Prévia do material em texto
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS PROF. DR. VAGNER CAVENAGHI vagnerc@feb.unesp.br SAÍDAS RECURSOS BENS E SERVIÇOS ESTRATÉGIA DO NEGÓCIO ESTRATÉGIA DE ÁREA OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ÁREA PAPEL E POSIÇÃO COMPETITIVA DA ÁREA ESTRUTURA MELHORIA PLANEJAMENTO E CONTROLE ENTRADAS GESTÃO DE CUSTOS VISÃO EM 3D DA FUNÇÃO OPERACIONAL ASPECTOS DA ÁREA OPERACIONAL ASPECTOS DE MERCADO ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS GESTÃO DE CUSTOS OPERACIONAL “CORE” FINANÇAS “RETORNO” PESSOAL “FORÇA DE TRABALHO” COMERCIAL/ MARKETING “CLIENTES” SUPRIMENTOS “FORNECEDORES” GESTÃO DE CUSTOS CUSTO CONFIABILIDADE RAPIDEZ FLEXIBILIDADE QUALIDADE ALTA PRODUTIVIDADE TOTAL OPERAÇÃO CONFIÁVEL HABILIDADE PARA MUDAR PROCESSOS ISENTOS DE ERROS PRODUÇÃO RÁPIDA PREÇO BAIXO, MARGEM ALTA OU AMBOS TEMPO DE ENTREGA REDUZIDO PRODUTOS/SERVIÇOS SOB ESPECIFICAÇÃO FREQUÊNCIA DE NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS ENTREGA CONFIÁVEL ASPECTOS EXTERNOS ASPECTOS INTERNOS GESTÃO DE CUSTOS PREÇO DE VENDA LUCRO CUSTOS/DESPESAS TOTAIS “DESPESAS OPERACIONAIS” CUSTOS DE AQUISIÇÃO/ FABRICAÇÃO CUSTO DIRETO CUSTO INDIRETO DESPESAS DE VENDAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESAS FINANCEIRAS C + L = PV ELEMENTOS DO PREÇO DE VENDA GESTÃO DE CUSTOS PREÇO DE VENDA LUCRO CUSTOS/DESPESAS TOTAIS “DESPESAS OPERACIONAIS” CUSTOS DE AQUISIÇÃO/ FABRICAÇÃO CUSTO DIRETO CUSTO INDIRETO DESPESAS DE VENDAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESAS FINANCEIRAS PV - L = C GESTÃO DE CUSTOS GESTÃO DE CUSTOS EM AMBIENTE COMPETITIVO E/OU COM RECURSOS LIMITADOS GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS • Proposta geral: Proceder uma análise de custos sob um contexto mais amplo, em que os elementos estratégicos tornam-se mais consistente, explícitos e formais. • Proposta específica: conexão das técnicas de gestão de custos com a estratégia de negócio. GESTÃO DE CUSTOS GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS REPENSAR AS FUNÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS AUMENTO DA COMPETITIVIDADE ORGANIZACIONAL ANÁLISE DOS GERADORES DE CUSTOS ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR ANÁLISE DO POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO GESTÃO DE CUSTOS: os objetivos DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS DE VENDAS • MELHOR RESULTADO POSSÍVEL • VOLUMES DE VENDAS DESEJADO • OTIMIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA • MAXIMIZAÇÃO DO CAPITAL INVESTIDO GESTÃO DE CUSTOS: os objetivos ANÁLISE GERENCIAL • PREÇOS PRATICADOS VERSUS EFEITO SOBRE O LUCRO • AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: PRODUTOS CENTRO DE CUSTOS CENTRO DE INVESTIMENTOS CENTRO DE RESULTADO • CUSTOS PARA DECISÃO: • CUSTOS PARA CONTROLE: CUSTO FIXO E VARIÁVEL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO RELAÇÃO CUSTO/VOLUME/LUCRO CUSTO-PADRÃO ANÁLISE DAS VARIAÇÕES GESTÃO DE CUSTOS: conceitos fundamentais GASTO: sacrifício financeiro com que a entidade (organização/empresa) arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de “ativos” (normalmente dinheiro). INVESTIMENTOS: gastos “ativados” em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Temporariamente ficam registrados no ativo da entidade e, posteriormente e de forma gradual, são incorporados aos custos e despesas. CUSTOS: são os gastos efetuados no processo de obtenção de bens ou de prestação de serviços. Portanto, estão associados aos produtos ou serviços disponibilizados pela entidade. GESTÃO DE CUSTOS: conceitos fundamentais DESPESAS: correspondem ao valor dos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com o processo de obtenção de produtos ou serviços, ou seja, os que se referem às atividades estruturais da entidade. DESEMBOLSO: pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço, independentemente de quando foi ou será consumido. PERDAS: são os fatos ocorridos em situações excepcionais (gastos involuntários) que fogem à normalidade das operações. DESPERDÍCIOS: são os custos e as despesas utilizados de forma não eficiente e que não agregam valor. GESTÃO DE CUSTOS: classificação 1. QUANTO À TOMADA DE DECISÕES • CUSTOS RELEVANTES: são aqueles que se alteram dependendo da decisão tomada. • CUSTOS NÃO RELEVANTES: são os que independem da decisão tomada. • Essa classificação é realizada considerando-se uma única decisão a ser tomada, sendo válida apenas para aquela decisão. 