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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL Prof. Esp. Cristiano Batista Motta TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA Conceito: é o meio pelo qual se concretiza a pretensão que movimentou a jurisdição. Por vezes, entretanto, a execução independe de provocação jurisdicional anterior (cumprimento de sentença), quando o que se pretende é a efetivação de título extrajudicial (execução de título extrajudicial). Jurisdição: “[...] função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-la, praticamente, efetiva” (Chiovenda) A atividade jurisdicional da execução ocorre quando o Poder Judiciário é provocado, não para resolver um conflito pelo meio cognitivo, mas para executar decisão ou título anterior, assegurando que o direito adquirido seja concretizado. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 AÇÃO JURISDIÇÃO PROCESSO LIDE Cumprimento de Sentença e Execução Por TUTELA JURISCICIONAL EXECUTIVA a) Crise de certeza: b) Crise de situação jurídica: c) Crise de cooperação ou adimplemento ou descumprimento: D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 COGNIÇÃO E ATIVIDADE EXECUTIVA Na cognição busca-se o reconhecimento de um direito, devendo o juízo utilizar-se do exercício jurisdicional cognitivo, buscando com base na aplicação da lei ao caso concreto a resposta negativa ou positiva ao direito postulado. Enquanto na tutela executiva, o juízo não deve reconhecer um direito, apenas decidir qual a melhor maneira de executá-lo. Doutrinadores de peso como Liebman e Alfredo Buzaid defendem a sua inexistência, sob o argumento de que ao executado não é permitido obstar a efetivação da norma sancionadora, muito menos contestar o direito do exequente. *Giuseppe Tarzia, Cândido Rangel Dinamarco e Leonardo Greco entendem que apesar de o contraditório ser restringido, ele existe para controle dos atos executórios e apuração da existência das condições da ação e pressupostos processuais Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 MÉRITO E COISA JULGADA NA EXECUÇÃO Assim como no processo de conhecimento busca-se a sentença de mérito, sendo suas atividades preparatórias desta, o processo de execução estrutura-se para preparar a entrega do bem ao exequente, e os atos nele praticados têm o objetivo de consumar o resultado desejado. A atividade do magistrado voltada à apreciação dos pedidos elaborados para satisfação do credor na execução constitui o juízo de mérito desta. Lógico que o mérito aqui é diferente do mérito no processo de conhecimento, pois neste é necessário resolver a incerteza sobre algum aspecto da relação jurídica de direito material deduzida em juízo, enquanto na execução a certeza está presente, porém a relação jurídica de direito material encontra-se insatisfeita. Então nesse caso não existirá julgamento, apenas, a prática de atos para alcançar o cumprimento da obrigação inadimplida e a satisfação do credor Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 MÉRITO E COISA JULGADA NA EXECUÇÃO Funções da Coisa Julgada: definir vinculativamente a situação jurídica das partes e impedir que se restabeleça a mesma controvérsia em outro processo. Por que a sentença prevista no art. 925, CPC, que declara a extinção da execução nas hipóteses previstas no art. 924, CPC, não pode ser acobertada pelo instituto da coisa julgada? Há, alguma diferença entre a sentença do juiz que homologa uma transação no processo de conhecimento e extingue a ação com fundamento no art. 487, III, CPC, e a sentença que homologa um acordo no processo de execução e a extingue com fulcro no art. 924, II, III (homologação), CPC? Em ambas as situações há coisa julgada formal e material. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO AUTÔNOMA E PROCESSO SINCRÉTICO ESPÉCIES DE EXECUÇÃO Existem duas maneiras de aperfeiçoar a execução: 1- instauração de um processo próprio e citação do executado; 2- de forma imediata, sem novo processo, em sequência natural do processo de conhecimento. Exceções: sentenças arbitrais, estrangeiras e penais condenatórias Inicialmente o Processo Civil valia-se quase sempre do processo executório autônomo, as chamada execuções latu sensu eram exceções (ações possessórias e de despejo). Com a Lei 11.232/2005 houve a divisão do procedimento e execução tradicional, com a instauração de um processo autônomo, ficou restrita à execução por título extrajudicial, ao passo que a execução do título judicial passou a constituir apenas uma fase subsequente à cognitiva, formando-se um processo sincrético. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO AUTÔNOMA E PROCESSO SINCRÉTICO ESPÉCIES DE EXECUÇÃO Sincrético porque conterá ambas em seu bojo, no qual se desenvolverão atividades cognitivas e satisfativas. A execução não se fará mais em processo autônomo, mas na mesma relação processual. Não serão mais dois processos distintos, apenas um com duas fases a cognitiva e a executiva. Em qualquer das modalidades de execução, tradicional ou na imediata, a sanção executiva pode fazer uso de dois instrumentos: a sub-rogação e a coerção. Sub-rogação: Estado-juiz substitui-se ao devedor, no cumprimento da obrigação. O Estado, sem nenhuma participação do devedor, satisfaz o direito, no seu lugar. (cuidado com a obrigação personalíssima) Coerção: constitui-se nas modalidades de pressão sobre a vontade do executado para que cumpra a obrigação. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO AUTÔNOMA E PROCESSO SINCRÉTICO ESPÉCIES DE EXECUÇÃO Execução de Título Judicial e Título Extrajudicial Essa classificada é em função do título executivo que a legitima. Judicial: Os títulos executivos judiciais civis foram positivados no art. 515, CPC (exaustiva) Extrajudicial: Os títulos executivos extrajudiciais civis foram positivados no art. 784, CPC (exemplificativa) Execução Definitiva e Provisória Tal classificação dependerá da existência ou não de recurso contra a decisão que se executa, bem como dos efeitos em que ele é recebido. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO AUTÔNOMA E PROCESSO SINCRÉTICO ESPÉCIES DE EXECUÇÃO Execução Definitiva e Provisória Os arts. 520 e ss, CPC trazem as hipóteses em que os recursos somente têm efeito devolutivo. Nesses casos, será possível iniciar a execuçãoque, entretanto, poderá tramitar somente até a penhora, daí a classificação de provisória. Os arts. 523 e ss, CPC trazem as hipóteses em que, será possível iniciar a execução definitiva. Execução de Pagar, de Fazer, de Não Fazer e de Entregar Coisa A execução também pode variar de acordo com o tipo de obrigação inadimplida que será objeto da tutela jurisdicional. Pagar: sempre consistirá na constrição e alienação de bens em hasta pública para com o saldo da venda satisfazer o credor Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO AUTÔNOMA E PROCESSO SINCRÉTICO ESPÉCIES DE EXECUÇÃO Execução de Pagar, de Fazer, de Não Fazer e de Entregar Coisa Fazer, Não Fazer e Entregar Coisa: têm tratamento diverso daquele que é dispensado às obrigações de pagar quantia certa, com normas específicas. O Código de Processo Civil dispõe sobre a execução das obrigações de fazer e de não fazer entre os arts. 814 e 823, CPC. A principal peculiaridade dessas espécies de execução, que as fazem ter um tratamento diferenciado daquele relativo à obrigação de pagamento de quantia certa, é a possibilidade de o juiz aplicar as chamadas astreintes. A execução para entrega de coisa, que também autoriza imposição de multa para tutela célere e efetiva da obrigação inadimplida. A peculiaridade aqui é a possibilidade de expedição de mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor. (arts. 806 a 813, CPC) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO Todos os princípios que regem o direito processual são aplicáveis ao processo executivo. Para o estudo da execução, nominam-se de mandamentos nucleares do sistema processual executivo. Princípio da Autonomia: originariamente, dada a necessidade de segurança jurídica, previsibilidade e necessidade de provocação expressa ao Judiciário para a prestação da tutela jurisdicional executiva, o processo de execução, foi concebido como sendo um processo autônomo, modificando-se, entretanto, com o sincretismo processual. Princípio da Efetividade: due process of Law, a cláusula da efetividade do processo. O Estado valer-se dos meios existentes para a efetividade e utilidade da execução. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO Princípio do Dispositivo (art. 778, CPC): a tutela jurisdicional executiva não pode ser prestada de ofício. Para que se instaure um processo de execução ou uma fase executiva, é necessário requerimento do credor. Princípio da Patrimonialidade (art. 789, CPC): a execução recai sobre o patrimônio do devedor. A questão da responsabilidade da pessoa jurídica enseja nuances, como a do uso indevido da mesma por sócios ou administradores, o que enseja a desconsideração da personalidade jurídica. Princípio do Resultado/Satisfatividade e da Menor Gravosidade (art. 805, CPC): execução equilibrada: deve buscar atingir o resultado esperado, qual seja, a satisfação do crédito, concretizando o comando normativo obrigacional previsto no título executivo. Entretanto, esta busca por resultados não pode ser feita sem critérios. Deve-se buscar a menor onerosidade para o devedor, isto é, a execução se faz no interesse do credor, (princípio do resultado) mas é mitigado pelo princípio da menor onerosidade/gravosidade ao executado. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO Princípio da nulla executio sine titulo e da execução sem título permitida (art. 798, I, CPC): para que o credor possa se valer desta peculiar tutela jurisdicional, mister que instrua sua pretensão com título executivo, que pode ser judicial ou extrajudicial. O título executivo “é condição necessária e suficiente para a realização do processo de execução, permitindo que se satisfaçam os atos executivos independentemente de averiguação judicial quanto à efetiva existência do direito que lhe é subjacente” (José Miguel Medina). Princípio da tipicidade/atipicidade e adequação dos meios executivos art. 798, II, CPC: fixa uma certa previsibilidade ao executado que tiver contra si uma tutela jurisdicional executiva, conforme a obrigação (fazer, não-fazer, entregar coisa ou pagar) teremos uma atividade ou grupo de atividades executivas. Hoje, é nítido no CPC, a permissão do juiz escolher a melhor técnica executiva para atuar a norma concreta, seguindo parâmetros mais fluidos. