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Prévia do material em texto

GESTÃO EM PROGRAMAS 
E PROJETOS SOCIAIS
Professor(a) Esp. Angela Carvalho Kotsubo Giovaneli
2024 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2024. Os autores. Copyright C Edição 2024 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
 DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
 DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
 DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
 DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
 DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Isabelly Oliveira Fernandes de Souza
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Louise Ribeiro 
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
 Vinicius Rovedo Bratfisch
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Carlos Firmino de Oliveira
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Giovane Jasper 
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
 DE VÍDEO Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto
 FICHA CATALOGRÁFICA
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
 G512g Giovaneli, Angela Carvalho Kotsubo
 Gestão em programas e projetos sociais / Angela Carvalho
 Kotsubo Giovaneli. Paranavaí: EduFatecie, 2024.
 110 p.: il. Color.
 
 1. Planejamento social. 2. Projetos de desenvolvimento social.
 3. Administração de projetos 4. Serviço social. I. Centro
 Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância.
 III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 361.25
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas do banco de imagens 
Shutterstock .
3
AUTORA
Professor(a) Esp. Angela Carvalho Kotsubo Giovaneli
• Bacharel em Serviço Social;
• Especialista em Violência Doméstica contra Criança e Adolescente; 
• Membra do Conselho Municipal de Assistência Social do Município de Paranavaí;
• Membra do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de 
Paranavaí; 
• Membra do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de 
Paranavaí;
• Atuação como coordenadora do Serviço de Proteção Social Especial para 
Pessoas com Deficiência e suas Famílias, no Programa Centro de Atendimento 
à Pessoa com Deficiência “Rosimeire Barbosa Navarro” - Associação de Pais e 
Amigos dos Excepcionais – APAE de Paranavaí;
• Atuação em Serviço Social na educação;
• Coordenador EaD do Centro Universitário UNOPAR polo Paranavaí;
• Ampla experiência nas políticas de Assistência Social, Saúde e Educação.
Professor(a) Esp. 
Angela Carvalho
Kotsubo Giovaneli
4
APRESENTAÇÃO
Prezado (a) acadêmico (a),
Seja bem-vindo (a)! 
É com grande satisfação que apresentamos o material do da Disciplina Gestão 
em Programas e Projetos Sociais do Centro Universitário UniFatecie EaD ofertado na 
modalidade de educação a distância.
Entre os elementos importantes em um processo de ensino e aprendizagem, sem 
dúvida o material didático aparece como um dos mais relevantes. A produção, a escolha e 
o uso de materiais são determinantes para o educador no que diz respeito ao alcance dos 
objetivos por ele traçados.
Nessa disciplina, poderemos esclarecer todos os textos que constam na Disciplina 
Gestão em Programas e Projetos Sociais, são textos com embasamento teórico que 
possibilitará um suporte na atuação profissional, assim, terá conteúdos básicos que estão 
contemplados no material dessa disciplina.
Na Unidade I, iniciaremos com um estudo a respeito das Organizações do Terceiro 
Setor, sua Constituição, Manutenção e Gestão Administrativa. Entendendo o Terceiro 
Setor: Conceito, Papel, Naturezas Jurídicas e Características, Titulações, Certificações e 
Qualificações, Estatuto Social, Obrigações Legais, Responsabilidade dos Administradores, 
Papel do Conselho Fiscal e Planejamento, Controle e Transparência.
Na Unidade II, tem o propósito de apresentar sobre a Gestão de Projetos, faz-
se necessário, inicialmente, entender a definição e conceito de Projetos, e também o 
Planejamento social como campo de conhecimento e de intervenção, para elaboração de 
Projeto Social e concluindo com Roteiro Básico para Elaboração Planejamento de Projetos.
Por fim, nas Unidades III e IV estão relacionadas Parcerias com a Administração 
Pública, focando o aprendizado nos Tipos de parceria e legislação, a Lei 13.019/14 Marco 
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil que dá fundamentação legal as parcerias, 
o processo de Seleção, Celebração, Execução e Prestação de Conta. 
Então vamos aproveitar para entender um pouco de Gestão de Programas e 
Projetos Sociais!
5
SUMÁRIO
Parcerias com a administração pública
Legislação - marco legal e sua aplicação
Gestão de projetos
Constituição, manutenção e
gestão administrativa
Professor(a) Esp. Angela Carvalho Kotsubo Giovaneli
CONSTITUIÇÃO, 
MANUTENÇÃO 
E GESTÃO 
ADMINISTRATIVA1UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
7
Plano de Estudos
• Terceiro setor.
• Gestão administrativa.
• Planejamento.
• Plano de ação.
Objetivos da Aprendizagem
• Compreender o Terceiro Setor;
• Conhecer as Legislações e obrigações legais que regulamenta a organização 
do Terceiro Setor;
• Apresentar as Certificações, titulações e qualificação que são concedidas às 
entidades;
• Analisar como o Planejamento e Responsabilidade Administrativa contribui para 
a construção de uma organização eficiente e eficaz.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
8
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a),
Com o crescimento das entidades conhecidas como OSC - Organização da 
Sociedade Civil ou Organizações do Terceiro Setor, e a importância de suas ações, torna-
se necessário um estudo aprofundado para que sejam realizadas de maneira eficiente as 
organizações administrativa, jurídica, contábil e tributária. 
Os gestores junto aos demais membros que constituem os órgãos consultivos, 
operacionais e fiscalizadores da Organização do Terceiro Setor precisam estar atualizados 
e capacitados, a fim deeducação e pesquisa, com 23,6%.
Fonte: LIMA, Juliana. Terceiro Setor: o que é e como atua na sociedade brasileira. Observatório 
do Terceiro Setor. São Paulo, 2021. Disponível em: https://abre.ai/liTS. Acesso em: 07 de out. de 2024. 
SAIBA
MAIS
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
https://abre.ai/liTS
38
Esta Unidade contribui para ampliar o debate no meio acadêmico, no contexto das 
organizações do Terceiro Setor, acerca dos avanços, retrocessos e desafios enfrentados 
pelas organizações sociais no Brasil. 
O profissional que desejar atuar no Terceiro Setor deve ter ciência dos desafios que 
possam dificultar seu trabalho, como limitações que algumas instituições possam enfrentar, 
por exemplo, problemas de infraestrutura e recursos financeiros. 
Por isso, cabe ao Gestor desenvolver, de maneira criativa, soluções que ultrapassem 
essas barreiras. É importante o compromisso de pensar de forma estratégica de modo 
que haja um planejamento com o objetivo em mobilizar, captar recursos, criar identidade 
institucional, selecionar voluntários, entre outros fins.
Para concluir, entender o terceiro setor, suas características, desafios e abordagens 
de gestão é fundamental para aqueles que desejam atuar nesse contexto.
Agradeço a companhia e até a próxima unidade! Abraço!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
39
O SERVIÇO SOCIAL E O TERCEIRO SETOR
O presente texto tem como objetivo suscitar uma discussão preliminar sobre o Terceiro 
Setor, conceitos, características e desafios, apontando para a ação do assistente social nesse 
contexto. Trata-se de um tema atual considerando o processo de configuração desse setor 
no cenário nacional e a reconfiguração das formas de gestão institucional, despertando-nos 
a necessidade de reflexão sobre a atuação dos diferentes profissionais das áreas de ciências 
humanas, sociais e da saúde mental, com destaque ao Serviço Social.
Fonte: COSTA, S. F. O Serviço Social e o Terceiro Setor. Disponível em: https://
www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v7n2_selma.htm Acesso em: 21 jun. 2023.
LEITURA COMPLEMENTAR
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
https://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v7n2_selma.htm
https://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v7n2_selma.htm
40
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Terceiro Setor: Planejamento E Gestão
• Autor: Ricardo Voltolini.
• Editora: Senac, 2009.
• Sinopse: O livro de Voltolini, traz a história do terceiro setor 
no Brasil, para rapidamente se expandir, mudando o conceito 
antes dominante do serviço social com base em organizações 
dedicadas à caridade e à filantropia. No Brasil, sua história lhe 
confere características que não se pode deixar de considerar no 
planejamento e na gestão dos atores nele empenhados. Esse livro 
mostra que essa atuação social tem lógica de funcionamento e 
racionalidade próprias, com princípios e valores que não se limitam 
ao aspecto empresarial das organizações.
FILME/VÍDEO
• Título: O Homem que mudou o Jogo.
• Ano: 2011.
• Sinopse: A história de Billy Beane, gerente geral do time de 
beisebol Oakland A e sua tentativa bem-sucedida de reduzir o 
orçamento do clube usando um programa de computador para 
escolher seus jogadores.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
Professor(a) Esp. Angela Carvalho Kotsubo Giovaneli
GESTÃO DE 
PROJETOS2UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
42
Plano de Estudos
• Projetos Sociais;
• Planejamento de Projetos;
• Roteiro Básico para Elaboração de um Projeto Social.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e definir o que é Gestão de Projeto Social;
• Conhecer as áreas de um Planejamento de Projeto;
• Aprender as etapas para elaboração de Projeto Social.
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
43
Projetos Sociais estão associados às necessidades enfrentadas no mundo e 
apoiam uma intervenção social, articulando causas sociais e políticas públicas. Grupos 
se fortalecem em busca de meios para transformar essa realidade social, a curto e longo 
prazo, dependendo do projeto a ser elaborado. 
As Organizações Não Governamentais e outros projetos de entidades do terceiro 
setor têm garantia, conforme estabelecido na Lei 9790/1999, que regulamenta a criação 
e funcionamento das entidades. Um projeto social se configura pela garantia de direitos e 
cidadania, visando à justiça social e à transformação coletiva. 
A unidade está dividida em três etapas: na primeira, abordamos o conceito e definição 
de projetos e a instrumentalização de um projeto social. Na segunda parte, trabalhamos 
aspectos do planejamento de projetos sociais. Finalmente, na terceira parte, apresentamos 
uma orientação para a elaboração de um Projeto Social. Desejo uma boa leitura e que este 
material possa complementar sua atuação profissional. Ótimo estudo!
INTRODUÇÃO
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
44
Os projetos sociais são iniciativas organizadas com o objetivo de gerar impactos 
positivos na sociedade, geralmente voltadas para a resolução de problemas sociais 
específicos. Essas ações visam atender a demandas sociais como pobreza, exclusão, 
desigualdade e vulnerabilidade, promovendo o bem-estar das comunidades atendidas.
Um projeto social deve ser planejado, estruturado e implementado dentro de um 
período determinado, com metas claras e ações bem definidas. O termo “social” implica 
que o foco está na melhoria da qualidade de vida de indivíduos ou grupos, geralmente em 
situação de risco ou exclusão social. Tais projetos podem ser promovidos por organizações 
governamentais, não governamentais (ONGs), empresas com responsabilidade social ou 
até grupos comunitários.
Os conceitos que envolvem projetos sociais incluem:
• Sustentabilidade social: capacidade do projeto de gerar mudanças duradouras 
e manter os benefícios ao longo do tempo.
• Impacto social: resultados tangíveis e intangíveis que promovem melhorias 
nas condições de vida dos beneficiados.
• Empoderamento: capacitação dos indivíduos e comunidades para que possam 
ser protagonistas de sua própria mudança.
A importância dos projetos sociais reside em sua capacidade de unir esforços 
de diferentes atores sociais para enfrentar desafios complexos, como a exclusão social, 
promovendo o desenvolvimento e a inclusão de pessoas marginalizadas.
PROJETOS 
SOCIAIS1
TÓPICO
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
45
1.1 Projeto: definições e conceitos
Em sua concepção, o projeto pode ser definido como uma organização temporária e 
inter-relacionada para a execução de um conjunto de atividades interligadas e coordenadas 
que geram bens ou serviços, com objetivo de um resultado único. Desenvolve-se com 
intenção de alcançar um propósito específico, para um público previamente definido e, 
uma ação a fim de colaborar para a solução de um problema que, por sua vez, levou à 
implementação do projeto.
O conceito de projeto alinha-se ao significado da palavra no dicionário: segundo o 
Aurélio, um dos seus sentidos é “plano, intento; empreendimento”. Já o termo projetar pode 
ser entendido como “elaborar um projeto” ou “lançar” (Louzada, 2022).
Resumindo, a elaboração de um projeto é realizada por um grupo de pessoas 
que deseja transformar boas ideias em boas práticas. Durante essa elaboração é preciso 
reconhecer que essa é uma ação conjunta, fruto de muitos esforços. Por outro lado, 
saber das dificuldades atribuídas durante a compreensão do projeto, remete a pensar nas 
soluções coletivas. Uma das dificuldades é o diagnóstico superficial, a viabilidade social, 
política, técnica, financeira e ambiental do projeto. Por fim, a má distribuição de tarefas e 
responsabilidades, prejudica todo o planejamento para alcançar os resultados. Para adaptar 
essas realidades, é necessário construir um caminho baseado em resultados ou metas. 
De acordo com a definição da ONU, “um projeto é um empreendimento planejado 
que envolve um conjunto de atividades interconectadas e coordenadas, com o objetivode 
alcançar metas específicas dentro de prazos e orçamentos estabelecidos”.
Elaborar um projeto envolve identificar a necessidade de intervenção em relação 
a um problema, analisar essas necessidades, definir alternativas de ação, avaliar essas 
opções e tomar decisões com base nas alternativas disponíveis.
A elaboração de projetos deu início ao terceiro setor em meados dos anos 90. Nesse 
período, as entidades passaram a inventar maneiras de sobrevivência em um contexto de 
mudanças sociais exigidas por financiadores. Formações e cursos sobre planejamento 
estratégico, elaboração de projeto e captação de recursos foram indicados pelos financiadores 
de projetos, visando adaptação de ferramentas tradicionais utilizadas pelas OSCs.
Apenas uma parcela das organizações se profissionalizou, expandindo suas 
fontes de captação de recursos com órgãos governamentais, iniciativa privada e fontes 
internacionais. Aquelas que permaneceram no processo tradicional também mantiveram 
abordagens tradicionais de obtenção de recursos.
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
46
Um projeto social é uma forma de estruturar e organizar ações com o 
objetivo de transformar a realidade de outras pessoas ou de uma causa 
específica. Esses projetos são relacionados a uma visão de mundo e existem 
para propor uma intervenção social, fazendo uma articulação entre essas 
causas e as políticas públicas. (Blog Prosas, 2022, online)
O desenvolvimento de ações e atividades por profissionais inseridos no mercado de 
trabalho consiste em atender às demandas e mudanças provocadas pelo sistema econômico e 
social, exigindo instrumentos de trabalho que atendam às necessidades e expectativas, tanto no 
setor público quanto no privado As instituições privadas e públicas exigem de seus profissionais 
um crescimento considerável e qualificação adequada, visando respostas objetivas para 
desenvolver seu trabalho, tanto em instituições públicas como do Terceiro Setor.
Para atender às mudanças econômicas e sociais, acolhendo as necessidades da 
população, as instituições sem fins lucrativos vêm utilizando ferramentas e instrumentos 
para melhorias e oferta de serviços que aprimorem a realidade da população. Para tanto, 
nos tempos atuais, a criação e a execução de iniciativas sociais são mecanismos que 
atendem aos objetivos das mudanças de uma realidade apresentada.
Os projetos sociais nascem do desejo de mudar uma realidade. Os 
projetos são pontes entre o desejo e a realidade. São ações estruturadas e 
intencionais, de um grupo ou organização social, que partem da reflexão e 
do diagnóstico sobre uma determinada problemática e buscam contribuir, em 
alguma medida, para “um outro mundo possível” (Stephanou, 2003, online).
O projeto social compreende vários fatores, que colaboram e oferecem suporte 
para a realização das ações previstas, como: atividades a serem desenvolvidas, prazos e 
definição de recursos utilizados durante a sua efetivação.
Dessa forma, compreende-se que projetos sociais buscam atingir objetivos 
que geram impacto nas transformações da realidade. Esse modelo de projeto pode ser 
apresentado sob diversas formas, como social, cultural, de pesquisa, empresarial ou 
pessoal, tendo relevância tanto nas esferas estatal quanto na sociedade civil. Com o atual 
cenário político, há um aumento nas políticas públicas, uma diminuição da intervenção 
do Estado na execução de políticas sociais, e um crescimento da representatividade da 
população, resultando na implementação de participação coletiva que influencia ações 
sociais em resposta a questões sociais e ao surgimento de instâncias de controle.
Talvez a contribuição mais relevante do elemento participação no 
desenvolvimento de projetos sociais seja o questionamento da visão 
tradicional segundo a qual apenas a organização que promove o projeto 
pode definir os termos e julgar seus resultados sociais. Se a participação 
de beneficiários e de outros atores se dá de forma efetiva, ela fará com que 
os parâmetros de condução e de avaliação de um empreendimento social 
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
47
dêem-se pela construção coletiva a partir das várias visões e interesses de 
todos os atores envolvidos e não por apenas uma entidade de forma exclusiva 
(Armani, 2004, online).
Destaca-se a importância de que todos os envolvidos compreendam que, mesmo 
com projetos bem elaborados e executados, não será possível resolver todas as questões 
relacionadas às demandas sociais.
A definição de novas estratégias para questões sociais, com capacidade de 
envolvimento de atores sociais, tanto dentro do próprio Estado (federal, estadual e 
municipal) quanto em diversos setores governamentais (diversos poderes ou diferentes 
órgãos de administração), exige novas definições e parcerias com a iniciativa privada, 
movimentos sociais, organizações da Sociedade Civil, entre outros. A priorização nas ações 
sociais e formas de acolhimento sugere estabelecer objetivos, metas, responsabilidades e 
avaliações, de forma a garantir uma gestão e utilização de recursos bem executados. O 
novo formato entre Estado e Sociedade Civil pode garantir um compromisso nas ações de 
interesse público. 
De acordo com Stephanou (2003, p. 16) projeto social é uma ferramenta de ação 
que delimita uma intervenção quanto aos objetivos, metas, formas de atuação, prazo de 
execução, responsabilidades e critérios de avaliação.
1.2 Instrumentalização de um projeto social
Após entendermos um pouco sobre um projeto social, que é uma ferramenta de 
ação social, agora iremos esboçar o próprio projeto. A construção de um envolve algumas 
aptidões que poderemos aprimorar através da prática e da vivência. Capacidade de planejar 
e organizar são essenciais nesse processo. Construir um projeto significa estruturar as 
ações e os procedimentos para o seu entendimento, de forma organizada e encadeada, 
com suas atividades, para a concretização do projeto.
Para auxiliar na elaboração do Projeto, apresentamos inicialmente algumas 
questões básicas: 
• O quê? Refere-se ao que se pretende desenvolver. 
• Por quê? Por que pretendo realizar o projeto? Um problema a ser 
solucionado? Uma demanda social não atendida? 
• Quem? A quem se destinará o produto gerado pelo projeto e com quem 
trabalharemos para a sua realização? 
• Como? De que forma será realizado o projeto? 
• Quanto? Qual o valor do projeto e de onde virão os recursos para a sua 
realização? Poderemos contar com recursos próprios, financiamento privado, 
público, apoios em forma de serviços ou de bens, etc. 
• Quando? Em que período o projeto será realizado e qual será a duração 
prevista?
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
48
• Onde? Refere-se ao local, ou aos locais, onde será apresentado, realizado, 
consumido ou distribuído o produto. (Onofrio, 2020, online).
Assim, ao elaborar um projeto devemos a partir das questões básicas entender 
conceitos para elaboração, análise e classificação do projeto, conhecer e utilizar práticas de 
elaboração e técnicas de avaliação de investimentos públicos e sociais privados, e por fim 
compreender sobre custos e riscos, fazendo análise financeira e social de projetos.
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
https://scpa.org.br/wp-content/uploads/2022/03/PARC-ELAB-PROJ-TERC-SETOR-1.pdf
https://scpa.org.br/wp-content/uploads/2022/03/PARC-ELAB-PROJ-TERC-SETOR-1.pdf
https://scpa.org.br/wp-content/uploads/2022/03/PARC-ELAB-PROJ-TERC-SETOR-1.pdf
49
Segundo Santos (2017) o planejamento de projeto é parte do gerenciamento de 
projeto que visa definir o escopo do projeto, suas atividades posteriores e comunicar estas 
definições ao resto das partes interessadas. Considerada a etapa primordial, o planejamento 
de projetos é decisivo na qualidade de todo o ciclo de vida.
Após ter definido o projeto e a equipe nomeada para elaboração, iniciamos em 
seguida a fase minuciosa de planejamento do projeto, na qual os planos do projeto devem 
ser documentados, os resultados e requisitos decididos e o cronogramaelaborado. 
É na fase de implementação e conclusão do projeto que abrange um conjunto de 
planos para orientar a equipe, e esta fase poderá gerenciar o tempo, custo, qualidade, riscos, 
problemas e mudanças. Também auxiliará no acompanhamento da equipe e no controle 
dos fornecedores externos, garantindo a entrega do projeto dentro do prazo, orçamento e 
cronograma estabelecidos.
Nesse momento de Planejamento do Projeto, acaba sendo o mais desafiador, pois 
o gerente terá que fazer uma previsão sobre a equipe, recursos e equipamentos, para 
aperfeiçoar o projeto.
TABELA 01: OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DE PROJETOS
Estabelecer requisitos de negócios
Estabelecer custo, cronograma, lista de entregas e datas de entrega
Estabelecer planos de recursos
Obter aprovação de gerenciamento e avance para a próxima fase.
Fonte: Santos (2017).
 PLANEJAMENTO 
DE PROJETOS2
TÓPICO
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
50
Em cada momento de planejamento do projeto ocorrem etapas que abrangem 
nove áreas de conhecimento. Essas áreas são o gerenciamento de projeto, métodos e 
elementos. Cada área possui detalhamento e abrangência e agregam-se com as atividades 
das demais áreas, tornando o projeto único e organizado.
Na gestão de projetos, há uma forte presença de interação. Uma ação afeta também 
outras áreas, e essas interações exigem equilíbrio entre os objetivos do projeto. As nove 
áreas da gestão de projeto são:
01. GERÊNCIA DA INTEGRAÇÃO – Assegura que os elementos do projeto 
estejam coordenados. A gerência da integração faz o equilíbrio entre objetivos e 
alternativas concorrentes, atingindo as necessidades e expectativas. 
