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Conteudista: Prof. Dr. Anderson Sena Barnabe Revisão Textual: Esp. Maria Thereza Carvalho Rodriguez Guisande Objetivos da Unidade: Conhecer os fundamentos básicos da Bioquímica; Conhecer as biomoléculas e sua importância biológica; Descrever as propriedades da água que fazem dela um solvente incomum, bem como suas interações com o sistema corporal. 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências Introdução à Bioquímica Sistêmica Bases da Bioquímica Sistêmica Introdução A bioquímica é a base de compreensão em nível molecular dos sistemas orgânicos e como fundamentamos as relações dos nossos estados de saúde (funções fisiológicas) e os eventuais desequilíbrios que possam desencadear doenças. Exatamente, o que isso significa? Como fundamentamos a Química e a Biologia para que venhamos a ter a “Bioquímica” como uma matéria fundamental e que dá base de conhecimento para outras disciplinas, tais como Fisiologia, Farmacologia, Patologia etc.? Atualmente sabemos que a base química da célula e consequentemente dos tecidos orgânicos e dos sistemas apresentam em comum uma composição básica com certos elementos, como carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S), variando somente em quantidade de um grupo celular para outro ou de um grupo de ser vivo para outro (UCKO, 1992, p. 41). Com base nesse conceito, será que nosso organismo tem apenas esses componentes? A resposta é não! Temos um elenco de outros compostos que serão, nesta Unidade, divididos em dois grupos: 1 / 3 📄 Material Teórico Os inorgânicos, representados aqui principalmente pela água e por toda a importância que ela tem para a nossa sobrevivência, inclusive as relações biológicas e químicas que ela estabelece no nosso organismo (MARQUES, 2014, p. 10); Com base nesse contexto, entendemos que as aplicações do estudo da bioquímica junto ao sistema orgânico demanda também conhecimentos sobre química orgânica e inorgânica, que venham a dar base para as associações dos fundamentos da bioquímica básica. Como exemplo, podemos citar uma série de elementos importantes para os organismos, porém necessários em quantidades reduzidas, como aqueles que denominaremos aqui de microelementos essenciais. Entre eles estão o ferro (Fe), o cobre (Cu), o zinco (Zn) e o vanádio (Vn), presentes na estrutura de biomoléculas, como as proteínas (UCKO, 1992, p. 65; BETTELHEIM et al., 2012, p. 475). Observamos que a fundamentação da química inorgânica e da química orgânica é o substrato de entendimento da bioquímica em todas as suas implicações (sistêmica, metabólica etc.). A análise desses processos químicos, a reposição contínua de elementos orgânicos ou inorgânicos pela nossa dieta, a ingesta adequada de água e outros elementos de competência nutricional são fundamentais para que o balanço biológico seja equilibrado e que venhamos a ter uma homeostase em relação ao risco de doenças, principalmente em relação àquelas que têm tido maiores taxas de incidência na atualidade (as denominadas crônicas degenerativas, tais como as doenças cardiovasculares e os tumores). Água e suas Propriedades Bioquímicas A água tem uma estrutura molecular composta de um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio. Cada átomo de hidrogênio liga-se covalentemente ao átomo de oxigênio, compartilhando com ele um par de elétrons. E qual a importância dela nos nossos sistemas orgânicos? Ela representa basicamente 60-85% da nossa massa corporal, variando entre alguns tecidos (ossos, por exemplo, têm menos porcentagem de H20 do que em outros órgãos). Além disso, a água é uma molécula polar, ou seja, tem uma característica química que significa que ela tem uma distribuição desigual da densidade de elétrons. Os fundamentais elementos orgânicos, tais como proteínas, aminoácidos, carboidratos e lipídeos, resultantes de atividades metabólicas das células e extremamente importantes para a manutenção fisiológica de nossos sistemas no organismo (MARQUES, 2014, p. 10). A água tem uma carga negativa parcial (σ -) junto ao átomo de oxigênio por causa dos pares de elétrons não vinculados, e tem cargas positivas parciais (σ +) junto aos átomos de hidrogênio, o que resulta nas chamadas “pontes de hidrogênio”. Qual a importância dessas pontes de hidrogênio? Essas pontes são fundamentais para possibilitar