. 
 
III. Riscos: 
 
• Você poderá apresentar uma alergia pôr causa do creme usado para a realização da 
massagem, caso isto ocorra a massagem será interrompida, você receberá da 
equipe médica o tratamento adequado para a alergia e será imediatamente retirado 
do estudo. 
Anexos | 107 
• Durante a realização da massagem com a mudança de posição deitado de costas 
para o lado, como seus ossos estão fracos poderá ocorrer fratura, provocando dor e 
desconforto, caso isso ocorra a massagem será interrompida, você receberá da 
equipe médica o tratamento adequado e será imediatamente retirado do estudo. 
• Se durante a injeção dos medicamentos no exame spect ocorrerem acidentes 
devidos ao ato da punção estes serão prontamente tratados sem ônus financeiro 
para você. 
 
IV. Benefícios: 
 
 Oferecer a você mais uma opção de tratamento para o controle da dor e melhora da 
ansiedade e depressão, o que tornará o atendimento mais completo. 
 
V. Direitos dos pacientes: 
 
• A participação ou a não participação, bem como o abandono desta pesquisa 
não acarretará em riscos adicionais a você, nem afetará o seu tratamento no 
hospital. 
• A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a 
qualquer dúvida a respeito dos procedimentos, riscos, benefícios e outras 
situações relacionadas à pesquisa. 
• A segurança de que não serei identificado, e que será mantido o caráter 
confidencial da informação relacionada com a minha privacidade. 
• O compromisso de me proporcionar a informação atualizada durante o estudo, 
ainda que esta mesma possa afetar a minha vontade de continuar participando. 
Anexos | 108 
• A garantia de que não terei gastos e que não está previsto despesas adicionais 
durante minha participação no estudo caso isto ocorra as despesas serão de 
responsabilidade do pesquisador. 
• A disponibilidade de tratamento médico pôr parte da instituição à saúde, em 
caso de danos que a justifiquem diretamente causados pela pesquisa. 
 
Eu ________________________________________________________________. 
 
RG: _______________________, 
abaixo assinado, tendo recebido as informações acima, e ciente dos meus direitos acima 
relacionados, concordo em participar. 
 
Barretos, _______ de _________de 2010. 
 
 
__________________________ 
 Assinatura do Paciente Nome: __________________ 
 Assinatura da testemunha 
 
____________________________________________ 
Adriana da Silva Martins Ferreira 
Fisioterapeuta – Pesquisadora Responsável 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos | 109 
ANEXO V 
ESCALA DO ESTADO FUNCIONAL DE KARNOFSKY 
 
 
 
 
 
Condição 
Perfor- 
mance 
(%) 
Comentários 
 100 Normal, sem queixas, sem evidência da doença. 
90 
Apto a fazer atividades normais; sinais ou sintomas 
leves de doença. 
Apto para atividades normais; nenhum 
cuidado especial é necessário. 
80 
Atividade normal com esforço; alguns sinais ou 
sintomas da doença. 
70 
Cuida de suas necessidades; inapto para atividades 
normais ou fazer trabalho ativo. 
60 Requer assistência ocasional 
Inapto para o trabalho; apto para viver 
em casa; cuida da maioria das 
necessidades pessoais; assistência 
variável é necessária. 
50 
Requer considerável assistência e cuidados médicos 
freqüentes. 
40 Incapacitado; requer cuidados e assistência. 
30 
Severamente incapacitado; hospitalização é 
indicada, embora morte não iminente. 
20 Muito doente; hospitalização é necessária. 
10 Moribundo; processo fatal progredindo rapidamente.
Inapto a cuidar de si mesmo; requer 
cuidado hospitalar ou equivalente; 
doença pode progredir rapidamente. 
0 Morte. 
Apêndices | 110 
APÊNDICES 
 
Apêndice A- Dados originais do estudo 
 
Tabela 29 - Dados demográficos (Grupo M). 
 
Nome Idade Cor Religião Altura(cm) Peso(Kg) Escolaridade
Estado 
 civil Diagnóstico Tabagista Etilista
ESS 50 pardo católico 165 69 
1º grau 
incomp casado Ca rim não não 
CMS 66 branco católico 168 66 
1º grau 
incomp casado Ca prostata sim não 
WFS 67 branco católico 167 65 
1º grau 
incomp casado Ca prostata sim não 
JAC 52 pardo evangélico 172 68 3º grau casado Ca rim não não 
JM 63 branco católico 159 79 
1º grau 
incomp casado Ca prostata sim sim 
DC 68 branco católico 162 60 
1º grau 
incomp casado Ca prostata não não 
F A S 55 pardo católico 164 55 
1º grau 
incomp casado Ca prostata sim não 
 
 
Tabela 30 - Dados demográficos (grupo C). 
 
Nome Idade Cor Religião Altura(cm) Peso(Kg) Escolaridade 
Estado 
civil Diagnóstico Tabagista Etilista
SCM 67 branco católico 165 72 
1º grau 
incomp casado Ca reto não sim 
JCV 61 negro evangélico 165 59 
1º grau 
incomp casado Ca prostata não não 
AJR 66 branco católico 165 74 
1º grau 
incomp casado Ca colon não não 
PAC 69 branco católico 171 74 
1º grau 
incomp casado Ca prostata sim não 
MCN 60 negro católico 182 83 2º grau casado Ca prostata não não 
JBS 69 pardo evangélico 160 59 
1º grau 
incomp casado Ca prostata não não 
 
 
 
 
 
Apêndices | 111 
Tabela 31 - Avaliação da escala de depressão (grupo M) início. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
ESS 1 21 2 0 3 2 3 1 1 2 2 2 1 3 2 0 0 0 1 2 
CMS 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 1 2 2 0 2 3 
WFS 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 3 0 0 1 3 1 2 
JAC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0 0 1 0 
JM 2 1 0 1 0 3 2 0 0 0 0 0 2 0 3 1 0 3 3 2 1 
DC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 3 1 0 1 3 1 3 
F A S 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 2 3 1 
 
 
Tabela 32 - Avaliação da escala de depressão (grupo M) final 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
ESS 1 1 2 2 3 2 0 1 1 3 3 2 2 2 3 3 1 0 0 1 2 
CMS 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 3 
WFS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0 3 0 3 
JAC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
JM 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 1 3 0 3 
DC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 1 0 1 3 1 3 
F A S 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
Tabela 33 – Avaliação da escala de depressão (grupo C) início. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
SCM 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 3 2 2 0 2 
JCV 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 2 2 3 1 1 2 3 3 3 
AJR 1 0 0 0 0 0 2 0 0 1 1 0 1 2 3 1 2 1 3 1 2 
PAC 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 
MCN 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 2 1 3 1 3 
JBS 0 0 1 1 1 3 0 1 0 0 1 0 3 0 2 1 0 1 2 2 3 
 
Apêndices | 112 
Tabela 34 - Avaliação da escala de depressão (grupo C) final. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
SCM 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 1 0 0 0 3 
JCV 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 3 0 0 0 3 2 3 
AJR 1 0 0 0 1 3 1 0 0 1 2 2 0 0 3 3 3 2 0 3 3 
PAC 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 2 2 1 0 1 1 
MCN 1 1 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 3 1 3 
JBS 1 0 0 0 1 3 0 3 0 3 1 0 3 0 3 3 3 0 1 1 3 
 
 
Tabela 35 - Avaliação da escala de ansiedade (grupo M) início. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
ESS 2 3 1 2 3 0 0 0 1 1 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 
CMS 0 3 0 3 0 2 0 1 0 0 0 2 2 0 0 0 0 3 0 0 0 
WFS 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 
JAC 1 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 
JM 0 3 0 3 3 3 0 3 0 1 0 1 0 3 0 3 0 1 0 1 0 
DC 3 1 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 
F A S 0 3 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 
 
 
Tabela 36 - Avaliação da escala de ansiedade (grupo M) final. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
ESS 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 
CMS 0 1 2 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 
WFS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 
JAC 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 
JM 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
DC 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 1 0 0 0 0 
F A S 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
Apêndices | 113 
 
Tabela 37 - Avaliação da escala de ansiedade (grupo C) início. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
SCM 1 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
JCV 2 2 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 
AJR 0 2 0 2 2 2 1 2 3 2 2 0 0 2 1 3 3 2 0 0 0 
PAC 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 
MCN 2 1 0 3 0 2 0 1 0 1 0 2 0 0 1 2 0 1 0 0 3 
JBS 0 3 0 2 3 3 0 3 3 3 3 1 0 3 1 0 3 3 0 0 0 
 
 
Tabela 38 - Avaliação da escala de ansiedade (grupo C) final. 
 
