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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Bens Públicos
Livro Eletrônico
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Gustavo Scatolino
Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Apresentação .................................................................................................................4
Bens Públicos .................................................................................................................5
1. Conceito ......................................................................................................................5
2. Classificação ..............................................................................................................6
3. Características ......................................................................................................... 16
3.1. Inalienabilidade ...................................................................................................... 16
3.2. Impenhorabilidade ................................................................................................. 16
3.3. Imprescritibilidade .................................................................................................17
3.4. Impossibilidade de Oneração ................................................................................. 18
4. Uso de Bens Públicos por Particular ....................................................................... 20
4.1. Normal e Anormal ................................................................................................ 20
4.2. Comum e Privativo ............................................................................................... 20
5. Intervenção do Estado na Propriedade .....................................................................23
5.1. Competência ..........................................................................................................23
5.2. Modalidades ..........................................................................................................23
5.3. Intervenção Restritiva ...........................................................................................24
5.4. Intervenção Supressiva: Desapropriação...............................................................25
5.5. Desapropriação por Sanção ou Confiscatória ....................................................... 28
5.6. Competência .........................................................................................................29
5.7. Sujeitos Ativos da Desapropriação ........................................................................29
5.8. Sujeitos Passivos da Desapropriação ................................................................... 30
5.9. Bens Desapropriáveis ........................................................................................... 30
5.10. Procedimento de Desapropriação ........................................................................ 31
5.11. Indenização ...........................................................................................................33
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
5.12. Espécies de Desapropriação ................................................................................35
5.13. Direito de Extensão ..............................................................................................39
5.14. Tredestinação ......................................................................................................39
5.15. Retrocessão .........................................................................................................39
Mapa Mental ................................................................................................................. 41
Questões de Concurso ..................................................................................................42
Gabarito .......................................................................................................................73
Gabarito Comentado .....................................................................................................74
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
ApresentAção
Olá, amigo(a)!
Hoje vamos ver um dos temas mais fáceis do Direito Administrativo.
É um tema que gosto bastante. Não é uma aula maçante!
Não temos muitos artigos de lei para analisar, nem tanta jurisprudência, igual a outros te-
mas.
Vamos ver alguns conceitos doutrinários. Isso é o mais importante.
É importante saber também o conceito de bens públicos e seu regime jurídico, bem como 
quais são os bens que pertencem à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios.
Vamos juntos!
“ACREDITAR é essencial
Mas ter ATITUDE
é o que faz a DIFERENÇA.”
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
BENS PÚBLICOS
1. ConCeito
O que é um bem público? E qual a importância de saber a quem pertence o bem? É consi-
derado bem público ou de particular?
A importância está no regime jurídico a que o bem estará sujeito, pois se for considerado 
bem público terá um regime especial.
Se você, por exemplo, bate seu carro em outro e não quer pagar o prejuízo, o dono do outro 
carro poderá entrar com uma ação judicial. Uma vez que ganhe o processo, o juiz iniciará a 
fase de cumprimento da sentença (“execução”); se não houver pagamento espontâneo, poderá 
haver determinação de penhora de um bem que é seu para pagar o valor da condenação. Essa 
penhora é uma espécie de “venda forçada” de um bem seu por ordem judicial. Já que há recusa 
em cumprir a sentença, pode-se chegar a esse ponto.
De outro modo, se você tem um terreno e permite que alguém o ocupe durante um prazo, esse 
terceiro poderá adquirir o bem pela usucapião, passando a ser o dono do terreno que era seu.
Se você quiser pegar um bem seu (casa ou carro) e dar como garantia de dívida junto ao 
banco, poderá também.
No entanto, nada disso poderá acontecer com os bens públicos. Não há penhora, não há 
usucapião e não podem ser dados em garantia de dívida.
Viu a importância de saber se o bem é público ou não? Mas, então, o que vem a ser bem 
público?
Temos dois conceitos: da lei e da doutrina.
O Código Civil de 2002 apresenta o seguinte conceito:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito pú-
blico interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Para a doutrina, bem público são todos os bens vinculados à prestação de um serviço pú-
blico, seja o bem pertencente à pessoa de direito público ou privado.
Dessa forma, devemos fazer a observação de que o ordenamento jurídico brasileiro fixou 
um conceito mais restrito, considerando bens públicos somente aqueles pertencentes às pessoas 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lucas Vinicius Santos Alves - 05885123543, vedada, por quaisquerA indenização será paga mediante títulos da dívida pública de 
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei n. 10.257/1991 regulamenta os arts. 182 e 183 da CF.
Para essa modalidade de desapropriação exige-se que o Município tenha editado plano 
diretor, destacando-se que ele é obrigatório para Municípios com mais de 20.000 habitantes 
(§ 1º, art. 182, CF).
Nessa espécie de desapropriação, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a 
propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da 
alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos (art. 7º, Lei n. 10.257/1991).
Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha 
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proce-
der à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública (art. 8º, Lei n. 
10.257/1991).
5.12.3. Desapropriação por Sanção ou Confiscatória
O art. 243 da CF assim dispõe:
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas cul-
turas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão 
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer 
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que 
couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e re-
verterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 81, de 2014)
Trata-se de modalidade de desapropriação com caráter punitivo ao proprietário que explo-
ra o cultivo de plantas psicotrópicas, desse modo, não se adequando o uso de sua propriedade 
à função social.
O STF entende que a desapropriação deve ser estendida a toda a propriedade, mesmo que 
o cultivo seja em apenas parte dela.6
6 O entendimento sufragado no acórdão recorrido não pode ser acolhido, conduzindo ao absurdo de expropriar-se 150 m2 de terra 
rural para nesses mesmos 150 m2 assentar-se colonos, tendo em vista o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos. 6. 
Não violação do preceito veiculado pelo art. 5º, LIV, da Constituição do Brasil e do chamado princípio da proporcionalidade.” (RE 
n. 543.974, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, julg. 26/3/2009, DJe-99, divulg. 28/5/2009, publ. 29/5/2009, Ement. Vol. 2.362-
08, p. 1.477 RTJ, Vol. 209-01, p. 395)
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Essa forma de desapropriação é regida pela Lei n. 8.257/2001, sendo de competência da 
União.
5.12.4. Desapropriação Indireta
Ocorre quando o patrimônio particular passa para o domínio estatal sem a observância 
dos procedimentos legais. O fundamento legal para a desapropriação indireta está previsto no 
art. 35 do Decreto-Lei n. 3.365/1941:
Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de 
reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, 
julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
Desse modo, se o Poder Público veio a incorporar determinado patrimônio privado, confe-
rindo-lhe destinação pública, restará apenas a propositura de ação judicial para a fixação da 
indenização.
O STJ decidiu que, após a entrada em vigor do Código Civil de 2002, é de dez anos o prazo 
de prescrição aplicável nas ações de desapropriação indireta. O Tribunal entendeu que incide 
nessas hipóteses o mesmo prazo previsto para o usucapião extraordinário por posse-trabalho, 
previsto no parágrafo único do art. 1.238 do Código, observadas as regras de transição previs-
tas no art. 2.028 da Lei.
5.12.5. Desapropriação por Zona
Consiste na ampliação da expropriação às áreas que se valorizem extraordinariamente em 
consequência da obra ou do serviço público. O Decreto-Lei n. 3.365/1941, no art. 4º, especifi-
ca que a desapropriação poderá abranger a área contínua necessária ao desenvolvimento da 
obra a que se destina, e as zonas que se valorizam extraordinariamente, em consequência da 
realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreen-
dê-las, mencionando-se quais as indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam 
à revenda.
A presente forma de desapropriação visa auferir aproveitamento econômico decorrente de 
obra pública anteriormente realizada. Trata-se de desapropriação que tem por fundamento a 
utilidade pública.
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5.13. direito de extensão
O direito de extensão consiste no direito do expropriado de exigir que a desapropriação e a 
respectiva indenização se estendam à totalidade do bem, quando o remanescente permanecer 
sem aproveitamento econômico.
Tal direito deve ser manifestado pelo expropriado durante as fases administrativa ou judi-
cial do procedimento de desapropriação. Não se admite o pedido após o término da desapro-
priação.
5.14. tredestinAção
A tredestinação ocorre quando o Poder Público confere destinação diversa da prevista ini-
cialmente ao bem desapropriado.
A tredestinação pode ser:
• Lícita: a tredestinação continua sendo uma destinação pública;
• Ilícita: a destinação é diversa e não visa o interesse público, cabendo retrocessão (direi-
to de preferência do ex-proprietário de reaver o bem objeto de tredestinação ilícita).
5.15. retroCessão
Trata-se do direito conferido ao expropriado de reivindicar que o bem retorne ao seu patri-
mônio, caso a Administração não dê destinação pública ao bem desapropriado.
A retrocessão surge quando há desinteresse superveniente do Poder Público pelo bem que 
desapropriou.
Muitos autores veem na retrocessão direito de natureza pessoal, na medida em que o caso 
será resolvido em perdas e danos. Há profunda divergência doutrinária e jurisprudencial acerca 
da natureza da retrocessão, se seria de direito real ou pessoal. Nessa corrente (direito pessoal) 
está José dos Santos Carvalho Filho (2009).
Para Celso Antônio Bandeira de Mello (2007), trata-se de instituto de natureza de direito 
real, não se podendo negar ao ex-proprietário o direito de reaver o bem. Destaca o autor que 
esse é o entendimento majoritário da jurisprudência pátria.
Uma terceira corrente também ecoa em nossa doutrina. Para os que perfilham essa dire-
ção, a retrocessão teria natureza mista (pessoa e real), pois caberia ao expropriado a ação de 
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preempção ou preferência (de natureza real) ou, se preferir, perdas e danos. Maria Sylvia (2010) 
é adepta dessa teoria, porém, afirma que, com o novo Código Civil e a redação de seu art. 519, 
é provável que volte a prevalecer a tese da retrocessão como direito real.
Obs.: � só haverá direito à retrocessão no caso de tredestinação ilícita.
Jurisprudência
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ENTE PÚBLICO. 
RODOVIA. FAIXA DE DOMÍNIO. TENDA. USO POR PARTICULAR. SÚMULAS 5 E 83/STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Reintegração de Posse proposta pelo DAER/RS, autar-
quia estadual, contra possuidor de tenda às margens da rodovia RS-040, Km 76-860, situ-
ada na faixa de domínio.
(...)
5. É inquestionável que, mesmo existindo concessão do serviço público a terceiros, tal 
fato não retira a legitimidade do poder público concedente relativamente à utilização dos 
instrumentos processuais para a retomada da posse do bem público, pois conserva os 
direitos inerentes à propriedade.
6. Ademais, a jurisprudência do STJ afirma que, nos casos em que o imóvel objeto do 
litígio é público, a discussão da posse em ação possessória decorre do próprio direito de 
propriedade, razão pela qual deve-se permitir o manejo de institutos processuais de natu-
reza possessória pelos entes públicos.
(...)
7. Em casos como o apreciado nestes autos, é legítimo ao ente estatal propor demanda 
para discutir a reintegração de posse de bem público ocupado por particulares, conside-
rando que o direito de posse do recorrido decorre do direito de propriedade do Estado 
sobre a rodovia.
8. Exigir do poder público o exercício de poder de fato sobre a coisa para legitimar o 
manejo de Ações Possessórias, especialmente nos casos da utilização das margens 
de rodovias pelos particulares para fins privados, inviabilizaria a realização de política 
pública relacionada à segurança e conservação das vias públicas.
(REsp 1766791/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
06/11/2018, DJe 19/11/2018)
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MAPA MENTAL
Federais
Uso comum
Art. 20, CF
Art. 26, CF
Todos podem usar
Estaduais
Uso especial Vinculação a serviço adm.
Quanto à titularidade
Quanto à natureza
Municipais
Dominicais Não tem destinação especial
CLASSIFICAÇÃO
Somente legitimado usa
Conforme destinação principal
Normal e anormal
Comum e privativo
Qualquer pessoa pode usar
Desacordo com destinação principal
USO PELO PARTICULAR
CARACTERÍSTICAS
Inalienáveis Não é absoluto Não “vender”
Não usocapião
Não pode ser dado em garantia
Não penhorar
Imprescritíveis
Impenhoráveis
Não oneráveis
BENS PÚBLICOS
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR MUNICIPAL) 
A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o próximo item.
Situação hipotética: a associação de moradores de determinado bairro de uma capital brasi-
leira decidiu realizar os bailes de carnaval em uma praça pública da cidade. Nessa situação, 
a referida associação poderá fazer uso da praça pública, independentemente de autorização, 
mediante prévio aviso à autoridade competente.
Questão 2 (CESPE/2017/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO) Em relação aos bens públicos, assinale 
a opção correta.
a) O ordenamento jurídico brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas 
ilhas oceânicas e costeiras.
b) Por serem abertos a uma utilização universal, o mercado municipal e o cemitério público 
são considerados bens de uso comum do povo.
c) Em face do atributo da inalienabilidade, os bens públicos dominicais não podem ser aliena-
dos.
d) Quando o tribunal de justiça consente o uso gratuito de determinada sala do prédio do foro 
para uso institucional da defensoria pública local, efetiva-se o instituto da permissão de uso de 
bem público.
Questão 3 (CESPE/2017/SE-DF/APOIO ADMINISTRATIVO) A respeito da gestão patrimo-
nial, julgue o item subsequente.
A alienação de um bem móvel pode ocorrer mediante permuta entre entidades da administra-
ção pública.
Questão 4 (CESPE/2016/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE) Determinado órgão da ad-
ministração pública pretende disponibilizar, mediante contrato por prazo determinado, uma 
área do prédio de sua sede — um bem público — para um particular instalar refeitório destinado 
aos servidores desse órgão.
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Nessa situação, de acordo com a doutrina pertinente, o instituto legalmente adequado para se 
disponibilizar o uso privativo do bem público por particular é a
a) concessão de uso.
b) cessão de uso.
c) autorização de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) permissão de uso.
Questão 5 (CESPE/2016/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE) Acerca da alienação de bens 
pela administração pública, assinale a alternativa correta.
a) A alienação de bens imóveis desafetados da administração pública direta para outro órgão 
da administração pública far-se-á por contratação direta, uma vez que a licitação é inexigível.
b) Não é possível a alienação de bens da administração pública direta.
c) Não é possível a alienação de bens imóveis da administração pública direta, mesmo que 
desafetados.
d) É possível a alienação de bens móveis e imóveis da administração pública direta, desde que 
haja autorização legislativa.
e) É possível a alienação de bens móveis desafetados da administração pública direta se hou-
ver demonstração de interesse público, avaliação prévia do bem e prévia licitação.
Questão 6 (CESPE/2012/PC-AL/DELEGADO DE POLÍCIA) Os terrenos de marinha são 
exemplos de bens dominicais.
Questão 7 (CESPE/2016/TJ-DFT/JUIZ DE DIREITO) Bens dominicais são aqueles que po-
dem ser utilizados por todos os indivíduos nas mesmas condições, por determinação de lei ou 
pela própria natureza do bem.
Questão 8 (CESPE/2015/TCE-RN/ADMINISTRADOR) O ato mediante o qual a administra-
ção pública consente a utilização privativa de uso de bem público por um particular é ato 
unilateral e, como regra, discricionário e precário.
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Questão 9 (CESPE/2013/TC-DF/PROCURADOR) Julgue o item que se segue acerca de di-
reitos dos servidores públicos civis, aposentadorias e pensões, bens públicos e responsabili-
dade por atos legislativos.
É possível usucapir imóvel rural administrado pela Companhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP).
Questão 10 O uso privativo, ou uso especial privado, consiste no direito de utilização de bens 
públicos outorgado pela administração tão somente para determinadas pessoas jurídicas, me-
diante instrumento jurídico próprio para tal finalidade.
Questão 11 (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) De acordo com a doutrina domi-
nante, caso uma universidade tenha sido construída sobre parte de uma propriedade particu-
lar, a União, assim como ocorre com os particulares, poderá adquirir o referido bem imóvel por 
meio da usucapião, desde que sejam obedecidos os requisitos legais.
Questão 12 (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Situação hipotética: a União decidiu 
construir um novo prédio para a Procuradoria Regional da União da 2ª Região para receber os 
novos advogados da União. No entanto, foi constatado que a única área disponível, no centro do 
Rio de Janeiro, para a realização da referida obra estava ocupada por uma praça pública. Nessa 
situação, não há possibilidade de desafetação da área disponível por se tratar de um bem de 
uso comum do povo, razão por que a administração deverá procurar por um bem dominical.
Questão 13 (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Se os membros de uma comuni-
dade desejarem fechar uma rua para realizar uma festa comemorativa do aniversário de seu 
bairro, será necessário obter da administração pública uma permissão de uso.
Questão 14 (CESPE/2015/TCU/PROCURADOR) Caso a administração pública tenha cele-
brado contrato de permissão de uso de imóvel com entidade sem fins lucrativos pelo prazo de 
dez anos e promova a rescisão contratual antes do termo fixado, entende o STJ que a providên-
cia demanda prévio processo administrativo.
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Questão 15 (CESPE/2015/TJ-PB/JUIZ DE DIREITO) Segundo a jurisprudência do STJ, são 
impenhoráveis os bens pertencentes à sociedade de economia mista que presta serviço públi-
co, independentemente de sua finalidade e do fato de esses bens estarem ou não afetados à 
prestação de serviço público.
Questão 16 (CESPE/2015/TRF-5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL) Com relação aos bens públicos, 
assinale a opção correta.
a) A inalienabilidade é característica tanto dos bens de uso comum do povo como dos bens 
dominicais e dos de uso especial.
b) A CF admite que os estados, o DF e os municípios, bem como os órgãos da administração 
direta e indireta de todos os entes federativos, participem no resultado da exploração de recur-
sos minerais no âmbito de seu respectivo território.
c) As terras devolutas são bens públicos que não possuem afetação pública nem foram incor-
porados ao domínio privado.
d) Os terrenos de marinha são as áreas que, banhadas pelas águas de mar ou de rios navegá-
veis, integram o patrimônio dos diversos entes federativos e cuja utilização, por particulares, 
somente é admitida mediante permissão de uso.
e) Devido ao fato de os bens públicos de uso comum se destinarem à utilização geral pelos 
indivíduos, é vedada a cobrança de remuneração pela utilização desse tipo de bem.
Questão 17 (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO) São bens públicos de uso comum do 
povo aqueles especialmente afetados aos serviços públicos, como, por exemplo, aeroportos, 
escolas e hospitais públicos.
Questão 18 (CESPE/2015/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) É juridicamente impossível a 
prescrição aquisitiva de imóvel público rural por meio de usucapião constitucional pró-labore.
Questão 19 (2012/FCC/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) O bem públi-
co de uso especial
a) pode ser utilizado pelos indivíduos, mas essa utilização deverá observar as condições pre-
viamente estabelecidas pela pessoa jurídica interessada.
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b) é destinado a fins públicos, sendo essa destinação inerente à própria natureza desse bem, 
como ocorre, por exemplo, com as estradas e praças.
c) possui regime jurídico de direito público, aplicando-se, a essa modalidade de bem, institu-
tos regidos pelo direito privado.
d) possui regime jurídico de direito privado, portanto, passível de alienação.
e) está fora do comércio jurídico do direito privado, ainda que não mantenha essa afetação
Questão 20 (2016/FCC/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) Em janeiro de 1993, Maurí-
cio Quevedo passou a residir em terreno urbano que lhe fora vendido “de boca” por outro pos-
seiro antigo, ali construindo sua residência, um barraco de aproximadamente setenta metros 
quadrados, ocupando dois terços do terreno assim adquirido. Em janeiro deste ano, Maurício 
procurou aconselhar-se com advogado, que verificou a situação dominial do terreno, cons-
tatando tratar-se de propriedade registrada em nome do Instituto Nacional de Seguridade 
Social – INSS. Diante de tal situação, o referido posseiro
a) deve solicitar à Secretaria do Patrimônio da União – SPU a declaração de aforamento do 
imóvel, passando a recolher o foro anual.
b) faz jus à usucapião do terreno, visto que se trata de imóvel particular da entidade autárqui-
ca.
c) não possui direito subjetivo de permanecer no imóvel, pois o princípio da boa-fé não é opo-
nível ao interesse público.
d) tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto 
da posse, desde que comprove não ser proprietário ou concessionário, a qualquer título, de 
outro imóvel urbano ou rural.
e) deve requerer ao INCRA a abertura de processo de legitimação de posse, visto tratar-se de 
ocupante de terra devoluta.
Questão 21 (2016/FCC/PGE-MT/PROCURADOR) Acerca do regime jurídico dos bens públi-
cos, é correto afirmar: 
a) Os bens de uso especial, dada a sua condição de inalienabilidade, não podem ser objeto de 
concessão de uso. 
b) Chama-se desafetação o processo pelo qual um bem de uso comum do povo é convertido 
em bem de uso especial. 
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c) A investidura é hipótese legal de alienação de bens imóveis em que é dispensada a realiza-
ção do procedimento licitatório. 
d) Os bens pertencentes ao Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (Lei Federal n. 
11.079/2004), embora possam ser oferecidos em garantia dos créditos do parceiro privado, 
mantém a qualidade de bens públicos. 
e) Os bens pertencentes às empresas públicas são públicos, diferentemente dos bens perten-
centes às sociedades de economia mista.
Questão 22 (2016/FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR) Caio estabele-
ceu-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais 
de 20 anos, semoposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada 
usucapida a área. Tal praça constitui bem 
a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público. 
b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os 
dominicais. 
c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação. 
d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso espe-
cial e dos dominicais. 
e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os 
dominicais. 
Questão 23 (2016/FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/PROCURADOR MUNICIPAL) Uma or-
ganização social firmou contrato de gestão para prestação de serviços de saúde em uma de-
terminada unidade hospitalar. Não obstante a gestão das atividades, é necessário trespassar 
à organização social o imóvel onde funciona o hospital, o que pode se dar mediante outorga 
de 
a) permissão de uso, ato que poderá viger por prazo indeterminado, mas que cessará conco-
mitantemente com a extinção do contrato de gestão, caso não tenha sido extinto antes. 
b) concessão de direito real de uso, ato unilateral para o qual é inexigível a licitação, já 
que inviável a competição, diante da prévia existência do contrato de gestão. 
c) concessão de uso, ato que transmite a posse das dependências hospitalares por prazo 
indeterminado, enquanto perdurar o contrato de gestão. 
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d) permissão de uso, contrato que transfere posse à organização social, dispensando-se 
autorização legislativa em razão da vigência do contrato de gestão. 
e) concessão de uso com dispensa de licitação, tendo em vista que os atos e contratos que 
autorizam o uso privativo de bens públicos prescindem de licitação. 
Questão 24 (2012/FCC/TRT-20ª REGIÃO/SE/JUIZ DO TRABALHO) Os bens públicos são 
classificados em 
a) de uso especial e de uso comum do povo, considerados de domínio privado do Estado, e os 
de domínio público, também denominados bens dominicais.
b) de uso comum do povo, de uso especial e dominicais, todos inalienáveis, imprescritíveis e 
impenhoráveis, salvo as terras devolutas. 
c) de uso comum do povo ou privativos do Estado, conforme a forma de aquisição da proprie-
dade pelo Poder Público. 
d) de uso especial, de uso comum do povo e dominicais, estes últimos alienáveis observadas 
as exigências da lei. 
e) de uso especial e de uso comum do povo, sendo apenas os de uso especial passíveis de 
utilização pelo particular sob a forma de concessão ou permissão de uso. 
Questão 25 (2011/FCC/TCM-BA/PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS) Os denominados 
terrenos de marinha são bens de 
a) titularidade da União, de natureza dominial, passíveis de utilização pelo particular sob regi-
me de enfiteuse ou aforamento.
b) titularidade dos Estados-membros, insuscetíveis de utilização pelo particular.
c) titularidade da União, de uso especial, destinados à segurança de fronteiras.
d) propriedade particular, reservados, e objeto de servidão compulsória à União.
e) domínio dos Estados-membros, passíveis de utilização pelo particular mediante regime de 
pagamento de foro ou laudêmio.
Questão 26 (2015/FCC/TRT-15ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO) O regime jurídico de direito 
público que protege os bens públicos imóveis identifica-se, dentre outras características, pela 
imprescritibilidade, que 
a) guarnece os bens de uso comum e os bens de uso especial, mas é excepcionado dos bens 
dominicais, pois estes são considerados os bens privados da Administração pública e, portanto, 
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não podem se eximir de se submeter ao regime jurídico comum, como expressão do princípio 
da isonomia. 
b) impede que os particulares adquiram a propriedade dos bens públicos por usucapião, in-
dependentemente do tempo de permanência no imóvel e da boa-fé da ocupação, mas não se 
aplica a eventuais ocupantes que possuam natureza jurídica de direito público, pelo princípio 
da reciprocidade. 
c) impede a aquisição de bens públicos, independentemente de sua classificação, por usuca-
pião, o que se aplica a particulares e pessoas jurídicas de direito público e privado, mas tam-
bém se presta à proteção do patrimônio em face de qualquer instituto que venha a representar 
a subtração dos poderes inerentes à propriedade pública. 
d) determina que o poder público pode promover ações para ressarcimento de danos e res-
ponsabilização dos envolvidos indefinidamente, com base no ordenamento jurídico vigente, no 
caso de ocupações multifamiliares irregulares, que gerem ou tenham gerado efeito favelizador 
da área. 
e) aplica-se reciprocamente à Administração pública e aos administrados, na medida em que 
aquela também não pode regularizar suas ocupações por meio de usucapião de bens imóveis 
pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. 
Questão 27 (2011/FCC/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Os bens imóveis pertencentes 
à Administração Pública 
a) são inalienáveis, quando de uso comum do povo e de uso especial, enquanto mantida a 
afetação ao serviço público.
b) podem ser alienados mediante autorização legal prévia, exceto os bens dominicais.
c) são impenhoráveis, exceto os de titularidade de autarquias e fundações.
d) não podem ser objeto de subsequente afetação a serviço público, quando anteriormente de 
uso privativo da Administração.
e) podem ser objeto de utilização por particular, total ou parcial, desde que em caráter precá-
rio e a título oneroso.
Questão 28 (2015/FCC/TJ-AL/JUIZ DE DIREITO) No ano de 1963, o Supremo Tribunal Fede-
ral adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado, sob o n. 340: Desde a vigência do Código 
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Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usu-
capião.
Independentemente de eventual opinião doutrinária minoritária em sentido contrário, tal con-
clusão, atualmente, 
a) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição à usucapião dos 
bens públicos imóveis, mas o Código Civil admite tal sujeição em relação aos bens públicos 
dominicais móveis ou semoventes. 
b) mostra-se superada, eis que vigora novo Código Civil. 
c) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição 
à usucapião dos bens públicos imóveis, e o Código Civil prevê a mesma não sujeição quanto 
aos bens públicos em geral, sem excepcionar os dominicais. 
d) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal excepciona os bens dominicais da não 
sujeição à usucapião. 
e) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição 
à usucapião dos bens públicos em geral, superando, nesse ponto, disposição do Código Civil 
em sentido contrário.Questão 29 (2015/FCC/TCE-AM/AUDITOR) O Estado é proprietário de quase duas dezenas 
de terrenos localizados em determinado bairro onde a empresa pública responsável pelo sa-
neamento está promovendo inúmeras obras. Em razão disso, seu representante entrou em 
contato com o Estado para solicitar a utilização de um dos imóveis, que é dos poucos de 
grandes dimensões, como canteiro de obras. Considerando que não se trata de um bairro 
muito valorizado, a avaliação do uso do referido imóvel não resultou significativa. Como alter-
nativa de otimização de gestão imobiliária,
a) o Estado pode locar o terreno pelo valor que entender pertinente, independentemente do 
valor de mercado, tendo em vista que a empresa pública tem necessidade e urgência no uso 
e, em razão de sua natureza jurídica de direito privado, não se submete ao regime da Lei n. 