02. GERÊNCIA DO ESCOPO – Assegura que o projeto inclua todo o trabalho 
necessário, para complementar o projeto, define e controla o que está, ou não, 
incluído no projeto. 
03. GERÊNCIA DO TEMPO – Assegura que o projeto seja implementado no 
prazo previsto. 
04. GERÊNCIA DO CUSTO – Assegura que o projeto aconteça no orçamento 
previsto. 
05. GERÊNCIA DA QUALIDADE - Garante que o projeto ofereça o que foi previsto 
de acordo com o solicitado. 
06. GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS - Possibilita o uso dos recursos 
humanos disponibilizado ao projeto e isso abrange – membros da equipe, 
patrocinadores, clientes e fornecedores, entre outros. 
07. GERÊNCIA DAS COMUNICAÇÕES – Garante a divulgação e controle básico 
das informações do projeto.
08. GERÊNCIA DE RISCO – Identifica durante a análise e avaliação os riscos 
do projeto. 
09. GERÊNCIA DE AQUISIÇÕES - Aquisição de bens, serviços e produtos. Essa 
área deve ter atenção do gestor principalmente no cronograma e nas compras 
que demandam prestação de contas. 
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
51
Um projeto social é um conjunto de atividades, que busca intervir nas necessidades 
sociais e com objetivos bem definidos, nasce na intenção de solucionar problemas ou 
acolher a alguma carência, ou demanda.
Muitas organizações do terceiro setor, têm dificuldades com planejamento dos 
seus projetos, prejudicando na captação de recursos, uma vez que os investidores sociais 
precisam ter confiança de que as ações estão bem constituídas e com embasamento caso 
forem financiadas. 
Formular um projeto inovador e que garanta as necessidades e com a execução das 
atividades de forma efetiva, é primordial para a reduzir crises durante o desenvolvimento 
do projeto. 
A seguir, apresentaremos os elementos essenciais para a formulação de um projeto 
social.
3.1 Identificação do Problema a ser abordado
A etapa inicial de um projeto consiste em identificar as necessidades a serem 
enfrentadas, analisando suas causas e consequências. Para isso, é essencial entender o 
contexto em que se atua, suas características, demandas, influências e outras situações-
problema a serem abordadas.
3.2 Resultado Esperado 
Identificado o problema, precisamos definir os objetivos, o que o projeto pretende 
realizar para mudar a situação apresentada, são desmembrados entre os objetivos gerais 
e os objetivos específicos.
ROTEIRO BÁSICO PARA 
ELABORAÇÃO DE UM 
PROJETO SOCIAL3
TÓPICO
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
52
• Objetivos gerais: refere-se à ação principal, ao propósito e à promoção de 
melhorias na situação-problema identificada.
• Objetivos específicos: especifica as ações que precisam ser executadas para 
que o objetivo geral seja atingido.
Passos a seguir:
IMAGEM 1: PASSOS PARA ELABORAR UM PROJETO SOCIAL
Fonte: STEPHANOU, Luis; MÜLLER, Lúcia Helena; CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Guia para elaboração 
de projetos sociais. São Leopoldo, RS: Sinodal, Porto Alegre, RS: Fundação Luterana de Diaconia, 2003.
3.3 Justificativa do Projeto
Um aspecto fundamental é a justificativa do projeto, cuja fundamentação deve 
abordar e apoiar a realização da iniciativa, explicando como ela se propõe a enfrentar a 
situação-problema identificada.
Para a elaboração da justificativa, é necessário responder às seguintes perguntas: 
Por que a situação-problema precisa ser enfrentada? Qual é a importância da realização 
do projeto? Existe um diagnóstico que identifique a necessidade do projeto? Quais são as 
evidências de que temos capacidade para executar essa iniciativa?
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
53
3.4 Público-alvo do Projeto
A situação-problema afeta um público específico, precisamos ter bem claro quem 
é o público-alvo e quem irá se beneficiar. É preciso fundamentar o papel e importância do 
projeto para melhoria nas condições de vida do público envolvido. Nessa etapa, é necessário 
definir a quantidade e as características: faixa etária, gênero, raça, nível de escolaridade, 
condição socioeconômica, entre outros, do beneficiário pelo Projeto.
3.5 Abrangência Territorial 
O público-alvo do projeto está localizado em uma cidade, estado ou região, essa 
localização é denominada abrangência geográfica. Ao definir a localidade de execução do 
projeto, ressalta como deverá afetar o problema e o público-alvo do projeto. 
3.6 Metodologia
Para alcançar a solução da demanda a ser enfrentada, é fundamental apresentar 
uma metodologia de trabalho, que descreve as etapas necessárias para a execução do 
projeto. Nessa fase, é importante considerar:
• Quais ações serão realizadas?
• Qual é o cronograma e a sequência das atividades?
• Quem são os participantes envolvidos em cada etapa?
• Qual é o papel de cada participante no projeto?
• Como cada ator contribui para a execução?
3.7 Metas
Antes da execução do projeto, é necessário traçar metas, que definem a extensão, 
a intensidade e o impacto do projeto. Assim, quanto mais ambiciosas forem as metas, 
mais claras se tornam as atividades. Em resumo, as metas representam definições dos 
objetivos específicos, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, e devem incluir 
prazos estabelecidos.
Veja um exemplo a seguir: 
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
54
TABELA 1: PROJETO SOCIAL DE COMBATE À POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS
Oferecer capacitação e formação 
profissional para pessoas em situação de 
vulnerabilidade.
Meta: Oferecer cursos de capacitação 
profissional para 100 pessoas ao longo de 
12 meses.
Meta: Aumentar em 20% a taxa de 
empregabilidade dos participantes ao final 
do curso.
Apoiar o fortalecimento de pequenos 
negócios locais.
Meta: Ajudar 30 microempreendedores a 
formalizarem seus negócios em 6 meses.
Meta: Realizar 10 oficinas de gestão 
financeira e marketing para pequenos 
empreendedores.
Fonte: a autora.
3.8 Cronograma
É fundamental elaborar um cronograma do projeto, que inclua os prazos de início, 
desenvolvimento e conclusão das atividades. Isso proporcionará uma visão geral das 
etapas do projeto.
TABELA 2: CRONOGRAMA DO PROJETO 
MÊS 1 Planejamento Inicial e Divulgação
Reunião de alinhamento com a equipe 
do projeto
MÊS 2-4 Capacitação e Formação Profissional
Início dos cursos de capacitação 
profissional (2 turmas com 50 pessoas 
cada)
MÊS 5-6
 Fortalecimento de Pequenos Negócios 
Locais
Oficinas de gestão para 
microempreendedores(abertura de 
negócios formais)
MÊS 7-9
Acesso a Benefícios Sociais e Serviços 
Públicos
Realização de workshops sobre como 
acessar programas sociais (Bolsa 
Família, auxílio emergencial, etc.)
Mês 10 - 11 Monitoramento e Avaliação Parcial
Avaliação intermediária dos 
cursos de capacitação profissional 
(empregabilidade, satisfação dos 
participantes)
Mês 12 Conclusão e Avaliação Final
Relatório final sobre o impacto do 
projeto (taxa de empregabilidade, 
número de negócios formalizados, 
famílias beneficiadas)
Fonte: a autora.
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
55
3.9 Orçamento
Com todos os objetivos, atividades e metas estabelecidas, é necessário elaborar 
um orçamento, que estipula os gastos financeiros para a execução de cada atividade do 
projeto.
• Exemplo: Orçamento Estimado do Projeto
 
TABELA 3: ORÇAMENTO ESTIMADO DO PROJETO 
Item Quantidade Custo Unitário (R$) Custo Total (R$)
1. Recursos Humanos
Coordenador do Projeto
(1 pessoa)
12 meses 4.000,00 48.000
Assistente Social
(1 pessoa)
12 meses 3.000,00 36.000,00
Educadores e Instrutores
(4 pessoas)
12 meses 2.500,00 120.000,00
Consultores 
(microempreendedorismo)
6 meses 3.000,00 18.000
Auxiliar Administrativo
(1 pessoa)
12 meses 2.000,00 24.000,00
Subtotal Recursos Humanos 246.000,00
Fonte: a autora.
Depois de todas essas etapas, podemos começar a elaborar um projeto social. É 
fundamental lembrar dos riscos e erros no processo, o que impede problemas no decorrer 
da execução do projeto. Um bom planejamento inclui uma previsão de crises e como 
resolvê-las. 
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
56
A seguir, são apresentadas algumas dicas que poderão tornar o seu projeto mais adequado. 
• Comentários gerais e opinativos não devem constar nos objetivos.
• Lembre-se de que aquilo que parece óbvio para você, em geral, não o é para outro leitor. 
Não se esqueça de informações que complementam seu projeto, tais como parcerias ou 
articulações com outros projetos e instituições. 
• Preocupe-se sempre com a lógica de sua argumentação. 
• Procure não usar jargões. Eles confundem e diminuem a capacidade de compreensão daquilo 
que você quer dizer, já que, em geral, os jargões são como grandes “guarda-chuvas” onde tudo 
cabe, não deixando claro, para quem lê seu projeto, a que, exatamente, você se refere. 
• Às vezes, o texto começa a ficar muito longo, pois você sente dificuldade em explicar as suas 
ações. Tente fazer um quadro que sintetize o que você está querendo expressar, com uma 
legenda ou observações que o esclareçam. Quadros e tabelas sempre permitem uma leitura 
mais objetiva dos assuntos. 
• O número de páginas não torna o seu projeto melhor. Ao contrário, uma das características 
mais procuradas hoje em dia em um projeto é a concisão. Ser capaz de elaborar um documento 
claro, preciso e conciso é fundamental.
• No caso de seu projeto solicitar, a terceiros, recursos para a compra de equipamentos ou 
outro serviço especializado, mande em anexo o levantamento de preços de pelo menos três 
fornecedores. 
• No final, peça para outra pessoa ler seu texto e veja se ela o interpreta corretamente. Por 
último, lembre-se de realçar as positividades e potencialidades de sua proposta. 
Ou seja, é importante que os financiadores entendam o quadro que você analisou como passível 
de ser transformado através das ações propostas e que sua exposição não os leve a considerar uma perda 
de tempo para financiar o projeto.
Fonte: CURY, T. C. H. Elaboração de projetos sociais. In: ÁVILA, C. M. (Org.). Gestão de projetos 
Sociais. São Paulo: AAPCS, 2001.
SAIBA
MAIS
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
57
Como as Nações Unidas apoiam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
A ONU e seus parceiros no Brasil estão trabalhando para atingir os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável. São 17 objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de 
desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo.
Para saber mais acesse: ONU. Sobre o nosso trabalho para alcançar os Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável no Brasil, 2024. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 
11 out. 2024. 
REFLITA
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
58
Toda organização do Terceiro Setor necessita de um projeto. Em sua maioria, as 
entidades atuam e desenvolvem projetos sociais, e, como vocês leram na unidade Gestão de 
Projetos, são várias as etapas e elementos que compõem um projeto e suas particularidades. 
Por fim, é necessário saber que os projetos só podem ser ferramentas úteis para a 
ação naqueles que os desenvolvem e executam, fortalecendo as práticas, pois os projetos 
sociais são como o nosso dia a dia: nunca são sempre organizados.
Projetos Sociais devem ser administrados de forma flexível, porém monitorados, 
avaliados, atualizados e modificados a qualquer momento pelos atores envolvidos. 
Podemos afirmar que os projetos sociais são ferramentas importantes para a justiça social 
e o exercício da cidadania.
Obrigada, por estar comigo nesta unidade, até mais!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
59
A POLÍTICA EDUCACIONAL E O CONTEXTO ESCOLAR: REVISITANDO O SENTIDO 
DA FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA PARA ALÉM DA PANDEMIA
No contexto educacional, em especial na escola pública, ampliam-se e agravam-se 
problemas em todos os níveis e modalidades de ensino, o que nos desafia a pensarmos as 
interfaces que precisam nortear a relação entre políticas educacionais, educação escolar, 
globalização e cidadania para dar conta das necessidades oriundas desse contexto. Essa 
reflexão tem por base uma análise qualitativa, quanto à abordagem do problema; reconstrutiva, 
crítica e hermenêutica, quanto ao objetivo; e, bibliográfica, com relação aos procedimentos, os 
quais se ancoram em autores vinculados à temática e, convida-nos a refletir sobre as relações 
entre as políticas educacionais e o contexto escolar, suas transformações no cenário atual e 
suas possíveis contribuições para a efetivação do direito à educação de qualidade e à formação 
cidadã dos sujeitos, marcado e transformado pela pandemia da Covid-19.
Fonte: COPATTI. C.; MARCELINO, P. C.; KOHLS, R. C. A política educacional 
e o contexto escolar: revisitando o sentido da formação para a cidadania para além da 
Pandemia. RIE - Revista Imagens da Educação, v. 13, n. 1, p. 136-152, jan./mar. 2023. 
Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/61553 
Acesso em: 23 nov. 2023.
LEITURA COMPLEMENTAR
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/61553
60
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: A Grande Aposta.
• Ano: 2016.
• Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa 
de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que 
coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos 
irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos 
investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra 
o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o 
corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e 
passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve 
Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais 
desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na 
Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao 
apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru 
de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.
LIVRO
• Título: Introdução à Gestão de Projetos Sociais: Ferramentas de 
Trabalho e Processo de Elaboração, Implantação e Avaliação.
• Autor: Maria Helena Rossi Vallon e José Eustáquio Rosso.
• Editora: UFMG.
• Sinopse: O objetivo deste livro é disponibilizar uma metodologia 
de gestão de projetos sociais de forma didática e eficaz, que 
contemple toda a evolução de seu processo de desenvolvimento. 
Trata-se de mostrar, a gestores nas áreas de intervençõessociais 
(sociólogos, assistentes sociais, psicólogos, administradores, 
entre outros) e quaisquer outros grupos leigos, a evolução do ciclo 
de um projeto: a programação, a identificação, a formulação, a 
implantação, o acompanhamento e a avaliação. Para a realização 
da eficácia das etapas desse ciclo são indicadas ferramentas de 
trabalho, tais como a análise do problema, das partes interessadas, 
dos objetivos, das estratégias de intervenção e da qualidade, e 
ainda a definição das atividades e a alocação de recursos. A 
metodologia que se apresenta propõe reunir e qualificar todos 
aqueles que estão envolvidos no desenvolvimento do projeto, de 
forma interativa e interdependente. Considera-se fundamental 
que ele, ao seu final, transforme a realidade dos beneficiários, 
assegurando-lhes a perenidade dos benefícios e das vantagens, 
alterando as condições adversas e as fragilidades nele encontradas 
e desenvolvendo lhes a dignidade no exercício da cidadania.
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE 2
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Maria+Helena+Rossi+Vallon&text=Maria+Helena+Rossi+Vallon&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_2?ie=UTF8&field-author=Jos%C3%A9+Eust%C3%A1quio+Rosso&text=Jos%C3%A9+Eust%C3%A1quio+Rosso&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
Professor(a) Esp. Angela Carvalho Kotsubo Giovaneli
LEGISLAÇÃO - 
MARCO LEGAL E 
SUA APLICAÇÃO3UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
62
Plano de Estudos
• Parceiras Organizações da Sociedade Civil e Políticas Públicas;
• Com a Lei nº 13.019/2014, o que modifica para o Terceiro Setor;
• O que muda para a administração pública;
• O que muda para os órgãos de controle.
Objetivos da Aprendizagem
• Entender a Lei que estabelece parceria entre Poder Público e Organização da 
Sociedade Civil;
• Definir os tipos de parcerias e aplicabilidade às parcerias voluntárias firmadas 
entre a administração pública e as OSC;
• Conhecer os Instrumentos de Parceria entre o poder público e as OSC;
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
63
A promulgação da Lei 13.019/2014, que estabelece o Marco Regulatório das 
Organizações da Sociedade Civil, representa uma importante conquista. Com sua entrada em 
vigor em 23 de janeiro de 2016, tanto na União quanto nos Estados, no Distrito Federal e nos 
Municípios, inicia-se um novo regime jurídico para as parcerias entre a administração pública e 
as instituições sem fins lucrativos, justificando a criação de um novo instrumento legal.
Essa lei ocasionou impacto nas relações entre poder público e entidades sem fins 
lucrativos. A implementação da lei estimulou a gestão pública e fortaleceu as organizações 
da sociedade civil, que atuam como parceiras na garantia e efetivação de direitos. Essas 
colaborações entre o Estado e as organizações da sociedade civil possibilitaram o 
desenvolvimento de políticas públicas e a abordagem de problemas sociais de maneira 
criativa e inovadora.
Com a nova lei, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) ampliaram suas 
atividades e integraram suas pautas à agenda pública. Essa parceria é respaldada por 
regras claras e aplicáveis em todo o território nacional, com foco no controle de resultados. 
Isso valoriza as OSCs e permite que elas se adaptem às necessidades de uma sociedade 
ativa e diversificada, fortalecendo, assim, a democracia brasileira.
Desejo boa leitura e ótimo estudo!
INTRODUÇÃO
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
64
As organizações da sociedade civil (OSCs) desempenham um papel vital na 
promoção do interesse público, atuando de maneira não lucrativa em diversas áreas 
essenciais. Essas entidades se dedicam à defesa e promoção de direitos, contribuindo 
significativamente para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Nos parágrafos seguintes, serão exploradas as funções e atividades que as 
organizações da sociedade civil realizam, incluindo sua participação na formulação de 
políticas públicas e na execução de programas, bem como seu papel no monitoramento e 
avaliação das iniciativas sociais.
Em 2016, havia 236 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins 
Lucrativos (FASFIL) no Brasil, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-
feira (05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o 
Mapa das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), gerenciado pelo Instituto 
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), registra 820 mil organizações em 
atividade no país. A diferença de quantidade entre ambos os institutos é a 
base de referência de dados (MAPA DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE 
CIVIL, 2019).
Essas entidades têm permitido a reflexão sobre os modelos sociais e a expansão 
dos valores da democracia. A histórica dessas organizações revela a capacidade de criar 
diversas intervenções e técnicas sociais inovadoras. Essas organizações são constituídas 
por diferentes identidades, visões e interesses, com reconhecimento social.
A Lei 13.019/2014 visa promover, reconhecer a criatividade das organizações e sua 
atuação, com regras claras, razoável para o acesso aos recursos públicos. Com a introdução 
de novos instrumentos específicos para a relação entre o poder público e as Organizações 
da Sociedade Civil (OSCs), é possível alcançar transformações sociais significativas.
PARCEIRAS ORGANIZAÇÕES 
DA SOCIEDADE CIVIL E 
POLÍTICAS PÚBLICAS1
TÓPICO
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
65
A Lei 13.019/2014, conhecida como o Marco Regulatório das Organizações da 
Sociedade Civil (MROSC), trouxe mudanças significativas para o Terceiro Setor, que inclui 
as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), como ONGs, fundações, associações e 
outras entidades sem fins lucrativos. A lei estabelece novas regras para as parcerias entre 
o governo e essas organizações, com o objetivo de aumentar a transparência, eficiência e 
controle dos recursos públicos. 
2.1 Aspectos gerais
2.1.1 Abrangência Nacional
A Lei do Marco Regulatório tem abrangência nacional, estabelecendo regras para 
as parcerias entre as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e a administração pública 
em níveis federal, estadual, distrital e municipal, proporcionando maior segurança jurídica 
para todos os envolvidos. No entanto, municípios e estados têm autonomia para criar 
regulamentações próprias que atendam às necessidades locais, desde que respeitem as 
normas gerais estabelecidas pela lei.
2.1.2 Universo de organizações 
A lei não exige que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) possuam títulos 
ou certificações específicas. Assim, os novos instrumentos jurídicos podem ser firmados 
com entidades, independentemente de sua qualificação. Com menos burocracia, mais 
organizações poderão participar das parcerias com o poder público.
COM A LEI 13.019/2014, O 
QUE MODIFICA PARA O 
TERCEIRO SETOR?2
TÓPICO
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
66LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se:
 I - Organização da sociedade civil: 68 69 
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios 
ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros 
eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, 
dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do 
seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os 
aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma 
imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; 
b) as sociedades cooperativas previstas na Lei no 9.867, de 10 de novembro 
de 1999; as integradas por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade 
pessoal ou social; as alcançadas por programas e ações de combate à 
pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para fomento, 
educação e capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes 
de assistência técnica e extensãorural; e as capacitadas para execução de 
atividades ou de projetos de interesse público e de cunho social. 
c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos 
de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins 
exclusivamente religiosos. Lei 13.019/2014: Arts. 1º e 2º (inciso I) (Brasil, 
2014).
2.1.3 Instrumentos Jurídicos
A nova Lei traz um regime jurídico para as parcerias, por meio de instrumento 
inovador para as dimensões de interação entre as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) 
e o poder público O Termo de Colaboração consistir na execução de políticas públicas de 
diversas áreas, quando a política já possui parâmetros sólidos, com indicadores e avaliação 
conhecidos, são as que destinam à manutenção de equipamentos, como, por exemplo: 
voltados para assistência social, creches, atendimento educacional especializado, e 
programas de proteção a pessoas que se encontram ameaçadas ou em situações que 
possam comprometer sua segurança, entre outras iniciativas.
O Termo de Fomento apoia e reconhece iniciativas das próprias organizações, 
atraindo tecnologias sociais inovadoras, é uma maneira de impulsionar projetos e eventos 
em diversas áreas ampliando as ações desenvolvidas nas organizações, podemos dar 
como exemplo o apoio à capacitação de grupos de mulheres vítimas de violência, bem 
como à implementação de projetos que promovam os direitos das pessoas com deficiência, 
entre outras iniciativas.
Já a parceria que não envolve transferência de recursos financeiros será firmada 
no Acordo de Cooperação, a lei não exige a realização prévia de chamamento público. 
Entretanto, para casos de comodato, doação de bens e compartilhamento de recursos 
patrimoniais, é obrigatória a realização de um chamamento. Podemos citar como exemplo, 
o intercâmbio de quadros técnicos, cessão de servidores, ou fortalecimento de agricultores 
familiares, entre outros.
67LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Como o Termo de Fomento e o Termo de Colaboração envolvem transferência de 
recursos, o quadro abaixo ajuda a diferenciar a utilização de cada um:
QUADRO 1: TERMO DE FOMENTO E O TERMO DE COLABORAÇÃO
 FOMENTO COLABORAÇÃO
Função 
administrativa
Incentivar e reconhecer 
ações de interesse público 
desenvolvidas pelas 
organizações da sociedade 
civil.
Atuar em colaboração com 
organizações da sociedade 
civil para execução de políticas 
públicas.
Plano de 
trabalho
Proposição dos termos, 
com livre iniciativa, pela 
OSC, que apresenta ideias 
a serem desenvolvidas, com 
características próprias da 
sociedade civil, como inovação 
e criatividade.
Proposição dos termos, com 
parâmetros mínimos ofertados, 
pela Administração Pública, 
para que organizações 
complementem a atuação do 
Estado em ações conhecidas e 
estruturadas, com a expertise 
da sociedade civil.
Concepção Organizações da sociedade civil Administração Pública
Gestão 
pública 
democrática
O fomento às iniciativas das 
OSCs amplia a participação 
social das OSCs na gestão 
pública democrática, na medida 
em que apoia propostas que 
arejam a ação estatal, amplia o 
alcance de ações de interesse 
público desenvolvidas ou 
criadas pelas OSCs, além de 
estimular novas tecnologias 
sociais. Assegura maior 
autonomia das OSCs.
A colaboração de OSCs em 
iniciativas da Administração. 
Pública amplia a participação 
social das OSCs na gestão 
pública democrática, na 
medida em que compartilha 
a gestão dos resultados 
que se pretende alcançar 
com as organizações que 
aproximam a demanda local. 
Com as políticas públicas, 
por características como 
capilaridade e mediação com 
públicos.
68LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Exemplos
Atuação de OSCs para 
desenvolver metodologia 
de trabalho com pessoas 
com deficiência em abrigos, 
empoderando o público em 
relação aos seus direitos. 
A parceria envolve a formatação 
de um curso, a partir da escuta 
dos abrigados com deficiência, 
com capacitação de agentes 
e sistematização de pontos de 
atenção. O produto é a entrega 
da metodologia, do curso, dos 
agentes capacitados e das 
análises realizadas, descritos no 
relatório final de execução do 
objeto. 
Atuação de OSCs em serviços 
típicos da assistência social 
seguindo as regras do Sistema 
único de Assistência Social 
- SUAS, como o serviço de 
abrigamento de pessoas 
com deficiência. A parceria 
envolve a gestão do cotidiano 
do abrigo e a manutenção 
das ações correlatas para 
o bom funcionamento do 
equipamento público. O 
serviço necessário prestado 
será descrito no relatório final 
de execução do objeto.
Fonte: A autora (2023).
2.1.4 Manifestação de interesse social 
Com a nova lei, é possível apresentar propostas ao poder público por meio do 
Procedimento de Manifestação de Interesse Social. Trata-se de uma forma que permite a 
qualquer organização apresentar projetos com avaliação do órgão público se irá realizar um 
chamamento público. 
A proposta deve incluir a identificação da organização, o interesse público envolvido e 
um diagnóstico da realidade. Sempre que possível, é importante fornecer informações sobre a 
viabilidade da proposta, incluindo custos, benefícios e prazos para a execução do projeto.
O órgão público, ao considerar que o projeto é relevante, divulga a proposta em 
seu site e consulta a sociedade sobre o tema. É importante ressaltar que o Procedimento 
de Manifestação de Interesse Social não é um requisito para a celebração do Termo de 
Fomento ou do Termo de Colaboração, e não substitui a necessidade de um chamamento 
público nem isenta a realização de um processo seletivo. 
A Manifestação de Interesse Social é uma ferramenta que viabiliza a participação da 
sociedade civil em ações de interesse público. É proibido realizar chamamento público ou 
formalizar parcerias antes da conclusão do Procedimento de Manifestação de Interesse Social.
69LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Seção VI Do Procedimento de Manifestação de Interesse Social 
Art. 18. É instituído o Procedimento de Manifestação de Interesse Social como 
instrumento por meio do qual as organizações da sociedade civil, movimentos 
sociais e cidadãos poderão apresentar propostas ao poder público para 
que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público 
objetivando a celebração de parceria. 
Art. 19. A proposta a ser encaminhada à administração pública deverá atender 
aos seguintes requisitos: 
I - Identificação do subscritor da proposta; 
II - Indicação do interesse público envolvido;
III - Diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar ou desenvolver 
e, quando possível, indicação da viabilidade, dos custos, dos benefícios e 
dos prazos de execução da ação pretendida. 
Art. 20. Preenchidos os requisitos do art. 19, a administração pública deverá 
tornar pública a proposta em seu sítio eletrônico e, verificada a conveniência e 
oportunidade para realização do Procedimento de Manifestação de Interesse 
Social, o instaurará para oitiva da sociedade sobre o tema. 
Parágrafo único. Os prazos e regras do procedimento de que trata esta Seção 
observarão regulamento próprio de cada ente federado, a ser aprovado após 
a publicação desta Lei. 
Art. 21. A realização do Procedimento de Manifestação de Interesse Social 
não implicará necessariamente na execução do chamamento público, que 
acontecerá de acordo com os interesses da administração. 
§ 1o A realização do Procedimento de Manifestação de Interesse Social não 
dispensa a convocação por meio de chamamento público para a celebração 
de parceria. 
§ 2o A proposição ou a participação no Procedimento de Manifestação de 
Interesse Social não impede a organização da sociedade civil de participar no 
eventual chamamento público subsequente. 
§ 3o É vedado condicionar a realização de chamamento público ou a 
celebração de parceria à prévia realização de Procedimento de Manifestação 
de Interesse Social. (Brasil, 2014).
2.1.5 Novos princípios e diretrizesA participação social, o fortalecimento da sociedade civil e a transparência na 
utilização dos recursos públicos são princípios que guiam a aplicação e a interpretação 
eficaz da lei em todo o território nacional.
Os princípios da gestão democrática, assim como os valores de legalidade, 
legitimidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade, eficiência e eficácia, 
que são já comuns à administração pública, devem ser rigorosamente observados.
A lei estabelece que as parcerias devem promover o fortalecimento institucional, a 
capacitação e o incentivo às Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Além disso, é fundamental 
o controle de resultados, o uso eficaz de informação e comunicação, a cooperação institucional e 
a gestão transparente da informação. Deve-se também garantir a sensibilização, a capacitação 
e o aprimoramento dos gestores nas atividades e projetos de interesse. É necessário adotar 
práticas de gestão administrativa que impeçam a obtenção, individual ou coletiva, de benefícios 
ou vantagens indevidas, bem como aplicar conhecimentos em ciência, tecnologia e inovação 
para melhorar as condições de vida da população.
70LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Art. 5º O regime jurídico de que trata esta Lei tem como fundamentos a gestão 
pública democrática, a participação social, o fortalecimento da sociedade 
civil, a transparência na aplicação dos recursos públicos, os princípios da 
legalidade, da legitimidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, 
da economicidade, da eficiência e da eficácia, destinando-se a assegurar: 
I - O reconhecimento da participação social como direito do cidadão;
II - A solidariedade, a cooperação e o respeito à diversidade para a construção 
de valores de cidadania e de inclusão social e produtiva; 
III - A promoção do desenvolvimento local, regional e nacional, inclusivo e 
sustentável; 
IV - O direito à informação, à transparência e ao controle social das ações 
públicas; 
V - A integração e a transversalidade dos procedimentos, mecanismos e 
instâncias de participação social; 
VI - A valorização da diversidade cultural e da educação para a cidadania 
ativa; 
VII - A promoção e a defesa dos direitos humanos; 
VIII - A preservação, a conservação e a proteção dos recursos hídricos e do 
meio ambiente; 
IX - A valorização dos direitos dos povos indígenas e das comunidades 
tradicionais; 
X - A preservação e a valorização do patrimônio cultural brasileiro, em suas 
dimensões material e imaterial. 
Art. 6º São diretrizes fundamentais do regime jurídico de parceria: 
I - A promoção, o fortalecimento institucional, a capacitação e o incentivo à 
organização da sociedade civil para a cooperação com o poder público; 
II - A priorização do controle de resultados; 
III - O incentivo ao uso de recursos atualizados de tecnologias de informação 
e comunicação; 
IV - O fortalecimento das ações de cooperação institucional entre os entes 
federados nas relações com as organizações da sociedade civil; 
V - O estabelecimento de mecanismos que ampliem a gestão de informação, 
transparência e publicidade; 
VI - A ação integrada, complementar e descentralizada, de recursos e 
ações, entre os entes da Federação, evitando sobreposição de iniciativas e 
fragmentação de recursos; 
VII - a sensibilização, a capacitação, o aprofundamento e o aperfeiçoamento 
do trabalho de gestores públicos, na implementação de atividades e projetos 
de interesse público e relevância social com organizações da sociedade civil; 
VIII - a adoção de práticas de gestão administrativa necessárias e suficientes 
para coibir a obtenção, individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens 
indevidas;
 IX - A promoção de soluções derivadas da aplicação de conhecimentos, da 
ciência e tecnologia e da inovação para atender necessidades e demandas 
de maior qualidade de vida da população em situação de desigualdade social. 
(Brasil, 2014).
2.1.6 Conselho Nacional de fomento e de colaboração 
A lei institui o Conselho Nacional de Fomento e Colaboração, composto por 
representantes de forma paritária, com o objetivo de criar um espaço para o debate sobre as 
relações de parceria. O conselho terá a missão de formular e divulgar práticas de fomento 
e colaboração entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, além de 
propor políticas voltadas para o fortalecimento dessas organizações.
Cabe à sociedade civil propor, opinar e manter um diálogo que impacte as 
organizações em diversos âmbitos. Essa interação pode contribuir para a geração de 
71LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
conhecimento, capacitação e ampliação do acesso a recursos qualificados. O Conselho 
deve atuar em conjunto com os conselhos setoriais de políticas públicas e pode estabelecer 
conselhos semelhantes.
Art. 15. Poderá ser criado, no âmbito do Poder Executivo federal, o 
Conselho Nacional de Fomento e Colaboração, de composição paritária 
entre representantes governamentais e organizações da sociedade civil, 
com a finalidade de divulgar boas práticas e de propor e apoiar políticas e 
ações voltadas ao fortalecimento das relações de fomento e de colaboração 
previstas nesta Lei. 
§ 1º A composição e o funcionamento do Conselho Nacional de Fomento e 
Colaboração serão disciplinados em regulamento. 
§ 2º Os demais entes federados também poderão criar instância participativa, 
nos termos deste artigo. 
§ 3º Os conselhos setoriais de políticas públicas e a administração pública 
serão consultados quanto às políticas e ações voltadas ao fortalecimento das 
relações de fomento e de colaboração propostas pelo Conselho de que trata 
o caput deste artigo. (Brasil, 2014).
2.1.7 Como a Lei do Marco Regulatório impacta as organizações da 
sociedade civil?
A Lei do Marco Regulatório oferece segurança jurídica às organizações da sociedade 
civil, ao estabelecer uma norma única que rege suas relações de parceria com os diferentes 
órgãos e entidades da administração pública. A lei requer um maior planejamento, incluindo 
a comprovação de um tempo mínimo de existência e experiências anteriores na atividade 
que desejam desenvolver. Além disso, as organizações devem demonstrar sua capacidade 
técnica e operacional, bem como a regularidade jurídica e fiscal.
Algumas organizações precisarão ajustar seu estatuto social para poder acessar 
recursos públicos por meio de parcerias com o Estado. O planejamento é um aspecto 
fundamental nessas relações de parceria, e a organização da sociedade civil (OSC) deve 
ter clareza sobre os recursos necessários para sua implementação, sejam eles humanos, 
técnicos ou físicos.
Com o conhecimento, poderá planejar as atividades em um determinado período 
e com os resultados que pretende alcançar. O planejamento assegura que cada etapa do 
projeto esteja sincronizada com as demais, evitando interferências entre elas. A fase de 
prestação de contas refletirá o cumprimento adequado de todas as etapas do projeto.
As entidades que desenvolvem projetos em conjunto serão reconhecidas como 
atuação em rede, essa atuação implica capilaridade, horizontalidade e descentralização 
das ações, priorizando a valorização das iniciativas locais e os princípios de solidariedade, 
cooperação mútua, multiliderança e intercâmbio de informações e conhecimentos.
72LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Nessa atuação, as organizações são chamadas de celebrante e executantes, sendo 
que a celebrante é responsável pelo projeto e firmará com os Termos de Colaboração, de 
Fomento ou de Cooperação. As organizações executantes detalham quais atividades cada 
uma irá realizar. Um termo de atuação em rede será consolidado entre as duas organizações, 
permitindo o repasse de recursos entre elas. A OSC celebrante atuará como supervisora, 
mobilizadora, orientadora e responsável pela rede, gerenciando os projetos desenvolvidos 
em parceria com o poder público. Além disso, a OSC celebrante deverá informar ao órgão 
público,no prazo de até 60 (sessenta) dias a partir da formalização do termo com a OSC 
executante, sobre a assinatura do termo de atuação em rede.
Para que uma organização da sociedade civil (OSC) possa realizar projetos com 
recursos públicos, a Lei 13.019/2014 impõe algumas exigências. Em parcerias com a União, a 
organização deve ter pelo menos três anos de existência e comprovar a regularidade de sua 
situação cadastral, além de estar inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
Para parcerias com o Distrito Federal ou estados, o tempo mínimo exigido é de 
dois anos, e para municípios, de um ano. Caso nenhuma organização atenda a esses 
requisitos, cada ente federativo pode reduzir os prazos por ato específico. Para projetos 
executados em rede, a OSC responsável pela assinatura da parceria deve ter no mínimo 
cinco anos de existência.
Além disso, a OSC deve comprovar experiência em atividades relevantes à parceria. 
Isso pode ser feito por meio de documentos que demonstrem sua atuação em projetos 
anteriores, como relatórios de prestações de contas aprovadas, publicações temáticas, 
relatórios anuais de atividades, comprovações de participação em conselhos de políticas 
públicas e prêmios recebidos
A organização deve comprovar que possui condições para desenvolver as atividades 
e alcançar as metas estabelecidas na parceria. Para demonstrar sua capacidade técnica 
e operacional, a instituição precisa evidenciar seu conhecimento e a relevância de sua 
atuação em relação ao objetivo da parceria. É importante considerar diversas formas de 
conhecimento, mesmo que não estejam documentadas por diplomas oficiais.
Vale ressaltar que a capacidade técnica e operacional não deve ser confundida com 
a capacidade instalada anteriormente, pois o plano de trabalho deve incluir as contratações 
e aquisições necessárias para a execução do objeto da parceria.
Art. 33. Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações da 
sociedade civil deverão ser regidas por normas de organização interna que 
prevejam, expressamente: 
I - Objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância 
pública e social; 
73LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
II - (Revogado pela Lei nº 13.204, de 2015) 
III - que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido 
seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os 
requisitos desta Lei e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da 
entidade extinta;
 IV - Escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade 
e com as Normas Brasileiras de Contabilidade; a) (revogada); b) (revogada); 
V - possuir: a) no mínimo, um, dois ou três anos de existência, com cadastro 
ativo, comprovados por meio de documentação emitida pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
- CNPJ, conforme, respectivamente, a parceria seja celebrada no âmbito dos 
Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União, admitida a redução 
desses prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma 
organização atingi-los; b) experiência prévia na realização, com efetividade, 
do objeto da parceria ou de natureza semelhante; c) instalações, condições 
materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das 
atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas 
estabelecidas. 
§ 1o Na celebração de acordos de cooperação, somente será exigido o 
requisito previsto no inciso I. 
§ 2o Serão dispensadas do atendimento ao disposto nos incisos I e III as 
organizações religiosas. § 3o As sociedades cooperativas deverão atender 
às exigências previstas na legislação específica e ao disposto no inciso IV, 
estando dispensadas do atendimento aos requisitos previstos nos incisos I e 
III. 
§ 4o (VETADO). 
§ 5o Para fins de atendimento do previsto na alínea c do inciso V, não será 
necessária a demonstração de capacidade instalada prévia. (Brasil, 2014).
2.2 Alterações no Estatuto Social 
O estatuto deve incluir a cláusula que afirma que a organização “não distribui entre seus 
sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais 
os resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de 
qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio obtidos por meio do exercício 
de suas atividades, aplicando-os integralmente na realização de seu objeto social, seja de forma 
imediata ou por meio da constituição de um fundo patrimonial ou fundo de reserva.”
Além disso, a OSC deve esclarecer que, caso deixe de atuar, seu patrimônio será 
transferido para outra pessoa jurídica de natureza semelhante que atenda aos requisitos da 
Lei 13.019/2014 e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta
Art. 33. Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações da 
sociedade civil deverão ser regidas por normas de organização interna que 
prevejam, expressamente: 
I - Objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância 
pública e social; 
II - (Revogado pela Lei nº 13.204, de 2015) 
III - que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido 
seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os 
requisitos desta Lei e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da 
entidade extinta;
IV - escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade 
e com as Normas Brasileiras de Contabilidade; a) (revogada); b) (revogada); 
V - possuir: a) no mínimo, um, dois ou três anos de existência, com cadastro 
ativo, comprovados por meio de documentação emitida pela Secretaria da 
74LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
- CNPJ, conforme, respectivamente, a parceria seja celebrada no âmbito dos 
Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União, admitida a redução 
desses prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma 
organização atingi-los; b) experiência prévia na realização, com efetividade, 
do objeto da parceria ou de natureza semelhante; c) instalações, condições 
materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das 
atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas 
estabelecidas.
§ 1o Na celebração de acordos de cooperação, somente será exigido o 
requisito previsto no inciso I. 
§ 2o Serão dispensadas do atendimento ao disposto nos incisos I e III as 
organizações religiosas. 
§ 3o As sociedades cooperativas deverão atender às exigências previstas 
na legislação específica e ao disposto no inciso IV, estando dispensadas do 
atendimento aos requisitos previstos nos incisos I e III.
§ 4o (VETADO). § 5o Para fins de atendimento do previsto na alínea c do 
inciso V, não será necessária a demonstração de capacidade instalada 
prévia. (Brasil, 2014).
2.3 Regularidade Jurídica e fiscal
Outro aspecto importante é a comprovação da regularidade jurídica e fiscal da 
organização. Para isso, é necessário que o Estatuto Social e suas alterações estejam registrados 
no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. A organização também deve manter os dados 
cadastrais no CNPJ atualizados e apresentar as certidões exigidas pela legislação, garantindo 
que estejam sempre em conformidade, pois podem ser solicitadas a qualquer momento.
Caso a proposta envolva atuação em rede, todas as OSCs participantes devem 
assegurar sua regularidade jurídica e fiscal, a qual deve ser apresentada à OSC celebrante.
Art. 34. Para celebração das parcerias previstas nesta Lei, as organizações 
da sociedade civil deverão apresentar: 
I - (revogado); 
II - Certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, de contribuições 
e de dívida ativa, de acordo com a legislação aplicável de cada ente federado;
 III - certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registrocivil ou 
cópia do estatuto registrado e de eventuais alterações ou, tratando-se de 
sociedade cooperativa, certidão simplificada emitida por junta comercial; 
IV -(revogado); 
V - Cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual; 
VI - Relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço, 
número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro 
no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil - RFB de cada um deles; 
VII - comprovação de que a organização da sociedade civil funciona no 
endereço por ela declarado; 
VIII - (revogado). Parágrafo único. (VETADO): I - (VETADO); II - (VETADO); 
90 91 III - (VETADO). (Brasil, 2014).
2.4 Impedimentos e Restrições 
A Lei 13.019/2014 estabelece impedimentos e restrições para que as organizações 
da sociedade civil celebrem novas parcerias:
75LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
a) Organizações cujas contas foram rejeitadas pela administração pública nos 
últimos cinco anos, a menos que a irregularidade que causou a rejeição tenha sido 
sanada e os débitos imputados quitados. O mesmo se aplica se a decisão de rejeição for 
reconsiderada ou revista e as contas estiverem pendentes de decisão sobre recurso com 
efeito suspensivo.
b) Organizações cujas contas tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por 
qualquer Tribunal, ou Conselho de Contas nos últimos oito anos e que tenham sido punidas 
pela administração pública nas seguintes situações:
• Suspensão de participação em licitações e impedimento de contratar com a 
administração pública;
• Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração 
pública;
• Suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento 
de celebração de parceria por prazo não superior a dois anos;
• Declaração de inidoneidade para participar em chamamento público.
Se a organização for punida apenas com uma advertência, não haverá restrições 
para firmar novas parcerias.
Organizações que não estão regularmente constituídas ficam impedidas de celebrar 
parcerias com o poder público, assim como aquelas que apresentam omissões na prestação 
de contas de parcerias anteriores.
A lei também estabelece impedimentos para os dirigentes das organizações nas 
seguintes situações:
• Prestação de contas julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal, ou Conselho 
de Contas nos últimos oito anos;
• Julgamento por falta grave e inabilitação para o exercício do cargo, durante o 
período da inabilitação;
• Consideração de responsabilidade por ato de improbidade, durante os prazos 
estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei 8.429/1992.
Além disso, as organizações cujos dirigentes tenham vínculos com membros do Poder 
ou do Ministério Público, ou com dirigentes de órgãos, ou entidades da administração pública, 
estão impedidas de celebrar parcerias. Essa vedação se estende aos respectivos cônjuges ou 
companheiros e a parentes em linha reta, colateral ou por afinidade até o segundo grau.
76LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
FIGURA 01: GRAUS DE PARENTESCO PARA FINS DE NEPOTISMO
Fonte: Nepotismo - Conceito, base legal, vedações e exceções. Brasília, 2021. Disponível em: 
https://abre.ai/liZ1 Acesso em: 15 nov. 2023.
Entende-se por membro de poder qualquer titular que exerça atividades típicas 
de governo de forma remunerada, incluindo presidentes das República, governadores, 
prefeitos, respectivos vices, ministros de Estado, secretários nas unidades da Federação, 
senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores.
https://abre.ai/liZ1
77
Com a entrada em vigor da Lei 13.019/2014, os órgãos da administração 
pública adotam normas que garantem maior segurança nos procedimentos de parceria 
com as organizações da sociedade civil. Eles precisarão se adaptar a exigências que 
demandam mais planejamento, capacidade operacional e capacitação de pessoal, além da 
obrigatoriedade de realizar chamamentos públicos, garantir transparência ativa, promover 
ações de comunicação e desenvolver programas de formação, assim como criar instâncias 
de participação social para debater sobre fomento e colaboração.
