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Comunicação, Linguagem e 
Semiótica
Prof. Dr. Lemuel de Faria Diniz
Módulo 1 - Fundamentos da 
Semiótica
Unidade 1 - Teorias, histórias e perspectivas
Semiótica
● “A real definição da teoria semiótica é a sua história” 
(HÉNAULT, 2006, p. 153).
Semiótica
● “Ciência encarregada de investigar os sistemas de significação 
em geral, e bem assim, os sistemas de signos”;
● “Estuda a natureza e a função dos mais diversos sistemas de 
signos: naturais ou artificiais; visuais, auditivos, olfativos etc.” 
(BORBA, 2008, p. 225).
Semiótica
● “A semiótica tem sido descrita de várias formas: 
● como ciência dos signos, 
● do comportamento simbólico 
● e dos sistemas de comunicação” (LYONS, 2011, p. 13).
Semiótica
● Houve muitas discussões, entre os estudiosos da semiótica, 
quanto à diferença entre signos, símbolos e sinais, bem como 
sobre o escopo do termo ‘comunicação’ (LYONS, 2011, p. 13).
Semiótica
● A história da semiótica se inicia na Antiguidade greco-latina;
● Galeno de Pérgamo (139-199): médico que empregava o termo 
semeiosis com o significado de diagnóstico.
Fonte: Wikimedia Commons
Semiótica
● No século XVIII, o termo semiótica designava, na área médica, 
a doutrina dos sintomas; e ainda permaneceu em uso na 
ciência médica italiana da segunda metade do século XX.
Fonte: Wikimedia Commons
Semiótica
● No campo da filosofia, primeiramente a semiótica enraíza-se 
na tradição que remonta a Platão e Aristóteles,
● Posteriormente, outros pensadores se debruçam sobre o tema, 
como Descartes, Bacon e Leibniz;
● Apesar dessas iniciativas, foi no século XVIII que a semiótica 
demonstrou seus primeiros sinais de relevância. 
● Principais contribuidores dessa fase: Herder, Hume, Vico, Kant, 
Diderot e Locke. 
Semiótica
● “Realmente, a filosofia semiótica cita médicos, gramáticos e 
filólogos antigos e medievais como seus precursores: tudo o 
que um dia foi trabalho de interpretação razoável é convocado” 
(HÉNAULT, 2006, p. 150).
Charles Sanders Peirce (1839-1914)
Fonte: Wikimedia Commons
Peirce
● Contemporâneo de Ferdinand Saussure (1857-1913);
● “Notável precursor das filosofias dos signos e do sentido”;
● Criador da semiótica americana (HÉNAULT, 2006, p. 11, 90);
● Começou a trabalhar na sua teoria semiótica dos signos em 
1869 (TRASK; MAYBLIN, 2013, p. 26).
Peirce
● Não deixou uma doutrina consolidada sobre o seu objeto 
principal de investigação - os signos. Isso torna um tanto difícil 
o acesso ao seu pensamento, mas ainda o torna influente;
● Obras: os oito volumes dos seus Collected papers 
(1931-1938).
Peirce
● Preconiza uma visão pansemiótica do mundo;
● “Todo o universo é permeado de signos, se não for composto 
exclusivamente de signos”;
● Para ele, signo é qualquer elemento que, sob determinados 
aspectos e em certa medida, representa outro;
● Signo: algo que representa algo para alguém, sob algum 
prisma.
Peirce
● Considera o signo dividido em três categorias: ícone, indicador 
e símbolo;
● Ícone: signo que se refere ao objeto que denota simplesmente 
por força de caracteres próprios e que ele possuiria, do mesmo 
modo, existisse ou não existisse efetivamente um objeto 
daquele tipo. Exemplo: fotografia.
Peirce
● Indicador: signo que se refere ao objeto que denota em razão 
de ver-se realmente afetado por aquele objeto. Exemplo: a 
sombra, que indica a posição do sol;
● Símbolo: signo que se refere ao objeto por força de uma lei, 
geralmente uma associação de ideias gerais que opera no 
sentido de conduzir o símbolo a ser interpretado como se 
referindo àquele objeto. O símbolo faz parte dos signos 
convencionais, como os sinais de trânsito.
Peirce
● Parte dos estudos de Peirce foi fruto de uma parceria com 
Charles Morris (1901-1979);
● “Situados numa perspectiva filosófica, os dois semioticistas 
defendiam uma ampla teoria dos signos, que enfeixava não 
apenas os signos linguísticos como também os não- 
linguísticos” (MOISÉS, 2004, p. 415).
Charles Morris
● Influenciado pelo estruturalismo linguístico de Leonard 
Bloomfield (1887-1949), contribuiu com uma base behaviorista 
para a semiótica;
● O aluno de Morris, o húngaro Thomas Sebeok (1920-2001) 
expandiu a semiótica para a biologia (TRASK; MAYBLIN, 2013, 
p. 26).
Ferdinand de Saussure (1857-1913)
● Por meio do seu projeto de conceber uma ciência que 
estudasse a vida dos signos no seio da vida social, inaugurou 
a semiótica linguística.
