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A Teoria Cognitiva de Piaget 
Jean Piaget e sua proposta de pesquisa 
Jean Claude Piaget foi um psicólogo suíço pioneiro no estudo do desenvolvimento do 
pensamento e da resolução de problemas por parte das crianças. 
As observações de Piaget o levaram a compreender que as crianças menores não pensavam de 
forma incorreta em relação às maiores, e sim, de forma diferente. Essa foi a base de sua teoria. 
Piaget desenvolveu suas pesquisas, por meio do método clínico numa combinação de 
observação e perguntas flexíveis feitas às crianças, incluindo suas três filhas. 
Sua visão corrobora com a de teóricos como Lev Vygotsky e Henri Wallon. Eles compreendem 
a construção do conhecimento por meio de um olhar interacionista, no qual, há interação 
entre sujeito e objeto. 
Diferentemente da visão do empirismo que entende a construção do psiquismo por meio da 
dependência das experiências sensíveis, e o racionalismo que pressupunha nossa estrutura 
inata como base para nosso desenvolvimento. 
Empirismo 
Construção do psiquismo por meio da 
dependência das experiências sensíveis 
Racionalismo 
Estrutura inata como base para nosso 
desenvolvimento. 
Vamos nos aprofundar. 
Empiristas: Pensando um pouco mais sobre os empiristas, eles compreendem a construção do 
conhecimento pelas experiências dos sentidos, por meio da relação com o ambiente. Os 
comportamentalistas que eram um dos representantes desta visão consideram que os estímulos 
provocados pelo meio resultam em ações, em um movimento de estímulo e resposta 
produzindo conhecimento. 
Humanistas: O humanismo também faz parte da visão comportamentalista e entende que o 
sujeito como ser individual é o início e o fim da própria experiência que gera o conhecimento. 
Racionalistas: Para os racionalistas, os processos de aquisição do conhecimento são inatos. 
Segundo os Gestaltistas, as crianças nascem com estruturas pré-formadas que condicionam suas 
experiências perceptuais ao longo de seu desenvolvimento. 
Maturacionais: Para os maturacionais, aconteceria de acordo com o amadurecimento do corpo, 
processo compartilhado com todos da espécie de acordo com a etapa do desenvolvimento que 
estivessem vivenciando. A psicanálise também contribuiu para esse modelo, na medida em que, 
Sigmund Freud postulou que o inconsciente comanda fortemente ações do homem em seu 
desenvolvimento, determinando suas ações. 
 
Com isso, entendemos que a teoria de Piaget está relaciona às teorias psicogenéticas, nas quais 
o psiquismo é construído na interação do sujeito e objeto/meio. 
Os interesses de Piaget estavam voltados para a compreensão da interação entre as estruturas 
internas, e os contextos externos na construção do conhecimento. A partir de suas ideias, surge 
na educação o termo Construtivismo. 
Empirismo: aquisição do conhecimento pelas experiências 
dos sentidos vivenciadas através do meio. 
Racionalismo: aquisição do conhecimento inato, 
determinismo. 
Interacionismo: a construção acontece na relação do sujeito 
com o meio. 
 
