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Conteudista: Prof. Esp. Leon Rivail de Andrade Assis Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin Objetivos da Unidade: Enfatizar a importância do Plano de Negócio em suas opções estratégicas; Integrar os sistemas usando planejamento, implementação e controle dos Planos de Negócios, tanto nos Mercados domésticos quanto nos internacionais; Aplicar os conceitos mercadológicos e suas influências nas decisões administrativas das Empresas; Analisar o ambiente externo, dos Mercados e da política da Empresa, dentro do Sistema de mercadológico, de forma a atender às necessidades de informação para a tomada de decisões; Apresentar um Plano Estratégico de Negócios. ˨ Material Teórico ˨ Material Complementar Análise de Mercado ˨ Referências Planejamento Mercadológico No mundo corporativo, não saber para onde ir é o principal erro cometido por todas as Empresas que buscam resultado e, consequentemente, a lucratividade. O pensamento de um administrador de Empresa tem de ser voltado para a conquista de metas e objetivos de participação no Mercado, conquista e manutenção de clientes, pois os resultados de uma Empresa estão ligados diretamente a eles, os clientes. Empresas que sabem onde querem chegar têm um planejamento empresarial que define elementos como: posicionamento de excelência, estratégia, visão, valores e missão. O planejamento e a estratégia sempre foram duas poderosas atividades em todas as Áreas da Humanidade, como, por exemplo, guerras, esportes e, por que não os utilizar no mundo dos 1 / 3 ˨ Material Teórico - LEWIS C. 1865 “Alice: “Pode me dizer por onde devo seguir?” Gato: “Isso depende de onde você quer ir...” Alice: “Francamente... para mim tanto faz.” Gato: “Nesse caso, tanto faz o caminho que você seguirá.” negócios? Foi o que aconteceu nos anos 1950, quando essas ferramentas passaram a ser estudadas nas Escolas de Administração do mundo. O Planejamento Empresarial e o Planejamento Estratégico são confundidos corriqueiramente, mas o Planejamento Empresarial é ligado à Organização como um todo, a todas as áreas e processos, e o planejamento estratégico refere-se ao seu estado mercadológico, à ação da Empresa voltada ao mercado consumidor agindo com o produto, o preço, a distribuição, as promoções e a venda. Figura 1 – Início da caminhada Fonte: Getty Images #ParaTodosVerem. Imagem colorida de uma estrada em uma montanha, em cuja base está escrito começo, em inglês – Start, e que termina no topo da montanha. Fim da descrição. O ambiente, as Mudanças e a Organização Levantando historicamente os ambientes de negócios, poderemos ver que, antigamente, o Mercado era bem simples, se comparado aos de hoje, mas nada impede que marcas centenárias continuem atuando nesse Mercado globalizado e mundial. Temos alguns exemplos, como Coca- Cola e Leite Moça entre outras. Atualmente, os consumidores são abordados constantemente seja pela Televisão e pela Rádio, seja pelas Redes Sociais, entre outros meios, abrindo um leque de opções de consumo muito maior do que há muitos anos. Com todas essas opções, o comportamento de compra mostra maior envolvimento com a marca/produto, pois, hoje em dia, é muito mais fácil obter informações sobre o que se pretende adquirir por meio da Internet e, somente após a experimentação, o consumidor tem a real certeza de que o atendimento no processo de compra foi realmente satisfatório, com o cumprimento da promessa feita por parte do produto/Empresa na hora da compra. As Empresas precisam estar atentas ao movimento feito por seus consumidores, identificando e se posicionando para que, cada vez mais, elas possam estar sempre à frente na busca de conquistar os clientes. Níveis de Planejamento e Modelo de Planejamento Corporativo e Empresarial Reflita A necessidade de existir um planejamento está em fornecer rumo, consistência e convergência às atividades, bem como manter iguais as competências para o bom andamento da Empresa no Mercado. O Planejamento Empresarial é o processo de produzir as estratégias e as estruturas que levam a Empresa a construir vantagem competitiva que garanta a sobrevivência no Mercado atual. O Planejamento de Marketing busca a excelência e sempre está alinhado às estratégias empresariais, tornando-o, assim, um instrumento tático de atuação. Ele tem dinâmicas muito próprias e elementos derivados da atividade estratégica e sua efetividade depende da integração de toda a Empresa na busca de implantar aquela estratégia criada. Caso isso não seja incorporado por todos os Departamentos da Empresa, o insucesso pode ser fatal para uma