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VII Jornada Científica Faculdades Integradas de Bauru - FIB ISSN 2358-6044 2023 DESVENDANDO OS BENEFICIOS DOS PSICODÉLICOS: COMO ESSAS SUBSTANCIAS PODEM REVOLUCIONAR A TERAPIA. Ana Laura Noronha¹; Andressa Cristina Benedetti¹; Douglas Malaquias da silva¹; Heloisa Santos Caruzo de Assis¹; Carolina Tarcinalli Souza² ¹Alunos de Psicologia – Faculdades Integradas de Bauru – FIB - noronhalaura16@gmail.com; andressa_cristinab@hotmail.com ; Douglasmalaquiasdasilva84@gmail.com; helo_caruzo@hotmail.com ; ²Professora do curso de Psicologia – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – caroltar11@hotmail.com. Grupo de trabalho: PSICOLOGIA. Palavras-chave: Psicodélicos, Tratamento, Saúde Mental, Depressão, Ansiedade, Terapia, Psilocibina, MDMA, LSD, Ahayuasca. Introdução: As drogas psicodélicas, como LSD, psilocibina, ayahuasca e cogumelos (psilocibina), são substâncias que alteram as percepções sensoriais, pensamentos e níveis de consciência, distorcendo a realidade por meio do sistema nervoso central e neurotransmissores como a serotonina. O uso terapêutico dessas substâncias tem sido explorado, e estudos recentes questionam sua categorização como alucinógenos, pois não promovem dependência química ou psicológica e possuem alto potencial terapêutico. Na década de 1950 e 1960, os psicodélicos eram objeto de pesquisa psicológica e mostraram indícios promissores no tratamento de pessoas alcoólicas, depressivas e com insônia. No entanto, sua associação com o movimento contracultura e a repressão governamental durante a guerra do Vietnã levaram a uma interrupção de quase 22 anos nas pesquisas. Somente em 1999, durante uma conferência sobre drogas psicodélicas, foi discutido o potencial terapêutico dessas substâncias e sua aprovação pela vigilância sanitária, o que levanta a questão do que poderia ter sido alcançado sem essa pausa nas pesquisas. Soares em 2021 levanta a questão de que "A eficácia do uso de LSD em clínicas foi descoberta e publicada em 2012 na meta-analise, a partir de um estudo envolvendo 536 participantes deste 1970". Entende-se então por estudos clínicos que se mantêm em ativa nos tempos modernos, os benefícios significativos no tratamento da depressão com ecstasy e psilocibina, abalando o campo da psiquiatria, uma vez, que na contemporaneidade a palavra drogas já remetem para a sociedade um sentido pejorativo, sujo e depravado de tais substâncias, trazendo na bagagem de senso comum o medo destes novos métodos terapêuticos terem consequências impactantes no meio conservador. Objetivos: Levantar o debate sobre o uso de psicodélicos como auxiliares de tratamentos terapêuticos. Relevância do Estudo: Os psicodélicos mostram resultados promissores no tratamento de condições como TEPT, depressão resistente, ansiedade em pacientes terminais e vícios. Podem facilitar auto exploração, aumentar criatividade e promover bem-estar espiritual com supervisão profissional. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica das publicações indexadas em sites de buscas como Scielo, BVS, PubMed e LILACS, com as seguintes palavras- chave: Psicodélicos, Tratamento, Saúde Mental, Depressão, Ansiedade, Terapia, Psilocibina. VII Jornada Científica Faculdades Integradas de Bauru - FIB ISSN 2358-6044 2023 Resultados e discussões: A pesquisa tem mostrado que o uso de psicodélicos como parte de um tratamento terapêutico pode levar a resultados significativos e duradouros. A psilocibina, por exemplo, tem sido estudada no tratamento de transtornos de ansiedade e depressão, com resultados promissores. O MDMA, por sua vez, tem mostrado eficácia no tratamento de transtornos de estresse pós-traumático. O LSD, por exemplo, para tratar a ansiedade, a ibogaína para tratar o alcoolismo e a DMT indicada para a depressão (SIEGEL et al, 2021). Existem diferentes modelos de terapia com psicodélicos, que variam conforme a substância utilizada, a dose, o tempo de duração da sessão, o acompanhamento terapêutico, etc. Alguns modelos combinam a administração da substância com outras técnicas terapêuticas, como meditação, expressão corporal, psicoterapia.Outros estudos têm explorado os efeitos dos psicodélicos no tratamento de dependência química e em questões existenciais, como o medo da morte. Embora os resultados sejam promissores, ainda existe muitas questões a serem resolvidas em relação à segurança e eficácia do uso. No entanto, é importante enfatizar a necessidade de um controle rigoroso e uma estrutura adequada para minimizar o risco de danos ao paciente. Conclusão: O uso de psicotrópicos como auxiliares de tratamentos psicoterapêuticos para transtornos como depressão, bipolaridade e estresse pós-traumático apresenta um potencial promissor. Os psicodélicos, como a psilocibina, o MDMA e o LSD, mostraram-se capazes de facilitar a ressignificação de traumas, promover insights e aumentar a conexão emocional durante as sessões terapêuticas. É importante destacar que o uso dessas substâncias requer uma abordagem cuidadosa e supervisionada por profissionais qualificados e que ainda são necessárias mais pesquisas para melhor compreender os mecanismos de ação e implementar sua utilização de maneira segura e eficaz na prática clínica. Referências: DE MELO COSTA, Brena Ferreira et al. DIFERENÇAS ENTRE O TRATAMENTO CONVENCIONAL E A TERAPIA PSICODÉLICA COMO AJUDA À DEPRESSÃO. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-ALAGOAS, v. 7, n. 3, p. 35-35, 2022. Acesso em: 02/05/2023, disponível em: https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/9353 SOARES, Breno Almeida. O renascimento dos psicodélicos como potenciais agentes psicoterapêuticos: trajetória, avanços recentes e perspectivas. Revista Brasileira de Psicoterapia, v. 23, n. 2, p. 215-241, 2021. Acesso em: 02/05/ 2023, disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/rbp.celg.org.br/pdf/v23n2a19.pdf VANIN, Bruna Durante. “TERAPIAS PSICODÉLICAS”: DISCUSSÃO DOS RISCOS, BENEFÍCIOS E DESAFIOS DO USO DE SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS PARA O TRATAMENTO DE TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS. Site: repositorio.USP.br, p.1-35, 2020. Acesso em: 02/05/2023, acesso em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/59e05c65-ac87-44d1-9984- 7853c9198026/3058659.pdf SIEGEL, Ashley N. et al. Estudos clínicos registrados que investigam drogas psicodélicas para transtornos psiquiátricos. Journal of Psychiatric Research, v. 139, p. 71-81, 2021. Acesso em: 02/05/2023, disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022395621002880 KERBER, Gabriel Bacarol. Notas sobre o uso de psicodélicos no tratamento em saúde mental.ayaeditora.com.br, p. 1-7. Acesso em: 02/05/2023, disponível em:https://ayaeditora.com.br/wp-content/uploads/2022/01/L106C1.pdf