A Lei 13.019/2014 representa um avanço na criação de um regime jurídico para as 
parcerias entre as organizações da sociedade civil e o Estado. Introduz os instrumentos do 
Termo de Fomento e do Termo de Colaboração, que representam duas dimensões distintas 
dessa parceria. Esses termos substituem os convênios, que, embora ainda existam na 
relação entre o governo federal, estados e municípios, podem ser celebrados com entidades 
na área da saúde, conforme previsão constitucional. Também é instituído o Acordo de 
Cooperação para parcerias sem transferência de recursos. A nova lei afasta expressamente 
a aplicação da Lei 8.666/1993 nas relações de parceria entre a administração pública e as 
organizações da sociedade civil.
Adicionalmente, a administração pública deve prever anualmente os valores a serem 
gastos por meio de parcerias e organizar-se para cumprir os prazos de análise das prestações 
de contas, evitando a acumulação de documentos e atrasos na conclusão das parcerias.
O QUE MUDA PARA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?3
TÓPICO
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
78LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
3.1 Capacidade técnica e operacional do órgão público 
A entidade da administração pública deve avaliar sua capacidade operacional em 
relação aos recursos humanos, materiais e tecnológicos antes do processo de seleção 
das organizações da sociedade civil. É fundamental promover a capacitação dos gestores, 
assegurando que tenham conhecimentos técnicos e a infraestrutura necessária para 
acompanhar as parcerias e analisar as prestações de contas.
A Lei 13.019/2014 exige que a administração pública adote o chamamento público 
para a seleção das organizações. Esse chamamento orienta os interessados, apresentando 
procedimentos claros, objetivos, simplificados e padronizados.
Devem ser estabelecidos critérios e indicadores, especialmente em relação aos 
seguintes aspectos: objeto da parceria, metas a serem alcançadas, custos e indicadores, 
tanto quantitativos quanto qualitativos, para avaliação de resultados. As exceções ao 
chamamento público ocorrem nas seguintes situações:
• Dispensa: o órgão público pode realizar uma parceria diretamente com uma 
organização da sociedade civil sem necessidade de chamamento público em 
casos de urgência decorrente da paralisação de atividades de relevante interesse 
público, por até 180 dias, ou em situações de guerra, calamidade pública, grave 
perturbação da ordem pública ou ameaça à paz social. Isso inclui programas de 
proteção a pessoas ameaçadas, onde a identificação da OSC pode comprometer 
o sigilo necessário para a eficácia do programa, bem como atividades nas áreas 
de educação, saúde e assistência social, desde que realizadas por organizações 
previamente credenciadas pelo órgão gestor da respectiva política.
• Inexigibilidade: o administrador público pode justificar a não necessidade 
de competição entre as organizações devido à natureza singular do objeto do 
plano de trabalho e à possibilidade de que apenas uma entidade específica 
atinja as metas. Isso se aplica especialmente quando o objeto da parceria 
for uma incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso internacional, 
com instituições que utilizarão os recursos identificados. A parceria pode ser 
expressamente identificada em relação à entidade beneficiária, incluindo 
subvenções previstas na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.
• Emendas Parlamentares: parcerias envolvendo recursos de emendas 
parlamentares podem ser celebradas sem chamamento público.
 
Nessas situações de dispensa, inexigibilidade ou emendas parlamentares, os 
demais dispositivos da Lei 13.019/2014 permanecem aplicáveis. 
• Transparência ativa: a administração pública deve manter informações públicas 
sobre as parceriascelebradas com as OSCs, incluindo planos de trabalho com os 
79LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
seguintes dados: data de assinatura, identificação do instrumento de parceria e do 
órgão responsável; nome e CNPJ da OSC; descrição do objeto da parceria; valor 
total e valores liberados, quando aplicável; situação da prestação de contas; e valor 
total da remuneração da equipe de trabalho, funções e remuneração prevista.
Além disso, a administração pública deve garantir transparência nos casos de 
dispensa e inexigibilidade de chamamento público, publicando a formalização da parceria 
e justificação da não realização do processo de seleção. A partir desse momento, os atos 
terão efeito jurídico, incluindo os termos aditivos aos instrumentos.
A administração pública também deve disponibilizar manuais que garantam 
orientações em todas as etapas da parceria, incluindo a operacionalização do sistema 
eletrônico. Eventuais atualizações devem ser comunicadas às organizações da sociedade 
civil, assegurando uma gestão transparente e eficiente.
Art. 23. A administração pública deverá adotar procedimentos claros, 
objetivos e simplificados que orientem os interessados e facilitem o acesso 
direto aos seus órgãos e instâncias decisórias, independentemente da 
modalidade de parceria prevista nesta Lei. Parágrafo único. Sempre que 
possível, a administração pública estabelecerá critérios a serem seguidos, 
especialmente quanto às seguintes características: I - objetos; II - metas; III 
- (revogado); IV - custos; 82 83 V - (revogado); VI - indicadores, quantitativos 
ou qualitativos, de avaliação de resultados. (Brasil, 2014).
Para garantir que todos os princípios da lei sejam respeitados, é essencial que 
gestores públicos, organizações e conselheiros de políticas públicas participem de processos 
formativos. O governo federal tem a obrigação de promover programas de capacitação. 
Essas capacitações podem ser desenvolvidas por órgãos e entidades públicas, instituições 
de ensino, escolas de governo e organizações da sociedade civil, promovendo a formação 
conjunta de gestores e servidores públicos, representantes de OSCs e membros de 
conselhos, comissões e comitês de políticas públicas e de direitos.
A Lei 13.019/2014 também determina que os meios públicos de comunicação devem 
divulgar campanhas publicitárias e programações desenvolvidas por OSCs em parceria 
com a administração pública, aumentando a visibilidade das atividades e garantindo que 
sejam conhecidas e compreendidas por toda a sociedade.
80
Os órgãos de controle desempenham um papel crucial nas relações de parceria, pois, 
além de fiscalizar o uso dos recursos públicos, ajudam a consolidar entendimentos sobre a 
interpretação das normas. A participação desses órgãos foi fundamental para reconhecer a 
importância das organizações da sociedade civil (OSCs) nas políticas públicas, garantindo 
transparência e efetividade na aplicação dos recursos.
Com a implementação da Lei 13.019/2014, esses órgãos contribuem para aprimorar 
procedimentos, uniformizar entendimentos e resolver controvérsias, adotando uma nova 
perspectiva sobre as relações de parceria. Isso fortalece a avaliação dos resultados 
alcançados e consolida o modelo conhecido como “controle por resultados”.
Esse novo enfoque legitima o acesso das OSCs a recursos públicos com base em 
seu histórico e no acúmulo de conhecimento técnico e político. Além disso, permite que se 
mensurem os impactos gerados nos beneficiários das parcerias, utilizando resultados que 
evidenciem a efetividade das ações.
A nova lei oferece uma oportunidade para que os órgãos de controle adotem 
uma abordagem inovadora, focando no acompanhamento da execução das parcerias e 
incorporando uma fiscalização com viés preventivo e qualitativo, alinhada à realidade das 
relações entre OSCs e o Estado, assumindo assim um novo papel nesse contexto.
O QUE MUDA PARA OS 
ÓRGÃOS DE CONTROLE?4
TÓPICO
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
81
O marco legal não é apenas um conjunto de regras a serem seguidas, mas uma expressão dos 
valores e princípios de uma sociedade, cuja aplicação efetiva é fundamental para a manutenção da ordem 
e da justiça.
Fonte: A autora (2024).
REFLITA
PERGUNTAS E RESPOSTAS: APLICAÇÃO DO MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES 
DA SOCIEDADE CIVIL – MROSC NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Esta orientação, organizada em formato didático de perguntas e respostas, têm como propósito 
fundamental orientar e apoiar os gestores dos estados, municípios e do Distrito Federal no planejamento 
e aplicação da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, Marco Regulatório das Organizações da Sociedade 
Civil – Mrosc, no âmbito do Sistema Único de Assistência Social. O conteúdo apresentado é fruto de debates 
suscitados na Câmara Técnica da Comissão Intergestores Tripartite que teve como objetivo principal 
discutir os pontos nevrálgicos para implementação do Mrosc no SUAS e contou com a participação de 
representantes da Secretária Nacional de Assistência Social, Colegiado Nacional de Gestores de Assistência 
Social – Congemas e do Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social – Fonseas.
Para saber mais acesse: http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2017/01/FAQ_
MROSC.pdf
SAIBA
MAIS
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2017/01/FAQ_MROSC.pdf
http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2017/01/FAQ_MROSC.pdf
82
O estudo sobre o Marco Regulatório do Terceiro Setor, no contexto da Lei Federal n° 
13.019/2014, estabelece regras para a celebração de parceria entre a administração pública 
e as organizações do Terceiro Setor. Anterior a essa legislação, não existia nada claro sobre 
os critérios para parceria. Isso gerava insegurança na hora da seleção das instituições. 
Portanto, o Marco Regulatório do Terceiro Setor oportunizou mudanças, garantindo 
critérios que vão de encontro às necessidades das OSCs, nas parcerias entre a administração 
pública. Assim, a Lei estabelece uma gestão transparente, promovendo legitimidade, 
impessoalidade e moralidade em todos os processos da parceria. 
Concluímos que o Novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil 
(MROSC) tem como objetivo aprimorar o ambiente jurídico, aproximando as políticas 
públicas dos usuários. Ele reconhece a importância do relacionamento institucional entre 
o Estado e as Organizações da Sociedade Civil, possibilitando que as equipes técnicas 
intervenham de maneira dinâmica e inovadora na solução de problemas sociais.
Agradeço, por estar comigo em mais uma unidade, até a próxima!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
83
O QUE É O MROSC?
O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, comumente conhecido 
pela sigla MROSC, sintetiza reivindicações e articulações de uma ampla agenda voltada 
ao aperfeiçoamento do ambiente jurídico e institucional relacionado às Organizações da 
Sociedade Civil (OSCs) e suas relações de parceria com a administração pública. Principiada 
em 2010 com o movimento Plataforma OSC, passa a ter contornos mais definidos a partir 
de 2011, quando é instituído grupo de trabalho interministerial, com o propósito de avaliar, 
rever e propor aperfeiçoamento da legislação federal pertinente às parcerias das OSCs com 
o poder público. Em sua dimensão normativa, uma das primeiras e principais conquistas da 
ampla agenda MROSC foi a sanção e, agora, a implementação da Lei Nacional n° 13.019, 
de 31 de julho de 2014 – Lei MROSC. Essa lei define novas regras para a celebração de 
parcerias entre OSCs e administração pública, nas quais se estabelece regime de mútua 
cooperação entre os atores para o alcance de metas e resultados e, por conseguinte, para 
a consecução de finalidades de interesse público e, por óbvio, recíproco.
Fonte: BRASIL. Secretaria da Casa Civil, Relações Institucionaisdesempenhar melhor suas funções. Assim alcançando a 
sustentabilidade, a transparência, o controle, a economicidade, a eficiência e a eficácia, 
permitindo o crescimento das entidades. 
Esta disciplina é apropriada, uma vez que o gerenciamento das OSCs recebe nova 
regulamentação por meio de leis, decretos, portarias e instruções normativas das três 
esferas de governo. Além disso, visa apresentar informações com o objetivo de capacitar 
profissionais que darão suporte aos colaboradores da equipe gestora e operacional das 
instituições, auxiliando gestores a realizar, de forma correta, a legislação vigente, tanto de 
recursos livres quanto daqueles oriundos de órgãos governamentais municipais, estaduais 
e federais, ou de empresas e fundações filantrópicas que financiam projetos sociais.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
9
1.1 Conceito
Terceiro Setor é o termo utilizado para as ações provenientes da sociedade. No 
Brasil, podemos encontrar outras expressões como: não governamental, sociedade civil, 
sem fins lucrativos, filantrópicas, sociais, solidárias, independentes, caridosas, de base, 
associativas, entre outras. As entidades do Terceiro Setor são voltadas à realização de 
finalidades, religiosas, recreativas, ambientais, culturais, sociais, entre outros, cuja 
existência está embasada com a inscrição do estatuto social em cartório de registro de 
títulos e documentos. O estatuto é um documento formal, no qual consta o conjunto de 
regras básicas que norteiam o trabalho da entidade do Terceiro Setor. 
Essas entidades são de pessoa jurídica de direito privado, pois possuem autonomia 
para exercer direitos e adquirir obrigações. Pessoa Jurídica é uma entidade ou organização 
reconhecida por lei como tendo existência própria, separada das pessoas que a compõem. 
Ou seja, a Pessoa Jurídica tem uma identidade e responsabilidades legais distintas de seus 
membros, embora esses membros combinem seus esforços e recursos para alcançar os 
objetivos da entidade. A Pessoa Jurídica pode celebrar contratos, ter direitos, obrigações e 
responder por suas ações independentemente dos indivíduos que fazem parte dela.
1.2 Distinção entre Primeiro, Segundo e Terceiro Setor
A sociedade atual encontra-se estruturada por meio de três setores, os quais são: 
O Estado, ou Governo, como o primeiro setor; O Mercado, sendo o segundo setor, e; O 
TERCEIRO SETOR1
TÓPICO
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
10
Terceiro Setor, constituído pelas entidades Civil que atuam sem fins lucrativos, porém com 
interesse público.
Podemos observar que o Estado atua na esfera pública, o Mercado na privada, 
e o Terceiro Setor vem atuando na esfera não governamental. Cabe ressaltar que esses 
três setores são interligados e são interdependentes, o que compõe a realidade social em 
constante processo de mudança acelerada em um mundo contemporâneo marcado pela 
instabilidade, complexidade e incerteza.
A sociedade civil é aquela que está fora do aparato estatal, embora mantenha 
um vínculo inseparável com o Estado, ao passo que o incentiva a instituir leis e a se 
manter. Assim, a questão da cidadania nos remete ao conceito da sociedade civil, pois 
implica que a sociedade seja constituída de cidadãos que têm direitos e deveres.
1.3 Características do Terceiro Setor
Entre as principais características do Terceiro Setor está a sua origem, ou seja, tem 
ações de cunho privado e, no que concerne ao destino de suas ações, buscam benefícios 
sociais, às vezes se aproximando da lógica de mercado ou ficando próximas às atribuições do 
Estado. Essas organizações também possuem duas características exclusivas que as diferem 
das demais; não distribuem lucro, como fazem as organizações pertencentes ao setor privado 
e nem estão sujeitas ao controle estatal, como as organizações do setor público.
Assim, ao comparar as entidades com os outros tipos de organizações são 
consideradas como características mais particulares do Terceiro Setor, o fato de serem: 
privadas, não integrante do Estado; Sem fins lucrativos, organizações que não distribuem 
saldo entre os membros da diretoria e que não possuem como resultado o lucro, podendo até 
os gerar, desde que aplicados nas atividades propostas; institucionalizadas, legalmente 
constituídas; autoadministradas, gerenciam as suas próprias atividades; voluntárias, 
podem ser constituídas por qualquer grupo de pessoas, visto que os sócios ou fundadores 
possuem liberdade para decidir as suas atividades. 
Constituídas por cidadãos ligados à organização por razões filosóficas, 
utilizadas para cumprimento dos objetivos sociais a que a entidade se propôs. 
Criadas para o alcance de interesses e objetivos sociais comuns, e propósitos públicos, ou 
seja, seus propósitos devem ser destinados à coletividade ou as pessoas.
As instituições do Terceiro Setor, compartilham de características em comum. Dessas, 
cabe ressaltar a mais importante como sendo, o fato de atuarem na busca da satisfação 
de necessidades sociais. Vale frisar que, em termos de resultados a serem alcançados, 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
11
o principal é não se constituírem de caráter público, porém desenvolvem um trabalho de 
interesse social ou público.
Destaca-se, também, a importante característica de não manterem um vínculo 
mercantil com a sociedade, pois não estão voltadas o lucro no sentido dos interesses 
capitalistas. As receitas das organizações do Terceiro Setor são normalmente advindas 
de doações, prestações de serviços, parcerias e acordos com o poder público, e são 
revertidas para instituições, não ocorrendo distribuição de lucros entre seus associados ou 
empregados.
O fato de não serem instituições governamentais, embora possam manter vínculo 
com o Estado, por intermédio de parcerias, mas de apresentarem-se organizadas sem 
a participação do Estado e serem autogovernadas, lhes concede liberdade de ação e 
definição de orientações e normas em relação ao Estado.
1.4 Naturezas Jurídicas
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - As associações;
II - As sociedades;
III - As fundações.
IV - As organizações religiosas; 
(Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, Código Civil)
De acordo com a Lei nº 10.406/02 do Código Civil brasileiro, existem quatro tipos de 
entidade sem fins deste grupo, apenas as Associações, as Fundações e as Organizações 
Religiosas que realiza, atividades sociais são consideradas como entidades do Terceiro Setor. 
1.5 Associações
O artigo 53 da Lei nº 10.406/02 do Código Civil, define associações como a união 
de pessoas que se organizam para fins não lucrativos. E a Constituição Federal garante 
o direito à associação, mas proíbe o exercício das atividades de caráter militar. Assim, 
as associações constituem em um grupo de pessoas, com uma finalidade comum, sem 
ter o lucro como finalidade. Sendo assim, são instituídas por pessoas jurídicas de direito 
privado, sem fins lucrativos, que se organizam constituindo um grupo de pessoas com 
objetivo comum, sem interesse de resultado financeiro, as rendas de suas atividades são 
obrigatoriamente revertidas para os objetivos estatutários.
É importante ressaltar que, as associações não estão vedadas de realizar atividades 
geradoras de receita, desde que se caracterizam como meios para atendimento de seus 
objetivos, não perdendo a categoria de associação mesmo realizando negócios com 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
12
interesse de aumentar seu patrimônio, desde que não gere lucro aos associados. Para 
isso, as atividades econômicas realizadas pelas OSCs devem estar claramente previstas 
em seus estatutos, assim como a intenção de reinvestir integralmente os resultados obtidos 
na promoção de seus objetivos sociais.
As associações são geridas por uma Assembleia Geral, que determina a forma de 
atuação da entidade. Além disso, contam com um Conselhoe Sociais 
Subsecretaria de Relações do Trabalho e do Terceiro Setor Governo do Distrito Federal. 
Brasília - DF, volume I; p. 203 páginas, 2018. Disponível em: https://www.casacivil.df.gov.br/
wp-conteudo/uploads/2018/11/Manual-MROSC-DF-FINAL.pdf Acesso em: 28 dez. 2023.
LEITURA COMPLEMENTAR
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
https://www.casacivil.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/11/Manual-MROSC-DF-FINAL.pdf
https://www.casacivil.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/11/Manual-MROSC-DF-FINAL.pdf
84
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Estudo do Marco Regulatório das Organizações da 
Sociedade Civil.
• Autor: Bruno Fialho Ribeiro.
• Editora: CRV; 1ª edição (20 julho 2020).
• Sinopse: Este estudo é dirigido tanto para a classe jurídica 
quanto para os gestores públicos e seus assessores no exercício 
das atividades administrativas na União, Estados, Distrito Federal 
e, principalmente, nos Municípios. Para facilitar o trabalho dos 
servidores públicos e dirigentes das OSCs (Organizações da 
Sociedade Civil), acompanha a Lei nº 13.019/14 atualizada e Modelo 
de Edital de Chamamento Público, incluindo notas explicativas a fim 
de auxiliá-los na elaboração de seus projetos. Na introdução deste 
livro o leitor será apresentado à importância e à legitimidade das 
Organizações da Sociedade Civil nas políticas públicas. Grande parte 
dos projetos de interesse público e boas práticas de gestão surgem 
no cenário de atuação do Terceiro Setor. Foi de suma importância 
para a elaboração desta obra a experiência do Autor na capacitação 
de servidores públicos e no desenvolvimento de modelagens 
jurídicas para projetos de parcerias com o Terceiro Setor. Em prol 
do desenvolvimento socioeconômico do País, esperamos este livro 
proporcione novas reflexões sobre a importância da proximidade 
entre as entidades públicas e privadas.
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Bruno+Fialho+Ribeiro&text=Bruno+Fialho+Ribeiro&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
85
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil 
(MROSC).
• Ano: 2022.
• Sinopse: Este o marco regulatório das Organizações da Sociedade 
Civil – MROSC, no âmbito do Sistema Único de Assistência 
Social: Orientando e apoiando os gestores e as organizações 
sociais no planejamento e aplicação da Lei nº 13.019, de 31 de 
julho de 2014, MROSC. Apresentação geral do Sistema Único de 
Assistência Social (SUAS) e suas relações com as Organizações 
da Sociedade Civil (OSC): o que faz uma OSC? Legislação: Lei 
Federal nº 13.019/2014; Decreto Federal nº 8.726/2016; quais 
principais mudanças introduzidas pelo MROSC; O chamamento 
público, a dispensa e a inexigibilidade: o detalhamento de cada 
processo; como empregar os recursos da parceria e a Comissão 
de Monitoramento; Parcerias com as OSCs na execução indireta 
dos serviços socioassistenciais e o fluxo de atendimento. Estudo 
de casos: análise da situação de dois municípios. Patrícia Ianda 
Soares (organizadora e mediadora) Elane Tiago Viana (palestrante) 
Mayara Gouveia (palestrante).
LEGISLAÇÃO - MARCO LEGAL E SUA APLICAÇÃOUNIDADE 3
Professor(a) Esp. Angela Carvalho Kotsubo Giovaneli
PARCERIAS COM A 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA4UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
87
Plano de Estudos
• Planejamento; 
• Seleção e Celebração; 
• Execução; 
• Monitoramento e Avaliação; 
• Prestação de contas.
Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer a etapa do Planejamento, pois é a mais importante das parcerias, 
pois é a etapa que todas serão executadas;
• Entender a etapa de seleção e celebração como inovadora e a mais transparente 
das ações, pois é a etapa de incentivo à gestão pública em celebrar a parceria; 
• Compreender a definição, metas, ações e as atividades planejadas, na etapa 
de execução, visando como alcançar a proposição pactuada; 
• Aprender que administração pública tem papel fundamental na etapa de 
monitoramento e avaliação, onde acompanhará a execução das parcerias 
visando os resultados alcançados. 