8.666/1993.
b) o Estado pode outorgar permissão de uso onerosa em favor da empresa pública e, como 
contrapartida, estabelecer obrigação de fazer de modo que, ao invés de remuneração em espécie, a 
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permissionária fique responsável pela guarda e vigilância dos demais terrenos de titularidade 
do Estado, o que representaria melhor custo-benefício do que a mera precificação do uso.
c) a empresa pública pode ocupar temporariamente o terreno, tendo em vista que é concessio-
nária de serviço público e, como tal, lhe foram delegados poderes inclusive para desapropria-
ção, por meio da lei que rege as concessões públicas e do respectivo contrato firmado com o 
titular do serviço.
d) a empresa pública deve desapropriar o imóvel, tendo em vista que é concessionária de 
serviço público e, como tal, lhe foram delegados os poderes para tanto.
e) o Estado pode alienar onerosamente o imóvel para a empresa pública, independentemente 
de autorização legal e dispensada a licitação, tendo em vista que se trata de negócio jurídico 
firmado entre entes integrantes da Administração pública de qualquer esfera da Federação.
Questão 30 (2015/FCC/TCE-AM/AUDITOR) Maria Sylvia Zanella di Pietro, na obra Uso Pri-
vativo de Bem Público por Particular, assevera que “os bens públicos devem ser disponibiliza-
dos de tal forma que permitam proporcionar o máximo de benefícios à coletividade, podendo 
desdobrar-se em tantas modalidades de uso quantas foram compatíveis com a destinação e 
conservação do bem”. 
Esse entendimento dirige-se 
a) aos bens públicos da categoria de uso especial e aos dominicais, posto que os bens de uso 
comum do povo já tem destinação intrínseca à sua natureza, não admitindo diversificações, 
sob pena de ilegalidade.
b) a todos os bens públicos, importando a compatibilidade dos usos possíveis com a vocação 
e utilização precípua de cada um dos bens, admitindo-se diversas modalidades de instrumen-
tos jurídicos relacionados ao mesmo substrato material.
c) aos bens de uso especial, posto que é essa categoria de bens que serve à coletivida-
de, abrigando serviços ou utilidades públicas, diversamente dos bens dominicais, que se 
prestam ao atendimento de finalidades de interesses privados e dos bens de uso comum 
do povo, que são de uso difuso e irrestrito a todos.
d) aos bens dominicais, que são os bens públicos sem destinação e, portanto, sujeitos ao re-
gime jurídico de direito privado, admitindo usos distintos daqueles precipuamente destinados 
ao atendimento do interesse público.
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e) aos bens públicos afetados formal ou informalmente a uma atividade de interesse público, 
não se admitindo a compatibilização com usos voltados a interesses de natureza privada, em 
razão da diversidade de regimes jurídicos.
Questão 31 (2010/FCC/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Quando a Administração 
Pública adquire um imóvel para ali ser instalado determinado órgão público, ele é classificado 
como bem
a) de uso particular da Administração.
b) de uso especial.
c) de uso comum do povo.
d) dominical, ou dominial.
e) privado, da Administração.
Questão 32 (2015/FCC/MPE-PB/AUDITOR) O Ministério Público do Estado da Paraíba ajui-
zou ação civil pública contra a Prefeitura de Campina Grande, haja vista a desafetação irregular 
de bem público. A propósito do tema, considere as seguintes assertivas:
I – Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao 
domínio privado, do Estado ou do administrado.
II – Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta, já que podem 
perdê-la pelo instituto da afetação.
III – Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por sua própria 
natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
Questão 33 (2015/FCC/TJ-SC/JUIZ DE DIREITO) Pela perspectiva tão somente das de-
finições constantes do direito positivo brasileiro, consideram-se “bens públicos” os per-
tencentes a 
a) um estado, mas não os pertencentes a um território. 
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b) um município, mas não os pertencentes a uma autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os pertencentes ao distrito federal. 
d) uma fundação pública, mas não os pertencentes a uma autarquia. 
e) uma associação pública, mas não os pertencentes a uma empresa pública. 
Questão 34 (2015/FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Asdrúbal havia re-
cebido permissão de uso de bem público para a instalação de banca de jornal em praça apra-
zível do Bairro das Flores. Após 20 anos no mesmo local, o Município entendeu que a banca 
de Asdrúbal atrapalhava o trânsito, tendo em vista o crescimento do comércio no bairro. Para 
retirar a banca de Asdrúbal, o Município deve
a) revogar a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
b) anular a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
c) revogar a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
d) anular a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
e) proceder à cassação da permissão de uso de bem público, realizando uma apuração de ha-
veres para certificar-se de que Asdrúbal terá direito à indenização. 
Questão 35 (2015/FCC/TCE-CE/AUDITOR) De acordo com a Constituição Federal e a Lei n. 
8.666/1993, os bens públicos 
I – dependem, em regra, de prévia autorização legislativa para alienação. 
II – são imprescritíveis, o que significa que não são alcançados em execuções por dívidas.
III – caracterizam-se como dominicais, quando afetados a finalidade pública.
IV – os de uso especial não estão protegidos pela impenhorabilidade.
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) III e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I.
Questão36 (2015/FCC/TCE-CE/PROCURADOR) O Município de Fortaleza decidiu instituir 
uma feira de produtos orgânicos e sustentáveis em um parque urbano de lazer localizado em 
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região com grande fluxo de pessoas e de fácil acesso. Pretende, dessa forma, incentivar a 
prática da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente. Idealizou, assim, no espaço 
destinado a atividades culturais do parque, a instalação de boxes de mesma dimensão. O Mi-
nistério Público instaurou inquérito civil para apurar o fato de o projeto ter sido idealizado em 
um bem de uso comum do povo. Correta orientação jurídica é aquela que
a) opina pela ilegalidade do projeto municipal, tendo em vista que o uso privativo de bens pú-
blicos está restrito às categorias de bens dominicais e bens de uso especial, sendo inviável, 
ainda que por meio de licitação, restringir o uso de um bem de uso comum do povo. 
b) se manifesta pela viabilidade do projeto, desde que o espaço destinado a essa finalidade 
seja compatível com a finalidade principal do bem de uso comum do povo, podendo a outorga 
de uso se dar por meio de permissão de uso precedida de licitação, diante da possibilidade de 
competição entre diversos interessados.
c) opina pelo uso pretendido, desde que por meio de concessão de uso, em razão da finalidade 
da outorga, qual seja, preservação do meio ambiente, ser preponderante em relação ao bem 
de uso comum do povo. 
d) recomenda o prosseguimento do projeto, com a outorga, mediante dispensa de licitação, de 
contrato de permissão de uso com prazo indeterminado, que pode ser revogado a qualquer mo-
mento, garantido o livre acesso ao bem de uso comum do povo. 
e) veda o projeto apenas e tão somente em razão da finalidade do uso privativo permitir re-
torno financeiro aos utentes, característica que somente pode estar presente quando não se 
tratar de bem de uso comum do povo, pois é premissa legal a gratuidade da frequência a bens 
públicos dessa natureza. 
Questão 37 (2010/FCC/TCE-AP/PROCURADOR) A imprescritibilidade dos bens públicos
a) é aplicável aos bens das empresas públicas, em razão de sua natureza jurídica de direito 
público.
b) não é aplicável aos bens de titularidade das fundações, independentemente do regime jurí-
dico das mesmas.
c) é aplicável aos bens das sociedades de economia mista, independentemente de sua afeta-
ção ao serviço público.
d) é aplicável aos bens das autarquias, porque sujeitos ao regime jurídico de direito público.
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e) não é aplicável aos bens de titularidade das pessoas políticas, quando se tratar de usuca-
pião.
Questão 38 (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL-SC/FISCAL DE POS-
TURAS/2019) Os bens públicos são tema de análise pelo direito administrativo brasileiro. 
A respeito deles, assinale a alternativa correta.
a) Os bens afetados à prestação de serviços públicos, mesmo que não pertencentes a pessoas 
jurídicas de direito público, podem ser penhorados.
b) Bens dominicais podem ser exemplificados, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
c) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
d) Os bens públicos dominicais não podem ser alienados por iniciativa pública ou projeto de lei.
Questão 39 (INSTITUTO AOCP/IPM-SP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Referente aos 
bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os bens das empresas públicas prestadoras de serviços públicos se sujeitam à penhora, 
desde que eles não estejam diretamente ligados à prestação de serviços e desde que a penho-
ra não comprometa a execução dessa atividade.
b) No tocante aos bens das empresas estatais exploradoras de atividades econômicas, seus 
bens gozam de todas as garantias conferidas aos bens públicos.
c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião, contanto que sejam de uso especial.
d) São bens públicos os dominicais, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
e) Incluem-se entre os bens dos Estados membros, dentre outros, os potenciais de energia 
hidráulica.
Questão 40 (INSTITUTO AOCP/IPM-SP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Tendo em vista 
a legislação, a doutrina e a jurisprudência de Direito Administrativo, assinale a alternativa cor-
reta.
a) O poder de polícia do Estado, as cláusulas exorbitantes presentes nos contratos adminis-
trativos e a definição de privilégios tributários para as pessoas jurídicas de direito público são 
prerrogativas conferidas à Administração Pública em decorrência do princípio da indisponibi-
lidade do interesse público.
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b) Consoante a doutrina, são exceções constitucionais ao princípio da legalidade a edição de 
medidas provisórias e as situações de estado de defesa e estado de sítio.
c) Consubstanciam-se em bens de uso comum do povo os bens que a Administração Pública 
mantém para o uso normal da população, de uso livre ou gratuito, sendo vedada a cobrança de 
taxas pelo seu uso.
d) São características dos bens públicos a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a onera-
bilidade.
e) A conveniência e a oportunidade são consideradas elementos nucleares do poder vinculado.
Questão 41 (INSTITUTO AOCP/CÂMARA DE MARINGÁ-PR/ADVOGADO/2017) Referente 
aos bens públicos, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) INCORRE-
TA(S).
I – Os edifícios em que se encontram sediados o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 
na Praça da Sé, e o Fórum João Mendes Júnior, na Praça João Mendes, são bens de uso espe-
cial, pertencentes à Fazenda do Estado, afetados ao uso do Poder Judiciário.
II – Os bens de uso comum do povo não perdem essa característica se o Estado regulamentar 
sua utilização de maneira onerosa.
III – Os terrenos e edifícios usados pelo próprio Estado para execução de serviço público espe-
cial são considerados bens de uso geral ou uso comum do povo, na medida em que a acessi-
bilidade a eles se dá por meio da utilização universal, por toda a população, com livre trânsito 
em suas dependências.
a) I, II e III.
b) II e III.
c) I e III.
d) Apenas II.
e) Apenas III.
Questão 42 (AOCP/CODEM-PA/ADVOGADO/2017) A Administração, para poder exercer 
suas atividades, necessita ser detentora de bens que possam garantir a efetividade destas. 
Tais bens, por sua vez, formam o chamado “domínio público”. Assim, com base na ideia de 
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administração, utilização, alienação e características dos bens públicos, assinale a alternativa 
correta:
a) A inalienabilidade dos bens públicos tem caráter absoluto, uma vez que esta é a melhor for-
ma de se preservar o patrimônio nacional.
b) Para resguardar os interesses públicos, o legislador infraconstitucional vedou a utilização 
de bens públicos por particulares.
c) As terras devolutas, mesmo sendo consideradas bens públicos dominicais, estão sujeitas 
ao chamado processo discriminatório, o qual objetiva afastar a incerteza jurídica do domínio 
público ou particular dessas áreas.
d) Os bens públicos dominicais são destinados à utilização imediata do povo. Por esse motivo, 
só podem ser alienados se respeitarem as determinações legais.
e) As repartições públicas estão instaladas nos chamados bens de uso comum.
Questão 43 (AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2016) Sobre os bens públicos, assinale a alterna-
tiva correta.
a) São bens públicos os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a 
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusi-
ve os de suas autarquias; os de uso especial, que constituem o patrimônio das pessoas jurídi-
cas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades; 
os dominicais, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) Os bens de uso comum do povo podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
c) Bens públicos dominicais constituem-se no patrimônio das pessoas jurídicas de direito pú-
blico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades e podem ser alie-
nados, observadas as exigências da lei.
d) Os bens públicos dominicais são inalienáveis.
e) O uso comum dos bens públicos deve ser gratuito.
Questão 44 (AOCP/SERCOMTEL S.A TELECOMUNICAÇÕES/ANALISTA/2016) Quanto à 
destinação, os bens públicos se classificam como:
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a) bens gerais e bens particulares.
b) bens federais, bens estaduais, bens distritais e bens municipais.
c) bens inalienáveis e bens impenhoráveis.
d) bens de capital, bens de patrimônio e bens de uso.
e) bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais.
Questão 45 (AOCP/CASAN/ADVOGADO/2016) Sobre os bens públicos, assinale a alterna-
tiva correta.
a) É bem público de uso especial: o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
b) A administração pública adquire patrimônio somente pela desapropriação, requisição de 
coisas móveis consumíveis, aquisição por força de lei ou de processo judicial de execução, 
investidura.
c) São bens públicos de uso comum do povo: rios, mares, estradas, ruas e praças. São bens 
públicos dominicais: edifícios ou terrenos destinados ao serviço ou estabelecimento da admi-
nistração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
d) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
e) Os bens públicos são inalienáveis, sem qualquer exceção.
Questão 46 (AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2015) Assinale a alternativa correta.
a) Os rios, mares, estradas, ruas e praças não são bens públicos.
b) São bens públicos os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de 
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) Os bens públicos podem ser alienados, penhorados e onerados.
d) A continuidade do serviço público não é um princípio que rege o serviço público.
e) Não existem serviços públicos comerciais ou industriais, sendo estes próprios da iniciativa 
privada.
Questão 47 (2017/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-
TROS) Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que
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a) os bens dominicais, não estando afetados à finalidade pública específica, podem ser aliena-
dos por meio de institutos do direito privado (compra e venda, doação, permuta) ou do direito 
público (investidura, legitimação de posse e retrocessão).
b) a concessão de uso de bem público dispensa licitação.
c) compra, permuta ou doação com encargo de bens imóveis dependerá de interesse público 
devidamente justificado, prévia avaliação e de licitação na modalidade concorrência.
d) são classificados como bens de uso comum do povo aqueles de utilização pública a exem-
plo dos imóveis onde se encontram instaladas as repartições públicas da Administração mu-
nicipal, estadual ou federal e os museus.
Questão 48 (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-
TROS) Com relação aos bens públicos imóveis, é correto afirmar:
a) Os imóveis públicos rurais, com área maior do que o módulo rural, sujeitam-se à prescrição 
aquisitiva.
b) A alienação de bens imóveis da Administração deverá ser objeto de prévio certame licitató-
rio, por tomada de preços.
c) A afetação do bem público exige rigorismo formal e só poderá ser realizada de forma ex-
pressa, não se admitindo a tácita.
d) Os bens de uso comum do povo, enquanto afetados ao Poder Público, não poderão ser ob-
jetos de alienação.
Questão 49 (2014/CONSULPLAN/CBTU/ADVOGADO) Sobre bens públicos, assinale a al-
ternativa INCORRETA.
a) Entende-se por bens públicos, os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurí-
dicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem.
b) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Da mesma forma, os bens pú-
blicos não estão sujeitos a usucapião.
c) São bens públicos, os bens de uso comum do povo, além dos bens de uso especial, que são 
aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial 
ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
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d) O uso comum dos bens públicos é, obrigatoriamente, gratuito. A legislação vigente não pos-
sibilita qualquer tipo de retribuição (remuneração) para o uso comum de bens públicos. Dessa 
forma, bens (imóveis) públicos não podem ser alugados ou alienados a terceiros que não se-
jam de direito público.
Questão 50 (2013/CONSULPLAN/TRE-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRA-
TIVA) Determinada empresa pública estadual pretende alienar determinado imóvel de sua pro-
priedade, o qual não guarda mais vinculação com o exercício de suas atividades. Sobre o caso, 
assinale a alternativa correta.
a) Como bem de uso especial, o bem da empresa pública é gravado legalmente com cláusula 
de inalienabilidade.
b) Os bens das empresaspúblicas são bens públicos, de modo que não podem ser alienados 
por meio de contrato de compra e venda.
c) Apesar de ser bem privado, a alienação dos bens imóveis das empresas públicas depende 
de avaliação prévia e licitação na modalidade de concorrência.
d) As empresas públicas estaduais, como hierarquicamente subordinadas ao Estado, não pos-
suem autonomia financeira e patrimonial, não possuindo, portanto, patrimônio próprio.
e) Por ser bem pertencente à pessoa jurídica de direito privado, os bens imóveis das empresas 
públicas são privados, podendo ser alienados por meio de contrato de compra e venda.
Questão 51 (2012/CONSULPLAN/TSE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De 
acordo com a classificação dos bens públicos, é correto afirmar que o meio ambiente
a) é um bem de uso comum do povo por expressa disposição constitucional.
b) é um bem de uso especial por ter uma destinação específica.
c) é um bem dominical por não estar afetado a nenhuma finalidade específica.
d) não se enquadra em nenhuma classificação, uma vez que não é considerado um bem para 
o direito brasileiro.
Questão 52 (2011/CONSULPLAN/CREA-RJ/ENGENHEIRO CIVIL) Sobre bens públicos, 
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
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(  )	� São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertence-
rem.
(  )	� Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
(  )	� Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
(  )	� Os bens públicos dominicais são inalienáveis.
A sequência está correta em:
a) V, V, V, V
b) F, F, F, F
c) V, V, V, F
d) V, V, F, F
e) V, F, V, F
Questão 53 (2022/FGV/PC AM/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em matéria de classificação do 
bem público quanto à sua destinação, uma Delegacia de Polícia Civil situada no Centro da ci-
dade de Manaus é classificada como bem
a) de uso especial, que é utilizado para prestação de serviço público pelo Estado aos cidadãos.
b) de uso comum do povo, que é utilizado ou colocado à disposição de toda população.
c) dominical, que é utilizado no serviço de segurança pública oferecido pelo Estado aos cida-
dãos.
d) desafetado, que é usado com a finalidade específica de prestação de serviço público pelo 
Estado aos cidadãos.
e) de uso extraordinário, que é utilizado ou colocado à disposição de toda população.
Questão 54 (2022/FGV/SENADO FEDERAL/CONSULTOR LEGISLATIVO) A sociedade em-
presária Alfa, após processo licitatório, celebrou contrato administrativo com a União receben-
do consentimento estatal para utilização especial de bem público consistente em uma lancho-
nete no presídio federal Gama, por prazo determinado, realizando investimento financeiro para 
instalação da lanchonete.
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No caso em tela, de acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a modalidade de uso de 
bem público por particular adotada foi
a) concessão de uso.
b) autorização de uso.
c) permissão de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) cessão de uso.
Questão 55 (2022/FGV/TRT 13ª REGIÃO(PB)/TÉCNICO JUDICIÁRIO) De acordo com a 
doutrina de Direito Administrativo, o imóvel próprio onde está instalada a sede do Tribunal Re-
gional do Trabalho da Yª Região, por ser um bem público, goza de determinadas prerrogativas 
decorrentes do regime jurídico de direito público, como por exemplo
a) impenhorabilidade e imprescritibilidade.
b) alienabilidade incondicionada e impenhorabilidade.
c) penhorabilidade e não-onerabilidade.
d) inalienabilidade e penhorabilidade condicionada.
e) imprescritibilidade e alienabilidade incondicionada.
Questão 56 (2022/FGV/PGE SC/PROCURADOR DO ESTADO) João e sua companheira Ma-
ria ocupam, irregularmente, há vinte anos, terreno que, de acordo com a matrícula imobiliária, é 
de propriedade do Estado de Santa Catarina, no qual ergueram a casa em que residem e uma 
edícula, onde se dedicam à atividade de bar e restaurante.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
a) João e Maria adquiriram o terreno por usucapião;
b) João e Maria têm direito a justa e prévia indenização;
c) o terreno e suas acessões e construções compõem bem de família, de modo que João e 
Maria não podem ser dele desapossados;
d) João e Maria não têm direito à indenização pelas acessões e benfeitorias realizadas no ter-
reno, dada a natureza precária da ocupação;
e) João e Maria têm direito à indenização pela casa, que é bem de família, mas não da edícula, 
que se destina a uma atividade comercial.
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Questão 57 (2022/FGV/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR) A associação de moradores do Bairro Alfa obteve consentimento do Município 
Beta para utilização especial de bem público consistente no fechamento da Rua Gama, no 
primeiro sábado de junho, das 18h às 23h, para realização de um evento festivo. Sabe-se que 
o mencionado consentimento ocorreu de forma precária, sem prévia licitação, e atendendo ao 
interesse daquela coletividade, sem prejuízo ao interesse público.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o ato praticado pelo poder público munici-
pal consiste em
a) concessão de uso.
b) permissão de uso.
c) autorização de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) concessão de uso especial transitória.
Questão 58 (2022/FGV/CÂMARA DE TAUBATÉ -SP/CONSULTOR LEGISLATIVO) O Muni-
cípio Alfa pretende realizar a alienação de determinado bem imóvel, pois verificou, no bojo de 
processo administrativo, a existência de interesse público devidamente justificado, pois a pro-
priedade não é usada há muito tempo para qualquer finalidade pública.
No caso em tela, a venda do imóvel será precedida de
a) consulta pública, exigirá autorização legislativa e, em regra, dependerá de licitação na mo-
dalidade concorrência.
b) avaliação, exigirá autorização legislativa e, em regra, dependerá de licitação na modalidade 
leilão.
c) consulta pública, exigirá autorização do Tribunal de Contas e, em regra, não dependerá de 
licitação.
d) avaliação, exigirá autorização do Prefeito e, em regra, não dependerá de licitação.
e) consulta pública, exigirá autorização do Prefeito e, em regra, dependerá de licitação na mo-
dalidade concorrência.
Questão 59 (2022/FGV/PC AM/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) João, professor de direito 
constitucional, informou aos seus alunos que pertencem à União as terras públicas que, em 
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primeiro lugar, não tenham recebido destinação do Poder Público e que jamais integraram o 
patrimônio de um particular, ainda que este último se encontre irregularmente na sua posse. 
Para que sejam de propriedade da União, essas terras ainda devem ser indispensáveis à defesa 
das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental, definidas em lei.
À luz da sistemática constitucional, João referiu-se
a) às terras devolutas.
b) às terras dominicais.
c) aos terrenos de marinha.
d) à plataforma continental.
e) às terras de preservação, defesa e segurança.
Questão 60 (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA CIVIL MUNICIPAL). O Có-
digo Civil conceitua que são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem.
Neste sentido, o mesmo diploma legal estabelece que o uso comum dos bens públicos
a) deve ser necessariamente retribuído, por meio de tarifa por parte dos particulares usuários.
b) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a sociedade de forma 
genérica.
c) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente o Secretário Municipal de 
Governo.
e) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem.
Questão 61 (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Em 
relação aos bens públicos municipais do Município de Salvador, de acordo com o Código Civil 
e a doutrina de Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta exemplos de bens de 
uso especial.
a) Correios e garagem de veículos de transporte coletivo privado.
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b) Postos de saúde, creches e cemitérios municipais.
c) Estabelecimentos privados que prestam serviços de educação.
d) Praças, estradas e ruas municipais.
e) Lagoas, rios e mares que banham a cidade.
Questão 62 (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Quando 
um bem público é desativado, deixando de servir à finalidade pública anterior, trata do seguinte 
instituto de Direito Administrativo:
a) retrocessão.
b) cessão.
c) desafetação.
d) afetação.
e) reversão.
Questão 63 (VUNESP/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMO-
ÇÃO/2019) A respeito dos bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) As hipóteses de dispensa de licitação para a alienação de bens imóveis estão previstas na 
Lei n. 8.666/93, devendo o rol ser observado por Estados e Municípios.
b) São características da autorização para o uso privativo de bem público a precariedade, a dis-
cricionariedade e a prevalência do interesse do Estado em face do interesse do particular.
c) Os bens dominicais, em regra, podem ser concedidos em garantia pelo Estado, sendo dis-
pensada a autorização legal.
d) O domínio eminente refere-se ao direito de propriedade do Estado, compreendendo os bens 
das pessoas jurídicas de direito público, submetidos ao regime jurídico especial de Direito Ad-
ministrativo.
e) Os bens das concessionárias de serviços públicos, que estejam afetados à execução da 
atividade estatal, são impenhoráveis.
Questão 64 (VUNESP/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMO-
ÇÃO/2019) Suponha que determinado indivíduo, por onze anos, tenha ocupado um terreno de 
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propriedade do Município, construído nele a sua residência e um galpão, em que funciona uma 
oficina mecânica, local onde exerce a sua profissão de mecânico e retira os recursos necessá-
rios a sua subsistência. A Administração, após notar o uso do espaço pelo particular sem seu 
consentimento, notifica-o, solicitando a desocupação da área. Diante da situação hipotética, 
assinale a alternativa correta.
a) O particular tem o direito à propriedade do local, dado que o bem é dominical, não estando 
afetado a uma finalidade pública específica.
b) O particular deve desocupar o espaço, tendo o direito de ser indenizado pelas benfeitorias 
úteis, necessárias e fundo de comércio.
c) O particular tem o direito real de uso do imóvel, caso o terreno ocupado não seja superior a 
1.000 m2 (mil metros quadrados).
d) O particular tem o direito de permanecer na posse do local, por estar dando ao espaço uma 
finalidade socialmente útil.
e) O particular não tem o direito de permanecer no imóvel e não possui o direito de ser indeni-
zado pelas benfeitorias existentes no local.
Questão 65 (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Os bens públicos podem ter 
utilização especial ou privativa em algumas situações específicas. Suponha a situação em 
que uma empresa regularmente em operação deseja utilizar bem público, de forma privativa, 
onde realizará investimentos relevantes para a exploração da sua atividade, privada, mas de 
interesse público. Nessa situação, o instrumento administrativo mais adequado para preservar 
os interesses do particular investidor e da Administração é a:
a) autorização de uso de bem público, pois é instrumento bilateral, assinado por prazo deter-
minado, assegurando ao autorizado direito de indenização em caso de retomada do bem pela 
Administração.
b) concessão de uso especial para fins de moradia e investimentos, pois é esse o instrumento 
unilateral e precário adequado para a preservação dos interesses do particular na amortização 
dos investimentos realizados.
c) concessão de uso de bem público, a qual formaliza-se por contrato administrativo, portanto, 
instrumento bilateral, não sendo precário.
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d) licença de uso de bem público, instrumento unilateral, assinado por prazo determinado, não 
assegurando ao licenciado direito de indenização em caso de retomada do bem pela Adminis-
tração.
e) retrocessão, por ser esse o instrumento que permite, de forma gratuita, o uso de bem pú-
blico por empresas privadas, para a exploração de atividade econômica de interesse público.
Questão 66 (VUNESP/FAPESP/PROCURADOR/2018) A FAPESP deseja transferir alguns 
bens móveis para uma Faculdade de Medicina Federal, pois eles são necessários ao desen-
volvimento de projetos de pesquisa dessa instituição. A transferência desses bens é pura e 
simples, não estando sujeita a qualquer encargo. Sobre a transferência, é correto afirmar que:
a) por se tratar de alienação gratuita de bens móveis depende de autorização legislativa espe-
cífica.
b) serárealizada por doação e não depende da realização de licitação, porque inexiste compe-
tição sendo formalizada por contrato de doação, sem previsão de qualquer encargo.
c) deverá ser precedida de licitação na modalidade pregão e somente poderá ser formalizada 
por meio de termo de transferência.
d) está subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, podendo a ava-
liação do bem ser realizada após a efetivação da alienação.
e) não poderá ser realizada, pois a lei somente permite a transferência de bens entre órgãos ou 
entidades da Administração Pública da mesma esfera de governo.