marca/produto. Hoje em dia, o segredo industrial e organizacional está cada vez mais incorporado às Empresas, pois qualquer erro de comunicação pode entregar de bandeja a outra Empresa todas as dicas de como se tornar seu melhor concorrente no segmento. O processo mais comum no desenvolvimento de um planejamento é: Seguindo a ideia de planejamento, ele pode comportar diversos níveis de atuação, mas sempre seguirá pelo caminho determinado pela Diretoria ou pelo Conselho, sendo possível ter: Formulação estratégica: compõe missão, visão e valores, análise SWOT, objetivos de longo prazo, estratégias alternativas e seleção; Implementação estratégica: compõe objetivos anuais, políticas, motivação dos colaboradores e alocação de recursos; Avaliação estratégica: compõe revisão interna e externa, avaliação de desempenho e ações corretivas. Nível corporativo ou global; Divisional ou regional; Uma grande confusão existente no Mercado é que um Planejamento Empresarial pode existir sem um Planejamento Mercadológico. Isso é um erro cometido por Empresas de Pequeno e Médio Porte. Embora eles possam existir um sem o outro, um Planejamento Mercadológico sem um Planejamento Empresarial nada mais será do que um plano comercial ou de vendas e, ao contrário, nada mais será do que uma diretriz subjetiva, sem ações concretas e importantes. A análise ambiental é o início na construção do planejamento. Essa análise não é uma tarefa fácil, e requer profundo conhecimento e forte engajamento das pessoas envolvidas, sendo necessária, muitas vezes, a participação de pessoas especializadas naquele nicho. A Organização deverá analisar o ambiente externo para verificar quais as tendências do Mercado, traçar caminhos e propor ações que sejam compatíveis com a análise feita. É de extrema importância considerar todas as variáveis ambientais que possam, de alguma forma, direta ou indiretamente, afetar as ações da Empresa no Mercado. Depois de enumerar essas variáveis, precisamos entender e determinar quais são as ameaças e as oportunidades encontradas nesse ambiente. A Organização precisa estar muito atenta, pois o que para uns é uma tragédia, para outros, são oportunidades grandiosas. “Enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Um grande exemplo nesses últimos tempos foi a Pandemia de COVID-19, durante a qual muitas Empresas fecharam suas portas, enquanto outras se transformaram e conseguiram manter suas portas abertas e transformaram um Mercado que pendia para o fracasso em grandes casos de sucesso. Outro ponto necessário neste momento é identificar quem são os seus concorrentes diretos e indiretos. Assim, um amplo e detalhado levantamento é necessário sobre aqueles que, de alguma forma, têm produtos semelhantes ou similares, e que precisam ser considerados nessa pesquisa. Uma Empresa iniciando no Mercado, nos dias de hoje, não pode deixar de entender que está num ambiente altamente competitivo e acirrado, em que ela precisa constantemente superar a Unidades estratégicas; Produtos ou linhas de produtos. concorrência e a si mesma, não podendo ficar parada no tempo, acreditando que sempre será assim. Por esse motivo, ela precisa encontrar seus pontos fortes, que são variáveis controláveis, que criam vantagem competitiva, e seus pontos fracos, que são variáveis também controláveis, mas que criam desvantagens operacionais e podem ser descobertas pela concorrência, causando, assim, danos à Empresa. Entretanto, podem ser desenvolvidas melhorias em seus processos. Outro fator de suma importância nessa análise interna são os diferenciais que a Empresa/produto têm para a conquista do consumidor. Todo produto tem um propósito para existir. Todos eles são feitos para auxiliar o cliente a se sentir mais confortável, saudável ou satisfeito ou, até mesmo, têm valor superior para mostrar status daquele que o usa ou o consome. Esse diferencial é pouco e, muitas vezes, único e deve ser claramente percebido pelo Mercado consumidor. Por fim, precisamos selecionar detalhada e estrategicamente o perfil do nosso público-alvo e identificar os fatores que mais influenciam o consumidor no processo de decisão de compra, segmentando, assim, o público que será mais importante para a Empresa. A Empresa precisa lançar-se com propósitos e personalidade na busca de um lugar no Mercado. Ela precisa demonstrar suas competências, que estão ligadas a fatores que a diferenciam da sua concorrência e que dificilmente serão reproduzidos por eles, como, por exemplo, a inovação dos seus produtos. Reflita Uma escolha que precisa ser feita – e pode até parecer estranha – é saber quem efetivamente são os seus