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Aula 1 – 24/05 
 
LEIS QUE REGULAMENTAM O EXERCÍCIO PROFISSIONAL 
 
Toda a regulamentação que tem na odontologia (normas, código de ética, em relação a sedação, 
cursos de especialização, propagandas) que são responsáveis pelo Conselho de Odontologia, 
elas seguem essas leis. 
A primeira lei que regulamentou o exercício da profissão no brasil foi em 1951, porém essa lei foi 
alterada porque existiam algumas inconsistências em relação ao que o dentista podia fazer; 
Lei nº 5.081 - 24 de agosto de 1966: “Regulamenta o exercício da Odontologia em todo território 
nacional”. Traz o que o dentista pode ou não fazer em relação a sua área de atuação. 
Registros e inscrições – Art. 2.º - o exercício da Odontologia no território nacional só é permitido 
ao CD habilitado por escola ou faculdade oficial ou reconhecida, após registro do diploma... e 
inscrição no CRO sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade 
 
OBS: Não existe faculdade oficial mais, e sim reconhecida. O curso precisa ser reconhecido para 
emitir diploma para o aluno. A universidade solicita uma autorização do MEC, o MEC analisa e 
concede a autorização para a abertura do curso. Passada a metade do curso, a universidade 
solicita o reconhecimento. Em seguida, uma comissão do Ministério da Educação, formada por 
professores que ministram aulas da área a ser reconhecida, vão avaliar vários critérios definidos 
pelo MEC para dar ou não o reconhecimento ao curso. A comissão emite uma nota, sendo acima 
de 3 a faculdade fica reconhecida. O ENADE serve como uma renovação do reconhecimento do 
curso. Se o curso tira menos de 3, a comissão do MEC vem e faz uma avaliação. Quando o curso 
é reconhecido, ele pode emitir o diploma junto ao MEC. O registro do diploma nos dá a habilitação 
profissional. A habilitação legal se dá junto ao conselho (CRO) do estado onde irei trabalhar. As 
duas condições para exercer a odontologia no Brasil: ter a habilitação profissional e solicitar a 
habilitação legal no CRO do estado onde vai trabalhar 
 
Resolução CFO – 197/2019 – Proíbe a inscrição e o registro de alunos egressos de cursos de 
odontologia, integralmente realizados na modalidade de ensino à distância – EAD, e adota outras 
providências. 
OBS: É permitido por lei, que em um curso presencial como por exemplo, a odontologia, algumas 
disciplinas sejam ofertadas a distâncias (teóricas). Da carga horária total do curso, até 20% pode 
ser a distância. Se todo o curso for na modalidade a distância, esse aluno não consegue fazer a 
inscrição e nem o registro no CRO e com isso não consegue exercer à odontologia de formal legal. 
Formados em escola estrangeira – Art. 3.º - poderão exercer a odontologia no território nacional 
os habilitados por escolas estrangeiras, após a revalidação do diploma e satisfeitas as demais 
exigências do artigo anterior. 
OBS: só pode revalidar o diploma a Universidade Federal que tem o curso em questão, e o 
candidato não tem poder de escolha de qual UF ele irá (é onde tem vaga). É comparado o currículo 
do candidato no exterior com o da UF em questão (carga horária, conteúdo). Quando não bate, 
ou nega ou ele faz as disciplinas que não tinham compatibilidade. Com a revalidação ele consegue 
fazer sua inscrição no CRO. 
 
 
Art.6.º Compete ao cirurgião-dentista: 
 
LEI 5081/66 
 
Área de atuação – I – Praticar todos os atos pertinentes à odontologia, decorrentes de 
conhecimentos adquiridos em curso regular de graduação ou pós graduação. (fora disso é 
exercício ilegal da profissão – você estará fazendo procedimentos que é fora da sua área de 
atuação.) 
 
OBS: Todo curso tem a diretriz nacional curricular, necessário ser seguido. Regulamenta tudo que 
o curso precisa oferecer para formar o aluno naquela área. Quem regula a graduação é o MEC. 
Quem regula a pós-graduação/especialização é o CFO. Essa separação se dá em função de 
existir alguns procedimentos que o recém formado não é capaz de exercer. Caso o CD faça algum 
procedimento e o paciente alegue que o CD cometeu um erro, ele será julgado de acordo com a 
sua capacidade técnica para exercer o procedimento em questão (se precisa de especialização e 
se o CD tem a especialização). A lei não proíbe o clínico geral de fazer nenhum procedimento na 
odontologia, mas se porventura ocorrer um erro, isso pesa contra o profissional. 
 
Exemplo: 
 
 
OBS: A intervenção de correção de orelhas, seja cirúrgica ou por meio de fios de forma não 
invasiva, não é reconhecida nem permitida pela legislação atualmente. Não é área de atuação do 
cirurgião-dentista, pois não é um conhecimento que você adquire na graduação e nem na 
especialização. Sendo assim, é exercício ilegal da profissão. 
 
 
 
Segundo a resolução acima, é vedado ao dentista fazer procedimentos como alectomia (fechar a 
asa do nariz), blefaroplastia(levantamento de pálpebra), cirurgia de castanhares(levantamento de 
sobrancelhas), otoplastia(correção da orelha de abano),rinoplastia e ritidoplastia (corrigir sinais de 
envelhecimento da face e do pescoço). 
 
 
 
Tudo isso acima também é proibido ao cirurgião-dentista. Podendo responder na justiça por 
exercícios ilegal da profissão, pois está fugindo da sua área de atuação. 
 
Receitas – II – Prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, 
indicadas em odontologia. 
OBS: me limita a não prescrever medicamentos que não serão utilizados em detrimento da 
odontologia. Muitas pessoas prescrevem ansiolítico por 30 dias aos pacientes/conhecidos e isso 
é um exercício ilegal da profissão. 
Pode-se ter medicamentos em consultório e entregá-los aos pacientes. Se eu fornecer o 
medicamento para o paciente, tenho que colocar no prontuário para que fique registrado, não 
preciso entregar a receita para o paciente, apenas as recomendações de uso. O profissional não 
pode usar do direito de prescrever para fornecer o medicamento que não é da área de odontologia 
para outro fim. 
Resolução CFO – 199/2019 – Proíbe a realização de terapias denominadas de modulação e/ou 
reposição e/ou suplementação e/ou fisiologia hormonal por CD fora de sua área de atuação, e dá 
outras providências. 
Art. 2º. O cirurgião dentista poderá prescrever os medicamentos e fármacos dos grupos 
terapêuticos dos esteróides ou peptídeos anabolizantes, indicados em odontologia, nos termos da 
Lei Federal 9.965/2000. 
CÓDIGO PENAL – Art. 282. – Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista 
ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhes os limites. 
Pena: detenção de 6 meses a 2 anos. 
 
Parágrafo único: se o crime é praticado com fim de lucro, aplica-se também a multa. 
OBS: O CD pode responder 2 processos, um processo ético por exercício ilegal da profissão e 
responderá também perante ao código penal, pois está exercendo a profissão excedendo o limite. 
 
Atestados - III – Atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, 
inclusive para justificação de faltas ao emprego. 
 
OBS: Devo atestar a verdade, com um paciente e a existência de um fato. O que cabe ao paciente 
é se eu coloco ou não o CID. Para acompanhantes e responsáveis, não se atesta. Não se leva 
em consideração o tempo de espera para colocar no atestado, somente o tempo que ele ficou 
dentro do consultório/cadeira odontológica. É um direito do paciente solicitar o atestado, se o CD 
não emitir, é considerado infração ética. O CD tem autonomia para definir o que vai colocar no 
atestado, se é um atestado de comparecimento, colocando o período que o paciente esteve sob 
seus cuidados ou se o paciente precisa de um ou mais dias de repouso, sendo definido de acordo 
com o procedimento realizado. 
O acordo estabelecido entre o contratante e empregado define se a declaração de 
comparecimento é aceita ou não. Normalmente, o CD dá a declaração para o acompanhante e o 
contratante decide se aceita ou não para justificar a ausência do empregado. O atestadonatureza ou através 
de aquisição de outros bens pela utilização de serviços prestados (eu compro num lugar e ganho 
desconto no atendimento, por exemplo); 
OBS: O que se pode fazer é sortear algum produto entre os próprios pacientes de sua clínica, mas 
sem divulgação publicamente. 
XI – Provocar direta ou indiretamente, através de anúncio ou propaganda, a poluição do 
ambiente (através dos panfletos, por exemplo. Serei penalizado pela lei ambiental); 
 
XII – expor ao público leigo artifícios de propaganda, com o intuito de granjear clientela, 
especialmente a utilização de imagens e/ou expressões antes, durante e depois, relativas a 
procedimentos odontológicos (isso já foi regulamentado); 
XIII – participar de programas de comercialização coletiva oferecendo serviços nos veículos de 
comunicação; 
XIV – realizar a divulgação e oferecer serviços odontológicos com finalidade mercantil e de 
aliciamento de pacientes, através de cartão de descontos, mala direta via internet, sites 
promocionais ou de compras coletivas, telemarketing, ativo à população em geral, stands 
promocionais, caixas de som portáteis ou em veículos automotores, plaqueteiros entre outros meios 
que caracterizem concorrência desleal e desvalorização da profissão (se me mandar os preços 
pelo direct do instagram, caracteriza como mala direta via internet). 
 
Art. 45 – Pela publicidade e propaganda em desacordo com as normas estabelecidas neste Código 
respondem solidariamente aos proprietários, responsável técnico e demais profissionais que 
tenham concorrido na infração, na medida de sua culpabilidade. 
 
Art. 46 – Aplicam-se, também, as normas deste Capítulo a todos àqueles que exerçam a 
Odontologia, ainda que de forma indireta, sejam pessoas físicas ou jurídicas, tais como: clínicas, 
policlínicas, operadoras de planos de assistência à saúde, convênios de qualquer forma, 
credenciamentos ou quaisquer outras entidades. 
 
Art. 41. § 1º. É vedado aos técnicos em prótese dentária, técnicos em saúde bucal, auxiliares de 
próteses dentária, bem como aos laboratórios de prótese dentária fazerem anúncios, propagandas 
ou publicidade dirigida ao público em geral. 
 
 Aula 10 – 26/07 
 
DOCUMENTOS ODONTOLÓGICOS 
 
 
 
As fichas prontas, concedidas pelas dentais, não tem nenhum valor legal, pois não têm local para 
assinaturas do paciente e do dentista, e nem as informações que precisam conter em um 
prontuário. 
 
Jurisprudência: 2º Tribunal de Alçada Civil de SP: “Ficha clínica elaborada por C.D. não pode ser 
considerada prova escrita, vez que não há elementos que autorizem considerar o documento como 
prova de tratamento dentário e de cobranças parciais, porque não existe indícios de participação 
do réu (assinatura do paciente) na sua elaboração, unilateralmente apresentado pela autora.” 
 
Obs.: Precisa ter a documentação assinada pelo paciente e especificando o que ele consentiu. 
 
Documentação odontológica: Instrumento na garantia de qualidade do tratamento e deve basear-
se em normas legais e éticas. 
 
Art. 9º - X: elaborar e manter atualizados os prontuários nas formas das normas em vigor. 
 Não fazer isso é infração ética. 
 
Art. 17: É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a 
sua conservação em arquivo próprio. 
 Quando um perito solicita a documentação, ele precisa entender o que está escrito, não pode estar 
ilegível, incompleto e/ou muito rasurado. 
● Prontuário; 
● Atestado; 
● Recomendações ao paciente; 
● Notificações compulsórias; 
● Receitas (É infração ética não fazer receita de forma legível) 
Por quanto tempo esses documentos devem ser guardados? O código civil atual fala de um 
tempo de 3 anos para o paciente entrar com uma ação, a partir do momento que o fato ocorreu. 
Uma ação administrativa, pelo paciente no CRO, prescreve 5 anos a partir do momento que 
ocorreu. Já no código de ética do consumidor, ele pode entrar com ação em até cinco anos, mas a 
partir do momento que ele descobre a falha, independente de quando ocorreu. Dessa forma, é 
sempre interessante manter o documento guardado durante todo o exercício profissional. 
 
