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A ESPERANÇA É MANDATÓRIA Aula 02 – Módulo Vencendo o Desespero Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com DIREÇÃO PEDRO AUGUSTO Vencendo o Desespero Módulo 01 TRANSCRIÇÃO Aula 02 28 de novembro de 2022 Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com TEMPO DE GRAVAÇÃO 25min 44s MODALIDADE DE TRANSCRIÇÃO Standard CONTEÚDO EXCLUSIVO Para os assinantes - DPA TRANSCRIÇÃO Alexandre Sampaio REVISÃO Ana Rachel Gondim DESIGN E DIAGRAMAÇÃO Italo Renan / Camila K. Marques OBRAS CITADAS Tratado do Desânimo, Padre Jean Michel; Caminho, São Josemaría Escrivá. Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero INTRODUÇÃO Olá, olá, pessoal! Sejam todos muitíssimo bem-vindos à segunda aula do nosso DPA. Vamos continuar, aqui, o “Tratado do Desânimo”, no capítulo 2. Colocando um parêntese, antes de iniciar: tudo o que vocês irão escutar aqui tem, por base, o Catolicismo. Eu sou católico, a minha visão de mundo é católica, isso reflete na maneira como eu percebo todas as coisas e é isso que eu vou passar para vocês. Quem não for católico, por favor, faça o filtro, mas saiba que, por baixo de tudo que eu estou falando aqui, está a cosmovisão católica, beleza? Não que tudo o que eu fale faça parte da Doutrina, que tudo o que eu fale tenha a força do Magistério. Não é isso. Quando uma coisa for opinião minha, eu vou dizer “isso aqui é uma opinião, vocês pensem se sim, pensem se não”, agora, o pano de fundo é católico ⎯ inclusive, a partir do capítulo 2, vamos falar da esperança enquanto virtude teologal. Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero A ESPERANÇA É MANDATÓRIA Aqui, no capítulo 2, ele diz uma coisa interessante, no terceiro parágrafo: “Ora, a esperança e a confiança em Deus são tão mandatórias quanto a fé e as outras virtudes” A gente, muitas vezes, tem uma certeza, uma clareza de que a caridade, por exemplo, é um mandamento. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” ⎯ isso está circulando, né? Independente até mesmo de ser cristão, essa é uma ideia que construiu a civilização ocidental. Se você tiver nascido nessa parte do mundo, que está sob a influência da civilização cristã, então você tem essa ideia na cabeça, de que o amor é uma coisa boa, de que o cuidado com os mais frágeis é uma coisa boa, de que o respeito e a tolerância são coisas boas. Enfim, respeito, tolerância e cuidado são manifestações da caridade. A gente tem isso na cabeça, nem precisa ser cristão. Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero Nós, enquanto cristãos, temos isso como mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”; “Assim como eu fiz, façam vocês também”; “Não há ninguém com maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos”. A gente tem isso. “Deus amou o mundo de tal maneira que enviou Seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. O amor é uma ideia muito cristalizada na gente. A ideia da fé também, a fé como mandamento. Você precisa acreditar, você precisa ter fé ⎯ isso é uma coisa muito clara. Mas nos falta a ideia da esperança como mandamento. Veja, a esperança não é opcional, ela é mandatória. Do mesmo modo que tenho que ter caridade com os mais pobres, do mesmo jeito que tenho que ter paciência com os outros, do mesmo jeito que tenho que agir, eu tenho que ter esperança também. Ou seja, a esperança é uma virtude, é um mandado, como diz o Padre Jean Michel: “O sentimento que vai contra a esperança é, pois, tão proibido como o sentimento que vai contra a fé e contra qualquer virtude. É, pois, uma tentação bem caracterizada” Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero Então, os sentimentos que vão contra a esperança são danosos, como aqueles sentimentos que vão contra a caridade e contra a fé. Por que eu quis falar sobre isso? Porque isso é uma noção que a gente tem. Peguem aí, na cabeça de vocês, qual foi a última vez na vida de vocês, em que alguém disse: “A esperança é uma obrigação, ela é tão mandatória quanto a caridade”. Qual foi a última vez em que isso aconteceu? A gente não tem essa noção, e a gente tem que ter essa noção. Temos que ter a noção de que qualquer sentimento contrário a isso é uma tentação. E, vejam que curioso, os sentimentos contrários a isso brotam de um lugar chamado orgulho. A RAIZ DO DESÂNIMO É A SOBERBA Prestem atenção: a base do desânimo, ou desespero, é o bom e velho orgulho, também conhecido como soberba ⎯ o vício supra capital que é a base de todos os vícios capitais. E, aqui, eu vou entrar no capítulo 3, que trata exatamente disso: “O desânimo é expressão do orgulho”. E ele começa dizendo