Questão 67 (VUNESP/PAULIPREV-SP/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2018) No tocante a 
bem público, é correto afirmar que a:
a) alienação de bens imóveis, como regra, dependerá de autorização legislativa, de avaliação 
prévia e de licitação, realizada na modalidade de concorrência.
b) afetação de bem a uso comum dependerá de avaliação prévia, assim como de autorização 
legislativa ou decreto.
c) alienação poderá decorrer de retrocessão, que não se confunde com concessão de uso, 
porque é forma de alienação hoje admitida apenas para terras devolutas da União, Estados e 
Municípios.
d) afetação e a desafetação de qualquer bem sempre dependerão de lei.
e) alienação poderá decorrer de concessão de domínio, que ocorre sempre que a Administra-
ção não mais necessita do bem expropriado, e o particular o aceita em retorno.
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Questão 68 (VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/PROVI-
MENTO/2018) Com relação aos bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os móveis das instalações físicas destinadas à prestação do serviço delegado extrajudicial 
de notas e registro são bens públicos.
b) Os bens públicos não comportam a possibilidade de uso privativo por particulares.
c) A inalienabilidade do bem público é absoluta.
d) Os bens públicos de uso especial não permitem oneração por meio de hipoteca.
Questão 69 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) Considerando-se o regime jurídico 
dos bens públicos, pode-se afirmar que:
a) a eles não se aplica o princípio da função social da propriedade, em razão do regime de im-
penhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade.
b) a eles se aplica, com grau diferenciado, o princípio da função social da propriedade, em relação 
aos bens de uso comum do povo.
c) a eles se aplica o princípio da função social da propriedade, em grau diferenciado, em relação 
aos bens dominiais .
d) a eles se aplica o princípio da função social da propriedade que incide indistintamente e com 
mesmo grau de intensidade, dada sua função normativa, sobre todo o ordenamento jurídico e 
sobre o domínio público e particular.
Questão 70 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) Sobre a impenhorabilidade dos 
bens públicos, pode-se afirmar que:
a) tem natureza absoluta por decorrerem da inalienabilidade que os caracterizam.
b) é absoluta, com exceção da hipótese de concessão de garantia da União em operações de crédito 
externo, nos termos do artigo 52, VIII, da Constituição Federal de 1988.
c) é absoluta, com exceção da hipótese de sequestro de bens ao teor do artigo 100, parágrafo 
6º, da Constituição Federal de 1988.
d) admite exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 
6º, da Constituição Federal de 1988, e para a concessão de garantia, em condições especia-
líssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao Senado Federal dispor sobre limite e 
concessões, nos termos do artigo 52, VIII, da Constituição Federal de 1988.
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Questão 71 (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2016) As 
Escolas Municipais do Município de Alumínio são:
a) bens de uso especial e, no tocante ao regime jurídico, são inalienáveis enquanto estiverem 
afetados.
b) bens de uso comum e, no tocante ao regime jurídico, são inalienáveis enquanto estiverem 
afetados.
c) bens dominicais e, no tocante ao regime jurídico, são inalienáveis enquanto estiverem afe-
tados.
d) bens de uso comum e, no tocante ao regime jurídico, não há qualquer restrição à sua alie-
nação.
e) bens de uso especial e, no tocante ao regime jurídico, não há qualquer restrição à sua alie-
nação.
Questão 72 (VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/PROVI-
MENTO/2016) Para a permuta de bens públicos com particulares, exige-se, necessariamente,
a) Decreto-Lei, Decreto Legislativo e interesse público.
b) autorização legal, avaliação prévia dos bens a serem permutados e interesse público.
c) licitação, vantagens para a Administração Pública e Decreto-Lei autorizando a permuta.
d) desafetação dos bens públicos, autorização legal e avaliação dos bens particulares a serem 
permutados.
Questão 73 (VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2016) Assina-
le a alternativa que corretamente discorre sobre os bens públicos sob a perspectiva do direito 
administrativo pátrio.
a) Os bens públicos não são bens de qualquer natureza, porque na categoria de bens públicos 
se inserem os bens corpóreos, como móveis, imóveis ou semoventes, excluindo-se os incorpó-
reos, como créditos, direitos e ações.
b) A propósito da titularidade dos bens públicos, há uma particularidade a destacar: os titula-
res não são as pessoas jurídicas públicas, e sim os órgãos que as compõem, como o Tribunal 
de Justiça, a Assembleia Legislativa e o Ministério Público.
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c) São bens municipais aqueles localizados em seu território e que constituam as terras devo-
lutas necessárias à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares e os terre-
nos de marinha e seus acrescidos.
d) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito pú-
blico interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
e) Os bens dominicais são aqueles que se destinam à utilização geral pelos indivíduos, poden-
do ser federais, estaduais ou municipais, neles prevalecendo o sentido de destinação pública, 
pela utilização efetiva destes pelos membros da coletividade.
Questão 74 (VUNESP/IPSMI/PROCURADOR/2016) A respeito dos bens públicos, assinale 
a alternativa correta.
a) Os bens dominicais, por não estarem afetados a finalidade pública, estão sujeitos à prescri-
ção aquisitiva.
b) Os bens públicos podem ser onerados com garantia real, eis que tais garantias possuem 
o condão de reduzir os riscos das relações travadas entre Administração e agentes privados.
c) Os bens de todas as empresas estatais são considerados bens públicos, uma vez que tais 
pessoas jurídicas compõem a Administração indireta.
d) O domínio eminente é a prerrogativa decorrente da soberania que autoriza o Estado a intervir 
em todos os bens localizadosmeios e a qualquer título,
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jurídicas de direito público, quais sejam: a União, os Estados, o DF, os Territórios, os Municípios 
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público.
Para a doutrina, o conceito é abrangente e se refere à destinação do bem. Se é destinado 
à prestação de serviço público, o bem é público e estará sujeito ao regime jurídico especial.
Para concursos, na dúvida, a melhor opção é seguir o texto da lei. Porém, o conceito dado pela 
doutrina também pode ser considerado correto, quando não confrontado com o conceito legal.
2. ClAssifiCAção
Assim como vimos em outras matérias, por questão didática, é comum fazermos a classi-
ficação, isto é, a divisão sistemática do assunto.
Vamos lá!
Quanto à Titularidade
QUANTO À 
TITULARIDADE
Federais (art. 20, CF)
Estaduais (art. 26, CF)
Municipais
Federais (da União) – Art. 20 da CF
I – os que atualmente lhe pertencem 
e os que lhe vierem a ser atribuídos;
Significa que é um rol exemplificativo. União pode adquirir outros bens.
II  – as terras devolutas indispensá-
veis à defesa das fronteiras, das forti-
ficações e construções militares, das 
vias federais de comunicação e à pre-
servação ambiental, definidas em lei;
As terras devolutas, em regra, pertencem aos Estados. Somente estas 
previstas no art. 20 da CF são de titularidade da União.
Terra devoluta significa devolvida. Com a proclamação da República e o 
modelo federativo, as terras da coroa portuguesa que não tiveram desti-
nação foram atribuídas, como regra, aos Estados.
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III  – os lagos, rios e quaisquer cor-
rentes de água em terrenos de seu 
domínio, ou que banhem mais de um 
Estado, sirvam de limites com outros 
países, ou se estendam a território 
estrangeiro ou dele provenham, bem 
como os terrenos marginais e as 
praias fluviais;
Lagos, rios e correntes de água (regras):
– Banha mais de um Estado: é da União;
– Faz limite com outro país: é da União;
– Vai para outro país: é da União;
– Vem de outro país: é da União.
Praias fluviais: começa na área coberta e descoberta regularmente 
pelas águas do rio, e termina no limite com a vegetação natural ou no 
ponto em que há alteração do ecossistema. Praia fluvial de rio federal 
pertence à União.
Terrenos marginais: porção de terra banhada pelas correntes nave-
gáveis, fora do alcance da influência das marés, que se estende até 
a distância de 15 metros, medidos horizontalmente para a parte da 
terra, contados a partir da Linha Média das Enchentes Ordinárias 
(LMEO).
Se o rio é federal, as praias fluviais e os terrenos marginais pertencem 
à União.
Terreno marginal ou reservado, que não se confunde com terreno de marinha, são os que 
estão às margens dos rios. Vamos visualizar uma imagem para facilitar a compreensão:
• Em vermelho: linha média das enchentes ordinárias;
• Em amarelo: os terrenos marginais;
Em verde: o limite dos terrenos marginais. A partir da linha verde são terrenos particulares.
Se o rio é federal, sua praia e terrenos marginais pertencem à União.
Súmula n. 479, STF
As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, 
por isso mesmo, excluídas de indenização.
Assim, o dono da propriedade não recebe indenização pela parcela correspondente ao ter-
reno marginal, pois pertencem ao Poder Público.
Praia fluvial é praia de rio. Praia é toda porção de terra, após a margem do rio, até o início 
da vegetação. 
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Veja, a seguir, uma linda praia fluvial:
IV  – as ilhas fluviais e lacustres nas 
zonas limítrofes com outros países; as 
praias marítimas; as ilhas oceânicas e 
as costeiras, excluídas, destas, as  que 
contenham a sede de Municípios, 
exceto aquelas áreas afetadas ao ser-
viço público e a unidade ambiental fede-
ral, e as referidas no art. 26, II;
– ilhas fluviais (situadas em rios) e as ilhas lacustres (situadas em 
lagos), quando estiverem nas zonas limítrofes com outros países, 
pertencem à União. Fora dessa regra, as demais ilhas (fluviais e lacus-
tres) pertencem aos Estados (art. 26, III, CF);
– ilhas oceânicas (alto-mar) e costeiras (próximas ao continente), 
salvo as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas 
áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal
– praias marítimas: são da União.
Observação: mesmo nas ilhas oceânicas que tenham sede de muni-
cípio, as praias e terrenos de marinha são de propriedade da União.
Perceba que todas as PRAIAS MARÍTIMAS são da União. Não importa onde estejam.
Já as ilhas fluviais e lacustres serão da União se fizerem limites com outros países.
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Quanto às ilhas OCEÂNICAS e COSTEIRAS, via de regra, pertencem à União, salvo se a 
ilha COSTEIRA for sede de município e, mesmo assim, nessa ilha de município, tendo área de 
serviço público federal ou de preservação ambiental federal, continuará sendo da União. Por 
exemplo, a ilha costeira de Florianópolis é sede de município. Então não é da União.
Porém, havendo, por exemplo, um parque nacional ou hospital/universidade federal nessa 
ilha, o terreno continua de propriedade da União.
Veja, também, que as praias dessa ilha são da União, pois todas as praias marítimas são 
de propriedade federal.
V – os recursos naturais da pla-
taforma continental e da zona 
econômica exclusiva;
– A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das 
áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial.
– A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) compreende uma faixa que se estende 
das 12 às 200 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que 
servem para medir a largura do mar territorial.
VI – o mar territorial; – Faixa de 12 milhas marítimas.
VII  – os terrenos de marinha e 
seus acrescidos;
– São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) 
metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da 
linha da preamar médio de 1831. Somente são definidos nos terrenos 
onde se possa sentir a influência das marés.
– Os acrescidos de marinha são “Os que se tiverem formado, natural ou 
artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento 
aos terrenos de marinha” (arts. 2º e 3º, Decreto-Lei n. 9.760/1946).
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e) A alienação de bens públicos imóveis pressupõe a sua desafetação, existência de justifica-
da motivação, autorização legislativa, avaliação prévia e realização de licitação na modalidade 
tomada de preços.
Questão 75 (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR MUNICI-
PAL/2016) Em relação às classificações existentes dos bens públicos, cemitérios públicos, 
aeroportos e mercados podem ser classificados como:
a) bens de domínio público de uso comum.
b) bens de domínio público de uso especial.
c) bens de domínio privado do Estado.
d) bens dominicais da Administração.
e) bens de uso comum do povo e de uso especial.
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Questão 76 (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE DESCALVADO-SP/ASSISTENTE DE CO-
MUNICAÇÃO/2015) A aquisição de bens imóveis por compra, permuta ou doação com encar-
go, em regra, dependerá de interesse público devidamente justificado, prévia avaliação,
a) autorização legislativa e concorrência.
b) autorização legislativa e tomada de preços.
c) lei complementar e concorrência.
d) lei ordinária e concurso.
e) resolução administrativa e concorrência.
Questão 77 (VUNESP/PREFEITURA DE SUZANO-SP/PROCURADOR JURÍDICO/ 2015) “Con-
trato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de bem de seu 
domínio a um particular, para que o explore por sua conta e risco, segundo a sua específica 
destinação” (Hely Lopes Meirelles). Considerando os diferentes tipos de usos de bens públi-
cos, é correto afirmar que essa é uma definição de:
a) permissão de uso.
b) autorização de uso.
c) legitimação de posse.
d) cessão de uso.
e) concessão de uso.
Questão 78 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Sobre os bens públicos, é correta a 
seguinte assertiva:
a) só se sujeitam ao regime de bens públicos aqueles bens que pertençam a pessoa jurídica 
de direito público.
b) é vedado o uso privativo de bem público de uso comum por particular, salvo se a lei expres-
samente autorizar.
c) a afetação de bens ao uso comum pode decorrer de ato de vontade de um particular.
d) bens públicos de uso comum são aqueles abertos à fruição de todo cidadão, de modo in-
condicionado e gratuito.
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Questão 79 (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/FISCAL DE POSTU-
RA E ESTÉTICA URBANA/2015) Em um loteamento, o sistema viário público e as praças pú-
blicas são bens
a) dominiais .
b) de uso comum do povo.
c) de uso comum do povo e dominiais, respectivamente.
d) de uso comum do povo e de uso especial, respectivamente.
e) dominiais e de uso especial, respectivamente.
Questão 80 (2022/IBFC/DETRAN-AM/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os bens públicos po-
dem ser os bens de uso comum do povo, de uso especial e dominicais. Sobre o assunto, assi-
nale a alternativa que apresenta um bem de uso especial.
a) Os rios pertencentes à União
b) As ruas pertencentes aos Municípios
c) As bibliotecas pertencentes a uma universidade pública (autarquia)
d) Os móveis do escritório de uma Sociedade de Economia Mista
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GABARITO
1. E
2. a
3. C
4. a
5. e
6. C
7. E
8. C
9. E
10. E
11. C
12. E
13. E
14. C
15. E
16. c
17. E
18. C
19. a
20. d
21. c
22. e
23. a
24. d
25. a
26. c
27. a
28. c
29. b
30. b
31. b
32. d
33. e
34. c
35. e
36. b
37. d
38. c
39. a
40. b
41. e
42. c
43. c
44. e
45. d
46. b
47. a
48. d
49. a
50. c
51. a
52. c
53. a
54. a
55. a
56. d
57. c
58. b
59. a
60. e
61. b
62. c
63. e
64. e
65. c
66. b
67. a
68. d
69. c
70. d
71. a
72. b
73. d
74. d
75. b
76. a
77. e
78. c
79. b
80. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR MUNICIPAL) 
A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o próximo item.
Situação hipotética: a associação de moradores de determinado bairro de uma capital brasi-
leira decidiu realizar os bailes de carnaval em uma praça pública da cidade. Nessa situação, 
a referida associação poderá fazer uso da praça pública, independentemente de autorização, 
mediante prévio aviso à autoridade competente.
Errado.
Para fazer uso da praça (bem público), tem que ter a autorização do Estado.
Questão 2 (CESPE/2017/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO) Em relação aos bens públicos, assinale 
a opção correta.
a) O ordenamento jurídico brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas 
ilhas oceânicas e costeiras.
b) Por serem abertos a uma utilização universal, o mercado municipal e o cemitério público 
são considerados bens de uso comum do povo.
c) Em face do atributo da inalienabilidade, os bens públicos dominicais não podem ser aliena-
dos.
d) Quando o tribunal de justiça consente o uso gratuito de determinada sala do prédio do foro 
para uso institucional da defensoria pública local, efetiva-se o instituto da permissão de uso de 
bem público.
Letra a.
Nada impede que nessas ilhas tenham bens de particulares.
CF/88 – Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob 
domínio da União, Municípios ou terceiros;
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b) Errada. São considerados bem de uso especial.
c) Errada. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
d) Errada. O instrumento seria cessão de uso por ser um ato de colaboração entre repartições 
públicas.
Cessão de uso é aquela em que o Poder Público consente o uso gratuito de bem público por 
órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de 
algum modo, traduza interesse para a coletividade.
Segundo Hely Lopes Meirelles:
Cessão de uso é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou ór-
gão para outro, a fim de que o cessionárioo utilize nas condições estabelecidas no respectivo 
termo, por tempo certo ou indeterminado. É ato de colaboração entre repartições públicas, em 
que aquela que tem bens desnecessários aos seus serviços cede o uso a outra que deles está 
precisando. (...) A cessão de uso entre órgãos da mesma entidade não exige autorização legis-
lativa e se faz por simples termo e anotação cadastral, pois é ato ordinário de administração 
através do qual o Executivo distribui seus bens entre suas repartições para melhor 
atendimento do serviço. (...) Em qualquer hipótese, a cessão de uso é ato de administração in-
terna que não opera a transferência de propriedade e, por isso, dispensa registros externos. [2]
Questão 3 (CESPE/2017/SE-DF/APOIO ADMINISTRATIVO) A respeito da gestão patrimo-
nial, julgue o item subsequente.
A alienação de um bem móvel pode ocorrer mediante permuta entre entidades da administra-
ção pública.
Certo.
Entidades da Administração Pública podem fazer permuta (troca) de bens entre si.
Questão 4 (CESPE/2016/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE) Determinado órgão da ad-
ministração pública pretende disponibilizar, mediante contrato por prazo determinado, uma 
área do prédio de sua sede — um bem público — para um particular instalar refeitório destinado 
aos servidores desse órgão.
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Nessa situação, de acordo com a doutrina pertinente, o instituto legalmente adequado para se 
disponibilizar o uso privativo do bem público por particular é a
a) concessão de uso.
b) cessão de uso.
c) autorização de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) permissão de uso.
Letra a.
Por ser CONTRATO, será concessão de uso. Não é o caso de concessão de direito real de uso, 
pois esse contrato tem fim de fazer regularização fundiária (que não é o caso da questão).
Questão 5 (CESPE/2016/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE) Acerca da alienação de 
bens pela administração pública, assinale a alternativa correta.
a) A alienação de bens imóveis desafetados da administração pública direta para outro órgão 
da administração pública far-se-á por contratação direta, uma vez que a licitação é inexigível.
b) Não é possível a alienação de bens da administração pública direta.
c) Não é possível a alienação de bens imóveis da administração pública direta, mesmo que 
desafetados.
d) É possível a alienação de bens móveis e imóveis da administração pública direta, desde que 
haja autorização legislativa.
e) É possível a alienação de bens móveis desafetados da administração pública direta se hou-
ver demonstração de interesse público, avaliação prévia do bem e prévia licitação.
Letra e.
Art. 17 da Lei n. 8.666/1993.
a) Errada. Trata-se de caso de licitação DISPENSADA, art. 17 da Lei n. 8.666/1993.
b) Errada. Os bens dominicais, se preenchidas as condições legais, podem ser alienados.
c) Errada. Estando desafetados, podem ser alienados.
d) Errada. Para alienar imóvel, deve haver autorização legislativa, avaliação prévia e licitação 
pela modalidade concorrência.
Para alienar bem móvel, deve haver avaliação prévia e licitação.
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Questão 6 (CESPE/2012/PC-AL/DELEGADO DE POLÍCIA) Os terrenos de marinha são 
exemplos de bens dominicais.
Certo.
São bens que não têm destinação pública específica, lembrando que são bens pertencentes à 
União.
Questão 7 (CESPE/2016/TJ-DFT/JUIZ DE DIREITO) Bens dominicais são aqueles que po-
dem ser utilizados por todos os indivíduos nas mesmas condições, por determinação de lei ou 
pela própria natureza do bem.
Errado.
Bem dominical é aquele que não tem destinação pública específica.
Questão 8 (CESPE/2015/TCE-RN/ADMINISTRADOR) O ato mediante o qual a administra-
ção pública consente a utilização privativa de uso de bem público por um particular é ato uni-
lateral e, como regra, discricionário e precário.
Certo.
Esse ato administrativo pode ser autorização (se for para atender interesse do usuário) ou per-
missão (se for para atender interesse da coletividade).
Obs.: � sendo concessão de uso, tem natureza de contrato administrativo.
Questão 9 (CESPE/2013/TC-DF/PROCURADOR) Julgue o item que se segue acerca de di-
reitos dos servidores públicos civis, aposentadorias e pensões, bens públicos e responsabili-
dade por atos legislativos.
É possível usucapir imóvel rural administrado pela Companhia Imobiliária de Brasília (TERRA-
CAP).
Errado.
Apesar de a TERRACAP (empresa pública distrital) não cuidar da prestação de serviços públi-
cos, o STJ entende que os seus bens não podem ser penhorados.
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Ementa: DIREITO CIVIL. IMÓVEIS PERTENCENTES À TERRACAP. BENS PÚBLICOS. USUCA-
PIÃO. IMPOSSIBILIDADE. “Os imóveis administrados pela Companhia Imobiliária de Brasília 
(Terracap) são públicos, sendo insuscetíveis de usucapião” (EREsp n. 695.928/JOSÉ DELGA-
DO)
STJ – EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL EREsp n. 695928 DF 
2005/0052227-8 (STJ)
Data de publicação: 18/12/2006
Ementa: ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. IMÓVEIS PERTENCENTES À TER-
RACAP. BENS PÚBLICOS. USUCAPIÃO. 1. Tratam os autos de embargos de divergência 
apresentados por Maria Lúcia Pereira dos Santos em face de acórdão proferido em sede de 
recurso especial que exarou entendimento no sentido de que, embora a TERRACAP possua 
natureza jurídica privada, gere bens públicos pertencentes ao Distrito Federal, impassíveis de 
usucapião. Colaciona a embargante julgados oriundos desta Casa em sentido oposto, onde se 
externa o posicionamento de que os imóveis da TERRACAP integram-se na categoria de bens 
particulares. 2. Os imóveis administrados pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) 
são públicos, sendo insuscetíveis de usucapião. 3. Embargos de divergência não provido.
STJ – AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 896662 DF 2006/0232792-
8 (STJ)
Data de publicação: 17/09/2007
Ementa: Direito civil. Recurso especial. Usucapião. Imóveis pertencentes à Terracap. Bens pú-
blicos. Consonância do acórdão recorrido com a mais recente jurisprudência do STJ. A matéria 
jurídica trazida a debate foi pacificada recentemente pela Corte Especial do STJ, ao conferir 
aos imóveis administrados pela Terracap condição de terra pública, o que os torna insuscetí-
veis de usucapião (EREsp n. 695.928/DF, Rel. Min. José Delgado, DJ de 18/12/2006). A deci-
são agravada, portanto, segue a mais nova linha de orientação estabelecida pelo STJ a respeito 
do tema jurídico, o que mantém irretocável o julgado. Agravo no recurso especial não provido.
Questão 10 O uso privativo, ou uso especial privado, consiste no direito de utilização de bens 
públicos outorgado pela administração tão somente para determinadas pessoasjurídicas, me-
diante instrumento jurídico próprio para tal finalidade.
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https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/9035448/embargos-de-divergencia-no-recurso-especial-eresp-695928-df-2005-0052227-8-stj
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https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/13603/agravo-regimental-no-recurso-especial-agrg-no-resp-896662
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Errado.
O uso privativo de bem público pode ser conferido a pessoas físicas ou jurídicas.
Questão 11 (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) De acordo com a doutrina domi-
nante, caso uma universidade tenha sido construída sobre parte de uma propriedade particu-
lar, a União, assim como ocorre com os particulares, poderá adquirir o referido bem imóvel por 
meio da usucapião, desde que sejam obedecidos os requisitos legais.
Certo.
Olha só! Questão idêntica à 1!!!
O Estado pode, sim, adquirir bem do particular por usucapião. O contrário é que não é possível.
Mas, no caso da questão, houve uma desapropriação indireta, pois o Estado fez uma obra 
pública do local e se apossou de uma terra sem observar os procedimentos legais da desapro-
priação (isso é desapropriação indireta). Ocorre que esta, com o passar do tempo, configura 
usucapião. Tanto é que o prazo prescricional para se pleitear indenização por desapropriação 
indireta é aquele previsto para usucapião extraordinário (REsp n. 1300442/SC), pois ultrapas-
sado este o Estado regulariza a posse do bem pelo usucapião.
Questão 12 (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Situação hipotética: a União decidiu 
construir um novo prédio para a Procuradoria Regional da União da 2ª Região para receber os 
novos advogados da União. No entanto, foi constatado que a única área disponível, no centro 
do Rio de Janeiro, para a realização da referida obra estava ocupada por uma praça pública. 
Nessa situação, não há possibilidade de desafetação da área disponível por se tratar de um 
bem de uso comum do povo, razão por que a administração deverá procurar por um bem do-
minical.
Errado.
Todos os bens podem mudar de categoria. Assim, poderia a praça (bem de uso comum) se 
tornar bem de uso especial.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 13 (CESPE/2015/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO) Se os membros de uma comunidade 
desejarem fechar uma rua para realizar uma festa comemorativa do aniversário de seu bairro, 
será necessário obter da administração pública uma permissão de uso.
Errado.
Será autorização de uso, pois o uso é para interesse próprio. Não há um interesse público 
como “pano de fundo”.
Questão 14 (CESPE/2015/TCU/PROCURADOR) Caso a administração pública tenha cele-
brado contrato de permissão de uso de imóvel com entidade sem fins lucrativos pelo prazo de 
dez anos e promova a rescisão contratual antes do termo fixado, entende o STJ que a providên-
cia demanda prévio processo administrativo.
Certo.
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL POR ASSOCIA-
ÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS E DE UTILIDADE PÚBLICA. RESCISÃO QUALIFICADA PELA 
FIXAÇÃO DE PRAZO. NECESSIDADE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO PRÉVIO, MESMO 
EM CASO DE RESCISÃO POR INTERESSE PÚBLICO. PRECEDENTE.
1. Cuida-se de recurso ordinário interposto contra acórdão que denegou o pleito man-
damental de anulação do termo unilateral de rescisão de permissão de uso de imóvel 
público por associação; alega a recorrente que deveria ter havido a observância do devido 
processo legal e da ampla defesa no caso.
2. As permissões de uso são, em geral, precárias, unilaterais e discricionárias, porém os 
autos demonstram que o termo de permissão foi firmado com prazo determinado de 10 
(dez) anos (fl. 28), condicionando-o, pois assim se induziu legítima expectativa da asso-
ciação de fruição do imóvel pelo prazo estabelecido. A situação enseja a aplicação do 
parágrafo único do art. 78 da Lei n. 8.666/1993, obrigando a Administração Pública a 
ofertar processo administrativo prévio à rescisão, com a observância do contraditório e 
da ampla defesa.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
3. “Ao outorgar permissão qualificada ou condicionada de uso, a Administração tem que 
ter em vista que a fixação de prazo reduz a precariedade do ato, constituindo, em con-
sequência, uma autolimitação ao seu poder de revogá-lo” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 
Direito Administrativo, 21 ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 657).
4. “Na hipótese de rescisão por interesse público (art. 78, XII, da Lei n. 8.666/1993), deve 
haver oportunidade de manifestação ao contratado, motivação e caracterização do 
interesse público, bem como a apuração de perdas e danos, se for do interesse do con-
tratado”. Precedente: RMS n. 27.759/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, 
DJe 24.9.2010.
Recurso ordinário provido.
(RMS n. 43.300/MT, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
22/10/2013, DJe 29/10/2013)
Questão 15 (CESPE/2015/TJ-PB/JUIZ DE DIREITO) Segundo a jurisprudência do STJ, são 
impenhoráveis os bens pertencentes à sociedade de economia mista que presta serviço públi-
co, independentemente de sua finalidade e do fato de esses bens estarem ou não afetados à 
prestação de serviço público.
Errado.
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA EM BENS DE SOCIE-
DADE DE ECONOMIA MISTA QUE PRESTA SERVIÇO PÚBLICO. A sociedade de economia 
mista tem personalidade jurídica de direito privado e está sujeita, quanto à cobrança de 
seus débitos, ao regime comum das sociedades em geral, nada importando o fato de que 
preste serviço público; só não lhe podem ser penhorados bens que estejam diretamente 
comprometidos com a prestação do serviço público.