 
 Questões 
Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
SCM 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 
JCV 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 2 0 0 1 
AJR 1 2 0 1 3 0 0 2 2 2 0 0 0 0 0 3 2 2 0 0 0 
PAC 1 2 0 1 0 2 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 1 2 
MCN 0 2 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 
JBS 0 1 3 0 1 2 0 0 2 0 1 2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 
 
 
 
Tabela 39 – Consumo de adjuvnates grupo M 
 
 dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5 dia 6 dia 7 dia 8 dia 9 dia 10 
Nome ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine 
ESS S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
CMS S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N 
WFS S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
JAC S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N S S N 
JM S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
DC N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N 
F A S S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
S– sim; N- não; ac– anticonvulsivante; adt- antidepressivo; aine- antiinflamatório não esteroidal 
Apêndices | 114 
Tabela 40 – Consusmo de adjuvantes grupo C 
 
 dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5 dia 6 dia 7 dia 8 dia 9 dia 10 
Nome ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine ac adt aine
SCM S N S S N S S N S S N S S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
JCV S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
AJR N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N 
PAC S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
MCN S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N S N N 
JBS N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N 
S– sim; N- não; ac– anticonvulsivante; adt- antidepressivo; aine- antiinflamatório não esteroidal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 41 - Consumo de morfina (dose mg total/dia) grupo M 
 
Nome dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5 dia 6 dia 7 dia 8 dia 9 dia 10 
ESS 140 120 120 120 120 120 120 120 120 120 
CMS 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 
WFS 30 30 60 40 40 40 40 40 40 40 
JAC 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 
JM 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 
DC 40 40 40 40 40 30 30 30 30 30 
F A S 30 30 60 60 60 60 60 60 60 60 
Tabela 42 - Consumo de morfina (dose mg total/dia) grupo C 
 
Nome dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5 dia 6 dia 7 dia 8 dia 9 dia 10 
SCM 90 90 90 90 120 120 120 120 120 120 
JCV 30 35 40 40 40 40 40 40 40 40 
AJR 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 
PAC 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 
MCN 60 60 60 60 60 60 80 80 80 80 
JBS 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 
Apêndices | 115 
Tabela 43 - Avaliação da dor (Grupo M). 
 
Nome Localização Qualidade DURAÇÃO 
ESS quadril/ MIE latejante 4 meses 
CMS quadril/MMII queimação 4 meses 
WFS coluna vert queimação 4 meses 
JAC col vert/MMII queimação 2 meses 
JM MMSS/MMII latejante 3 meses 
DC quadril/MMII queimação 3 meses 
F A S quadril/MIE latejante 3 meses 
 
Tabela 44 – Avaliação da dor (Grupo C). 
 
Nome Localização Qualidade Duração 
SCM col vert/MMII queimação 10 meses 
JCV col vert/MMII latejante 5 meses 
AJR col vert/omb latejante 6 meses 
PAC coluna vert latejante 6 meses 
MCN col vert/MID latejante 3 meses 
JBS quadril/MID latejante 8 meses 
 
Tabela 45 - Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo M antes 
 
 
Nome 
1ª 
Sessão 
2ª 
Sessão 
3ª 
Sessão 
4ª 
Sessão 
5ª 
Sessão 
6ª 
Sessão 
7ª 
Sessão 
8ª 
Sessão 
9ª 
Sessão 
10ª 
Sessão 
ESS 6 0 0 0 0 4 0 0 0 0 
CMS 5 3 2 2 0 0 0 0 0 0 
WFS 5 3 2 2 0 0 0 0 0 0 
JAC 9 5 6 0 0 0 0 0 0 0 
JM 6 5 7 2 2 1 1 0 0 0 
DC 6 3 0 0 0 0 0 0 0 0 
F A S 6 2 1 1 1 0 4 2 2 0 
 
Tabela 46 - Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo M depois 
 
 
Nome 
1ª 
Sessão 
2ª 
Sessão 
3ª 
Sessão 
4ª 
Sessão 
5ª 
Sessão 
6ª 
Sessão 
7ª 
Sessão 
8ª 
Sessão 
9ª 
Sessão 
10ª 
Sessão 
ESS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
CMS 0 3 2 2 0 0 0 0 0 0 
WFS 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 
JAC 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 
JM 6 4 3 2 2 1 1 0 0 0 
DC 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
F A S 1 1 1 0 0 0 3 1 0 0 
Apêndices | 116 
Tabela 47 - Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo M últimas 24 horas. 
 
 
Nome 
1ª 
Sessão 
2ª 
Sessão 
3ª 
Sessão 
4ª 
Sessão 
5ª 
Sessão 
6ª 
Sessão 
7ª 
Sessão 
8ª 
Sessão 
9ª 
Sessão 
10ª 
Sessão 
ESS 9 2 1 7 5 7 0 0 0 0 
CMS 6 3 2 2 0 4 0 0 0 0 
WFS9 5 2 3 0 0 0 0 0 0 
JAC 6 3 6 6 6 4 4 4 4 4 
JM 8 5 7 3 3 1 1 2 3 2 
DC 6 3 0 0 0 0 0 0 0 0 
F A S 9 5 2 1 3 0 5 4 1 0 
 
Tabela 48 - Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo C antes 
 
 
Nome 1ª Sessão 2ª Sessão 3ª Sessão 4ª Sessão 5ª Sessão 6ª Sessão 7ª Sessão 8ª Sessão 9ª Sessão 10ª Sessão 
SCM 5 3 2 4 3 3 3 2 0 2 
JCV 5 5 3 3 3 3 4 3 2 2 
AJR 5 5 5 5 6 6 7 7 7 7 
PAC 8 7 5 3 3 3 3 3 3 3 
MCN 6 4 7 7 8 8 7 7 7 9 
JBS 5 5 5 5 5 5 5 3 3 3 
 
 
Tabela 49 - Intensidade da dor (ENV-10cm) gupo C depois 
 
 
Nome 1ª Sessão 2ª Sessão 3ª Sessão 4ª Sessão 5ª Sessão 6ª Sessão 7ª Sessão 8ª Sessão 9ª Sessão 10ª Sessão 
SCM 6 4 3 5 4 4 3 3 2 3 
JCV 5 5 2 4 4 4 5 3 3 3 
AJR 5 5 6 6 6 6 7 7 8 8 
PAC 8 7 5 3 3 3 3 3 3 3 
MCN 7 4 7 7 8 8 7 7 7 9 
JBS 5 5 5 5 5 5 5 3 3 3 
 
Tabela 50 - Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo C últimas 24 horas 
 
 
Nome 1ª Sessão 2ª Sessão 3ª Sessão 4ª Sessão 5ª Sessão 6ª Sessão 7ª Sessão 8ª Sessão 9ª Sessão 10ª Sessão 
SCM 6 3 2 4 4 3 5 3 0 2 
JCV 8 6 6 8 8 5 8 6 2 5 
AJR 6 5 5 6 6 6 7 7 7 7 
PAC 8 7 3 3 3 8 6 3 4 3 
MCN 6 6 7 7 8 10 9 9 9 9 
JBS 8 5 5 5 8 7 5 5 5 5do Grupo M ...................................................................
 
 
70 
Tabela 20. Comparação do consumo de morfina nos pacientes do Grupo 
C entre o 1º e o 10º dia de estudo..................................................
 
 
70 
Tabela 21. Comparação da dor antes da intervenção nos pacientes do 
Grupo C entre o 1º e o 10º dia de estudo ......................................
 
 
71 
Tabela 22. Comparação intensidade da dor depois da intervenção nos 
pacientes do Grupo C entre o 1º e o 10º dia..................................
 
 
72 
Tabela 23. Comparação da intensidade da dor durante as 24 horas após a 
intervenção nos pacientes do Grupo C entre o 1º e o 10º dia........
 
 
73 
Tabela 24. Avaliação da mudança de categoria para ansiedade nos 
pacientes do Grupo C....................................................................
 
 
73 
Tabela 25. Avaliação da mudança de categoria para depressão nos 
pacientes do Grupo C....................................................................
 
 
74 
Tabela 26. Concentração plasmática de noradrenalina nos diferentes 
grupos de estudo............................................................................
 
 
74 
Tabela 27. Região cerebral com hiperperfusão...............................................
 
76 
Tabela 28. Regiões cerebrais com hiperperfusão............................................
 
77 
Tabela 29. Dados demográficos (grupo M) ....................................................
 
110 
Tabela 30. Dados demográficos (grupo C) .....................................................
 
110 
Tabela 31. Avaliação da escala de depressão (grupo M) início......................
 
111 
Tabela 32. Avaliação da escala de depressão (grupo M) final .......................
 
111 
Tabela 33. Avaliação da escala de depressão (grupo C) início.......................
 
111 
Tabela 34. Avaliação da escala de depressão (grupo C) final ........................
 
112 
Tabela 35. Avaliação da escala de ansiedade (grupo M) início......................
 
112 
Tabela 36. Avaliação da escala de ansiedade (grupo M) final .......................
 
112 
 
Tabela 37. Avaliação da escala de ansiedade (grupo C) início.......................
 