uma propriedade que a água tem: ser um solvente universal. A ponte de hidrogênio ocorre entre os átomos de hidrogênio quando ligados a elementos químicos eletronegativos. Essa ligação facilita a interação com outros elementos, o que configura as praticidades junto à dissolução de elementos químicos, e essa dissolução é fundamental para a entrada e saída de elementos químicos dentro de nossas células. A formação dessas pontes, entretanto, não é uma peculiaridade só da água, outras moléculas capazes de formar pontes de hidrogênio podem interagir com a água, formando suas próprias pontes de hidrogênio com as moléculas de água (UCKO, 1992, p. 175). Isso é o que chamamos de dissolução na água, ou seja, existem moléculas que se dissolvem facilmente na água. A interação entre as moléculas do solvente (água) e as do soluto é responsável pelo processo de solubilização: cada íon negativo, situado no interior de uma solução aquosa, atrai as extremidades positivas das moléculas de água vizinhas; o mesmo acontece com os íons positivos em relação às extremidades negativas. Isso faz com que os íons fiquem como que “recobertos” por uma camada de moléculas de água solidamente ligadas a eles, o que confere grande estabilidade à solução (Figuras 1 e 2). Figura 1 – Ponte de hidrogênio entre duas moléculas de água #ParaTodosVerem: estruturas circulares grandes representando os carbonos e estruturas circulares pequenas representando os hidrogênios, ambas ligadas entre si, formando uma espécie de ponte (a ponte de hidrogênio). Fim da descrição. Figura 2 – Ponte de hidrogênio entre um grupo “álcool” (O - H) e uma molécula de água #ParaTodosVerem: estruturas representadas pela letra “H” (hidrogênio) e pela letra “O” (oxigênio) formando o grupo álcool. Fim da descrição. Reflita Você sabia que a formação de pontes de hidrogênio faz com que a água seja um solvente universal? Isso significa que há uma afinidade dela (solvente) com os solutos (também chamados de hidrofílicos ou polares), ou seja, aqueles que serão solubilizados. Essa afinidade pode ser explicada pela sua Água e Regulação Térmica no Organismo Humano A regulação da temperatura no corpo humano é de extrema importância e está diretamente relacionada com a liberação de energia química, mecânica ou térmica, de acordo com nossas atividades físicas e com outros fatores, tais como temperatura ambiente e umidade relativa do ar (CARVALHO; MARA, 2010). A energia química resultante da oxidação de nutrientes não é totalmente transformada em energia mecânica (movimentos), e para isso há uma relação extremamente ligada com a água orgânica, pois quase todo aporte energético é transformado imediatamente em energia térmica (calor). Isso significa que inclusive a energia mecânica, que proporciona nossos movimentos, ações musculares involuntárias e demais atividades, também é transformada em energia térmica (CARVALHO; MARA, 2010). Logo, podemos pensar que tudo é transformado em calor. Essa energia térmica, que se acumula durante a prática de exercícios, por exemplo, e eleva a temperatura corporal, deverá ser dissipada. Nesse ponto, participam mecanismos termorregulatórios, estruturas fundamentais para a nossa sobrevivência e sem as quais o organismo entraria em colapso, devido ao superaquecimento, em questão de poucos minutos de atividade contínua. Entre os mecanismos termorregulatórios, o mais eficaz durante a prática de exercícios é a evaporação do suor. Portanto, não basta suar, temos que pensar também na liberação da capacidade de formar pontes de hidrogênio com a água. Alguns exemplos desses compostos de natureza polar são o etanol(álcool comum) e o cloreto de sódio (sal de cozinha). Entretanto, há alguns elementos que não formam as pontes, logo são insolúveis em água, tais como os lipídeos, benzeno, tolueno, entre outros. Esses, entre outros elementos, são denominados apolares. temperatura para o meio externo, sendo necessária a evaporação do suor para que o calor seja liberado pelo organismo, o qual também sofre influência da umidade relativa do ar ambiente. Ou seja, o aumento da umidade relativa do ar diminui a taxa de evaporação do suor, possibilitando, consequentemente, menor liberação do calor corporal. Os demais mecanismos, que são a condução, a irradiação e a convecção, têm importância menor durante a prática de exercícios, principalmente