Recurso especial conhecido e provido.
(REsp n. 176.078/SP, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, SEGUNDA TURMA, julgado em 
15/12/1998, DJ 08/03/1999, p. 200)
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 16 (CESPE/2015/TRF-5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL) Com relação aos bens públicos, 
assinale a opção correta.
a) A inalienabilidade é característica tanto dos bens de uso comum do povo como dos bens 
dominicais e dos de uso especial.
b) A CF admite que os estados, o DF e os municípios, bem como os órgãos da administração 
direta e indireta de todos os entes federativos, participem noresultado da exploração de recur-
sos minerais no âmbito de seu respectivo território.
c) As terras devolutas são bens públicos que não possuem afetação pública nem foram incor-
porados ao domínio privado.
d) Os terrenos de marinha são as áreas que, banhadas pelas águas de mar ou de rios navegá-
veis, integram o patrimônio dos diversos entes federativos e cuja utilização, por particulares, 
somente é admitida mediante permissão de uso.
e) Devido ao fato de os bens públicos de uso comum se destinarem à utilização geral pelos 
indivíduos, é vedada a cobrança de remuneração pela utilização desse tipo de bem.
Letra c.
São consideradas bens dominicais.
a) Errada. Os bens dominicais podem, se preenchidas as condições legais, ser alienados.
b) Errada. Será nos termos da Lei.
Art. 20, § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 
bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de 
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica 
exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
d) Errada. São bens da União.
e) Errada. O uso pode ser gratuito ou remunerado.
Questão 17 (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO) São bens públicos de uso comum do 
povo aqueles especialmente afetados aos serviços públicos, como, por exemplo, aeroportos, 
escolas e hospitais públicos.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Errado.
Se afetados aos serviços públicos, são considerados bens de USO ESPECIAL.
Questão 18 (CESPE/2015/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) É juridicamente impossível a 
prescrição aquisitiva de imóvel público rural por meio de usucapião constitucional pró-labore.
Certo.
Não se admite qualquer forma de usucapião sobre bens públicos.
Questão 19 (2012/FCC/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) O bem públi-
co de uso especial
a) pode ser utilizado pelos indivíduos, mas essa utilização deverá observar as condições pre-
viamente estabelecidas pela pessoa jurídica interessada.
b) é destinado a fins públicos, sendo essa destinação inerente à própria natureza desse bem, 
como ocorre, por exemplo, com as estradas e praças.
c) possui regime jurídico de direito público, aplicando-se, a essa modalidade de bem, institutos 
regidos pelo direito privado.
d) possui regime jurídico de direito privado, portanto, passível de alienação.
e) está fora do comércio jurídico do direito privado, ainda que não mantenha essa afetação
Letra a.
a) Certa. Nada impede que particulares usem bem de uso especial desde que não prejudique 
sua finalidade essencial.
b) Errada. Estradas e praças são bens de uso comum do povo.
c) Errada. Aplicam-se as regras do direito público (impenhorabilidade, imprescritibilidade, ina-
lienabilidade, não onerabilidade)
d) Errada. Seguem as regras de direito público. Não podem ser alienados.
e) Errada. Se for desafetado, torna-se em dominical, passível, assim, de alienação se preencher 
as condições que a lei exige.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 20 (2016/FCC/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) Em janeiro de 1993, Mau-
rício Quevedo passou a residir em terreno urbano que lhe fora vendido “de boca” por outro pos-
seiro antigo, ali construindo sua residência, um barraco de aproximadamente setenta metros 
quadrados, ocupando dois terços do terreno assim adquirido. Em janeiro deste ano, Maurício 
procurou aconselhar-se com advogado, que verificou a situação dominial do terreno, constatan-
do tratar-se de propriedade registrada em nome do Instituto Nacional de Seguridade Social – 
INSS. Diante de tal situação, o referido posseiro
a) deve solicitar à Secretaria do Patrimônio da União – SPU a declaração de aforamento do 
imóvel, passando a recolher o foro anual.
b) faz jus à usucapião do terreno, visto que se trata de imóvel particular da entidade autárquica.
c) não possui direito subjetivo de permanecer no imóvel, pois o princípio da boa-fé não é opo-
nível ao interesse público.
d) tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da 
posse, desde que comprove não ser proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro 
imóvel urbano ou rural.
e) deve requerer ao INCRA a abertura de processo de legitimação de posse, visto tratar-se de 
ocupante de terra devoluta.
Letra d.
Essa é uma questão muito excepcional. Veja a seguinte legislação:
MP n. 2.220/2001, Art. 1º Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco 
anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel 
público situado em área com características e finalidade urbana, e que o utilize para sua moradia 
ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao 
bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro 
imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela Medida Provisória n. 759, de 2016)
Trata-se de uma legislação que criou esse direito de concessão de direito real de uso.
Fique tranquilo(a), isso só cairá no seu concurso se porventura o edital pedir (muito raro).
Resolvi manter essa questão na nossa lista só para você saber que existe essa hipótese na 
legislação.
Vamos em frente.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 21 (2016/FCC/PGE-MT/PROCURADOR) Acerca do regime jurídico dos bens públi-
cos, é correto afirmar: 
a) Os bens de uso especial, dada a sua condição de inalienabilidade, não podem ser objeto de 
concessão de uso. 
b) Chama-se desafetação o processo pelo qual um bem de uso comum do povo é convertido 
em bem de uso especial. 
c) A investidura é hipótese legal de alienação de bens imóveis em que é dispensada a realiza-
ção do procedimento licitatório. 
d) Os bens pertencentes ao Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (Lei Federal n. 
11.079/2004), embora possam ser oferecidos em garantia dos créditos do parceiro privado, 
mantém a qualidade de bens públicos. 
e) Os bens pertencentes às empresas públicas são públicos, diferentemente dos bens perten-
centes às sociedades de economia mista.
Letra c.
a) Errada. Nada impede de o Estado conceder uso de bens de uso especial aos particulares. 
b) Errada. Essa questão não está totalmente errada. Com efeito, trata-se de um caso de de-
safetação.
Mas o conceito de desafetação significa quando um bem muda sua categoria, que não é ape-
nas nesse caso.
c) Certa.
Lei n. 8.666/1993, Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência 
de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguin-
tes normas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativapara órgãos da administração direta e en-
tidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá 
de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes 
casos:
d) investidura;
§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei n. 9.648, de 1998)
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra 
pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avalia-
ção e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea “a” 
do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei n. 9.648, de 1998)
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II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis 
para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que con-
siderados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens 
reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei n. 9.648, de 1998)
d) Errada. A resposta está na Lei das PPPs, Lei n. 11.079/2005.
A fim de dar garantia nos contratos de parceria público privada, a citada lei permite a cria-
ção de um fundo garantidor; bens que eram públicos são transferidos a esse fundo, que 
tem natureza privada. Lembre-se que, de acordo com o Código Civil, se a pessoa é de direi-
to privado, os bens são privados. Lembre-se também de que, para o Estado transferir bens 
públicos a pessoas de direito privado, tem que preencher todos os requisitos previstos em 
lei (bem desafetado, autorização legislativa etc.)
Art. 16. Ficam a União, seus fundos especiais, suas autarquias, suas fundações públicas e suas em-
presas estatais dependentes autorizadas a participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis 
bilhões de reais), em Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas – FGP que terá por finalidade 
prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos fe-
derais, distritais, estaduais ou municipais em virtude das parcerias de que trata esta Lei. (Redação 
dada pela Lei n. 12.766, de 2012)
§ 1º O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio dos cotistas, e será 
sujeito a direitos e obrigações próprios.
Mais uma questão bem fora do padrão, mas veja que é um concurso para procurador que exige 
muito conhecimento de Direito Administrativo.
e) Errada. Os bens das duas empresas estatais são Privados. Mas...
Os bens das empresas públicas ou sociedades de economia mista prestadoras de serviço público 
e que estejam afetados a essa finalidade são considerados bens públicos. Já os bens das estatais 
exploradoras de atividade econômica são bens privados, pois, atuando nessa qualidade, sujeitam-se 
ao regramento previsto no art. 173, da Carta Magna, que determina, em seu § 1º, II, a submissão ao 
regime jurídico próprio das empresas privadas. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO, EM PARTE, PELA 
DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL, MAS IMPROVIDO. (REsp 37.906/ES).
Questão 22 (2016/FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR) Caio estabeleceu-
-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais de 
20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada usu-
capida a área. Tal praça constitui bem 
a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público. 
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Bens Públicos
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b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os 
dominicais. 
c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação. 
d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial 
e dos dominicais. 
e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os 
dominicais. 
Letra e.
Nenhum bem público pode ser objeto de usucapião. Sem exceção.
Questão 23 (2016/FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/PROCURADOR MUNICIPAL) Uma 
organização social firmou contrato de gestão para prestação de serviços de saúde em uma de-
terminada unidade hospitalar. Não obstante a gestão das atividades, é necessário trespassar à 
organização social o imóvel onde funciona o hospital, o que pode se dar mediante outorga de 
a) permissão de uso, ato que poderá viger por prazo indeterminado, mas que cessará concomi-
tantemente com a extinção do contrato de gestão, caso não tenha sido extinto antes. 
b) concessão de direito real de uso, ato unilateral para o qual é inexigível a licitação, já que 
inviável a competição, diante da prévia existência do contrato de gestão. 
c) concessão de uso, ato que transmite a posse das dependências hospitalares por prazo inde-
terminado, enquanto perdurar o contrato de gestão. 
d) permissão de uso, contrato que transfere posse à organização social, dispensando-se 
autorização legislativa em razão da vigência do contrato de gestão. 
e) concessão de uso com dispensa de licitação, tendo em vista que os atos e contratos que 
autorizam o uso privativo de bens públicos prescindem de licitação. 
Letra a.
Quando uma entidade privada, sem fins lucrativas, se qualifica como organização social, pode 
receber bens públicos mediante permissão de uso. É o que prevê a Lei n. 9.637/1998:
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos 
necessários ao cumprimento do contrato de gestão.
§ 3º Os bens de que trata este artigo serão destinados às organizações sociais, dispensada licita-
ção, mediante permissão de uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão.
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Questão 24 (2012/FCC/TRT-20ª REGIÃO/SE/JUIZ DO TRABALHO) Os bens públicos são 
classificados em 
a) de uso especial e de uso comum do povo, considerados de domínio privado do Estado, e os 
de domínio público, também denominados bens dominicais.
b) de uso comum do povo, de uso especial e dominicais, todos inalienáveis, imprescritíveis e 
impenhoráveis, salvo as terras devolutas. 
c) de uso comum do povo ou privativos do Estado, conforme a forma de aquisição da proprie-
dade pelo Poder Público. 
d) de uso especial, de uso comum do povo e dominicais, estes últimos alienáveis observadas 
as exigências da lei. 
e) de uso especial e de uso comum do povo, sendo apenas os de uso especial passíveis de 
utilização pelo particular sob a forma de concessão ou permissão de uso. 
Letra d.
a) Errada. A questão trocou os conceitos. Os bens de uso comum e especial são considerados 
de domínio público e os dominicais é que são considerados de domínio privado.
b) Errada. Terras devolutas também são inalienáveis.
c) Errada. O conceito que a questão apresentou parabem de uso comum não está correto. Ser 
um bem de uso comum não tem a ver com a forma de aquisição, mas, sim, com sua destina-
ção.
d) Certa. Os bens dominicais podem ser alienados se preencherem as condições legais.
e) Errada. Todos os bens públicos podem ser utilizados pelos particulares.
Questão 25 (2011/FCC/TCM-BA/PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS) Os denominados 
terrenos de marinha são bens de 
a) titularidade da União, de natureza dominial, passíveis de utilização pelo particular sob regi-
me de enfiteuse ou aforamento.
b) titularidade dos Estados-membros, insuscetíveis de utilização pelo particular.
c) titularidade da União, de uso especial, destinados à segurança de fronteiras.
d) propriedade particular, reservados, e objeto de servidão compulsória à União.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
e) domínio dos Estados-membros, passíveis de utilização pelo particular mediante regime de 
pagamento de foro ou laudêmio.
Letra a.
Os terrenos de marinha, segundo o art. 20 da CF/1988, pertencem à União. O regime de enfi-
teuse ou aforamento é o título jurídico que permite o particular fazer uso desses bens, pagando 
um valor que se denomina foro ou laudêmio.
Questão 26 (2015/FCC/TRT-15ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO) O regime jurídico de direito 
público que protege os bens públicos imóveis identifica-se, dentre outras características, pela 
imprescritibilidade, que 
a) guarnece os bens de uso comum e os bens de uso especial, mas é excepcionado dos bens 
dominicais, pois estes são considerados os bens privados da Administração pública e, por-
tanto, não podem se eximir de se submeter ao regime jurídico comum, como expressão do 
princípio da isonomia. 
b) impede que os particulares adquiram a propriedade dos bens públicos por usucapião, in-
dependentemente do tempo de permanência no imóvel e da boa-fé da ocupação, mas não se 
aplica a eventuais ocupantes que possuam natureza jurídica de direito público, pelo princípio 
da reciprocidade. 
c) impede a aquisição de bens públicos, independentemente de sua classificação, por usuca-
pião, o que se aplica a particulares e pessoas jurídicas de direito público e privado, mas tam-
bém se presta à proteção do patrimônio em face de qualquer instituto que venha a representar 
a subtração dos poderes inerentes à propriedade pública. 
d) determina que o poder público pode promover ações para ressarcimento de danos e responsa-
bilização dos envolvidos indefinidamente, com base no ordenamento jurídico vigente, no caso de 
ocupações multifamiliares irregulares, que gerem ou tenham gerado efeito favelizador da área. 
e) aplica-se reciprocamente à Administração pública e aos administrados, na medida em que 
aquela também não pode regularizar suas ocupações por meio de usucapião de bens imóveis 
pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. 
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Letra c.
A proteção constitucional contra a figura da usucapião se refere a todos os bens públicos (de 
uso comum, especial e dominicais), sem exceção. Uma pessoa administrava não pode usuca-
pir bem de outra pessoa estatal. Qualquer questão dizendo que bem público admite usucapião 
está errada. Não importa qual o bem (natureza), de quem é o bem e qual o motivo (assenta-
mento rural, para pessoas de baixa renda etc.)
Questão 27 (2011/FCC/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Os bens imóveis pertencen-
tes à Administração Pública 
a) são inalienáveis, quando de uso comum do povo e de uso especial, enquanto mantida a 
afetação ao serviço público.
b) podem ser alienados mediante autorização legal prévia, exceto os bens dominicais.
c) são impenhoráveis, exceto os de titularidade de autarquias e fundações.
d) não podem ser objeto de subsequente afetação a serviço público, quando anteriormente de 
uso privativo da Administração.
e) podem ser objeto de utilização por particular, total ou parcial, desde que em caráter precário 
e a título oneroso.
Letra a.
a) Certa. Sendo bens de uso comum ou especial, não podem ser alienados.
b) Errada. A questão trocou. Se for bem dominical e preencher as condições que a lei prevê, 
poderá ser alienado.
c) Errada. Todos os bens públicos são impenhoráveis.
d) Errada. Todos os bens podem mudar de categoria. Um bem dominical (desafetado) pode se 
tornar bem de uso comum ou especial (desafetado).
e) Errada. Podem ser utilizados em caráter não precário também, por exemplo, quando o uso 
for concedido mediante concessão de uso.
Questão 28 (2015/FCC/TJ-AL/JUIZ DE DIREITO) No ano de 1963, o Supremo Tribunal Fe-
deral adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado, sob o n. 340: Desde a vigência do Código 
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Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usu-
capião.
Independentemente de eventual opinião doutrinária minoritária em sentido contrário, tal con-
clusão, atualmente, 
a) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição à usucapião dos 
bens públicos imóveis, mas o Código Civil admite tal sujeição em relação aos bens públicos 
dominicais móveis ou semoventes. 
b) mostra-se superada, eis que vigora novo Código Civil. 
c) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição à 
usucapião dos bens públicos imóveis, e o Código Civil prevê a mesma não sujeição quanto aos 
bens públicos em geral, sem excepcionar os dominicais. 
d) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal excepciona os bens dominicais da não 
sujeição à usucapião. 
e) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição 
à usucapião dos bens públicos em geral, superando, nesse ponto, disposição do Código Civil 
em sentido contrário. 
Letra c.
A CF/1988 estabelece que nenhum bem público pode ser adquirido por usucapião.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, 
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Código Civil, Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Questão 29 (2015/FCC/TCE-AM/AUDITOR) O Estado é proprietário de quase duas dezenas 
de terrenos localizados em determinado bairro onde a empresa pública responsável pelo sa-
neamento está promovendo inúmeras obras. Em razão disso, seu representante entrou em 
contato com o Estado para solicitar a utilização de um dos imóveis, que é dos poucos de gran-
des dimensões, como canteiro de obras. Considerando que não se trata de um bairro muito 
valorizado, a avaliação do uso do referido imóvel não resultou significativa. Como alternativa 
de otimizaçãode gestão imobiliária,
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a) o Estado pode locar o terreno pelo valor que entender pertinente, independentemente do 
valor de mercado, tendo em vista que a empresa pública tem necessidade e urgência no uso 
e, em razão de sua natureza jurídica de direito privado, não se submete ao regime da Lei n. 
8.666/1993.
b) o Estado pode outorgar permissão de uso onerosa em favor da empresa pública e, como 
contrapartida, estabelecer obrigação de fazer de modo que, ao invés de remuneração em espécie, a 
permissionária fique responsável pela guarda e vigilância dos demais terrenos de titularidade 
do Estado, o que representaria melhor custo-benefício do que a mera precificação do uso.
c) a empresa pública pode ocupar temporariamente o terreno, tendo em vista que é concessio-
nária de serviço público e, como tal, lhe foram delegados poderes inclusive para desapropria-
ção, por meio da lei que rege as concessões públicas e do respectivo contrato firmado com o 
titular do serviço.
d) a empresa pública deve desapropriar o imóvel, tendo em vista que é concessionária de 
serviço público e, como tal, lhe foram delegados os poderes para tanto.
e) o Estado pode alienar onerosamente o imóvel para a empresa pública, independentemente 
de autorização legal e dispensada a licitação, tendo em vista que se trata de negócio jurídico 
firmado entre entes integrantes da Administração pública de qualquer esfera da Federação.
Letra b.
a) Errada. O estado poderia até locar o imóvel, mas deveria observar o valor de mercado.
b) Certa. É a melhor opção entre as demais. Trata-se de contrapartida da empresa no lugar de 
remuneração.
c) Errada. A empresa estatal concessionária não recebe poderes para declarar a desapropria-
ção. Quanto mais de entidades públicas.
d) Errada. A empresa estatal concessionária não recebe poderes para declarar a desapropria-
ção. Quanto mais de entidades públicas.
e) Errada. Se o Estado quisesse alienar o imóvel, deveria ter autorização legislativa (art. 17 da 
Lei n. 8.666/1993).
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Questão 30 (2015/FCC/TCE-AM/AUDITOR) Maria Sylvia Zanella di Pietro, na obra Uso Pri-
vativo de Bem Público por Particular, assevera que “os bens públicos devem ser disponibiliza-
dos de tal forma que permitam proporcionar o máximo de benefícios à coletividade, podendo 
desdobrar-se em tantas modalidades de uso quantas foram compatíveis com a destinação e 
conservação do bem”. 
Esse entendimento dirige-se 
a) aos bens públicos da categoria de uso especial e aos dominicais, posto que os bens de uso 
comum do povo já tem destinação intrínseca à sua natureza, não admitindo diversificações, 
sob pena de ilegalidade.
b) a todos os bens públicos, importando a compatibilidade dos usos possíveis com a vocação 
e utilização precípua de cada um dos bens, admitindo-se diversas modalidades de instrumen-
tos jurídicos relacionados ao mesmo substrato material.
c) aos bens de uso especial, posto que é essa categoria de bens que serve à coletivida-
de, abrigando serviços ou utilidades públicas, diversamente dos bens dominicais, que se 
prestam ao atendimento de finalidades de interesses privados e dos bens de uso comum 
do povo, que são de uso difuso e irrestrito a todos.
d) aos bens dominicais, que são os bens públicos sem destinação e, portanto, sujeitos ao re-
gime jurídico de direito privado, admitindo usos distintos daqueles precipuamente destinados 
ao atendimento do interesse público.
e) aos bens públicos afetados formal ou informalmente a uma atividade de interesse público, 
não se admitindo a compatibilização com usos voltados a interesses de natureza privada, em 
razão da diversidade de regimes jurídicos.
Letra b.
a) Errada. Tais características são atribuídas a todos os bens públicos (dominicais, uso espe-
cial e uso comum).
b) Certa. O uso dos bens públicos deve ser disponibilizado de tal forma que permita proporcio-
nar o máximo de benefícios à coletividade.
c) Errada. Tais características são atribuídas a todos os bens públicos (dominicais, uso espe-
cial e uso comum).
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d) Errada. Tais características são atribuídas a todos os bens públicos (dominicais, uso espe-
cial e uso comum).
e) Errada. Mesmo que estejam afetados, os bens públicos podem ser usados por particulares, 
desde que não prejudiquem o interesse coletivo.
Questão 31 (2010/FCC/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Quando a Administração 
Pública adquire um imóvel para ali ser instalado determinado órgão público, ele é classificado 
como bem
a) de uso particular da Administração.
b) de uso especial.
c) de uso comum do povo.
d) dominical, ou dominial.
e) privado, da Administração.
Letra b.
Bens de uso especial são aqueles destinados à prestação dos serviços administrativos.
Questão 32 (2015/FCC/MPE-PB/AUDITOR) O Ministério Público do Estado da Paraíba ajui-
zou ação civil pública contra a Prefeitura de Campina Grande, haja vista a desafetação irregular 
de bem público. A propósito do tema, considere as seguintes assertivas:
I – Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao 
domínio privado, do Estado ou do administrado.
II – Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta, já que podem 
perdê-la pelo instituto da afetação.
III – Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por sua própria 
natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
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Letra d.
I. Errado. Com a desafetação, o bem não é incorporado ao domínio privado, quanto mais do 
administrado. A desafetação é o bem mudar de categoria (uso comum ou especial para bem 
dominical), continuando o bem a ser público.
III. Errado. Todos os bens podem mudar de categoria, inclusive bem de uso comum pode ser 
desafetado.
Questão 33 (2015/FCC/TJ-SC/JUIZ DE DIREITO) Pela perspectiva tão somente das de-
finições constantes do direito positivo brasileiro, consideram-se “bens públicos” os per-
tencentes a 
a) um estado, mas não os pertencentes a um território. 
b) um município, mas não os pertencentes a uma autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os pertencentes ao distrito federal. 
d) uma fundação pública, mas não os pertencentes a uma autarquia.e) uma associação pública, mas não os pertencentes a uma empresa pública. 
Letra e.
a) Errada. Sendo um território criado, será pessoa jurídica de direito público, portanto, os 
seus bens serão públicos.
b) Errada. Por ser a autarquia pessoa de direito público, os seus bens são considerados 
públicos.
c) Errada. Bem de sociedade de economia mista é bem privado.
d) Errada. Por ser a autarquia pessoa de direito público, os seus bens são considerados 
públicos.
e) Certa. As associações públicas são entidades que surgem para administrar um consórcio 
público, que é a reunião de entes da Federação. Segundo o Código Civil, as associações públi-
cas terão natureza de autarquia, assim seus bens serão considerados públicos. Já os bens das 
empresas públicas são considerados privados.
Questão 34 (2015/FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Asdrúbal havia re-
cebido permissão de uso de bem público para a instalação de banca de jornal em praça apra-
zível do Bairro das Flores. Após 20 anos no mesmo local, o Município entendeu que a banca 
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de Asdrúbal atrapalhava o trânsito, tendo em vista o crescimento do comércio no bairro. Para 
retirar a banca de Asdrúbal, o Município deve
a) revogar a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
b) anular a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
c) revogar a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
d) anular a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
e) proceder à cassação da permissão de uso de bem público, realizando uma apuração de ha-
veres para certificar-se de que Asdrúbal terá direito à indenização. 
Letra c.
Por ser a permissão um ato administrativo precário, pode ser revogado a qualquer momento, 
sem direito à indenização.
Questão 35 (2015/FCC/TCE-CE/AUDITOR) De acordo com a Constituição Federal e a Lei n. 
8.666/1993, os bens públicos 
I – dependem, em regra, de prévia autorização legislativa para alienação. 
II – são imprescritíveis, o que significa que não são alcançados em execuções por dívidas.
III – caracterizam-se como dominicais, quando afetados a finalidade pública.
IV – os de uso especial não estão protegidos pela impenhorabilidade.
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) III e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I.
Letra e.
I. Certo. Para serem alienados, os bens públicos, imóveis, dependerão de autorização legisla-
tiva.
II. Errado. Imprescritibilidade significa que não podem ser adquiridos por usucapião.
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Bens Públicos
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III. Errado. Bens dominicais são aqueles que não estão afetados à finalidade pública.
IV. Errado. Os bens públicos, seja qual for a sua categoria, não estão sujeitos à penhora.
Questão 36 (2015/FCC/TCE-CE/PROCURADOR) O Município de Fortaleza decidiu instituir 
uma feira de produtos orgânicos e sustentáveis em um parque urbano de lazer localizado em 
região com grande fluxo de pessoas e de fácil acesso. Pretende, dessa forma, incentivar a 
prática da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente. Idealizou, assim, no espaço 
destinado a atividades culturais do parque, a instalação de boxes de mesma dimensão. O Mi-
nistério Público instaurou inquérito civil para apurar o fato de o projeto ter sido idealizado em 
um bem de uso comum do povo. Correta orientação jurídica é aquela que
a) opina pela ilegalidade do projeto municipal, tendo em vista que o uso privativo de bens públi-
cos está restrito às categorias de bens dominicais e bens de uso especial, sendo inviável, ainda 
que por meio de licitação, restringir o uso de um bem de uso comum do povo. 
b) se manifesta pela viabilidade do projeto, desde que o espaço destinado a essa finalidade 
seja compatível com a finalidade principal do bem de uso comum do povo, podendo a outorga 
de uso se dar por meio de permissão de uso precedida de licitação, diante da possibilidade de 
competição entre diversos interessados.
c) opina pelo uso pretendido, desde que por meio de concessão de uso, em razão da finalidade 
da outorga, qual seja, preservação do meio ambiente, ser preponderante em relação ao bem de 
uso comum do povo. 
d) recomenda o prosseguimento do projeto, com a outorga, mediante dispensa de licitação, de 
contrato de permissão de uso com prazo indeterminado, que pode ser revogado a qualquer mo-
mento, garantido o livre acesso ao bem de uso comum do povo. 
e) veda o projeto apenas e tão somente em razão da finalidade do uso privativo permitir retorno 
financeiro aos utentes, característica que somente pode estar presente quando não se tratar 
de bem de uso comum do povo, pois é premissa legal a gratuidade da frequência a bens públi-
cos dessa natureza. 
Letra b.
O fato de ser um bem de uso comum não impede que algumas áreas possam ser usadas em 
caráter exclusivo pelo particular. No caso da questão, mediante permissão de uso, pois o uso é 
destinado a interesse da coletividade. E, havendo vários interessados, deve ser feita a licitação.
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Todos os bens públicos podem ser usados em caráter exclusivo pelos particulares, mediante 
autorização, permissão ou concessão de uso.
Questão 37 (2010/FCC/TCE-AP/PROCURADOR) A imprescritibilidade dos bens públicos
a) é aplicável aos bens das empresas públicas, em razão de sua natureza jurídica de direito 
público.
b) não é aplicável aos bens de titularidade das fundações, independentemente do regime jurí-
dico das mesmas.
c) é aplicável aos bens das sociedades de economia mista, independentemente de sua afeta-
ção ao serviço público.
d) é aplicável aos bens das autarquias, porque sujeitos ao regime jurídico de direito público.
e) não é aplicável aos bens de titularidade das pessoas políticas, quando se tratar de usuca-
pião.