• Entender a etapa da Prestação de Contas, pois é a mais importante do MROSC, 
é nesse momento que apresenta o resultado do bom planejamento e execução 
do recurso financeiro liberado pela administração pública a OSC.
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
88
O objetivo do aprendizado dessa Unidade IV é oferecer o conhecimento sobre as 
Etapas da Parceria, entre o órgão da administração pública e a organização da sociedade 
civil. É necessário que toda a parceria seja construída, executada e avaliada, onde cada 
etapa esteja conectada às demais e apresentem sua importância.
Iniciamos com o conhecimento da etapa do Planejamento, etapa mais importante 
de modo a definir os resultados pretendidos, indicadores, recursos despendidos e atores 
envolvidos, afinal, levarão à celebração da parceria e ao alcance do interesse público.
Entender em seguida a etapa de seleção e celebração como inovadora e a mais 
transparente das ações, pois é a etapa de incentivo à gestão pública em celebrar a parceria.
A necessidade de compreender a definição, metas, ações e as atividades planejadas, 
na etapa de execução, visando como alcançar a proposição pactuada. Com a parceria, 
aprender que administração pública tem papel fundamental na etapa de monitoramento e 
avaliação, onde acompanhará a execução das parcerias visando os resultados alcançados.
E finalizando com a etapa da Prestação de Contas por ser a mais importante do 
MROSC, é nesse momento que apresenta o resultado do bom planejamento e execução 
do recurso financeiro liberado pela administração pública à OSC.
Com as mudanças previstas da Lei 13.019/2014 e a garantia da parceria em cada 
uma das etapas, valorizando as organizações da sociedade civil e garantindo a efetivação de 
direitos e estimulando o desenvolvimento. Nesse sentido, reconhecemos que as parcerias 
entre a gestão pública e organização da sociedade civil aproximam as políticas públicas das 
realidades locais, possibilitando a solução de problemas de maneira criativa e inovadora.
Desejo boa leitura e ótimo estudo!
INTRODUÇÃO
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
89
A etapa de planejamento deve ser comum tanto para a administração pública 
quanto para as organizações da sociedade civil, sendo uma fase importante da parceria 
que garante a validade das etapas seguintes. Desde a fase de planejamento, é elaborado 
o Plano de Trabalho, documento que será utilizado para lançar a parceria e que inclui as 
seguintes informações:
• Descrever a realidade, os objetivos da parceria, mostrar a realidade, as 
atividades e os objetivos a serem alcançados;
• Descrição dos objetivos e atividades desenvolvidas;
• Previsões de receitas e despesas na execução das atividades;
• Os meios pelos quais as atividades são realizadas e os objetivos são alcançados;
• Definir os parâmetros utilizados para verificar o cumprimento dos objetivos;
• Ações que exijam pagamento em espécie;
O Plano de Trabalho pode incluir o pagamento de despesas gerais para execução 
da parceria, independente da proporção do valor total da parceria, podendo incluir custos 
de consumo, estrutura e gestão.
Art. 8º Ao decidir sobre a celebração de parcerias previstas nesta Lei, o 
administrador público: 
I - Considerará, obrigatoriamente, a capacidade operacional da administração 
pública para celebrar a parceria, cumprir as obrigações dela decorrentes e 
assumir as respectivas responsabilidades;
 II - Avaliará as propostas de parceria com o rigor técnico necessário; 
III - Designará gestores habilitados a controlar e fiscalizar a execução em 
tempo hábil e de modo eficaz; 
PLANEJAMENTO1
TÓPICO
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
90PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
IV - Apreciará as prestações de contas na forma e nos prazos determinados 
nesta Lei e na legislação específica. 
Parágrafo único. A administraçãopública adotará as medidas necessárias, 
tanto na capacitação de pessoal, quanto no provimento dos recursos 
materiais e tecnológicos necessários, para assegurar a capacidade técnica e 
operacional de que trata o caput deste artigo. (Brasil, 2014).
Os custos indiretos não devem ser confundidos com a taxa de administração. 
Quando uma organização compartilha custos provenientes de outra fonte de financiamento, 
é obrigatório apresentar um relatório que detalhe a parte financiada pela parceria e a parte 
coberta por outros recursos. É essencial assegurar que não haja sobreposição de fontes de 
financiamento para uma mesma despesa.
O Plano de Trabalho detalhará todos os assuntos relacionados a remuneração da 
equipe de trabalho, como: 
a) Valor tributário; 
b) Contribuição social; 
c) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); 
d) Férias; 
e) Décimo-terceiro salário; 
f) Salários proporcionais; 
g) Verbas rescisórias; e 
h) Outros custos sociais. 
Nesta fase, deverá considerar o propósito da parceria, refletindo sobre a estrutura 
administrativa, os objetivos e os resultados a alcançar.
91
SELEÇÃO E 
CELEBRAÇÃO2
TÓPICO
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
Esta etapa traz como inovação a obrigatoriedade do chamamento público, sendo 
uma forma de acesso das organizações aos recursos públicos de forma transparente e 
incentivo a gestão democrática, possibilitando que o Estado tenha contato com um maior 
número de organizações. 
A vedação na etapa de seleção e celebração de quem poderá participar nessa fase, 
também é importante, através de cláusulas baseadas na localização das organizações 
e outras situações que não seja relevante para a efetivação da parceria, garantido a 
participação maior de organizações com condições de apresentar a proposta. 
2.1 Edital
O Edital é o documento que definirá todos os critérios e requisitos para a seleção 
da entidade, indicando os objetivos para os quais a parceria atua. Deve constar no edital: 
• O planejamento orçamentário permite e facilita parcerias; 
• Tipo de cooperação estará envolvido; 
• Objeto da parceria; 
• Datas, prazos, condições, local e forma de apresentação das propostas;
• Datas e critérios de seleção e julgamento das propostas, bem como métodos 
de pontuação e ponderação de cada critério; 
• Valor ou teto especificado para atingir a meta; 
• Condições para reclamações administrativas; 
• Projetos de documentos através dos quais a parceria será organizada; e
92PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
• Acessibilidade para pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida e idosos, 
levando em conta as características do parceiro.
2.2 Acessibilidade 
O edital de recurso poderá estipular medidas de acessibilidade para pessoas com 
deficiência, com dificuldade de locomoção e idosos, em conformidade com a Convenção 
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 
13.146/2015). Os recursos públicos não devem criar barreiras e devem ser disponibilizados 
de maneira inclusiva para todos.
2.3 Publicização Do Edital 
O edital deve ser publicado com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência A 
administração pública poderá divulgar Os editais e as informações sobre todas as parcerias 
realizadas deverão ser disponibilizados no portal da internet. Após a publicação do edital, as 
entidades poderão submeter suas propostas, acompanhadas das informações solicitadas, 
e a administração pública realizará a análise:
• Se as propostas forem coerentes com objetivos específicos e a ação se 
enquadrar no objeto da cooperação; 
• Se as recomendações corresponderem ao valor de referência estabelecido no 
edital. 
Esta primeira análise resultará numa lista ordenada de recomendações.
2.4 Contrapartida 
A contrapartida não pode ser exigida, apenas em bens e serviços e, quando exigida, 
deverá mensura em valores monetários com preços vigentes no mercado, o depósito do 
valor não pode ser exigido na conta bancária do termo da parceria.
2.5 Comissão De Seleção 
A Comissão de Seleção analisa as propostas apresentadas pelas OSC, é o 
órgão para tratar e julgar reclamações públicas formadas por lei publicado em meio de 
comunicação oficial, com a participação de um funcionário público em exercício de cargo ou 
função efetiva, especialistas nomeados e membros de comitês de políticas públicas, cuja 
composição deve ser divulgada em alguns meios de comunicação oficiais.
93PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
Fica proibido a participação de pessoas que, nos últimos cinco anos, tenham 
alguma relação jurídica (associado, dirigente ou empregado) com uma das organizações 
participantes, sendo indicado um substituto, com qualificação equivalente ao anterior.
A seleção das parcerias, custeadas com recursos dos conselhos de direito, serão 
realizadas por eles, respeitando a legislação específica. 
2.6 Da seleção das propostas à celebração da parceria 
Conforme a Lei 13.019/2014, algumas fases devem ser observadas, iniciando com 
a análise dos planos de trabalho enviados pelas OSCs. 
Superada a análise e julgamento desses recursos, o órgão público publicará o 
resultado da classificação das OSCs.
Essa fase deve estar acompanhada de um relatório com as seguintes informações: 
• O conteúdo está de acordo com a parceria;
• A execução é viável e os valores estão conforme o preço de mercado; 
• O cronograma previsto é adequado e permite fiscalização. 
Após publicação da classificação, o poder público deverá convocar a OSC para 
comprovação dos requisitos previstos na Lei 13.019/2014, com apresentação de documento 
e o detalhamento da proposta.
No ato da celebração da parceria, os Termos deverão conter o prazo correspondente 
ao tempo para a execução do objeto da parceria. 
Art. 23. A administração pública deverá adotar procedimentos claros, 
objetivos e simplificados que orientem os interessados e facilitem o acesso 
direto aos seus órgãos e instâncias decisórias, independentemente da 
modalidade de parceria prevista nesta Lei. Parágrafo único. Sempre que 
possível, a administração pública estabelecerá critérios a serem seguidos, 
especialmente quanto às seguintes características: 
I - Objetos; 
II - Metas; 
III - (revogado); 
IV - Custos;
V - (revogado); 
VI - Indicadores, quantitativos ou qualitativos, de avaliação de resultados. 
(Brasil, 2014)
94
EXECUÇÃO3
TÓPICO
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
É o momento de executar as atividades planejadas, com as metas claras servirá 
para verificação dos resultados, o método utilizado no setor privado na execução dos 
recursos será adotado com os recursos recebidos.
Permitir explicitamente o pagamento à equipe que trabalha no projeto e reconhecer 
que o dirigente pode ser remunerado por seu trabalho em parceria é uma conquista. 
Nesse sentido, a lei enfatiza a especificidade e relação de trabalho das organizações não 
governamentais que diferem das funções da gestão pública. 
Itens autorizados para pagamento com a parceria? Todos os custos previstos no 
plano de trabalho, abordando a lei alguns dos pontos pouco claros no ordenamento jurídico.
3.1 Equipe de trabalho 
A seleção e a contratação do grupo de trabalho da OSC devem considerar os 
objetivos a serem alcançados em colaboração, bem como os conhecimentos essenciais 
para o projeto. A contratação de profissionais para compor a equipe de uma parceria pode 
incluir tanto funcionários próprios quanto custos sociais, especificando que os valores:
• correspondam às metas previstas no Plano de Trabalho e as qualificações 
exigidas para o desempenho da função; 
• sejam consistentes com o preço de mercado da região e não exceder o valor 
máximo pago pelo Poder Executivo; 
• sejam proporcionais ao tempo de trabalho da parceria. 
95PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
É fundamental ressaltar que a remuneração da equipe contratada pela OSC é de 
responsabilidade da própria organização, não gerandoqualquer vínculo de trabalho com o 
poder público. Da mesma forma, caso uma OSC não cumpra suas obrigações trabalhistas, 
fiscais e comerciais, a administração pública não será responsabilizada pelo pagamento.
3.2 Diárias
 As diárias de viagem, hospedagem e alimentação poderão ser pagas aos contratados 
para a parceria e deverão respeitar o valor máximo aprovado pela administração pública. 
Despesas semelhantes poderão ser pagas a voluntários que trabalhem em parceria, 
conforme a Lei 9.608/1998.
3.3 Custos indiretos
As despesas indiretas podem incluir itens como água, luz, internet, transporte, 
aluguel e telefone, além de custos com serviços de contabilidade e assessoria jurídica.
3.3.1 O que não é permitido pagar com recursos colaborativos?
• Taxas administrativas, taxas de gestão ou encargos similares (que não devem 
ser confundidos com custos indiretos ou remuneração de funcionários).
• Despesas que não sejam relevantes para a operação da organização.
• Remunerações de servidores, funcionários públicos e empregados públicos 
não vinculados a entidades empresariais, salvo disposição legal em contrário.
3.4 Liberação de parcelas 
Os recursos serão liberados pela administração pública conforme cronograma de 
desembolso autorizado.
 A lei orienta que a transferência de prazos seja controlada pela OSC, através de 
uma plataforma eletrônica na internet, e que a administração pública disponibilize essa 
plataforma. A liberação das parcelas pode ser suspensa nas seguintes situações:
• Irregularidades: quando houver evidências de irregularidade na aplicação de 
depósitos anteriormente recebidos.
• Desvio de Uso: quando for constatado desvio na utilização dos recursos, ou se 
a organização violar as obrigações estabelecidas no Termo de Colaboração ou 
de Fomento.
• Não conformidade: quando a OSC não adotar, sem justificativa, as medidas 
indicadas pela administração pública ou pelo órgão de controle para resolver 
questões pendentes.
96PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
Nesse caso, é fundamental que todas as orientações sejam registradas por escrito, 
pois isso facilitará a responsabilização em situações futuras. Ter um registro claro das 
diretrizes e comunicações garante maior transparência e segurança tanto para a OSC 
quanto para a administração pública. Os financiamentos recebidos para a realização da 
parceria serão depositados e administrados em conta bancária designada, livre de encargos 
bancários, em banco público designado pela autoridade administrativa nacional. Os 
rendimentos deste investimento serão utilizados para fins de parceria, sujeitos às mesmas 
condições de responsabilidade exigidas para a transferência de recursos.
3.5 Formas de pagamento 
Os pagamentos devem normalmente ser feitos por transferência bancária para o 
destinatário final. Quando houver necessidade de pagamento em dinheiro (por exemplo, 
projetos na região amazônica que exijam transporte por barqueiro ou regiões de comunidades 
tradicionais e comunidades onde o beneficiário ou prestador de serviço não possua conta 
bancária), deverá ser emitido recibo da seguinte forma: os documentos comprovativos e os 
detalhes do beneficiário serão anunciados na plataforma eletrônica.
3.6 Prorrogação da parceria 
A duração da parceria pode ser alterada a pedido da organização ou caso o poder 
público atrase o desembolso de recursos. Caso a OSC necessite de mais tempo para a 
conclusão de uma atividade, deverá apresentar um pedido devidamente fundamentado 
com uma antecedência mínima de 30 dias relativamente ao fim previsto. Se o atraso foi 
iniciado pelo estado, a extensão deve coincidir com a duração do atraso.
97
MONITORAMENTO
E AVALIAÇÃO4
TÓPICO
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
Ao longo da implementação da parceria, a administração deve acompanhar o 
projeto e a atividade e dar atenção especial aos resultados alcançados pelas organizações 
parceiras. Será possível visitar atividades e locais onde o Projeto esteja implantado.
Sempre que possível, uma ferramenta separada chamada Pesquisa de Satisfação 
do Beneficiário pode ser usada para rastrear parcerias além de um ano. Os resultados 
nos ajudarão a avaliar nossas parcerias e reorientar nossas metas e atividades quando 
necessário. Para realizar essas atividades de monitoramento e avaliação, o órgão pode 
contar com a assistência técnica de terceiros, delegar autoridade ou firmar parcerias com 
outros órgãos e órgãos próximos ao local do projeto que está sendo avaliado. A análise da 
parceria consta do relatório técnico de acompanhamento e avaliação submetido à comissão 
de acompanhamento e avaliação.
A Comissão de Monitoramento e Avaliação é um órgão colegiado responsável por 
monitorar e avaliar as parcerias firmadas com as Organizações da Sociedade Civil. Sua 
atuação é divulgada por meio de publicações na mídia e em sites oficiais. Para garantir a 
efetividade de suas funções, é necessário que a comissão inclua pelo menos um funcionário 
de cargo efetivo ou que trabalhe permanentemente no local, além de membros nomeados 
dos comitês setoriais de políticas públicas.
A implementação do compartilhamento será acompanhada por comitês de Políticas 
Públicas que estão relacionados às atividades desenvolvidas e aos mecanismos de controle 
social estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011). Durante a fase de 
monitoramento e avaliação, os gestores públicos devem:
98PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
• Garantir que as parcerias sejam monitoradas e supervisionadas adequadamente.
• Informar seus supervisores sobre quaisquer eventos que possam impactar as 
operações ou os objetivos das parcerias.
• Notificar seus supervisores, especificando a ação a ser tomada em resposta a 
esses eventos.
• Emitir uma análise final da prestação de contas com base no Relatório Técnico 
de Monitoramento e Avaliação e em outros relatórios pertinentes.
• Fornecer os materiais e equipamentos técnicos necessários para as atividades 
de monitoramento e avaliação.
Pela nova lei, os gestores também têm a obrigação pessoal de fornecer pareceres 
técnicos e conclusivos. Se as atividades da sociedade não tiverem sido realizadas pela 
organização ou forem constatadas de forma inadequada, a administração poderá:
• Segurar bens públicos em posse da OSCs parceiras.
• Responsável pela execução das demais tarefas do plano de trabalho.
Tais medidas serão tomadas para assegurar que os serviços essenciais para a 
população não sejam interrompidos.
99
PRESTAÇÃO DE 
CONTAS5
TÓPICO
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
A Lei 13.019/2014 traz uma nova perspectiva sobre prestação de contas, a 
responsabilidade por essa fase é compartilhada entre a entidade e a administração pública. 
Afinal, se os recursos utilizados na parceria são públicos, a sociedade como um todo, deve 
saber como está sendo aplicado o recurso.
Como mencionado anteriormente, o bom desempenho é fruto de um trabalho 
criterioso, com foco no cumprimento do previsto no plano de trabalho. A obrigação de 
prestar contas começa no momento da publicação. 
A lei exige que o governo oriente as organizações na celebração de parcerias, com 
conteúdo simplificado. Se houver mudanças no conteúdo desses manuais, eles devem 
previamente noticiado a OSC e amplamente divulgado na mídia oficiais de comunicação. 
A Prestação de Contas deve ser efetuada em uma plataforma eletrônica que permita 
a cada cidadão interessado acompanhar as atividades e os gastos. Não há previsão de 
responsabilidade por parcela, mas sim por formulário anual. As organizações da sociedade 
civil devem apresentar demonstrações financeiras ao final de cada ano fiscal para monitorar 
o cumprimento das metas da parceria.
5.1 Os elementos da prestação de contas 
Deve permitir aos gestores públicos avaliar o desempenho do objeto com base na 
confirmação de que as metas traçadas foram alcançadas.
O relatório da execução da parceriadeve incluir descrição das atividades ou a 
implementação da parceria e uma comparação dos objetivos propostos e resultados alcançados.
100PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
Em caso de incumprimento dos objetivos e resultados definidos no plano de 
trabalho, o Estado pode solicitar à OSC a apresentação de um relatório de desempenho 
financeiro com a explicitação dos custos e consequências. Este relatório deve demonstrar 
a conexão entre a movimentação de recursos públicos e as despesas. Os gastos devem 
mostrar se existe uma correlação entre a receita projetada e os custos reais. A lei também 
deixa claro que a análise de responsabilidade considera a “verdade real”, conceito a análise 
e focar nos fatos e consequências ocorridos, efetivamente alcançados. Os órgãos devem 
revisar os relatórios aprovados pela Comissão de Monitoramento e Avaliação antes de 
finalizar sua análise.
5.2 Novos Prazos 
As organizações da sociedade civil são obrigadas a apresentar seus relatórios no 
prazo previsto na Lei 13.019 de 2014 e de acordo com o disposto na Lei que rege este 
Código. Este período pode ser estendido quando justificado. As autoridades administrativas 
nacionais são obrigadas a analisar o desenho final da conta no prazo de 150 dias a contar da 
aprovação, com possibilidade de prorrogação por mais 150 dias. Caso sejam constatadas 
fraudes ou omissões na segurança da conta, o OSC poderá resolver os problemas não 
solucionados em até 45 dias. Todos os documentos originais utilizados para emitir a conta 
devem ser mantidos pela OSC durante 10 anos.
5.3 Resultado Final 
Os Gestores Públicos responsáveis fornecem pareceres técnicos, incluindo análise 
das responsabilidades da parceria. Este documento deve incluir: 
• Resultados e benefícios alcançados; 
• Impacto econômico ou social;
• O nível de satisfação da comunidade receptora; que 
• Potencial sustentabilidade das operações após o término da parceria. 
A indicação final de responsabilidade deve incluir uma das seguintes opções:
• Confirmação de responsabilidade;
• Confirmação do provisionamento da conta por meio de reserva; ou 
• Decisão de recusa de provisionamento de conta e criação imediata de 
provisionamento de conta especial. 
101
Terceiro Setor: Parcerias com a Administração Pública e o Controle exercido pelo Ministério 
Público, Tribunal de Contas e Sociedade
A presente monografia pretende abordar o Terceiro Setor, suas características e seu marco 
regulatório, no tocante a suas titulações e instrumentos de formalização de parcerias, a forma do seu 
desenvolvimento, bem como pretende explorar com maior clareza de detalhes como tem sido observada as 
parcerias deste com o Estado à luz da Constituição, da legislação esparsa e da sociedade.
Verificar-se-á também como tem se desenvolvido a fiscalização destas mesmas parcerias com o 
Estado, no âmbito do Controle Externo exercido pela Administração Pública e ainda em relação à fiscalização 
exercida externa a Administração, pelos Tribunais de Contas, Ministério Público e a Sociedade.
Para saber mais acesse: LUCENA, C. Terceiro Setor: Parcerias com a Administração Pública e 
o Controle exercido pelo Ministério Público, Tribunal de Contas e Sociedade. Brasil Escola. Disponível em: 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/terceiro-setor-parcerias-com-a-administracao-publica.
htm. Acesso em: 11 out. 2024. 
SAIBA
MAIS
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
A lei é inovadora ao permitir que as OSCs, sem intenção ou escopo, apresentem 
novos planos de trabalho relacionados ao objeto e escopo comum da organização e, então, 
solicitem permissão para devolver recursos por meio de atividades compensatórias de 
interesse público. É uma farsa e não fornece recursos completos. 
As sanções administrativas têm um prazo de prescrição de 5 anos e são contadas 
a partir da apresentação da conta.