concorrentes. É primordial saber identificar corretamente e estar sempre atento às movimentações deles no Mercado. Para a Empresa ter posição estratégica de excelência, ela precisa compor três características: Dessa forma, as Empresas dificultam a cópia, e a visão de competência aumenta perante o público-alvo, pois a estrutura, os processos e as pessoas estão cada vez mais interligados, reduzindo ou eliminando os ruídos de comunicação entre elas. A competência para a administração ou até mesmo a condução de uma Empresa podem ser definidas como a soma do conhecimento mais a capacidade de transmissão, e quem identifica isso não os clientes. As Empresas necessitam compreender que precisam ter: Ser substancial: conseguir realmente fazer a diferença no Mercado perante os seus consumidores; Ser sustentável: essa é a palavra de ordem no mundo hoje. Pequenas diferenças tendem a não ser percebidas; Ser compatível: o posicionamento da Empresa deve estar ligado ao posicionamento do produto ou do serviço. Valores: são as crenças, os princípios morais e os conceitos básicos; Visão: são ideias para um futuro realístico, possível e atraente para a Organização; Missão: guiará as políticas e o comportamento da Organização; Definição do negócio: é a Área de atuação da Empresa. A princípio, pode parecer repetitivo o processo de Planejamento Empresarial e Mercadológico, mas é importante dizer que o objetivo central do Planejamento Empresarial é pensar no negócio em si, pensar em uma forma de desenvolver a Empresa, não focando apenas em um produto, mas em um Mercado todo de atuação, deixando para o Planejamento Mercadológico pensar nas estratégias sobre o produto da Empresa. Processo de Elaboração de Uma Estratégia de Marketing O processo de elaboração de uma estratégia deve ser estruturado. Isso significa que as várias etapas devem ser seguidas cuidadosamente, para que o Planejamento Estratégico seja eficaz. Infelizmente, o cumprimento de todas as etapas não garante o sucesso, pois a capacidade de análise e interpretação é fundamental para a elaboração da estratégia. As Empresas precisam considerar o tamanho e a capacidade de reagir às ações da concorrência, mas não ficar intimidadas. Muitas Empresas pequenas, que foram criadas em garagens, hoje, são grandes potências, por acreditarem em seu potencial e desenvolverem produtos e serviços que caíram no gosto do consumidor. O processo de elaboração de uma estratégia respeita os seguintes passos: Fase 1: análise e Diagnóstico – Do mercado, da concorrência e análise interna, resultando no diagnóstico da situação; Fase 2: fixação dos objetivos – Metas e objetivos conquistáveis são importantes para a correta mensuração dos resultados; Fase 3: escolha das opções estratégicas – Público-alvo, concorrentes e posicionamento; Fase 4: formulação dos planos de ação – O que vai ser feito? Como vai ser feito? E quem vai fazer?; Fase 5: implementação e avaliação das estratégicas, colocar efetivamente tudo que foi desenvolvido em prática. As pessoas ou Empresas acham desnecessário o desenvolvimento dos planejamentos, mas aquelas que são vencedoras dificilmente deixam de fazê-lo. Análise dos Ambientes Externo e Interno A Empresas são sistemas que realizam processos de transformações, em que temos as entradas: matérias-primas, componentes, energias, água e mão de obra, entre outros. O processo de transformação nada mais é do que a operação produtiva, de transformar os insumos, entradas, em produtos finais, que são as saídas, que são comercializados com clientes finais ou podem ser clientes intermediários que irão revender ou até mesmo transformar esse produto em outro para ser vendido para os consumidores. Sendo assim, todas as Empresas irão realizar trocas com os meios em que atua. Precisamos oferecer abordagens e procedimentos de análise e avaliação das condições operacionais de uma Empresa e do Mercado em que ela atua, satisfazendo, assim, a parte criadora da necessidade, que é o Mercado, com os produtos das Empresas que são ofertados. Reflita O desenvolvimento de um processo analítico das condições ambientais internas e externas busca a identificação e o levantamento das variáveis e dos aspectos relevantes na elaboração das estratégias. Natureza da Organização e sua Relação com o Meio As Empresas são agentes eficientes na elaboração e na oferta de produtos que suprem a necessidade de um público determinado, por meio da entrega de benefícios em produtos, por um determinado custo, oferecendo, assim, maior quantidade de produtos e, nesse contexto, temos a interação entre o Mercado e as Organizações, em que Empresas e pessoas