Obs.: A responsabilidade de guardar é do C.D., mas o documento é do paciente. 
 
PRONTUÁRIO 
- Devidamente preenchido (preciso da assinatura sempre que o paciente for ao meu consultório. É 
errado pedir para o paciente assinar todas as folhas do prontuário, podendo alegar que assinou 
folha em branco); 
- Letra legível; 
- Anexar exames complementares (descrever os principais achados do exame no prontuário e fazer 
uma cópia para anexar). 
- Não utilizar abreviações. 
Art. 17. Parágrafo Único: Os profissionais da odontologia deverão manter no prontuário os dados 
clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em 
ordem cronológica com data, hora, nome, assinatura e número de registro de CD no Conselho 
Regional de Odontologia. 
● IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL 
Nome, profissão, CRO (pessoa física ou jurídica) = OBRIGATÓRIAS 
Especialidade, titulos de formação acadêmica, endereço, telefone, horário de trabalho, etc... = 
FACULTATIVO 
● IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
- Nome completo, RG, CPF, estado civil, profissão e endereço 
Menor ou incapaz: dados dos responsáveis, que é quem irá assinar o prontuário 
Convênio: empresa e número de identificação 
● ANAMNESE 
- Queixa principal 
- Evolução da doença atual 
- História médica e odontológica 
IMPORTANTE: ASSINATURA DO PACIENTE 
● EXAME CLÍNICO 
Exame dente a dente é aquele que melhor se adapta às necessidades éticas e legais. 
● ODONTOGRAMA 
Destinado a visualização do plano de tratamento a ser executado. 
● PLANO DE TRATAMENTO 
- Descrição dos procedimentos propostos; 
- Possibilidades de tratamento; 
- Consentimento do paciente. 
● CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
- Finalidade de informar o paciente sobre o tratamento, benefícios e os riscos; 
- Informação deve ser prestada pelo C.D. responsável pela intervenção; 
- Utilizar linguagem compatível com as capacidades intelectuais e culturais do paciente. 
 
Obs.: O consentimento para a execução do paciente não é o mesmo para a divulgação do 
tratamento. 
 
- Eu escrevo tudo o que foi falado verbalmente ao paciente em uma folha em anexo e coloco no 
prontuário. 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
- Planejamento do plano de tratamento e os honorários devem ser fornecidos ao paciente, se ele 
solicitar; 
- A posse do prontuário é do paciente? 
Art. 18. Constitui infração ética: 
 
I – Negar, ao paciente ou periciado, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia 
quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão; 
 
OBS: Cópias da documentação eu posso ofertar ao paciente. Radiografias é melhor digitalizar (caso 
ele queira a original, ele entra com ação). Documentação ortodôntica eu digitalizo e fico com a cópia 
digitalizada (pois foi feito em outro lugar). É interessante fazer um recibo dizendo que foi ofertado 
cópia ao paciente (do que entregou) e pega a assinatura do paciente. 
Obs.: Tudo o que for executado dentro da clínica, deve ficar com o CD. Nesses casos, 
entregar apenas cópia para o paciente. 
 
● EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO 
- Anotação por extenso, de todos os passos do tratamento; 
- Faltas (pede para o paciente assinar na próxima consulta, pois isso pode me resguardar, 
além de caracterizar o abandono de tratamento do paciente); 
- Alterações do plano inicial, custos da alteração; 
- Assinatura do paciente ao fim de cada consulta; 
 
 
 
 
DOCUMENTOS SUPLEMENTARES 
 
ATESTADOS 
 
LEI 5.081 DE 24 DE AGOSTO DE 1966 – ARTIGO 6º: 
 III – Atestar no setor de sua atividade profissional, atestados mórbidos e outros. 
 
Art. 18. Constitui infração ética: 
 II – Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo 
paciente ou por seu representantelegal; 
 
ATESTADO FALSO 
Art. 18. Constitui infração ética: 
III – Expedir documentos odontológicos: atestados, declarações, relatórios, pareceres técnicos, 
laudos periciais, auditorias ou de verificação odontolegal, sem ter praticado ato profissional que o 
justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade; 
 
CODIGO PENAL: Art. 299 – FALSIDADE IDEOLÓGICA 
Art. 18. Constitui infração ética: 
IV – Comercializar atestados odontológicos, recibos, notas fiscais ou prescrições de 
especialidades farmacêuticas; 
V – Usar formulários de instituições públicas para prescrever, encaminhar ou atestar fatos 
verificados na clínica privada; 
VI – Deixar de emitir laudo dos exames por imagens realizados em clínicas de radiologia; 
VII – Receitar, atestar, declarar ou emitir laudos, relatórios e pareceres técnicos de forma 
secreta ou ilegível, sem a devida identificação, inclusive com o número de registro no Conselho 
Regional de Odontologia na sua jurisdição, bem como assinar em branco, folhas de receituários, 
atestados, laudos ou quaisquer outros documentos odontológicos. 
 
● ELEMENTOS DOS ATESTADOS 
- profissional competente para atestar (legalmente habilitado); 
- paciente; 
- o fato odontológico; 
- as consequências do fato (falta ao trabalho, repouso, etc.). 
Se não tiver uma dessas quatro, o atestado não deve ser feito. 
 
 
● FINALIDADES 
- trabalhista; 
- atestar condições bucais; 
- escolares; 
- militares; 
- notificação compulsória. 
● IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL 
Nome, profissão, CRO (pessoa física ou jurídica) = OBRIGATÓRIAS 
Especialidade, títulos de formação acadêmica, endereço, telefone, horário de trabalho, etc... = 
FACULTATIVO 
Obs.: sempre imprimir duas cópias (Uma para o C.D. e outra para o paciente) 
● CONTEÚDO OBRIGATÓRIO DO ATESTADO 
1 – Qualificação do profissional; 
2 – Qualificação do paciente (nome, documento); 
3 – Finalidade; 
4 – Fato ocorrido (NÃO especificar a natureza do atendimento, pois isso é infração ética. Deve-se 
colocar, por ex.: O paciente esteve sob atendimento odontológico); 
5 – Conclusão – consequências (se houver, como necessidade de repouso); 
6 – Local, data e assinatura com carimbo do profissional (nome, profissão e CRO). 
 
 
OBS: Eu coloco o CID se o paciente pedir, seguido de “solicitado pelo paciente”. A cópia carbonada 
e os dias por extenso são interessantes para que o paciente não altere/rasure o atestado. 
 
 
 
Obs: Quem decide se coloca o CID ou não, é o paciente e não a empresa. 
Coloca o horário que o paciente esteve dentro do consultório. 
 
Obs.: Geralmente a declaração de comparecimento não abona falta, mas é uma justificativa. 
RECEITA COMUM 
- Identificação do emitente; 
- Identificação do paciente; 
 
 
 
 
- Prescrição (Obrigatoriamente com o nome genérico. Se o C.D. julgar alguma marca melhor, deve 
falar com o paciente, mas não escrever na receita. Isso é importante para garantir o acesso do 
paciente ao medicamento e é direito do paciente saber e entender qual substância está sendo 
prescrita, assim como o farmacêutico); 
- Data de emissão; 
- 2 vias, pois uma será arquivada no prontuário. 
 
 
Receita antibiótico – ANVISA – RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 
“Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como 
antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação.” 
Art. 6º - A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias 
a contar da data de sua emissão. 
 
OBS: A orientação é que seja emitido 3 vias (C.D., farmácia e paciente). Na farmácia, é carimbado 
no verso da receita, constando os dados do paciente, para que ele não apresente em outros lugares 
a mesma receita. Geralmente se emite 2 vias (paciente e C.D.) e o farmacêutico tira uma cópia da 
original. 
Obs: A letra deve ser legível, pois é um direito do paciente saber aquela informação. 
 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
LEI Nº 6.259, DE 30/10/1975 
 
Art. 8º - É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato, 
comprovado ou presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros 
profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como aos responsáveis por organizações e 
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino a notificação de casos suspeitos ou 
confirmados das doenças relacionadas em conformidade com o artigo 7º. 
 
- Acidentes de trabalho; 
 
- Doenças e agravos à saúde; 
- Doenças profissionais e do trabalho; 
- Crimes de ação pública. 
Obs.: Em casos de menores de idade, fazer a anotação no prontuário e relatar ao conselho tutelar, 
que fará a investigação. Mas é meu dever ético e legal fazer a notificação. 
 
- Identificação do paciente (nome, RG); 
- Informação acerca do ato profissional realizado ou da constatação que foi feita durante o 
atendimento – CID (aqui é obrigatório colocar); 
- Horário e data que o paciente foi atendido; 
- Local, data e assinatura do CD; 
- Carimbo com CRO. 
 
Obs.: Na notificação compulsória, deve-se colocar o CID. Se outro profissional já fez, não faz 
novamente. 
 
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE 
- Impressos próprios ou receituário; 
- Entregar mediante assinatura. 
 
● Encaminhamento (em cópia carbonada e sem especificar o profissional); 
● Radiografias (Ela é uma prova. Por isso é interessante colocar a data); 
 
 
● Exames laboratoriais (principais achados); 
● Modelos de estudo e trabalho (interessante guardar os casos que sejam os mais complexos, 
identificando-os); 
 ● Fotografias (guardar). 
ABANDONO DE TRATAMENTO 
- Enviar correspondência registrada com A.R. 
- Telegrama. 
O recomendado é enviar uma carta ao paciente, mostrando a importância de ele voltar ao 
consultório para dar continuidade. Não posso cobrar o paciente utilizando esse meio. Se ele não 
voltar, eu mando novamente a carta. Não voltou novamente, eu anexo o documento de recebimento 
ao prontuário e caracterizo como abandono de tratamento. 
Às vezes, quando o paciente retorna, ele quer que eu continue de onde parou. Só que às vezes é 
necessário fazer um novo planejamento e exame clínico, mudando os honorários. Por isso, é 
importante comprovar o abandono do tratamento. 
 
RECIBOS 
- Tipo talonário (de papelaria); 
Dados do paciente: nome completo, CPF e RG do paciente; 
Valor numérico por extenso do pagamento. 
Dados do profissional: nome completo, CRO, CPF; 
Data, local, assinatura, carimbo e CPF do profissional. 
 
- Tipo receituário próprio. 
Obs.: O mais indicado é o tipo talonário, pois você tem um melhor controle do que está emitindo 
(canhoto). 
Os recibos podem ser assinados no nome da clínica ou do profissional dentista. Caso seja assinado 
no nome do profissional e o mesmo troque de clínica, ele deve levar os recibos assinados no seu 
nome. 
 
Aula 11 – 26/07 
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL DO CIRURGIÃO-DENTISTA 
ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES 
• RESPONSABILIDADE MORAL 
- Frente a nossa consciência (aprovar ou reprovar determinada conduta). 
A ética é quando mesmo que eu não concorde com aquela situação, eu sigo com as normas. 
• RESPONSABILIDADE SOCIAL 
- Infrações às leis; 
- Atos praticados externamente. 
• RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
- Responsabilidade dos atos praticados sobre o exercício de uma determinada profissão ou função. 
 
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE 
- Agente; 
- Ato profissional; 
- Ausência de Dolo; 
- Existência de Dano; 
- Relação entre Causa e Efeito. 
 
