Aula ARTROLOGIA 2017

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ARTROLOGIA 
SINDESMOLOGIA 
M.V. Déborah de Oliveira Freitas 
vet.deboraholiveira@gmail.com 
Anatomia Veterinária 1 – 2º período – FACICA 2017 
 
mailto:vet.deboraholiveira@gmail.com
ARTROLOGIA 
• Conceito: estudo das junturas ou articulações 
– Latim: articulare - junta dos ossos 
– Grego: arthron – junção 
 
• São todos e quaisquer meios pelos quais as partes rígidas do 
organismo se unem para formar o esqueleto. 
 
• Recebem o nome das estruturas que se articulam. Ex.: 
articulação radiocárpica (rádio e ossos do carpo). 
 
ARTROLOGIA 
• Funções: 
– União dos segmentos ósseos e cartilagíneos; 
– Capacidade de movimento entre os segmentos do esqueleto; 
– Componente passivo do aparelho locomotor (passivo -> sozinho não 
possibilita o movimento). 
 
• IMPORTÂNCIA CLÍNICA!!! 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS 
• Número de segmentos: simples (2 ossos) ou composta (+ de 2 
ossos). 
Exemplos: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS 
• Encaixe das superfícies: 
– Concordantes: encaixe perfeito. 
– Discordantes: é necessário a presença de uma estrutura 
fibrocartilagínea para a adaptação das superfícies (ex.: meniscos no 
joelho e disco ATM) 
Exemplos: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS 
• Mobilidade: móveis ou fixas. Exemplos: 
– Sinartrose: sem movimento, encaixe perfeito, fixas. Ex.: a maioria das 
articulações do crânio, rádio e ulna do equino. 
– Anfiartrose: pouca mobilidade, limitada. Ex.: sínfises, sincondroses. 
– Diartrose (articulações “verdadeiras”): grande amplitude de 
movimento. 
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS 
• Proximidade: 
– Continuidade: tecido preenchendo o espaço entre os ossos, deixando 
a superfície contínua. 
– Contiguidade: meio entre os ossos, líquido, deixando espaço. 
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS 
• Tipo de tecido interposto: fibrosa, cartilagínea ou sinovial. 
JUNTURAS FIBROSAS 
• Tecido interposto: conjuntivo fibroso; 
• Movimentos limitados ou nulos (sinartrose); 
• Tendem à sinostose (processo de fusão de ossos, que ocorre 
por ossificação das junções); 
• Fetos e neonatos: certo grau de mobilidade; 
• Tipos de junturas fibrosas: 
– Suturas 
– Sindesmose 
– Gonfose* 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Suturas: encontrada somente entre os ossos do crânio. 
• Plana, escamosa, serreada, folheada, esquindelese. 
 
 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Suturas planas: internasal, interfrontal. 
 
 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Suturas escamosas: forma de bisel. Entre frontal e 
zigomático, temporal e zigomático. 
 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Suturas serreadas: naso-frontal, entre lacrimal-maxilar. 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Sutura esquindelese: forma uma espécie de calha. Entre 
base óssea do septo nasal; osso etmoide e vômer. 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Sindesmose: encontrada fora do crânio. 
• Exemplos: entre as bases dos metacarpos (cães); cartilagens 
costais, rádio e ulna, entre metacarpianos e metatarsianos 
(equinos). 
 
JUNTURAS FIBROSAS 
– Gonfose: falsa articulação, entre o dente e o osso, 
ligamentos periodontais. 
JUNTURAS CARTILAGÍNEAS 
• Tecido interposto: cartilagem (fibrosa ou hialina); 
• Movimentos limitados (anfiartrose); 
• Podem sofrer sinostose. 
 
• Tipos de junturas cartilagíneas: 
– Sincondrose (cartilagem hialina) 
– Sínfise (cartlagem fibrosa) 
JUNTURAS CARTILAGÍNEAS 
• Sincondrose: cartilagem hialina (esbranquiçada ou azulada). 
Ex.: intra-óssea: disco epifisário; interóssea: intermandibular; 
entre as estérnebras (exceto entre manúbrio e 2ª estérnebra). 
 
JUNTURAS CARTILAGÍNEAS 
• Sínfise: cartilagem fibrosa. Ex.: disco intervertebral; sínfise 
púbica. 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Tecido interposto: líquido sinovial; 
• Articulações móveis – movimentos amplos (diartrose); 
• Não tendem à sinostose. 
 
