Logo Passei Direto
Buscar

Aula 4 2 - Teoria das Provas

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
PROVAS NO PROCESSO CIVIL 
 
 CONCEITO  As Provas podem ser conceituadas como um conjunto de atos destinados à 
formação do convencimento do juiz. 
 
As provas são, portanto, os meios utilizados para comprovação do fato controvertido. 
 
 FINALIDADE  A finalidade da prova é convencer o magistrado sobre a existência de 
determinado fato, que assegurará o direito alegado pelo autor. 
 
 DESTINATÁRIO DA PROVA  O destinatário da prova é o juiz, pois, como visto, as provas visam 
a convencê-lo. 
Todavia, sob a égide do Princípio da Cooperação, as provas interessam também às partes. 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente 
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se 
funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
 
 OBJETO DA PROVA  O objeto da prova é o fato controvertido, ou seja, aquele cuja ocorrência 
(ou não) se busca provar. 
 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 
 
 PRINCÍPIO “IURA NOVIT CURIA” 
Este princípio significa que o juiz conhece o Direito. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
Este princípio reforça a premissa de que o objeto da prova são os fatos. 
 
Exceção: Há, contudo, uma exceção: o juiz poderá determinar que a parte prove “direito municipal, 
estadual, estrangeiro ou consuetudinário”. 
 
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o 
teor e a vigência, se assim o juiz determinar. 
 
ÔNUS DA PROVA 
 
O Ônus da Prova pode ser conceituado como o encargo de produzi-la. 
 
 REGRA DO ÔNUS DA PROVA 
Em regra, o ônus da prova cabe à parte que alegou o fato. 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 Autor  Tem o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. 
 
 Réu  Tem o ônus de provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. 
 
 Terceiros  No caso de intervenção de terceiros no processo, estes têm o ônus de provar os fatos 
que alegarem. 
 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
 
 Esta atribuição da lei sobre o ônus probatório é denominada de "OPE LEGIS", que significa que 
a distribuição do ônus da prova é definida diretamente pela lei. 
 
 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
O CPC prevê a possibilidade de o juiz distribuir o ônus da prova de forma diversa da regra legal 
prevista no Art. 373, I e II. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
A inversão judicial do ônus da prova, também chamada de distribuição dinâmica do ônus da prova 
que é realizada pelo juiz é denominada de “OPE JURIS”. 
 
 A inversão do ônus da prova determinada pelo juiz poderá ocorrer quando: 
a) diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade; 
b) excessiva dificuldade de cumprir o encargo por parte daquele que teria o ônus de provar; 
c) maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário. 
 
OBSERVAÇÃO: Caso o juiz verifique que, diante das hipóteses acima, é o caso de inverter o ônus da 
prova, ele deverá fazê-lo por meio de decisão fundamentada, e deverá dar à parte a oportunidade 
de se desincumbir, ou seja, conceda um prazo razoável para que a parte possa comprovar o fato. 
 
Art. 373, § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior 
facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo 
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade 
de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CDC 
No caso das ações relativas à relação de consumo, prevê o artigo 38, inciso VIII do CDC que: é direito 
básico do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da 
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. 
 
Trata-se, portanto, de uma hipótese de inversão “ope legis” (prevista já em lei). 
 
 PROVA DIABÓLICA (PROVA NEGATIVA ABOSOLUTA) 
 
Entende-se por prova diabólica aquela que se torna impossível de se produzir. 
 
É o caso da prova negativa absoluta, decorrente de fato indefinido no tempo e no espaço. 
Exemplo: Provar que nunca viajou para os EUA. 
É possível provar que não viajou para os EUA, em uma data específica, através de testemunhas que 
possam atestar onde a pessoa estava (álibi), comprovantes de estadia, etc. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
Em razão da sua impossibilidade, a prova diabólica é afastada em nosso ordenamento jurídico, 
não sendo a parte obrigada a produzir prova negativa absoluta. 
 
 PROVA ILÍCITA 
 
A doutrina majoritária entende que a prova será ilícita quando violar direitos e garantias 
fundamentais. 
 
A prova ilícita poderá se dar de duas formas: quando for ilegítima ou ilegal. 
 