SANÇÕES NA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
- Ação administrativa 
- Código penal 
- Código civil 
- Código de defesa do consumidor 
 
RESPONSABILIDADE PENAL 
- Lesão corporal (cortou o lábio com uma lâmina de bisturi sem querer, por exemplo); 
- Violação do segredo profissional; 
- Falsidade ideológica (emitir recibo que não pratiqueio procedimento, por exemplo. Emitir um 
atestado que não condiz com o fato); 
- Exercício ilegal (executar um procedimento que não é a minha competência legal, por exemplo); 
- Omissão socorro (deixar de atender). 
 
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
Objetivo: 
- comprovar a ocorrência de um dano 
- fixar indenização 
 
INDENIZAÇÃO: 
- despesas do tratamento; 
- lucros cessantes até o fim da convalescença; 
- pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou; 
- indenização arbitrada e paga de uma só vez. 
 
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência ou imperícia violar direito e 
causar dano a outrem...” LEI 10.406/2002 
Imprudência: ação precipitada, sem os cuidados necessários que o ato exige. 
Negligência: descuido, desleixo; omissão. O profissional tem a obrigação de agir e não o faz. 
 
Posso ser negligente: 
- Deixar pessoal auxiliar ajustar aparelho; 
- Receita ilegível; 
- Não encaminhar o paciente; 
- Protético moldar paciente para prótese total; 
- Desrespeito às normas de biossegurança. 
Imperícia: praticar um ato de natureza odontológica complexa, sem a devida qualificação 
técnica. 
 
TIPOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
• RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
- Sem culpa, basta a relação de causalidade entre a ação e o dano (causado pela ação ou 
omissão do profissional). 
- A obrigação de indenizar o dano está na própria atividade e não no comportamento do 
agente (dentista). 
- O agente fica obrigado a indenizar ainda que não tenha agido de forma culposa ou dolosa. 
"Não se discute culpa, somente dano e nexo.” 
Leva a obrigação de resultado. 
Obs: toda pessoa jurídica, vai ser julgada como responsabilidade objetiva. 
 
• RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 
- Funda-se na teoria da culpa. 
- Se não houver culpa, não há responsabilidade de indenizar. 
- A obrigação de indenizar está no comportamento do agente e não no exercício da atividade. 
“Depende do sujeito.” 
Obs: Geralmente, na área da saúde, as pessoas físicas são julgadas como responsabilidade 
subjetiva. 
Leva a obrigação de meio (necessidade de comprovar a culpa do profissional). 
 
SITUAÇÕES QUE LEVAM A OBRIGAÇÃO DE RESULTADO 
a) Forma de contratação; 
Momento da contratação: obrigação, a atingir determinado resultado e esta promessa realizada ao 
contratante foi o móvel determinante para a celebração do contrato, a obrigação será de resultado. 
b) Possibilidade física de se atingir o resultado útil da obrigação contratada. 
Em razão do avanço das pesquisas e das técnicas no campo da odontologia que permite a 
obtenção de determinado resultado útil e previsível, por conseguinte, este profissional estará 
comprometido na obtenção do resultado. 
 
SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
OBSERVAR: 
- Cobertura concedida; 
- Riscos excluídos; 
- Limitações impostas; 
- Teto segurado; 
- Franquia. 
 
A RESPONSABILIDADE E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Profissionais Liberais 
- O profissional liberal é aquele que exerce seu ofício com pessoalidade, liberdade e independência, 
utilizando-se de seus conhecimentos técnicos ou acadêmicos. 
 
Código de Defesa do Consumidor: 
Parágrafo 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante 
verificação de culpa. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a 
seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
 
PRAZO PRESCRICIONAL DAS AÇÕES 
Código CIVIL – Art. 206 – “prazo máximo para ingressar com ação de indenização civil é de 3 
anos.”  Prazo tem início quando o fato ocorreu. 
 
ATENÇÃO 
Vício oculto (fratura de lima, reabsorção radicular durante tratamento ortodôntico -> prazo ditado 
pelo CDC 
 Art. 27: prazo de 5 anos e se inicia a partir do momento que o paciente teve conhecimento 
do fato. 
 
COBRANÇA DE HONORÁRIOS 
- “Pretensão dos profissionais liberais pelos seus honorários, prescreve em 5 anos, contado o prazo 
a partir da conclusão dos serviços ou da cessação dos respectivos contratos.” 
Obs: nesse caso, o profissional só pode cobrar o paciente por meios judiciais. 
Obs: uma forma de evitar a inadimplência no consultório é receber por meio de cartões. 
 
 
 
 
	LEI 5081/66
	Sedação consciente – Resolução CFO – 51/2004
	Art. 7º - É VEDADO AO PROFISSIONAL
	Propaganda
	Comunicação
	Serviço gratuito
	Concorrência desleal
	LEI n.º 4.324/64
	EXERCÍCIO LEGAL DA ODONTOLOGIA
	TIPOS DE INSCRIÇÃO PARA O CIRURGIÃO DENTISTA
	Transferência de inscrição
	Apostila de nome
	Suspensão temporária de inscrição
	Cancelamento de inscrição
	EXERCÍCIO ILEGAL
	Código de Ética
	Código penal art. 282
	CHARLATANISMO
	PROCESSO ÉTICO
	Infrações mais cometidas:
	Formas de instauração do processo:
	Aplicação das penas:
	Código de Ética Odontológica
	Art. 53. – Considera-se de manifesta gravidade:
	APLICAÇÃO DAS PENAS
	IMPORTANTE!!! PRAZOS PARA SOLICITAR A REABILITAÇÃO:
	• Materiais
	• Aparelhos de Raios X
	Receita Federal
	TIPOS DE DECLARAÇÃO
	DEDUÇÕES
	A ESPECIALIDADE
	Cursos de Pós-graduação
	REQUISITOS PARA REGISTRO DE ESPECIALISTA
	CÓDIGO DE ÉTICA – Cap. IX
	SEDAÇÃO CONSCIENTE
	PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES AOS PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS
	CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICO
	CAPÍTULO 1 – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
	DIREITOS E DEVERES DO CIRURGIÃO DENTISTA
	CAPÍTULO II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
	CAPÍTULO III DOS DEVERES FUNDAMENTAIS
	CAPÍTULO V – SEÇÃO I
	(...)
	CÓDIGO PENAL – VIOLAÇÃO DO SEGREDO PROFISSIONAL
	QUEBRA DE SIGILO
	CAPITULO III DOS DEVERES FUNDAMENTAIS
	Aula 9 – 19/07
	ANÚNCIO E PROPAGANDA
	Código de Ética Odontológica/2013 – Capítulo XVI
	Aula 10 – 26/07
	DOCUMENTOS ODONTOLÓGICOS
	PRONTUÁRIO
	● IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL
	● IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
	● ANAMNESE
	● EXAME CLÍNICO
	● PLANO DE TRATAMENTO
	● CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
	ATENÇÃO
	Obs.: Tudo o que for executado dentro da clínica, deve ficar com o CD. Nesses casos, entregar apenas cópia para o paciente.
	● EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO
	DOCUMENTOS SUPLEMENTARES
	ATESTADOS
	ATESTADO FALSO
	● ELEMENTOS DOS ATESTADOS
	● FINALIDADES
	● IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL
	● CONTEÚDO OBRIGATÓRIO DO ATESTADO
	Receita antibiótico – ANVISA – RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011
	LEI Nº 6.259, DE 30/10/1975
	ORIENTAÇÕES AO PACIENTE
	RECIBOS
	ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES
	ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE
	SANÇÕES NA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
	RESPONSABILIDADE PENAL
	AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
	OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
	TIPOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL
	SITUAÇÕES QUE LEVAM A OBRIGAÇÃO DE RESULTADO
	SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
	A RESPONSABILIDADE E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
	PRAZO PRESCRICIONAL DAS AÇÕES
	COBRANÇA DE HONORÁRIOSé 
somente para o paciente e ele tem valor legal, ou seja, o contratante não pode negar o abono da 
falta naquele período, já a declaração de comparecimento é dada ao acompanhante e ela não tem 
valor legal, podendo o contratante aceitar ou não. 
Perícias – IV – Proceder à Perícia odonto legal em foro civil, criminal, trabalhista e em sede 
administrativa. 
OBS: toda a documentação (prontuário, fotografia, radiografia e afins) será analisada pelo perito 
e em conjunto com os protocolos/literatura, submete- se um parecer ao juiz, o qual decidirá o caso. 
Quem perde a causa paga o perito. A perícia pode ser feita em: 
 
- Foro civil: quando o paciente entra na justiça alegando erro e precisa de um perito. AÍ pega toda 
a documentação e, se necessário, avalia clinicamente o paciente. As partes (juiz e advogados) 
fazem perguntas ao perito, que faz o parecer e emite ao juiz para fechar o caso. O paciente deixa 
de pagar o CD e o CD entra na justiça é outro exemplo de foro civil. 
 
- Criminal: comparar arcada dentária com mordida que a vítima tem, identificação de cadáver, etc. 
 
- Trabalhista: um empregado que sofreu acidente de trabalho (quebrou algum dente, algum osso 
da face) passa por perícia, por exemplo. 
 
- Sede administrativa: quando o paciente entra com processo ético contra o CD no CRO. 
Anestesia – V – Aplicar anestesia local e troncular 
 
Analgesia e hipnose – VI – Empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente 
habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento. 
Sedação consciente – Resolução CFO – 51/2004 
 
§ 2º. Exigir-se-á, para o curso, uma carga horária mínima de 96 horas/aluno. 
OBS: o CD precisa do certificado do curso para solicitar a habilitação no CRO para utilizar a 
sedação com óxido nitroso no consultório. 
Hipnose – Resolução CFO 82/2008 – Práticas integrativas e complementares aos procedimentos 
odontológicos. 
OBS: a hipnose pode ser usada para fins odontológicos desde que seja feito um curso de no 
mínimo 180 horas. Posteriormente ao curso deve-se solicitar a habilitação ao CRO. 
 
Aula 2 – 31/05 
 
Laboratório/Raio-X – VII – Manter, anexos ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e 
instalação adequadas para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos 
de sua especialidade, bem como aparelhos de raios X para diagnóstico. 
OBS.1: Se o laboratório é usado exclusivamente para atender os serviços do seu próprio 
consultório/clínica, não é necessário realizar o registro desse laboratório. No entanto, se o 
laboratório atender a demanda de terceiros, o registro é necessário. 
OBS.2: Para ter um raio-x na sala de consultório, é necessário ter um alvará radiométrico concedido 
pela vigilância sanitária. A vigilância indica um técnico que faz um laudo radiométrico que deve ser 
entregue à vigilância e, de acordo com o tempo determinado, esse laudo deve ser renovado. O 
alvará para ter o raio-x é diferente do alvará para abrir o consultório. 
Medicação de Urgência – VIII – Prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes 
graves que comprometam a vida e a saúde do paciente. 
OBS: Pode prescrever, mas deve ter o senso crítico e deve avaliar sua capacidade técnica para 
prescrever. Caso contrário, avaliar a necessidade chamar SAMU ou bombeiro ao invés de medicar. 
Perito – IX – Utilizar, no exercício da função de perito-odontológico em casos de necropsia, as vias 
de acesso do pescoço e da cabeça. 
Alguns IMLs possuem odontolegista. 
 
Art. 7º - É VEDADO AO PROFISSIONAL 
Propaganda 
a. Expor em público trabalhos odontológicos e usar de artifícios de propaganda para granjear 
clientela. 
- Artifícios de propaganda consistem em: anunciar preço, anunciar serviço gratuito, anunciar em 
site de compra coletiva, utilizar cartão de desconto para cobrar do paciente, etc. 
b. Anunciar cura de determinadas doenças para as quais não haja tratamento eficaz 
(charlatanismo). 
- Apesar da autonomia, a prescrição precisa ter comprovação científica. 
c. Exercício de mais de duas especialidades. (Anunciar) 
- No entanto, houve uma mudança. 
 
