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O Renascimento
O RENASCIMENTO E SUA IMPORTÂNCIA:
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Movimento filosófico e artístico de ruptura entre o mundo medieval - com suas características de sociedade agrária, estamental, teocrática e fundiária - e o mundo moderno urbano, burguês e comercial. 
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Mudanças importantes na Europa:
A partir de meados do século XV são lançadas as bases do que viria a ser, séculos depois, o mundo contemporâneo. A Europa medieval era estável e fechada; mas esse quadro se altera:
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Início do processo de abertura e expansão comercial e marítima. 
A identidade das pessoas, baseada no clã e na propriedade fundiária, vai sendo progressivamente substituída pela identidade nacional e pelo individualismo.
A mentalidade vai se tomando paulatinamente laica -desligada das questões sagradas e transcendentais- as preocupações metafísicas vão convivendo com outras mais imediatistas e materiais, centradas principalmente no homem. 
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Existem duas visões sobre o Renascimento:
 Uma visão otimista do Renascimento - em contraponto a considerar a Idade Média como a Idade das Trevas e do obscurantismo. As mudanças que ocorreram na Europa, principalmente na Itália, e depois na Inglaterra e Alemanha, foram e positivas e a causa do desenvolvimento do comércio e da navegação, do contato com outros povos e pela disseminação das obras de arte e filosóficas;
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Nessa visão otimista, foi o movimento renascentista que promoveu o renascer da cultura e da erudição, o gosto pelo saber, além de tê-los, aos poucos, posto à disposição da população em geral. 
Mas há também a visão histórica mais pessimista: percebem nessa época um período de grande turbulência social e política. Essa análise apóia-se na falta de unidade política e religiosa, nos grandes conflitos existentes entre as nações, nas guerras intermináveis, nas Inquisições e perseguições religiosas, no esforço de conservação de um mundo que agonizava.
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Considera sintomas de tudo isso: os exílios, as condenações e os longos processos políticos e eclesiásticos, os grandes genocídios que a Europa promoveu na América e o ressurgimento da escravidão como instituição legal. 
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Havia certo clima de fim de mundo (uma maneira de viver) presente na produção artística do período, por exemplo:
Divina comédia de Dante Alighieri;
No juízo final de Michelângelo, pintado na Capela Sistina;
Em vários quadros do artista flamengo Bosch;
Nas artes e literatura em geral. 
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Um clima de insegurança e instabilidade perpassa a todos nessa época de profunda transição. 
O Renascimento marca uma nova postura do homem ocidental diante da natureza e do conhecimento. 
O descrédito na Igreja Católica como instituição e o consequente aparecimento de novos credos e seitas - que conclamavam os fiéis a uma leitura interpretativa das escrituras-, leva ao homem renascentista retoma a crença no pensamento especulativo. 
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O conhecimento deixa de ser revelado, como resultado de uma atividade de contemplação e fé, para voltar a ser o que era antes entre gregos e romanos - o resultado de uma bem conduzida atividade mental. 
Assim como a ciência, a arte também se volta para a realidade concreta, para o mundo terreno, numa vontade de conhecê-lo, descrevendo-o, analisando-o, medindo-o, quer com medidas precisas, quer por meio de uma perspectiva geométrica e plana. 
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O Renascimento se caracteriza por uma nova postura do homem ocidental diante da natureza e do conhecimento. 
Reafirmando as possibilidades de conhecimento pelo do uso dos sentidos, Leonardo da Vinci dizia que 
"O visível é também inteligível". 
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A vida terrena adquire cada vez mais importância e com ela a própria disciplina história, que passa a ter uma dimensão eminentemente humana; 
Estimulado pelo individualismo e liberto dos valores que o prendiam irremediavelmente à família e ao clã, o homem já concebe seu papel na história como agente dos acontecimentos;
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Nessa visão o Homem vai aos poucos abandonando a concepção que o tomava por pecador e decaído, um ser em permanente dívida para com Deus, para se tomar, na nova perspectiva, o agente da história. 
Shakespeare evoca constantemente em suas peças a tragédia do homem diante de suas opções e sentimentos, enquanto Michelângelo faz quase se encontrarem os dedos de Deus e Adão na cena da Criação (Capela Sistina). 
Ambiente de renovação - o pensamento científico toma novo fôlego e junto com ele o pensamento da vida social. 
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Um novo Pensamento Social
Num mundo cada vez mais laico e livre da tutela da Igreja Católica: o homem ficou mais livre para pensar e criticar a realidade que via e vivenciava; 
Liberdade para analisar essa realidade como algo em si mesmo e não apenas como um castigo que Deus lhe reservou para ser passivamente aceito;
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Os pintores que se debruçaram nas minúcias das paisagens, na disposição das figuras numa perspectiva geométrica, os filósofos também passam a questionar e dissecar a realidade social;
A vida dos homens passa a ser também, fruto de suas ações e escolhas, e não unicamente dos desígnios da justiça divina;
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Um confronto radical entre Religião e Ciência teve início nesse momento;
Novas instituições políticas e sociais, estados nacionais, exércitos, levam os homens a repensar a vida social e a história. 
Emerge uma nova classe social - a burguesia comercial-, com novas aspirações e interesses, que renova o pensamento social. 
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As Utopias
Filósofos renascentistas: imaginaram uma sociedade perfeita (como Platão);
O pensamento social no Renascimento: criação imaginária de mundos ideais que mostravam como a realidade que deveria ser tal sociedade seria construída pelos homens com sua ação e não pela crença ou pela fé;
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A visão laica da sociedade e do poder 
Em relação ao desenvolvimento do pensamento sociológico, Maquiavel teve mais êxito do que Thomas Morus, na medida em que seu objetivo foi conhecer a realidade tal como se lhe apresentava, em vez de imaginar como ela deveria ser. 
Nas obras de Thomas Morus e de Maquiavel percebe-se como as relações sociais passam a constituir objeto de estudo dotado de atributos próprios e deixam de ser, como no passado, conseqüência do acaso ou das qualidades pessoais dos sujeitos. 
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Nicolau Maquiavel, autor de O príncipe, é considerado o fundador da ciência política. 
A vida dos homens já aparece, nessas obras, como resultado das condições econômicas e políticas e não apenas de sua fé ou de sua consciência individual. 
Esses filósofos expressam os novos valores burgueses ao colocar os destinos da sociedade e de sua boa organização nas mãos de um indivíduo que se distingue por características pessoais. 
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A monarquia proposta no Renascimento não se assenta na legitimidade do sangue ou da linhagem, na herança ou na tradição, mas na capacidade pessoal do governante e sua sabedoria. 
A história, tanto como ciência quanto como conhecimento dos fatos, passa a ter um papel relevante nesse novo contexto. Desconhecer a história é desconhecer a evolução e as leis que regem a sociedade onde se vive.
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Essa idéia de monarquia se baseia na aliança que a burguesia estabelece com os reis para o surgimento dos estados nacionais, onde a ordem social será tanto mais atingível quanto mais o soberano agir como estadista, pondo em marcha as forças econômicas do capitalismo em formação.
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