Letra d.
a) Errada. Sendo os bens das empresas estatais, não estão protegidos quanto à impenhorabi-
lidade.
b) Errada. Todos os bens das fundações são considerados bens públicos.
c) Errada. Se for afetado à prestação de serviço público, os bens das estatais poderão ser pe-
nhorados.
d) Certa. Sendo os bens das autarquias públicos, não podem ser penhorados.
e) Errada. As pessoas políticas são a União, os estados, o DF e os municípios. Seus bens são 
considerados bens públicos, assim, não podem ser penhorados.
Questão 38 (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL-SC/FISCAL DE POS-
TURAS/2019) Os bens públicos são tema de análise pelo direito administrativo brasileiro. 
A respeito deles, assinale a alternativa correta.
a) Os bens afetados à prestação de serviços públicos, mesmo que não pertencentes a pessoas 
jurídicas de direito público, podem ser penhorados.
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b) Bens dominicais podem ser exemplificados, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
c) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
d) Os bens públicos dominicais não podem ser alienados por iniciativa pública ou projeto de lei.
Letra c.
a) Errada. A afetação é o ato ou o fato que transfere determinado bem da categoria do domí-
nio privado do Estado para a natureza de bem do domínio público e, concomitantemente a 
essa transferência, todo o ônus dos bens dessa natureza. Logo, os bens afetados, mesmo que 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado, ainda conservam as características da 
inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e impossibilidade de oneração.
b) Errada. Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens de uso comum do povo.
c) Certa. É o que estabelece o art. 103 do Código Civil:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
d) Errada. Os bens dominicais não têm destinação específica, podendo ser alienados, observa-
das as exigências legais (são bens desafetados).
Questão 39 (INSTITUTO AOCP/IPM-SP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Referente aos 
bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os bens das empresas públicas prestadoras de serviços públicos se sujeitam à penhora, 
desde que eles não estejam diretamente ligados à prestação de serviços e desde que a penho-
ra não comprometa a execução dessa atividade.
b) No tocante aos bens das empresas estatais exploradoras de atividades econômicas, seus 
bens gozam de todas as garantias conferidas aos bens públicos.
c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião, contanto que sejam de uso especial.
d) São bens públicos os dominicais, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
e) Incluem-se entre os bens dos Estados membros, dentre outros, os potenciais de energia 
hidráulica.
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Letra a.
a) Certa. O STJ vem admitindo a penhora de bens de empresas públicas (em sentido lato) pres-
tadoras de serviço público apenas se estes não estiverem afetados à consecução da atividade 
– fim (serviço público) ou se, ainda que afetados, a penhora não comprometer o desempenho 
da atividade. Essa lógica se aplica às empresas privadas que sejam concessionárias ou per-
missionárias de serviços públicos. (STJ -REsp 1070735/RS)
b) Errada. Conforme já explicado na alternativa “a”, os bens não afetados à consecução da 
atividade – fim, podem ser penhorados.
c) Errada. Em regra, os bens públicos não podem sem adquiridos por usucapião, pois são im-
prescritíveis.
d) Errada. Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens de uso comum do povo.
e) Errada. De acordo com o art. 176 da CF, os potenciais de energia hidráulica são bens perten-
centes à União.
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráu-
lica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e per-
tencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
Questão 40 (INSTITUTO AOCP/IPM-SP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Tendo em vista 
a legislação, a doutrina e a jurisprudência de Direito Administrativo, assinale a alternativa cor-
reta.
a) O poder de polícia do Estado, as cláusulas exorbitantes presentes nos contratos adminis-
trativos e a definição de privilégios tributários para as pessoas jurídicas de direito público são 
prerrogativas conferidas à Administração Pública em decorrência do princípio da indisponibi-
lidade do interesse público.
b) Consoante a doutrina, são exceções constitucionais ao princípio da legalidade a edição de 
medidas provisórias e as situações de estado de defesa e estado de sítio.
c) Consubstanciam-se em bens de uso comum do povo os bens que a Administração Pública 
mantém para o uso normal da população, de uso livre ou gratuito, sendo vedada a cobrança de 
taxas pelo seu uso.
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d) São características dos bens públicos a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a onera-
bilidade.
e) A conveniência e a oportunidade são consideradas elementos nucleares do poder vinculado.
Letra b.
a) Errada. Essas prerrogativas decorrem do princípio da supremacia do interesse público sobre 
o interesse privado.
b) Certa. Celso Antônio Bandeira de Mello (2004) apresenta como exceção ao princípio da 
legalidade: as medidas provisórias, o estado de defesa e o estado de sítio. Isso porque, para o 
autor, a MP não é lei. Tem apenas força de lei. Um ato que só tem força de lei por fazer o que 
seria feito por lei, seria, então, exceção ao princípio da legalidade. Já o estado de sítio e defesa 
porque são situações excepcionais por meio de Decreto, ato administrativo, criando obriga-
ções. Assim, essas situações não seriam leis em sentido estrito, mas criam obrigações.
c) Errada. Segundo o art. 103 do Código Civil os bens de uso comum do povo podem ser utili-
zados de forma gratuita ou retribuída:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
d) Errada. São características dos bens públicos: a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e 
a impossibilidade de oneração.
e) Errada. Esses são elementos do poder discricionário, não vinculado.
Questão 41 (INSTITUTO AOCP/CÂMARA DE MARINGÁ-PR/ADVOGADO/2017) Referente 
aos bens públicos, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) INCORRE-
TA(S).
I – Os edifícios em que se encontram sediados o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 
na Praça da Sé, e o Fórum João Mendes Júnior, na Praça João Mendes, são bens de uso espe-
cial, pertencentes à Fazenda do Estado, afetados ao uso do Poder Judiciário.
II – Os bens de uso comum do povo não perdem essa característica se o Estado regulamentar 
sua utilização de maneira onerosa.
III – Os terrenos e edifícios usados pelo próprio Estado para execução de serviço público es-
pecial são considerados bens de uso geral ou uso comum do povo, na medida em que a 
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acessibilidade a eles se dá por meio da utilização universal, por toda a população, com livre 
trânsito em suas dependências.
a) I, II e III.
b) II e III.
c) I eIII.
d) Apenas II.
e) Apenas III.
Letra e.
A letra “e” é o gabarito, pois apenas o item III está incorreto.
I –	Certo. Conforme estabelece o art. 99 do CC:
Art. 99. II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou esta-
belecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas 
autarquias;
II –	Certo. Segundo o art. 103 do Código Civil os bens de uso comum do povo podem ser utili-
zados de forma gratuita ou retribuída (onerosa):
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
III – Errado. Como já visto no Item I, os terrenos e edifícios usados pelo próprio Estado para 
execução de serviço público são bens públicos especiais.
Questão 42 (Q914948/AOCP/CODEM-PA/ADVOGADO/2017) A Administração, para poder 
exercer suas atividades, necessita ser detentora de bens que possam garantir a efetividade 
destas. Tais bens, por sua vez, formam o chamado “domínio público”. Assim, com base na 
ideia de administração, utilização, alienação e características dos bens públicos, assinale a 
alternativa correta:
a) A inalienabilidade dos bens públicos tem caráter absoluto, uma vez que esta é a melhor for-
ma de se preservar o patrimônio nacional.
b) Para resguardar os interesses públicos, o legislador infraconstitucional vedou a utilização 
de bens públicos por particulares.
c) As terras devolutas, mesmo sendo consideradas bens públicos dominicais, estão sujeitas 
ao chamado processo discriminatório, o qual objetiva afastar a incerteza jurídica do domínio 
público ou particular dessas áreas.
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d) Os bens públicos dominicais são destinados à utilização imediata do povo. Por esse motivo, 
só podem ser alienados se respeitarem as determinações legais.
e) As repartições públicas estão instaladas nos chamados bens de uso comum.
Letra c.
a) Errada. A inalienabilidade não é absoluta. Enquanto afetados, os bens públicos são abso-
lutamente inalienáveis, ou seja, não poderá acontecer sua transferência para terceiros. Nesse 
sentido, dispõe o art. 100 do Código Civil que os bens públicos de uso comum do povo e os de 
uso especial (bens afetados) são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na 
forma que a lei determinar. Assim, havendo a desafetação, pode ocorrer a alienação do bem.
b) Errada. Obedecidas as exigências legais, todos os bens públicos, qualquer que seja sua 
natureza – de uso comum, de uso especial ou dominical -, são passíveis de uso especial por 
particulares, desde que a utilização consentida pela Administração não os leve à inutilização 
ou à destruição.
c) Certa. A ação discriminatória visa à separação das terras públicas e particulares. Tem por 
objetivo apartar o que é devoluto daquilo que legitimamente incorporou-se ao patrimônio par-
ticular.
d) Errada. Os bens públicos dominicais não têm destinação específica, podem ser alienados, 
observadas as exigências legais.
e) Errada. As repartições públicas fazem parte dos bens especiais.
Questão 43 (Q1246304/AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2016) Sobre os bens públicos, assi-
nale a alternativa correta.
a) São bens públicos os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a 
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusi-
ve os de suas autarquias; os de uso especial, que constituem o patrimônio das pessoas jurídi-
cas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades; 
os dominicais, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) Os bens de uso comum do povo podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
c) Bens públicos dominicais constituem-se no patrimônio das pessoas jurídicas de direito pú-
blico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades e podem ser alie-
nados, observadas as exigências da lei.
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d) Os bens públicos dominicais são inalienáveis.
e) O uso comum dos bens públicos deve ser gratuito.
Letra c.
a) Errada. A alternativa trocou o conceito de todos os bens públicos:
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
b) Errada. Os bens que podem ser alienados são os bens dominicais.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
c) Certa. Esse é o correto conceito de bens dominicais:
Art. 99. São bens públicos:
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) Errada. Os bens dominicais podem ser alienados:
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
e) Errada. O uso pode ser gratuito ou retribuído:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Questão 44 (AOCP/SERCOMTEL S.A TELECOMUNICAÇÕES/ANALISTA/2016) Quanto à 
destinação, os bens públicos se classificam como:
a) bens gerais e bens particulares.
b) bens federais, bens estaduais, bens distritais e bens municipais.
c) bens inalienáveis e bens impenhoráveis.
d) bens de capital, bens de patrimônio e bens de uso.
e) bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais.
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Letra e.
O artigo 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens 
públicos:
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Questão 45 (AOCP/CASAN/ADVOGADO/2016) Sobre os bens públicos, assinale a alterna-
tiva correta.
a) É bem público de uso especial: o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
b) A administração pública adquire patrimônio somente pela desapropriação,https://www.grancursosonline.com.br
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Os recursos da Plataforma Continental e da Zona Econômica Exclusiva – ZEE, são da 
UNIÃO. Os recursos que lá estão são federais.
Mas o que vem a ser essas áreas? Vamos ilustrar para facilitar:
A plataforma continental compreende o solo e subsolo. O que está ali depositado pertence 
à União.
A ZEE compreende uma faixa de 12 às 200 milhas marítimas (aproximadamente 370 km):
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Quanto ao mar territorial, é um território brasileiro. Compreende a extensão de 12 milhas 
marítimas (aproximadamente 22 km). Tudo que acontecer no mar territorial está acontecendo 
em território brasileiro. Se, por exemplo, uma pessoa nasce nesse território, é brasileiro nato, pois 
nasceu em “solo” brasileiro. Se um crime acontece em embarcação no mar territorial, ocorreu um 
crime em território brasileiro. Em resumo, é uma porção do mar considerado território brasileiro.
VIII – os potenciais de energia 
hidráulica;
São as fontes que produzem a energia por meio da água e pertencem à União. 
Sua utilização, para fins de exploração industrial, está sujeita ao sistema de 
autorizações e concessões.
IX  – os recursos minerais, 
inclusive os do subsolo;
Podem estar na superfície ou no subsolo. Nas duas hipóteses pertence à 
União. A pesquisa, exploração ou aproveitamento necessitam de uma autori-
zação e concessão pela União mesmo em terras privadas.
X – as cavidades naturais sub-
terrâneas e os sítios arqueoló-
gicos e pré-históricos;
– cavernas e grutas;
– Os sítios arqueológicos e pré-históricos são locais onde se encontram ves-
tígios de civilizações pré-históricas.
XI – as terras tradicional-
mente ocupadas pelos índios.
Essas terras pertencem à União.
Veja: art. 231, § 1º, da Constituição Federal.
Questão 1 (2019/CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) As terras devolutas são
a) terras de propriedade da União que não têm afetação específica e que, portanto, são consi-
deradas disponíveis.
b) terras públicas que estão afetadas a um uso público, mas que ainda não foram arrecadadas 
por ações discriminatórias.
c) terras públicas ou privadas localizadas em faixas de fronteira, reservas indígenas ou terre-
nos de marinha.
d) terras públicas ou privadas consideradas indispensáveis à defesa de fronteira e à preserva-
ção ambiental.
e) terras públicas não incorporadas a patrimônio particular e que não estejam afetadas a qual-
quer uso público.
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Letra e.
Bens dominicais ou dominiais são bens de domínio privado ou bens do patrimônio disponível 
que não possuem uma destinação específica. É um bem público (União, Estado, DF ou muni-
cípio) mas que não são destinados para uso da coletividade, nem vinculados a prestação de 
atividades administrativas. São exemplos: os terrenos de marinha e seus acrescidos; terras 
devolutas; terrenos marginais.
Estaduais
São aqueles que estão previstos no art. 26 da CF.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste 
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob 
domínio da União, Municípios ou terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
A atribuição de bem estadual é praticamente por exclusão. O que não for da União ou de 
município será do Estado.
Municipais
Bens municipais não tiveram capítulo específico na CF. Pertencem aos municípios aqueles 
bens em suas linhas territoriais e que não sejam de titularidade da União ou dos Estados.
Quanto à Natureza
QUANTO À 
NATUREZA
Bem de uso comum do povo
Bens de uso especial
Bens dominicais/dominiais
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Bem de uso
comum do povo
Destinados ao uso comum e geral de 
toda a comunidade.
Ex.: rios, os mares, as estradas, ruas 
e praças.
Bens de
uso especial
Destinam-se à prestação dos serviços 
administrativos.
São bens vinculados ao exercício de 
alguma atividade administrativa.
Ex.: os edifícios ou terrenos desti-
nados a serviço ou estabelecimento 
da Administração, veículos oficiais, 
prédios públicos, bibliotecas públi-
cas, terras tradicionalmente ocupa-
das pelos índios.
Bens dominicais ou dominiais 
(bens de domínio privado ou bens 
do patrimônio disponível).
não possuem uma destinação especí-
fica. É um bem público (União, Estado, 
DF ou município) mas que não são 
destinados para uso da coletividade, 
nem vinculados a prestação de ativi-
dades administrativas.
Ex.: terrenos de marinha e seus 
acrescidos; terras devolutas; terre-
nos marginais; um lote que a União 
tenha e não está usando para nada, 
nem é para uso da sociedade (“um 
terreno ocioso”).
Os bens de uso comum do povo e os de uso especial são bens públicos com destinação pú-
blica específica (afetados) e, portanto, são inalienáveis enquanto conservarem essa qualifica-
ção, na forma em que a lei dispuser. Os bens dominicais, por não terem destinação específica, 
podem ser alienados respeitadas as exigências legais. No caso de bens imóveis (art. 17, I, Lei 
n. 8.666/1993).
A afetação é o ato ou fato por meio do qual um bem, não vinculado a um fim específico, 
passa a sofrer destinação ao fim público, se tornando bem de uso comum do povo ou de uso 
especial.
A desafetação ocorre por meio de ato em que um determinado bem vinculado ao uso cole-
tivo ou ao uso especial tem suprimida essa destinação pública.
Portanto, o ato de afetação significa dar destinação pública a um bem que não tinha tal 
destinação. E a desafetação é retirar a destinação pública do bem.
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Afetados
Inalienáveis enquanto 
conservarem essa qualificação.
Sem destinação específica
Podem ser alienados respeitadas 
as exigências legais.
BENS DE USO COMUM DO POVO
E
BENS DE USO ESPECIAL
BENS 
DOMINICAIS
Afetação ou desafetação pode ser expressa ou tácita. Será expressa quando decorrer de lei 
ou de ato administrativo. Será tácita quando resultar da atuação da Administração Pública, 
porém sem manifestação expressa a respeito, ou de fato da natureza, o que pode ocorrer, por 
exemplo, quando a Administração Pública determina a instalação de umarequisição de 
coisas móveis consumíveis, aquisição por força de lei ou de processo judicial de execução, 
investidura.
c) São bens públicos de uso comum do povo: rios, mares, estradas, ruas e praças. São bens 
públicos dominicais: edifícios ou terrenos destinados ao serviço ou estabelecimento da admi-
nistração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
d) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
e) Os bens públicos são inalienáveis, sem qualquer exceção.
Letra d.
a) Errada. A alternativa apresentou o conceito de bem dominical.
Art. 99 CC
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
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b) Errada. As formas de aquisição de patrimônio pela Administração Pública são: usucapião, de-
sapropriação, perda ou confisco, acessão, aquisição causa mortis, arrematação e adjudicação.
c) Errada. Os edifícios ou terrenos destinados ao serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias são bens especiais.
d) Certa. De fato, o uso pode ser gratuito ou retribuído:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
e) Errada. Os bens dominicais podem ser alienados, além dos bens desafetados.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Questão 46 (AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2015) Assinale a alternativa correta.
a) Os rios, mares, estradas, ruas e praças não são bens públicos.
b) São bens públicos os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de 
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) Os bens públicos podem ser alienados, penhorados e onerados.
d) A continuidade do serviço público não é um princípio que rege o serviço público.
e) Não existem serviços públicos comerciais ou industriais, sendo estes próprios da iniciativa 
privada.
Letra b.
a) Errada. Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos de uso comum.
b) Certa. Esse é o correto conceito de bens públicos dominicais:
Art. 99 CC
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) Errada. Em regra, os bens públicos são a inalienáveis, impenhoráveis, imprescritíveis e im-
penhoráveis.
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d) Errada. A continuidade é um princípio do serviço público que significa que os serviços públi-
cos não devem sofrer interrupção.
e) Errada. Pode haver serviços públicos comerciais ou industriais. Por exemplo, as sociedades 
de Economia Mista (ex: Banco do Brasil) e as Empresas Públicas (ex: Correios, Caixa) são ser-
viços públicos comerciais.
Questão 47 (2017/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-
TROS) Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que
a) os bens dominicais, não estando afetados à finalidade pública específica, podem ser aliena-
dos por meio de institutos do direito privado (compra e venda, doação, permuta) ou do direito 
público (investidura, legitimação de posse e retrocessão).
b) a concessão de uso de bem público dispensa licitação.
c) compra, permuta ou doação com encargo de bens imóveis dependerá de interesse público 
devidamente justificado, prévia avaliação e de licitação na modalidade concorrência.
d) são classificados como bens de uso comum do povo aqueles de utilização pública a exem-
plo dos imóveis onde se encontram instaladas as repartições públicas da Administração mu-
nicipal, estadual ou federal e os museus.
Letra a.
A letra a está CORRETA. Os bens públicos dominiais, também chamados de dominicais ou, 
ainda, bens do patrimônio disponível, apesar de integrarem o patrimônio público, não se encon-
tram afetados para nenhum fim, podendo ser, ainda, alienados a qualquer tempo. Com efeito, 
os bens dominiais possuem as características da impenhorabilidade, da imprescritibilidade e 
impossibilidade de oneração; no entanto, são bens alienáveis. A alienação pressupõe, como 
regra geral, autorização legislativa e licitação. Portanto, a inalienabilidade dos bens públicos é 
RELATIVA. Nada obstante, além da possibilidade de alienação, sob o crivo do regime público, 
é possível a ocorrência de permuta, dação em pagamento e doação. Ademais, os bens domini-
cais admitem a formalização de seu uso por meio de institutos do direito privado (ex.: locação, 
enfiteuse, concessão de direito real de uso).
A letra b está INCORRETA, pois sendo contratos administrativos, as concessões de uso de 
bem público recebem a incidência normativa própria do instituto, ressaltando a desigualdade 
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das partes contratantes e a aplicação das cláusulas de privilégio decorrentes do direito públi-
co. Desse modo, deve ser realizada licitação prévia para a seleção do concessionário que apre-
sentar as melhores condições para o uso do bem público. Será inexigível, porém, o procedimento 
quando a hipótese não comportar regime de normal competição entre eventuais interessados. 
A inexigibilidade, entretanto, deve ser considerada como exceção. Tratando-se de contrato ad-
ministrativo, o prazo deve ser determinado, extinguindo-se direitos e obrigações quando do 
advento do termo final do acordo (Carvalho Filho, 2016).
Igualmente, a letra c está INCORRETA. Nos termos do art. 17 da Lei n. 8.666/1993, em regra, 
a alienação de bens imóveis da Administração Pública está subordinada à existência de inte-
resse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e dependerá de autoriza-
ção legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, 
para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na 
modalidade de concorrência. Contudo, a adoção de licitação na modalidade concorrência será 
dispensada, entre outros casos, quando se tratar de: (i) doação, permitida exclusivamente para 
outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o 
disposto nas alíneas f, h e i; (ii) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes 
do inciso X do art. 24 desta Lei;
Por fim, a letra d também está INCORRETA, pois os bens de uso comum do povo são aqueles 
que, por lei ou em face de sua natureza, são destinados ao uso da coletividade, sem distinção 
de usuários, limitação de horários e remuneração, tais como ruas, rios navegáveisou flutuá-
veis, praias naturais e mar. Ressalta-se, por oportuno, que o conceito apresentado foi o de 
bens de uso especial, que são compreendidos como sendo aqueles destinados à execução 
dos serviços públicos, a exemplo de um edifício onde esteja instalada uma cadeia pública, uma 
repartição pública etc.
Questão 48 (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-
TROS) Com relação aos bens públicos imóveis, é correto afirmar:
a) Os imóveis públicos rurais, com área maior do que o módulo rural, sujeitam-se à prescrição 
aquisitiva.
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b) A alienação de bens imóveis da Administração deverá ser objeto de prévio certame licitató-
rio, por tomada de preços.
c) A afetação do bem público exige rigorismo formal e só poderá ser realizada de forma ex-
pressa, não se admitindo a tácita.
d) Os bens de uso comum do povo, enquanto afetados ao Poder Público, não poderão ser ob-
jetos de alienação.
Letra d.
A letra a está INCORRETA. São características dos bens de uso comum e de uso especial a 
inalienabilidade, a  imprescritibilidade, a  impenhorabilidade e a impossibilidade de oneração. 
A inalienabilidade significa que os bens públicos, enquanto estiverem afetados ao uso comum 
ou especial, não podem ser objeto de alienação. Por sua vez, a imprescritibilidade dos bens 
públicos significa que não corre a prescrição contra esses bens, isto é, não se admite a usu-
capião dos bens públicos. Já a impenhorabilidade significa que esses bens não podem ser 
penhorados para assegurar o pagamento das dívidas contraídas pelo Poder Público, porque a 
Constituição assegura que os créditos contra a Fazenda Pública se submetem ao regime dos 
precatórios ou das requisições de pequeno valor, previsto no art. 100 da CF. Por último, 
a impossibilidade de oneração possui o mesmo fundamento da impenhorabilidade, uma vez 
que esses bens não podem ser ofertados como garantia na obtenção de empréstimos pelo 
fato de a Constituição assegurar que os créditos contra a Fazenda Pública se submetem ao 
regime dos precatórios ou das requisições de pequeno valor.
De igual forma, a letra b está INCORRETA, pois, como visto na questão anterior, por força do 
art. 17, inciso I, da Lei n. 8.666/1993, em regra, a alienação de bens imóveis públicos depende 
de licitação na modalidade CONCORRÊNCIA.
Por sua vez, a  letra c também está INCORRETA. Celso Antônio Bandeira de Mello conceitua 
afetação como “a preposição de um bem a um dado destino categorial de uso comum ou es-
pecial, assim como a desafetação é sua retirada do referido destino. Os bens dominicais são 
bens não afetados a qualquer destino público”. A afetação pode ocorrer independentemente 
de qualquer conduta estatal, como ocorre com os bens que são naturalmente afetados, como 
os rios e os mares; por lei ou por ato administrativo que determine a destinação de um bem 
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
dominial ou de uso especial ao uso público, como a afetação de um terreno não edificado por 
lei municipal, como praça pública. Os bens que são naturalmente afetados ao uso comum do 
povo não podem ser desafetados, uma vez que são insuscetíveis de valoração. São, portanto, 
bens revestidos com a inalienabilidade absoluta (ex.: praias e rios). Por sua vez, os bens que 
venham a ser afetados por lei, ato administrativo ou fato administrativo são bens relativamen-
te inalienáveis, ou ainda, de alienabilidade condicionada, haja vista que deixam a categoria de 
inalienáveis e passam a ser passíveis de alienação quando perdem a sua destinação comum 
ou especial e passam a integrar a categoria de bens dominicais.
Por fim, a letra d é a única CORRETA. Conforme acima exposto, e levando em consideração 
o art. 100 do Código Civil, os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Questão 49 (2014/CONSULPLAN/CBTU/ADVOGADO) Sobre bens públicos, assinale a al-
ternativa INCORRETA.
a) Entende-se por bens públicos, os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurí-
dicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem.
b) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Da mesma forma, os bens pú-
blicos não estão sujeitos a usucapião.
c) São bens públicos, os bens de uso comum do povo, além dos bens de uso especial, que são 
aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial 
ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
d) O uso comum dos bens públicos é, obrigatoriamente, gratuito. A legislação vigente não pos-
sibilita qualquer tipo de retribuição (remuneração) para o uso comum de bens públicos. Dessa 
forma, bens (imóveis) públicos não podem ser alugados ou alienados a terceiros que não se-
jam de direito público.
Letra a.
A Letra a está CORRETA, haja vista ser a mera reprodução do art. 98 do Código Civil.
De igual forma, a Letra b também está CORRETA, uma vez que corresponde à literalidade do 
art. 100 do Código Civil.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Por sua vez, a Letra c está CORRETA. Realmente, os bens públicos podem ser classificados em 
bens de uso comum do povo (art. 99, I, CC/2002), que são aqueles que se destinam à utilização 
geral pelos indivíduos, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; e também em bens de 
uso especial, aqui incluídos os bens diretamente afetados à prestação dos serviços adminis-
trativos e públicos (art. 99, II, CC/2002), como os prédios em que funcionam as repartições pú-
blicas, as viaturas policiais, os quartéis militares etc. Ressalte-se que o fato de não terem sido 
mencionados os bens dominicais não torna a assertiva incorreta, porquanto não se afirmou 
que apenas aqueles seriam os bens públicos.
Por fim, a Letra d é a única INCORRETA. Os bens públicos de uso comum podem se sujeitar a 
alguma forma de retribuição (art. 103 do CC/2002). Costuma-se citar o exemplo da cobrança 
efetuada a motoristas para que possam estacionar seus automóveis em algumas vias públi-
cas. Trata-se de retribuição pecuniária pela utilização transitória de bens públicos de uso co-
mum do povo (ruas, avenidas, praças etc.).
Questão 50 (2013/CONSULPLAN/TRE-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRA-
TIVA) Determinada empresa pública estadual pretende alienar determinado imóvel de sua pro-
priedade, o qual não guarda mais vinculação com o exercício de suas atividades. Sobre o caso, 
assinale a alternativa correta.
a) Como bem de uso especial, o bem da empresa pública é gravado legalmente com cláusula 
de inalienabilidade.
b) Os bens das empresas públicas são bens públicos, de modoque não podem ser alienados 
por meio de contrato de compra e venda.
c) Apesar de ser bem privado, a alienação dos bens imóveis das empresas públicas depende 
de avaliação prévia e licitação na modalidade de concorrência.
d) As empresas públicas estaduais, como hierarquicamente subordinadas ao Estado, não pos-
suem autonomia financeira e patrimonial, não possuindo, portanto, patrimônio próprio.
e) Por ser bem pertencente à pessoa jurídica de direito privado, os bens imóveis das empresas 
públicas são privados, podendo ser alienados por meio de contrato de compra e venda.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Letra c.