113 
Tabela 38. Avaliação da escala de ansiedade (grupo C) final ........................
 
113 
Tabela 39. Consumo de adjuvnates grupo M..................................................
 
113 
Tabela 40. Consusmo de adjuvantes grupo C.................................................
 
114 
Tabela 41. Consumo de morfina (dose mg total/dia) grupo M.......................
 
114 
Tabela 42. Consumo de morfina (dose mg total/dia) grupo C........................
 
114 
Tabela 43. Avaliação da dor (Grupo M).........................................................
 
115 
Tabela 44. Avaliação da dor (Grupo C)..........................................................
 
115 
Tabela 45. Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo M antes...........................
 
115 
Tabela 46. Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo M depois.........................
 
115 
Tabela 47. Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo M últimas 24 horas........
 
116 
Tabela 48. Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo C antes............................
 
116 
Tabela 49. Intensidade da dor (ENV-10cm) gupo C depois ...........................
 
116 
Tabela 50. Intensidade da dor (ENV-10cm) grupo C últimas 24 horas.......... 116 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................15 
1.1 Prevalência da Dor Oncológica ......................................................................................15 
1.2 Terapias Úteis no Controle da Dor Oncológica .............................................................15 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA ..........................................................................................17 
2.1 Sintomas Relacionados ao Câncer Avançado ................................................................17 
2.2 Dor Oncológica ..............................................................................................................18 
2.2.1 Dor Total .................................................................................................................19 
2.2.2 Dor Somática ...........................................................................................................21 
2.2.3 Dor Visceral.............................................................................................................21 
2.2.4 Dor Neuropática ......................................................................................................22 
2.3 Avaliação da Dor ............................................................................................................22 
2.4 Controle da Dor Oncológica...........................................................................................24 
2.4.1 Morfina ....................................................................................................................25 
2.4.2 Analgésicos e Técnicas Adjuvantes ........................................................................27 
2.5 Massoterapia como Terapia Complementar no Controle da Dor Oncológica................28 
2.5.1 História ....................................................................................................................28 
2.5.2 Efeitos da Massoterapia...........................................................................................29 
2.5.3 Técnicas de Massagem ............................................................................................31 
2.6 Métodos de Neuroimagem para Avaliação do Fluxo Sanguíneo Cerebral ....................32 
 
3 OBJETIVOS ........................................................................................................................37 
3.1 Geral ...............................................................................................................................37 
3.2 Especificos......................................................................................................................37 
 
4 MÉTODOS...........................................................................................................................38 
4.1 Delineamento do Estudo.................................................................................................38 
4.2 Calculo do Tamanho Amostral.......................................................................................38 
4.3 Comentários Gerais ........................................................................................................39 
4.3.1 Determinação Prévia da Técnica de Massoterapia a ser Aplicada em Estudo 
Piloto com 4 Pacientes......................................................................................................39 
4.3.2 Aprovação do Estudo ..............................................................................................40 
4.4 Seleção de Pacientes.......................................................................................................40 
4.5 Grupos de Estudo ...........................................................................................................41 
4.6 Critérios de Inclusão.......................................................................................................42 
4.7 Critérios de Exclusão......................................................................................................42 
4.8 Detalhamento dos Grupos de Estudo .............................................................................43 
4.9 Técnica de Massagem.....................................................................................................45 
 
4.10 Avaliação da Dor ..........................................................................................................45 
4.11 Avaliaçãoda Ansiedade e Depressão..........................................................................46 
4.12 Avaliação dos Níveis Plasmáticos de Noradrenalina ...................................................47 
4.13 Avaliação da Perfusão Encefálica ................................................................................47 
4.13.1 O Exame na Gama-câmara ....................................................................................48 
4.14 Análise Estatística ........................................................................................................50 
4.14.1 A Inferência Estatística no SPM............................................................................51 
4.14.2 Pré-processamento das Imagens............................................................................51 
 
5 RESULTADOS ....................................................................................................................54 
5.1 Avaliação Demográfica dos Grupos...............................................................................54 
5.2 Avaliação da Diferença entre Grupos............................................................................57 
5.3 Avaliação da Diferença nos Grupos ...............................................................................66 
5.3.1 Grupo Massoterapia (M) .........................................................................................66 
5.3.2 Grupo Controle (C)..................................................................................................70 
5.4 Avaliação da Concentração Plasmática de Noradrenalina .............................................74 
5.5 Avaliação da Perfusão Encefálica: .................................................................................75 
5.5.1 Grupo Massoterapia: ...............................................................................................75 
5.5.1.1 Regiões Cerebrais com Hipoperfusão: .............................................................75 
5.5.1.2 Regiões Cerebrais com Hiperperfusão: ............................................................76 
5.5.2 Grupo Controle:.......................................................................................................76 
5.5.2.1 Regiões Cerebrais com Hipoperfusão: .............................................................76 
5.5.2.2 Regiões Cerebrais com Hiperperfusão: ............................................................77 
 
6 DISCUSSÃO ........................................................................................................................79 
6.1 Aspectos Gerais ..............................................................................................................79 
6.2 Grupos de Estudo ...........................................................................................................80 
6.2.1 Grupo Controle ........................................................................................................81 
6.2.2 Grupo Massoterapia.................................................................................................82 
6.3 Comentários sobre os Efeitos das Intervenções nos Grupos de Estudo .........................83 
6.4 Métodos de Neuroimagem para Avaliação do Fluxo Sanguíneo Cerebral ....................84 
 
7 CONCLUSÕES....................................................................................................................87 
 
8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................88 
 
ANEXOS .................................................................................................................................99 
 
APÊNDICES .........................................................................................................................110 
Introdução | 15 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Prevalência da Dor Oncológica 
 
A Organização Mundial da Saúde relata que entre 30 a 86 milhões de pessoas sofrem 
de dor moderada a intensa, secundária às doenças oncológicas (CLARK et al., 2010). A dor 
em pacientes portadores de câncer é uma das conseqüências da doença, aproximadamente 70 
a 90% dos pacientes oncológicos apresentam este sintoma e sua prevalência depende de 
vários fatores, como o tipo de tumor e sua extensão, presença e localização de metástases e 
dificuldades para um controle adequado (MANSKY; WALLERSTEDT, 2006; DAVIES, 
2006; ZEPPETELLA, RIBEIRO, 2002). 
A dor é o sintoma mais persistente e incapacitante do câncer metastático; no caso de 
metástases ósseas, ela é de difícil controle (CLEELAND et al., 1994; FOLEY et al., 1993). O 
câncer ósseo é acompanhado freqüentemente de dor crônica, sendo a mesma em geral o 
primeiro sintoma relatado pelo paciente quando já existe metástase óssea, além disso, esses 
pacientes podem sofrer fraturas patológicas, hipercalcemia e também compressão medular o 
que contribui para um aumento da intensidade da dor e consequentemente uma diminuição da 
qualidade de vida (LUGER et al., 2005). A prevalência da dor crônica é de aproximadamente 
30% a 50% nos pacientes oncológicos que estão recebendo tratamento ativo para o tumor 
sólido e 70% a 90% nos pacientes em estágio terminal (PORTENOY; LESAGE, 1999). 
 
1.2 Terapias Úteis no Controle da Dor Oncológica 
 
Os princípios para o controle da dor oncológica incluem a escolha do analgésico 
conforme a sua intensidade, o tipo de dor predominante, programação de um esquema de 
Introdução | 16 
horário do uso das medicações, das doses resgates e do ajuste das doses do analgésico 
conforme a necessidade individual de cada paciente (CLARK et al., 2010; CHERNY et al., 
2010). O controle da dor é um problema significativo para os profissionais, apesar do fato 
dela ser adequadamente controlada em aproximadamente 90% dos pacientes, o sofrimento 
emocional, psicossocial e espiritual associados podem prejudicar o controle deste sintoma 
(BITROS, 2005). 
Além das terapias farmacológicas, existem terapias não farmacológicas como a 
reflexologia, aromaterapia, terapia fotodinâmica e massoterapia que por diferentes 
mecanismos de ação ajudam no controle da dor, principalmente nos pacientes com câncer 
avançado, aliviando também a ansiedade, a fadiga, a sensação de náusea e a depressão 
(BITROS, 2005; KUTNER et al., 2008; SMITH et al., 2009). Enquanto a Terapia 
Fotodinâmica foi demonstrada capaz de influenciar o sistema imunológico e alterar a 
progressão da doença oncológica, através da indução do aumento da sobrevivência e da 
proliferação de células T e dos neutrófilos, que afetam a imunidade anti-tumoral, ajudando a 
evitar a disseminação da doença (KOUSIS et al., 2007; BRACKETT; GOLLNICK, 2011), a 
massoterapia por si só apresenta efeito imediato na melhora da dor e na melhora do humor em 
pacientes portadores de câncer (KUTNER et al., 2008). 
De acordo com a literatura, a popularidade da terapia complementar está crescendo a 
cada dia nos setores de cuidados convencionais para câncer, complementando as condutas de 
tratamento e ajudando no controle de sintomas dos pacientes oncológicos (CORBIN, 2005; 
WHITE et al., 2003; CASSILETH; VICKERS, 2004). Para obtermos um melhor 
conhecimento dessas terapias, podemos avaliar seus efeitos quantitativamente através do 
fluxo sangüíneo cerebral regional utilizando técnicas de neuroimagens (OUCHI et al., 2006), 
facilitando assim melhor controle da dor oncológica. 
 