No texto a seguir, veja como se deu o desenvolvimento da teoria Piagetiana. 
Piaget dedicou sua vida à pesquisa sobre a origem e formação do conhecimento, criando um 
campo de investigação que chamou de epistemologia genética. Sua teoria estava centrada no 
desenvolvimento natural do sujeito, sustentando que esse processo se dá em várias etapas ao 
longo do seu ciclo de vida. Ao considerar o termo epistemologia, que significa o estudo no seu 
sentido mais amplo, ele denota sua preocupação em apontar que não existem conhecimentos 
absolutos. 
O início do processo de aquisição do conhecimento seria no nascimento (bebê) e aconteceria 
em um determinado ponto de interseção entre o sujeito e o objeto, momento também que se 
estabelece a construção de seu psiquismo. 
Sua teoria construtivista entende o sujeito como ativo 
no processo de produção de seu conhecimento, que se 
constrói na interação com o meio a partir da 
interpretação de suas experiências. Em uma relação, 
em que ele como sujeito afeta e transforma o meio, e é 
transformado por esse meio que o provoca por meio de 
experiências. 
A partir de suas observações, Piaget dividiu o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios, e 
condicionou o desenvolvimento de cada um deles três processos inter-relacionados como base, 
a saber: organização, adaptação e equilibração. 
Dentro de sua teoria, a criança herda estruturas biológicas, sensoriais e neurológicas que irão 
preparar suas estruturas mentais ou esquemas cognitivos. Esses esquemas são padrões de 
pensamento, que se subdividem em três tipos: os comportamentais, no qual a criança não 
conceitua os objetos, mas sim, o que pode fazer com eles. Uma criança de 10 meses vê o 
carrinho somente como algo que ela pode empurrar. 
Nos esquemas simbólicos já são capazes de formar uma representação mental, ou imagem. Já 
utilizam as experiências vivenciadas mentalmente para alcançar suas metas. Sabe quando uma 
criança observa a outra fazendo escândalo no shopping, passado um tempo faz o mesmo, sem 
nunca ter feito antes. A imagem vista ficou armazenada lá nos seus esquemas. Isso normalmente 
começa a acontecer no segundo ano de vida da criança. 
Quando falamos nos esquemas operacionais, as crianças estão chegando aos 7 anos de idade. 
Nesse caso, as atividades mentais envolvem ações para se chegar a conclusões de ordem lógica. 
Segundo Piaget, nosso conhecimento se constrói a partir de dois processos intelectuais inatos, 
a organização, que estará sempre promovendo a adaptação, e a adaptação como segundo 
processo, que para ocorrer necessitará de duas atividades complementares: assimilação e 
acomodação. Dessa forma, teremos o crescimento cognitivo do indivíduo, que irá acontecer em 
quatro estágios. Vamos tentar organizar inicialmente por meio do esquema abaixo. 
 
Descrição do esquema: 
Sujeito epistêmico 
interage com o meio a 
partir de suas ações, 
adquire novas 
informações que 
provocam o 
desequilíbrio entre seus 
esquemas ou estruturas 
cognitivas e o meio. 
A estrutura busca por 
organização, através do 
processo de adaptação, 
que aciona suas 
atividades 
complementares, a 
assimilação e a 
acomodação. 
A assimilação busca 
absorver e incorporar a 
nova informação aos 
esquemas ou estruturas cognitivas já existentes, com o objetivo de adaptar as novas 
informações sobre o ambiente. Por exemplo, uma criança só conhece lagos, quando vai praia 
diz: que lago grande. 
Nesse caso, ela buscou incorporar a informação nova a um esquema existente. Mas continuou 
olhando e achou estranho ter tanta areia, ter ondas, então ela diz: isso não é um lago, o que é? 
Neste momento ela inclui novas informações, modificando e transformando a estrutura 
cognitiva já existente. 
Quando a criança estabelece a passagem da assimilação para a acomodação da nova 
experiência/informação ocorre a equilibração. A restauração do seu estado de equilíbrio. 
Estado que em breve deixará de estar em equilíbrio porque novos estímulos virão através de 
sua interação com o meio e, desta forma, o processo acontecerá novamente, de forma cíclica, 
ocorrendo o desenvolvimento cognitivo. 
Considerando a maneira como Piaget compreendia o desenvolvimento cognitivo, e os esforços 
da criança para a compreensão de seu mundo vamos conhecer agora os estágios do 
desenvolvimento propostos por ele. 
Estágios do desenvolvimento cognitivo 
Para Piaget todos os sujeitos passariam pelos quatro estágios do desenvolvimento na mesma 
sequência, não sendo possível pular ou retroceder os estágios. 
Avançar de um estágio para o outro dependeria do amadurecimento do sistema nervoso 
central, da capacidade do cérebro de absorver maior quantidade de informações e de 
raciocínio, é preciso o desenvolvimento neurológico do sujeito. Ele compreende o processo 
como universal, mas ressaltava que cada um vivenciaria de modo particular, único, cada um 
dos estágios. 
Segundo Piaget,os estágios são: 
1. Sensório-motor 
2. Pré-operacional 
3. Operatório-concreto 
4. Lógico-formal 
Vejamos cada estágio, no texto a seguir. 
Estágios do desenvolvimento cognitivo: 
Primeiro estágio: Sensório-motor nascimento aos 2 anos 
Este primeiro estágio pode ser subdividido em seis etapas, quando ocorrem as experiências 
iniciais do desenvolvimento cognitivo. 
1ª Reflexos – usam seus reflexos (nascimento ao 1 mês) 
 
Exemplo: o sugar do peito da mãe ou mamadeira. 
 