vivem num mundo por meio de trocas que, cada vez mais, tornam-se dinâmicas com o mundo globalizado e digital marcando. Dessa forma, há uma relação de interdependência de ambos os lados, mas sempre existindo a necessidade de um depender do outro para o crescimento e lucratividade. Com esse Mercado, cada vez mais atrativo e dinâmico, surge um fator decisivo para a operação e o desempenho das Empresas, que é a necessidade de compreensão, monitoramento e avaliação constante do Mercado, para que ela possa identificar e projetar modificações, na mesma medida em que desenvolvem compreensões estratégicas, decisões e ações, buscando tornar-se mais adequadas, competitivas e cada vez mais rápidas nas respostas às necessidades dos consumidores e supri-la de forma satisfatória e encantadora, para que o seu consumidor não compre com o concorrente. Avaliações mal desenvolvidas ou equivocadas do Mercado, ambiente ou Organização podem comprometer sua operação e sua competitividade. As variáveis externas ao Mercado têm um impacto decisivo nas relações, alterando as condições e as posições nos processos competitivos existentes. As alterações de origens econômicas, políticas, demográficas, culturais e tecnológicas são as principais mudanças que ocorrem no Mercado em todos os processos históricos e sociais até aqui conhecidos. Essas variáveis, ao longo do tempo, transformam a configuração dos Mercados, sua forma e seu conteúdo, modificando a natureza e a essência das transações e os próprios julgamentos de valores dos consumidores. A operação da Empresa pode ser considerada a própria essência e o principal desafio para as Organizações, que é a potencialização e o desenvolvimento da viabilidade do negócio em ambientes competitivos e a forma de buscar essas qualidades é o aumento da eficiência das Empresas, em que essa eficiência é representada por quatro fatores fundamentais para qualquer tipo de estratégia: Stakeholders: todas aquelas pessoas que estão ligadas ao negócio e que fazem a Organização funcionar. A remuneração adequada ao funcionário, a utilização Empresas de alto desempenho adotam uma referência ideológica, como inovação tecnológica e respeito ao cliente ou satisfação do consumidor e dos colaboradores, que orienta e serve de plataforma para a compreensão e a percepção da Empresa e da sua relação com o Mercado. Análise do Ambiente Interno e Externo de uma Organização As Organizações são construções sociais no interior das quais se desenvolvem relações entre pessoas, num meio em que existem recursos, que são operados processos, seguem normas e procedimentos que determinam um certo resultado projetado. É fundamental entender e compreender a razão de ser e operar de uma Empresa, seus valores e objetivos. Com essas informações, a análise do ambiente interno passa a ser um processo de aprofundamento e de mapeamento das situações que irão limitar ou potencializar a operação da Empresa. A razão de ser de uma Organização é definida como a missão. Os valores são referências sobre como proceder, seus objetivos refletem onde ela quer estar no futuro e sua visão é uma característica utilizada como uma referência na tomada ação e decisão. responsável do capital pelo gestor, a satisfação do cliente e a qualidade no relacionamento com fornecedores e distribuidores tendem a trazer um equilíbrio fundamental para as operações da Empresa; Processos: o correto conhecimento e a compreensão do funcionamento da Empresa como um sistema resultante da integração e da articulação de subsistemas internos com um fim único, que é atender de maneira altamente qualificada o seu consumidor; Recursos: fator de fundamental importância no desempenho das Empresas por se tornar condição determinante na sustentação dos processos, que são inputs de insumos, entre outros; Organização: tem uma maneira de ser, que pode ser compreendida como a cultura organizacional, que é um elemento de relevância a ser considerado, na medida que influi, conecta-se e condiciona de certa forma a orientação estratégica da Empresa. Existem duas informações de conceito mais operacional, mas que precisam ser entendidas como competências – conjunto de conhecimentos, tecnologia e acesso à informação e à qualificação, entre outros aspectos, para assegurar condições específicas e efetivas de competitividade em certo ambiente. Core business – Núcleo do negócio, é o coração da Empresa. É o motivo pelo qual ela foi construída. É importante para o entendimento e na gestão da operação e relação com o Mercado, por indicar a principal plataforma de negócio da Empresa. A análise do ambiente externo tem como base os movimentos