os mais intensos e prolongados. À medida que ocorre a elevação da temperatura externa, esses três mecanismos se tornam ainda menos efetivos (CARVALHO; MARA, 2010). A hidratação e a reposição de elementos químicos, nesse contexto esportivo, são fundamentais para o equilíbrio do sódio e para o controle dos riscos de hipernatremia, que um atleta pode ter caso não se reidrate adequadamente. Saiba Mais O suor tem menos sais que o plasma do sangue. Isso significa que a perda de água é proporcionalmente maior do que a de eletrólitos, em especial do sódio, ocorrendo desidratação com hipernatremia (acúmulo de sódio no sangue). A restituição líquida com bebidas desportivas ricas em sódio pode, entretanto, causar um efeito rebote, pois essas bebidas aumentam o volume líquido sem balancear a quantidade de sódio, causando hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue). Como vimos, a água tem papéis importantes na célula: é um solvente eficiente, participa de diversas reações e contribui para a estabilidade da temperatura. Como solvente, a água interage com biomoléculas iônicas e polares. Assim, as propriedades da água têm efeito direto no comportamento das biomoléculas. Biomoléculas As biomoléculas são compostos químicos estruturados pelo elementos carbono (C). São essenciais ao conteúdo introdutório: Proteínas As proteínas representam um grupo de biomoléculas extremamente versátil, considerando a gama das funções biológicas que desempenham. São formadas a partir de um conjunto de vinte α-L-aminoácidos, denominados, genericamente, de aminoácidos primários ou aminoácidos padrão (BETTELHEIM et al., 2012, p. 534; MARQUES, 2014, p. 26). Algumas de suas funções podem ser vistas no quadro a seguir: Transporte e armazenamento: Contração muscular: Caseína; Ferritina; Encontrada no leite; Armazenagem e ferro orgânico. Actina; Miosina; Defesa: Enzimas: Aminoácidos Os aminoácidos são biomoléculas de grande importância nutricional, uma vez que formam proteínas celulares. Contudo, como o organismo humano não sintetiza todos os aminoácidos, alguns deles devem vir da dieta ou do turnover (reaproveitamento) dos aminoácidos presentes na célula, oriundos, por exemplo, da degradação de proteínas celulares (MARQUES, 2014, p. 38). Esses aminoácidos são chamados de aminoácidos essenciais. A variação de aminoácidos essenciais presentes na proteína é que confere o valor nutricional desta, assim como a digestibilidade que essa proteína deve ter para completar seu valor biológico. Eles são constituídos por cadeias de carbono ligadas ao hidrogênio, ao oxigênio, ao nitrogênio e ao enxofre. Apresentam também um grupamento carboxila (COOH) e um grupamento amina (NH2), do qual deriva seu nome. Vista em músculos esqueléticos; Vista em músculos esqueléticos. Anticorpos; Imunoglobulinas; Proteases; Degradação de outras proteínas (MARQUES, 2014, p. 45). Carboidratos São biomoléculas constituídas principalmente por C, H e O, mas podem conter N, P ou S em sua composição. Apresentam variadas denominações tais como açúcares, hidratos de carbono, oses ou glicídios, sob a estrutura de CH2On. Os carboidratos podem ser encontrados isolados, na forma de monossacarídeos, tendo como exemplo a glicose, a frutose e a galactose, ou em pares, na forma de dissacarídeos, como lactose, sacarose e maltose. Por fim, podem ser encontrados em grandes quantidades, como oligossacarídeos (três a nove carbonos) ou polissacarídeos (dez carbonos ou mais) (MARQUES, 2014, p. 38). São elementos fundamentais do metabolismo, sendo que alguns compõem inclusive elementos estruturais dos nossos DNA e RNA (a ribose e a desoxirribose). Esses elementos estão presentes em nossa dieta, sendo o item principal na mesa em muitas culturas. Alimentos ricos em açúcares são chamados de energéticos (MARQUES, 2014, p. 38). Como se dão as relações dos carboidratos na nutrição? Saiba Mais São dez os aminoácidos essenciais: arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Agora, que tal você fazer aquela boa pesquisa para saber quais são os nomes dos outros aminoácidos (não essenciais)? Eles são encontrados em alimentos de origem vegetal, pois as plantas os produzem no processo de fotossíntese e os armazenam como fonte de energia. Os encontramos também no leite e no mel. Os carboidratos, uma vez ingeridos, precisam passar pela hidrólise, para que