Prévia do material em texto
brasileira possui alto índice de disciplina social. E, até agora, se mantém ao largo da catástrofe econômica argentina. Não _____3________ a expectativa internacional de que a economia brasileira sofreria os efeitos do furacão portenho. Completa o quadro estimulante a convicção ______4________Estados Unidos voltarão a crescer entre 2,5% e 3,5% este ano. (Otimismo e Cautela, Editorial, Correio Braziliense, 1/3/2002) 1 2 3 4 a) infiltra as consumou-se de que o b) insinua-se às consumou que os c) instila a se consumou de que os d) introduz as consumando-se que o e) insinua à consumando em que os Gabarito: C Na primeira lacuna, um dos significados do verbo insinuar é introduzir, assim como o de infiltrar (introduzir lentamente) e o de instilar (introduzir aos poucos). Conclui-se, pois, que a única forma inválida seria a de letra b, por causa do emprego do pronome “se” em “insinua-se” (o sujeito é câmbio e o pronome prejudicaria a coerência textual). O preenchimento desta lacuna não é suficiente para resolver a questão. Na segunda lacuna, o adjetivo resistente exige a preposição a – (Ela é resistente a mudanças). A expressão seguinte – “várias situações adversas” – poderia ser precedida ou não de artigo. Sem o artigo, estaria sendo usada em sentido vago, genérico (como no exemplo: “Várias situações adversas foram apresentadas.”), o que não impediria de essas situações adversas serem apresentadas pelo autor posteriormente. Com o artigo, para que haja coerência, o texto deverá apresentar a definição dessas situações (como em “As várias situações adversas impediram o trabalho.”– que situações foram essas?) e é isso o que acontece. Essas situações adversas são apresentadas na seqüência: “o choque causado pelo racionamento de energia” e “a catástrofe econômica argentina". Assim, ambas as construções estariam corretas. As formas que poderiam preencher a lacuna são: a (somente a preposição) ou às (preposição a + artigo definido plural as). Eliminam- se, com isso, as opções a e d (por apresentarem somente o artigo 18 definido, sem a preposição = as) e a opção e (preposição + artigo no singular = à). Restaram, portanto, as opções b e c (50% de chances de acertar a questão!). A terceira lacuna envolve conjugação verbal e colocação pronominal (este ponto será assunto de estudo posterior). A diferença entre as sugestões dos itens b e c está no pronome (consumou / se consumou). O verbo, na opção c, está acompanhado do pronome. Como é transitivo direto (Alguém consumou a ameaça) e uma idéia passiva é atribuída à expressão “a expectativa internacional” (foi consumada), estamos diante de uma construção de voz passiva – não se consumou a expectativa. Por isso, não é possível o emprego do verbo CONSUMAR sem o pronome: “expectativa” é um elemento paciente, que sofre a ação verbal, e, caso viesse desacompanhado de pronome, estaria indevidamente praticando a ação (A expectativa consumou). Define-se, então, o gabarito como letra c. Se o candidato resolvesse começar pela última lacuna, não iria perder tanto tempo assim nessa questão. Só há uma forma válida de preenchimento. A quarta lacuna aborda regência nominal do substantivo convicção. Esse vocábulo exige a preposição de (Alguém tem convicção de alguma coisa). Como o complemento está sob a forma oracional (“Estados Unidos voltarão a crescer”), há necessidade do emprego, também, da conjunção que (dá início a uma oração subordinada substantiva). Finalmente, em nossa aula de concordância, vimos que o topônimo “Estados Unidos” sempre está precedido de um artigo definido plural – os Estados Unidos. Assim, a forma que preenche a lacuna é de que os. 16 - (Analista IRB/2004) Assinale a alteração que provoca erro de regência no texto. O desenvolvimento desigual de tecnologia e das técnicas de produção implica no desenvolvimento desigual da própria concepção de classe social e na desigual conduta de classe em relação ao capital e à empresa. [...] Além disso, a falta de uniformidade tecnológica no processo de produção enfraquece o poder e o domínio da gerência científica e abre espaço para a interferência de outros saberes, historicamente atrasados em relação ao desenvolvimento dos setores de ponta de uma organização. (José de Souza Martins, A aparição do demônio na fábrica, no meio da produção, com adaptações) 19