dos agentes presentes, a sua inter-relação e suas transformações no tempo, em razão da alteração das condições do meio e das estratégias adotadas. Esse ambiente, como espaço de atuação das Organizações, é constituído por agentes, com diferentes objetivos e com características operacionais. Esses agentes podem ser associados a Instituições, elementos culturais, condições econômicas, tecnologias à disposição, concorrência, fornecedores, clientes e a um conjunto de forças sociais, econômicas, tecnológicas e culturais presentes em qualquer contexto mercadológico. É necessária uma abordagem que propicie a correta identificação e o entendimento das variáveis e das situações que devem ser consideradas e examinadas pelas Empresas, por efetivamente influenciarem sua operação, seu desempenho e o atingimento de seus objetivos. Para o desenvolvimento consistente de alternativas e estratégias de orientação do negócio e para a seleção dessas alternativas, um processo de análise e apresentação do meio que simplifique sua configuração complexa e recursiva, decorrente das diversas interações. O principal aspecto a ser levantado no ambiente de operação em quaisquer segmentos de Mercado está associado à competição. A estruturação do Mercado influencia fortemente tanto a determinação das regras competitivas quanto as estratégias potencialmente disponíveis para a Empresa. Na análise do ambiente externo de uma Empresa, é comum a separação entre macro e microambiente. Para facilitar o processo de análise, é comum utilizar conceitos no microambiente que nos mostrem os agentes que competem diretamente com a Empresa e seu Mercado de atuação. No macroambiente, estão presentes as condições e variáveis cujos movimentos e alterações impactam em maior ou menor grau. Análise SWOT O processo de análise interna de uma Organização deve conduzir necessariamente a uma identificação de variáveis, aspectos e fatores, defensáveis e perfeitamente justificados, que demonstrem com clareza o cenário interno das condições de operação, gestão, disponibilidade de capacitação, inventário de limitações e necessidades da Empresa, focalizando a geração de valor para os clientes e a Organização. As conclusões de uma análise interna é a enumeração e a identificação dos pontos fracos e fortes a serem utilizados no desenvolvimento, atualização ou ajustes dos pontos para que possam ser oportunamente promovidos. O processo de avaliação do ambiente externo traz a uma Empresa o reconhecimento de variáveis, aspectos, fatores, cenários e tendências, suportados por informações e metodologias analíticas e projetivas, que possibilitam a construção de um quadro refletindo as principais considerações e indicações sobre condições adversas e condições de potencial interesse, relacionadas aos agentes presentes no micro e no macroambiente. As conclusões de uma análise externa também é a enumeração e a identificação de oportunidades e ameaças encontradas no ambiente externo de maior relevância das condições e tendências mapeadas, que deverão merecer esforço de análise em processos de avaliação e decisão estratégica por parte da Empresa. A identificação de forças e das fraquezas do negócio e de oportunidades e ameaças no ambiente externo constitui processo de construção das bases para uma análise conjugada desses quatro fatores ou condições. A avaliação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças fornece suporte para a adoção de objetivos e a definição de estratégias, uma compreensão integrada e indispensável. Os objetivos e estratégias devem ser confrontados com as análises dos ambientes internos e externos. A ferramenta mais utilizada para uma visão integrada das condições é a análise SWOT (Strengths = Forças, Weaknesses = Fraquezas, Opportunities = Oportunidades e Threats = Ameaças). Podemos também encontrar, em bom português, como FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Nada mais é do que uma matriz de quatro quadros e condições, na qual são descritas as forças e fraquezas do negócio (Empresa), as oportunidades e as ameaças do Mercado, que possibilita o cruzamento dessas informações e ajuda na identificação das estratégias. Estratégias de Marketing A ideia de estratégia acabou passando efetivamente para segundo plano, ofuscada por noções modernas sobre competições oriundas de todo o rebuliço provocado pela Internet. A rapidez nas mudanças do Mercado vem causando fervor em consideração ao tempo que a estratégia deve conter. Com isso, os gestores estão cada vez mais preocupados com o resultado em curto prazo, pois são cobrados por isso, mas esquecem que uma estratégia para ter