Primeiramente, devemos atentar que a presente questão foi elaborada no ano de 2013 e, por-
tanto, antes do advento da Lei n. 13.303/2016, responsável por estabelecer o estatuto 
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e suas subsidiárias, no âmbito 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Com efeito, considerando o ano de elaboração da presente questão, temos que esta deveria 
ser respondida com base na Lei n. 8.666/1993.
Nesse contexto, das assertivas apresentadas, apenas a Letra c está CORRETA. A alienação de 
imóveis pertencentes à Administração Direta, em regra, além de necessitar de avaliação prévia 
e licitação na modalidade concorrência, deve ser precedida de AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA. 
Por outro lado, tratando-se de empresas públicas e sociedades de economia mista e suas sub-
sidiárias, nos termos do art. 17, I, da Lei n. 8.666/1993, será necessária (apenas) AVALIAÇÃO 
PRÉVIA e licitação na modalidade concorrência. Nesse sentido, vejamos:
Art. 1º, Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades 
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse públi-
co devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I  – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e 
entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá 
de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes 
casos [...].
Por oportuno, cabe ressaltar que, com o advento da nova legislação (Lei n. 13.303/2016), não 
há mais qualquer distinção entre a alienação de bens móveis e imóveis, quando promovida 
pelas empresas públicas e sociedade de economia mista, não havendo sequer a previsão de 
que essa alienação ocorra obrigatoriamente mediante concorrência, apenas de ser obrigatória 
a realização de licitação, por força, inclusive, do regime constitucional. Nesse sentido:
Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por sociedades de economia mista será pre-
cedida de:
I – avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hipóteses previstas nos incisos XVI a 
XVIII do art. 29;
II – licitação, ressalvado o previsto no § 3º do art. 28.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 51 (2012/CONSULPLAN/TSE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De 
acordo com a classificação dos bens públicos, é correto afirmar que o meio ambiente
a) é um bem de uso comum do povo por expressa disposição constitucional.
b) é um bem de uso especial por ter uma destinação específica.
c) é um bem dominical por não estar afetado a nenhuma finalidade específica.
d) não se enquadra em nenhuma classificação, uma vez que não é considerado um bem para 
o direito brasileiro.
Letra a.
A letra a é a única alternativa, uma vez que, nos termos do art. 225 da Constituição Federal de 
1988, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Por decorrência lógica, todas as demais assertivas estão INCORRETAS e dispensam maiores 
comentários.
Questão 52 (2011/CONSULPLAN/CREA-RJ/ENGENHEIRO CIVIL) Sobre bens públicos, 
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
(  )	� São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertence-
rem.
(  )	� Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
(  )	� Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
(  )	� Os bens públicos dominicais são inalienáveis.
A sequência está correta em:
a) V, V, V, V
b) F, F, F, F
c) V, V, V, F
d) V, V, F, F
e) V, F, V, F
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Bens Públicos
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Letra c.
A afirmativa I corresponde à literalidade do art. 98 do Código Civil e, portanto, é VERDADEIRA. 
De igual forma, a afirmativa II representa o disposto no art. 100 do CC, razão pela qual também 
é VERDADEIRA. Já a afirmativa III corresponde à literalidade do art. 102 e, portanto, também é 
VERDADEIRA.
Por sua vez, a  afirmativa IV é a única FALSA, pois, nos termos do art.  101 do Codex Civil, 
os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências legais.
Como vimos, os bens dominicais (ou dominiais ou bens do patrimônio disponível), apesar de 
integrarem o patrimônio público, não se encontram afetados para nenhum fim, podendo ser, 
ainda, alienados a qualquer tempo. Os bens dominiais possuem as características da impe-
nhorabilidade, da imprescritibilidade e impossibilidade de oneração; no entanto, conforme já 
assinalado, são bens alienáveis. A alienação pressupõe, como regra geral, autorização legisla-
tiva e licitação, razão pela qual a doutrina afirma que os bens dominiais possuem como carac-
terística a inalienabilidade relativa.
Questão 53 (2022/FGV/PC AM/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em matéria de classificação do 
bem público quanto à sua destinação, uma Delegacia de Polícia Civil situada no Centro da ci-
dade de Manaus é classificada como bem
a) de uso especial, que é utilizado para prestação de serviço público pelo Estado aos cidadãos.
b) de uso comum do povo, que é utilizado ou colocado à disposição de toda população.
c) dominical, que é utilizado no serviço de segurança pública oferecido pelo Estado aos cida-
dãos.
d) desafetado, que é usado com a finalidade específica de prestação de serviço público pelo 
Estado aos cidadãos.
e) de uso extraordinário, que é utilizado ou colocado à disposição de toda população.
Letra a.
a) Certa. Os bens de uso especial destinam-se à prestação dos serviços administrativos. São 
bens vinculadosao exercício de alguma atividade administrativa.
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
b) Errada. Os bens de uso comum são destinados ao uso comum e geral de toda a comunida-
de, exemplo: ruas e praças.
c) Errada. Os bens dominicais não possuem uma destinação específica. É um bem público 
(União, Estado, DF ou município) mas que não são destinados para uso da coletividade, nem 
vinculados a prestação de atividades administrativas, exemplo: terras devolutas; terrenos mar-
ginais; um lote que a União tenha e não está usando para nada.
d) Errada. Desafetação ocorre por meio de ato em que um determinado bem vinculado ao uso 
coletivo ou ao uso especial tem suprimida essa destinação pública.
Questão 54 (2022/FGV/SENADO FEDERAL/CONSULTOR LEGISLATIVO) A sociedade em-
presária Alfa, após processo licitatório, celebrou contrato administrativo com a União receben-
do consentimento estatal para utilização especial de bem público consistente em uma lancho-
nete no presídio federal Gama, por prazo determinado, realizando investimento financeiro para 
instalação da lanchonete.
No caso em tela, de acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a modalidade de uso de 
bem público por particular adotada foi
a) concessão de uso.
b) autorização de uso.
c) permissão de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) cessão de uso.
Letra a.
No caso em tela, trata-se de concessão de uso, vejamos os conceitos das alternativas:
Concessão de uso: Contrato administrativo com prazo determinado e não poder ser revogado 
a critério da Administração Pública.
• Pode ser para interesse público ou do particular.
• Exige licitação
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Autorização de uso: Ato discricionário e precário. Pode ser condicionada (com prazo).
• Interesse predominantemente particular.
• Dispensa licitação
Permissão de uso: Ato discricionário e precário. Pode ser condicionada (com prazo)
• Interesse predominantemente público.
• Em regra, exige licitação
Concessão de direito real de uso: transferência de uso (remunerado ou gratuito) de terreno 
público para o particular, é realizado mediante contrato.
Cessão de uso: Trata-se de transferência gratuita de um bem público de um órgão para outro. .
Questão 55 (2022/FGV/TRT 13ª REGIÃO(PB)/TÉCNICO JUDICIÁRIO) De acordo com a 
doutrina de Direito Administrativo, o imóvel próprio onde está instalada a sede do Tribunal Re-
gional do Trabalho da Yª Região, por ser um bem público, goza de determinadas prerrogativas 
decorrentes do regime jurídico de direito público, como por exemplo
a) impenhorabilidade e imprescritibilidade.
b) alienabilidade incondicionada e impenhorabilidade.
c) penhorabilidade e não-onerabilidade.
d) inalienabilidade e penhorabilidade condicionada.
e) imprescritibilidade e alienabilidade incondicionada.
Letra a.
São características dos bens públicos a impenhorabilidade e a imprescritibilidade.
Impenhorabilidade: A Administração Pública submete-se a um processo de execução espe-
cial, na forma do CPC. Trata-se de um processo de execução próprio, via precatórios, regido 
pelo art. 100 da Constituição Federal, não se admitindo a penhora de bens públicos.
Imprescritibilidade: Não podem ser adquiridos mediante usucapião (arts. 183 da CF e 102 do 
CC).
Usucapião é a aquisição de uma propriedade em razão de ter ficado na posse de uma pro-
priedade como se dono fosse durante o prazo previsto em lei. Com isso, a pessoa passa a ser 
proprietária mediante uma declaração judicial.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 56 (2022/FGV/PGE SC/PROCURADOR DO ESTADO) João e sua companheira Ma-
ria ocupam, irregularmente, há vinte anos, terreno que, de acordo com a matrícula imobiliária, é 
de propriedade do Estado de Santa Catarina, no qual ergueram a casa em que residem e uma 
edícula, onde se dedicam à atividade de bar e restaurante.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
a) João e Maria adquiriram o terreno por usucapião;
b) João e Maria têm direito a justa e prévia indenização;
c) o terreno e suas acessões e construções compõem bem de família, de modo que João e 
Maria não podem ser dele desapossados;
d) João e Maria não têm direito à indenização pelas acessões e benfeitorias realizadas no ter-
reno, dada a natureza precária da ocupação;
e) João e Maria têm direito à indenização pela casa, que é bem de família, mas não da edícula, 
que se destina a uma atividade comercial.
Letra d.
Conforme vimos anteriormente, os bens da Administração Pública são imprescritíveis e não 
podem ser adquiridos mediante usucapião, ainda a esse respeito vejamos o entendimento do 
STJ:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 619: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza 
precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.
Questão 57 (2022/FGV/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR) A associação de moradores do Bairro Alfa obteve consentimento do Município 
Beta para utilização especial de bem público consistente no fechamento da Rua Gama, no 
primeiro sábado de junho, das 18h às 23h, para realização de um evento festivo. Sabe-se que 
o mencionado consentimento ocorreu de forma precária, sem prévia licitação, e atendendo ao 
interesse daquela coletividade, sem prejuízo ao interesse público.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o ato praticado pelo poder público munici-
pal consiste em
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DIREITO ADMINISTRATIVO
a) concessão de uso.
b) permissão de uso.
c) autorização de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) concessão de uso especial transitória.
Letra c.
Conforme vimos anteriormente na autorização de uso o ato unilateral é discricionário, precário 
e não há a necessidade de realizar licitação. Trata-se de Interesse predominantemente privado.
Questão 58 (2022/FGV/CÂMARA DE TAUBATÉ -SP/CONSULTOR LEGISLATIVO) O Muni-
cípio Alfa pretende realizar a alienação de determinado bem imóvel, pois verificou, no bojo de 
processo administrativo, a existência de interesse público devidamente justificado, pois a pro-
priedade não é usada há muito tempo para qualquer finalidade pública.
No caso em tela, a venda do imóvel será precedida de
a) consulta pública, exigirá autorização legislativa e, em regra, dependerá de licitação na mo-
dalidade concorrência.
b) avaliação, exigirá autorização legislativa e, em regra, dependerá de licitação namodalidade 
leilão.
c) consulta pública, exigirá autorização do Tribunal de Contas e, em regra, não dependerá de 
licitação.
d) avaliação, exigirá autorização do Prefeito e, em regra, não dependerá de licitação.
e) consulta pública, exigirá autorização do Prefeito e, em regra, dependerá de licitação na mo-
dalidade concorrência.
Letra b.
A resposta da questão está na nova lei de licitações (14.133/2021), vejamos o que dispões 
sobre o tema o referido dispositivo legal:
Art. 76. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público 
devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I – tratando-se de bens imóveis, inclusive os pertencentes às autarquias e às fundações, exigirá 
autorização legislativa e dependerá de licitação na modalidade leilão (...).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 59 (2022/FGV/PC AM/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) João, professor de direito constitu-
cional, informou aos seus alunos que pertencem à União as terras públicas que, em primeiro 
lugar, não tenham recebido destinação do Poder Público e que jamais integraram o patrimônio 
de um particular, ainda que este último se encontre irregularmente na sua posse. Para que 
sejam de propriedade da União, essas terras ainda devem ser indispensáveis à defesa das 
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à pre-
servação ambiental, definidas em lei.
À luz da sistemática constitucional, João referiu-se
a) às terras devolutas.
b) às terras dominicais.
c) aos terrenos de marinha.
d) à plataforma continental.
e) às terras de preservação, defesa e segurança.
Letra a.
No caso apresentado, João referiu-se às terras devolutas. Vejamos o art. 20 da CF/88:
Art. 20. São bens da União:
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções 
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.
As terras devolutas, em regra, pertencem aos Estados. Somente estas previstas no art. 20 da 
CF são de titularidade da União. Terra devoluta significa devolvida. Com a Proclamação da 
República e o modelo federativo, as terras da coroa portuguesa que não tiveram destinação 
foram atribuídas, como regra, aos Estados.
Questão 60 (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) O 
Código Civil conceitua que são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pesso-
as jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa 
a que pertencerem.
Neste sentido, o mesmo diploma legal estabelece que o uso comum dos bens públicos
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
a) deve ser necessariamente retribuído, por meio de tarifa por parte dos particulares usuários.
b) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a sociedade de forma 
genérica.
c) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente o Secretário Municipal de 
Governo.
e) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem.
Letra e.
Para a doutrina, o conceito de bem público é abrangente e se refere à destinação do bem. Se 
é destinado à prestação de serviço público, o bem é público e estará sujeito ao regime jurídico 
especial. Para concursos, na dúvida, a melhor opção é seguir o texto da lei. Porém, o conceito 
dado pela doutrina também pode ser considerado correto, quando não confrontado com o 
conceito legal.
O Código Civil de 2002 apresenta o seguinte conceito:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito pú-
blico interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabeleci-
do legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Questão 61 (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Em 
relação aos bens públicos municipais do Município de Salvador, de acordo com o Código Civil 
e a doutrina de Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta exemplos de bens de 
uso especial.
a) Correios e garagem de veículos de transporte coletivo privado.
b) Postos de saúde, creches e cemitérios municipais.
c) Estabelecimentos privados que prestam serviços de educação.
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d) Praças, estradas e ruas municipais.
e) Lagoas, rios e mares que banham a cidade.
Letra b.
Quanto à natureza, os bens públicos podem ser classificados como de uso comum do povo, 
de uso especial ou bens dominicais. Abaixo coloco um quadro comparativo para melhor com-
preensão:
Bem de uso
comum do povo
destinados ao uso comum e geral 
de toda a comunidade.
Ex.: rios, os mares, as estradas, ruas e praças.
Bens de
uso especial
Destinam-se à prestação dos servi-
ços administrativos.
São bens vinculados ao exercício de 
alguma atividade administrativa.
Ex.: os edifícios ou terrenos destinados a ser-
viço ou estabelecimento da Administração,
veículos oficiais, prédios públicos, bibliotecas 
públicas, terras tradicionalmente ocupadas 
pelos índios.
Bens dominicais ou 
dominiais (bens de 
domínio privado ou 
bens do patrimônio dis-
ponível).
não possuem uma destinação espe-
cífica. É um bem público (União, 
Estado, DF ou município) mas que 
não são destinados para uso da 
coletividade, nem vinculados a pres-
tação de atividades administrativas.
Ex.: terrenos de marinha e seus acrescidos; 
terras devolutas; terrenos marginais; um lote 
que a União tenha e não está usando para 
nada, nem é para uso da sociedade (“um ter-
reno ocioso”).
Como podemos perceber, os bens de uso comum do povo e os de uso especial são bens pú-
blicos com destinação pública específica (afetados) e, portanto, são inalienáveis enquanto 
conservarem essa qualificação, na forma em que a lei dispuser. Os bens dominicais, por não 
terem destinação específica, podem ser alienados respeitadas as exigências legais. No caso 
de bens imóveis (art. 17, I, Lei n. 8.666/1993).
Questão 62 (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Quando 
um bem público é desativado, deixando de servir à finalidade pública anterior, trata do seguinte 
instituto de Direito Administrativo:
a) retrocessão.
b) cessão.
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c) desafetação.
d) afetação.
e) reversão.
Letra c.
a) Errada. A  retrocessão trata do direito conferido ao expropriado de reivindicar que o bem 
retorne ao seu patrimônio, caso a Administração não dê destinação pública ao bem desapro-
priado. A retrocessão surge quando há desinteresse superveniente do Poder Público pelo bem 
que desapropriou.
b) Errada. A cessão se dá quando os bens públicos municipais de uso especial podem ser uti-
lizados por particulares, de acordo com o interesse da Administração Pública.
c) Certa. A desafetação ocorre por meio de ato em que um determinado bem vinculado ao uso 
coletivo ou ao uso especial tem suprimida essa destinação pública. Portanto, o ato de afeta-
ção significa dar destinação pública a um bem que não tinha tal destinação. E a desafetação é 
retirar a destinação pública do bem.
d) Errada. A afetação é o ato ou fato por meio do qual um bem, não vinculado a um fim espe-
cífico, passa a sofrer destinação ao fim público, tornando-se bem de uso comum do povo ou 
de uso especial.
e) Errada. A reversão é instituto da Lei 8.112/90. É o retorno à atividade de servidor aposentado 
por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentado-
ria; ou no interesse da Administração, desde que tenha solicitado a reversão, a aposentadoria 
tenha sido voluntária, estável quando na atividade. Além disso, só é possível caso a aposenta-
doria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação e haja cargo vago.
Questão 63 (VUNESP/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMO-
ÇÃO/2019) A respeito dos bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) As hipóteses de dispensa de licitação para a alienação de bens imóveis estão previstas na 
Lei n. 8.666/93, devendo o rol ser observado por Estados e Municípios.
b) São características da autorização para o uso privativo de bem público a precariedade, a dis-
cricionariedade e a prevalência do interesse do Estado em face do interesse do particular.
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c) Os bens dominicais, em regra, podem ser concedidos em garantia pelo Estado, sendo dis-
pensada a autorização legal.
d) O domínio eminente refere-se ao direito de propriedade do Estado, compreendendo os bens 
das pessoas jurídicas de direito público, submetidos ao regime jurídico especial de Direito Ad-
ministrativo.
e) Os bens das concessionárias de serviços públicos, que estejam afetados à execução da 
atividade estatal, são impenhoráveis.
Letra e
Conforme a jurisprudência do STJ, se o bem estiver afetado, mediante o princípio da continui-
dade do serviço público, tais bens não podem ser penhorados.
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. 
PENHORA ONLINE. AUSÊNCIA DE RISCO À CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO. POSSI-
BILIDADE. 1. Não há óbice à penhora online de ativos financeiros de empresa concessio-
nária de serviço público quando não está demonstrado que o ato constritivo possui o 
condão de interromper a prestação do serviço público. 2. A jurisprudência desta Corte tem 
admitido até mesmo a penhora dos ônibus da empresa de transporte de passageiros. 
A fortiori, é de ser permitida a penhora de dinheiro. No recurso especial, interposto com 
base na alínea a do permissivo constitucional, a recorrente alega violação aos arts. 10, V, 
da Lei n. 7.783/1989, 100 do CC, 649, I, e 678, parágrafo único, do CPC/1973, 17, caput, da 
Lei n. 8.666/93, 35 a 37 da Lei n. 8.987/95, asseverando que: a) por ser concessionária de 
serviço público de transporte coletivo de passageiros, tanto seus bens quanto sua renda 
são impenhoráveis, razão pela qual “as penhoras online via Bacenjud deverão ser conside-
radas nulas, desbloqueadas e devolvidas” (fl. 483); b) o prejuízo advindo da constrição 
judicial, bem como da posterior alienação ou adjudicação, poderá prejudicar a continui-
dade do serviço público prestado (fl. 484); c) os “bens públicos são inalienáveis (...) 
enquanto tiverem afetação pública, ou seja, destinação pública” (fl. 486); e d) considerando 
que é “concessionária de transporte público de passageiros e que os bens constritos (rendas) 
afetam a continuidade da prestação da atividade pública, não poderiam jamais ter sido alvo 
de penhora, dado que, como já dito, são bens de concessionárias públicas, inalienáveis e, por 
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conseguinte, absolutamente impenhoráveis” (fl. 488). Em suas contrarrazões, a recorrida 
pugna pelo não conhecimento do recurso ou, alternativamente, pelo seu não provimento. 
O recurso foi inadmitido pela decisão de fls. 503/504. Interposto agravo, a este foi dado 
provimento, sendo determinada sua reautuação como recurso especial (fls. 544/545). É o 
relatório. Passo a decidir. Inicialmente, cumpre esclarecer que o presente recurso subme-
te-se à regra prevista no Enunciado Administrativo n. 3/STJ, in verbis: “Aos recursos inter-
postos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de 
março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo 
CPC”. A recorrente defende tese segundo a qual, dada a sua condição de concessionária 
de serviço público, seus bens e rendas são absolutamente impenhoráveis, “por serem 
bens públicos de uso especial utilizados no transporte de passageiros”. Em seu entender, 
a  constrição judicial é vedada em respeito aos princípios da continuidade do serviço 
público e da supremacia do interesse coletivo. Nesse sentido, pleiteia o desbloqueio dos 
valores constritos, “culminando com a devolução de R$ 9.588,66 (nove mil, quinhentos e 
oitenta e oito reais e sessenta e seis centavos)” (fl. 491). A esse respeito, o Tribunal de 
origem registrou o seguinte (fls. 465/467): “Como visto, a partir da lógica do princípio da 
continuidade do serviço público (prestado, no caso, sob o regime de concessão), deter-
mina o Código que a penhora recaia, preferencialmente, sobre as rendas da empresa. Na 
hipótese de restar frustrada essa tentativa, cabe a penhora ‘sobre determinados bens’. No 
caso em apreço, a  penhora atingiu módica quantia depositada em conta bancária da 
empresa (R$ 9.588,66). Logo, foi observada a ordem legal acima entabulada. Saliento, 
outrossim, inexistir evidência de que o bloqueio desses valores constitua óbice à continui-
dade da atividade empresarial da embargante (o transporte público de passageiros), de 
modo que não se vislumbra afronta ao princípio da continuidade do serviço público. Diver-
samente do que foi arguido em razões recursais, não constitui fato notório que a atividade 
de transporte de passageiros é deficitária, pelo que deveria ter sido devidamente demons-
trado pela parte embargante. À míngua de outros elementos, não se pode concluir que a 
empresa apresenta frágil condição econômico-financeira. Friso, noutro giro, que não há 
notícia de que se tenha procedido à penhora dos ônibus utilizados para a prestação do 
serviço público, o que corrobora a conclusão de que não há risco à continuidade do 
serviço público. De qualquer sorte, consigno que a jurisprudência desta Corte tem admi-tido mesmo a penhora de ônibus da empresa (...). Ora, se a própria penhora dos veículos 
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utilizados para a prestação do serviço de transporte público é admitida, é de ser permitida, 
a  fortiori, a  penhora de dinheiro. Ademais, note-se que a essencialidade do serviço de 
transporte público, defendida pela recorrente, não está em questão, pois o ponto decisivo 
é que a penhora online realizada no feito executivo a par de estar autorizada por lei - não 
acarreta perigo à continuidade da prestação do serviço. O mesmo se verifica em relação 
às alegações de que a alienação de bens públicos só pode ser feita nos moldes do art. 17 
da Lei n. 8.666/93, de que o Poder Público concedente deve ser ouvido antes do pracea-
mento (art. 678, parágrafo único, do CPC) e de que o Poder Público concedente pode impe-
dir a alienação judicial de acervo penhorado da concessionária (arts.  35 a 37 da Lei 
n. 8.987/95). Isso porque não se trata, aqui, da alienação de bem público, mas apenas da 
penhora de dinheiro de concessionária de serviço público. Tampouco calha a invocação 
do princípio da supremacia do interesse público, porquanto não se divisa, como já repi-
sado, risco à continuidade do serviço público.” Verifica-se, pois, que o entendimento con-
signado no acórdão recorrido, atento às peculiaridades do caso concreto, guarda conso-
nância com a orientação desta Corte Superior, no sentido que os bens das concessionárias 
de serviço público são penhoráveis, desde que a constrição judicial não comprometa a 
execução do serviço público. Ilustrativamente: TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL CONTRA 
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. BEM ESSENCIAL À EXECUÇÃO DO SERVIÇO. 
IMPENHORABILIDADE. A  jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça se orientou no 
sentido de que são penhoráveis os bens das concessionárias, desde que a constrição 
judicial não comprometa a execução do serviço público. Espécie em que o bem penho-
rado e levado à hasta pública (imóvel sede da empresa pública, onde funciona toda a área 
administrativa) é essencial à prestação do serviço público. Agravo regimental desprovido. 
(AgRg no AREsp 439.718/AL, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA TURMA, julgado 
em 11/03/2014, DJe 19/03/2014) Em consequência, acolher a pretensão recursal, para 
efeito de reputar que o bem constrito encontra-se vinculado à regular prestação de serviço 
público, concluindo por sua impenhorabilidade, implica o revolvimento da matéria fático-
-probatória, providência essa inviável em sede de recurso especial a teor do óbice da 
Súmula 7/STJ. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. BENS. IMPENHORABILIDADE. 
SÚMULA 7/STJ. 1. Cuida-se de Agravo em Recurso Especial interposto contra acórdão que 
afastou a penhora, no atual estágio do procedimento, uma vez que nem sequer houve a 
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liquidação, além de assentar a impenhorabilidade dos bens de sociedade de economia 
mista que sejam necessários à continuidade do serviço público. 2. Pretende a recorrente 
o reconhecimento da impenhorabilidade dos valores depositados em conta-corrente, que, 
segundo ela, são destinados exclusivamente à execução do serviço público. 3. Não se 
conhece da alegada ofensa ao art. 535 do CPC quando a parte limita-se a apresentar ale-
gações genéricas no sentido de que o Tribunal a quo não apreciou todas as questões 
levantadas, sem indicar concretamente em que consistiu a suposta omissão. Aplicação 
da Súmula 284/STF. 4. No que tange à questão da impenhorabilidade dos bens afetados 
ao serviço público, o julgado recorrido não diverge da orientação do STJ, segundo a qual 
são impenhoráveis os bens de sociedade de economia mista prestadora de serviço público, 
desde que destinados à prestação do serviço ou que o ato constritivo possa comprometer 
a execução da atividade de interesse público (cf. AgRg no REsp 1.070.735/RS, Rel. Minis-
tro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 18.11.2008; AgRg no REsp 
1.075.160/AL, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 10.11.2009; 
REsp 521.047/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 20.11.2003). 5. Hipó-
tese na qual o acórdão recorrido afastou, nessa fase do procedimento, a determinação da 
penhora, não tendo, por conseguinte, analisado a natureza dos bens que a recorrente 
busca proteger, nem a sua vinculação à regular prestação do serviço público, o que lhe 
caberá demonstrar no momento processual oportuno. Dessarte, é impossível conhecer, no 
Recurso Especial, da imprescindibilidade à execução do serviço público dos valores que 
se pretendem resguardar, sob pena de ofensa à Súmula 7/STJ: “A pretensão de simples 
reexame de prova não enseja recurso especial”. 6. Agravo Regimental não provido. (AgRg 
no AREsp 37.545/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
07/02/2012, DJe 13/04/2012) (grifou-se) Diante do exposto, com base no art. 932, III, do 
CPC/2015, c/c o art. 255, § 4º, I, do RISTJ, não conheço do recurso especial. Publique-
-se. Intimem-se. Brasília (DF), 1º de agosto de 2017. MINISTRO MAURO CAMPBELL MAR-
QUES Relator (STJ - REsp: 1678078 SC 2017/0056819-9, Relator: Ministro MAURO CAM-
PBELL MARQUES, Data de Publicação: DJ 03/08/2017)
Questão 64 (VUNESP/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMO-
ÇÃO/2019) Suponha que determinado indivíduo, por onze anos, tenha ocupado um terreno de 
propriedade do Município, construído nele a sua residência e um galpão, em que funciona uma 
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oficina mecânica, local onde exerce a sua profissão de mecânico e retira os recursos necessá-
rios a sua subsistência. A Administração, após notar o uso do espaço pelo particular sem seu 
consentimento, notifica-o, solicitando a desocupação da área. Diante da situação hipotética, 
assinale a alternativa correta.
a) O particular tem o direito à propriedade do local, dado que o bem é dominical, não estando 
afetado a uma finalidade pública específica.
b) O particular deve desocupar o espaço, tendo o direito de ser indenizado pelas benfeitorias 
úteis, necessárias e fundo de comércio.
c) O particular tem o direito real de uso do imóvel, caso o terreno ocupado não seja superior a 
1.000 m2 (mil metros quadrados).
d) O particular tem o direito de permanecer na posse do local, por estar dando ao espaço uma 
finalidade socialmente útil.
e) O particular não tem o direito de permanecer no imóvel e não possui o direito de ser indeni-
zado pelas benfeitorias existentes no local.