Revisão da Literatura | 17 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
2.1 Sintomas Relacionados ao Câncer Avançado 
 
O câncer pode estar associado a muitos sintomas, alguns relacionados à progressão da 
doença, enquanto outros estão associados com os efeitos imediatos ou tardios do tratamento, 
bem como a adaptação psicossocial. Dor, fadiga, insônia e transtornos do humor são os 
sintomas mais comuns relatados por pacientes durante a trajetória da doença oncológica 
(GREEN et al.,2010; CHENG; LEE, 2010; CHANG et al., 2000). Pacientes com câncer tem 
freqüentemente reações emocionais intensas ao diagnóstico e também ao medo no decorrer da 
doença, sofrem não somente da dor relacionada ao diagnóstico, mas também de transtornos 
emocionais como ansiedade e depressão (BITROS, 2005; SPOELSTRA et al., 2010). Prejuízo 
da memória, da concentração, da função cognitiva e da velocidade de processamento de 
informações ocorre em geral após sessões de quimioterapia no paciente oncológico (JOLY et 
al., 2011). 
A dor e a depressão são dois sintomas freqüentemente associados em oncologia. A 
influência recíproca entre as duas é discutida tanto no âmbito dos mecanismos biológicos 
subjacentes, bem como nos seus aspectos emocionais e cognitivos, assim como aspectos 
emocionais da dor crônica são estritamente relacionados à ansiedade e depressão (TORTA; 
MUNARI, 2010). 
A ansiedade e a depressão são sintomas preocupantes e incapacitantes em pacientes 
com câncer. A ansiedade é definida como a antecipação apreensiva de um perigo futuro 
acompanhada por um sentimento de tensão. Pode ser devido a causas orgânicas e pode ocorrer 
no curso do gerenciamento da dor se os pacientes não estão recebendo a medicação prescrita, 
ou recebendo uma dosagem inadequada. A ansiedade pode também ser causada por alterações 
Revisão da Literatura | 18 
metabólicas, tais como a hipercalcemia, hipoglicemia, hipóxia e delírium (LELESZI; 
LEWANDOWSKI, 2005; BROWN et al., 2009; AMERICAN PSYCHIATRIC 
ASSOCIATION, 2000). A Depressão é muitas vezes parte de um conjunto de sintomas, 
incluindo fadiga, emagrecimento e insônia, ela ocorre em cerca de 10-25% dos pacientes com 
câncer, uma taxa estimada pelo menos quatro vezes maior comparando com a população em 
geral (REDEKER et al., 2000; THEOBALD, 2004; SO et al., 2009; CARR et al., 2002; PIRL, 
2004). 
As conseqüências que os sintomas do câncer exercem nos pacientes têm um grande 
impacto na sua qualidade de vida , sendo a dor o mais temido por eles e relatada por um terço 
dos que recebem tratamento para o câncer e cerca de dois terços das pessoas com câncer 
avançado (BARSEVICK, 2007; GIVEN et al., 2000; PAICE, 2004; GREEN et al., 2010; 
GIVEN et al., 2001; CHENG; LEE, 2010). 
 
2.2 Dor Oncológica 
 
A dor é um dos mais temidos sintomas em pacientes com câncer e continua a ser uma 
preocupação da saúde pública mundial (SICHETTI et al., 2010). A prevalência de dor em um 
estudo de revisão sistemática de Van den Beuken e colaboradores (2007) foi de 64% em 
pacientes com doença metastática na fase avançada ou terminal, 59% dos pacientes em 
tratamento para o câncer e 33% em pacientes após o tratamento curativo. Estudos recentes 
realizados na Itália e na Europa confirmaram estes dados, mostrando que a dor estava presente 
em todas as fases da doença oncológica (precoce e metastático) e não foi adequadamente 
controlada em um percentual significativo de pacientes, variando de 56% para 82,3% 
(COSTANTINI et al., 2009; BREIVIK et al., 2009). 
Revisão da Literatura | 19 
Juntamente com a doença neoplásica, parte significativa dos pacientes apresenta dor 
como um dos principais sintomas, especialmente nos casos mais avançados, sendo que o 
controle da dor neoplásica tem sido um dos objetivos dos tratamentos tanto curativos como 
paliativos (BARROS, 2000; ZAGO et al., 2005; DA-SILVA; HORTALE, 2006). 
A dor do câncer pode ocorrer como conseqüência do tumor e também como 
conseqüência dos tratamentos como a quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Mecanismos de 
dor induzida por tumor incluem a inflamação do tecido, necrose e obstrução de vasos 
linfáticos e sanguíneos. As razões mais comuns para a dor oncológica crônica são metástases 
ósseas e compressão neural (HUANG et al., 2010). 
A dor oncológica é um sintoma complexo que afeta a maioria dos aspectos da vida de 
uma pessoa como o funcionamento físico, atividade diária, o estado psicológico e emocional e 
a vida social (KNUDSEN et al., 2009). Ela está associada a muitos problemas, especialmente 
no sentimento de perda do autocontrole, ativa vias de condução lenta, produz efeitos sociais 
variáveis, porém usualmente profundos e o tratamento deve ser multimodal quando as 
medicações têm grande utilidade no seu controle (BAKER, 2006). 
Os avanços no conhecimento da neurofisiologia, neuroanatomia, farmacologia têm 
permitido uma maior compreensão dos mecanismos periféricos e centrais da dor. A dor do 
câncer pode ser chamada de dor total e definida com base nas estruturas envolvidas, ou seja, 
somática, visceral, e síndromes de dor neuropática (REGAN; PENG, 2000). 
 
2.2.1 Dor Total 
 
A doutora Cicely Saunders, que iniciou os cuidados paliativos na Europa, conceitua 
dor associada ao processo de morrer como dor total. Dor total é a soma de quatro 
componentes: estímulos físicos nocivos, desconforto emocional, conflitos interpessoais, e a 
Revisão da Literatura | 20 
não aceitação da própria morte. Esses quatro componentes podem individualmente ou em 
combinação afetar a percepção de pacientes da dor total. Conhecimento de "dor total", 
juntamente com os conceitos básicos de fim de vida oferece um melhor controle da mesma 
para os pacientes e seus familiares (LELESZI; LEWANDOWSKI, 2005). 
A dor física é o componente mais familiar do conceito de dor total para os médicos, 
ela pode ser classificada temporalmente em aguda e crônica. A dor aguda resulta de 
estimulação de nociceptores, usualmente é limitada no tempo (inferior a 3-6 meses), está 
associada à lesão tecidual e responde às medicações analgésicas. A dor crônica é baseada na 
duração da dor por mais de 3-6 meses após um ferimento agudo. A dor crônica difere da dor 
aguda em termos de persistência e mudanças adaptativas tais como a neuroplasticidade que é 
descrita em vários níveis do sistema nervoso (BESSON, 1999), resultante em alterações 
neuroanatômicas no sistema nervoso, no sistema autonômico simpático, alterações genéticas 
na medula espinhal e morte de neurônios inibitórios na medula espinhal (BAKER, 2006). A 
dor aguda geralmente pode ser tratada, mas dor crônica deve ser controlada e apresenta um 
desafio inteiramente diferente para ambos, paciente e equipe e é muitas vezes multifatorial 
(STOREY; KNIGHT, 2003; DOYLE et al., 2000). 
Um conflito interpessoal influencia o desenvolvimento da dor, tanto quanto qualquer 
outro aspecto da dor total. Famílias e indivíduos que não tinham conflitos antes do final da 
vida podem necessitar de pouco apoio emocional, social e espiritual na sua finitude mas os 
doentes em famílias com brigas conjugais ou de outros relacionamentos em conflito podem 
sentir dor total. A perda da posição dentro do local de trabalho ou na família pode intensificar 
os sintomas de dor. A aceitação, no fim de vida é o reconhecimento da iminência de morte. 
Na fase inicial, o paciente tem consciência da realidade definitiva, que o processo da doença, 
possivelmente resultará em morte, reações de tal consciência são características dos 
indivíduos que pode incluir o medo, choque, raiva, culpa e oscilação entre a esperança e o 
Revisão da Literatura | 21 
desespero. A não aceitação é evidenciada pela intensa angústia com a proximidade da morte e 
é uma fonte de aumento da dor total (LELESZI; LEWANDOWSKI, 2005). 
 