o seguinte: Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero “Por que é que o desânimo produz tão fortes e tão funestas impressões numa alma cristã? Ei-lo aqui: a alma está bem convencida da sua fraqueza, que muitas vezes ela experimenta. Sente vivamente a dificuldade que tem em se vencer, coisa que lhe sucede raramente. Toda ocupada de ideias tristes e desalentadoras de quem tem pouca coragem, ela considera como coisa inútil recorrer ao Senhor, que nesse estado não deve escutá-la” É maravilhoso, porque ele diz o seguinte: o orgulho que temos faz com que a gente olhe para a fraqueza que está em nós e meça o conjunto das possibilidades a partir das nossas fraquezas. É como se a pessoa estivesse no leito de um hospital e medisse as possibilidades de força no mundo a partir da possibilidade de força dela. Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero A VITÓRIA NÃO DEPENDE APENAS DE SUAS CAPACIDADES Acontece que a força à nossa disposição não está apenas enraizada nas nossas capacidades. A esperança é uma virtude teologal. O que significa isso? Significa que a esperança tem raiz unicamente em Deus. As virtudes teologais são aquelas virtudes que radicam unicamente na natureza divina. Então, por que é que tenho que amar a Deus? Porque Deus é amável, porque Ele é o que Ele é. Por que é que tenho que ter fé em Deus? Porque Ele é o que Ele é. Por que é que tenho de esperar em Deus, ter esperança em Deus? Porque Ele é o que Ele é. Então, eu não tenho esperança pelo conjunto de probabilidades naturais de algo. Eu tenho esperança pela natureza d'Aquele em quem eu espero. Eu não amo porque existe um conjunto de justificativas naturais para que eu ame, eu amo porque esse amor faz parte da natureza divina, e é em função dessa natureza que eu devo amar. Eu não tenho fé baseado em nada, aqui. Eu tenho fé porque a minha fé radica na natureza d'Aquele em que eu acredito. Então, a esperança é uma virtude teologal, ela não depende de nada que acontece nesse mundo. Inclusive, não depende da nossa fraqueza! Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero Então, você diz: “Ah, Pedro, eu sou tão fraco. Como é que eu vou esperar alguma coisa boa?”. Certo, mas o que uma coisa tem a ver com a outra? “Mas eu não vou ter como lutar”. Não, espera aí. A tentativasempre está disponível. Quando você diz isso, você não está preocupado com a tentativa, está preocupado em conseguir ganhar ou não. A organização das forças do exército depende dos generais; a vitória depende de Deus. Com o homem, está a força dos cavalos e cavaleiros; com Deus, está a vitória. É aquilo que o salmista diz: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas” Ou, como dizia a minha querida e santa madrinha – inclusive, a partir desse salmo, porque era uma rimazinha que ela fazia: “O pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada. Mais vale quem Deus ajuda do que quem faz madrugada” Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero É exatamente esse o ponto. Quando você diz que não terá força para lutar, saiba que isso é uma armadilha, porque você não está pensando na luta, está pensando em ganhar ou perder – e essa não é a função. Veja: ninguém é obrigado à vitória, mas todo mundo é obrigado ao combate. O combate é obrigatório. Então, tire isso da sua cabeça, porque isso é justificativa para o desânimo. Voltamos à aula anterior. Isso é justificativa para o desânimo, porque a luta sempre é possível – inclusive a luta de acreditar, de achar que o bem futuro virá, de que realizar é uma obrigação, independente do sentimento que você tem em relação à realização, porque não depende da sua força apenas, entende? A sua força está em iniciar a luta, como veremos, mas a estrutura da realidade, que promove a vitória, está enraizada em Deus. Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero A ESTRUTURA DA REALIDADE NÃO DEPENDE DE VOCÊ Veja: a gente tem que começar a entender que a quase totalidade da vida humana não depende do homem. Já pararam para pensar? Vamos, aqui, dar uma humilhada no nosso orgulho. Como se não bastasse sermos o que somos. São Josemaría Escrivá tem a seguinte frase: “Tu?... Soberba? – De quê?” És tu que tens o orgulho? De quê? Tens orgulho de quê, meu irmão? Pare para pensar num negócio: qual esforço você fez para que o Sol nascesse hoje? Nenhum. Qual esforço eu fiz para a estrutura atômica dessa água continuar íntegra? Eu coloquei hidrogênio, coloquei átomos de oxigênio? Não. Nada disso. Qual esforço eu fiz para que a minha inteligência existisse? Qual esforço eu fiz para a manutenção da estrutura química dos meus ossos? Qual esforço eu fiz para