2ª Reações circulares primárias – repetição de movimentos vivenciados ao acaso que produzem 
uma sensação agradável (1 a 4 meses) 
 
Exemplo: quando pega o pezinho e leva a boca. 
3ª Reações circulares secundárias – são movimentos com uma intenção, mas não com um 
objetivo específico (4 a 8 meses) 
 
Exemplo: pega a papinha do prato com a mão amassa e fica olhando. 
4ª Coordenação de esquemas secundários – neste momento, há intenção e objetivo para ser 
alcançado, já utilizam conhecimentos aprendidos como suporte (8 a 12 meses) 
 
Exemplo: a criança escolhe o brinquedo sabendo o que ele irá lhe proporcionar. 
5ª Reações circulares terciárias – nesta fase, são movidas pela curiosidade, utilizam seus 
aprendizados anteriores para atingir seus novos objetivos, na resolução de problemas adotam 
a estratégia da tentativa-erro (12 a 18 meses) 
 
Exemplo: tenta carregar pegar um brinquedo pesado até um determinado lugar, como não 
consegue resolver empurrando-o, ficando satisfeito com a conquista. 
6ª Combinações mentais – este estágio se encerra coma as seguintes aquisições: representação 
de eventos mentais, avalia a resolução do problema sem precisa usar a ação, pensamento 
simbólico, uso de símbolos como palavras e gestos, e sabem fingir (18 a 24 meses) 
 
Exemplo: Jogos de encaixe de formas geométricas. 
Para Piaget, nesse período do ciclo vital, a criança deve desenvolver os conceitos, e portanto, 
habilidades para o entendimento sobre a permanência dos objetos, conhecimento espacial, 
causalidade, números, categorização e imitação. 
Segundo estágio: Pré-operacional 2 anos – 6/7 anos 
Esse estágio traz o amadurecimento dos aprendizados iniciados no estágio anterior, 
principalmente no que diz respeito à capacidade do pensamento simbólico, a aquisição da 
linguagem é uma grande conquista neste momento. 
No estágio sensório-motor, a criança tinha necessidade de estar na presença da pessoa ou o 
objeto para pensar nele. Já no estágio pré-operacional, o conceito e habilidade de usar símbolos 
já estão presentes possibilitando a criança de pensar no objeto, evento ou pessoa sem estar em 
contato com ele. Por exemplo, quando Bruno pergunta sobre o cachorro do seu vizinho que viu 
no elevador no dia anterior. 
Considerando as aquisições, elas também poderão atribuir qualidades a pessoas e objetos além 
do que realmente possuem, como a vassoura sendo um cavalinho. Já compreendem que suas 
ações trazem consequências, e conseguem organizar por tamanho, altura, ou seja, categorizar. 
Nesse estágio, as crianças estão aptas a iniciarem o desenvolvimento da empatia. 
Com relação aos aspectos a serem desenvolvidos, Piaget menciona a centralidade, o 
egocentrismo, o animismo e a dificuldade em distinguir o que é real da aparência externa 
(pessoas fantasiadas de personagens). 
Terceiro estágio: Operatório-concreto 6/7 anos – 11/12 anos 
 
Nesta fase, as crianças já estão menos egocêntricas, conseguindo ter uma visão mais ampla do 
que está ao seu redor. Com isso, ganham a capacidade de resolver problemas utilizando recursos 
concretos, ainda que, com certas limitações. 
Algumas habilidades como pensamento espacial, seriação e inferência transitiva, raciocínio 
indutivo e dedutivo e conservação são adquiridas neste estágio. Enquanto outras são 
aprimoradas, como a capacidade de utilização dos números e a competência nas categorizações. 
Quarto estágio: Lógico-formal 12 em diante 
 
Chegamos ao último estágio, no qual a criança/adolescente irá desenvolver a capacidade do 
pensamento abstrato, da lógica. Se torna capaz de questionar o mundo a sua volta e a buscar 
soluções que tornem esse mundo melhor. Na maioria das vezes, são soluções utópicas próprias 
da adolescência, porém, Piaget menciona essas soluções como uma inabilidade do início desta 
fase. 
O esperado é que com o amadurecimento as ideias se tornem coerentes com as possibilidades 
apresentadas dentro da realidade. Nesse estágio, ainda teremos a aquisição das habilidades de 
compreensão da linguagem figurada, de conceitos científicos e filosóficos, construção de 
hipóteses e a capacidade de pensar sobre si mesmo. 
Piaget por meio de sua teoria contribuiu significativamente para o entendimento do 
desenvolvimento cognitivo ao longo do nosso ciclo vital, seus referenciais têm norteado práticas 
educacionais, avaliações psicopedagógicas, elaboração de projetos de promoção e prevenção 
da saúde. Sendo uma fonte importante de informação para a construção de seus projetos, 
intervenções e práticas.

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