Resolução CFO-195/2019 – Autoriza o cirurgião-dentista a realizar o registro, a inscrição e a 
divulgação de mais de duas especialidades, e dá outras providências. 
 
OBS: Até 2019, só era permitido registrar no CRO duas especialidades, podendo então anunciar 
somente estas duas. A partir de 2019 a regulamentação foi alterada, permitindo o registro e 
divulgação de mais de duas especialidades. Quando ainda está cursando a especialização é 
permitido realizar o procedimento, mas proibido divulgar-se como especialista, por exemplo: é 
permitido anunciar tratamento de gengiva, mas se anunciar como periodontista é proibido, até que 
a especialização e registro dela no CRO estejam ok. 
Comunicação 
d. Consultas mediante correspondências, rádio, televisão ou meios semelhantes (só pode para fim 
educativo e não de consulta virtual – exceto no caso da pandemia) 
Resolução CFO-226/2020 – Dispõe sobre o exercício da Odontologia à distância, mediado por 
tecnologias, e dá outras providências. 
 Art. 1º. Fica expressamente vedado o exercício da Odontologia a distância, mediado por 
tecnologias, para fins de consulta, diagnóstico, prescrição e elaboração de plano de tratamento 
odontológico. 
Em julho de 2020 o CFO regulamentou o exercício da odontologia à distância, devido à pandemia. 
 
Quais atendimentos estão previstos? 
- Acompanhamento à distância dos pacientes que estejam em tratamento, no intervalo entre 
consultas, devendo ser registrada no prontuário toda e qualquer atuação realizada nestes termos. 
-Teleorientação realizada por CD com o objetivo único e exclusivo de identificar, por meio de 
questionário pré-clínico, o melhor momento para a realização do atendimento presencial. 
 
 Essa regulamentação é válida somente para o período de pandemia? Não. A teleodontologia 
vai funcionar com objetivos claros de sempre prestar a melhor assistência ao paciente, 
independente do momento. 
 
 De que forma o CD pode registrar esse atendimento a distância? É obrigatório que todos os 
atendimentos sejam registrados na ficha clínica do paciente. É recomendável que, neste primeiro 
momento, toda a comunicação realizada entre CD e paciente seja documentada, quer seja via e-
mail, telefone, WhatsApp ou outra plataforma. 
 
 A resolução 226 contempla as clínicas de graduação? Não. Tanto as clínicas de graduação, 
quanto de pós-graduação não podem realizar atendimento à distância, pois são Pessoas Jurídicas. 
 
 Cirurgião dentista pode prescrever receitas a distância? Não. O Conselho Federal de 
Odontologia aguarda o desenvolvimento de uma plataforma virtual com certificação digital que 
possibilite a verificação segura das assinaturas dos profissionais. 
 
 Quais atendimentos estão previstos na Resolução – CFO-226/2020? É vedada às operadoras 
de planos de saúde odontológicos e de mais pessoas jurídicas, a veiculação de publicidade e 
propaganda utilizando o termo TELEODONTOLOGIA. O uso do termo teleodontologia só é 
permitido para as clínicas particulares (pessoa física). 
 
Serviço gratuito 
e. Prestação de serviço gratuito em consultório particular (não posso anunciar, mas posso 
deixar de cobrar algo no momento da consulta). 
f. Divulgar benefícios recebidos de clientes. 
Concorrência desleal 
g. Anunciar preços de serviços, modalidades de pagamento e outras formas de 
comercialização da clínica e que signifiquem competição desleal. 
 
Obs.: Tudo o que envolve pagamento, só pode ser tratado dentro do consultório. (Valor, formas de 
pagamento, bandeiras de cartão aceitas, etc.) 
O CFO proíbe isso para que o paciente busque o profissional baseado na competência técnica. 
 
DECRETO 20.862/1931 
Regula o exercício da odontologia pelos dentistas práticos. 
Esse decreto é antigo (1931) e, como na época havia grande número de dentistas práticos, foi 
emitido esse decreto.No entanto, hoje em dia é proibido exercer a odontologia sem diploma e 
registro. Ainda assim, existem casos de dentistas praticos nos dias de hoje. 
É importante que os profissionais denunciem casos de dentistas práticos, pois isso coloca em risco 
a população. 
 
LEI n.º 4.324/64 
Instituição do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Odontologia. 
Cabe ao CFO realizar toda a regulamentação da odontologia; qualquer alteração no Código de 
ética é feita pelo CFO. 
Art. 11º - Compete ao C.R.O.: 
a. Deliberar sobre inscrição e cancelamento, em seus quadros de profissionais. 
b. Fiscalizar o exercício da profissão, em harmonia com órgãos sanitários competentes. 
O fiscal do CRO não tem poder de polícia, mas ele fiscaliza. Tratá-lo com falta de educação pode 
gerar um processo ético, além dos possíveis processos de infrações. 
c. Deliberar sobre a ética profissional, impondo ao infrator as devidas penalidades. 
d. Expedir carteiras profissionais. 
Art. 13º - § 1º - As clínicas dentárias ou odontológicas, como Odontoclínicas, policlínicas, firmas 
individuais ou sociedades, para prestação de serviços odontológicos, são obrigados à inscrição 
junto ao CRO. 
 
Art. 15º: A carteira profissional valerá como documento de identidade e terá fé pública 
Art. 22º - O voto é obrigatório em toda eleição. 
 
§ 2º - Os CDs que se encontrarem fora da sede das eleições, poderão dar seu voto em carta 
fechada, com A.R., com firma reconhecida ao presidente do CRO. (Existe a justificação de não 
voto. Caso não vote e não justifique, existe uma multa.) – Em casos em que a votação não é virtual. 
 
DELEGACIA REGIONAL DO C.R.O. 
Art. 270º - Atribuições do delegado Regional (consolidação das Normas/2005) 
a. Representar o CRO, na área de sua jurisdição. 
b. Divulgar o Código de Ética Odontológica. 
c. Colaborar no combate ao exercício ilegal, comunicando ao conselho qualquer irregularidade 
dentro da área de sua jurisdição. 
O objetivo da fiscalização é orientar o professional e, se for o caso, notificar. 
Alegar desconhecimento do Código de ética, não isenta a penalidade. 
Obs.: Casos de responder a processo ético, deverá ocorrer na sede. 
 
 
Além do CFO e CRO existem as delegacias regionais. Tudo que você iria resolver na sede do CRO 
pode ser resolvido na delegacia (com exceção a responder processos jurídicos). A delegacia 
representa o CRO na região. 
OBS: É obrigatório pagar a anuidade do CRO. No ano de 2020, o valor foi de R$500,00, destinado 
a pagamento de funcionários, fiscalização e pagamento de diária de viagens. Além disso, uma 
parcela vai para o Regional e outra para o Federal. 
 
EXERCÍCIO LEGAL DA ODONTOLOGIA 
 
Exercício lícito: 
1. Habilitação profissional (diploma devidamente registrado) 
2. Habilitação legal (registrar a minha inscrição, como profissional, junto ao CRO da região que 
irei atuar). 
Para o exercício legal da profissão, é necessário cumprir os dois requisitos. 
 
As pessoas físicas e jurídicas, vinculam-se à jurisdição de um Conselho Regional através da 
inscrição que é efetivada após registro no Conselho Federal. 
 
Pessoas físicas: cirurgiões-dentistas, TPD (técnico em prótese dentária), TSB, auxiliar de 
prótese dentária, ASB, especialistas (que anunciem ou intitulem). 
 
Pessoas jurídicas: entidades prestadoras de assistência odontológica (planos de saúde), 
laboratórios de prótese. 
 
Ao registrar uma clínica no CRO, ela obrigatoriamente precisará de um responsável técnico. O 
responsável técnico deve ser obrigatoriamente um dentista, podendo ser ou não o dono da clínica. 
O técnico deve permanecer todo o tempo de funcionamento na clínica (perante à vigilância 
sanitária). 
 
Obs. 1: Apesar de ser permitido, não é aconselhável que você seja técnico de uma clínica que não 
é sua, pois tudo o que acontece na clínica, relacionado ao CRO, recai sobre o responsável técnico. 
 
Obs. 2: Se quiser ser responsável técnico de duas clínicas, uma delas deve ser filantrópica, se for 
duas clínicas particulares, não pode. 
 
Obs. 3: Se a clínica possuir nome fantasia, é tida como uma pessoa jurídica e, dessa forma, é 
necessário pagar uma anuidade referente a ela. Nesse caso, paga-se duas anuidades: a do CD e 
a da clínica. Porém, se for um consultório particular sem nome (Ex.: Consultório Odontológico, Dr. 
Fulano de tal, CRO tal) e ele for o único que trabalha lá, não é necessário pagar anuidade, pois é 
pessoa física. 
Obs. 4: O laboratório de prótese que atender exclusivamente à clínica, não precisa ser registrado 
e, consequentemente, não necessita de anuidade. Já o laboratório que vai prestar serviço externo 
a outros profissionais, necessita de inscrição como pessoa jurídica. Pessoa jurídica paga anuidade 
como CD e anuidade da clínica/laboratório. 
Obs. 5: Ao se credenciar a um plano de saúde, é necessário que o CD verifique se o plano possui 
inscrição na agência nacional de saúde suplementar e se possui o registro no CRO. Deve também 
analisar a tabela de remuneração referente aos procedimentos, para ver se compensa (fazer 
cálculo da hora clínica e comparar). 
Além disso, ao se credenciar ao plano, o mesmo exige um CNPJ, mas se você se anuncia como 
pessoa física (consultório sem nome fantasia), não é necessário pagar anuidade referente ao 
consultório, mesmo tendo feito o CNPJ. Isso, pois o CRO leva em consideração como você anuncia 
seu consultório. 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE INSCRIÇÃO PARA O CIRURGIÃO DENTISTA 
 
 
Na lei 5.081 a condição para atuar como CD é o diploma. Em algumas universidades, após colar 
grau demora para receber o diploma. A inscrição provisória no CRO permite ter habilitação legal, 
mesmo sem o diploma em mãos. Para isso, no dia da colação de grau, é dada a declaração de 
conclusão de curso, podendo assim solicitar a inscrição provisória. A inscrição provisória tem 
validade de 2 anos contados a partir da colação de grau oficial, depois desse tempo ela é cancelada 
automaticamente. A inscrição provisória não dá direito de voto no CFO e pode ser transferida de 
estado. 
 
Obs.: Se a inscrição principal não for feita antes de expirar a provisória, o CD passa a trabalhar 
ilegalmente após o prazo de 2 anos. 
 
 
Aula 3 – 07/06 
 
 
Essa inscrição é feita com diploma em mãos. A inscrição principal pode (e deve) ser solicitada antes 
de acabar o prazo da inscrição provisória. 
A inscrição principal dá direito a voto no CFO e dá o direito de trabalhar eventualmente, por até 90 
dias, em outro estado sem precisar transferir. Exemplo: minha inscrição é de MG, mas meu colega 
precisa que eu trabalhe para ele por 30 dias em SP. Nesse caso, é só solicitar o visto temporário 
para esses dias. Não posso trabalhar nos dois estados ao mesmo tempo por mais que 90 dias. 
Nesse caso, é necessária uma inscrição secundária no outro estado. 
 
 
 
Também existe a inscrição: 
● Secundária: quando trabalho em 2 ou mais estados, sendo que necessito ter 1 principal (ou 
provisória) em um estado e outra secundária em outro. Voto somente no estado da inscrição 
principal e pago anuidade das duas regiões. 
A infração ética é respondida no estado que foi cometida. Em caso de suspensão 
profissional: suspensão de trabalhar em qualquer estado. 
 
● Temporária: para estrangeiro que veio ao Brasil com visto temporário – para estudar, por 
exemplo. Tem validade de tempo igual ao que visto no Brasil está previsto e não dá 
permissão para o CD estrangeiro atuar como dentista. Para isso, é necessário revalidar o 
diploma. 
 
