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Nos smartphones vendidos no país, só é possível 
escrever mensagens com caracteres latinos. 
Historicamente orais, as culturas indígenas do 
Bra sil entraram no mundo escrito quando os colo -
nizadores europeus procuraram transcrever suas 
línguas, especialmente para convertê-los ao 
cristianismo. 
Na tentativa de reproduzir melhor os sons dessas 
línguas, foi necessário encontrar recursos específicos, 
associando os caracteres do alfabeto latino a um 
conjunto de acentos e símbolos, conhecidos como 
“diacríticos” pelos linguistas. 
RACHEDI, Mohamed; DANTAS, Michael. “Aplicativo 
permite que indígenas da Amazônia enviem mensagens 
em seus idiomas”. Folha de S.Paulo, 30 jan 2024. 
A simbiose entre a comunicação e a tecnologia tem 
continuamente recebido aportes tecnológicos que 
favorecem o aprendizado e a difusão de línguas nas 
mais diversas culturas. De acordo com o texto, a 
característica inovadora da iniciativa reside em 
� promover a comunicação entre os indígenas por
meio de um aplicativo de mensagens exclusivo
para esses povos.
� atender às especificidades das línguas indígenas 
ao incorporar à escrita, por meio dos diacríticos, 
elementos fonéticos antes negligenciados. 
� adaptar para o alfabeto latino os textos escritos
dos indígenas, empregando os diacríticos
existentes na língua portuguesa.
� gravar, pela fala, elementos particulares das 
línguas indígenas, transformando-os para a forma 
escrita por meio do emprego de diacríticos. 
� reproduzir os sons das línguas indígenas de forma 
mais ágil por meio de um dispositivo de digitação 
por voz. 
Resolução 
A reportagem descreve o aplicativo como um 
“teclado digital” cuja especificidade está no fato de 
contar com sinais gráficos adequados às línguas 
indígenas. 
Resposta: B 
Hanami é uma palavra japonesa que aprendi há 
alguns anos e que nomeia um costume tradicional do 
Japão voltado à contemplação da beleza das flores, 
em especial a da sakura, a flor de cerejeira. Embora 
belíssimas, criando paisagens densas e delicadas, 
essas flores costumam ter vida bem curta, em espe -
cial se comparada com a nossa. Por isso, a alegria de 
sua chegada também vem misturada ao anúncio de 
sua partida, e o hanami, mais do que um reconhe -
cimento da beleza do florescimento, passa a ser tam -
bém o da beleza da efemeridade. 
Na cultura oriental, o tema da morte, ou da fini -
tude, parece menos assustador. Já na ocidental, a 
ideia da fragilidade da existência vem acompanhada 
de tamanha angústia que achamos por bem recalcá-
la, focar nas histórias de além-vida ou nos dedicar ao 
empenho hercúleo de transformar essa vida, a nossa 
vida comezinha, atravessada de um ou de outro 
acontecimento fantástico, em uma vida memorável, 
para que sejamos capazes de perdurar. Nas crianças 
que temos, nos livros que escrevemos, nos projetos 
que fazemos. 
SECCHES, Fabiane. “A beleza e a fragilidade da vida”. In: 
Quatro cinco um, maio de 2023, p. 40. 
Segundo o texto de Fabiane Secches, a contemplação 
das flores no Japão é o resultado de uma cultura que, 
em oposição à ocidental, 
� menospreza a beleza física, tanto das flores
quanto dos homens, devido à efemeridade da
vida.
� valoriza a preservação da natureza local como um 
sinal de preservação das tradições locais. 
� esquece a certeza da finitude da existência a fim
de assegurar uma vivência plena do presente.
� homenageia os atos heroicos para garantir a 
imortalidade de indivíduos que merecem ser 
rememorados. 
� admite ser bela a transitoriedade da existência, 
inferindo que tanto a vida quanto a morte devem 
ser valorizadas. 
QUESTÃO 09
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LC • 1.o dia • RESOLUÇÕES
ENEM_PROVA1_AMARELO_28_4_ALICE_2024 28/03/2024 16:20 Página 12

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