ocorra sua absorção no intestino delgado. Esse processo (hidrólise) se inicia na boca e acontece devido à ação de enzimas que permitem a quebra das moléculas até sua menor forma, os monossacarídeos (FONTAN; AMADIO, 2015). Após a absorção intestinal, o carboidrato entra na corrente sanguínea e é transportado até o fígado, para conversão em glicose. No fígado, ele pode permanecer armazenado na forma de glicogênio hepático ou ir para a corrente sanguínea para ser utilizado pelas células ou mesmo ser captado pelos músculos para armazenamento na forma de glicogênio intramuscular. Lembrando que a concentração de glicogênio (devemos entender que o glicogênio passa a ser um polissacarídeo – polímeros de glicoses – de reserva nos animais, assim como o amido é a reserva nas células vegetais) vai variar em relação à concentração nas células musculares ou nas células hepáticas (FONTAN; AMADIO, 2015). Como se dá esse uso dos carboidratos como fonte energética? Nas próximas aulas, teremos melhores detalhes de como quimicamente o carboidrato se transforma em energia no corpo humano. Por enquanto, iremos só deixar claro que, durante o exercício físico, a oxidação de carboidratos para uso como fonte energética será determinada pela intensidade do esforço realizado e pela duração da atividade física. Consequentemente, a demanda dessas fontes de energia será maior, obviamente, em atividades de maior intensidade. Reflita Qual seria a demanda de carboidratos (energia) para uma atleta de alto rendimento? Lipídeos Os lipídios ou lipídeos desempenham diversas funções na natureza, das quais as seguintes merecem destaque: Resposta: devido às limitações corporais nos estoques de glicogênio e devido à necessidade aumentada de energia durante o exercício físico, é comum a ingestão de carboidrato para evitar que a depleção dos estoques possa piorar o desempenho dos atletas. Sendo assim, os suplementos de carboidratos à base de maltodextrina, glicose, frutose e sacarose são os mais comercializados atualmente, tanto em sua forma isolada como em conjunto, para maior otimização. É de extrema importância que você nutricionista conheça também o índice glicêmico desses carboidratos, que seria a velocidade com que a insulina aumenta em resposta às taxas de glicose no sangue, logo, quanto maior o índice glicêmico, mais glicose na corrente circulatória. Essa escolha pode ser uma estratégia que permite manter as taxas de glicose plasmática maiores durante o exercício, evitar a produção exacerbada de insulina e manter as reservas de glicogênio por maior tempo. Muitos nutricionistas e educadores físicos, nesses casos, optam por estudos que mostram ser recomendável o consumo de carboidratos com baixo índice glicêmico (FONTAN; AMADIO, 2015). Reserva energética dos animais e das sementesoleaginosas: os lipídios são armazenados nas células de animais e plantas na forma de triacilgliceróis ou Quando se fala em lipídios, é comum associar essa classe de biomoléculas às gorduras (MARQUES, 2014, p. 65). Essa associação equivocada se explica pelo fato de a maioria dos lipídios ter como característica comum uma natureza oleosa. Os lipídios são biomoléculas abundantemente encontradas na natureza. Eles estão presentes em diversos alimentos, como gema de ovo, leite, gorduras animais e óleos vegetais etc. Os lipídios formam uma classe bem complexa de biomoléculas, que se caracteriza mais por sua solubilidade em solventes orgânicos apolares (como clorofórmio, éter e benzeno) e sua baixa solubilidade em solventes polares (como água, etanol e metanol). Os lipídios se classificam em cinco classes, a saber: A estrutura de um lipídeo seria uma molécula de ácido graxo. Portanto, os ácidos graxos são as unidades básicas da maioria dos lipídios e podem ser classificados em saturados e insaturados (MARQUES, 2014, p. 66). triglicerídeos (popularmente conhecidos como gorduras); São componentes estruturais das membranas biológicas: as membranas das células animais e das vegetais são estruturas formadas por proteínas e lipídios. Triacilgliceróis (triglicérides), (falaremos em especial desse grupo, dado sua relevância biológica); Ceras; Glicerofosfolipídios; Esfingolipídios; Esteroides (falaremos em especial desse grupo, dado sua relevância biológica). Os saturados são ácidos graxos saturados: o ácido graxo com cadeia hidrocarbonada saturada