Art. 63. A prestação de contas deverá ser feita observando-se as regras 
previstas nesta Lei, além de prazos e normas de elaboração constantes do 
instrumento de parceria e do plano de trabalho. § 1o A administração pública 
fornecerá manuais específicos às organizações da sociedade civil por 
ocasião da celebração das parcerias, tendo como premissas a simplificação 
e a racionalização dos procedimentos. § 2o Eventuais alterações no 
conteúdo dos manuais referidos no § 1⁰ deste artigo devem ser previamente 
informadas à organização da sociedade civil e publicadas em meios oficiais de 
comunicação. § 3o O regulamento estabelecerá procedimentos simplificados 
para prestação de contas. (Brasil, 2014)
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/terceiro-setor-parcerias-com-a-administracao-publica.htm
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/terceiro-setor-parcerias-com-a-administracao-publica.htm
102
“Parcerias com a administração pública são como pontes, conectando o setor privado e a 
comunidade, e quando construídas com integridade e transparência, podem levar a um progresso significativo 
e sustentável para a sociedade.”
Fonte: A autora (2023).
REFLITA
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
103
O Marco Legal das Organizações da Sociedade Civil (Lei 13.019/2014) representa 
uma importante conquista para a sociedade civil brasileira, consolidando princípios de 
governança no Estado democrático. Este é mais um passo para reconhecer e fortalecer 
as OSCs como atores legítimos, propondo e implementando políticas nacionais de forma 
conjunta com o Estado. 
Com esta nova lei, o Estado brasileiro atingiu um significativo amadurecimento e 
reforçou a importância fundamental de garantir direitos aos cidadãos e prestar serviços 
públicos de qualidade. Ao mesmo tempo, a Comissão reconhece sua confiança na sociedade 
civil para desenvolver diretrizes dentro de seu mandato. 
O reconhecimento da natureza das OSCs, que as distingue das estruturas 
nacionais com regras próprias para a realização de projetos ou atividades relacionadas 
com a comunidade em cooperação com o Estado, é essencial no novo quadro. 
Tão importante quanto a própria lei é o processo participativo que reúne a sociedade 
civil, diversos órgãos federais, reguladores e parlamentares para elaborá-la, e esse processo 
deve orientar a implementação da lei. Ao mesmo tempo, ao comemorar este importante 
evento, é um desafio tornar o direito uma ferramenta corretamente conhecida e utilizada por 
líderes, organizações e órgãos governamentais nacionais, tendo em vista o fortalecimento 
da gestão democrática, a participação pública, a sociedade civil e a transparência sobre o 
uso de recursos públicos. 
Esta ação legal é um passo importante para uma política de cooperação e 
promoção com organizações da sociedade civil que visa o interesse público e a qualidade 
das atividades e serviços prestados aos cidadãos.
Agradeço, por estar comigo em nossa última unidade, até logo!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
104
ARTIGO 01: PARCERIAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O objetivo deste artigo consiste em expor como particulares podem exercer 
funções de colaboração com o Poder Público, sob diversas formas jurídicas, embora nem 
todas as tarefas desenvolvidas pelo Poder Público possam ser delegadas ou executadas 
por particulares. E, é nesse sentido que se discorre sobre o conceito de parceria adotado 
em sentido amplo e os variados instrumentos jurídicos utilizados para esta formalização, 
abordando a concessão e permissão de serviços públicos, convênios, contratos de gestão 
e termo de parceria, entre outros instrumentos jurídicos.
Fonte: GROTTI, D. A. M Parcerias na administração pública. Revista de Direito do 
Terceiro Setor. Belo Horizonte, v. 6, n. 11, jan./jun. 2012. Disponível em: https://dspace.almg.
gov.br/jspui/handle/11037/2828 Acesso em: 20 set. 2023.
ARTIGO 02: TRANSPARÊNCIA EM PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS NO 
BRASIL: UMA ANÁLISE DOS DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA PRODUÇÃO 
TÉCNICO-CIENTÍFICAEste trabalho tem por objetivo apresentar os desafios e perspectivas da produção 
técnico-científica existente na literatura nacional e estrangeira sobre transparência no contexto 
das PPPs. Trata-se de uma pesquisa aplicada, segundo sua finalidade, e exploratória, segundo 
seu objetivo mais geral. Constatou-se que, embora a literatura indique uma lacuna relacionada 
à transparência no contexto das PPPs, foi possível apresentar, para cada etapa do ciclo de vida 
das parcerias – começando pelas fases pré-contratuais, passando pelas fases pós-contratuais 
e culminando com o término da parceria – quais informações devem ser divulgadas, assim 
como os desafios e perspectivas relacionadas a essa divulgação.
Fonte: ITAPARICA, A. L. M. Transparência em parcerias público-privadas no 
Brasil: uma análise dos desafios e perspectivas da produção técnico científica/Antônio 
Luciano Mota Itaparica. Brasília: ISC/TCU, 2023. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/
biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-
desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm Acesso em: 10 dez. 2023
LEITURA COMPLEMENTAR
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
https://dspace.almg.gov.br/browse?type=alltitles&value=Parcerias+na+administra%C3%A7%C3%A3o+p%C3%BAblica
https://dspace.almg.gov.br/jspui/handle/11037/2828
https://dspace.almg.gov.br/jspui/handle/11037/2828
https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm
https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm
https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm
105
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Quanto vale ou é por quilo?
• Ano: 2005.
• Sinopse: Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a 
atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma 
solidariedade de fachada. No século XVII, um capitão-do-mato 
captura uma escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao 
seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que 
espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática 
na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha 
no projeto, descobre que os computadores comprados foram 
superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. 
Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, 
torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver
LIVRO
• Título: Parcerias com o Terceiro Setor – As Inovações da Lei nº 
13.019/2014
• Autor: Fabrício Macedo Motta, Fernando Borges Mânica, Rafael 
Arruda Oliveira.
• Paulo Modesto.
• Editora: Fórum.
• Sinopse: Espera-se que os trabalhos aqui reunidos tragam 
esclarecimentos acerca da interpretação da nova lei e constituam 
o ponto de partida para novas análises, proposições e críticas, tão 
necessárias à evolução das parcerias com o terceiro setor no Brasil. 
Esse ramo cada vez mais especializado do Direito Administrativo, 
tão em voga na agenda do desenvolvimento social e humano do 
país, demanda a construção de novos e renovados consensos 
compatíveis com a racionalidade das novas parcerias do Estado 
com o terceiro setor.
PARCERIAS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUNIDADE 4
https://www.adorocinema.com/filmes/agenda/week-2005-05-19/
https://www.adorocinema.com/filmes/agenda/week-2005-05-19/
106
CONCLUSÃO GERAL
Prezado (a) aluno (a),
Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito da 
gestão de produtos e marcas. Para tanto abordamos as definições teóricas e, neste 
aspecto, acreditamos que tenha ficado claro para você o quanto é estratégico para gestores 
de todas as áreas de uma organização compreenderem os processos de identificação de 
necessidades e oportunidades no mercado para a criação e oferta de produtos e serviços 
que atendam as expectativas dos consumidores. 
Destacamos também a importância histórica das marcas para identificação e 
diferenciação dos produtos em relação aos concorrentes e vimos o quanto a construção de 
uma marca baseada em critérios sólidos podem contribuir para o sucesso de um produto 
ou empresa no mercado. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para 
o entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários exemplos e técnicas para 
uma melhor compreensão sobre criação e gestão de marcas fortes. 
Levantamos também aspectos históricos que nos levaram a chegar nas formulações, 
processos e técnicas que hoje aplicamos nas organizações. Esse olhar para o passado 
para entender o presente e visualizar o futuro é algo inerente aos empreendedores que 
pensam em suas organizações como gestores eficientes e antenados.
Ao pensarmos em uma organização voltada a administração estratégica, como 
aqui abordamos e contemplando também a comunicação como cultura organizacional, 
temos que sempre levar em consideração o diálogo, o respeito e o ouvir nossos parceiros 
de trabalho, nossos colaboradores e todos aqueles que integram nossa equipe.
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente, 
desenvolvendo ainda mais suas habilidades para criar e desenvolver produtos e marcas de 
sucesso no mercado e realizar bons negócios.
 
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado
107
REFERÊNCIAS
ARMANI, D. Como elaborar projetos? Guia prático para elaboração e gestão de projetos 
sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2004.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial 
da União: Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2002/L10406.htm. Acesso em: 15 set. 2024.
BRASIL. Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009. Dispõe sobre a certificação das 
entidades beneficentes de assistência social e regula os procedimentos de isenção de 
contribuições para a seguridade social. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 30 nov. 2009. 
Regulamentada pelo Decreto nº 8.242, de 23 de maio de 2014. Disponível em: https://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm. Acesso em: 15 set. 2024.
BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações 
previsto no inciso XXXIII do art. 5º da Constituição Federal. Diário Oficial da União: Brasília, 
DF, 18 nov. 2011. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/
lei/l12527.htm. Acesso em: 15 set. 2024.
BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações 
previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da 
Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 
11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e 
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 nov. 2011. Seção 1, p. 
1. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm 
Acesso em: 28 dez. 2023.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – 
PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 26 jun. 2014. Disponível 
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm. Acesso 
em: 15 set. 2024.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
108
BRASIL. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das 
parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em 
regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e 
recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos 
em planos de trabalho inseridosem termos de colaboração, em termos de fomento ou 
em acordos de cooperação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jul. 2014. Seção 1, 
p. 1. Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.
htm#:~:text=Art.%208%C2%BA%20Ao%20decidir%20sobre,rigor%20t%C3%A9cnico%20
necess%C3%A1rio%2C%20fiscalizar%C3%A1%20a Acesso em: 28 dez. 2023.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
6 jul. 2015. Seção 1, p. 1. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm Acesso em: 28 dez. 2023.
BRASIL. Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998. Dispõe sobre a qualificação de entidades 
como Organizações Sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 18 maio 1998. Regulamentada pelo 
Decreto nº 9.190, de 1º de novembro de 2017. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9637.htm. Acesso em: 15 set. 2024.
BRASIL. Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Dispõe sobre a qualificação de pessoas 
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências. Diário 
Oficial da União: Brasília, DF, 24 mar. 1999. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9790.htm. Acesso em: 15 set. 2024.
BRASIL. Lei no 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito 
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, 
dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jul. 2014. 
Seção 1, p. 1. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm Acesso 
em: 28 dez. 2023.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm#:~:text=Art. 8%C2%BA Ao decidir sobre,rigor t%C3%A9cnico necess%C3%A1rio%2C fiscalizar%C3%A1 a
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm#:~:text=Art. 8%C2%BA Ao decidir sobre,rigor t%C3%A9cnico necess%C3%A1rio%2C fiscalizar%C3%A1 a
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm#:~:text=Art. 8%C2%BA Ao decidir sobre,rigor t%C3%A9cnico necess%C3%A1rio%2C fiscalizar%C3%A1 a
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm
109
BRASIL. Lei no 8.429, 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da 
prática de atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4º do art. 37 da Constituição 
Federal; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 jun. 1992. Seção 
1, p. 1. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm Acesso em: 28 
dez. 2023.
BRASIL. Portaria nº 834, de 26 de abril de 2016. Institui normas e procedimentos para a 
prestação de contas das entidades sem fins lucrativos. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 28 
abr. 2016. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/22318721/do1-2016-04-28-portaria-n-834-de-26-de-abril-de-2016-22318445. 
Acesso em: 15 set. 2024.
ENTENDA a diferença entre os números da Fasfil e do Mapa das OSCs. Mapa das 
Organizações da Sociedade Civil, 2019. Disponível em: https://mapaosc.ipea.gov.
br/post/42/fique-por-dentro-abril2019#:~:text=J%C3%A1%20o%20Mapa%20das%20
Organiza%C3%A7%C3%B5es,organiza%C3%A7%C3%B5es%20em%20atividades%20
no%20pa%C3%ADs Acesso em: 15 nov. 2023.
GROTTI, D. A. M Parcerias na administração pública. Revista de Direito do Terceiro 
Setor. Belo Horizonte, v. 6, n. 11, jan./jun. 2012. Disponível em: http://dspace.almg.gov.br/
xmlui/bitstream/item/3135/000000FC.pdf?sequence=1 Acesso em: 20 set. 2023.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Guia de orientação para 
o conselho fiscal. 3. ed. São Paulo: IBGC, 2018.
ITAPARICA, A. L. M. Transparência em parcerias público-privadas no Brasil: uma 
análise dos desafios e perspectivas da produção técnico científica/Antônio Luciano Mota, 
Itaparica. – Brasília: ISC/TCU, 2023. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-
digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-
perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm Acesso em: 10 dez. 2023.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm
https://mapaosc.ipea.gov.br/post/42/fique-por-dentro-abril2019#:~:text=J%C3%A1 o Mapa das Organiza%C3%A7%C3%B5es,organiza%C3%A7%C3%B5es em atividades no pa%C3%ADs
https://mapaosc.ipea.gov.br/post/42/fique-por-dentro-abril2019#:~:text=J%C3%A1 o Mapa das Organiza%C3%A7%C3%B5es,organiza%C3%A7%C3%B5es em atividades no pa%C3%ADs
https://mapaosc.ipea.gov.br/post/42/fique-por-dentro-abril2019#:~:text=J%C3%A1 o Mapa das Organiza%C3%A7%C3%B5es,organiza%C3%A7%C3%B5es em atividades no pa%C3%ADs
https://mapaosc.ipea.gov.br/post/42/fique-por-dentro-abril2019#:~:text=J%C3%A1 o Mapa das Organiza%C3%A7%C3%B5es,organiza%C3%A7%C3%B5es em atividades no pa%C3%ADs
https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm
https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm
https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/transparencia-em-parcerias-publico-privadas-no-brasil-uma-analise-dos-desafios-e-perspectivas-da-producao-tecnico-cientifica.htm
110
ITENS fundamentais para a elaboração de um Projeto Social. Blog Prosas, 2022. 
Disponível em: https://blog.prosas.com.br/itens-fundamentais-para-a-elaboracao-de-um-
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LOUZADA, P. Qual é o conceito de projeto? Entenda de diferentes perspectivas. FM2S 
Educação e Consultoria, 2022. Disponível em: https://fm2s.com.br/blog/qual-e-o-conceito-
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NETSPEED. Planejar, organizar, dirigir e controlar: quais as diferenças entre 
as 4 funções administrativas. Disponível em: https://netspeed.com.br/mais/blog/
empreendedorismo/planejar-organizar-dirigir-e-controlar-quais-as-diferencas-entre-as-4-
funcoes-administrativas/. Acesso em: 15 set. 2024.
NOSSA CAUSA. Terceiro setor e o estatuto social. Disponível em: https://nossacausa.
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OC Contabilidade. Contabilidade para Associações e Fundações. Disponível em: https://
www.contabilidadeoc.com.br/associacao. Acesso em: 2024
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https://blog.prosas.com.br/itens-fundamentais-para-a-elaboracao-de-um-projeto-social/#Definicao_do_problema_a_ser_resolvido
https://netspeed.com.br/mais/blog/empreendedorismo/planejar-organizar-dirigir-e-controlar-quais-as-diferencas-entre-as-4-funcoes-administrativas/
https://netspeed.com.br/mais/blog/empreendedorismo/planejar-organizar-dirigir-e-controlar-quais-as-diferencas-entre-as-4-funcoes-administrativas/https://netspeed.com.br/mais/blog/empreendedorismo/planejar-organizar-dirigir-e-controlar-quais-as-diferencas-entre-as-4-funcoes-administrativas/
https://netspeed.com.br/mais/blog/empreendedorismo/planejar-organizar-dirigir-e-controlar-quais-as-diferencas-entre-as-4-funcoes-administrativas/
https://nossacausa.com/terceiro-setor-e-o-estatuto-social/
https://nossacausa.com/terceiro-setor-e-o-estatuto-social/
https://nossacausa.com/terceiro-setor-e-o-estatuto-social/
https://www.contabilidadeoc.com.br/associacao
https://www.contabilidadeoc.com.br/associacao
https://www.contabilidadeoc.com.br/associacao
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/d7724.htm
https://www.fm2s.com.br/blog/planejamento-de-projetos
111
SEBRAE. 4 etapas do PDCA melhoram gestão dos processos e qualidade do produto. 
Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/4-etapas-do-pdca-
melhoram-gestao-dos-processos-e-qualidade-do-produto,9083438af1c92410VgnVCM100
000b272010aRCRD. Acesso em: 15 set. 2024.
STEPHANOU, L. Guia para elaboração de projetos sociais / Luis Stephanou; Lúcia 
Helena Müller; Isabel Cristina de Moura Carvalho – São Leopoldo, RS: Sinodal, Porto 
Alegre/RS: Fundação Luterana de Diaconia, 2003. Disponível em: https://aplicacoes.mds.
gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/guia-para-elaboracao-de-projetos-sociais.pdf Acesso 
em: 12 dez. 2023.
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/4-etapas-do-pdca-melhoram-gestao-dos-processos-e-qualidade-do-produto,9083438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/4-etapas-do-pdca-melhoram-gestao-dos-processos-e-qualidade-do-produto,9083438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/4-etapas-do-pdca-melhoram-gestao-dos-processos-e-qualidade-do-produto,9083438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/4-etapas-do-pdca-melhoram-gestao-dos-processos-e-qualidade-do-produto,9083438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/guia-para-elaboracao-de-projetos-sociais.pdf
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/guia-para-elaboracao-de-projetos-sociais.pdf
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
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 Paranavaí - PR - Brasil 
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	Unidade 2 - 2024
	Unidade 3 - 2024
	Unidade 4 - 2024
	Site UniFatecie 3: 
	Botão 19: 
	Botão 18: 
	Botão 17: 
	Botão 16:Administrativo ou Diretoria, 
responsável pela execução das atividades, e um Conselho Fiscal, que monitora a gestão 
dos recursos financeiros.
1.6 Fundações
A criação de fundações no Brasil é regulamentada com o objetivo de assegurar que 
as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) atendam a propósitos sociais significativos 
e bem delineados. Essa estrutura normativa visa garantir que essas entidades atuem de 
maneira efetiva e responsável, contribuindo para o desenvolvimento e o bem-estar da 
sociedade. O Art. 62 do Código Civil estabelece que para a constituição de uma fundação, é 
necessária a doação de bens livres por parte do instituidor, que deve especificar a finalidade 
da fundação e, se desejar, a forma de sua administração. Essa estrutura normativa assegura 
que as fundações operem em áreas de interesse público, refletindo um compromisso com 
o desenvolvimento social e cultural do país. A seguir, apresentamos o texto do artigo, que 
detalha as finalidades possíveis para a constituição de fundações.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública 
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
(Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
I – Assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
II – Cultura, defesa E conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído 
pela Lei nº 13.151, de 2015)
III – Educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
IV – Saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
V – Segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VI – Defesa, preservação E conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VII – Pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações 
e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VIII – Promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
(Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
IX – Atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
(Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, Código Civil)
Assim, as fundações são constituídas por um conjunto de bens ou direitos, que 
podem exercer direitos, assumir responsabilidades e têm como objetivo uma finalidade social 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
13
definida por seu fundador. Elas são consideradas pessoas jurídicas de direito privado, sem 
fins lucrativos, formadas a partir do patrimônio deixado pelo fundador, por meio de escritura 
pública ou testamento, sempre com um propósito específico voltado para o interesse público. 
Geralmente, as fundações são administradas por um Conselho Deliberativo, que define a 
forma de atuação, um Conselho Administrativo ou Diretoria, responsável pela execução das 
atividades, e um Conselho Fiscal, encarregado de monitorar as contas.
As fundações são reguladas por estatutos elaborados de acordo com a legislação 
vigente. Para o registro da fundação, é necessária a autorização do Ministério Público, que 
permite a formalização em um Tabelionato de Notas e o subsequente registro no Cartório 
de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas.
Essa avaliação do Ministério Público é dispensada nos casos em que a fundação é 
criada por testamento. Ao longo de sua existência, as atividades das fundações, que devem 
estar detalhadas no estatuto, estarão sempre sob a supervisão do Ministério Público.
1.7 Diferenças entre Associação e Fundação
Apesar de possuírem muitas características em comum, as associações e as 
fundações também apresentam pontos importantes que as diferenciam. Desta forma, o 
quadro a seguir vem apresentar, sucintamente, as diferenças básicas entre uma associação 
e uma fundação.
TABELA 01: DIFERENÇAS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS ENTRE
ASSOCIAÇÕES E FUNDAÇÕES
DIFERENÇAS ASSOCIAÇÃO FUNDAÇÃO
Quanto à forma de 
constituição Constituída por pessoas
Constituída por patrimônio, 
aprovado previamente pelo 
Ministério Público
Quanto à relevância do 
patrimônio
Pode (ou não) ter 
patrimônio inicial
O patrimônio é condição 
para a sua criação, o 
qual deve ser suficiente 
para garantir o início das 
atividades
Quanto à definição das 
finalidades e objetivos
A finalidade é definida pelos 
associados
A finalidade deve ser 
religiosa, moral, cultural 
ou de assistência, definida 
pelo instituidor
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
14
Quanto à possibilidade de 
alteração dos fins
A finalidade pode ser 
alterada, por decisão dos 
associados
A finalidade é imutável
Quanto às formas de 
deliberação
Os associados deliberam 
livremente, de acordo com 
as regras estatutárias
As regras para deliberações 
são definidas pelo 
instituidor e fiscalizadas 
pelo Ministério
Público
Quanto ao Registro e a 
Administração
Registro e administração 
mais simplificados
Registro e administração 
mais burocráticos e 
complexos
Quanto à regência legal Regida pelos artigos 53 a 
61 do Código Civil
Regida pelos artigos 62 a 
69 do Código Civil
Quanto ao modo 
de constituição e 
documentação
Criada por intermédio de 
decisão em assembleia, 
com transcrição em ata e 
elaboração de um estatuto
Criada por intermédio 
de escritura pública ou 
testamento. Os atos 
de criação, inclusive 
o estatuto, ficam 
condicionados à prévia 
aprovação por parte do 
Ministério Público
Quanto à Prestação de 
Contas
A prestação de contas é 
apresentada à Assembleia 
Geral e aos demais 
associados.