um resultado estruturado e competitivo no Mercado precisa ser desenvolvida em longo prazo. Isso não quer dizer que não possamos trabalhar com estratégias diferenciadas para cada momento e que a Empresa está passando e adaptar as situações às condições impostas pelo Mercado continuamente. Hoje, precisamos ter estratégias que tenham resultado em pequeno, médio e longo prazos, cada uma específica para um prazo. Objetivos A função da estratégia é prover um método para atingir um objetivo específico. Ela indica como chegar lá, e antes da definição da estratégia é fundamental saber qual o objetivo a ser alcançado. Esses objetivos precisam ser de curto, médio e longo prazos. Eles podem ser expressos por números ou percentuais, bem como, aspectos subjetivos, sendo comum a sua divisão em quantitativos – que expressam quantidade, por exemplo: números e porcentagens e qualitativos – refletem uma qualidade específica, por exemplo: mudar uma imagem corporativa. Da Segmentação ao Posicionamento Para um Mercado B2C (Business to Consumer), produtos destinados de Empresas para consumidores, são utilizadas formas de segmentação como: Geográfica – Usando a localização desses consumidores como diferencial; Demográfica – Baseia-se nas características dos consumidores, como idade, sexo, família, renda, ocupação, escolaridade, religião, raça e nacionalidade; Psicográfica – Baseado na classe social, estilo de vida e personalidade dos indivíduos; Comportamental – baseada no benefício que o produto oferece. Para um Mercado B2B (Business to Business), produtos destinados de Empresas para Empresas, precisa ser considerado o processo de compra Empresarial que têm características das pessoas e organizações, situações de uso, necessidades e preferências e comportamento de compra entre outros quesitos, baseando-se e se apoiando em como e onde os insumos são produzidos e utilizados. Nesse processo de identificação dos Mercados nos quais a Empresa irá atuar, temos uma variável principal na análise, que é o direcionamento, que é a seleção do Mercado em tamanho e crescimento – que leva em consideração as vendas atuais do segmento, os índices de vendas e a margem de lucro, bem como a atratividade estrutural – que leva em consideração, concorrentes atuais, substitutos, ameaças e poder de barganha, adequação dos objetivos – a analise interna Reflita Para iniciar um processo de segmentação, precisamos entender que segmentação nada mais é do que a separação em pequenos nichos do Mercado de atuação da Empresa, no qual ela possa entender melhor e mais a fundo o seu consumidor, sabendo suas vontades e suas expectativas perante a um produto. dos objetivos propostos pela Empresa e, por último, as estratégias alternativas – comumente conhecidas como plano B. Um segmento alvo tem um grupo de compradores que compartilha necessidades e características comuns e, por causa dessas características, a Empresa decide atendê-las e utiliza estratégias como: Para cada tipo de segmento, a Empresa precisa criar um tipo de posicionamento na mente do consumidor, para que ela possa ser lembrada sempre que o consumidor passe por um momento do seu dia, como, por exemplo, propaganda de margarina: posiciona-se com o café da manhã das pessoas, para que o consumidor sempre se lembre do produto no momento da utilização. Esse conceito é o de utilizar os atributos dos produtos específicos, benefícios, ocasiões de uso, concorrentes e classes. A escolha de um posicionamento incorreto pode determinar o fracasso do produto, pois ele é a base de todo o mix de marketing que será desenhado para o segmento de Mercado escolhido. A forma de posicionar o produto na mente do consumidor é fazer a diferenciação, que é desenvolver o produto/serviço, um conjunto de características significativas para distinguir a oferta da Empresa com relação à concorrência. Essa diferenciação pode ser feita pela qualidade dos produtos, serviços adicionais, atendimento pessoal, canais de distribuição, imagem, status, desempenho, conformidade, durabilidade, confiabilidade, reparabilidade, estilo e design. Marketing indiferenciado: ignoram-se as diferenças entre seus clientes e se oferece um único tipo de produto, concentrando-se na homogeneidade do segmento; Marketing diferenciado: ofertam-se produtos homogêneos, enaltecendo as características incutidas nos produtos para chamar a atenção de cada público distinto que se deseja atender; Marketing concentrado: atua-se somente em uma parcela desse segmento, focando todas as suas ações nesse nicho de Mercado. Tabela 1 – Ilustrando os passos no processo de segmentação de Mercado Segmentação de Mercado Direcionamento Posicionamento no Mercado 1 – Identificar as variáveis de segmentação. 