2.2.2 Dor Somática 
 
A dor somática é resultado da estimulação de nociceptores na pele e tecidos profundos 
músculo-esqueléticos. É descrita como sendo bem localizada "sentimento profundo de dor" 
com sensibilidade à palpação. Ela pode ser causada por invasões neoplásicas de ossos, juntas, 
músculos ou tecido conectivo. A massa tumoral produz e estimula a produção local de 
mediadores inflamatórios causando ativação dos nociceptores periféricos. Outras causas de 
dor somática no câncer são fraturas ósseas, dor incisional pós cirúrgica, síndromes dolorosas 
induzidas pela quimioterapia e radioterapia. A dor ósseapode ser aguda, crônica ou 
incidental; é tipicamente maçante, varia em intensidade e é exacerbada pelo movimento 
(REGAN; PENG, 2000; LELESZI; LEWANDOWSKI, 2005). 
 
2.2.3 Dor Visceral 
 
A dor visceral é de difícil localização, é descrita como "pressão profunda", "cãibra", 
"espasmos", ou "apertar". Características clínicas são certamente peculiares à dor visceral, ela 
é difusa; pode estar acompanhada por reflexos autonômicos como a náusea e vômito, e é 
mediada pelas fibras não mielinizadas nociceptivas C; não é evocada em todas as vísceras, 
órgãos sólidos como o pulmão, fígado e rim são insensíveis, apesar da destruição por doenças 
malignas, a dor é sinalizada somente quando a estrutura capsular, ou adjacente é envolvida 
(CERVERO; LAIRD, 1999; LELESZI; LEWANDOWSKI, 2005). 
 
Revisão da Literatura | 22 
2.2.4 Dor Neuropática 
 
A dor neuropática resulta da inflamação ou lesão do sistema nervoso periférico ou 
central. Em pacientes com câncer, a dor neuropática periférica pode ser causada diretamente 
por infiltração, ou compressão dos nervos pelo tumor, ou indiretamente pelos tratamentos 
para o câncer como a quimioterapia e radioterapia. A dor neuropática é caracterizada por dor 
em uma área sem lesão tecidual e atribuída à compressão ou lesão de uma estrutura neural; 
dor descrita como disestésica (por ex.: queimação, agulhada, parestesia) ou paroxística (por 
ex.: facada, semelhante a choque) (REGAN; PENG, 2000). 
 
2.3 Avaliação da Dor 
 
Profunda análise e avaliação são essenciais para garantir um tratamento adequado da dor 
do paciente com câncer. Na maioria das situações clínicas, várias avaliações seqüenciais de dor 
são adquiridas durante o curso do tratamento. No entanto, a sua classificação em um determinado 
indivíduo pode variar substancialmente de uma avaliação para outra (COHEN et al., 2003; 
ROSIER et al., 2002). A dor afeta cada pessoa diferentemente, fatores como a idade, sexo, 
personalidade, percepção, limiar de dor e experiências passadas com a dor devem ser 
considerados na avaliação. Fatores psicológicos como o medo, o aborrecimento, preocupações 
com seus entes queridos ou conhecimento da morte iminente pode influenciar este sintoma. A 
insônia, a fadiga e a ansiedade podem diminuir o limiar da dor (BITROS, 2005). 
Como a dor é subjetiva e, essencialmente, a avaliação da qualidade é baseada nos 
conceitos verbais, a definição de dor em seres humanos tem sido procurada para padronizar as 
formas de medi-la. Nos últimos anos, tornou-se evidente que a avaliação adequada do 
paciente com dor oncológica requer uma abordagem multiprofissional, bem como as 
características clínicas e psicossociais do paciente, portanto, a participação de uma equipe de 
Revisão da Literatura | 23 
profissionais habilitados se torna muito importante para avaliá-la e mensurá-la (CAMERON, 
1999; HOLDCROFT; POWER, 2003; REDDY; SHANTI, 2000). 
A avaliação é um passo inicial importante da abordagem do paciente com dor 
demandando não só a determinação do problema físico do paciente, mas também dos 
componentes psicológicos, sociais e espirituais do seu sofrimento, portanto a escolha 
adequada de um instrumento para avaliá-la é de extrema importância e deve ser de fácil 
aplicabilidade e se adequar ao nível de compreensão do paciente. 
Para a avaliação da dor existem escalas unidimensionais e escalas multidimensionais. 
As escalas unidimensionais são designadas para quantificar apenas a intensidade ou gravidade 
da dor e o alívio obtido após o uso de terapias analgésicas, sendo muito utilizadas em 
hospitais e clínicas para obter informações rápidas e válidas (PEREIRA; FALEIROS SOUSA, 
1998; HERRERA et al., 2002). Como escalas unidimensionais podemos citar: 
• Escala Analógica Visual (VAS) – Corresponde a uma linha onde os extremos 
indicam a variação de dor desde “sem dor” (extremidade esquerda da linha), e 
“pior dor possível” (extremidade direita da linha) (WALLING et al., 2000; 
JAEGER; REEVES, 1986; REEVES et al., 1986). 
• Escala Numérica Visual – Consiste em uma régua numerada de zero a dez, sendo o 
valor “zero” representativo de ausência total de dor e o valor “dez” representativo 
da “pior dor possível” (CEPEDA et al., 2003; PIMENTA, 1994; JENSEN et al., 
1986; CHAPMAN et al., 1996). 
• Escala com descritores verbais – Constituem-se de uma lista de adjetivos em 
ordem crescente da intensidade, que descrevem os níveis de dor (WITTINK; 
MICHEL, 2002), como aquelas que classificam a intensidade dolorosa em “sem 
dor, leve, moderada, ou forte” (CEPEDA et al., 2003; JENSEN et al., 2002; 
JENSEN et al., 1986). 
Revisão da Literatura | 24 
As escalas multidimensionais são usadas para avaliar e mensurar as diferentes 
dimensões da dor a partir de diferentes indicadores de respostas e suas interações, 
denominadas descritores verbais da dor. As principais dimensões avaliadas são sensoriais, 
afetivas e avaliativas. Algumas escalas multidimensionais incluem indicadores fisiológicos, 
comportamentais, contextuais e, também, os auto-registros por parte do paciente (PEREIRA; 
FALEIROS SOUSA, 1998; HERRERA et al., 2002), a mais utilizada e conhecida é o 
Questionário McGill de Dor validado na língua portuguesa, denominada de versão brasileira 
do questionário (Br-MPQ). Este questionário contém 68 descritores, distribuídos em 4 grupos, 
os quais geram 20 subgrupos. O grupo sensorial é composto por 10 subgrupos e 34 palavras; 
o afetivo, por 5 subgrupos e 17 palavras; o avaliativo, por 1 subgrupo com 5 palavras e o 
misto, por 4 subgrupos e 12 palavras. Cada um dos subgrupos é constituído de 2 a 5 palavras. 
Três índices podem ser extraídos deste questionário: o Índice Quantitativo da Dor (PRI), 
obtido por meio da soma de valores atribuídos aos descritores escolhidos; o Índice do Número 
de Palavras Escolhidas (NWC), gerado pela soma do número de palavras escolhidas para 
qualificar a dor e o Índice de Intensidade de Dor Atual (PPI), obtido por uma escala verbal de 
5 pontos, na qual 1= dor leve, 2= dor desconfortável, 3= dor perturbadora, 4= dor horrível e 
5= dor excruciante (LOVE et al., 1989). 
 
2.4 Controle da Dor Oncológica 
 
A dor do câncer é freqüentemente controlada através de abordagem multidisciplinar, 
podendo ser com sessões de radioterapia ou quimioterapia, procedimento cirúrgico e 
medicação oral, começando com os antiinflamatórios não esteroidais (AINES) e progredindo 
para os opióides. No entanto, a mudança da dosagem de opióides ocorre e pode ser devido à 
Revisão da Literatura | 25 
tolerância, a progressão da doença, ou mudança na característica da dor (LAURETTI et 
al.,1999). 
Quando a dor é prolongada, o controle deve ser idealmente manejado por equipe 
multidisciplinar, em clínica de dor, uma vez que a mesma não advém somente de desordens 
físicas, mas também de combinações fisiológicas, patológicas, emocionais, psicológicas, 
cognitivas, ambientais e sociais (HOLDCROFT; POWER, 2003). 
A dor oncológica deve ser controlada primeiramente por medicação analgésica oral 
seguindo a “Escada Analgésica de Três Degraus”, preconizado pela Organização Mundial da 
Saúde (WHO, 1996). A base deste princípio é a intensidade da dor, fazendo uso de analgésicos 
fracos para dor fraca e analgésicos fortes para dor intensa. O primeiro degrau corresponde à dor 
de baixa intensidade sendo preconizada a utilização de analgésicos fracos como os 
antiinflamatórios não-esteroidais (AINES), associados ou não a coadjuvantes (antidepressivos, 
anticonvulsivantes, corticóides). O segundo degrau corresponde à dor moderada sendo 
preconizada a utilização de opióides fracos como a codeína e o tramadol, associados ou não a 
coadjuvantes (antidepressivos, anticonvulsivantes, corticóides). O terceiro degrau corresponde à 
dor intensa sendo utilizados os opióides fortes como a morfina, a metadona, o fentanil, a 
oxicodona, a hidroximorfona, etc (WHO, 2010). 
 