● Remida: concedida automaticamente pelo CRO ao profissional que completou 70 anos de 
idade, está em atividade e não cometeu nenhuma infração. Assim, ele não paga mais 
anuidade. 
 
Transferência de inscrição 
Mudança da sede da principal atividade exercida pelo profissional, de modo permanente para 
jurisdição de outro Conselho Regional. 
Obs.: O profissional deve solicitar a transferência no novo estado de trabalho. Ao transfere, 
automaticamenteo novo local de trabalho solicita o cancelamento da inscrição anterior. É possível 
transferir tanto a principal quanto a provisória. 
Apostila de nome 
Alteração no registro civil do profissional em virtude de casamento, divórcio ou retificação do nome 
ou sobrenome. 
 
Suspensão temporária de inscrição 
Profissional ficar comprovadamente afastado de exercício de suas atividades. Ex: doença, cargo 
eletivo (prefeito) ou estudo no exterior. 
Obs.: Existem casos em que o CRO permite a suspensão temporária. Aí nesse período não é 
necessário pagar a anuidade. Isso é permitido se for ultrapassar 1 ano de afastamento. 
Cancelamento de inscrição 
Se mudar de profissão, aposentar e etc., é necessário cancelar a inscrição, caso contrário 
continuará pagando anuidade. É bom fazer o cancelamento para que não se pague anuidade 
desnecessariamente. 
Os motivos podem ser: 
● Encerramento da atividade profissional; 
● Transferência para outro Conselho; 
● Falecimento; 
● Cassação do direito ao exercício profissional; 
● Não quitação de débitos com o CRO (Cancelamento após 5 anos). 
 
1. Exercício ilegal 
2. Charlatanismo 
3. Curandeirismo 
O profissional precisa ter a humildade suficiente para admitir que não é o dono da verdade e que o 
bom senso e a inteligência são propriedades de um grande número de pessoas.” 
 
EXERCÍCIO ILEGAL 
a) Após ter concluído o curso, exercer a odontologia, sem ter recebido o diploma. (Sem ter 
colado grau. É um caso de polícia, responde ao código penal, pois o indivíduo não é 
diplomado – não responde ao comitê de ética). 
b) Após ter recebido o diploma, exercer a odontologia, sem proceder aos registros exigidos por 
lei – Registro no CRO. (não responde penalmente, pois já tem a habilitação profissional. 
Nesse caso, o indivíduo responderá administrativamente ao CRO, é um processo ético). 
c) Quando, diplomado por escola estrangeira, exerce a sua atividade profissional no Brasil, 
sem, entretanto, proceder à revalidação do diploma e aos registros que se fizeram 
necessários. 
d) Tendo sido apenado com suspensão do exercício profissional, continuar exercendo sua 
atividade odontológica, durante período da suspensão, cometendo um ilícito administrativo. 
e) Tendo se transferido para outro Estado, sem providenciar a transferência da sua inscrição 
para o CRO sob cuja jurisdição passou a atuar. 
f) Praticar intervenção fora da área de atuação de competência do cirurgião-dentista (ex: 
regulação hormonal, prescrição de medicações fora das indicadas em Odontologia) – 
Responde ao Comitê de Ética, podendo também responder ao Código Penal. 
g) Acadêmicos que realizam cursos teórico-práticos - aperfeiçoamento, especialização, 
mestrado, doutorado (somente indivíduos diplomados podem fazer cursos que atendem a 
população). Só é permitido a acadêmicos realizar cursos em que a parte prática é 
laboratorial. 
LBD (Lei nº. 9394, de 20/12/1996): 
“Art. 44 – A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: 
III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de 
especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de 
graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino” 
 
h) TPD atendendo ao público em geral e ASB ou TSB trabalhando sem a supervisão de 
C.D. 
Código de Ética 
 
Art. 41 – § 3º - Nos laboratórios de prótese dentária deverá ser afixado, em local visível ao público 
em geral, informação fornecida pelo Conselho Regional de Odontologia da jurisdição sobre a 
restrição do atendimento direto ao paciente. 
 
 
i) Acadêmico realizar atendimento em clínica particular; estágios em clínicas 
particulares (qualquer pessoa jurídica pode oferecer estágio, entretanto cabe à faculdade 
decidir onde o aluno poderá fazê-lo). 
 
 
Lei nº 11.788 de 25/09/2008 
 
Art. 9º - As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, 
autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em 
seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio. 
Art. 8º - É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio 
de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas 
atividades programadas para seus. 
Obs.: Os alunos da UNIFAL-MG não podem fazer estágio em clínicas particulares, somente 
onde é público, pois nesses casos não se tem cobrança do paciente e o aluno é supervisionado. 
É um caso de polícia. 
O que legaliza o estágio perante o CRO e perante a lei é o Termo de Compromisso assinado 
pelo aluno, pela Universidade e pelo prefeito. Caso o aluno não apresente o termo, o fiscal do 
CRO pode notificar o profissional do estabelecimento por acobertamento de exercício ilegal (é 
um caso de polícia). 
Código penal art. 282 
“Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem 
autorização legal (não possuir habilitação profissional) ou excedendo-lhe os limites (praticar 
procedimento fora da sua área de atuação). 
 Pena: detenção de 6 meses a 2 anos 
 Parágrafo único: se o crime é praticado com fim de lucro aplica-se também a multa.” 
 
Código de ética Odontológica 
Art. 13 – Constitui Infração ética: 
IV –Ser conivente em erros técnicos ou infrações éticas, ou com o exercício irregular ou ilegal 
da odontologia. (Trabalha com alguém não habilitado, etc.) 
IX – Delegar funções e competências a profissionais não habilitados e/ou utilizar-se de serviços 
prestados por profissionais e/ou empresas (ex.: planos de saúde) não habilitados legalmente 
ou não regularmente inscritos no Conselho Regional de sua jurisdição. 
 
Aula 4 – 14/06 
CHARLATANISMO 
Profissional habilitado ou não que agindo de maneira inescrupulosa, lança mão de meios 
desonestos para enganar pacientes. Situações que se enquadram no charlatanismo na 
odontologia: 
- Diagnóstico falso ou exagerado 
- Intervenções desnecessárias 
- Garantia de cura (na Odontologia não é muito comum) 
- Exploração mercantilista de publicidade (colocar valor dos procedimentos em propagandas) 
 
 
 
 
CURANDEIRISMO 
Exercício da atividade odontológica por quem não possui habilitação profissional (dentista 
prático). 
Quando um profissional se enquadra em uma ou várias situações consideradas infrações éticas 
segundo o Código de Ética, ele responderá um processo ético, que é um processo em âmbito 
administrativo. 
O dentista prático pode ser preso, envolvendo inquérito civil e policial. 
 
 
 
 
PROCESSO ÉTICO 
Resolução CFO 59/2004: Código de Processo Ético 
Processo de âmbito administrativo (ético), respondido junto com o CRO de sua jurisdição. 
Infrações mais cometidas: 
● Queixas de tratamento apresentadas por pacientes, pode ser processo ético ou na justiça 
dependendo da queixa/caso; 
● Propaganda irregular; 
● Exercício ilegal da profissão; 
● Crítica ao trabalho do colega. 
● Abandono de paciente; 
● Inscrição em outro CRO (exercício ilegal); 
 
 
 
 
 
 
Formas de instauração do processo: 
1. De ofício (notificação do profissional, que será levada ao CRO. Não é passível de 
conciliação, pois já é CD com o CRO) - O fiscal do CRO vai ao consultório ou clínica, observa 
uma situação irregular, notifica o profissional. Essa notificação é levada ao CRO, para a 
câmara ética e então o CRO analisa se a situação é uma infração ética, caso seja, é aberto 
um processo ético. Não é passível de conciliação, pois não apresenta partes, se trata do 
CRO contra o profissional. 
 
2. Mediante representação ou denúncia (Denúncia tem que ser feita por escrito e assinada. 
Nos casos de anonimato, o fiscal vai até o local e depois se torna uma de ofício). A denúncia é 
feita entre profissionais ou por um paciente denunciandoo profissional. 
 
 
 
Acórdão = resultado do processo. 
Amarelo ou esquerda = ofício // Azul ou direita = denúncia/representação 
O CRO tem até 12 meses para julgar o profissional, caso exceda esse prazo ele pode solicitar 
uma prorrogação ao CFO. As infrações éticas prescrevem em 5 anos. 
O CRO segue a seguinte sequência para aplicar as penalidades (com exceção de manifesta 
gravidade): 
 
Aplicação das penas: 
a. Advertência confidencial, em aviso reservado. 
b. Censura confidencial, em aviso reservado. 
c. Censura pública, em publicação oficial (normalmente no jornal do CRO). 
d. Suspensão do exercício profissional, até 30 dias. 
e. Cassação do exercício profissional. 
 
Código de Ética Odontológica 
Art. 52 – Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam aplicação imediata de 
penalidade mais grave, a imposição das penas obedecerá à gradação do artigo anterior. 
Para o CRO aplicar a pena ao profissional ele deve seguir a sequência de ‘aplicação de penas’ 
citada acima. Quando a infração ética for de manifesta gravidade (muito grave), o CRO não 
precisa seguir a sequência acima, ele pode aplicar diretamente a cassação, por exemplo. 
 
Art. 53. – Considera-se de manifesta gravidade: 
I - Imputar a alguém conduta antiética de que o saiba inocente, dando causa à instauração 
de processo ético; 
II - Acobertar ou ensejar o exercício ilegal ou irregular da profissão; 
III - Exercer, após ter sido alertado, atividade odontológica em pessoa jurídica, ilegal, 
inidônea ou irregular; 
IV - Ocupar cargo cujo profissional dele tenha sido afastado por motivo de movimento 
classista; 
V - Ultrapassar o estrito limite da competência legal de sua profissão; 
VI - Manter atividade profissional durante a vigência de penalidade suspensiva; 
VII - Veiculação de propaganda ilegal (anúncio em site de compra coletiva, anunciar preço, 
forma de pagamento, etc); 
VIII - Praticar infração ao Código de Ética no exercício da função de dirigente de entidade de 
classe odontológica; 
IX - Exercer ato privativo de profissional da Odontologia, sem estar para isso legalmente 
habilitado; 
X - Praticar ou ensejar atividade que não resguarde o decoro profissional; 
XI - Ofertar serviços odontológicos de forma abusiva, enganosa, imoral ou ilegal; 
XII - Ofertar serviços odontológicos em sites de compras coletivas ou similares. 
 
APLICAÇÃO DAS PENAS 
Art. 54 – C.E.O./2012 – “a alegação de ignorância ou má compreensão dos preceitos deste 
Código não exime de penalidade o infrator” 
Art. 57 – C.E.O./2012 – “além das penas previstas poderá ser aplicada pena pecuniária a ser 
fixada pelo CRO arbitrada entre 1 a 25 vezes o valor da anuidade.” 
Aplicação das penas: 
a. Advertência confidencial, em aviso reservado 
b. Censura confidencial, em aviso reservado 
c. Censura pública, em publicação oficial 
d. Suspensão do exercício profissional, até 30 dias 
e. Cassação do exercício profissional 
 
TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA -TAC 
 
Aplicado ao profissional que comete uma infração ética. (EX: Propaganda irregular). Ao invés 
de instaurar o processo ético e penalizar o profissional, o fiscal do conselho apenas notifica, 
dando a chance de o profissional adequar a situação (ajuste da placa ou remoção do site de 
compra coletiva, por exemplo) em determinado prazo. O TAC é prerrogativa de cada CRO, 
então depende de cada estado a aplicação ou não do TAC. 
Aplicado mais em MG, nas infrações relacionadas a anúncio e propaganda. 
 Assim é dado um prazo para a readequação da área que foi notificada (propaganda, por 
exemplo). Passado o prazo que o conselho ofereceu e o profissional não cumpriu, o Conselho 
abre o processo ético. 
 