3 – Análise dos segmentos. 5 – Desenvolver o posicionamento para o perfil escolhido. 2 – Desenvolver o perfil do público- alvo. 4 – Selecionar o perfil desejado para atuar. 6 – Desenvolver o mix de marketing para o perfil escolhido. Com relação à prestação de serviço, a diferenciação pode ser feita pelas facilidades na hora de fazer o pedido, na entrega, na hora de instalar, em treinamento, consultorias, manutenções, reparos e outros e, em caso de pessoa para pessoa, até mesmo uma forma de promover profissionais, que pode ser feita com a competência, cortesia, credibilidade, confiabilidade, resposta rápida e diálogo. Estratégias A escolha de uma estratégia reflete a forma como a Empresa irá atuar no Mercado, pois ela desenvolve uma estratégia e decide como irá concorrer nos Mercados nos quais decidiu atuar, com os objetivos e as ações para alcançá-los. As Empresas precisam entender que, no mundo de hoje, não existem mais produtos muito diferentes uns dos outros. O que difere um do outro está ligado à qualidade percebida pelo cliente. Esse diferencial, todas as marcas e produtos já utilizam. Então, é preciso ir ao extremo e construir vantagens competitivas sustentáveis, que precisam atender a três características principais: A visão estratégia adota que há duas abordagens diferentes para o desenvolvimento de estratégias bem-sucedidas e vantagens competitivas sustentáveis seguem uma perspectiva de longo prazo, em que o foco está no futuro. O oportunismo estratégico enfatiza as estratégias que podem fazer sentido hoje, mas a crença é a de que o melhor caminho para ter a estratégia certa amanhã é acertar no presente. Não podemos assumir somente o risco de vislumbrar um futuro e nos esquecermos do hoje. Precisamos estar atentos ao hoje e concentrados no presente. Por ser o ambiente tão dinâmico e incerto, precisamos mirar, também, no agora, proporcionando, assim, grandes vantagens em Mercados emergentes, mas sempre existe o risco de se fazer um movimento incorreto. A mudança precisa ocorrer no tempo ideal e, para isso, requer uma análise estratégica e eficiente e a habilidade de mudar a Empresa a tempo, envolvendo inovação, tecnologia e mobilização organizacional. A flexibilidade é a habilidade que todos os gestores precisam ter e desenvolver na hora de escolher uma estratégia para responder rapidamente às mudanças externas e que incidiram internamente na Empresa. As estratégias competitivas sustentáveis podem ser: Ter um conjunto de ativos e competências; Seleção do Mercado alvo para a competição; Escolher quais os concorrentes que serão os desafiados. Estratégia de diferenciação: reflete a oferta de um produto diferente e mais valorizado pelos clientes do que o de seus concorrentes. O valor agregado afeta diretamente a escolha do consumidor trazendo, assim, a satisfação definitiva. Produtos que não utilizam a estratégia de baixo custo são estratégias bem sucedidas de diferenciação. Ela tem três características diferentes: gerar valor, fornecer valor percebido e ser difícil de copiar; Há um caminho para um melhor desempenho, que deve contemplar uma renovada ênfase no crescimento, que é: Estratégia de liderança em custo: uma forma direta é a remoção de todos os acessórios e extras de um produto ou serviço, criando uma oferta enxuta que seja sustentável, ou porque os concorrentes não conseguem interromper a oferta que os clientes esperam ou porque as operações e as instalações desenvolvidas não podem ser rapidamente modificadas. Nessa estratégia, é possível combinar múltiplas formas de ter liderança em custo; Estratégia de foco: esta estratégia visa a evitar a dispersão ou a divergência da implementação e se concentra em uma parte ou da linha de produtos em uma parte do Mercado, direcionando o produto para um segmento específico de clientes ou até mesmo para uma região geográfica limitada; Estratégias de crescimento: podemos entender que a grande maioria das Empresas concentra seus esforços na melhoria contínua do seu processo de desempenho, reestruturação de ativos e redução de custos. Claramente, chega-se a um ponto em que existe a redução do retorno projetado. Isso representa um limite para o aumento dos lucros. Crescimento de produtos em mercados existentes: mostrar outras formas como o produto pode ser utilizado, fazendo, assim, com que o consumidor adquira mais o produto em questão ou, então, aumentar a captação de clientes que estão consumindo produtos da concorrência; Desenvolvimento de produtos para mercados existentes: inserção de qualidades