A prestação de contas é 
apresentada ao Conselho 
Deliberativo, e ao Ministério
Público através do Sistema 
de Cadastro e Prestação de 
Contas – SICAP
Fonte: IDIS
1.8 Manutenção de Entidades sem Fins Lucrativos
A regulamentação das entidades sem fins lucrativos no Brasil é essencial para 
garantir a transparência e a boa governança dessas organizações. O Art. 46 do Código Civil 
estabelece diretrizes claras para o registro dessas entidades, assegurando que aspectos 
fundamentais como a denominação, os objetivos, a administração e a responsabilidade 
dos membros sejam devidamente documentados. Esse cuidado na formalização visa não 
apenas a proteção dos interesses dos fundadores e diretores, mas também a salvaguarda 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
15
do patrimônio e da missão social da entidade. A seguir, apresentamos o texto do artigo que 
detalha os requisitos para o registro dessas instituições.
Art. 46. O registro declarará:
I - A denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, 
quando houver;
II - O nome E a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos 
diretores;
III - O modo porque se administra e representa, ativa e passivamente, judicial 
e extrajudicialmente;
IV - Se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que 
modo;
V - Se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações 
sociais;
VI - As condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, 
nesse caso.
(Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, Código Civil).
A constituição de uma associação ou fundação é realizada por meio do Estatuto 
Social, um conjunto de normas que estabelece a relação entre a entidade, seus fundadores, 
dirigentes e associados, definindo direitos e obrigações. O Código Civil, em seu artigo 46, 
especifica as informações que devem obrigatoriamente constar no estatuto. Além disso, é 
fundamental considerar os requisitos que devem ser incluídos no Estatuto caso a entidade 
tenha a intenção de firmar parcerias ou obter titulações junto ao poder público.
Para que a associação adquira existência formal perante a lei (que chamamos 
de personalidade jurídica), é necessário o registro de seu estatuto social, e desua ata de constituição e eleição da primeira diretoria, no Cartório de Títulos 
e Documentos de Pessoas Jurídicas. A partir do registro, a entidade passa a 
ter plena capacidade de direito, e, portanto, a condição legal para contratar, 
empregar, firmar parcerias, etc., tornando-se um ator social que estará sujeito 
a direitos e obrigações (OC Contabilidade, 2024, online).
Para o exercício de suas atividades as entidades devem possuir diversos 
documentos como a inscrição municipal, e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o CNPJ, 
que corresponde ao CPF da pessoa física. Também, pode ser exigido cadastros municipais, 
estaduais e federais, podendo a entidade ser habilitada a prestar serviços nas áreas como 
educação, saúde e assistência social. Em seguida, a associação ou fundação pode pleitear 
títulos, certificados e qualificações que possibilitará dar vantagens na captação de recursos 
para manutenção e sustentabilidade da organização.
1.9 Estatuto Social
As organizações do Terceiro Setor são regidas pelo Estatuto Social que apresenta 
as características e as normas que regem seu funcionamento.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
16
Este documento deve atender, os requisitos básicos do Código Civil, precisando 
conter, sob pena de nulidade, o que consta no Art. 54 do Código Civil. 
Institui o Código Civil.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - A denominação, os fins e a sede da associação;
II - Os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - Os direitos e deveres dos associados;
IV - As fontes de recursos para sua manutenção;
V – O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
(Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
VI - As condições para a alteração das disposições estatutárias e para a 
dissolução.
VII – A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
(Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)
(Artigo 54 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002).
Considerando o Estatuto a instituição, é de grande importância que, além das 
exigências legais já mencionadas, sejam incluídas normas ou regras que regulamenta a 
entidade, conforme consta abaixo:
• O prazo de duração da entidade;
• O endereço da sede;
• Se a instituição terá atuação em outras unidades da federação e de que 
forma, se for o caso;
• O modo como se representa ativa e passivamente;
• O modo como se representa judicial e extrajudicialmente;
• A definição de que os membros respondem subsidiariamente, ou não, pelas 
obrigações sociais;
• Se os associados respondem ou não pelas obrigações sociais;
• A informação de que ato constitutivo é reformável, ou não, no tocante à 
administração, e de que modo;
• A remuneração, ou não, de seus membros;
• O modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos;
• As hipóteses e condições para a destituição dos administradores;
• As condições para extinção da entidade;
• A destinação de seu patrimônio em caso de extinção. (Nossa Causa, 2017, 
online)
De acordo com as novas diretrizes estabelecidas pela Lei nº 13.019/14, conhecida 
como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), as parcerias entre 
o poder público e as organizações da sociedade civil devem ser acompanhadas de normas 
internas que organizem as atividades voltadas para a promoção de relevância pública 
e social. Em caso de dissolução da entidade, seu patrimônio deve ser transferido para 
outra pessoa jurídica de igual natureza, com um objeto social equivalente ao da entidade 
extinta. Além disso, a escrituração deve ser realizada em conformidade com os princípios 
fundamentais de contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
17
Não há uma regra específica para a administração a ser adotada, mas é essencial 
incluir informações que permitam a gestão eficiente e o acompanhamento das finalidades 
da entidade, além de delinear claramente os direitos e deveres de seus membros.
É fundamental que cada organização avalie sua proposta e as condições de atuação. 
As entidades de grande porte podem ter uma composição administrativa diferenciada em 
relação às de pequeno porte, permitindo diversas estruturas organizacionais. Isso implica em 
diferentes funções e cargos a serem preenchidos, adequados ao porte e às necessidades 
específicas de cada entidade.
O Estatuto Social é necessário que seja bem elaborado, com definição clara do 
papel de cada membro e áreas de atuação, para não permitir lacunas nas funções e 
atividades que serão desenvolvidas pela organização.
Desta forma, é importante que o estatuto em vigor contempla: o Código Civil, os 
direitos e deveres de cada associado, processo de eleição de seus membros, as pessoas que 
podem ser eleitas, os cargos disponíveis, quem possui direito a voto, às tomadas as decisões 
na organização, processo de instância de decisão, e como é composta, as estratégias 
para a alcance dos objetivos, o planejamento da suas atividade, os responsáveis pela 
implementação eficaz, representação, supervisão e prestação de contas da organização, 
além de designar responsáveis por áreas específicas, como administração, finanças, 
comunicação, captação de recursos e gestão de projetos. Também é fundamental verificar 
se o estatuto cumpre os requisitos do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade 
Civil. Se o estatuto da organização incluir esses aspectos, podemos afirmar que ela está no 
caminho adequado.
1.10 Renovação da Diretoria
O Estatuto Social deverá prever o período do mandato da diretoria. Antes do final 
desse prazo deve haver uma nova eleição para a escolha dos membros que vão compor 
os cargos para a próxima gestão. A Ata de assembleia que delibera sobre a eleição deve 
ser registrada em cartório, e caso haja alteração do representante legal da entidade é 
necessário também proceder o registro perante a Receita Federal do Brasil.
A apresentação da ata atualizada, com a indicação do atual representante legal 
e demais dirigentes da entidade, é requisito para o estabelecimento de parcerias com a 
administração pública e para a obtenção e manutenção de titulações.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
18
1.11 Certidões Negativas de Débito – CND
As certidões negativas de débito são comprovações de que a entidade não possui 
dívidas ou pendências com órgãos públicos, que realizam o controle e a fiscalização de 
todas as organizações, com ou sem fins lucrativos. Essas certidões são requisitos para a 
celebração de parcerias com a administração pública e para a obtenção e manutenção de 
titulações. As mais comumente exigidas são:
• Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais 
(Receita Federal e INSS); 
• Certidão Negativa de Débitos Estaduais; 
• Certidão Negativa de Débitos Municipais; 
• Certidão Negativa de Débitos com o FGTS; 
• Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.
Para a manutenção da regularidade fiscal das entidades é de suma importância 
que a área contábil realize o controle e o monitoramento dessas certidões, e apresente 
periodicamente as declarações exigidas pelos órgãos de fiscalização, mesmo que não haja 
movimento, mas seja obrigatória sua apresentação.
1.12 Cadastro nos Conselhos de Políticas Públicas
A depender da área de atuação da Organização será necessário o cadastro no 
respectivo conselho de política pública para a realização de atividades e, principalmente, para 
celebrar parcerias com a administração pública. Dentre os concelhos, destacam-se: Conselho 
Municipal de Assistência Social; Conselho Municipal de Educação; Conselho Municipal de 
Saúde; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; Conselho Municipal dos 
Direitos do Idoso; Conselho Municipal de Cultura; Conselho Municipal do Meio Ambiente.
Ressalta-se ainda a existência de concelhos a nível estadual e nacional, que também 
podem ser exigidos para o exercíciodas atividades estatutárias da entidade. Os conselhos 
possuem regulamento próprio definindo os requisitos e documentos necessários para o 
registo. No entanto, geralmente, para a inscrição nos concelhos, devem ser apresentados 
os seguintes documentos: Requerimento contendo os dados da entidade, e informando 
sobre as atividades que a entidade pretende atuar em conformidade com a política pública 
relacionada à sua área de atuação, deve apresentar: cópia do Estatuto Social; cópia da ata 
de eleição e posse da atual diretoria; o Plano de Ação para o ano vigente; e o relatório de 
atividades do ano anterior, detalhando as ações realizadas pela entidade
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
19
1.13 Qualificações, Títulos e Certificações
1.13.1 Qualificações
A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é a qualificação 
concedida pelo Ministério da Justiça às entidades cujo objetivo é o desenvolvimento de 
atividades específicas previstas na legislação. A Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo 
Decreto nº 3.100/99, determina quais tipos de entidades não podem obter essa qualificação. 
Portanto, as seguintes organizações não poderão ser qualificadas como OSCIP: 
As sociedades comerciais; Os sindicatos, as associações de classe ou de 
representação de categoria profissional; As instituições religiosas ou voltadas 
para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e 
confessionais; As organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas 
fundações; As entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens 
ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios; As entidades e 
empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; As instituições 
hospitalares privados não gratuitas e suas mantenedoras; As escolas 
privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; As 
organizações sociais; As cooperativas; As fundações públicas; As fundações, 
sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão 
público ou por fundações públicas; As organizações creditícias que tenham 
quaisquer tipos de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se 
refere o art. 192 da Constituição Federal.
(Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo Decreto nº 3.100/99 Ministério da 
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos)
Assim, exceto pelas entidades mencionadas, podem se qualificar como OSCIP as 
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais, descritos 
no estatuto, incluam pelo menos uma das seguintes finalidades:
• Promoção da assistência social;
• Promoção da cultura e defesa do patrimônio histórico e artístico;
• Oferta gratuita de educação;
• Oferta gratuita de saúde;
• Promoção da segurança alimentar e nutricional;
• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável;
• Incentivo ao voluntariado;
• Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
• Experimentação, sem fins lucrativos, de novos modelos socioprodutivos e 
sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
• Promoção e defesa de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e 
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
https://www.gov.br/gestao/pt-br
https://www.gov.br/gestao/pt-br
20
• Fomento à ética, à paz, à cidadania, aos direitos humanos, à democracia e a 
outros valores universais;
• Realização de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
produção e disseminação de informações e conhecimentos técnicos e científicos 
relacionados às atividades acima mencionadas;
• Condução de estudos e pesquisas para o desenvolvimento, disponibilização e 
implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por meio de 
qualquer transporte.
A relação entre OSCIP e Estado pode ser estabelecida através do Termo de 
Parceria, instrumento jurídico que regula os repasses de recursos públicos para as entidades 
qualificadas. No entanto, ainda é muito comum esta parceria ser realizada através do 
instrumento Convênio. Por fim, vale ressaltar que as entidades qualificadas como OSCIP 
não podem obter outro título, qualificação ou certificado a título federal.
Organização Social - OS é uma forma de qualificação das entidades para 
que possam absorver atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao 
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à 
cultura e à saúde, até então desempenhadas diretamente pelo Poder Público.
(Lei nº 9.637/98, e regulamentada pelo Decreto nº 9.190/17 – governo federal)
A parceria entre as OS e o Estado é formalizada por meio do Contrato de Gestão, 
onde serão definidas as atribuições, obrigações e responsabilidades das partes. Este 
instrumento, além de permitir a transferência de terminadas atividades, antes exercidas 
pelo Poder Público, possibilita ao Estado o exercício de controle, uma vez que existe a 
transferência de recursos públicos para as entidades com o objetivo de consecução 
de finalidades assistenciais.
A obtenção da qualificação não é um direito ou uma escolha das entidades, pois 
elas serão reconhecidas como OS somente se atenderem aos critérios de conveniência e 
oportunidade estabelecidos pelo Poder Público.
1.13.2 Títulos
Utilidade Pública Federal (UPF), foi revogado em 2015, pela Lei nº 13.204. A 
expectativa é que as leis de utilidade pública estadual e municipal sejam alteradas ou também 
revogadas, mas até o momento é possível obter: Título de Utilidade Pública Estadual (UPE) 
Título de Utilidade Pública Municipal (UPM).
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
21
A depender do que seja estabelecido nas leis dos Estados e Municípios que tratam 
do tema, os referidos títulos podem ser exigidos para o reconhecimento da imunidade 
tributária, a concessão de isenções, e o cadastro em concelhos de políticas públicas.
1.13.3 Certificações
A Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) é uma titulação 
concedida pelo Ministério da Educação, da Saúde ou da Cidadania às entidades que comprovam 
suas atividades nas respectivas áreas de educação, saúde ou assistência social.
Essa certificação é destinada a entidades sem fins lucrativos que prestam 
atendimento e assessoramento conforme a legislação pertinente a essas áreas. Para obter 
o certificado, a entidade deve ter como finalidade o desenvolvimento de atividades nas 
seguintes áreas:
1.13.3.1 Cebas Educação
A certificação ou sua renovação será concedida à entidade de educação que:
Demonstrar adequação às diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional 
de Educação PNE; Atender a padrões mínimos de qualidade, aferidos pelos 
processos de avaliação conduzidos pelo Ministério da Educação; e Oferecer 
bolsas de estudo nas seguintes proporções: a) no mínimo, uma bolsa de 
estudo integral para cada 9 (nove) alunos pagantes; b) bolsas parciais de 
50% (cinquenta por cento), quando necessário para o alcance do número 
mínimo exigido, conforme definido em regulamento.
(PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - LEI N° 13.005/2014)
A exigência de prestação de serviços educacionais gratuitos, de no mínimo 20% 
em bolsas, foi considerada inconstitucional em 2020 pela ADIN 4480.
1.13.3.2 Cebas Saúde
A certificação ou sua renovação será concedida a entidade de saúde considerada 
beneficente, que deverá:
Comprovar o cumprimento das metas estabelecidas em convênio ou 
instrumento congênere celebrado com o gestor local do SUS; Ofertar a 
prestação de seus serviços ao SUS no percentual mínimo de 60%; ou 20% 
da receita líquida obtidas com serviços de saúde; e comprovar anualmente 
a prestação dos serviços (mínimo de 60%), com base nas internações e nos 
atendimentos ambulatoriais realizados.
(PORTARIA Nº 834, DE 26 DE ABRIL DE 2016)
A exigência de prestação de serviços de saúde ao SUS, de no mínimo 60% será 
pauta de julgamentoconstante na ADIN 4891.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
22
1.13.3.3 Cebas Assistência Social
A Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS) é um 
importante instrumento que reconhece e valida o trabalho das organizações que atuam 
na promoção de direitos e no atendimento de grupos vulneráveis. A legislação, conforme 
estabelecido na Lei Complementar nº 187, de 16 de dezembro de 2021, define critérios 
claros para a concessão e renovação dessa certificação. As entidades que se qualificam 
devem oferecer serviços assistenciais gratuitos, continuados e planejados, visando à 
proteção de diversas populações, como famílias, crianças, adolescentes, idosos e pessoas 
com deficiência. A seguir, apresentamos o texto que detalha as condições para a certificação 
e as ações que essas entidades devem realizar para garantir seus objetivos sociais.
A certificação ou sua renovação será concedida à entidade de assistência 
social que presta serviços ou realiza ações assistenciais, sem fins lucrativos, 
de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários e a quem deles 
necessitar, realizando atendimento e assessoramento aos beneficiários, bem 
como as que atuando na defesa e garantia de seus direitos sem qualquer 
discriminação, através da:
Proteção à família, à infância, à maternidade, à adolescência e à velhice; 
Amparo às crianças e adolescentes carentes; Promoção da integração ao 
mercado de trabalho; Ações de habilitação e reabilitação das pessoas com 
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; Garantia de 
1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou 
de tê-la provida por sua família.
(LEI COMPLEMENTAR Nº 187, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021)
As entidades que prestam atendimento à pessoa com deficiência poderão ser 
certificadas, desde que demonstrem a oferta do serviço de habilitação e reabilitação, bem 
como a promoção de sua integração à vida comunitária, atendendo, no mínimo, 60% de 
sua capacidade na área de assistência social.
A exigência de prestação de serviços assistenciais gratuitos, na sua totalidade, 
foi considerada inconstitucional em 2020 pela ADIN 4480. Como principal vantagem 
obtida através do CEBAS pode-se citar a possibilidade de requerimento da imunidade 
das contribuições junto ao INSS, visto que a Constituição Federal restringiu o benefício 
às entidades beneficentes de assistência social.
A Lei nº 12.101/09, regulamentada pelo Decreto nº 8.242/14, estabelece que a 
certificação ou sua renovação será concedida à entidade beneficente que comprove, no 
exercício fiscal do ano anterior ao requerimento, de acordo com as áreas de atuação, 
e cumpra, os seguintes requisitos: constituída como pessoa jurídica sem fins lucrativos; 
reconhecida como entidade beneficente de assistência social; consta em seu estatuto 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp 187-2021?OpenDocument
23
social, em caso de dissolução ou extinção, a destinação do patrimônio remanescente deve 
ser feita a entidade sem fins lucrativos semelhantes ou a entidades públicas.
Para usufruir dos benefícios relacionados à entidade beneficente certificada, é 
necessário atender aos requisitos estabelecidos pela Lei nº 13.151, de 28 de julho de 2015, 
que altera os artigos 62, 66 e 67 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código 
Civil); o artigo 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997; o artigo 1º da Lei nº 91, 
de 28 de agosto de 1935; e o artigo 29 da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009. 
Essas legislações definem a finalidade das fundações, o prazo para o Ministério Público se 
manifestar sobre suas alterações estatutárias e a remuneração de seus dirigentes.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
24
2.1 Responsabilidade dos administradores
As entidades privadas sem fins lucrativos são pessoas jurídicas independentes de 
seus integrantes, o que significa que as responsabilidades da entidade não se confundem 
com as dos associados (pessoas físicas). Por isso, é fundamental que o Estatuto inclua uma 
cláusula abordando as responsabilidades civis e criminais dos membros da associação. 
Comumente, o instrumento de constituição contém uma disposição que afirma que os 
dirigentes da entidade não responderão de forma solidária ou subsidiária pelas obrigações 
assumidas pela organização.
• Solidária – Neste caso, a pessoa física se obriga em condições de igualdade 
com o devedor, que é a instituição. Isso implica uma responsabilidade equivalente 
e da mesma natureza. Assim, o credor pode executar a cobrança tanto da 
instituição quanto de seus associados.
• Subsidiária - as pessoas físicas são obrigadas com seu patrimônio e com os bens 
pessoais, complementa o que a entidade não cumpriu sozinha. Por subsidiária 
entende-se a responsabilidade daquele que é obrigado a complementar o que o 
causador de débito não foi capaz de se responsabilizar.
Entretanto, os administradores e demais membros poderão ser 
responsabilizados pelos atos em desacordo com a competência que lhes foi atribuída ou ao 
alterarem a finalidade da instituição, respondendo pessoalmente, conforme legislação civil.
Embora os estatutos prevejam que os administradores ou associados não respondem 
nem solidária, nem subsidiariamente, em casos de desconstituição da personalidade 
GESTÃO 
ADMINISTRATIVA2
TÓPICO
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
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jurídica, a Justiça do Trabalho tem determinado que os dirigentes sejam responsabilizados 
pelo pagamento das obrigações trabalhistas assumidas em nome da organização.
A falta de recolhimento de impostos, devido a diversos fatores, pode acarretar 
consequências sérias para a instituição e seus administradores, incluindo a possibilidade 
de responsabilidade penal e o risco de que o patrimônio pessoal seja utilizado para quitar a 
dívida. Assim, embora a pessoa jurídica seja a responsável direta pelo pagamento de dívidas 
trabalhistas e fiscais, caso não possua patrimônio suficiente para cumprir suas obrigações, 
os dirigentes da entidade podem ser responsabilizados pessoalmente, especialmente em 
relação a processos trabalhistas 
Confirmando essa prática por parte do judiciário, existem várias decisões da 
Justiça do Trabalho que desconstituem a personalidade jurídica da entidade e atribuem 
aos dirigentes a responsabilidade pelo pagamento das obrigações trabalhistas assumidas 
em nome da organização. Portanto, é crucial que se esteja atento às finanças da entidade, 
às relações trabalhistas e fiscais, além de realizar uma avaliação por meio de controles 
internos. Isso permite identificar riscos para a instituição e seus dirigentes, possibilitando 
correções importantes quando necessário.
2.2 O Papel do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal (CF) é um órgão responsável pela fiscalização e busca de 
transparência, equidade e prestação de contas, contribuindo para o desempenho da 
Organização da Sociedade Civil (OSC). Sua principal função é garantir a transparência 
e o controle dos atos internos da entidade. Os membros desse conselho devem atender 
a requisitos e regras que assegurem a efetividade de sua atuação e, principalmente, sua 
independência.
Integrado à estrutura organizacional da entidade, o Conselho Fiscal possui 
poderes de controle e fiscalização, sendo encarregado de monitorar as finanças, a gestão 
e o patrimônio da organização. Para desempenhar suas funções de maneira eficaz, é 
fundamental que os conselheiros possuam conhecimentos em administração, contabilidade 
e direito, a fim de acompanhar adequadamente a gestão financeira e as questões jurídicas 
da entidade. É importante destacar que os membros do Conselho Fiscal não respondem 
com seus bens pelos atos praticados em nome da instituição.