• Estruturas constituintes: 
– Essenciais 
– acessórias 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Estruturas essenciais (esquematizar): 
– 1- Superfície articular 
– 2- Cartilagem articular 
– 3- Cápsula articular 
– 4- Membrana sinovial 
– 5- Cavidade articular 
– 6- Líquido sinovial (20-40ml) 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• 2- cartilagem do tipo hialina lisa, avascular e sem inervação, diminui o 
atrito e permite o deslizamento, evita o desgaste do osso. 
• 3- se continua com o periósteo; membrana de tecido conjuntivo fibroso 
(lâmina fibrosa) – resistência; delimita o espaço que contém o líquido, 
com a finalidade de aproximar as superfícies articulares; pouco inervada e 
vascularizada. 
• 4- reveste a face interna da cápsula articular, podendo formar vilosidades; 
produz e absorve o líquido sinovial; altamente vascularizada e inervada. 
• 6- composto por restos celulares, sais minerais, mucinas, gotículas de 
lipídeos, proteínas; aspecto viscoso, transparente; lubrifica a superfície 
articular; gera uma tensão superficial que une as superfícies; funciona 
como nutridor para a cartilagem articular e evita o seu desgaste. 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Estruturas acessórias: 
– Ligamentos: pouca inervação, auxilia a cápsula articular (liga osso a 
osso); 
– Discos e meniscos articulares: dissipadores e amortecedores de 
choques mecânicos; 
– Cartilagem marginal: do tipo hialina; 
– Coxim adiposo articular: gordura. 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Ligamentos: 
– Feixe de tecido conjuntivo fibroso 
– Pouco flexível 
– Forte, resistente 
– Adere extremidades ósseas 
• Classificação quanto à posição: 
– Extracapsulares 
– Capsulares 
– intracapsulares 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Classificação quanto à função: 
– Adesão ou coesão: colaterais 
– Limitadores ou frenadores: cruzados, cabeça do fêmur 
– Direção ou de guia: oblíquo e colaterais do cotovelo (equi) 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Discos e meniscos articulares: 
– Discos: bicôncavos 
– Meniscos: meia lua/metade de disco. 
 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Cartilagem marginal: reveste as superfícies de algumas 
depressões articulares (acetábulo e cavidade glenoidal); 
protege e aumenta a superfície. Ex.: lábio glenoidal e 
acetabular. 
 
 
 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Coxim adiposo articular: revestido pela membrana sinovial: 
infrapatelar. 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Principais movimentos: 
– Angulares: 
 
 
 
 
– Adução (fecha) e abdução (abre): 
 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Principais movimentos: 
– Rotação: pronação e supinação: 
 
 
 
 
 
– Circundação (combinação dos movimentos): 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Classificação quanto aos movimentos: 
– Mono-axiais: 
– 1 eixo de movimento. Ex.: cotovelo, joelho 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Classificação quanto aos movimentos: 
– Bi-axiais: 
– Movimento em 2 planos perpendiculares entre si. Ex: 
Falanges 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Classificação quanto aos movimentos: 
– Tri-axiais: 
– Movimento - 3 eixos. Ex: Osso do quadril e do ombro 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
• Classificação quanto ao número de ossos: 
– Simples ou composta; 
• Classificação quanto à morfologia da superfície articular: 
– Plana, gínglimo, trocoide (cilindroide), condilar, selar, 
esferoide. 
JUNTURAS SINOVIAIS 
JUNTURAS SINOVIAIS 
SINSARCOSE 
• União dos músculos – exemplo: união do membro torácico ao 
tórax. 
 
JUNTURAS 
• Junturas fibrosas: 
– Suturas – no crânio (plana, escamosa, serreada, esquindelese) 
– Sindesmose – fora do crânio 
– Gonfose – falsa articulação, entre o dente e o osso 
• Junturas cartilagíneas: 
– Sínfise – cartilagem fibrosa (sínfise pelvina, intervertebral) 
– Sincondrose – cartilagem hialina (entre as estérnebras) 
• Junturas sinoviais: 
– Simples ou composta 
– Mono, bi ou tri-axial 
– Plana, gínglimo, trocoide, condilar, selar, esferoide. 
 
JUNTURAS 
• Sinartrose – sem movimento 
• Anfiartrose – pouco movimento 
• Diartrose – amplo movimento 
 
• Sinostose – processo de fusão de ossos a partir de ossificação 
das articulações 
 
• Sinsarcose – união de músculos. 
CONDIÇÕES CLÍNICAS 
• Entorse - Resultado de torção ou alongamento exagerado; um 
ligamento pode se romper ou se separar do osso. 
• Luxação - As superfícies articulares dos ossossão 
violentamente deslocadas. Ossos, tendões e ligamentos 
podem ser danificados. 
• Bursite - Inflamação das bolsas sinoviais. Ficam 
excessivamente cheias de líquido. 
• Tendinite - Inflamação da bainha dos tendões que rodeiam 
uma articulação. 
• Hérnia de disco - Núcleo pulposo é pressionado para um dos 
lados do disco; resulta em trauma ou em distribuição 
imprópria do peso. 
• Fixação da patela – a patela fica “encarceirada” entre os 
ligamentos patelares, ocorre em bovinos e equinos. 
 
 
 
LUXAÇÃO DE PATELA 
SOBRE O DISCO INTERVERTEBRAL 
FIXAÇÃO DA PATELA 
CONDIÇÕES CLÍNICAS 
• Lesões dos meniscos - Provocada por movimentos bruscos. 
• Artrite - Inflamação das articulações; 
• Osteoartrite - Inflamação crônica causa degeneração da 
cartilagem articular. 
• Artrite reumatoide - Forma deformante severa, afeta 
principalmente as articulações menores. 
• Gota - Aumento na produção de ácido úrico -> aumento no 
sangue -> formação de cristais nas articulações. 
• Efeitos do envelhecimento - Perda das superfícies 
cartilaginosas. 
 
DÚVIDAS??