 Prova Ilegítima  Aquela em que a prova em si é lícita, mas em sua colheita houve violação de 
direitos fundamentais. 
Exemplo: Confissão obtida mediante tortura. 
 Prova Ilegal  Aquela em que a prova em si é ilegal, ou seja, não é permitida por lei. 
Exemplo: Interceptação telefônica obtida sem ordem judicial. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
Por regra, não se admite no processo a produção de prova considerada ilícita. 
 
CF, Art. 5º LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
CPC, Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos 
em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
 
CPP, Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, 
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o 
nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte 
independente das primeiras.  Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada 
Exemplo: O depoimento de uma testemunha, da qual somente se tomou conhecimento através de 
uma interceptação telefônica ilegal se torna inadmissível. 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANAM.T.M. CORDEIRO 
 
 
 Exceção à regra: Excepcionalmente, a prova obtida ilicitamente pode ser admitida no processo, 
quando respeitar os requisitos da proporcionalidade: quando o bem jurídico que se busca proteger for 
superior ao bem jurídico violado 
Exemplo: Uma gravação ilegal, por meio da qual se constata o abuso a uma criança. 
 
 VALORAÇÃO DA PROVA 
No Brasil adota-se o Sistema da Persuasão Racional, também chamado de Convencimento Motivado 
(ou Fundamentado) do juiz. 
 
Desta forma, o juiz pode atribuir às provas o valor que entender adequado, não havendo uma 
hierarquia entre as provas. 
 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver 
promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 PROVA EMPRESTADA 
Conforme o artigo 372, o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
 
Este processo pode ser de qualquer natureza, cível, criminal, trabalhista, etc. 
 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o 
valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
PROVAS EM ESPÉCIE 
 
O Código de Processo Civil traz, em seus artigos 384 a 484, os meios de prova tipicamente previstos. 
 
Meio de Prova Artigos 
Ata Notarial Art. 384 
Depoimento pessoal Arts. 385 a 388 
Confissão Arts. 389 a 395 
Exibição de documento ou coisa Arts. 396 a 404 
Documental Arts. 405 a 441 
Testemunhal Arts. 442 a 463 
Pericial Arts. 464 a 480 
Inspeção Judicial Arts. 481 a 484 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
1) ATA NOTARIAL 
É o instrumento público no qual o tabelião faz consignar algum fato que presenciou ou cuja 
ocorrência verificou e se confirmou. 
 
Exemplo: Utilização de ata notarial nos procedimentos de Usucapião Extrajudicial, para comprovação 
da posse e enquadramento do imóvel nos requisitos legais. 
 
"Ação de indenização. Dano moral. Recebimento de mensagem por aplicativo. Ausência de prova da 
origem das mensagens. Prints juntados desacompanhados de ata notarial. Aplicação do artigo 384 do 
CPC. Alegação de ato indevido praticado por preposto da ré quando da aplicação de injeção. Ausência 
de provas sobre o alegado. Improcedência da ação. Recurso da autora improvido." (TJ-SP - AC: 
10001535320188260012 SP 1000153-53.2018.8.26.0012, Relator: Ruy Coppola, Data de 
Julgamento: 27/11/2019, 32ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/11/2019). 
 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
2) DEPOIMENTO PESSOAL 
O depoimento pessoal é a declaração verbal, realizada perante o juiz, em audiência de instrução e 
julgamento, colhida em razão do requerimento da parte adversa. 
 
Tem por objetivo o esclarecimento de fatos, bem como a obtenção da confissão. 
 
3) CONFISSÃO 
É a declaração da parte que admite a verdade de um fato contrário ao seu interesse, e favorável à parte 
contrária. 
 
 Requisitos da Confissão: 
 
a) Capacidade plena do confitente 
A confissão feita por pessoal absolutamente ou relativamente incapaz é ineficaz. 
 
Art. 392, § 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se 
referem os fatos confessados. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
b) Que não haja necessidade de prova escrita (forma especial) 
Exemplo: Para se provar a propriedade de um imóvel é necessário a matrícula do registro do imóvel 
perante o CRI.  Neste caso não servirá como prova da propriedade a mera confissão 
 
c) Direito disponível 
 
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis. 
 
 IRREVOGABILIDADE E ANULABILIDADE DA CONFISSÃO 
 
Conforme dispõe o artigo 393 do CPC, a confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu 
de erro de fato ou de coação. 
 
4) EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA 
É a apresentação, por ordem do juiz, de documento ou coisa que se encontre em poder da parte 
ou de terceiros, e que se mostra imprescindível para provar um fato alegado no processo. 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
Exemplo: A pretende provar determinado fato, que foi registrado pelas câmeras de filmagem de posse 
da parte contrária, ou de terceiro (um comércio, por exemplo). 
 
 ESCUSAS LEGÍTIMAS 
 
Conforme dispõe o artigo 404 do CPC, é possível à parte recursar-se de apresentar o documento/coisa: 
 
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se: 
I - concernente a negócios da própria vida da família; 
II - sua apresentação puder violar dever de honra; 
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes 
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal; 
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, devam 
guardar segredo; 
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa 
da exibição; 
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
1) Caso a parte não apresente o documento, ou o juiz não aceite sua escusa, o juiz considerará como 
se o documento estivesse sido entregue, e, portanto, que a alegação da parte que requereu a exibição 
é verdadeira. (CPC, Art. 400) 
 
2) O juiz pode também utilizar-se de medidas coercitivas para a obtenção do documento ou coisa, como, 
por exemplo, o mandado de busca e apreensão. (CPC, Art. 400, § único) 
 
3) Se o terceiro, citado para entregar o documento/a coisa, descumprir a ordem, o juiz expedirá 
mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade 
por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão. (CPC, Art. 403, 
§ único) 
 
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento 
ou da coisa, a parte pretendia provar se: 
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398 ; 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
II - a recusa for havida por ilegítima. 
 
Art. 400, Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido. 
 
Art. 403, Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, 
requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de 
desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão. 
 
5) PROVA DOCUMENTAL 
São consideradas provas documentais aquelas que, por si só, puderemcomprovar o fato. 
 
Exemplo: Fotografias, vídeos, papel escrito, imagens, certidões, documentos contábeis e empresariais. 
 
Art. 422. Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfica ou de 
outra espécie, tem aptidão para fazer prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua 
conformidade com o documento original não for impugnada por aquele contra quem foi produzida. 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
Os documentos poderão ser públicos ou particulares. 
 
As provas documentais deverão ser apresentadas na Inicial, pelo autor; e na Contestação, pelo 
réu. 
 
Se ocorrerem fatos posteriores à apresentação da Inicial ou da Contestação, ou se houver fatos que 
somente se tornaram conhecidos depois, as partes poderão juntar os documentos novos 
(ulteriores), justificando ao juiz o motivo pelo qual não apresentou antes. 
 
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a 
provar suas alegações. 
 
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando 
destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram 
produzidos nos autos. 
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial 
ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses 
atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente 
e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º . 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 
 ARGUIÇÃO DE FALSIDADE 
 
Identificando a falsidade do documento, a parte contrária poderá argui-la ao juiz. 
 
Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, 
contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos. 
 
Nesta hipótese, o juiz dará, primeiramente, a oportunidade da parte que apresentou o documento 
se manifestar ou retirar o documento dos autos. 
 
Caso a parte não retire o documento dos autos, o juiz determinará prova pericial para comprovar a 
falsidade arguida. 
 
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial. 
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concordar 
em retirá-lo. 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
 DOCUMENTOS ELETRÔNICOS 
 
Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com a observância da legislação 
específica. (CPC, Art. 441) 
 
Se os autos forem físicos, a utilização de documentos eletrônicos dependerá de sua conversão à forma 
impressa e da verificação de sua autenticidade. (CPC, Art. 439) 
 
6) PROVA TESTEMUNHAL 
A prova testemunhal consiste no depoimento de uma terceira pessoa sobre os fatos relacionados ao 
processo. 
 
As testemunhas prestarão depoimento pessoalmente em audiência de instrução e julgamento, ou 
poderão ser ouvidas por Videoconferência, mediante recurso tecnológico de transmissão e recepção 
de som e imagem, ou por Carta Precatória ou Rogatória, cujo depoimento será reduzido a termo e 
juntado aos autos. (CPC, Arts. 453, caput e §§ 1º e 2º). 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
As pessoas listadas no artigo 454 serão inquiridas em sua residência ou onde exercerem sua função. 
Exemplo: Presidente, ministro de estado, ministro do STF, etc. 
 