2.4.1 Morfina 
 
A morfinaé o analgésico padrão de comparação, sendo a mais utilizada devido o seu 
baixo custo e sua potência analgésica. Várias apresentações estão disponíveis no mercado, 
sendo os comprimidos de morfina de liberação imediata disponível em doses de 10 e 30 mg, e 
os de liberação contínua disponível em doses de 30, 60 e 100 mg. A vida média da morfina de 
liberação imediata é em torno de 4 horas, mas a dose efetiva varia por causa da variação 
Revisão da Literatura | 26 
individual da biodisponibilidade sistêmica (FERRANTE, 1998). O uso da morfina deve ser 
ditado pela intensidade da dor e não pela expectativa de vida (WHO, 1996). 
Uma das mais importantes razões para a falha do efeito analgésico da morfina é a 
impossibilidade do aumento da dose para alcançar o efeito analgésico devido aos efeitos 
adversos. 
Os efeitos adversos são: 
- Constipação: este efeito é previsível e ocorre em pelo menos 90% dos pacientes. A 
indicação de laxantes é importante, porém é necessário cautela em doentes com risco de 
obstrução intestinal. A constipação relacionada com a morfina é um efeito persistente 
(QUIGLEY, 2005), 
- Náusea e vômito: até dois terços dos pacientes que faz uso da morfina podem desenvolver 
náuseas e vômitos, este efeito pode durar até sete dias, sendo comum em alguns casos incluir 
um antiemético ao tratamento (HANKS et al., 2001), 
- Sedação: um efeito colateral comum da morfina é a sedação, muitas vezes significando que 
a dosagem foi excessiva (REDDY; SHANTI, 2000), 
- Comprometimento cognitivo: é mínimo para a maioria dos pacientes em doses estáveis de 
morfina. A tolerância se desenvolve ao longo de poucos dias. Outras causas de 
comprometimento cognitivo devem ser investigadas antes do uso da morfina. Delírium, 
alucinação, agitação e sonolência podem ser observadas no caso de sepse, metástases 
cerebrais, distúrbios metabólicos (principalmente hipercalcemia) o que irá confundir com 
efeitos colaterais da morfina (QUIGLEY, 2005; REDDY; SHANTI, 2000), 
- Depressão respiratória: a depressão respiratória é uma ocorrência rara em pacientes em 
terapia crônica com opióides, a tolerância a essa ação de opióides geralmente se desenvolve 
durante um curto período de tempo. No entanto, este efeito adverso pode resultar de uma 
Revisão da Literatura | 27 
administração acidental de uma alta dosagem, caso isso aconteça a suspensão temporária e 
reinício de uma dose mais baixa são recomendados (REDDY; SHANTI, 2000), 
- Xerostomia: para evitar a boca seca, os doentes devem ser incentivados a adotar cuidados 
com a boca, tomar pequenos goles de água regularmente, chupar balas e gomas de mascar 
(QUIGLEY, 2005), 
- Retenção urinária: é raro, mas pode ocorrer com o uso da morfina (QUIGLEY, 2005), 
- Prurido: o prurido raramente ocorre com o uso da morfina, porém pode acontecer 
(QUIGLEY, 2005). 
 
2.4.2 Analgésicos e Técnicas Adjuvantes 
 
Os analgésicos adjuvantes são definidos como fármacos, com indicação primária por 
ter propriedades analgésicas em algumas condições dolorosas. O grupo inclui numerosas 
medicações em diversas classes e podem ser usados em todos os degraus da “escada 
analgésica”. Alguns fármacos adjuvantes são utilizados em condições dolorosas intensas 
como os antidepressivos, corticóides e neurolépticos. Outros são utilizados para o controle da 
dor neuropática como anticonvulsivantes, anestésicos locais e antagonistas do receptor N-
metil-D-aspartato, para a dor óssea são usados os radiofármacos (estrôncio-89 e samário) os 
bifosfonados (pamidronato) e para a dor músculoesquelética os relaxantes musculares 
(LUSSIER et al., 2004). Os bifosfonados inibem a atividade dos osteoclastos e 
conseqüentemente reduzem a reabsorção óssea, podendo exercer efeito antiinflamatório 
(REGAN; PENG, 2000) com melhora da dor óssea e redução da incidência de complicações 
da medula espinhal (FULFARO et al., 1998). O estrôncio-89 é preferencialmente utilizado em 
locais de atividade osteoblástica e incorporado à estrutura mineral do osso (REGAN; PENG, 
2000). 
Revisão da Literatura | 28 
A radioterapia é usualmente considerada como técnica adjuvante para o controle da 
doença e dor, quando a dor óssea é local e pobremente controlada com opióide ou é associada 
com lesão que no exame radiográfico parece fratura. A dor óssea multifocal pode se 
beneficiar do tratamento com antiinflamatórios não esteroidais (AINES) (LUSSIER et al., 
2004) desde que muitos sintomas são relatados com inflamação local. Os mesmos agem 
bloqueando a via da enzima cicloxigenase inibindo a formação de prostaglandinas (REGAN; 
PENG, 2000). 
 
2.5 Massoterapia como Terapia Complementar no Controle da Dor Oncológica 
 
2.5.1 História 
 
A massoterapia é uma das formas terapêuticas mais antigas utilizadas no controle da 
dor, sendo descrita primeiramente na China durante o 2º século A.C. e logo após na Índia e 
Egito. Hipócrates, em 400 A.C. definiu esse tratamento como a “ARTE DE ESFREGAR” 
(FIELD, 1998). 
A massoterapia foi introduzida nos Estados Unidos na metade do século 19 por dois 
médicos de Nova Iorque e foi usada por um grande número de médicos entre 1880 e 1910 
(GREENE, 2000). Com o avanço da tecnologia ela desapareceu do cenário americano na 
década de 40; entretanto em 1970 a massoterapia ressurgiu e hoje é uma das formas mais 
aceitáveis de terapia complementar para o câncer avançado (GECSEDI; DECKER, 2001). 
A massagem está sendo usada como terapia complementar juntamente com o tratamento 
convencional para pacientes com câncer. Esta demanda é refletida no crescimento de tais terapias 
por centros de câncer e unidades de cuidados paliativos. Entre 108 hospitais no Reino Unido, os 
quais responderam um questionário em 1991, 68% ofereciam aromaterapia e 70% massoterapia 
Revisão da Literatura | 29 
(SODEN et al., 2004). Segundo Kao e Devine (2000) e Morris e colaboradores (2000), 18% a 
53% dos pacientes adultos com câncer usa ou usou a massoterapia juntamente com o tratamento 
convencional. 
Segundo Corbin (2005), em um estudo publicado em 2000, 26% dos 453 pacientes 
adultos estudados no “MD Anderson Cancer Center” relataram usar massoterapia para o 
controle da dor. Em 2001, 20% dos 100 pacientes que buscaram cuidados em centros de 
câncer privados relataram ter recebido massoterapia. Durante um estudo prospectivo de 50 
pacientes que estavam recebendo radioterapia por ter câncer de próstata 6% deles relataram 
que recebiam massoterapia; em 2004, 60% dos 169 hospitais que responderam um 
questionário no qual eles ofereciam serviço de medicina complementar sendo a massoterapia 
o serviço mais comumente oferecido. Uma pesquisa recente nos Estados Unidos mostra que 
dos 4139 pacientes com câncer 11,2% usaram a massoterapia (GANSLER et al., 2008). Esta 
terapia complementar está cada vez mais popular no tratamento paliativo do câncer e apesar 
de sua longa história, estudos controlados foram realizados somente nos últimos anos para 
avaliar os efeitos bioquímicos, fisiológicos, cognitivos e emocionais da massagem 
(GANSLER et al., 2008; FIELD, 1998). 
 