As principaiscompetências do Conselho Fiscal estão definidas nos artigos 163 e 
seguintes da Lei de Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76), e esses dispositivos podem 
ser aplicados a entidade sem fins lucrativos.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
26
2.3 Função Fiscalizadora
A função fiscalizadora do Conselho Fiscal é de verificar as obrigações legais e 
estatutárias desenvolvida pela administração da entidade, visando saúde financeira, com o 
foco principal na gestão dos administradores, e nas atividades executadas, dos riscos e da 
estrutura dos controles internos, atuando no interesse da entidade, e não no seu próprio. As 
atividades de fiscalização variam conforme as finalidades e o porte da organização.
Sugere-se, então, que as seguintes iniciativas, entre outras, sejam consideradas, 
no trabalho dos conselheiros:
Acompanhar a execução do orçamento; Acompanhar a política de pessoal, 
e as razões das reclamações trabalhistas; Acompanhar a pontualidade 
da entidade no cumprimento de suas obrigações; Acompanhar contingências 
passivas; Acompanhar modificações do estatuto da organização; Examinar 
as vendas relevantes de ativos; Examinar os procedimentos de compras, 
licitações e contratos, com atenção aos procedimentos com dispensa 
de licitação e contratos emergenciais, quando aplicável; Ler as atas das 
reuniões de diretoria e do conselho de administração e solicitar informações 
à administração; Opinar sobre os demonstrativos anuais e sobre o relatório 
da administração; Reunir-se com a contabilidade, e auditoria independente, 
quando houver, para receber informações e esclarecimentos sobre as 
demonstrações contábeis.
(Instituto Brasileiro de Governança Corporativa Guia de orientação para o 
conselho fiscal. 3. ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São 
Paulo, SP: IBGC, 2018)
2.4 Documentos para análise
A eficácia do Conselho Fiscal depende muito da qualidade dos documentos que se 
julgarem necessários, apresentados anteriormente a cada reunião. Portanto, é necessário 
que os conselheiros estejam preparados e solicitem esclarecimentos durante a reunião. 
Podemos citar como exemplo, os seguintes documentos: Atas de reuniões, Estatuto, 
regimentos internos e manuais da instituição; orçamento; balancetes analíticos mensais; 
demonstrações financeiras; relatórios exigidos conforme a situação específica; pareceres 
jurídicos, especialmente sobre a administração; e, se necessário, a presença de profissionais 
para esclarecimento de temas específicos.
2.5 Opinião sobre as Demonstrações Financeiras e o Relatório da 
Administração
Cabe ao Conselho Fiscal analisar as demonstrações financeiras do exercício, bem 
como o relatório anual da administração, constando em seu parecer o que julgar necessárias 
para deliberação da assembleia-geral/conselho deliberativo. Portanto, o foco do CF não é 
somente as contas, mas também o relatório da administração, e as suas notas explicativas. 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
27
Para esse fim, é recomendável que o Conselho Fiscal participe ativamente da 
elaboração do relatório de administração e das demonstrações financeiras, assegurando 
a apresentação de informações completas e confiáveis sobre a situação financeira e os 
resultados da entidade. O ideal é que o Conselho se manifeste antes da finalização dos 
documentos, oferecendo sugestões e complementações. Para a conclusão adequada, 
é necessário realizar reuniões entre os conselheiros fiscais, a equipe de contabilidade e 
outros profissionais envolvidos, a fim de discutir os principais aspectos dos documentos.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
28
Em função da profissionalização e da busca por qualidade, tornou-se comum 
nas organizações do Terceiro Setor a utilização de termos como: orçamento, ISO, 
eficiência, capacitação, liderança, metas, controle interno, planejamento, foco, gestão, 
processos e indicadores, entre outros. Isto significa que mesmo as instituições sem fins 
lucrativos precisam estar preparadas para realizar a boa gestão dos recursos próprios, e 
principalmente, dos recursos repassados por particulares ou pela administração pública, 
sendo estes últimos passíveis de prestação de contas, como nos casos dos convênios, 
contratos de repasse, contratos de gestão e termos de parcerias.
A cada dia, essas entidades se aproximam cada vez mais daquelas exercidas pelas 
grandes empresas pertencentes ao segundo setor (iniciativa privada), o que também já 
vem sendo perseguido há algum tempo pela administração pública. Toda instituição que 
visa obter sucesso em suas atividades necessita realizar uma adequada gestão de seus 
recursos, sejam eles humanos, técnicos, científicos, intelectuais ou financeiros. 
Quando se trata de administração e gestão, não há diferença em relação ao setor 
de mercado ou à área de atuação. No entanto, nem todas as técnicas e instrumentos 
administrativos podem ser simplesmente importados e aplicados nas entidades; é essencial 
que sejam adequados aos seus propósitos específicos.
3.1 Controle
O compromisso social e a captação de recursos são as maiores preocupações 
das Organizações do Terceiro Setor, visando estar em sua área de atuação de maneira 
PLANEJAMENTO3
TÓPICO
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
29
consistente e com recursos controlados, a fim de conduzir as atividades e alcançar suas 
metas e objetivos. 
O controle nas instituições contribuirá para a eficiência, garantindo a captação de 
recursos, a gestão de um modo geral e a prestação de contas de forma correta, realimentando 
esse ciclo. A importância do papel que o controle tem a desempenhar nas entidades sem fins 
lucrativos é monitorar as ações desenvolvidas, acompanhando a relação entre a aplicação 
de recursos e o alcance dos resultados pretendidos. 
Os Planos de Ação e o Orçamento são ferramentas de controle que possibilitam 
o acompanhamento entre o que foi previsto e o que está sendo realizado, sem esquecer 
das técnicas e ferramentas de controle. As funções de controle podem ser exercidas por 
um gestor de uma área diferente, mas o processo de gestão organizacional nunca deve ser 
negligenciado.
 É necessário que o responsável por realizar as atividades de controle tenha 
conhecimento da legislação, dos fins da instituição; da contabilidade; estar atualizado em 
sua área de atuação e trabalhar em equipes multidisciplinares.
Consiste em verificar e controlar os procedimentos de gestão adotados na execução 
das atividades das organizações, visando obter resultados favoráveis, o aproveitamento 
dos recursos financeiros.
Portanto, trata-se de um conjunto de procedimentos, métodos e rotinas com 
o objetivo de proteger o patrimônio, gerar informações confiáveis e auxiliar a gestão na 
condução ordenada das atividades da instituição.
A Osc precisa estabelecer procedimentos e métodos de controle visando sua 
realidade e necessidades, mantendo um acompanhamento das ações a fim de verificar 
os procedimentos adequados. Os controles podem apresentar falhas na execução de 
tarefas e atividades, por falta de informação adequada, como o erro e a fraude, que ocorre 
devido à negligência, imperícia ou imprudência, e é cometido por ato involuntário ou por 
ignorância. Para um sistema de controle interno sofisticado, a pessoa responsável tem 
que ter conhecimento, ser capacitado e com competência, para exercer a função.
3.2 A importância dos controles internos
Os controles internos possuem como finalidade proteger e produzir os dados 
contábeis e ajudar a administração na organização da entidade, é o conjunto de recursos, 
métodos e processos, podendo ser utilizado das seguintes formas: Preventiva: prevenindo 
a ocorrência dos problemas; Detectiva: detectando problema sem impedir que ocorra; e 
corretiva: serve como base para a correção dos problemas, após já terem ocorrido.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE1
30
3.3 Avaliação do atual sistema de controle interno da entidade
Para alcançar os objetivos do controle, a instituição deve responder aos seguintes 
questionamentos:
• Controles Administrativos - Possui organograma, ou detalhamento das 
atribuições por área ou departamento, regimento Interno, manual de normas 
e procedimentos, regulamento de compras e contratações, a segregação de 
funções, rodízio de atividades entre os colaboradores, controle de utilização de 
material em estoque e inventário de material em estoque.
• Controles Orçamentários - Elaborar Orçamento, efetiva estimativa de receitas, 
previsão de despesas, acompanhamento orçamentário, registra e analisa 
as distorções entre o previsto e o realizado e realiza remanejamentos para a 
atualização do orçamento.
• Controles Financeiro - Faz controle periódico do saldo das contas bancárias, 
conciliações bancárias, controle de caixa e de Fundo Fixo das Contas a Pagar, 
controle das Contas a Receber e elaborar o relatório de Fluxo de Caixa Financeiro.
• Controles Contábeis - Atende às normas gerais e específicas para a 
Contabilidade, utiliza centros de custos para a segregação dos recursos próprios 
e de projetos, contabiliza as doações, gratuidades e benefícios (isenções, trabalho 
voluntário), elabora Notas Explicativas detalhadas.
• Controles Tributários - Atende aos requisitos para imunidade e isenção, realiza 
as retenções na fonte, dos recolhimentos nos prazos previstos, acompanha as 
declarações obrigatórias e as alterações na legislação.
• Controles Patrimoniais – controla o registro patrimonial dos bens, saída de 
bens, localização dos bens, calcular as depreciações e amortizações com base 
na legislação vigente, reavaliação patrimonial e inventário patrimonial?
• Controles Trabalhistas - acompanha a gestão de prestadores de serviço, 
observa a legislação específica para a adesão de voluntários, observa a legislação 
específica para a contratação de estagiários, possui definição e atribuições dos 
cargos, acompanha as obrigações trabalhistas, sociais e fiscais e controle do 
passivo trabalhista.
Ressaltamos que os questionamentos acima podem, e devem ser ampliados, de 
acordo com a necessidade da instituição. No entanto, caso a maioria das perguntas tenha 
sido respondida de forma negativa, certamente a entidade precisa urgentemente aplicar as 
técnicas de controle interno.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
31
3.4 Transparência
A prestação de contas eficaz e transparente é um desafio comum a todas as 
organizações, especialmente em um cenário de crescente disputa por confiabilidade e 
credibilidade, independentemente da área de atuação. No Terceiro Setor, essa prática 
se torna ainda mais relevante, uma vez que as entidades precisam atender à premissa 
fundamental de conquistar e manter a credibilidade diante de seus associados, beneficiários, 
doadores e financiadores.
Nas organizações do Terceiro Setor, durante muito tempo, foi considerada apenas a 
prestação de contas formal, em vista da comprovação dos gastos, deixando a contrapartida da 
efetividade das ações por conta de cada um que prestasse serviço. Hoje, entretanto, isto não 
é mais possível. Sabendo de sua importância, a sociedade, o voluntário, o doador eventual de 
recursos, o financiador, o governo, querem saber sobre as atividades realizadas pela entidade.
Desta forma, quanto mais transparente a entidade, maior será a sua perpetuação e 
capacidade de transformação. É verdade que quando uma instituição se propõe a prestar 
contas de maneira transparente e eficiente para seus diversos interessados se depara com 
a falta de exemplos e incentivos no setor, e com os parceiros que esperam e precisam 
compreendê-la, mas não definem quais tipos de informação desejam.
Assim, deve partir da própria instituição levantar as técnicas necessárias e quais 
são as principais informações demandadas para que consiga atender a essa necessidade 
de demonstrar transparência em suas ações.
Algo transparente é aquilo que pode ser compreendido com o simples olhar, mesmo 
que não meticuloso. Então, seria um contrassenso ao conceito de transparência alguém ter 
que perguntar, questionar, realizar uma investigação, para saber o que acontece dentro de 
entidade que possui fins sociais.
Transparência deve ser característica inerente, e divulgada por iniciativa de uma 
instituição que pretende ter representatividade pública e atuar no Terceiro Setor.
Vale destacar que desde 2011, a Lei n º 12.527, denominada como Lei de Acesso à 
Informação LAI, bem como o Decreto nº 7,724/12 que a regulamenta, traz exigências para 
as entidades que realiza ações de interesse e recurso público diretamente do orçamento.
Desta forma, as entidades que receberem recursos públicos para implementações 
de ações de interesse público deverão dar publicidade às seguintes informações.
Art. 63. As entidades privadas sem fins lucrativos que receberem recursos 
públicos para realização de ações de interesse público deverão dar 
publicidade às seguintes informações:
I - Cópia do estatuto social atualizado da entidade;
II - Relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade; e
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
32
III - cópia integral dos convênios, contratos, termos de parcerias, acordos, 
ajustes ou instrumentos congêneres realizados com o Poder Executivo 
federal, respectivos aditivos, e relatórios finais de prestação de contas, na 
forma da legislação aplicável.
§ 1º As informações de que trata o caput serão divulgadas em sítio na Internet 
da entidade privada e em quadro de avisos de amplo acesso público em sua 
sede.
§ 2º A divulgação em sítio na Internet referida no §1º poderá ser dispensada, 
por decisão do órgão ou entidade pública, e mediante expressa justificação 
da entidade, nos casos de entidades privadas sem fins lucrativos que não 
disponham de meios para realizá-la.
§ 3º As informações de que trata o caput deverão ser publicadas a partir 
da celebração do convênio, contrato, termo de parceria, acordo, ajuste 
ou instrumento congênere, serão atualizadas periodicamente e ficarão 
disponíveis até cento e oitenta dias após a entrega da prestação de contas 
final. (Planalto, 2012)
As informações exigidas deverão ser publicadas após a celebração da 
parceria, atualizando seus dados periodicamente, ficarão disponíveis até 180 dias após a 
entrega da prestação de contas final.
3.5 Benefícios de se adotar um Programa de Integridade
Uma organização do Terceiro Setor que preza pelas boas práticas e por uma gestão 
transparente pode alcançar, com maior solidez, seus objetivos estratégicos. A implantação 
de um programa contribuirá no fortalecimento da credibilidade, otimização de eficiência 
e qualidades das ações ofertadas, reduzindo qualquer tipo de exposição a riscos. Muito 
embora a implantação de um programa de integridades possa, à primeira vista, parecer algo 
que venha criar burocracia ou até mesmo representar gastos, ressaltamos que os custos 
por não conformidade podem ser muito maiores para uma instituição do Terceiro Setor, 
que, dependendo do alcance do dano provocado pela não conformidade, podendo perder 
recursos públicos, sofrer imposição de multas pesadas e outras sanções legais e até perda 
do prestígio e da confiança de sua atuação perante a sociedade.
Outro benefício do programa é criar na instituição uma estrutura que garanta 
a integridade das ações ou, sinaliza que algo está sendo feita de maneira incorreta, 
permitindo que o problema seja sanado, para que a imagem institucional não seja colocada 
em risco. Pois, não basta ter dirigentes comprometidos e honestos, também é preciso 
garantir legalidade e transparência, e que isso possa ser percebido pela sociedade.
Por fim, precisamos mencionar que, cumprindo sua função social de maneira ética e 
comprometida, a instituição será diretamente beneficiada ao atrair doadores e financiadores 
que adotam essa mesma postura. Organizaçõesque reconhecidamente prezam pela 
integridade e transparência sempre irão buscar parceiros com ideologia semelhante.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
33
3.6 Ferramentas de Gestão
As funções básicas da Administração que cabe aos dirigentes sociais são: 
planejamento, organização, direção, e controle da organização. Para tanto, os gestores 
se utilizam de ferramentas e estratégicas de gestão organizacional como alternativas de 
resultados e de recursos, uma vez que auxiliam nas funções acima descritas. O sucesso na 
gestão se deve à presença de pessoas capacitadas, que se apropriam de ferramentas da 
área privada e as aplicam às entidades do chamado Terceiro Setor, sem prejuízo de suas 
características próprias.
Para gerenciar, se deve ter em mente a busca da eficiência, da eficácia e da 
efetividade; deve-se planejar, organizar, dirigir, controlar e tomar decisões 
estratégicas, táticas ou operacionais (Netspeed, 2019, online).
Essas condições essenciais ao ato de gerenciar, se observa no dia a dia das 
entidades, que por suas características e formação dos dirigentes, mais voltado para 
as atividades, organizações, exercem a gestão tendo por base a intuição e o bom-
senso, precisando de fundamento técnico em administração.
Existem ferramentas e estudos sobre as funções administrativas que podem ser 
empregados de maneira simples e objetiva no Terceiro Setor: 
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
34
Após fazer uma análise de cenários e definir quais os principais objetivos da 
organização, é chegado o momento de planejar como concretizar esses objetivos, 
identificando: O que será feito? Determinação dos objetivos; Quem fará? Definição de 
quem será o responsável pelo planejamento, avaliação e realização dos objetivos; Quando 
será feito? - Estabelecimento dos prazos para planejamento, avaliação e realização dos 
objetivos; Onde será feito? Determinação do local ou espaço físico para os diversos objetivos 
propostos; Por que será feito? Formulação dos indicativos da necessidade, da importância 
e da justificativa de se executar cada objetivo; Como será feito? Planejamento dos meios 
para a execução, avaliação, e realização dos objetivos; Quanto custará? Levantamento dos 
esforços e os custos para a realização dos objetivos.
Desta forma, será possível planejar, operacionalizar, acompanhar e controlar as 
atividades, já que ficam definidos os principais pontos. O Plano de Ação, conhecido como 
Plano de Trabalho, deve também ser utilizado, como base para a elaboração de projetos.
4.1 Ciclo PDCA
Outra ferramenta de gestão bastante utilizada é o método PDCA, que é o Ciclo 
constante de quatro etapas: Planejamento, Execução, Verificação e Atuação Corretiva, que 
viabiliza o gerenciamento da informação, permitindo a criação e o aprendizado, e difundindo 
a troca de experiências.
• To Plan (Planejar) - Planejamento de uma nova atividade, de um novo 
projeto, ou de uma melhoria - Para essa etapa é necessário fazer uma coleta 
e análise de dados com o objetivo de formular um plano de ação, onde serão 
PLANO DE AÇÃO4
TÓPICO
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
35
definidas as metas com identificação dos meios que serão utilizados para 
alcançá-las.
• To Do (Fazer) - Execução do que foi planejado - Durante essa fase é 
importante que ocorra o devido treinamento da equipe visando a correta 
realização do trabalho. Nesse momento, também se pode também buscar 
resolver problemas identificados durante o treinamento e a execução dos 
trabalhos.
• To Check (Checar, Verificar) - Avaliação desse novo processo 
implementado - É o momento de verificar os efeitos do trabalho executado.
• To Act (Agir) - Consolidação do novo processo - É nessa etapa que se 
deve atuar em função dos resultados. Caso tenha sido bem-sucedida, pode 
tornar-se um padrão. Caso seja identificada alguma necessidade de melhoria, 
esse é momento para executá-la.
(Sebrae, 2022, online)
O planejamento é coração da administração, e as entidades sem fins lucrativos 
também necessitam estabelecer suas metas e como alcançá-las. Atualmente não existe 
uma organização, pormenor que seja, que não planeje, que não possua um orçamento ou 
um plano de aplicação para as suas atividades. 
Essa etapa é ainda mais evidente na execução de convênios e contratos públicos, 
visto que a má gerência de recursos recebidos, implica na aplicação de sanções e devolução 
dos valores recebidos que foram mal utilizados em virtude da ausência de planejamento.
Por ser um ciclo, O PCDA é composto por procedimentos interligados. Portanto, 
a execução vai depender muito da realização do bom planejamento. As entidades 
sem fins lucrativos só poderão executar seu orçamento se as metas, etapas e fases 
forem bem definidas, e sobretudo, cronologicamente. Ainda, a execução dependerá da 
capacitação e qualificação da equipe, e do total entendimento sobre o trabalho e tarefas a 
serem desenvolvidos.
Portanto, a aplicação do PDCA nas organizações do Terceiro Setor, permitirá que 
essas entidades avancem consideravelmente na gestão. Com a utilização deste 
ciclo passarão a ter uma maior organização, e será possível controlar suas atividades, 
acompanhando, corrigindo e identificando possíveis problemas.
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
36
FIGURA 01: CICLO PDCA
Fonte: A autora (2023).
Segundo definição de 1997 do Banco Mundial, um dos principais responsáveis pela definição do 
termo, as organizações que caracterizam o terceiro setor são “organizações privadas que realizam atividades 
voltadas para reduzir o sofrimento humano, promover o interesse dos pobres, proteger o meio ambiente, 
prover serviços sociais básicos e desenvolver comunidades”.
Fonte: LIMA, Juliana. Terceiro Setor: o que é e como atua na sociedade brasileira. Observatório 
do Terceiro Setor. São Paulo, 2021. Disponível em: https://abre.ai/liTS. Acesso em: 07 de out. de 2024. 
REFLITA
CONSTITUIÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO ADMINISTRATIVAUNIDADE 1
https://abre.ai/liTS
37
O TERCEIRO SETOR ATUAL
Segundo o Mapa das Organizações da Sociedade Civil, um estudo realizado pelo Instituto 
de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), existem 815.676 organizações do terceiro setor no país, 
considerando dados até 2020. 
De acordo com o estudo, a região Sudeste do país é a que possui o maior número de organizações, 
com 41,5% do total. Em seguida, aparecem o Nordeste com 24,7%, o Sul com 18,4%, o Centro-Oeste com 
8,2% e a região Norte com 7,2%. O Mapa das OSCs, no entanto, destaca que a localização corresponde ao 
lugar de sede das organizações e não necessariamente à região onde elas atuam. 
Além disso, segundo o mapeamento, todos os 5.570 municípios brasileiros possuem ao 
menos uma organização da sociedade civil. Em termos de quantidade, é em São Paulo onde é possível 
ver os dois extremos: a capital paulista abriga mais de 50 mil OSCs e o município de Taquaral, parte da 
Região Metropolitana de Ribeirão Preto, possui apenas três. 
Sobre a natureza jurídica das organizações do terceiro setor no Brasil, o estudo aponta que 81% 
delas são classificadas como associações sem fins lucrativos e 17% como organizações religiosas, sendo 
que as fundações representam apenas 1,50% do total de OSCs brasileiras. 
A diversidade do setor pode ser notada com base nas áreas de atuação das organizações. Embora 
35,9% estejam ligadas a temas sobre desenvolvimento e defesa de direitos e interesses, e 29,6% à religião, 
existe uma variedade de assuntos como cultura e recreação (10,9%), assistência social (3,6%), educação e 
pesquisa (3,6%), saúde (1%), entre outras. 
Por fim, segundo o Mapa das OSCs, 90% delas não registraram trabalhadores com vínculos 
formais em 2020. Até 2019, foram verificados 2.338.407 vínculos formais de trabalho envolvendo todas as 
organizações do terceiro setor no Brasil. Entre as áreas de atuação com o maior número de vínculos formais 
estão a saúde, com 36,9%, e

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