 PESSOAS QUE NÃO PODEM SERVIR COMO TESTEMUNHAS 
O artigo 447 do CPC traz a relação de pessoas que não poderão servir de testemunhas no 
processo civil, em vitude de INCAPACIDADE, IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO. 
 
OBSERVAÇÃO: Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, 
impedidas ou suspeitas. (CPC, Art. 447, § 4º) 
 
Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou 
suspeitas. 
 
§ 1º São incapazes: 
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental; 
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, 
não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as 
percepções; 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; 
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. 
 
§ 2º São impedidos: 
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o 
terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse 
público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a 
prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o 
juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. 
 
§ 3º São suspeitos: 
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; 
II - o que tiver interesse no litígio. 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou 
suspeitas. 
 
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz 
lhes atribuirá o valor que possam merecer. 
 
 FATOS QUE A TESTEMUNHA PODE SE RECUSAR A DEPOR 
O artigo 448 do CPC traz a relação de fatos sobre os quais a testemunha pode se recusar a depor: 
 
Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos: 
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes 
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. 
 
 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
1) A testemunha deve prestar compromisso de dizer a verdade, sob pena de responder criminalmente 
por falso testemunho. (CPC, Art. 458 caput e § único) 
 
2) Na hipótese de incapacidade, impedimento ou suspeição da testemunha, a parte contrária poderá 
contestar aquela testemunha. É a denominada CONTRADITA DA TESTEMUNHA. (CPC, Art. 457) 
 
7) PROVA PERICIAL 
A prova pericial consiste no meio de prova que exige conhecimentos técnicos ou científicos sobre 
determinado fato apresentado no processo. 
 
Para realização da perícia o juiz nomeará um profissional especializado no assunto que se discute, o 
denominado Perito, e fixará o prazo para entrega do laudo. (CPC, Art. 465) 
 
Ao receber a intimação, o perito apresentará sua proposta de honorários, no prazo de 5 dias, 
acompanhado de seu currículo e seus contatos. (CPC, Art. 465, § 2º) 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
As partes poderão impugnar o valor dos honorários apresentados pelo perito, hipótese em que o 
juiz analisará o cabimento da impugnação, podendo manter ou arbitrar outro. (CPC, Art. 465, § 
3º) 
 
Nos termos do artigo 464, a prova pericial poderá sedar por meio de: 
 
 Exame  Análise que recai sobre pessoas, bem móveis, semoventes e documentos. 
 Vistoria  Análise que recai sobre bens imóveis. 
 Avaliação ou Arbitramento  Fixação de valor ou percentual em dinheiro. 
 
As partes poderão apresentar quesitos (perguntas que serão respondidas pelo perito em seu laudo), 
bem como nomear Assistentes Técnicos, profissionais da área da perícia, de suas confianças, para 
acompanhar os trabalhos do perito e auxiliá-las na formulação de quesitos suplementares, após o laudo 
pericial. (CPC, Art. 466, §§ 1º e 2º e 469) 
 
8) INSPEÇÃO JUDICIAL 
A Inspeção Judicial é o meio de prova pelo qual o próprio juiz realiza o exame sobre pessoas ou 
coisas, com o fim de esclarecer os fatos. 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
A Inspeção Judicial pode ser requerida pelas partes, ou determinada de ofício pelo próprio juiz. 
 
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar 
pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa. 
 
Conforme dispõe o artigo 483, o juiz poderá ir até o local (inclusive assistido por um ou mais peritos 
– Art. 482) onde se encontre a pessoa ou a coisa a ser inspecionada, quando: 
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar; 
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades; 
III - determinar a reconstituição dos fatos. 
Exemplo: Inspeção Judicial em pessoa que se encontra internada, para fins de comprovação dos danos 
causados, objetos da ação de indenização/ou de benefício previdenciário. 
 
As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações 
que considerem de interesse para a causa. (CPC, Art. 483, § único) 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 CONHECIMENTO E PROCESSO ELETRÔNICO 
 PROC. ELETRÔNICO, SUJEITOS E TUTELAS 
 PROF. JULIANA M.T.M. CORDEIRO 
 
 
Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for 
útil ao julgamento da causa. (CPC, Art. 484)

Mais conteúdos dessa disciplina