OBS: Só pode assinar 1 processo ético a cada 5 anos. Caso o profissional sofra outra infração 
dentro desse período, não terá outra chance de aplicação do termo de ajuste e já responderá 
ao processo ético. É melhor assinar o termo de ajuste que responder o processo ético. 
 
REABILITAÇÃO: É quando o profissional cometeu a infração ética, recebeu a penalidade, 
cumpriu e solicitou a reabilitação ao CRO, pedindo a devolução dos direitos que tinha 
anteriormente (solicita a retirada da infração da ficha do profissional. “Ficha limpa”). Ele pode 
solicitar a reabilitação após o cumprimento dos prazos da aplicação das penas. Não é arquivar 
o processo ético ou deixar de cumprir a penalidade. 
IMPORTANTE!!! PRAZOS PARA SOLICITAR A REABILITAÇÃO: 
 
a. Advertência confidencial, em aviso reservado (pode solicitar a reabilitação passado 1 ano 
que recebeu a advertência); 
b. Censura confidencial, em aviso reservado (pode solicitar a reabilitação passados 2 anos); 
c. Censura pública, em publicação oficial (solicitar passados 3 anos); 
 
d. Suspensão do exercício profissional, até 30 dias (pode solicitar a reabilitação passados 3 
anos); 
e. Cassação do exercício profissional (pode solicitar a reabilitação depois de 5 anos). 
 
 
Aula 5 – 21/06 
 
PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
“ A previdência social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos 
de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice.” 
 
O interessante é fazer a inscrição na previdência social para assumir um compromisso financeiro 
a longo prazo e que será bom nos casos de invalidez por doença/ acidente; Período de afastamento 
por maternidade (licença gestante); Prisão (o preso que contribuiu e tem direito a receber – a família 
recebe auxílio reclusão); No caso de morte, o companheiro (a) recebe por um período de tempo 
(não é vitalício); E por fim, nos casos de aposentadoria. 
 
A maioria da população recebe apenas 1 salário mínimo de previdência. 
 
 
IDADE MÍNIMA PARA APOSENTADORIA 
 
MULHER: 62 anos – mínimo 15 anos de contribuição. 
HOMEM: 65 anos – mínimo 20 anos de contribuição. 
 
Se for trabalhar em serviço público, pode ser diferente. No consultório, serão essas idades. 
 
CÁLCULO DO BENEFÍCIO 
 
Ao atingir a idade e o tempo de contribuição mínimos, os trabalhadores do RGPS poderão se 
aposentar com 60% da média de todas as contribuições previdenciárias efetuadas desde julho de 
1994 (não recebe integral). 
 
Cada ano a mais de contribuição, além do mínimo exigido, serão acrescidos dois pontos percentuais 
aos 60%. Assim, para ter direito à aposentadoria no valor de 100% da média de contribuições (teto), 
as mulheres deverão contribuir por 35 anos, e os homens por 40 anos. (Resumindo: ou você nasce 
contribuindo ou senão, adeus aposentadoria). 
 
 
 
 
Essa tabela de alíquota é reajustada anualmente. O teto do INSS quer dizer que se contribui em 
cima do teto (14% do salário é descontado mensalmente), o máximo que recebe é 6.101,06. 
 
 
SERVIDOR PÚBLICO 
Descontado em folha de pagamento. 
 
TRABALHADOR COM CARTEIRA ASSINADA 
Automaticamente filiado à previdência pelo empregador. 
 
 
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (PRIVADA) 
 
É um benefício opcional que proporciona ao trabalhador um seguro previdenciário adicional, 
conforme sua necessidade e vontade. É uma aposentadoria contratada para garantir uma renda 
extra ao trabalhador ou a seu beneficiário. (Complementa a renda com o investimento que fez ao 
longo da vida). Funciona basicamente como uma poupança “forçada”. 
 
Há dois tipos de previdência privada: 
 
 VGBL: 
Desvantagem: Não deduz do imposto de renda - não pode deduzir parte do valor de contribuição no 
imposto que tem a pagar. 
 
Vantagem: Quando for retirar o dinheiro, paga o imposto somente em cima do rendimento e não do 
total. (Ex: 300.000 - paguei 250.000 e rendeu 50.000, paga imposto em cima dos 50 mil, apenas). 
 
 PGBL: 
Vantagem: Tem a possibilidade de deduzir, até 12%, do valor que contribuí do imposto de renda. 
(O que contribuiu no ano anterior, exemplo 10 mil, pode deduzir 12% desse valor no imposto de 
renda a pagar) 
 
Desvantagem: Na hora de resgatar o dinheiro, o imposto incide sobre o valor total (Ex: 300 mil) e 
não apenas do rendimento). 
 
Quanto mais tempo de contribuiçãopara a previdência, menos imposto incide sobre o valor a ser 
resgatado (Tabela regressiva). 
 
Ao final do tempo de contrato, pode escolher receber mensalmente ou resgatar tudo de uma vez. 
 
 
INSALUBRIDADE: se eu trabalhar como autônomo, não recebo nada em relação a insalubridade. 
No caso de trabalhar para prefeitura, recebe uma porcentagem do salário (geralmente 11%). Não 
consigo diminuir o tempo de aposentadoria (O tempo de insalubridade não desconta do tempo de 
contribuição). 
 
 
OUTRAS OBRIGAÇÕES 
 
Alvará de funcionamento 
 
Independente do alvará da vigilância sanitária. Para abrir consultório ou clínica, é necessário 
solicitar o alvará de funcionamento junto a prefeitura da própria cidade. 
 
Gerenciamento de resíduos (RDC 306/2004) 
 
A Vigilância solicitará qual o meu plano de gerenciamento, que diz respeito aos lixos químicos, 
biológicos, etc. A vigilância sanitária prevê que o estabelecimento de saúde que gera lixo 
contaminado é responsável pelo armazenamento, coleta e destino final dele. 
 
Geralmente a prefeitura contrata uma empresa terceirizada que passará no consultório/ clínica nos 
dias certos para recolher o lixo contaminado. 
 
Quando eu solicito o alvará na vigilância, ela solicita esse plano de gerenciamento. 
 
ISSQN 
 
Imposto sobre serviços de qualquer natureza. Imposto devido a prefeitura (geralmente 2%). 
 
Vigilância Sanitária 
 
É a mais importante. Devemos solicitar o alvará da vigilância sanitária para o funcionamento do 
consultório ou clínica. Qualquer estabelecimento de saúde, independente da profissão precisa 
deste alvará para o seu funcionamento. 
 
Obs: Quando for solicitar o alvará da vigilância sanitária, a mesma irá pedir o plano de 
gerenciamento de resíduos. 
 
 
Alvará Sanitário – Resolução SES/MG 1559 de 13/08/2008 
Traz todas as normas para o funcionamento dos estabelecimentos de saúde de MG. 
 
ANVISA = Vigilância sanitária nacional 
 
Cada estado tem sua vigilância sanitária e cada município também, podendo ter pequenas 
diferenças de um município para o outro ou de um estado para o outro. Quando o profissional for 
montar sua clínica ou consultório, o melhor a se fazer é ir primeiro à vigilância sanitária para adquirir 
todas as normas e verificar se o estabelecimento que o CD for montar seu consultório é adaptável 
perante as normas da vigilância. 
 
“Os estabelecimentos de assistência odontológica somente podem funcionar após autorização da 
Vigilância Sanitária, através da expedição do Alvará Sanitário.” 
OBS: em algumas cidades (como Alfenas) também é solicitado o alvará do corpo de bombeiros. 
Em MG separa-se os tipos de consultórios (tipo 1, 2, 3, 4, 5 e 6). Sendo eles, exemplificado por: 
TIPO 1 – consultório sem raio x; Tipo 2 – consultório com uma cadeira e um raio x; TIPO 3 – 2 
cadeiras com raio x, entre outros. 
 
As normas também se referem a condições de piso, ventilação, paredes laváveis, esterilização 
dentro do consultório, dois banheiros, sistema hidráulico para a cadeira, entre outros 
. 
O interessante e recomendado é abrir o consultório após o recebimento do alvará. Para isso você 
precisa entregar o projeto arquitetônico, gerenciamento de resíduos e o alvará sanitário. Esse 
alvará em MG deve ser renovado anualmente, mas tem estado/município que é de dois em dois 
anos, por isso é necessário confirmar em cada município o tempo para renovação. 
 
A vigilância sanitária observará na visita ao consultório: 
• Materiais 
O C.D. é responsável pelos materiais odontológicos em relação à (e a vigilância fiscaliza tudo em 
visitas de rotina ou em visita para renovação de alvará): 
- Avaliam prazo de validade (crime contra saúde pública); 
- Origem do produto (fraude fiscal; o fiscal pode pedir notas fiscais dos materiais); 
- Se a estocagem e conservação dos materiais dentro do estabelecimento são feitos de forma 
adequada. 
 
• Aparelhos de Raios X 
Para o seu funcionamento preciso de um alvará separado, próprio para o uso do aparelho de raio 
x. 
 
Portaria 453, de 01 de junho de 1998: 
 
- Necessitam de laudo radiométrico (contrato o técnico para fazer o laudo e após o laudo pronto 
que solicito o alvará sanitário para o raio x); 
- Programa de Garantia de qualidade (calibração, manutenção preventiva – bianuais); 
- Possuem licença de funcionamento independente do estabelecimento. 
 
Receita Federal 
Preciso fazer, no ano seguinte de trabalho, a minha declaração de imposto de renda. (trabalhei 
2020, faço em 2021) 
 
Ela é do primeiro dia útil de fevereiro até o último dia útil de abril. Esse ano (pandemia) eles 
estenderam até junho. 
 
Quando for declarar o imposto de renda, devo colocar na minha declaração que paguei x valor para 
tal profissional e junto o CPF do profissional, assim, a receita vai cruzar o CPF e vai verificar se o 
profissional declarou o valor x recebido. Se o profissional não declarou haverá uma inconsistência 
que pode ser minha ou do profissional que deixou de declarar o dinheiro recebido. Assim, a receita 
vai processar depois do prazo de declaração, de duas formas: me notificar devido a inconsistência 
(“caiu na malha fina”) e pedir para que eu corrija (apresento o recibo) estando tudo certo, a receita 
vai atrás do profissional que não declarou. 
 
Aula 6 – 28/06 
 
Declaração de imposto de renda - Instrução Normativa nº 1.531/2014 
No consultório odontológico, sou obrigado a fazer isso com todos os recibos emitidos: 
 Informar o CPF do responsável pelo pagamento; 
 Informar o CPF do beneficiário do serviço, para que a receita cruze 
informações. 
Isso se consegue através da emissão de recibos aos pacientes. Porém eu só faço emissão de 
recibo para os pacientes que solicitam. É infração ética não emitir recibo quando solicitado, é um 
direito do paciente. Não posso cobrar também para emitir o recibo (com recibo é um valor, sem 
recibo é outro valor). 
 
As pessoas costumam pedir recibo uma vez que 100% dos gastos com saúde são abatidos de 
imposto. 
 
Pode ser impresso ou feito à mão. O impresso não é muito recomendado pois precisa de o CD 
anotar depois o paciente, CPF e valor. Geralmente os CDs compram já o recibo que já tem o 
canhoto para ficar anotado. 
 
É crime emitir o recibo às pessoas que não foram atendidas no consultório, ou seja, vender o recibo. 
 