2. QUANTO À IDENTIFICAÇÃO • CUSTOS DIRETOS: são os gastos identificados diretamente e apropriáveis às unidades obtidas ou produzidas. Por sua natureza, características próprias e objetividade de identificação no produto são “imputados” por medições objetivas ou por controles individuais do produto ou serviço, sem a necessidade de rateios. • Correspondem as gastos específicos do produto ou serviço, ou seja, não sendo produzida a unidade ou executado o serviço, esses gastos não ocorrem. GESTÃO DE CUSTOS: classificação • CUSTOS INDIRETOS: são os gastos que não podem ser alocados de forma objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante “critérios de rateio”. • Rateio: corresponde à função de relacionar um tipo de custo com determinado produto ou centro de custos. • Critérios de rateio: qualquer forma de rateio é válida. Cabe ao gestor defini-lá. Assim, com critérios de rateio arbitrados, é possível ser gerado custos totais diferentes para cada produto, conforme o tipo de rateio adotado. GESTÃO DE CUSTOS: classificação Balanço Patrimonial Custos Diretos Indiretos Estoques Materiais Diretos Produtos em elaboração Produtos Acabados ( = ) RESULTADO Demonstrativo de Resultado do Exercício ( + ) RECEITAS ( - ) Despesas ( - ) Custos do DRE CMV CPV CSP GESTÃO DE CUSTOS: classificação 3. QUANTO AO VOLUME PRODUZIDO GESTÃO DE CUSTOS: classificação • CUSTOS FIXOS: são aqueles gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de atividades operacionais, independentemente do volume de produção. • CUSTOS VARIÁVEIS: são os que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. • Quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais. • São os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa. • São os custos que têm seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem vínculo com o aumento ou diminuição da produção. GESTÃO DE CUSTOS: classificação 4. QUANTO À BASE MONETÁRIA • HISTÓRICOS: custos em valores originais da época em que ocorreu a aquisição. • HISTÓRICOS CORRIGIDOS: custos históricos acrescidos de correção monetária, atualizados para o valor monetário atual. • CORRENTES: também denominados custos de reposição. Representam o custo necessário para repor um elemento de custo no total. • PADRÃO: custo estimado presumindo-se maior eficiência operacional e financeira. Corresponde a um valor ideal a ser alcançado pela empresa. • ESTIMADOS: custos previstos para o futuro. GESTÃO DE CUSTOS: outras definições importantes • RELAÇÃO CUSTO x BENEFÍCIO: é utilizado nas ocasiões em que são confrontados valores de custos com os benefícios que tais gastos gerarão. • DISTINÇÃO ENTRE LUCRO E PRÓ-LABORE: entende-se por lucro a remuneração do capital investido pelos sócios na empresa e como pró-labore a remuneração dos sócios quando estes exercem atividades executivas na empresa. • CUSTEIO: é o termo utilizado que designa o ato de atribuircustos aos produtos (ou processos produtivos), independentemente do tipo de custo que está sendo atribuído. • É o processo pelo qual se efetua a apropriação dos custos. GESTÃO DE CUSTOS: outras definições importantes • SISTEMAS DE CUSTEIO: referem-se às formas como os custos são registrados e transferidos conforme a opção da entidade. De forma similar aos custos, os sistemas de custeio também podem receber diferentes classificações. • MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: é a diferença entre as Receitas, os Custos Variáveis e as Despesas Variáveis. RECEITAS ( - ) CUSTOS VARIÁVEIS ( - ) DESPESAS VARIÁVEIS ( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (MC) Do ponto de vista conceitual, a margem de contribuição representa um parâmetro que demonstra a capacidade de cobertura dos custos fixos. • PONTO DE EQUILÍBRIO (PE): também denominado ponto de ruptura ou “break-even point”, corresponde ao montante em que a receita é suficiente para cobrir os custos variáveis e os custos fixos. GESTÃO DE CUSTOS: outras definições importantes • Representa o nível de receita em se opera sem lucro ou prejuízo, ou seja, o lucro operacional é nulo. TIPOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO (PE) 1. PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 2. PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 3. PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO CF + DF PE = ---------------------------- em ($) 1 - (CVu + DVu) Ru CF + DF PE = ------------------------------------------------ em unidades Margem de Contribuição Unitária (Preço de Venda - Custo Variável) GESTÃO DE CUSTOS: outras definições importantes REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PONTO DE EQUILÍBRIO $ (RECEITA/CUSTO) QUANTIDADES/% CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL CUSTO TOTAL RECEITA PE (q /%) PE ($)