Letra e
É o que estabelece a Súmula 619 do STJ: A ocupação indevida de bem público configura mera 
detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e ben-feitorias.
Questão 65 (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Os bens públicos podem ter 
utilização especial ou privativa em algumas situações específicas. Suponha a situação em 
que uma empresa regularmente em operação deseja utilizar bem público, de forma privativa, 
onde realizará investimentos relevantes para a exploração da sua atividade, privada, mas de 
interesse público. Nessa situação, o instrumento administrativo mais adequado para preservar 
os interesses do particular investidor e da Administração é a:
a) autorização de uso de bem público, pois é instrumento bilateral, assinado por prazo deter-
minado, assegurando ao autorizado direito de indenização em caso de retomada do bem pela 
Administração.
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b) concessão de uso especial para fins de moradia e investimentos, pois é esse o instrumento 
unilateral e precário adequado para a preservação dos interesses do particular na amortização 
dos investimentos realizados.
c) concessão de uso de bem público, a qual formaliza-se por contrato administrativo, portanto, 
instrumento bilateral, não sendo precário.
d) licença de uso de bem público, instrumento unilateral, assinado por prazo determinado, não 
assegurando ao licenciado direito de indenização em caso de retomada do bem pela Adminis-
tração.
e) retrocessão, por ser esse o instrumento que permite, de forma gratuita, o uso de bem pú-
blico por empresas privadas, para a exploração de atividade econômica de interesse público.
Letra c.
A concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta a 
terceiros a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme a sua destinação. 
Sua natureza é a de contrato de direito público, sinalagmático, oneroso ou gratuito, comutativo 
e realizado intuitu personae. Tendo em vista que a empresa deseja utilizar bem público, de for-
ma privativa, e realizará investimentos relevantes para a exploração da sua atividade, privada, 
mas de interesse público, estaremos diante da concessão de uso.
Questão 66 (VUNESP/FAPESP/PROCURADOR/2018) A FAPESP deseja transferir alguns 
bens móveis para uma Faculdade de Medicina Federal, pois eles são necessários ao desen-
volvimento de projetos de pesquisa dessa instituição. A transferência desses bens é pura e 
simples, não estando sujeita a qualquer encargo. Sobre a transferência, é correto afirmar que:
a) por se tratar de alienação gratuita de bens móveis depende de autorização legislativa espe-
cífica.
b) será realizada por doação e não depende da realização de licitação, porque inexiste compe-
tição sendo formalizada por contrato de doação, sem previsão de qualquer encargo.
c) deverá ser precedida de licitação na modalidade pregão e somente poderá ser formalizada 
por meio de termo de transferência.
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d) está subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, podendo a ava-
liação do bem ser realizada após a efetivação da alienação.
e) não poderá ser realizada, pois a lei somente permite a transferência de bens entre órgãos ou 
entidades da Administração Pública da mesma esfera de governo.
Letra b.
É possível que haja tal transferência e, de acordo com a Lei n. 8.666/1993, art. 17, a alienação 
de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente 
justificado, será precedida de avaliação e, quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de 
licitação, dispensada esta nos casos de doação, permitida exclusivamente para fins e uso de 
interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativa-
mente à escolha de outra forma de alienação.
Questão 67 (VUNESP/PAULIPREV-SP/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2018) No tocante a 
bem público, é correto afirmar que a:
a) alienação de bens imóveis, como regra, dependerá de autorização legislativa, de avaliação 
prévia e de licitação, realizada na modalidade de concorrência.
b) afetação de bem a uso comum dependerá de avaliação prévia, assim como de autorização 
legislativa ou decreto.
c) alienação poderá decorrer de retrocessão, que não se confunde com concessão de uso, 
porque é forma de alienação hoje admitida apenas para terras devolutas da União, Estados e 
Municípios.
d) afetação e a desafetação de qualquer bem sempre dependerão de lei.
e) alienação poderá decorrer de concessão de domínio, que ocorre sempre que a Administra-
ção não mais necessita do bem expropriado, e o particular o aceita em retorno.
Letra a.
De acordo com a Lei n. 8.666/1993, art. 17, a alienação de bens da Administração Pública, su-
bordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e, 
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quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da Administração direta e 
entidades autárquicas e fundacionais e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, depen-
derá de avaliação prévia e de licitação na modalidade concorrência.
Questão 68 (VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - PRO-
VIMENTO/2018) Com relação aos bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os móveis das instalações físicas destinadas à prestação do serviço delegado extrajudicial 
de notas e registro são bens públicos.
b) Os bens públicos não comportam a possibilidade de uso privativo por particulares.
c) A inalienabilidade do bem público é absoluta.
d) Os bens públicos de uso especial não permitem oneração por meio de hipoteca.
Letra d.
a) Errada. Os móveis das instalações físicas destinadas à prestação do serviço delegado ex-
trajudicial de notas e registro são bens particulares destinados à prestação de serviço público.
b) Errada. São admitidas, pela legislação, algumas hipóteses em que particulares podem usu-
fruir privativamente de certo bem público, mediante remuneração ou não. A utilização do bem 
público pelo particular deve necessariamente ser reduzida a instrumento por escrito e é pre-
cária, em regra, pois o interesse público exige prerrogativas a favor da Administração, como a 
faculdade de revogar uma autorização previamente concedida.
c) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis en-
quanto conservarem a sua qualificação e na forma em que a Lei determinar. Além do mais, 
os bens públicos dominicais podem ser alienados, desde que observadas as exigências da Lei.
d) Certa. São características dos bens das duas modalidades integrantes do domínio público 
do Estado a inalienabilidade e, como decorrência desta, a imprescritibilidade, a impenhorabili-
dade e a impossibilidade de oneração. Segundo o autor Hely Lopes Meirelles:
Não importa, por igual, o fim a que se destine a garantia real. Desde que os bens públicos das enti-
dadesestatais são insuscetíveis de penhora, sendo a penhora consectário legal da execução para a 
satisfação do crédito, objeto da garantia real, ressalta a impossibilidade de constituir-se penhor ou 
hipoteca sobre bens e rendas públicas de qualquer natureza ou procedência (...).
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Questão 69 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) Considerando-se o regime jurídico 
dos bens públicos, pode-se afirmar que:
a) a eles não se aplica o princípio da função social da propriedade, em razão do regime de im-
penhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade.
b) a eles se aplica, com grau diferenciado, o princípio da função social da propriedade, em re-
lação aos bens de uso comum do povo.
c) a eles se aplica o princípio da função social da propriedade, em grau diferenciado, em rela-
ção aos bens dominiais .
d) a eles se aplica o princípio da função social da propriedade que incide indistintamente e com 
mesmo grau de intensidade, dada sua função normativa, sobre todo o ordenamento jurídico e 
sobre o domínio público e particular.
Letra c.
a) Errada. Quanto ao regime jurídico dos bens públicos, os de uso comum e especial são impe-
nhoráveis, inalienáveis e imprescritíveis, e os bens dominicais são impenhoráveis e imprescri-
tíveis. A função social é aplicada não somente aos bens particulares, mas também aos bens 
públicos.
b) Errada. A função social da propriedade se aplica a todos os bens públicos, independente-
mente do regime jurídico que possuem, mas somente nos bens dominicais é aplicada de for-
ma diferenciada, por não terem destinação pública específica.
c) Certa. Por pertencer à Administração Pública, mas não possuir destinação específica, a fun-
ção social não pode ser aplicada da mesma forma que nos demais.
d) Errada. A  função social da propriedade se aplica a todos os bens públicos, indepen-
dentemente do regime jurídico que possuem, mas somente nos dominicais é aplicada de 
forma diferenciada, por não terem destinação pública específica, portanto, não é aplicada 
indistintamente e com o mesmo grau de intensidade.
Questão 70 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) Sobre a impenhorabilidade dos 
bens públicos, pode-se afirmar que:
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
a) tem natureza absoluta por decorrerem da inalienabilidade que os caracterizam.
b) é absoluta, com exceção da hipótese de concessão de garantia da União em operações de 
crédito externo, nos termos do artigo 52, VIII, da Constituição Federal de 1988.
c) é absoluta, com exceção da hipótese de sequestro de bens ao teor do artigo 100, parágrafo 
6º, da Constituição Federal de 1988.
d) admite exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 
6º, da Constituição Federal de 1988, e para a concessão de garantia, em condições 
especialíssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao Senado Federal dispor sobre 
limite e concessões, nos termos do artigo 52, VIII, da Constituição Federal de 1988.
Letra d.
Quanto ao regime jurídico dos bens públicos, a respeito da impenhorabilidade, que consiste 
na proibição de os bens públicos serem oferecidos como garantia para cumprimento de obri-
gações, sabemos que decorre da inalienabilidade, mas não é absoluta. A execução contra a 
Fazenda Pública segue o regime especial dos precatórios, conforme art. 100 da CF/1988, mas 
a própria CF/1988 determina exceção à impenhorabilidade, admitindo sequestro de bens e 
concessão de garantia, nos termos do mesmo art. 100, § 6º.
Questão 71 (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2016) 
As Escolas Municipais do Município de Alumínio são:
a) bens de uso especial e, no tocante ao regime jurídico, são inalienáveis enquanto estiverem 
afetados.
b) bens de uso comum e, no tocante ao regime jurídico, são inalienáveis enquanto estiverem 
afetados.
c) bens dominicais e, no tocante ao regime jurídico, são inalienáveis enquanto estiverem afe-
tados.
d) bens de uso comum e, no tocante ao regime jurídico, não há qualquer restrição à sua alie-
nação.
e) bens de uso especial e, no tocante ao regime jurídico, não há qualquer restrição à sua alie-
nação.
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Letra a.
Os bens de uso especial visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públi-
cos em geral utilizados pela Administração. Ex.: repartições públicas, escolas, universidades, 
hospitais, aeroportos, veículos oficiais etc.
Questão 72 (VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/PROVI-
MENTO/2016) Para a permuta de bens públicos com particulares, exige-se, necessariamente,
a) Decreto-Lei, Decreto Legislativo e interesse público.
b) autorização legal, avaliação prévia dos bens a serem permutados e interesse público.
c) licitação, vantagens para a Administração Pública e Decreto-Lei autorizando a permuta.
d) desafetação dos bens públicos, autorização legal e avaliação dos bens particulares a serem 
permutados.
Letra b.
Quanto às licitações, tendo por base a Lei n. 8.666/1993, o art. 17 determina que a alienação de 
bens da Administração Pública deverá se subordinar à existência de interesse público devidamen-
te justificado e será precedida de avaliação. No caso de bens imóveis, dependerá de autorização 
legislativa para órgãos da Administração direta e entidades autárquicas e fundacionais. Para to-
dos, será necessária também uma avaliação prévia, sendo a licitação normalmente dispensada. 
Portanto, necessariamente, exige-se o interesse público, a autorização legal e a avaliação prévia 
dos bens.
Questão 73 (VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2016) Assina-
le a alternativa que corretamente discorre sobre os bens públicos sob a perspectiva do direito 
administrativo pátrio.
a) Os bens públicos não são bens de qualquer natureza, porque na categoria de bens públicos 
se inserem os bens corpóreos, como móveis, imóveis ou semoventes, excluindo-se os incorpó-
reos, como créditos, direitos e ações.
b) A propósito da titularidade dos bens públicos, há uma particularidade a destacar: os titula-
res não são as pessoas jurídicas públicas, e sim os órgãos que as compõem, como o Tribunal 
de Justiça, a Assembleia Legislativa e o Ministério Público.
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c) São bens municipais aqueles localizados em seu território e que constituam as terras devo-
lutas necessárias à defesa das fronteiras, das fortificaçõese construções militares e os terre-
nos de marinha e seus acrescidos.
d) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito pú-
blico interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
e) Os bens dominicais são aqueles que se destinam à utilização geral pelos indivíduos, poden-
do ser federais, estaduais ou municipais, neles prevalecendo o sentido de destinação pública, 
pela utilização efetiva destes pelos membros da coletividade.
Letra d.
a) Errada. Segundo Hely Lopes Meirelles, os bens públicos, em sentido amplo, são todas as 
coisas corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações que 
pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autarquias, fundações e paraestatais.
b) Errada. A personalidade jurídica é o atributo reconhecido a toda pessoa (natural ou jurídica) 
para que possa atuar no plano jurídico (titularizando as mais diversas relações) e reclamar 
uma proteção jurídica. O Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa e o Ministério Público 
não possuem personalidade jurídica, pois são órgãos, e por essa razão não são titulares de 
seus bens, estes pertencem à pessoa jurídica que aqueles integram.
c) Errada. As terras devolutas não são bens do Município. De acordo com a CF/1988, art. 20, II, 
são bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações 
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, defini-
das em lei. Logo mais, dispõe no art. 26 que se incluem entre os bens dos Estados as terras 
devolutas não compreendidas entre as da União.
d) Certa. De acordo com o Código Civil, art. 98, são públicos os bens do domínio nacional per-
tencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja 
qual for a pessoa a que pertencerem.
e) Errada. Os bens dominicais constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
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Questão 74 (VUNESP/IPSMI/PROCURADOR/2016) A respeito dos bens públicos, assinale 
a alternativa correta.
a) Os bens dominicais, por não estarem afetados a finalidade pública, estão sujeitos à prescri-
ção aquisitiva.
b) Os bens públicos podem ser onerados com garantia real, eis que tais garantias possuem 
o condão de reduzir os riscos das relações travadas entre Administração e agentes privados.
c) Os bens de todas as empresas estatais são considerados bens públicos, uma vez que tais 
pessoas jurídicas compõem a Administração indireta.
d) O domínio eminente é a prerrogativa decorrente da soberania que autoriza o Estado a intervir 
em todos os bens localizados em seu território.
e) A alienação de bens públicos imóveis pressupõe a sua desafetação, existência de justifica-
da motivação, autorização legislativa, avaliação prévia e realização de licitação na modalidade 
tomada de preços.
Letra d.
a) Errada. Os bens públicos, ainda que dominicais e desafetados, não se sujeitam à prescrição 
aquisitiva.
b) Errada. Conforme já mencionei acima, os bens públicos não podem ser gravados com direi-
tos reais de garantia (hipoteca, anticrese e penhor).
c) Errada. A corrente majoritária entende e considera bens públicos somente os bens per-
tencentes às pessoas jurídicas de direito público. Bens públicos (das entidades públicas) 
são todos os bens móveis ou imóveis pertencentes à União, Estados, Distrito Federal, Muni-
cípios e suas respectivas autarquias e associações públicas.
d) Certa. Domínio eminente é a prerrogativa decorrente da soberania que autoriza o Estado a 
intervir, de forma branda ou drástica, em todos os bens que estão localizados em seu território, 
com o objetivo de implementar a função social da propriedade e os direitos fundamentais.
e) Errada. O erro se encontra na modalidade, que não é tomada de preços, e sim por concorrên-
cia ou leilão, consoante disposto na Lei n. 8.666/1993.
Questão 75 (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR MUNICI-
PAL/2016) Em relação às classificações existentes dos bens públicos, cemitérios públicos, 
aeroportos e mercados podem ser classificados como:
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a) bens de domínio público de uso comum.
b) bens de domínio público de uso especial.
c) bens de domínio privado do Estado.
d) bens dominicais da Administração.
e) bens de uso comum do povo e de uso especial.
Letra b.
São bens de uso especial aqueles afetados a uma destinação específica. Fazem parte do apa-
relhamento administrativo, sendo considerados instrumentos para execução de serviços pú-
blicos, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da Administra-
ção Federal, Estadual, Territorial ou Municipal, inclusive o de suas autarquias.
Questão 76 (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE DESCALVADO-SP/ASSISTENTE DE CO-
MUNICAÇÃO/2015) A aquisição de bens imóveis por compra, permuta ou doação com encar-
go, em regra, dependerá de interesse público devidamente justificado, prévia avaliação,
a) autorização legislativa e concorrência.
b) autorização legislativa e tomada de preços.
c) lei complementar e concorrência.
d) lei ordinária e concurso.
e) resolução administrativa e concorrência.
Letra a.
Segundo a Lei n. 8.666/1993, art. 17, a alienação de bens da Administração Pública, subordi-
nada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e, 
quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da Administração direta e 
entidades autárquicas e fundacionais. Para todos, inclusive as entidades paraestatais, depen-
derá de avaliação prévia e de licitação na modalidade concorrência.
Questão 77 (VUNESP/PREFEITURA DE SUZANO-SP/PROCURADOR JURÍDICO/ 2015) “Con-
trato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de bem de seu 
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domínio a um particular, para que o explore por sua conta e risco, segundo a sua específica 
destinação” (Hely Lopes Meirelles). Considerando os diferentes tipos de usos de bens públi-
cos, é correto afirmar que essa é uma definição de:
a) permissão de uso.
b) autorização de uso.
c) legitimação de posse.
d) cessão de uso.
e) concessão de uso.
Letra e.
A concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta ao 
particular a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme a sua destinação. 
Sua natureza é a de contrato de direito público, sinalagmático, oneroso ou gratuito, comutativo 
e realizado intuitu personae.
Questão 78 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Sobre os bens públicos, é correta a 
seguinte assertiva:
a) só se sujeitam ao regime de bens públicos aqueles bensescola pública em 
determinado prédio público desocupado ou quando determina a mudança dessa escola, dei-
xando o referido prédio novamente desocupado, sem nenhuma destinação, ou, ainda, quando 
um terreno põe abaixo um prédio público que sediava uma Secretaria de Estado.
AFETAÇÃO
DESAFETAÇÃO
Dar destinação pública 
a um bem que não 
tinha tal destinação
Retirar a destinação 
pública de um bem
Tácita
Expressa
Tácita
Expressa
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Questão 2 (2019/CESPE/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) O poder públi-
co estadual instalou escola em determinado imóvel público abandonado. Após a instalação e 
o efetivo uso público do bem, o imóvel será caracterizado como bem público
a) dominical, tacitamente desafetado.
b) de uso especial, tacitamente afetado.
c) de uso comum do povo, tacitamente afetado.
d) de uso especial, expressamente desafetado.
e) de uso comum do povo, expressamente desafetado.
Letra b.
Segundo o Código Civil, a escola instalada em imóvel público constitui bem especial, que já 
apresenta a natureza de bem afetado sem ter ocorrido nenhum ato formal ou lei para tal.
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
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3. CArACterístiCAs
CARACTERÍSTICAS 
DOS BENS PÚBLICOS
Inalienabilidade
Impenhorabilidade
Impossibilidade de 
oneração
Imprescritibilidade
3.1. inAlienAbilidAde
Impossibilidade de se transferir a terceiros. O Estado não tem a mesma liberdade do par-
ticular para alienar seus bens (ex.: vender, doar, fazer permuta). Ele está sujeito a várias restri-
ções legais.
Mas essa característica não é absoluta!
Quais são as condições para ocorrer a alienação? Tratando-se de bem afetado, ele precisa 
ser previamente desafetado para que possa ser alienado. Isso significa que, enquanto afe-
tados, os bens públicos são absolutamente inalienáveis, ou seja, não poderá acontecer sua 
transferência para terceiros. Nesse sentido, dispõe o art. 100 do Código Civil que os bens pú-
blicos de uso comum do povo e os de uso especial (bens afetados) são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Em termos mais claros, desafe-
tados esses bens – isto é, suprimindo sua destinação – eles podem ser alienados, desde que 
sejam atendidas as exigências legais, conforme veremos mais adiante.
3.2. impenhorAbilidAde
A Administração Pública submete-se a um processo de execução especial, na forma do 
CPC. Trata-se de um processo de execução próprio, via precatórios, regido pelo art. 100 da 
Constituição Federal, não se admitindo a penhora de bens públicos.
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Se o Poder Público tem uma condenação judicial que lhe impõe uma obrigação de pa-
gamento e não a realiza espontaneamente, não poderá ter os seus bens penhorados. O juiz 
deve fazer um precatório (espécie de “título”), apresentar ao Presidente do Tribunal e este faz 
constar na lei orçamentária para que ocorra o pagamento no prazo previsto no art. 100 da CF. 
O Estado deve se programar para saber quais débitos deve pagar.
3.3. impresCritibilidAde
Não podem ser adquiridos mediante usucapião (arts. 183 da CF e 102 do CC).
Usucapião é a aquisição de uma propriedade em razão de ter ficado na posse de uma pro-
priedade como se dono fosse durante o prazo previsto em lei. Com isso, a pessoa passa a ser 
proprietária mediante uma declaração judicial.
Porém, uma pessoa pode ocupar bem público por 5, 10, 50 anos ou mais e não poderá ad-
quirir esse bem por usucapião.
Questão 3 (2015/FCC/TRT-15ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO) O regime jurídico de direito 
público que protege os bens públicos imóveis identifica-se, dentre outras características, pela 
imprescritibilidade, que
a) guarnece os bens de uso comum e os bens de uso especial, mas é excepcionado dos bens 
dominicais, pois estes são considerados os bens privados da Administração pública e, por-
tanto, não podem se eximir de se submeter ao regime jurídico comum, como expressão do 
princípio da isonomia.
b) impede que os particulares adquiram a propriedade dos bens públicos por usucapião, in-
dependentemente do tempo de permanência no imóvel e da boa-fé da ocupação, mas não se 
aplica a eventuais ocupantes que possuam natureza jurídica de direito público, pelo princípio 
da reciprocidade.
c) impede a aquisição de bens públicos, independentemente de sua classificação, por usuca-
pião, o que se aplica a particulares e pessoas jurídicas de direito público e privado, mas 
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também se presta à proteção do patrimônio em face de qualquer instituto que venha a repre-
sentar a subtração dos poderes inerentes à propriedade pública.
d) determina que o poder público pode promover ações para ressarcimento de danos e res-
ponsabilização dos envolvidos indefinidamente, com base no ordenamento jurídico vigente, no 
caso de ocupações multifamiliares irregulares, que gerem ou tenham gerado efeito favelizador 
da área.
e) aplica-se reciprocamente à Administração pública e aos administrados, na medida em que 
aquela também não pode regularizar suas ocupações por meio de usucapião de bens imóveis 
pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Letra c.
Comentários: A proteção constitucional contra a figura da usucapião se refere a todos os bens 
públicos (de uso comum, especial e dominicais), sem exceção. Uma pessoa administrava não 
pode usucapir bem de outra pessoa estatal. Qualquer questão dizendo que bem público admi-
te usucapião está errada. Não importa qual o bem (natureza), de quem é o bem e qual o motivo 
(assentamento rural, para pessoas de baixa renda etc.)
3.4. impossibilidAde de onerAção
Não podem incidir direitos reais de garantia como, por exemplo, hipoteca e penhor.
Silvio Rodrigues (1980) ensina que aque pertençam a pessoa jurídica 
de direito público.
b) é vedado o uso privativo de bem público de uso comum por particular, salvo se a lei expres-
samente autorizar.
c) a afetação de bens ao uso comum pode decorrer de ato de vontade de um particular.
d) bens públicos de uso comum são aqueles abertos à fruição de todo cidadão, de modo in-
condicionado e gratuito.
Letra c.
a) Errada. Sujeitam-se ao regime de bens públicos os bens das pessoas jurídicas de direito 
privado, sejam estatais ou concessionárias de serviço público, as quais prestam tais serviços; 
quando o bem está afetado, torna-se impenhorável exatamente para garantir a continuidade 
da prestação.
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b) Errada. É permitido o uso privativo de bem público de uso comum por particular. Pode 
perfeitamente um particular usar bem público de uso comum, de forma privativa, em de-
terminadas situações, por meio de autorização ou permissão de uso.
c) Certa. A afetação de bens públicos decorre de “fato administrativo”, assim, basta analisar a 
finalidade pública dada ao bem, que pode decorrer diretamente do Estado (ato administrativo 
formal) ou até pelo uso dos indivíduos em geral (fato jurídico de diversa natureza).
d) Errada. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for esta-
belecido legalmente pela entidade a cuja Administração pertencerem.
Questão 79 (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/FISCAL DE POSTU-
RA E ESTÉTICA URBANA/2015) Em um loteamento, o  sistema viário público e as praças 
públicas são bens:
a) dominiais .
b) de uso comum do povo.
c) de uso comum do povo e dominiais, respectivamente.
d) de uso comum do povo e de uso especial, respectivamente.
e) dominiais e de uso especial, respectivamente.
Letra b.
São exemplos de bens públicos de uso comum do povo as ruas, as praças, os  logradouros 
públicos, as estradas, os mares, as praias etc. Em regra, são colocados à disposição da popu-
lação gratuitamente.
Questão 80 (2022/IBFC/DETRAN-AM/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os bens públicos po-
dem ser os bens de uso comum do povo, de uso especial e dominicais. Sobre o assunto, assi-
nale a alternativa que apresenta um bem de uso especial.
a) Os rios pertencentes à União
b) As ruas pertencentes aos Municípios
c) As bibliotecas pertencentes a uma universidade pública (autarquia)
d) Os móveis do escritório de uma Sociedade de Economia Mista
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Bens Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Letra c.
Quanto à sua natureza, os bens são classificados como:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimen-
to da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Quanto aos rios e as ruas, estes são bens de uso comum do povo. Acerca dos móveis do es-
critório de uma Sociedade de Economia Mista, trata-se de bens particulares. Logo, são bens 
especiais as bibliotecas pertencentes a uma universidade pública (autarquia), por se destina-
rem a um fim específico.
Gustavo Scatolino
Atualmente é procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito 
Administrativo e Processo Administrativo. Ex-assessor de ministro do STJ. Aprovado em vários concursos 
públicos, dentre eles, analista judiciário do STJ, exercendo essa função durante cinco anos, e procurador 
do Estado do Espírito Santo.
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	Apresentação
	Bens Públicos
	1. Conceito
	2. Classificação
	3. Características
	3.1. Inalienabilidade
	3.2. Impenhorabilidade
	3.3. Imprescritibilidade
	3.4. Impossibilidade de Oneração
	4. Uso de Bens Públicos por Particular
	4.1. Normal e Anormal
	4.2. Comum e Privativo
	5. Intervenção do Estado na Propriedade
	5.1. Competência
	5.2. Modalidades
	5.3. Intervenção Restritiva
	5.4. Intervenção Supressiva: Desapropriação
	5.5. Desapropriação por Sanção ou Confiscatória
	5.6. Competência
	5.7. Sujeitos Ativos da Desapropriação
	5.8. Sujeitos Passivos da Desapropriação
	5.9. Bens Desapropriáveis
	5.10. Procedimento de Desapropriação
	5.11. Indenização
	5.12. Espécies de Desapropriação
	5.13. Direito de Extensão
	5.14. Tredestinação
	5.15. Retrocessão
	Mapa Mental
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 140:hipoteca é o direito real que recai sobre um imóvel, um 
navio ou um avião, que, embora não entregues ao credor, o asseguram, preferentemente, do 
cumprimento da obrigação. Assim sendo, não paga a dívida, cabe ao credor o direito de excutir 
o bem dado em garantia para que, com o produto apurado em praça, seja feito o pagamento, 
preferentemente e com exclusão dos outros credores, que só terão direito às sobras, se houver.
O penhor é o direito real de garantia sobre coisa móvel alheia cuja posse, no penhor co-
mum, é transferida ao credor, que fica com o direito de promover a sua venda judicial e preferir 
no pagamento a outros credores, caso a dívida não seja paga no vencimento.