2.5.2 Efeitos da Massoterapia 
 
Massoterapia é definida como manipulações dos tecidos moles do corpo realizados pelas 
mãos do terapeuta. Ela envolve toques rítmicos e metódicos e a compressão dos músculos e 
tecidos conectivos através das mãos do terapeuta com o benefício de aumentar a circulação, 
estimulando a drenagem venosa, aumentando o metabolismo do tecido muscular e a elasticidade, 
promovendo relaxamento através do sistema parassimpático realçado e atividade do sistema 
nervoso simpático reduzido (WILKINSON et al., 2008; WHITE et al., 2003). 
Revisão da Literatura | 30 
Muitas formas de tocar, dar carinho e proteção podem ocorrer dentro de um ambiente 
hospitalar, porém o toque usado em massoterapia é único. Na massagem, o toque é o foco da 
interação entre pacientes e terapeuta. É uma forma de comunicação não-verbal que ensina,acalma e dá suporte mesmo quando a massoterapia é realizada em áreas dolorosas ou 
sensíveis (RUSSELL et al., 2008). 
Várias opiniões e visões da literatura científica têm atribuído benefícios importantes à 
massoterapia, incluindo melhor relaxamento, melhor qualidade do sono, diminuição da 
fadiga, alívio da dor, ansiedade, náuseas e melhorias na resposta do sistema imunológico 
(CALENDA, 2006; FILSHIE; RUBENS, 2006; MCLEAN; KEMPER, 2006; SAGAR, 2006; 
FELLOWES et al., 2006). 
No tratamento da dor oncológica evidências comprovam que a massagem pode 
proporcionar efeitos benéficos nos sintomas físicos e psicológicos nos pacientes com câncer 
avançado; ela alivia a dor estimulando a liberação da endorfina, reduzindo a tensão muscular 
e ansiedade (SODEN et al., 2004). 
Uma avaliação retrospectiva de 1290 pacientes com neoplasia tratados com 
massoterapia demonstrou redução de até 50% na intensidade da dor (CASSILETH; 
VICKERS, 2004). Um estudo randomizado, duplo cego em 230 pacientes sofredores de dor 
neoplásica demonstrou que o grupo de pacientes submetidos à massoterapia apresentou menor 
incidência de fadiga muscular, melhor padrão respiratório e circulatório (avaliados pela 
pressão arterial e pelo pulso), menor incidência de ansiedade e depressão além de menor 
consumo de analgésicos de resgate (DENG; CASSILETH , 2005). 
A massagem pode ter um efeito relaxante evidenciado pela diminuição dos níveis do 
hormônio do estresse (cortisol) e das catecolaminas (noradrenalina e adrenalina) 
(HERNANDEZ-REIF et al., 2004). 
Revisão da Literatura | 31 
Kutner e colaboradores (2008) realizaram um estudo multicêntrico, randomizado com 
380 pacientes oncológicos com dor moderada a intensa utilizando a massagem ou sessões de 
simples toque e concluíram que a massagem pode ter efeitos benéficos imediatos na dor e 
humor entre os pacientes com câncer avançado. 
A percepção da dor diminui após a massagem provavelmente devido uma maior 
atividade no sistema modulatório endógeno da dor. A estimulação induzida leve a moderada 
nos tecidos cutâneo e subcutâneos resulta no aumento da atividade dos neurônios 
somatossensoriais que podem inibir a atividade da dor nas camadas superficiais da medula 
espinhal, de acordo com a teoria do controle do portão da dor (MELZACK; WALL, 1965). A 
massagem suave ou superficial dilata os vasos sanguíneos superficiais, e aumenta o fluxo 
sangüíneo local após dois minutos (HANSEN; KRISTENSEN, 1993); a massagem profunda 
alivia a dor por um longo período através da ativação dos mecanismos de controle inibitórios 
descendentes da dor (vias noradrenérgica e serotonérgica) (GOATS, 1994). 
 
2.5.3 Técnicas de Massagem 
 
Existem inúmeras técnicas de massagem que se tornam seguras quando praticadas por 
terapeutas preparados para aplicá-las nos pacientes portadores de neoplasia (DENG et al., 
2004). 
Entre estas técnicas destacam-se: 
- Massagem superficial, que é a mais comum e é realizada usando toques longos e 
superficiais nos músculos, para promover relaxamento e alívio da tensão muscular (WILKIE 
et al., 2000). 
- Massagem profunda no tecido que é realizada com toques lentos e pressão profunda, 
para aliviar a tensão crônica do músculo (GECSEDI, 2002). 
Revisão da Literatura | 32 
- Massagem neuromuscular em tecido profundo, aplicada em músculos individuais 
para aliviar pontos gatilhos (GECSEDI, 2002). 
A massagem pode ser administrada de várias maneiras, tais como vibração, 
amassamento, e deslizamento. Estas técnicas foram testadas em pacientes com câncer, muitos 
relataram que a vibração e o amassamento foram desconfortáveis e pesados. Assim, o 
deslizamento parece ser o método mais adequado para pacientes com câncer devido seus 
efeitos, por não ter restrições e por ter sido usada em vários estudos (WILKIE et al., 2000; 
SMITH et al., 2002; KUTNER et al., 2008; BILLHULT et al., 2007; SHERMAN et al., 
2006). 
 