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO Princípio da lealdade (arts. 774 e 776, CPC): Trata-se do dever de boa-fé processual. As partes têm que se comportar/agir conforme os ditames da lealdade e confiança, não podendo frustrar as expectativas legítimas da parte ex adversa. Princípio da Responsabilidade: O sistema processual autoriza o credor a executar, provisoriamente, as decisões a ele favoráveis quando desprovidas de efeito suspensivo. Entretanto, o CPC prevê que sobrevier decisão alterando a que está sendo objeto de execução provisória, o exequente será responsável pelos atos que praticar, devendo restituir ao estado anterior e reparar eventuais danos percebidos pelo executado. Princípio da Disponibilidade (art. 775, CPC): é permitido ao exequente desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva a qualquer momento. A desistência, instituto de direito processual, não se confunde com a renúncia, instituto de direito material. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (arts. 832/833, CPC): a execução não deve levar o executado a uma situação incompatível com o mínimo indispensável a uma vida digna (mínimo existencial). Princípio do Desfecho Único: A execução existe para satisfação dos direitos do credor, sendo este o seu único desfecho possível. Desse modo, tal princípio significa que a execução se destina à outorga de tutela executiva, o que não impede, porém, que durante o processo autônomo de execução (execução autônoma), ou durante a fase executiva de um processo sincrético (execução imediata), realize-se atividade cognitiva que venha a impedir a concessão de tutela executiva, ou que o exequente desista da ação (art. 775) ou renuncie a seu direito (art. 924, IV). FINALIDADE DA EXECUÇÃO: Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) A responsabilidade patrimonial implica a sujeição de um bem ou do patrimônio de determinada pessoa ao cumprimento de uma obrigação. A regra geral é de que o devedor é quem tem a responsabilidade patrimonial (fiador, sócio...?). Debito e responsabilidade Debitum e obligatio A execução abrange bens que não existiam quandoa obrigação foi contraída (bens futuros. Inclui também os que já existiam e continuaram existindo na fase de execução. E os que existiam quando contraído o débito (art. 790, CPC) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) Se foram alienados bens durante a execução ou após ter sido contraída a dívida, (arts. 790, V e VI, 792, CPC), desde que seja reconhecido judicialmente a alienação é ineficaz perante o credor, como, por exemplo, quando for reconhecida a fraude contra credores (em ação pauliana) ou a fraude à execução (nos próprios autos). São duas as formas de fraude, a contra credores e à execução. A primeira é de direito material e constitui uma das modalidades de defeito dos negócios jurídicos (arts. 158 e ss, CC). A segunda – instituto de direito processual – é ato atentatório à dignidade da justiça. Somente nesta há ofensa ao Poder Judiciário, porque existe processo em curso. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) Fraude contra Credores Elementos: objetivo (eventus damni): o prejuízo ao credor, que decorre da insolvência do devedor. subjetivo (consilium fraudis): comprovação da má-fé do adquirente. Fraude à Execução: pressupõe processo pendente Requisitos Objetivos: Alienação do bem com processo pendente Prejuízo que decorre da insolvência do alienante Requisito subjetivo: Comprovação da má-fé do adquirente. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) BENS NÃO SUJEITOS A EXECUÇÃO (art. 832, CPC) Somente os bens de conteúdo econômico podem ser penhorados. Aqueles que não o têm, ou que não são suscetíveis de apropriação, não estão sujeitos à execução. Impenhorabilidade (art. 833, CPC) Bem de família legal (Lei 8.009/90, art. § 1º, art. 1º) Bem de família convencional (arts. 1.711 e ss, CC) De Terceiros (art. 790, CPC) Em alguns casos, ela é subsidiária e só deve prevalecer se a responsabilização do devedor for insuficiente para a satisfação do credor. Em todas elas, haverá uma dissociação entre débito e responsabilidade. Os terceiros não são os devedores, mas respondem, com o seu patrimônio, pelo cumprimento da obrigação. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) Se foram alienados bens durante a execução ou após ter sido contraída a dívida, (art. 792, CPC), desde que seja reconhecido judicialmente a alienação é ineficaz perante o credor, como, por exemplo, quando for reconhecida a fraude contra credores (em ação pauliana) ou a fraude à execução (nos próprios autos). BENS NÃO SUJEITOS A EXECUÇÃO (art. 832, CPC) Somente os bens de conteúdo econômico podem ser penhorados. Aqueles que não o têm, ou que não são suscetíveis de apropriação, não estão sujeitos à execução. Impenhorabilidade (art. 833, CPC) Bem de família legal (Lei 8.009/90, art. § 1º, art. 1º) Bem de família convencional (arts. 1.711 e ss, CC) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 ESPÉCIES DE EXECUÇÃO A execução se realiza dentro dos interesses do exequente, sendo certo que, em observância ao princípio da menor onerosidade possível ao executado, se a execução puder ser promovida por vários meios, o juiz determinará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. Nosso CPC classifica as modalidades de execução de acordo com o tipo de obrigação ou por alguma qualidade do sujeito passivo ou da prestação. Procedimentos: a) execução para entrega de coisa (arts. 806 a 813); b) execução das obrigações de fazer ou não fazer (arts. 814 a 823); c) execução por quantia certa (arts. 824 a 909); d) execução contra a Fazenda Pública (art. 910); e) execução de alimentos (art. 911). Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Um dos requisitos necessários para a execução é o título executivo, uma vez que é nula a execução se não há título executivo, seja ele judicial (515) ou extrajudicial (784). Título Executivo Na condenação ou no reconhecimento da obrigação, impõe-se explicitar o an debeatur (a existência da obrigação) e o quid debeatur (o que, especificamente, é devido), postergando-se para a liquidação, e o quantum debeatur (o quanto é devido), preparando-se, assim, para a execução. Via de regra, são regidos pelo princípio da tipicidade e constituem numerus clausus (rol taxativo). Assim, apenas é título executivo aquele documento que se subsume ao modelo previamente definido pelo legislador. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Classificação: Judiciais e Extrajudiciais. O título executivo extrajudicial tem origem no ajuste de intenções entre duas ou mais pessoas, na imposição da vontade do Estado (no caso da CDA). Esses títulos estão previstos no art. 784, CPC O título executivo judicial é aquele que tem origem na manifestação do Estado-juiz (sentença positiva). Esses títulos estão arrolados no art. 515, CPC. Títulos Executivos Judiciais Reputam-se judiciais os títulos oriundos de um provimento emanado de um juiz (ou órgão colegiado), que geram uma presunção, em princípio absoluta, de nascimento do crédito e, por essa razão, não permitem a alegação de qualquer matéria relativa à nulidade do título ou à inexistência da dívida em sede de impugnação, salvo a nulidade referente à citação no processo do qual resultou a formação do título, ou a extinção da dívida por fato superveniente à sua formação Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais A regulação mais amiúde deve-se ao fato de que o cumprimento não inaugura processo novo, mas só uma nova fase no processo, com a ideologia de que a parte deve extrair toda e qualquer eficácia prática do provimento obtido, quer seja ele declaratório ou constitutivo. I- serão títulos executivos as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade da obrigação, não se limitando, portanto, às sentenças. II e III- referem-se à autocomposição, estendendo a configuração de título executivo a todas as modalidades de acordo, judicial ou extrajudicial, homologadas judicialmente. Considera-se de jurisdição voluntária o procedimento de homologação judicial de autocomposição extrajudicial, na forma do art. 725, VIII. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – Pro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais IV- Formal de partilha somente quanto aos herdeiros e sucessores e inventariante, V- honorários do auxiliar da justiça, homologado ou arbitrado pelo juiz. VI- (art. 91, CP, art. 387, IV, CPP) esta gera efeitos penais (como, por exemplo, a restrição da liberdade), mas também pode gerar efeitos civis (como, por exemplo, a condenação a reparar danos causados) e administrativos (no caso dos servidores públicos, pode haver punição, desde uma simples advertência até a perda do cargo). No Direito Brasileiro, a reparação civil decorrente do crime não pode ser obtida no próprio processo criminal, como regra. Revisão criminal de sentença penal que serviu como título executivo hábil a ensejar a execução no juízo cível. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais a) A execução civil ainda não começou a execução não será mais possível, por ter desaparecido o título executivo b) A execução da sentença penal condenatória está em curso o processo deve ser extinto, eis que não há, ainda, decisão transitada em julgado, mas sim decisão provisória, que não se presta a embasar execução civil c) A execução civil já ocorreu a solução varia conforme o fundamento da revisão criminal: c.1) a revisão criminal extinguiu a punibilidade ou decidiu que o fato não constitui crime não desaparece a responsabilidade civil e o pagamento não poderá ser repetido; c.2) a revisão criminal reconheceu a legítima defesa a responsabilidade civil é eliminada, caso em que se admite que o executado cobre o valor pago ao exequente; c.3) a revisão criminal reconheceu outra causa de exclusão da ilicitude não houve exclusão da responsabilidade civil, não sendo possível a devolução do valor pago. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais Parte da doutrina defende que a eficácia civil da sentença penal não é alcançada pela coisa julgada. Outro posicionamento é no sentido de que, embora os efeitos da sentença penal condenatória sejam passíveis de rescisão a qualquer tempo, os efeitos civis da sentença penal condenatória são imunes a qualquer rescisão. E, também, há posicionamento que prevê que, se a absolvição em sede de revisão criminal se deu por causa que não exclui a responsabilidade civil, mantém se a condenação Já se a condenação teve por fundamento causa de exclusão da responsabilidade civil (o reconhecimento de que o condenado não foi o autor do crime ou agiu em legítima defesa), deve se verificar se o processo de revisão criminal foi instaurado no prazo de até dois anos após o trânsito em julgado da sentença civil Somente se ocorrer no prazo de dois anos, pode se pedir a restituição dos valores pagos. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais VII – a sentença arbitral: Trata-se da única hipótese de título judicial não criado por um juiz. Art. 31, Lei 9.307/96- “A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo” (não mais é necessária a homologação) VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça: A sentença estrangeira, enquanto tal, não tem nenhuma eficácia em nosso país. Mas, a partir do momento em que homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, passa a valer como se aqui tivesse sido proferida. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais IX – a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça: quando haja reconhecimento de obrigação, valerá como título executivo judicial, desde que seja homologada, ou concessão do exequatur pelo STJ, observado o disposto nos arts. 960 e ss do CPC. Lembre-se: o cumprimento não inaugura processo novo, mas só uma nova fase no processo, com a ideologia de que a parte deve extrair toda e qualquer eficácia prática do provimento obtido, quer seja ele declaratório ou constitutivo, de natureza interlocutória ou definitiva. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais Por isso mesmo é que a doutrina entende haver pelo menos mais outros dois tipos de títulos executivos judiciais: a decisão que concede tutela provisória, e a decisão inicial na ação monitória, quando não opostos os embargos. O art. 294, parágrafo único, do CPC, autoriza a concessão de tutelas que antecipam, total ou parcialmente, os efeitos da sentença. Com isso, permite que o favorecido obtenha os mesmos benefícios que adviriam com a sua prolação. A decisão inicial proferida na ação monitória também poderá adquirir força de título executivo judicial, conforme a atitude que venha a tomar o devedor. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Judiciais A decisão inicial proferida na ação monitória Atitudes possíveis: pagar a dívida, entregar a coisa ou cumprir a obrigação de fazer ou não fazer; apresentar embargos ou silenciar. Títulos Executivos Extrajudiciais Um pouco mais extenso, o rol de títulos extrajudiciais previstos na lei brasileira passam pelos enumerados no art. 784, CPC e outros previstos em lei especial. Sem cognição prévia, o grau de certeza que dele deflui é menor do que o do título judicial. São aqueles que, pela forma com que são constituídos e pelas garantias de que se revestem, gozam, segundo o legislador, de um grau de certeza tal que justifica se prescinda de um prévio processo de conhecimento. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Extrajudiciais I- trata basicamente de títulos de crédito, aos quais a lei atribui força executiva. Títulos cambiais, os causais, isto é, exigíveis, desde que acompanhados de comprovação da relação jurídica subjacente, como a duplicata, e os não causais, que guardam autonomia sobre qualquer relação subjacente, como os cheques e a nota promissória. • A duplicata, regida pela Lei 5.474/68, só é título executivo se aceita, ou, se não aceita, vier acompanhada do instrumento de protesto, do comprovante de entrega de mercadoria ou da prestação de serviço, e se o sacado não houver recusado o aceite, na forma como lhe é facultado na Lei, arts. 7º, 8º e 15, II, ‘c’. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te nç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Extrajudiciais • A letra de câmbio e a nota promissória são reguladas pelo Decreto 2.044/1908, e pela Lei Uniforme de Genebra, firmada em junho de 1930. A letra de câmbio é uma ordem de pagamento dirigida a determinada pessoa para que faça um pagamento a outra. Nela há três envolvidos. O que emite a ordem de pagamento, denominado sacador, o que a recebe, o sacado, e aquele a quem o pagamento deve ser feito, chamado beneficiário. A nota promissória é o título emitido pelo devedor, em que ele se compromete a pagar a determinada pessoa a soma constante do título. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Extrajudiciais II- Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor. Entende-se o lavrado por um tabelião ou funcionário público, no exercício das suas funções. Não é preciso que venha assinado por duas testemunhas. III- Documento particular firmado pelo devedor e duas testemunhas. Toda e qualquer declaração, na qual o devedor reconheça a existência de uma obrigação, terá força executiva, se vier subscrita por duas testemunhas. Não há qualquer exigência de forma do documento particular. Exigem-se as testemunhas para que possam, em juízo, comprovar que o devedor manifestou a sua vontade, de forma livre e espontânea, sem as vedações do art. 447, CPC. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Extrajudiciais IV- Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado pelo Tribunal. Não basta que a transação tenha a assinatura das partes. É preciso que tenha sido referendada, isto é, aprovada, o que assegura a idoneidade do documento. V- Contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução. A garantia é real, porque recai sobre determinado bem, que fica afetado ao pagamento da dívida. O que se executa não é a garantia, mas o débito em dinheiro por ela assegurado. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Extrajudiciais VIII- Aluguel e encargos acessórios A locação pode ser celebrada por escrito ou verbalmente, mas só o contrato escrito tem força executiva. Não é preciso que venha subscrito por duas testemunhas. Multa compensatória? Fiador e benefício de ordem? IX- Certidão de dívida ativa A execução neles baseada será a fiscal, regida pela Lei n. 6.830/80. X- Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício para que se viabilize a execução, é indispensável que a despesa tenha sido prevista na convenção ou que tenha sido aprovada em assembleia geral, o que deve ser comprovado documentalmente Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 TÍTULOS EXECUTIVOS Títulos Executivos Extrajudiciais XI- A certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas havidas por atos por ela praticados Os Tabelionatos Oficiais de Registros Públicos gozam de presunção de fé pública para cobrança dos emolumentos ou despesas relativas aos atos praticados. XII- Outros títulos previstos em lei especial Citamos alguns: as cédulas hipotecárias, de crédito industrial e rural, de crédito comercial, os prêmios de seguro e as decisões do Tribunal de Contas da União, de que resulte imputação de débito ou multa (art. 71, IX, § 3º, da CF). Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) A responsabilidade patrimonial implica a sujeição de um bem ou do patrimônio de determinada pessoa ao cumprimento de uma obrigação. A regra geral é de que o devedor é quem tem a responsabilidade patrimonial (fiador, sócio...?). Debito e responsabilidade Debitum e obligatio A execução abrange bens que não existiam quando a obrigação foi contraída (bens futuros. Inclui também os que já existiam e continuaram existindo na fase de execução. E os que existiam quando contraído o débito (art. 790, CPC) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) Se foram alienados bens durante a execução ou após ter sido contraída a dívida, (arts. 790, V e VI, 792, CPC), desde que seja reconhecido judicialmente a alienação é ineficaz perante o credor, como, por exemplo, quando for reconhecida a fraude contra credores (em ação pauliana) ou a fraude à execução (nos próprios autos). São duas as formas de fraude, a contra credores e à execução. A primeira é de direito material e constitui uma das modalidades de defeito dos negócios jurídicos (arts. 158 e ss, CC). A segunda – instituto de direito processual – é ato atentatório à dignidade da justiça. Somente nesta há ofensa ao Poder Judiciário, porque existe processo em curso. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) Fraude contra Credores Elementos: objetivo (eventus damni): o prejuízo ao credor, que decorre da insolvência do devedor. subjetivo (consilium fraudis): comprovação da má-fé do adquirente. Fraude à Execução: pressupõe processo pendente Requisitos Objetivos: Alienação do bem com processo pendente Prejuízo que decorre da insolvência do alienante Requisito subjetivo: Comprovação da má-fé do adquirente. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) BENS NÃO SUJEITOS A EXECUÇÃO (art. 832, CPC) Somente os bens de conteúdo econômico podem ser penhorados. Aqueles que não o têm, ou que não são suscetíveis de apropriação, não estão sujeitos à execução. Impenhorabilidade (art. 833, CPC) Bem de família legal (Lei 8.009/90, art. § 1º, art. 1º) Bem de família convencional (arts. 1.711 e ss, CC) De Terceiros (art. 790, CPC) Em alguns casos, ela é subsidiária e só deve prevalecer se a responsabilização do devedor for insuficiente para a satisfação do credor. Em todas elas, haverá uma dissociação entre débito e responsabilidade. Os terceiros não são os devedores, mas respondem, com o seu patrimônio, pelo cumprimento da obrigação. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e nte n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789, CPC) Se foram alienados bens durante a execução ou após ter sido contraída a dívida, (art. 792, CPC), desde que seja reconhecido judicialmente a alienação é ineficaz perante o credor, como, por exemplo, quando for reconhecida a fraude contra credores (em ação pauliana) ou a fraude à execução (nos próprios autos). BENS NÃO SUJEITOS A EXECUÇÃO (art. 832, CPC) Somente os bens de conteúdo econômico podem ser penhorados. Aqueles que não o têm, ou que não são suscetíveis de apropriação, não estão sujeitos à execução. Impenhorabilidade (art. 833, CPC) Bem de família legal (Lei 8.009/90, art. § 1º, art. 1º) Bem de família convencional (arts. 1.711 e ss, CC) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (arts. 509 e ss, CPC) Um dos requisitos fundamentais da execução é que esteja fundada em título líquido. Admite o nosso ordenamento que o juiz, em determinadas circunstâncias, profira sentença ilíquida. Para que ela adquira força executiva, terá de passar por prévia liquidação, na qual se apurará o quantum debeatur. Modalidades: • Arbitramento • Procedimento Comum • Ações Civis Públicas Consumeristas (interesses individuais homogêneos) Fase processual de natureza declaratória. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Não constitui processo autônomo, mas uma fase do processo sincrético, que não se confunde com a fase de conhecimento que a antecede, nem com a de execução que a sucede, é preciso que se faça a intimação da parte contrária. (Fase intermediária). Citação nos casos especiais. O art. 512, CPC autoriza a liquidação, ainda que o recurso pendente tenha sido recebido com efeito suspensivo. Nessa circunstância, jamais se poderá dar início à execução provisória. As duas formas de liquidação previstas no Código podem ser requeridas pelo credor ou pelo devedor. Este tem legitimidade porque é seu direito conhecer o montante exato do débito, para poder requerer o pagamento, liberando-se da obrigação. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA POR ARBITRAMENTO É a que se faz para apurar o valor de um bem ou serviço. Nenhum fato novo precisa ser verificado, bastando a avaliação. LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM É aquela em que há necessidade de alegação e comprovação de um fato novo, ligado ao quantum debeatur. Tudo aquilo que se referir ao an debeatur tem de ser comprovado na fase de conhecimento anterior e decidido na sentença. Por fato novo entende-se não necessariamente aquele que tenha ocorrido depois da sentença, mas o que não foi objeto de decisão na sentença e esteja relacionado ao quantum. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Sentença: ato que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como o que extingue a execução. Tem natureza constitutiva, na medida em que haverá alteração na esfera patrimonial das partes com o objetivo de dar eficácia concreta ao dispositivo da sentença, integrando-a. A liquidação pode ser processada na pendência de recurso e pode ser combinada com o instituto da hipoteca judiciária (art. 495, CPC). LEGITIMIDADE é do credor e do devedor, assim identificados no título a ser liquidado. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA A intenção do legislador foi criar um único procedimento, fazendo uma junção das atividades cognitiva e executiva, no denominado processo sincrético. Execução se fundada em título judicial para cumprimento de obrigação específica, deve ser seguida a sistemática do art. 536 do CPC. Cumprimento de sentença condenatória para pagamento de quantia certa, devem ser seguidos os arts. 523 a 527. Inicia-se a fase de cumprimento a partir da intimação do devedor, na forma do § 2º do art. 513 a) na pessoa de seu advogado constituído nos autos; b) por carta com aviso de recebimento; c) por meio eletrônico; d) por edital Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CARACTERÍSTICAS: Substitutividade Definitividade Subsidiariedade: por expressa previsão legal, as normas que regem o processo de execução serão utilizadas no procedimento de cumprimento de sentença, observada a compatibilidade e a natureza da obrigação. PRINCÍPIOS a) cartularidade b) efetividade da execução: a execução deve ser efetiva na exata medida necessária a viabilizar os resultados esperados pelo credor c) Execução menos gravosa / menor sacrifício possível: (805, CPC) d) o princípio do contraditório: (525, CPC) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PRINCÍPIOS e) desfecho único: a execução se destina à outorga de tutela executiva. Contudo, não há impedimento para que durante a fase de cumprimento realize-se atividade cognitiva que venha a impedir a concessão de tutela executiva, ou que o exequente desista da ação (art. 775) ou renuncie a seu direito (art. 924, IV) i) para conferir maior eficiência à execução; ii) com renúncia ou restrições ao benefício da impenhorabilidade; iii) De procedimento para gestão eficiente da execução; iv) para conferir maior proteção ao executado; v) para ampliar as hipóteses de impenhorabilidade; vi) para evitar determinadas constrições judiciais; e vii) para afastar a prisão civil e outras medidas coercitivas. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PRINCÍPIOS f) Sincretismo Pode-se dizer que, o processo de conhecimento ganhou mais uma etapa, passando a ser composto por cinco etapas: postulatória, saneadora, instrutória, decisória e de cumprimento da sentença. PRESSUPOSTOS O inadimplemento do devedor e o título executivo representam pressupostos para a realização da execução ou do cumprimento de sentença. Condição e termo (514, CPC) ATRIBUTOS DA OBRIGAÇÃO A SER EXECUTADA Certeza Liquidez Exigibilidade Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA O protesto da decisão judicial e demais disposições: (517, CPC) Tem por escopo a coerção do devedor ao cumprimento da obrigação. Duas limitações: apenas a decisãojudicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto (salvo a hipótese de cumprimento parcial de dívida alimentar) e este somente pode ser efetivado depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário. O protesto é definido no art. 1º da Lei n. 9.492/97440 e deve ser requerido ao Tabelião competente. Além do protesto, o art. 782, §§ 3º e 5º, permite ainda a negativação do nome do devedor. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Limites e controle da jurisdição os limites extrínsecos da jurisdição no processo executivo são objetivos e subjetivos, impondo-se distinguir entre execução direta e execução indireta. Na execução direta, realizada contra e independentemente da vontade do executado, é necessário que o patrimônio se localize no Brasil e concorram as hipóteses dos arts. 21, II e III, e 23, I e II. Na execução indireta, ao contrário, sendo indispensável a vontade do executado, é preciso, ainda, que o devedor esteja domiciliado no território brasileiro (art. 21, I). Do ponto de vista subjetivo, a jurisdição brasileira atinge todas as pessoas que se encontrem no Brasil, nacionais e estrangeiras Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Em regra, a execução deverá seguir as mesmas regras de competência do processo de conhecimento. Art. 516. a) dos tribunais, nas causas de sua competência originária; b) do juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; c) do juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. d) Facultado (relativização da competência) ao exequente optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer. “cisão da competência funcional”. § 1º, art. 515. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA A diferença primordial entre a execução definitiva e a execução provisória é que a primeira pode ter por fundamento um título executivo judicial (uma decisão transitada em julgado, na forma do art. 515) ou um título executivo extrajudicial (art. 784), enquanto a segunda é realizada com base em título executivo judicial que ainda não transitou em julgado, em virtude da pendência de recurso recebido sem efeito suspensivo. Em razão do caráter transitório do título, na execução provisória, se o exequente pretender levantar depósito em dinheiro ou praticar ato que implique alienação dos bens, será necessário, a título de contracautela, que preste caução nos próprios autos (art. 520, IV). Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA Dispensa de Caução: Na forma do art. 521, quando: a) Se tratar de crédito de natureza alimentar; b) o credor demonstrar situação de necessidade; c) pender o agravo do art. 1.042; ou d) a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. DAS ESPÉCIES DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Do cumprimento provisório da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 DAS ESPÉCIES DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Do cumprimento provisório da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa. (art. 520). Pedido por instrumento (art. 522) Do cumprimento definitivo da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa. (art. 523) Penhora e avaliação (sem pagamento voluntário) (art. 831/835) Impugnação ao cumprimento de sentença (art. 525) Excesso de execução (art. 525, § 1º, V) Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos. (art. 528). a) pagar o débito; b) provar que já o fez; ou c) justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 DAS ESPÉCIES DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de pagar quantia certa pela Fazenda Pública (art. 534). Impugnação (art. 535). Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer e de não fazer. (o que se pretende é a atividade do devedor, consistente em uma ação ou em uma omissão, portanto, nessa modalidade de execução assume maior relevo a colaboração do devedor) (art. 536) Fungível e infungível. Meios executivos: sub-rogação ou coerção. Astreintes: multa cominatória ou periódica Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de entregar coisa. (art. 538) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 DAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE Visa satisfazer o credor mediante a entrega de uma soma. (arts. 824/910) Ocorre por meio da expropriação de bens do executado (art. 824), que consiste em (art. 825) adjudicação; alienação; e apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens. Remição (art. 826) Citação do devedor e arresto (art. 828) a) não faça nada; b) pague a integralidade da dívida, no prazo de três dias; c) parcele a dívida, no prazo de quinze dias; d) ofereça embargos à execução, no prazo de quinze dias. Penhora, depósito e avaliação (arts. 831/836) Modificações da penhora (art. 847) Espécies de penhora: Penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira; Penhora de créditos; Penhora de quotas ou de ações de sociedades personificadas; Penhora de empresa, de outros estabelecimentos e de semoventes; Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 DAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE Espécies de penhora: Penhora de percentual de faturamento da empresa; Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel; Avaliação: A avaliação tem por finalidade alcançar o preço justo do bem penhorado, estimando o seu valor de mercado. Expropriação de bens: adjudicação e a alienação. Adjudicação: transferência do próprio bem penhorado ao credor ou a outro legitimado. Alienação: por iniciativa particular (art. 879, I) ou em leilão judicial sob as formas presencial ou eletrônica (art. 879,II). Satisfação do crédito: entrega do dinheiro ou com a adjudicação dos bens penhorados (art. 904). Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 DAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (art. 910) com fundamento em título executivo judicial ou extrajudicial. dois limitadores: Fazenda Pública stricto sensu; execução por quantia certa. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS (art. 911) Por força de lei, de convenção ou em razão de ilícito cometido. Legítimos, os voluntários ou negociais e os indenizatórios. EMBARGOS (ART. 914) Constituem ação de conhecimento que resta por gerar um processo incidental e autônomo, através do qual o executado tem a oportunidade de impugnar a pretensão creditícia do exequente e a validade da relação processual executiva. Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 EMBARGOS (ART. 914) Constituem ação de conhecimento que resta por gerar um processo incidental e autônomo, através do qual o executado tem a oportunidade de impugnar a pretensão creditícia do exequente e a validade da relação processual executiva. Parcelamento (art. 916) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (parágrafo único, 803!) Cumprimento de Sentença e Execução D ir e it o : C u m p ri m e n to d e S e n te n ç a e E x e c u ç ã o – U N A M A – P ro f. C ri st ia n o M o tt a – M a t. 0 4 0 7 0 0 0 7 9 – 2 0 2 1 .1 Slide 1: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62