Exemplo de recibo: 
 
 
 
TIPOS DE DECLARAÇÃO 
- Modelo simplificado: o contribuinte abre mão de deduções previstas na lei. 
- Modelo completo: o contribuinte que opta pelo modelo completo pode lançar todas as deduções 
previstas na lei. 
DEDUÇÕES 
- Comprovantes de despesas do livro-caixa (para prestadores de serviços autônomo, porcentagem 
desses valores gastos com o consultório pode ser deduzido desse valor); 
- Comprovantes de pagamentos à previdência privada e oficial; 
- Comprovantes de pagamento de instituições de ensino regular (filho dependente, tendo assim 
gastos com estudo); 
- Recibos e notas fiscais de serviços médicos, dentistas, fisioterapeutas, entre outros na área da 
saúde. 
Essas deduções são descontadas do valor total de imposto que você precisa pagar. O contator que 
vai fazer a simulação pra falar qual é mais viável para cada um naquele ano, entre o modelo 
completo ou o simplificado. 
OBS: é conduta ilegal vender recibo, e a Receita pode pedir comprovação daquele atendimento. 
Posso pagar multa e ir preso. 
 
 
 
A ESPECIALIDADE 
Área específica do conhecimento, exercida por profissional qualificado a executar procedimentos 
de maior complexidade, na busca de eficácia e da eficiência de suas ações. 
Imperícia: fazer um procedimento que não está capacitado tecnicamente para fazer. quando 
executar o procedimento que é de especialista sem ter a especialização, se ocorrer um erro, o fato 
de não ser especialista pesa. 
 
Cursos de Pós-graduação 
1 – Lato sensu (especialização, regulamentado pelo CFO) 
2 – Stricto sensu (mestrado e doutorado, regulamentado pela CAPES) – existe omestrado 
acadêmico e o mestrado profissional, para as universidades particulares começarem a cobrar e 
oferecer o mestrado e o governo deixar de investir na pós-graduação. Em relação ao título, não 
há diferenças. A diferença é na formação, pois no profissional é como se fosse uma 
especialização avançada, além de ser pago e não ter bolsa, sendo geralmente uma semana por 
mês (mestrado acadêmico é dedicação exclusiva e tem bolsa, dependendo da sua classificação). 
Para carreira acadêmica, o mestrado acadêmico é o mais indicado. Para aulas em cursos de 
especialização, o profissional é indicado (mesmo sendo vantajoso fazer o acadêmico). 
 
 
 
 
As últimas especialidades foram: 
Resolução CFO 160/2015: Acupuntura (20), Homeopatia (21) e Odontologia do Esporte (22). 
 
Resolução CFO – 198/2019: Reconhece a Harmonização Orofacial como especialidade 
odontológica, e dá outras providências. 
 
REQUISITOS PARA REGISTRO DE ESPECIALISTA 
a) Possuir certificado conferido por curso de especialização ou programa de residência em 
Odontologia que atenda às exigências do CFO; 
 
b) Possuir diploma expedido por curso de especialização, realizado pelos Serviços de Saúde 
das Forças Armadas, desde que atenda às exigências do CFO, quanto aos cursos de 
especialização. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA – Cap. IX 
Art. 23. O especialista, atendendo a paciente encaminhado por cirurgião dentista, atuará somente 
na área de sua especialidade. 
 
Se um profissional me encaminhou determinado paciente, pois sou especialista no que ele 
necessita tratar, eu devo fazer só o tratamento pelo qual ele foi encaminhado. Exemplo: me 
encaminhou, pois, sou endodontista, então devo fazer só a endo. Ai se o paciente quiser continuar 
tratando comigo, devo orientar o paciente a retornar no outro CD e avisar que não vai voltar mais. 
Não é orientado recomendar ao paciente o CD específico em que ele deve ir, o ideal é falar para 
procurar o especialista que é da confiança do paciente. Responsabilidade solidária: se eu indico 
um CD, e aquele CD comete um erro, eu também posso ser responsabilizado. 
 
Art. 24. É vedado intitular-se especialista sem inscrição da especialidade no Conselho Regional, 
se for especialista e não tiver o registro é considerado uma infração ética. 
 
SEDAÇÃO CONSCIENTE 
Resolução CFO – 51/04 
§ 2º. Exigir-se-á, para o curso, uma carga horária mínima de 96 horas/aluno. 
 
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES AOS PROCEDIMENTOS 
ODONTOLÓGICOS 
 
Resolução CFO 82/2008: 
- Acupuntura (350h) 
- Fitoterapia (160h) 
- Terapia Floral (180h) 
- Hipnose (180h) 
- Homeopatia (350h) 
- Laserterapia (60h) 
- Odontologia Antroposófica (420 horas/aula) 
 
RESOLUÇÃO CFO – 162/2015: Reconhece o exercício da Odontologia Hospitalar pelo cirurgião 
dentista. 
 
RESOLUÇÃO CFO – 166/2015: Reconhece e regulamenta o uso pelo cirurgião-dentista da prática 
da Ozonioterapia. 
 
Aula 7 – 05/07 
 
CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICO 
Resolução CFO – nº 118/maio de 2012 
- Quando o profissional não cumpre o que determina o Código de Ética, ele vai responder um 
processo ético; 
- Alegar desconhecimento do Código de Ética não exime o profissional da responsabilidade, da 
penalidade; 
- O principal objetivo do Código de Ética não é punir o profissional, mas sim orienta-lo de para o 
exercício da profissão; 
- Não concordar com o código de ética é diferente de não segui-lo; 
- O Código de Ética é alterado de tempos em tempos devido às mudanças culturais que ocorrem 
na sociedade, como por exemplo, a evolução da tecnologia e o uso das redes sociais. O último 
código de ética é de 2012; 
 - A maioria dos atuais processos éticos estão relacionados com profissionais recém-formados e 
com erros no anúncio e propaganda. 
 
 
CAPÍTULO 1 – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º. O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do C.D., profissionais 
técnicos e auxiliares e pessoas jurídicas*** que exerçam atividades na área da odontologia... 
com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia... 
*** essas pessoas jurídicas são: responsáveis técnicos de clínicas odontológicas, operadora de 
plano de saúde odontológico. 
 
*O Art. 1º. traz a QUEM se aplica o Código de Ética; 
*Quem responde eticamente pela clínica (pessoa jurídica) é o responsável técnico perante o CRO; 
 
Art. 2º. A odontologia é uma profissão que se exerce, em benefício da saúde do ser humano 
e da coletividade, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto. 
 
Seguir as normas de biossegurança significa cumprir com esse art. do código de ética. 
 
*Em caso de suspeita de violência infantil, por exemplo, o CD tem dever de informar o conselho 
tutelar, exercendo a profissão em benefício da saúde do ser humano e da coletividade. 
 
*Quanto ao preconceito – é necessário fazer o atendimento do paciente desconsiderando tudo que 
está por trás do comportamento do mesmo, ignorando questões pessoais (por exemplo, 
atendimento à presidiários); 
 
DIREITOS E DEVERES DO CIRURGIÃO DENTISTA 
 
CAPÍTULO II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
*Capítulo destinado somente aos CD; 
I - Diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de suas 
atribuições, observados o estado atual da ciência; 
 
*Com liberdade de convicção quer dizer que o CD tem autonomia para planejar e executar o 
tratamento, e isso está atrelado à responsabilidade e limitado à área de atuação. 
 
Ex.: A operadora de plano de saúde exigir tomada radiográfica final para comprovar tratamento  
está interferindo/feriando a autonomia do CD, pois nem todos os tratamentos necessitam de 
radiografia final. 
 
II - Guardar o sigilo a respeito das informações adquiridas no desempenho de suas funções; 
*O CD tem o direito, resguardado pelo Código de Ética, de não entregar documentações ou 
informações para terceiros sem uma procuração assinada e protocolada em cartório pelo seu 
paciente; 
Quando deve-se passar: em caso de paciente menor ou incapaz. 
III - Contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, por escrito, de acordo com os 
preceitos deste Código; 
IV - Recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de trabalho 
não sejam dignas, seguras e salubres; 
V - Direito de renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação 
de fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o 
pleno desempenho profissional. Nestes casos tem o profissional o dever de comunicar 
previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao cirurgião-dentista 
que lhe suceder todas as informações necessárias para a continuidade do tratamento; 
 
Ex.: Situação de assédio. 
 
Deve-se comunicar o paciente por escrito e colocar no prontuário o motivo para interrupção do 
tratamento. 
 
Para isso, deve-se preencher um termo de interrupção de tratamento. 
 
 
 
VI - Recusar qualquer disposição estatutária ou regimental de instituição pública ou privada que 
limite a escolha dos meios a serem postos em prática para o estabelecimento do diagnóstico e para 
a execução do tratamento, bem como recusar-se a executar atividades que não sejam de sua 
competência legal; 
*O CD tem direito de determinar o planejamento e execução do plano de tratamento, podendo 
recusar qualquer norma que limite os meios de escolha para execução do tratamento. Por exemplo, 
os planos de saúde exigem, os raio-x do paciente para comprovar que o tratamento foi executado, 
isso é infração ética, pois após uma restauração por exemplo, o raio-x não é necessário. 
VII - Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e capacidade 
profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente ou periciado, evitando que o acúmulo de encargos, 
consultas, perícias ou outras avaliações venham prejudicar o exercício pleno da Odontologia;CAPÍTULO III DOS DEVERES FUNDAMENTAIS 
Art. 9º. Constituem deveres fundamentais dos inscritos e sua violação caracteriza infração ética: 
 
I - Manter regularizadas suas obrigações financeiras junto ao Conselho Regional; 
*Obrigações financeiras se resume em anuidades, sendo esta da pessoa física ou da pessoa 
jurídica; 
II - Manter seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional; 
Pois qualquer notificação é enviada para o endereço desse cadastro. 
III - Zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito 
da profissão; 
*Enquadramento: pegar a infração ética que o profissional cometeu, ver onde no Código de 
Ética se “enquadra” aquele tipo de infração; geralmente o erro que o profissional cometeu se 
relaciona com diversos tópicos do Código de Ética, levando a conclusão de que o profissional 
cometeu várias infrações. 
Ex: Anúncio de uma clínica falando sobre formas de pagamento - se enquadra no tópico de 
Anúncio/Propagando e no tópico sobre Honorários. Anúncio e propaganda irregular: não zelam pelo 
prestígio e bom conceito da profissão. 
 
IV - Assegurar as condições adequadas para o desempenho ético-profissional da Odontologia, 
quando investido em função de direção ou responsável técnico; 
 
V - Exercer a profissão mantendo comportamento digno; 
Ex. de descumprimento: Anúncio irregular. 
VI - Manter atualizados os conhecimentos profissionais, técnico-científicos e culturais, necessários 
ao pleno desempenho do exercício profissional; 
*Temos dois tipos de responsabilidade: a subjetiva e a objetiva. 
 
- Na responsabilidade subjetiva diz que você vai executar o procedimento seguindo a técnica 
científica, que você é capacitado para isso, utilizando material adequado... Se acontecer algo e der 
errado (um possível erro naquele procedimento), quando é julgado pela responsabilidade subjetiva, 
precisa ser provado a culpa do profissional. 
Então o profissional fez tudo como manda o figurino, mas deu errado... Aí levanta-se o 
questionamento: foi culpa do profissional ou foi uma reação do organismo? 
Por exemplo: o implante. Você, especialista, fez um implante de qualidade, importado, utilizou a 
técnica adequada, fez todo o protocolo para executar aquele procedimento e o organismo do 
indivíduo rejeitou, por qualquer motivo, aquele implante. 
Quando é julgado como responsabilidade subjetiva vai ser provado que o CD não agiu de forma 
culposa, que isso ocorreu por uma reação do organismo – ou seja, precisa ser provada a culpa do 
profissional; 
 
- Já na responsabilidade objetiva, não precisa ser provada a culpa do profissional. Só precisa ser 
provado o dano no paciente. Se teve um dano, o profissional tem que indenizar. 
> O juiz que vai determinar de que maneira ele vai julgar – se é responsabilidade subjetiva ou 
objetiva; 
 
 Na responsabilidade objetiva tem uma situação que é chamada de: obrigação de resultado, que 
é quando o profissional afirma que o tratamento ficará de tal maneira. Nesse momento, você 
garante um resultado. Dentro da obrigação de resultado, existe a possibilidade física – é quando, 
em consequência do avanço da ciência e da tecnologia, existe uma técnica que é considerada 
mais atualizada, com melhores resultados. Nesse caso, se o profissional tivesse utilizado essa 
técnica que era mais atualizada, não teria acontecido o dano ao paciente. 
Então o CD tinha uma possibilidade daquela situação dar certo baseado numa técnica mais 
atualizada e ele deixou de fazer isso, utilizando uma técnica ultrapassada. Assim fica determinado 
que o CD tem que indenizar o paciente. 
Por isso é importante manter o conhecimento técnico-científico atualizado. 
 