2.6 Métodos de Neuroimagem para Avaliação do Fluxo Sanguíneo Cerebral 
 
Técnicas de neuroimagem como a Ressonância Magnética funcional (fRM), a 
Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), e a Tomografia por Emissão de Fóton Único 
(SPECT) têm sido muito utilizadas na investigação do funcionamento cerebral humano 
oferecendo uma oportunidade para observar mudanças na atividade cerebral regional e fluxo 
sanguíneo no campo das terapias não farmacológicas (LAZAR et al., 2000; OUCHI et al., 
2006; RAICHLE, 1987; BUSATTO, 1995) . 
A tomografia por emissão de fóton único (SPECT) permite a construção de mapas 
tridimensionais de atividade cerebral a partir da detecção de raios gama emitidos por 
traçadores marcados com isótopos radioativos administrados por via venosa ou inalatória 
(BUSATTO, 2001). 
Os traçadores mais usados são: o Tecnécio-99m-HMPAO (hexametil-propilene amino 
oximine) e o Tecnécio-99m-ECD (dímero de etilcisteinato). Pesquisas mostram que o 
traçador 99mTc-ECD tem um melhor contraste interno e externo das imagens do que o 99mTc-
Revisão da Literatura | 33 
HMPAO. O melhor contraste externo é provavelmente devido à transparência do traçador 
(PUPI et al., 1994). 
O ECD é um composto que tem a propriedade de transpor rapidamente a barreira 
hematoencefálica, marcando o encéfalo de modo proporcional ao seu fluxo sanguíneo 
regional por várias horas após a sua fixação que ocorre em aproximadamente cinco minutos. 
É um agente lipofílico e uma vez tendo passado pela barreira hematoencefálica sofre uma 
deesterificação rápida em metabólicos polares que não podem cruzar a barreira de volta. 
(JACQUIER-SARLIN et al., 1996). Essas propriedades tornam o método próprio para a 
realização de estudos cujos paradigmas sejam compatíveis com a escala temporal do ECD, ou 
seja, ativações que ocorram no prazo de minutos (ou menos, desde que persistentes) 
(ALMEIDA, 2007). 
Os estudos de perfusão cerebral utilizando a tomografia por emissão de fóton único 
(SPECT) foram realizados por Busatto e colaboradores, 2001; Rocha, 2003; Crippa e 
colaboradores, 2004, que demonstraram a sua utilidade como instrumento de pesquisa 
envolvendo grupos específicos de pessoas pela possibilidade de evidenciar no encéfalo 
ocorrências físicas como por exemplo a dor que se manifestam pelo aumento ou diminuição 
do fluxo sanguíneo em áreas específicas. A maioria dos estudos com SPECT, utilizam para 
analisar os resultados o SPM (Statistical Parametric Mapping), que se refere ao modelo 
matemático e de processamento computadorizado de imagens funcionais com a finalidade de 
se construírem mapas espaciais tridimensionais para testar hipóteses sobre efeitos 
regionalmente específicos (FRISTON, 2004). O programa foi criado por Karl Friston sendo 
fornecido gratuitamente pela University College London, Wellcome Department of Imaging 
Neuroscience. Ele pode ser conseguido pela Internet no site http://www.fil.ion.ucl.ac.uk/spm/ 
após o preenchimento de um formulário onde se discriminam as restrições de uso e se emite 
uma autorização para sua utilização em pesquisa. O SPM necessita de outro programa, 
Revisão da Literatura | 34 
chamado Matlab, produzido pela MathWorks inc, que atua como uma plataforma sobre a qual 
o SPM trabalha. 
O SPM trabalha com o conceito de estatística baseada no valor do voxel, que é o 
representante tridimensional do pixel. Esses valores, sob a hipótese nula, são distribuídos de 
acordo com a conhecida função de densidade de probabilidade conhecida com T de Student. 
Também a distribuição F pode ser utilizada. Assim geram-se mapas T ou mapas F. Segundo 
Friston (2004), o sucesso do SPM se baseia principalmente na simplicidade da idéia: o que se 
faz é analisar cada voxel separadamente usando uma análise univariada. Os parâmetros 
estatísticos resultantes considerados significativos são então reunidos em uma imagem, o 
SPM, que pode ser interpretado. Como referido acima, o SPM trata de milhares de valores de 
voxels individuais usando análise univariadamaciça. Isso nos leva ao problema das 
comparações de múltiplas hipóteses nulas simultaneamente. 
O SPM resolve o problema pela utilização de métodos estatísticos avançados 
(FRISTON, 2004; FRISTON, 2007). Dois métodos para a correção de comparações múltiplas 
estão disponíveis: o método de Bonferroni e a Teoria dos Campos Randômicos gaussianos 
(TCRG). O método de Bonferroni aplica-se a dados discretos e independentes sendo 
considerado muito conservador, ou seja, menos sensível. A correção é obtida pela simples 
divisão do valor do alfa escolhido pelo número de comparações realizadas. Já o método dos 
Campos Randômicos, parte do principio que, devido à suavização das imagens ela será 
composta de regiões parcialmente interdependentes, que serão reduzidas a elementos 
denominados “elementos de resolução”. Em seguida o SPM identifica as regiões cujos valores 
estão acima dos limiares pré-determinados pelo pesquisador e as apresentam em um mapa nos 
três planos, axial, sagital e coronal, denominado cérebro de vidro (glass brain no SPM). Uma 
excelente revisão do método pode ser vista em (ROCHA, 2003; FRISTON, 2004; FRISTON, 
2007). 
Revisão da Literatura | 35 
Um estudo com oito voluntários saudáveis examinou mudanças no fluxo sanguíneo 
cerebral regional nas posições supina e prona em repouso, depois na posição prona com 
massagem durante 24 minutos, utilizando a tomografia por emissão de pósitrons (PET) e para 
análise estatística o SPM, concluindo que a postura prona estimulou a região do precuneo que 
corresponde ao processamento visuo espacial e memória episódica e que a massagem na 
região dorsal pode ajudar a acomodar o cérebro (OUCHI et al., 2006). 
A tomografia por emissão de fóton único (SPECT) com traçador 99mTc-ECD e o SPM, 
foram utilizados para avaliar o efeito do canabidiol no fluxo sanguíneo cerebral regional em 
dez sujeitos saudáveis num estudo prospectivo e randomizado e os resultados sugeriram que o 
canabidiol tem propriedades ansiolíticas e que os efeitos foram medidos pela ação do sistema 
límbico (CRIPPA et al., 2004). Padrões de ativação cerebral em quinze idosos sadios durante 
tarefa de memória verbal de reconhecimento foram avaliados em um estudo com a tomografia 
por emissão de fóton único (SPECT) utilizando o traçador 99mTc-HMPAO em dose dividida 
(BUSATTO et al., 2001). 
Foi realizado um estudo prospectivo com 7 pacientes com dor crônica e 5 pessoas 
saudáveis como controle para investigar as mudanças no fluxo sanguíneo cerebral regional 
associado com o efeito analgésico da acupuntura através da tomografia por emissão de fóton 
único (SPECT) com o traçador 99mTc-HMPAO e como resultado foi mostrado que ela é capaz 
de detectar mudanças no fluxo sanguíneo cerebral associadas com a dor e a analgesia da 
acupuntura associada com mudanças na atividade do tálamo e lobo frontal (NEWBERG et 
al., 2005). 
Peyron e colaboradores (1999), utilizando a tomografia por emissão de pósitrons, 
descreveram estruturas que respondem à dor com aumento do fluxo sangüíneo cerebral 
regional incluindo as ínsulas, tálamo, as regiões somato-sensitivas secundárias, cíngulos 
anteriores, regiões parietais e pré-frontais. A experiência dolorosa resulta da integração 
Revisão da Literatura | 36 
tridimensional do eixo sensitivo-discriminativo que serve para permitir a análise da 
localização, intensidade e duração do estímulo, do eixo afetivo-motivacional que permite a 
percepção desconfortável da sensação dolorosa e do eixo cognitivo-avaliativo que está 
envolvido na atenção, antecipação e memória das experiências passadas. 
Mertz e colaboradores (2000) compararam o fluxo sanguíneo cerebral regional 
utilizando a Ressonância Magnética funcional (fRM) em pessoas portadoras de síndrome do 
cólon irritável com indivíduos sadios; a distensão do cólon ativou bilateralmente o giro do 
cíngulo anterior, área pré frontal, córtex insular e tálamo nos dois grupos, sendo que nos 
doentes a ativação do cíngulo foi maior. 
Buckle e colaboradores (2008) realizaram dois estudos para avaliar o efeito fisiológico 
da técnica M sobre o cérebro usando tomografia por emissão de fóton único (SPECT) e 
compará-lo com massagem terapêutica convencional. A técnica M é uma série de movimentos 
suaves realizado em uma seqüência, pressão e velocidade definida. O M representa manual e 
é adequado para pacientes frágeis ou quando a massagem convencional é inadequada. No 
primeiro estudo, quatro participantes receberam uma sessão da técnica M realizando SPECT 
antes e após a sessão. No segundo estudo, um participante recebeu 10 massagens 
convencionais e um participante recebeu 10 sessões da técnica M realizando o SPECT antes e 
após as sessões. Os resultados sugeriram que a técnica M e a massagem convencional podem 
provocar alterações do fluxo sanguíneo cerebral, no entanto, a técnica M revelou maiores 
alterações em particular no núcleo caudado direito que está relacionado à maior liberação de 
dopamina nesta região sendo associado ao estado de meditação. 
Portanto, de acordo com estudos citados acima, técnicas de neuroimagem podem ser 
utilizadas como ferramentas valiosas e prontamente disponíveis para orientar a estratégia 
terapêutica individual e fornecer informações objetivas no acompanhamento da recuperação do 
processamento da dor em tratamento com terapias não farmacológicas (GUEDJ et al., 2007). 
Objetivos | 37 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Geral 
 
Investigar o efeito da massoterapia na perfusão encefálica nas seguintes áreas: tálamo, 
pré frontais, cíngulo anterior, insula, sensitiva primária e sensitiva secundária, utilizando a 
tomografia por emissão de fóton único (SPECT - single photon emission tomography) com 
ECD (dímero de etilcisteinato 99m TC), em pacientes com dor oncológica. 
 
3.2 Especificos 
 
1. Avaliar o efeito da massoterapia na intensidade da dor, através da escala numérica 
visual de dor (ENV 0-10 cm); 
2. Comparar a intensidade da dor dos pacientes submetidos à massoterapia com o 
grupo controle em diferentes tempos: antes e imediatamente após a massoterapia; e 
durante as últimas 24 horas após cada sessão; 
3. Avaliar o nível de depressão e ansiedade do paciente com dor oncológica antes e 
após serem submetidos à massoterapia (Inventário de Beck); 
4. Avaliar a concentração plasmática da noradrenalina dos pacientes com dor 
oncológica, submetidos à massoterapia padronizada em comparação ao grupo 
controle. 
Métodos | 38 
4 MÉTODOS 
 
4.1 Delineamento do Estudo 
 
O estudo foi prospectivo, aleatório, realizado como um ensaio clínico randomizado 
controlado no Hospital de Câncer de Barretos. 
 
4.2 Calculo do Tamanho Amostral 
 
Considerando o estudo de Ferreira e Lauretti (2007), onde foi estudado dois grupos de 
pacientes com dor oncológica submetidos à 10 sessões de fisioterapia respiratória e motora 
(Grupo C) e massoterapia associado com sessões de fisioterapia respiratória e motora (Grupo 
M), resumimos os achados referente a intensidade da dor medida antes e após cada 
intervenção pela escala numérica visual segundo a Tabela 1. 
 
Tabela 1 - Média e desvio padrão (DP) referente aos resultados encontrados no estudo de 
Ferreira e Lauretti (2007) 
Momento pré Momento pós 
1ª Sessão 10ª Sessão 1ª Sessão 10ª Sessão Grupo 
Média DP Média DP Média DP Média DP 
M 8,2 1,265 2,0 2,591 5,1 2,815 1,0 1,512 
C 8,07 1,385 7,4 1,651 8,0 1,414 7,3 1,590 
 
Considerando que a diferença encontrada nas comparações entre os grupos da Tabela 
1 foram clinicamente relevantes, calculamos o tamanho amostral adequado para ensaios 
clínicos. Para o calculo foi considerado significância de 0,05 e poder de teste de 0,9, 
obtivemos os tamanhos amostrais para cada comparação. O tamanho amostral para as 
comparações nos grupos está expostos na Tabela 2, enquanto que o tamanho amostral para a 
comparação entre os grupos está expostos na Tabela 3. 
Métodos | 39 
Tabela 2 - Tamanho amostral

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