superiores adicionais aos produtos existentes, diferenciando-o, assim, e o tornando mais atraente para o consumidor; Desenvolvimento de mercado usando produtos existentes: dado pela inserção do mesmo produto em mercados geograficamente diferentes, ou entrando em novos segmentos com o mesmo produto; Diversificação: classificada como relacionada, favorece o potencial de gerar economias baseadas em uma troca de ativos e competências. Não relacionada, os objetivos são financeiros; Análise de Portfólio Analisar o portfólio de produtos é saber com que produtos a Empresa irá competir no Mercado competitivo, avaliar se terá grandes opções para esse embate, se terá de desenvolver novos produtos ou, até mesmo, renovar produtos de sua linha. Fazendo a correta identificação de em qual quadrado da Matriz BCG o determinado produto está, ela irá mostrar o que é preciso ser feito para aquele determinado produto. Figura 2 – Matriz BCG #ParaTodosVerem. Imagem com quatro quadrantes, cada um contendo uma figura, exemplificando cada fase da Matriz BCG, sendo quadrante estrela, quadrante vaca, quadrante ponto de interrogação e quadrante abacaxi, todos na cor preta. Integração vertical: é o movimento da Empresa em direção ao processo de distribuição, quando elimina distribuidores e vende direto ao consumidor, ou em direção ao processo de fornecimento, quando elimina os fornecedores de matéria prima; Estratégias globais: a decisão de desenvolver uma estratégia global, parte da decisão de com quais países competir, nível de padronização produtos/serviços, localização das atividades de valor, nível de padronização da marca e ações de marketing. A Matriz tem 4 quadrantes e funciona no sentido anti-horário: O processo de formulação de estratégias deve consumir mais tempo das Empresas do que o seu processo de elaboração de programas de ação, vez que são operacionais. Na prática, o que se observa, frequentemente, no Marketing das Empresas, é que muito tempo é dedicado à elaboração dos programas de ação, e a definição da estratégia e do posicionamento ganha menor importância. Não há como elaborar um bom plano de Marketing sem definir claramente os objetivos, o posicionamento desejado na mente do consumidor e os diferenciais que serão utilizados na estratégia. Quadrante ponto de interrogação: localizam-se produtos ou negócios que representam baixa participação de Mercado, mas um Mercado em alto crescimento. Assim, eles representam um ponto de interrogação, por ser uma dúvida referente ao seu futuro no Mercado. Esses produtos necessitam de investimentos para aumentar sua participação de Mercado e costumam gastar mais verba de desenvolvimento; Quadrante estrela: localizam-se produtos ou negócios que apresentam alta participação no Mercado, necessitam de grandes investimentos de marketing para se manterem nessa posição, mas representam um grande potencial de lucratividade, pois o Mercado tem grande crescimento. Quadrante vaca leiteira: localizam-se produtos ou negócios que apresentam alta participação do Mercado, mas com Mercado com baixo crescimento. Eles não precisam de investimento, mas geram caixa positivo e lucro para a Empresa; Quadrante abacaxis ou animais de estimação: localizam-se produtos ou negócios que apresentam baixa participação de Mercado, com um Mercado com baixas taxas de crescimento. os produtos ou negócios nessa posição somente dão prejuízo e só não são descontinuados por motivos individuais, na maioria das vezes, por um apego similar ao que se tem por um animal de estimação. Esses produtos têm uma opção: a de voltarem a fazer parte do portifólio, sendo reinventados, ou sofrerem fortes atualizações tecnológicas. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Administração de Marketing COBRA, M. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1992. Marketing ETZEL, M. J. Marketing. São Paulo: Makron Books, 2001. Marketing Essencial: uma Abordagem Gerencial e Global McCARTHY, E. J.; PERREAULT Jr., W. D. Marketing essencial: uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. Marketing KERIN, R. A.; HARTLEY, S. W.; BERKOWITZ, E. N.; RUDELIUS, W. Marketing. Porto Alegre: Bookman, 2007. 2 / 3 ˨ Material Complementar KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1998. LAS CASAS, A. L. Marketing. São Paulo, Atlas,2001. LOVELOCK, C. Marketing de Serviços. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. SANDHUSEN, R. L. Marketing básico. São Paulo: Atlas, 2003. WESTWOOD, J. O Plano de Marketing. 3. ed. São Paulo: M. Books, 2008. BERKOWITZ, W. R. Marketing. 8. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007. 3 / 3 ˨ Referências