VII - Zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; 
Normas de biossegurança, notificação de maus tratos/ violência, atender o paciente sem 
preconceito, etc. 
 
CAPÍTULO V – SEÇÃO I 
Do relacionamento com o paciente: 
Art. 11 – Constitui infração ética: 
I – Discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto; 
II – Aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/ paciente para obter vantagem 
física, emocional, financeira ou política; 
III – Exagerar em diagnóstico, prognóstico ou terapêutica; 
Geralmente acontece para ter benefício financeiro. 
IV – Deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas do 
tratamento; 
V – Executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado (imperícia). 
 
Obs.: Negligência: quando o profissional é omisso, quando ele precisa agir, mas deixa de agir (ex.: 
deixar um ASB realizar um procedimento que cabe ao CD); 
 Imprudência: Quando transgride uma norma técnica (ex.: não faz radiografia inicial para trat. 
endo., extração); 
Imperícia: Realiza um procedimento para qual não está capacitado tecnicamente. 
 
(...) 
 
X - Iniciar qualquer procedimento ou tratamento odontológico sem o consentimento prévio do 
paciente ou do seu responsável legal, exceto em casos de urgência ou emergência; 
Em pacientes até 17 anos de idade. 
XI – Delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições exclusivas da profissão 
de cirurgião-dentistas; 
XIV – Propor ou executar tratamento fora do âmbito da odontologia. 
 
 
 
 
Aula 8 – 12/07 
 
*É dever resguardar o sigilo profissional, ou seja, proteger o sigilo, as informações do alcance de 
terceiros. 
 
CÓDIGO PENAL – VIOLAÇÃO DO SEGREDO PROFISSIONAL 
 
Art. 154 – revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, 
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: 
 Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
CAPÍTULO VI DO SIGILO PROFISSIONAL 
Art. 14º. Constitui infração ética: 
I – Revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício 
de sua profissão (só coloco o CID no atestado do paciente se ele pedir, pois torno público aquela 
doença do paciente e pode ser caracterizado como infração ética); 
II – Negligenciar na orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional; 
III – Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer 
outro elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, 
salvo se o cirurgião-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos 
quais, a autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da imagem ou 
prontuários com finalidade didático-acadêmicas. 
 
RESOLUÇÃO CFO – 196/2019: Autoriza a divulgação de autorretratos (Selfie) e de imagens 
relativas ao diagnóstico e ao resultado final de tratamentos odontológicos, e dá outras providências. 
 
Art. 1º. Fica autorizada a divulgação de autorretratos (selfies) de cirurgiõesdentistas, 
acompanhados de pacientes ou não, desde que com autorização prévia do paciente ou de seu 
representante legal, através de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. 
§ 1º. Ficam proibidas imagens que permitam a identificação de equipamentos, instrumentais, 
materiais e tecidos biológicos. 
 
Art. 2º. Fica autorizada a divulgação de imagens relativas ao diagnóstico e à conclusão dos 
tratamentos odontológicos quando realizada por cirurgião-dentista responsável pela execução do 
procedimento, desde que com autorização prévia do paciente ou de seu representante legal, 
através de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. 
 
 
*É necessário termos diferentes, um para autorizar o tratamento e outro para divulgar a imagem, 
isso para que o paciente não entenda que só poderá executar o tratamento mediante divulgação 
da imagem. 
Art. 3º. Fica expressamente proibida a divulgação de vídeos e/ou imagens com conteúdo relativo 
ao transcurso e/ou à realização dos procedimentos, exceto em publicações científicas. 
 
Art. 4º. Em todas as publicações deimagens e/ou vídeos deverão constar o nome do profissional 
e o seu número de inscrição, sendo vedada a divulgação de casos clínicos de autoria de terceiros. 
 
QUEBRA DE SIGILO 
Compreende-se como justa causa, principalmente: 
I – Notificação compulsória de doença; importante para que o ministério da saúde tenha 
acesso a essa informação e tome medidas cabíveis 
II – Colaboração com a justiça nos casos previstos em lei; 
III – Perícia odontológica nos seus exatos limites; 
IV – Estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos; 
V – Revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz. 
 
CAPITULO III DOS DEVERES FUNDAMENTAIS 
 
X – Elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas em vigor (se eu não tenho 
a documentação, eu já caracterizo uma infração ética. A primeira defesa do profissional é a 
documentação); 
XI – Apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe, quando as 
julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo dirigir-se, 
nesses casos, aos órgãos competentes (como vigilância sanitária, CRO); 
XII – Propugnar pela harmonia na classe; 
XIII – Abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da Odontologia ou sua má 
conceituação (anunciar preços em site de compra coletiva, oferecer serviço gratuito, fazer 
pacientes obter cartões que garantam descontos no consultório, fazer sorteios de clareamento 
dental, por exemplo); 
XIV – Assumir responsabilidade pelos atos praticados (perante o código de ética, código civil, 
código de defesa do consumidor, código penal); 
XV – Resguardar sempre a privacidade do paciente (nesse caso é diferente de resguardar o sigilo. 
Nesse caso, é em casos de tirar fotos ou filmar o paciente para divulgar algo, por exemplo, sem 
o seu consentimento. Ou casos em que você chama todo mundo pra ver o caso do paciente em 
questão (sem ser algum colega de profissão para ajudar, como amigos, irmãos, tio, avô, etc). 
Coloco câmera de segurança na sala de espera, corredores, mas nunca dentro da sala clínica, 
para resguardar a privacidade do paciente); 
XVI – Não manter vínculo com entidade, empresas ou outros desígnios que os caracterizem 
como empregado, credenciado ou cooperado quando as mesmas se encontrarem em situação 
ilegal, irregular ou inidônea (clínica que não inscrita no CRO, por exemplo); 
XVII – Comunicar aos Conselhos Regionais sobre atividades que caracterizem o exercício ilegal 
da Odontologia e que sejam de seu conhecimento (não é dedurar o colega, é trabalhar em 
benefício do paciente que está se sujeitando aquela situação); 
XVIII – Encaminhar o material ao laboratório de prótese dentária devidamente acompanhado de 
ficha específica assinada; 
 
Aula 9 – 19/07 
ANÚNCIO E PROPAGANDA 
 
Código de Ética Odontológica/2013 – Capítulo XVI 
 
A maioria dos processos éticos é devido a publicidade irregular, principalmente de dentistas recém-
formados. Existem normas que regulamentam essa prática, com obrigações e infrações. 
 
Propaganda em carro/moto de som é proibido, plaqueteiro também (aqueles em V invertido, estilo 
de sacolão). Stands promocionais também são proibidos. 
 
Posso fazer propaganda num site, num outdoor, televisão, placa de consultório, numa revista 
científica ou que tenha acesso a público geral, panfleto e folder, desde que eu siga o que determina 
o código de ética. 
 
Art. 42. Comunicação e divulgação é obrigado constar: 
PESSOA FÍSICA 
- nome do profissional; 
- nome representativo da profissão (dentista, odontologia, consultório odontológico, cirurgião 
dentista); 
- número do CRO. 
OBS: Deixou de colocar alguma informação, já é infração ética. 
OBS: Em um consultório com mais pessoas, não é obrigado colocar o nome de todo mundo. Porém 
se anuncia, tem que seguir o código de ética. O “Dr./Dra.” é facultativo. 
PESSOA JURÍDICA 
- Nome da pessoa jurídica (nome fantasia registrado); 
- Número de inscrição da pessoa jurídica no CRO; 
- Nome e número de inscrição do responsável técnico. 
OBS: CLM é o registro da clínica/pessoa jurídica. 
OBS: Deixou de colocar alguma informação, já é infração ética. 
O fiscal pelo CRO vai fotografar a placa, notificar e mandar ao CRO. O CRO vai analisar se é 
infração ética e notificar o profissional por infração ética. 
Existe o termo de ajuste e conduta (em SP e MG sabe-se que tem): O CRO vai dar um prazo para 
que você normalize a sua situação. 
 
Art. 43. § 1º: Poderão ainda constar (é facultativo): 
I – áreas de atuação, procedimentos e técnicas de tratamento, desde que, precedidos do título da 
especialidade registrada no CRO ou qualificação profissional de clínico geral; 
 Áreas de atuação são procedimentos pertinentes às especialidades reconhecidas pelo CFO. 
II – as especialidades nas quais o CD esteja inscrito no CRO; 
III – os títulos de formação acadêmica stricto sensu e do magistério relativos à profissão; 
IV – endereço, telefone, fax, endereço eletrônico, horário de trabalho, convênios, credenciamentos 
e atendimento domiciliar e hospitalar; 
V – logomarca e/ou logotipo; 
VI – a expressão “CLÍNICO GERAL”. 
 
Art. 43. § 2º. No caso de pessoa jurídica quando forem referidas especialidades, deverão possuir 
o seu serviço profissional inscrito no CRO, nas especialidades anunciadas. 
 
Art. 44. Constitui infração ética: 
I – fazer publicidade e propaganda enganosa, abusiva, inclusive com expressões ou imagens 
de antes e depois, com preços, serviços gratuitos, modalidades de pagamento (à vista, cartão, 
etc...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: jamais colocar “serviço garantido”. Também é errado colocar a logomarca do cartão de 
crédito/débito. “Promoções para o mês tal” é errado também. Orçamento grátis é infração ética. 
II – anunciar ou divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua, sem registro no 
Conselho Federal, ou que não sejam por ele reconhecidas (eu preciso ter o registro da 
especialidade); 
III – anunciar ou divulgar técnicas, terapias de tratamento, área da atuação, que não estejam 
devidamente comprovadas cientificamente, assim como instalações e equipamentos que não 
tenham seu registro validado pelos órgãos competentes; 
IV – criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como sendo inadequadas ou 
ultrapassadas (o que importa é o respaldo científico); 
V – dar consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento por meio de qualquer veículo de 
comunicação de massa, bem como permitir que sua participação na divulgação de assuntos 
odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e educação da coletividade (posso 
ter o contato virtual com ele, mas não como caráter de consulta, com prescrição de medicamentos, 
atestado, etc.); 
VI – divulgar nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifique o paciente, a não ser 
com seu consentimento livre e esclarecido, ou de seu responsável legal, desde que não sejam para 
fins de autopromoção ou benefício do profissional; 
VII – aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços através de informação ou 
anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela, ou outros atos que 
caracterizem concorrência desleal ou aviltamento da profissão, especialmente a utilização da 
expressão “popular”; 
 
OBS: Tudo que eu omito é julgado em favor do paciente/cliente. 
VIII – induzir a opinião pública a acreditar que exista reserva de atuação clínica em Odontologia 
(exemplo: eu recém formado cheguei em uma cidade para trabalhar e o pessoal começa a falar 
que só quem sabe fazer tal procedimento é fulano, outro é ciclano e afins); 
IX – oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção ou promover campanhas 
políticas oferecendo troca de favores (“se você fizer um tratamento, você ganha outro”); 
X – anunciar serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer

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