Fonte: Wikimedia Commons
Ferdinand de Saussure (1857-1913)
● Apesar de não conhecer os estudos de Peirce, e este ignorar 
os seus, ambos podem ser considerados pioneiros da 
semiótica moderna;
● Diferentemente de Peirce, para Saussure o signo corresponde 
à combinação de significante (imagem acústica) e significado 
(conceito);
● Obra: Curso de linguística geral, publicado postumamente, em 
1916.
Ferdinand de Saussure (1857-1913)
● Os ensinamentos de Saussure difundiram-se especialmente na 
Europa, graças sobretudo às formulações estruturalistas dos 
anos 1960-1970, quando a Linguística foi tomada como 
paradigma para a antropologia, a matemática, a biologia, a 
psicologia, para as ciências sociais, história, filosofia e crítica 
literária. 
Semiótica
● Alguns dos estudiosos que se destacaram nas especialidades 
em que exerceram a sua pesquisa no universo dos signos 
foram:
● Roland Barthes (1915-1980);
● Umberto Eco (1932-2016);
● Claude Lévi-Strauss (1908-2009) - Antropologia;
● Michel Foucault (1926-1984) - História;
● Jacques Lacan (1901-1981) - Psicologia.
Roman Jakobson (1896-1982)
● A semiótica precisa se expandir para outros sistemas 
não-linguísticos, isto é, para aspectos sociais cotidianos que 
podem ser analisados como sistemas estruturados de ‘signos’;
● Esses signos podem incluir sinais de trânsito, sinfonias, 
arquitetura etc (TRASK; MAYBLIN, 2013, p. 26);
● Obra: Ensaios de linguística geral (1963).
Louis Hjelmslev (1899-1965)
● Linguista dinamarquês;
● Teoria da glossemática: a linguagem compreende tanto 
‘linguagens linguísticas’ quanto ‘linguagens não-linguísticas’;
● Esse campo de pesquisa fez da glossemática uma importante 
escola de semiótica;
● Obra: Prolegômenos a uma teoria da linguagem (1971).
Louis Hjelmslev (1899-1965)
● Ao estudar todas as semióticas, seu objeto “não são apenas 
as semióticas denotativas, mas também as semióticas 
conotativas (aquelas cujo plano da expressão é uma 
semiótica) e as metassemióticas (aquelas cujo plano de 
conteúdo é uma semiótica)”.
Louis Hjelmslev (1899-1965)
● “Aqui, então, são incorporados à teoria os estilos, os gêneros 
do discurso, as variedades linguísticas, a língua ou línguas em 
que o texto foi produzido, etc. 
● Por exemplo, tem um sentido o fato de um poema estilizar 
uma receita de cozinha. No gênero receita, o texto tem duas 
partes: ingredientes e modo de preparar. O tema é sempre 
ensinamento para preparar um alimento.
● No texto que segue, o poeta Nicolas Behr mantém a estrutura 
composicional e o estilo do gênero receita, mas muda o tema. 
Fala não de uma receita de alimento, mas de uma receita de 
poesia. 
● Ele estilizou a receita de alimento para construir seu texto de 
receita poética.
 Receita
Ingredientes
2 conflitos de gerações
4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido
5 sonhos eróticos
2 canções dos beatles
Modo de preparar
dissolva os sonhos eróticos
nos dois litros de sangue fervido
e deixe gelar seu coração
leve a mistura ao fogo
adicionando dois conflitos
de gerações às esperanças
perdidas.
corte tudo em pedacinhos
e repita com as canções dos
beatles o mesmo processo usado
com os sonhos eróticos mas desta
vez deixe ferver um pouco mais e
mexa até dissolver
parte do sangue pode ser
substituído por suco de
groselha mas os resultados
não serão os mesmos
sirva o poema simples
ou com ilusões” 
(FIORIN, 2014, p. 62-63, grifos originais)
Referências
BORBA, Francisco da Silva. Introdução aos estudos linguísticos. 16. ed. Campinas: Pontes Editores,2008.
FIORIN, José Luiz. Língua e história em Saussure. Matraga, v. 21, n. 34, 2014. Disponível em: 
https://link.ufms.br/0Jcel. Acesso em: 05 out. 2023. p. 54-72.
HÉNAULT, Anne. Histórica concisa da semiótica. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Auguste_Bourotte_-_Le_consultation.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Iapyx_removing_arrowhead_from_Aeneas.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Charles_Sanders_Peirce.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ferdinand_de_Saussure_by_Jullien_Restored.png
https://link.ufms.br/0Jcel
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Auguste_Bourotte_-_Le_consultation.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Iapyx_removing_arrowhead_from_Aeneas.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Charles_Sanders_Peirce.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ferdinand_de_Saussure_by_Jullien_Restored.png
Referências
LYONS, John. Lingua(gem) e linguística: uma introdução. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 12. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cultrix, 2004.
PEIRCE, Charles S.; HOUSER, Nathan (org). Writings of Charles S. Peirce: a chronological edition, v. 8: Indiana: 
Indiana University Press, 2001. ISBN 0253372089. 
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 28. ed. São Paulo: Cultrix, 2012. ISBN 9788531601026. 
TRASK, R. L.; MAYBLIN, Bill. Entendendo a linguística. São Paulo: Leya, 2013.
 
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ABNT NBR 6023 (2018), a não ser que esteja indicado de outra forma, todo material 
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