essa luz estar aqui? “Ah, Pedro, você pagou o estúdio”. Espera aí, você acha que um conjunto de notas de papel, que uma transferência de PIX, foi a Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero criadora da realidade? É isso que você está me dizendo? Você chegou nesse ponto de loucura? Então, você tá doido. Quer dizer, eu transferi um valor e dei vida a essa cadeira? E sustentei essa luz? E eu sustentei a vida de Caio, para ele não morrer hoje de manhã? Foi isso que aconteceu? Não, cara. Eu só transferi um valor para estar em um lugar e para que uma pessoa me auxiliasse, como é o caso. Eu não comprei a expertise de Caio. Ele está há anos trabalhando com isso. Fui eu que sustentei a vida dele enquanto ele estava aprendendo? Fui eu que sustentei a vida dele enquanto ele estava gravando aniversários, enquanto estudava? Fui eu que sustentei a vida das pessoas que ensinaram a ele? Não, eu só transferi um valor e ele está aqui hoje, me ajudando. Foi só isso. O dinheiro não compra a realidade. Ele faz, às vezes, com que você usufrua da realidade, mas não produz a realidade. A vida humana se assenta em cima de coisas que nenhum dos homens que usufruem construíram, e estou falando do nível simples, mas vamos para o nível macro: o clima. Quais forças você fez para controlar o clima e ele ser hoje do jeito que é? A temperatura, a circulação dos ventos, a gravidade da Lua, a regularidade das marés, a estrutura física do mundo, a estrutura psicológica, a providência dos encontros e desencontros da vida... tá entendendo? Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero Nós vivemos numa estrutura da realidade a que não demos causa. Nós não demos causa. Tudo isso nos foi dado. Tudo isso nos foi colocado. E pensar nisso é matar o orgulho em nós, e matar o orgulho é matar o desânimo em nós, porque nós começamos a perceber que a vida é boa, segue e se estrutura independente da nossa fraqueza. Aliás, eu separei para vocês o trecho de uma das passagens mais maravilhosas da Escritura, que é Jó, depois de ter acontecido tudo o que aconteceu com ele, tendo uma conversa com Deus. Aí, a conversa de Deus com Jó é, basicamente, Deus com uma 12, atirando, e Jó dizendo “espera aí! Na cara não, para não estragar o velório”, porque é impressionante. Diz assim: “O Senhor, dirigindo-se a Jó, lhe disse: 'Aquele que disputa com o Todo-poderoso apresente suas críticas! Aquele que discute com Deus responda!'” E no outro capítulo: “Então, do seio da tempestade, o Senhor deu a Jó essa resposta: 'Quem é este que obscurece a Providência com discursos Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero sem sentido? Cinge os teus rins como um valente! Vou interrogar-te e tu me responderás” Aí, a coisa ficou meio séria. Olhem as perguntas de Deus e façam uma ligação com o que estávamos conversando: “Onde estavas, quando lancei os fundamentos da terra? Fala, se estiveres informado disso. Quem lhe deu as medidas, já que o sabes? Ou quem sobre ela estendeu o cordel? Onde se assentam suas bases? Ou quem colocou nela a pedra angular? Quem fechou com portas o mar, quando brotou do seio materno, quando lhe dei as nuvens por vestimenta e o enfaixava com névoas tenebrosas? Eu lhe tracei limites e lhe pus portas e ferrolhos. Algum dia na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar? Acaso chegaste até as fontes do mar ou passaste até o fundo do abismo? Apareceram-te, porventura, as portas da morte, ou viste a entrada da morada tenebrosa? Tens ideia da extensão da terra? Fala, se sabes tudo! Onde está o caminho para a morada da luz? Quanto às trevas, onde é o seu lugar? Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer as veredas de sua morada? Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e são numerosos os teus dias!” Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero Deus tirou onda mesmo, da cara de Jó: “Você não é tão espertalhão? Seus dias não são tão numerosos? Você devia saber disso aí”. Mais pra frente, há uma parte maravilhosa: “És tu que atas os laços das Plêiades ou desatas as correntes do Órion? És tu que fazes sair a seu tempo as constelações ou conduzes a Ursa com seus filhos? Conheces as leis do céu e regulas a sua influência sobre a terra? Levantarás a tua voz até as nuvens e o dilúvio t e obedecerá? Tua ordem fará os relâmpagos surgirem e te dirão: 'Aqui estamos?' Quem pode enumerar com sabedoria as nuvens e inclinar as odres do céu?” Aí, ele vai perguntando todas as coisas, e chega um ponto em que Jó diz: “É, eu vou ficar na minha. Acho que não tenho como responder a essas coisas, não”. Por que é que Deus diz tudo isso? Deus diz tudo isso em