não apresenta duplas ligações. Esses ácidos graxos são sólidos à temperatura ambiente e são encontrados em gorduras animais (Figura 3). Figura 3 – Estrutura de um ácido graxo saturado Fonte: NELSON; COX, 2011, p. 331 #ParaTodosVerem: ligações entre Hidrogênios e Carbonos (letras H e C) alinhados em linha reta. Fim da descrição. Já os insaturados São os ácidos graxos que contêm uma ou mais duplas ligações. Esses ácidos graxos são líquidos à temperatura ambiente e são encontrados em óleos vegetais (Figura 4). Figura 4 – Estrutura de um ácido graxo insaturado Fonte: NELSON; COX, 2011, p. 331 #ParaTodosVerem: ligações entre hidrogênios e carbonos (letras H e C) alinhados em linha reta com duas ligações (linhas entre um ou mais carbonos). Fim da descrição. Os óleos de origem vegetal são geralmente líquidos na temperatura ambiente (22º C), devido à maior proporção de ácidos graxos insaturados, enquanto as gorduras de origem animal são sólidas nessa mesma temperatura, pela maior presença de ácidos graxos saturados. Um grupo fundamental pertencente à classe dos lipídeos é o dos triglicerídeos, que são os lipídios mais abundantes na natureza e estão configurados por glicerol e três ácidos graxos, unidos mediante ligação éster. São conhecidos também como gorduras neutras, já que não contêm cargas elétricas e nem grupos polares. Os triglicerídeos conformam os depósitos gordurosos no tecido adiposo animal. A principal função dos triglicerídeos é servir como reserva de energia. Por serem compostos menos Saiba Mais Os esteroides são lipídios e alguns hormônios sexuais e do córtex da glândula adrenal são lipídios da classe dos esteroides, tais como testosterona (hormônio sexual masculino), estradiol (hormônio sexual feminino), cortisol e aldosterona (hormônios do córtex adrenal). oxidados que os glicídios, as gorduras rendem maior quantidade de energia na oxidação celular (SILVA; GIOIELLI, 2006). Saiba Mais O leite humano contém de 3% a 5% de lipídios, entre os quais: 98% são triacilgliceróis, 1% são fosfolipídios e 0,5% são esteróis (Jensen, BUIST e WILSON, 1986). Os triacilgliceróis são compostos principalmente por ácidos graxos de cadeia longa (cerca de 90% dos ácidos graxos no leite humano). A composição em ácidos graxos dos lipídios no leite humano varia de acordo com alguns fatores, como: dieta, estágio de lactação, estação do ano e condições individuais da lactante (SILVA; GIOIELLI, 2006). Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Bioquímica: Bioquímica Metabólica CAMPBELL. M. K et al. Bioquímica: Bioquímica Metabólica. Volume 3. 1. ed. São Paulo: Cengage, 2007. Leitura Associação Entre Carboidratos da Dieta Habitual e Diabetes Mellitus Tipo 2: Evidências Epidemiológicas Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE 2 / 3 📄 Material Complementar Consumo de Carboidratos e Lipídios no Desempenho em Exercícios de Ultra-resistência Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE The Free Energies of Metabolic Reactions (ΔG) are Not Positive Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE BETTELHEIM, F. A. et al. Introdução a química geral, orgânica e bioquímica. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. CARVALHO, T; MARA, L. S. Hidratação e nutrição no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 16, n. 2, p. 144-148, (maio/abr.), 2010. Disponível em: . Acesso em: 17/05/2023. FONTAN, J. S; AMADIO, M. B. O uso do carboidrato antes da atividade física como recurso ergogênico: revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 21, n. 2, p. 153-157, (maio/abr.), 2015. Disponível em: . Acesso em: 17/05/2023. JENSEN, C; BUIST, N.R.M; WILSON, T. Absortion of individual fatty acids form long chain or medium chain triglycerides in very small infants. Am. J. Clin. Nutr., v. 43, p. 77-131, 1986. MARQUES, M. R. F. Bioquímica. 1. ed. rev. Florianópolis: Editora da UFSC/UAB/MEC, 2014. NELSON, D. L; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. SILVA, R. C; GIOIELLI, L. A. Propriedades físicas de lipídios estruturados obtidos a partir de banha e óleo de soja. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 42, n. 2, p. 223-235, 3 / 3 📄 Referências jun., 2006. Disponível em: . Acesso em: 17/05/2023. UCKO, D. A. Química para as ciências da saúde: uma introdução à Química geral, orgânica e biológica. 2. ed. Barueri: Manole, 1992.