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Então, por exemplo, grosso modo, para ficar bem claro, a União não pode pegar um emprés-
timo com um banco e dar o prédio do Ministério da Fazenda em garantia. Não pode hipotecá-
-lo, pois se não pagar a dívida, o imóvel dado será transferido ao banco.
Em resumo, os direitos reais de garantia sobre bens existentes no Código Civil não podem 
incidir nos bens públicos.
Questão 4 (2018/VUNESP/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/
PROVIMENTO) Com relação aos bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os móveis das instalações físicas destinadas à prestação do serviço delegado extrajudicial 
de notas e registro são bens públicos.
b) Os bens públicos não comportam a possibilidade de uso privativo por particulares.
c) A inalienabilidade do bem público é absoluta.
d) Os bens públicos de uso especial não permitem oneração por meio de hipoteca.
Letra d.
a) Errada. Os móveis das instalações físicas destinadas à prestação do serviço delegado ex-
trajudicial de notas e registro são bens particulares destinados à prestação de serviço público.
b) Errada. São admitidas, pela legislação, algumas hipóteses em que particulares podem usu-
fruir privativamente de certo bem público, mediante remuneração ou não. A utilização do bem 
público pelo particular deve necessariamente ser reduzida a instrumento por escrito e é precá-
ria, em regra, pois o interesse público exige prerrogativas a favor da Administração, como, por 
exemplo, a faculdade de revogar uma autorização previamente concedida.
c) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, en-
quanto conservarem a sua qualificação, na forma que a Lei determinar. Além do mais, os bens 
públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da Lei.
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d) Certa. São características dos bens das duas modalidades integrantes do domínio público 
do Estado a inalienabilidade e, como decorrência desta, a imprescritibilidade, a impenhorabilidade e 
a impossibilidade de oneração. Segundo o autor Hely Lopes Meirelles, “não importa, por igual, 
o fim a que se destine a garantia real. Desde que os bens públicos das entidades estatais são 
insuscetíveis de penhora, sendo a penhora consectário legal da execução para a satisfação do 
crédito, objeto da garantia real, ressalta a impossibilidade de constituir-se penhor ou hipoteca 
sobre bens e rendas públicas de qualquer natureza ou procedência (...)”.
4. uso de bens públiCos por pArtiCulAr
4.1. normAl e AnormAl
O uso normal é o que se dá de acordo com a destinação principal. Ex.: rua aberta à circu-
lação.
Já o uso anormal é o que ocorre em desconformidade com a destinação principal como, 
por exemplo, ginásio esportivo para show musical; estacionamento usado para festa.
4.2. Comum e privAtivo
O uso comum é aquele diante do qual todos podem, igualmente, utilizar o bem, dispensan-
do, em regra, manifestação prévia do Poder Público.
O uso privativo de bem público consiste na utilização, em caráter exclusivo, de um bem pú-
blico pelo particular, mediante consentimento estatal prévio. Assim ocorre quando o particular 
deseja utilizar um dos boxes em mercados municipais; colocar mesas de restaurante em via 
pública; instalar bancas de revista e jornal nos calçadões e nas praças etc.
Em provas do CESPE pode aparecer uso especial como sinônimo de uso privativo.
O uso privativo de bens públicos pode ser de bens afetados (uso comum e especial) ou de 
não afetados (dominicais).
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Os bens afetados podem ser utilizados pelo particular mediante autorização, permissão ou 
concessão de uso.
Autorização de USO Permissão de USO Concessão de USO
Ato discricionário e precário. 
Pode ser condicionada (com 
prazo).
Ato discricionário e precário. 
Pode ser condicionada (com 
prazo).
Contrato administrativo. Sendo contrato, terá 
prazo determinado e não poder ser revogado 
a critério da Administração Pública.
Interesse predominantemente 
particular.
Interesse 
predominantemente público.
Pode ser para interesse público ou do 
particular.
Dispensa licitação. Em regra, exige licitação. Exige licitação porque é contrato.
Bens não afetados podem ser utilizados mediante locação, arrendamento, comodato, enfi-
teuse, concessão de direito real de uso.
Uso de bens públicos 
por particulares
Bens não afetados 
(dominicais)
Locação
Arrendamento
Comodato
Enfiteuse
Concessão de direito real de uso
Autorização
Permissão
Concessão
Bens afetados 
(de uso comum e especial)
Uso normal
Uso anormal
Uso comum
Uso privativo
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Questão 5 (2018/VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Os bens públicos podem ter 
utilização especial ou privativa em algumas situações específicas. Suponha a situação em 
que empresa regularmente em operação deseja utilizar bem público, de forma privativa, onde 
realizará investimentos relevantes para a exploração da sua atividade, privada, mas de inte-
resse público. Nessa situação, o instrumento administrativo mais adequado para preservar os 
interesses do particular investidor e da Administração é a
a) autorização de uso de bem público, pois é instrumento bilateral, assinado por prazo deter-
minado, assegurando ao autorizado direito de indenização em caso de retomada do bem pela 
Administração.
b) concessão de uso especial para fins de moradia e investimentos, pois é esse o instrumento 
unilateral e precário adequado para a preservação dos interesses do particular na amortização 
dos investimentos realizados.
c) concessão de uso de bem público, a qual formaliza-se por contrato administrativo, portanto, 
instrumento bilateral,não sendo precário.
d) licença de uso de bem público, instrumento unilateral, assinado por prazo determinado, não 
assegurando ao licenciado direito de indenização em caso de retomada do bem pela Adminis-
tração.
e) retrocessão, por ser esse o instrumento que permite, de forma gratuita, o uso de bem pú-
blico por empresas privadas, para a exploração de atividade econômica de interesse público.
Letra c.
A concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta a 
terceiros a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme a sua destinação. 
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Sua natureza é a de contrato de direito público, sinalagmático, oneroso ou gratuito, comutativo 
e realizado intuitu personae. Tendo em vista que a empresa deseja utilizar bem público, de for-
ma privativa, e realizará investimentos relevantes para a exploração da sua atividade, privada, 
mas de interesse público, estaremos diante da concessão de uso.
5. intervenção do estAdo nA propriedAde
5.1. CompetênCiA
A intervenção na propriedade é estabelecida pela CF, que dispõe, em seu art. 22, I, II e III, que 
a competência para legislar sobre o direito da propriedade, desapropriação e requisição é da 
União Federal. Contudo, a competência para legislar sobre as restrições e o condicionamento 
ao uso da propriedade divide-se entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
A competência para legislar sobre desapropriação é da União, mas para promover a desapro-
priação, a competência é comum.
Promover a desapropriação significa efetivá-la.
EXEMPLO
Entrar com a ação judicial; pagar a indenização.
5.2. modAlidAdes
Conforme aponta a doutrina, a  intervenção do Estado na propriedade pode admitir duas 
formas básicas: a intervenção restritiva e a intervenção supressiva.
A intervenção restritiva ocorre quando o Estado impõe restrições e condicionamentos ao 
uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. São modalidades: a servidão administrativa, 
a requisição, a ocupação temporária, as limitações administrativas e o tombamento.
Já a intervenção supressiva ocorre quando o Estado, utilizando o princípio da supremacia 
do interesse público, transfere coercitivamente para si a propriedade de terceiro, em nome do 
interesse público. A modalidade dessa intervenção é a desapropriação.
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5.3. intervenção restritivA
Servidão
administrativa
Direito real que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de 
obras e serviços de interesse coletivo. Ex.: instalação de redes elétricas e implementação de gaso-
dutos.
Pode incidir sobre bens públicos e particulares.
Instituída por acordo ou sentença judicial. Não há autoexecutoriedade.
Em regra, é permanente. Pode ser extinta, por exemplo, se a coisa gravada desaparece.
Em regra, não há indenização.
Requisição
O Estado utiliza bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público imi-
nente. Ex.: requer carro de particular para captura de quadrilha em fuga.
Fundamento constitucional: arts. 5º, XXIII, e 170, III, da CF e também o inciso XXV do art. 5º da CF.
Se houver direito à indenização, será posterior.
Possui autoexecutoriedade, dispensando autorização prévia do Poder Judiciário.
É extinta depois que a situação de perigo desaparece.
Ocupação
temporária
Ocorre quando o Poder Público deixam alocados, em algum terreno desocupado, máquinas, equi-
pamentos, barracões de operários etc.
Pode haver indenização quando a ocupação decorre de obras e serviços vinculados a processo de 
desapropriação.
Limitação
administrativa
São determinações de caráter geral que o Poder Público impõe a pessoas indeterminadas. Pode 
consistir em obrigações positivas (imposição da limpeza de terreno), negativas (impedimento de 
construir além de determinado número de pavimentos) ou permissivas (ingresso de agentes da 
vigilância sanitária), para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função social.
Instituída por leis ou por atos normativos.
Fundamento constitucional: arts. 5º, XXIII, e 170, III, da CF.
Em regra, não há indenização.
Tombamento
É a forma de intervenção na propriedade, em que o Poder Público protege o patrimônio cultural brasileiro, 
com a finalidade de preservar a memória nacional. Regulamentado pelo Decreto-Lei n. 25/1937.
Incide sobre bens móveis e imóveis.
Quanto à vontade o tombamento pode ser:
a) voluntário: quando o proprietário consente o tombamento, seja este por meio de pedido que ele mesmo formula 
ou se concorda com a notificação que lhe é dirigida pelo Poder Público no sentido de tombamento do bem.
b) compulsório: quando o Poder Público inscreve o bem como tombado, apesar da resistência e do incon-
formismo do proprietário.
Quanto à eficácia:
a) provisório: quando estiver em curso o processo administrativo, instaurado pela notificação.
b) definitivo: depois de concluído o processo administrativo de inscrição no livro do tombo.
É possível ser desfeito, mediante manifestação do Poder Público de ofício ou em razão de solicitação do 
proprietário ou de outro interessado.
– Deve haver inscrição no registro de imóveis.
– Proprietário deve conservar o bem tombado.
– Em regra, não há indenização.
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Questão 6 (CESPE/TJ-CE/JUIZ/2012) A servidão administrativa, direito real que autoriza o 
Poder Público a usar propriedade alheia para permitir a execução de obras e serviços de inte-
resse público, gera, como regra, a obrigação de indenizar o proprietário.
Errado.
Não há, como regra, direito à indenização na servidão administrativa.
Questão 7 O tombamento, forma de intervenção do Estado na propriedade privada, tem por 
objetivo a proteção do patrimônio histórico e artístico, podendo atingir bens móveis ou imó-
veis, materiais ou imateriais, mas não bens públicos.
Errado.
Tombamento pode atingir bens públicos.
5.4. intervenção supressivA: desApropriAção
Desapropriação é o procedimento pelo qual o Poder Público retira a propriedade do par-
ticular, transferindo-a para si, ou para terceiros, por razões de utilidade pública, necessidade 
pública, ou de interesse social.
A Constituição garante o direito de propriedade em seu art. 5º, inciso XXII. Mais adiante, 
estabelece que a propriedade atenderá a sua função social (inciso XXIII).
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
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A desapropriação é forma originária de aquisição de propriedade, porque não decorre 
de nenhum título anterior, tornando-se o bem expropriado insuscetível de reivindicação, bem 
como a liberação de quaisquer ônus que sobre ele incidissem (ex.: hipoteca), ficando eventuais 
credores sub-rogados no preço.
5.4.1. Fundamentos da Desapropriação
O art. 5º, inciso XXIV, determina que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação 
por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indeniza-
ção em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição.
Portanto, são três tipos diferentes de desapropriação:
• necessidade pública;
• utilidade pública;
• interesse social.
5.4.2. Desapropriação por Necessidade Pública
A necessidade pública decorre de situações de emergência, em que é imprescindível a 
intervenção imediata do Estado com a necessária transferência inadiável de bens de terceiros 
para o Poder Público.
O art. 5º do Decreto-Lei n. 3.365/1941 apresenta algumas situações em que ocorre neces-
sidade pública: segurança nacional, defesa do Estado, socorro público em caso de calamidade, 
salubridade pública, entre outras.
5.4.3. Desapropriação por Utilidade Pública
A utilidade pública ocorre nas situações em que é conveniente a transferência do bem para 
o Estado.
O art. 5º do Decreto-Lei n. 3.365/1941 apresenta algumas situações em que ocorre neces-
sidade pública: criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regu-
lar de meios de subsistência, criação e melhoramento de centros de população, seu 
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abastecimento regular de meios de subsistência, abertura, conservação e melhoramento de 
vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, 
com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a cons-
trução ou ampliação de distritos industriais, entre outras.
5.4.4. Desapropriação por Interesse Social
O interesse social consiste nas situações em que mais se destaca a função social da pro-
priedade. A Lei n. 4.132/1962 determina que a desapropriação por interesse social será decre-
tada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem-estar 
social.
A desapropriação por interesse social comporta três espécies:
• desapropriação por interesse social genérica;
• desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária;
• desapropriação por interesse social – desapropriação urbanística.
DESAPROPRIAÇÃO POR 
INTERESSE SOCIAL
Genérica
Fins de reforma agrária
Urbanística
Bem-estar social
Denominamos desapropriação genérica, uma vez que não terá disciplina própria, ao con-
trário do que ocorre com as demais: desapropriação para fins de reforma agrária e desapro-
priação urbanística. Essa forma de desapropriação é de competência de todos os entes fede-
rativos, União, Estados, DF e Municípios.
A desapropriação de terras rurais, para fins de reforma agrária, é caso típico de interesse 
social, pois busca condicionar o uso da terra à sua função social, cuja competência é exclusiva 
da União.
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Somente a União pode desapropriar imóveis rurais para reforma agrária.
A desapropriação de imóveis rurais para fins de reforma agrária, que tem como fundamen-
to o interesse social, é disciplinada pelos arts. 184 a 191 da CF, pela Lei n. 8.629/1993, arts. 18 
a 23 do Estatuto da Terra (Lei n. 4.504/1964), e seu procedimento judicial, regido pela Lei Com-
plementar n. 76/1993.
A desapropriação urbanística tem como pano de fundo o interesse social, de competência 
dos Municípios, originada pela Constituição de 1988, em seu art. 182:
§ 4º que possui o caráter de punir o proprietário que não utiliza a propriedade urbana conforme sua 
função social.
5.5. desApropriAção por sAnção ou ConfisCAtóriA
Trata-se de modalidade de desapropriação com caráter punitivo ao proprietário que explo-
ra o cultivo de plantas psicotrópicas, não adequando o uso de sua propriedade à função social. 
Sua fonte constitucional está no art. 243 da CF.
INTERVENÇÃO 
RESTRITIVA
Intervenção do Estado na propriedade
INTERVENÇÃO 
SUPRESSIVA
Servidão administrativa
Requisição
Ocupação temporária
Limitações administrativas
Tombamento
Desapropriação
Necessidade pública
Utilidade pública
Interesse social
Por sanção ou confiscatória
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5.6. CompetênCiA
A competência para legislar sobre desapropriação é privativa da União, nos termos do 
art. 22, II, da Constituição.
A competência para declarar a utilidade pública ou o interesse social do bem, visando à fu-
tura desapropriação, é da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como 
de pessoas administrativas que tenham recebido essa atribuição por lei (ex.: DNIT e ANEEL).
União, Estados, DF e Municípios podem desapropriar por interesse social, mas a desapro-
priação por interesse social para fins de reforma agrária é privativa da União.
Quanto à desapropriação de imóveis urbanos não aproveitados de forma adequada 
(art. 182, CF), a competência é exclusiva do Município.
A competência executória se refere à atribuição para promover efetivamente a desapro-
priação, providenciando todas as medidas e exercendo as atividades que culminarão na trans-
ferência da propriedade, é  mais ampla, alcançando, além das entidades da Administração 
direta e indireta, os agentes delegados do Poder Público, como os concessionários e permis-
sionários.
Competências na desapropriação:
• Para legislar: somente a União;
• Para declarar: todos os entes federativos, eventualmente, demais pessoas administra-
tivas;
• Para executar: todos os entes federativos, eventualmente, demais pessoas administra-
tivas e particulares.
5.7. sujeitos Ativos dA desApropriAção
Entes políticos superiores1 podem desapropriar bens de outros entes da Federação, desde 
que haja autorização legislativa. Desse modo, a União pode desapropriar bens dos Estados, 
1 Utilizamos a expressão superiores em destaque porque, na verdade, não há uma hierarquia propriamente dita 
entre os Entes Políticos (União, Estados, DF e Municípios).
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do Distrito Federal e dos Municípios; os Estados podem desapropriar bens dos Municípios; os 
bensda União não são passíveis de expropriação; os Municípios e o Distrito Federal não têm 
poder de desapropriar os bens das demais entidades federativas.
5.8. sujeitos pAssivos dA desApropriAção
O sujeito passivo da desapropriação é a pessoa que terá o bem expropriado. Pode ser uma 
pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
O art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n. 3.365/1941 prevê que os bens do domínio dos Estados, 
dos Municípios, do Distrito Federal e dos Territórios poderão ser desapropriados pela União, 
e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização 
legislativa.
Percebe-se que os entes federativos menores não detêm competência para desapropriar 
bens de outros entes federativos.
5.9. bens desApropriáveis
Em regra, a  desapropriação pode recair sobre qualquer espécie de bem com conteúdo 
patrimonial, podendo ser móvel ou imóvel, corpóreo ou incorpóreo. Admite-se que a desapro-
priação incida sobre: o espaço aéreo; o subsolo; as ações, quotas ou direitos de qualquer so-
ciedade etc.
Contudo, existem bens que não podem ser desapropriados, como a moeda corrente do 
País e os chamados direitos personalíssimos, tais como a honra, a liberdade, a cidadania etc.
Questão 8 (CESPE/OAB/2009) A desapropriação, que consiste na transferência de proprie-
dade de terceiro ao Poder Público, tem por objeto bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incor-
póreos, públicos ou privados2.
2 Certo.
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5.10. proCedimento de desApropriAção
O procedimento administrativo de desapropriação é composto de duas fases distintas: 
fase declaratória e fase executória.
Na fase declaratória, o Poder Público expõe (declara) a existência de um dos pressupostos 
constitucionais para a desapropriação (necessidade pública, utilidade pública ou interesse so-
cial); na fase executória, são adotadas as providências para consumar a transferência do bem 
do patrimônio particular para o Poder Público.
José dos Santos aponta a divergência doutrinária sobre a possibilidade de desapropriação 
do cadáver, inclinando-se para a corrente que admite a desapropriação para pesquisa científica 
e proteção à sociedade.
É possível a desistência do processo de desapropriação, caso não persistam os motivos 
que provocaram a sua iniciativa. A desistência pode ocorrer, inclusive, no decorrer da ação 
judicial.
Com a desistência, terá direito o expropriado à indenização por todos os prejuízos causa-
dos pelo expropriante. No entanto, não pode se opor à desistência.3
5.10.1. Fase Declaratória/Prazo de Caducidade
Na declaração expropriatória devem constar: a) a descrição precisa do bem a ser desapro-
priado; b) a finalidade da desapropriação; c) o dispositivo legal da lei expropriatória que autori-
za tal hipótese de desapropriação.
Após o ato de declaração, a  indenização somente abrange as benfeitorias necessárias. 
As benfeitorias úteis serão indenizadas quando o proprietário for autorizado pelo Poder Pú-
blico. Não são passíveis de indenização as benfeitorias voluptuárias feitas após a referida 
declaração.
Com a expedição do decreto, declarando a utilidade pública, necessidade pública ou o inte-
resse social, as autoridades competentes podem penetrar no prédio objeto da declaração, sen-
do possível o recurso à força policial no caso de resistência do proprietário. Ademais, inicia-se 
a contagem do prazo para ocorrência da caducidade do ato, tendo ainda por efeito a indicação 
do estado em que se encontra o bem objeto da desapropriação.
3 RE n. 99.528, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 29/11/1988, Primeira Turma, DJ 20/3/1992).
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No caso de declaração de utilidade ou necessidade pública, o decreto expropriatório cadu-
ca no prazo de cinco anos (art. 10, Decreto-Lei n. 3.365/1941)4, contado da data da expedição 
do decreto, se a desapropriação não for efetivada mediante acordo ou sentença judicial nesse 
prazo. Vale dizer, possui a Administração, desde o ato declaratório, cinco anos para dar início 
à fase executória da desapropriação. Ocorrendo a caducidade, somente decorrido um ano po-
derá ser o mesmo bem objeto de nova declaração. Após esse período, o Poder Público poderá 
expedir novo decreto declaratório da utilidade pública ou do interesse social na desapropria-
ção do mesmo bem.
Na hipótese de desapropriação por interesse social, o prazo de caducidade é de dois anos, 
também contado a partir da expedição do decreto (art. 3º, Lei n. 4.132/1962). Não consta da 
Lei n. 4.132/1962 a estipulação de prazo para nova declaração após a caducidade, quando o 
motivo da desapropriação for por interesse social. Destaca a doutrina que esse prazo refere-se 
não apenas à efetivação da desapropriação, mas também, às providências de aproveitamento 
do bem expropriado, diferindo da desapropriação por utilidade ou necessidade pública pre-
vistas no Decreto-Lei n. 3.365/1941. No entanto, entende o STF que ocorre a caducidade do 
próprio direito, sendo vedada nova declaração de interesse social sobre o mesmo bem.
Caducidade:
Necessidade ou utilidade pública: cinco anos – nova declaração – um ano;
Interesse social: dois anos – nova declaração – não é possível (STF).
5.10.2. Imissão Provisória na Posse
Ocorre quando o expropriante passa a ter a posse provisória do bem antes da finalização 
da ação de desapropriação. Para tanto, deve haver declaração de urgência e depósito prévio 
(art. 15 do Decreto-Lei n. 3.365/1941).
A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a requerer 
a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias. Excedido este 
4 Súmula n. 23 do STF.
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prazo não será concedida a imissão provisória. A imissão provisória na posse será registrada 
no registro de imóveis competente. (§§ 2º, 3º e 4º do art. 15 do Decreto-Lei n. 3.365/1941).
O expropriante tem direito subjetivo à imissão provisória, não podendo o juiz denegar o 
requerimento, desde que cumpridos os pressupostos acima indicados.
O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela 
sentença, poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito (§ 2º, art. 33, Decreto-Lei 
n. 3.365/1941). Para tanto, exige-se prova de propriedade, de quitação de dívidas fiscais que 
recaiam sobre o bem expropriado, e publicação de editais, com o prazo de 10 dias, para conhe-
cimento de terceiros. Se o juiz verificar que há dúvida fundada sobre o domínio, o preço ficará 
em depósito, ressalvada aos interessados a ação própria para disputá-lo (art. 34, Decreto-Lei 
n. 3.365/1941).
O direito ao levantamento independe da concordância do expropriado.
5.11. indenizAção
Conforme o texto constitucional, a indenizaçãodeve ser prévia, justa e em dinheiro.
Base de cálculo Percentual (%) Início do pagamento
Juros
moratórios
Valor da indenização fixado na 
sentença.
Até seis por cento ao 
ano. (Medida Provisória 
n. 2.183-56/2001).
A partir de 1º de janeiro 
do exercício seguinte 
àquele em que o paga-
mento deveria ser feito.
Juros compen-
satórios
Diferença entre o valor ofertado 
em juízo e o valor fixado na 
sentença (Medida Provisória n. 
2.183-56/2001).
STF – diferença apurada entre 
80% do preço ofertado em juízo 
e o valor do bem fixado na sen-
tença (ADI n. 2.332).
12% ao ano.
Até 6% ao ano.
Teve eficácia sus-
pensa pelo STF
(ADI n. 2.332).
Imissão provisória na
posse do bem pelo
expropriante.
Honorários 
Advocatícios
Diferença entre o valor ofertado 
em juízo e o valor fixado na 
sentença (Medida Provisória n. 
2.183-56/2001).
Meio e cinco por cento 
do valor da diferença 
entre o ofertado pelo 
expropriante e o fixado 
na sentença. (Medida 
Provisória n. 2.183 - 
56/2001).
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ADI n. 2.332 MC/DF. O STF suspendeu a eficácia da expressão “não podendo os honorários 
ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinquenta e um mil reais)” do § 1º do art. 27 do Decreto-Lei 
n. 3.365, em sua nova redação, mas manteve o percentual de meio e cinco por cento.
Se no bem desapropriado haver fundo de comércio, só haverá sua inclusão no valor da in-
denização se o expropriado também for o proprietário do fundo. Se for terceiro o proprietário 
do fundo de comércio, deverá promover ação autônoma contra o expropriante (art.  26, 
Decreto-Lei n. 3.365/1941) (REsp n. 704.726/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, 
julg. em 15/12/2005).
5.11.1. Indenização Mediante Títulos da Dívida Agrária e Títulos da Dívida 
Pública
Como dito anteriormente, a indenização deve ser prévia, justa e em dinheiro. No entanto, 
essa regra comporta exceções:
Forma de desapropriação Indenização Resgate
Para fins de reforma agrária. 
Imóvel não cumpre função 
social (CF, art. 184).
– Títulos da dívida agrária, com cláu-
sula de preservação do valor real.
– Resgatáveis no prazo de até vinte 
anos, a partir do segundo ano de sua 
emissão.
Para fins urbanísticos (CF, 
art. 182, § 4º, III).
– Títulos da dívida pública;
– Emissão anteriormente aprovada pelo 
Senado Federal.
– Resgate de até dez anos, em par-
celas iguais e sucessivas.
– Assegurado o valor real da indeni-
zação e os juros legais.
Confiscatória (art. 243, CF). Não há indenização.
Questão 9 (MINISTÉRIO PÚBLICO/PR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2011) São requisitos 
constitucionais para proceder-se a desapropriação a prévia e justa indenização em dinheiro, 
salvo dos casos de expropriação para reforma agrária e para urbanização, hipóteses em que a 
indenização pode ser paga com títulos da dívida agrária e da dívida pública municipal5.
5 Certo.
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5.12. espéCies de desApropriAção
5.12.1. Desapropriação para fins de Reforma Agrária – Interesse Social
A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo 
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos (art. 186, CF):
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
A desapropriação para fins de reforma agrária é modalidade de desapropriação por interes-
se social de competência da União e disciplinada pelos arts. 184 a 191 da CF.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel 
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos 
da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, 
a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Trata-se de desapropriação incidente sobre imóveis rurais que não estejam cumprindo sua 
função social. O expropriante nesta hipótese é exclusivamente a União, e a indenização será 
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de 
até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro (§ 1º, art. 184, CF).
Por determinação constitucional, são isentas de impostos federais, estaduais e municipais 
as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária (§ 5º, 
art. 185).
Na esteira do comando constitucional que autoriza a desapropriação para fins de reforma 
agrária, foi editada a Lei n. 8.629/1993, que regulamenta o dispositivo constitucional referente 
ao assunto.
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Conforme a Constituição, são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária 
(art. 185, CF):
I – a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não pos-
sua outra;
II – a propriedade produtiva.
Basta que qualquer desses requisitos se verifique para que a imunidade objetiva prevista 
no art. 185 da Constituição atue plenamente, em ordem a pré-excluir a possibilidade jurídica de 
a União Federal valer-se do instrumento extraordinário da desapropriação-sanção.
A pequena e a média propriedades rurais podem ser desapropriadas por interesse social para 
reforma agrária, se o proprietário possuir outra propriedade rural. Também podem ser desapro-
priadas por outro fundamento (necessidade, utilidade ou interesse social).
5.12.2. Desapropriação Urbanística – Interesse Social
Art. 182, § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no 
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutili-
zado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente 
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e 
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Tal hipótese de desapropriação possui caráter sancionatório e pode ser aplicada ao pro-
prietário de solo urbano que não atenda à exigência de promover o adequado aproveitamento 
de sua propriedade, nos termos do plano diretor do Município.
O expropriante, nessa hipótese, será o Município, segundo as regras gerais de desapropria-
ção estabelecidas em lei federal.

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