resposta à angústia do seu servo Jó, em resposta ao sofrimento de Jó. Percebam: o que é que o bom Deus utiliza como cura ao sofrimento de Jó, como instalaçãona realidade, como força para Jó? Em outras palavras: “Meu filho, está vendo tudo isso? Não depende de você”. E toda essa ironia de que Deus se utiliza é exatamente para massacrar o orgulho. “Foi você que fez isso? Diga, se você é o Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero esperto; diga, se os seus dias são incontáveis, se são tão numerosos. Você deveria saber”. Deus não está sendo sádico e querendo humilhar Jó. Não, não é isso, pelo contrário: essa humilhação – que, na verdade, é apenas uma demonstração da realidade e nada de sadismo ou vaidade – é o que vai curar Jó. Ou seja, a noção de que a estrutura da realidade não depende de nós é uma noção salvífica, é uma noção que quebra, em nós, o orgulho. Então, o que é que a gente deve fazer, diante disso? O seguinte: “Rapaz, eu sou meio fraco em tal e tal coisa. Não tem nem como eu tentar”. Mentira sua. Todo mundo tem como tentar, porque o bem é possível. A estrutura da realidade é boa, e o bem é possível, independente da nossa fraqueza. A gente não deve apoiar a vitória nas nossas forças. Todo combate é possível. “Pedro, estou no leito do hospital. Como é que o combate é possível?”, é claro que é possível. Você não pode combater – e vamos pegar um exemplo bem material – entrando em um tanque de guerra e portando uma metralhadora. Esse é um tipo de combate que, fisicamente, não é possível para você, mas a força sempre está disponível para você. Alguma força sempre está disponível e, se alguma força sempre está disponível, algum combate sempre é possível. “Ah, mas com esse meu pequeno combate, não vou conseguir mudar tudo o que eu queria”, e daí? Ninguém é obrigado à vitória, Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero todo mundo é obrigado ao combate. Pegou isso? A gente tem que eliminar esse orgulho em nós, porque esse orgulho parece muito com aquela birra infantil: “Ah, se não for desse jeito, eu não quero. Se não for desse jeito, para mim, nem adianta”, e bate o pé, chora… isso é imaturidade. “Então, se não for para realizar tudo o que eu acho que tem de acontecer, não vou nem me movimentar, porque sou fraco demais para fazer tudo o que eu queria”, isso é birra. É birra. Isso tudo é sustentado por alguém que não é você. A sua luta está naquilo que a sua força permite, e isso já é muito bom. A força sempre é possível, e o mundo é bom. Ele é sustentado por uma vontade bondosa. Jó está lá, pensando “mas eu não posso fazer muita coisa, perdi meus filhos, meu dinheiro, minha saúde; estou rasgado, coçando minhas feridas com um caco de vidro…”. Sim, e daí? Existe algo que você pode fazer? Existe. Então a esperança é mandatória, entendeu? Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero CONCLUSÃO A gente não pode cair nessa justificativa da nossa fraqueza, porque isso é orgulho. Isso é um orgulho completo. Não caiamos nisso. Por Deus, não caiamos nisso, certo? Vamos deixar isso bem claro na nossa mente: existe uma conexão profunda entre o orgulho e o desânimo. Olhem que coisa curiosa: quanto mais humilde você for, mais forte você será. Olha que coisa espantosa! Quanto mais humilde, mais forte. Por isso, Nosso Senhor diz: “Quem quiser ser o primeiro, seja o último. Quem quiser ser o maior, que seja o menor”. Quanto mais humilde, mais forte, porque o orgulho está ligado ao desânimo, o desânimo está ligado à condenação e à fraqueza, enquanto a humildade está ligada à esperança, e a esperança está ligada à força e à ação. Olha que negócio fantástico, né? Então, não caiam na esparrela de não realizar porque você não se considera forte o suficiente. Isso é uma manifestação daquela tentação de que falamos na aula anterior. Portanto, o exercício da semana é: não se deixar abater pela fraqueza que acredita ter – isso é uma manifestação de orgulho. O mundo e a vida toda que você vive não foram criados por você. Você não fez nada, você não atou o laço das Plêiades, não deu Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Módulo 01 Vencendo o Desespero ordens à aurora, não fixou os limites do mar... nada disso você fez. Ninguém aqui fez, mas a vontade bondosa, que tudo sustenta, foi quem fez esse negócio. Então, tenhamos firme essa convicção. Por hoje é isto. Até a próxima. FIM Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com @pedroaugusto_ps Pedro Augusto - pedroaugusto.curso@gmail.com - IP: 200.169.7.21 Licensed to Diego Bruno Coelho dos Santos - diegocoelho13@hotmail.com Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21