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Direito Eleitoral Exemplificado ____________________________________ Aula 15 – Súmulas do TSE 
 @fabianopereiraprof ______________________________________________ Página 1 
 
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 5 
SÚMULA Nº 1 (CANCELADA) ................................................................................................................... 7 
SÚMULA Nº 2 ......................................................................................................................................... 8 
SÚMULA Nº 3 ......................................................................................................................................... 9 
SÚMULA Nº 4 ....................................................................................................................................... 10 
SÚMULA Nº 5 ....................................................................................................................................... 11 
SÚMULA Nº 6 ....................................................................................................................................... 12 
SÚMULA Nº 7 (CANCELADA) ................................................................................................................. 13 
SÚMULA Nº 8 (CANCELADA) ................................................................................................................. 14 
SÚMULA Nº 9 ....................................................................................................................................... 15 
SÚMULA Nº 10 ..................................................................................................................................... 16 
SÚMULA Nº 11 ..................................................................................................................................... 17 
SÚMULA Nº 12 ..................................................................................................................................... 18 
SÚMULA Nº 13 ..................................................................................................................................... 19 
SÚMULA Nº 14 (CANCELADA) ................................................................................................................ 20 
SÚMULA Nº 15 ..................................................................................................................................... 21 
SÚMULA Nº 16 (CANCELADA) ................................................................................................................ 22 
SÚMULA Nº 17 (CANCELADA) ................................................................................................................ 23 
SÚMULA Nº 18 ..................................................................................................................................... 24 
SÚMULA Nº 19 ..................................................................................................................................... 25 
 
 
pres 
 Índice 
 
 
 
 
 
Fagner Cardoso dos Santos
cardosoluzinete@terra.com.br
https://www.instagram.com/fabianopereiraprof/
 
Direito Eleitoral Exemplificado ____________________________________ Aula 15 – Súmulas do TSE 
 @fabianopereiraprof ______________________________________________ Página 2 
 
SÚMULA Nº 20 ..................................................................................................................................... 26 
SÚMULA Nº 21 (CANCELADA) ................................................................................................................ 27 
SÚMULA Nº 22 ..................................................................................................................................... 28 
SÚMULA Nº 23 ..................................................................................................................................... 29 
SÚMULA Nº 24 ..................................................................................................................................... 30 
SÚMULA Nº 25 ..................................................................................................................................... 31 
SÚMULA Nº 26 ..................................................................................................................................... 32 
SÚMULA Nº 27 ..................................................................................................................................... 33 
SÚMULA Nº 28 ..................................................................................................................................... 34 
SÚMULA Nº 29 ..................................................................................................................................... 35 
SÚMULA Nº 30 ..................................................................................................................................... 36 
SÚMULA Nº 31 ..................................................................................................................................... 37 
SÚMULA Nº 32 ..................................................................................................................................... 38 
SÚMULA Nº 33 ..................................................................................................................................... 39 
SÚMULA Nº 34 ..................................................................................................................................... 40 
SÚMULA Nº 35 ..................................................................................................................................... 41 
SÚMULA Nº 36 ..................................................................................................................................... 42 
SÚMULA Nº 37 ..................................................................................................................................... 43 
SÚMULA Nº 38 ..................................................................................................................................... 44 
SÚMULA Nº 39 ..................................................................................................................................... 45 
SÚMULA Nº 40 ..................................................................................................................................... 46 
SÚMULA Nº 41 ..................................................................................................................................... 47 
SÚMULA Nº 42 ..................................................................................................................................... 48 
SÚMULA Nº 43 ..................................................................................................................................... 49 
SÚMULA Nº 44 ..................................................................................................................................... 50 
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SÚMULA Nº 45 ..................................................................................................................................... 51 
SÚMULA Nº 46 ..................................................................................................................................... 52 
SÚMULA Nº 47 ..................................................................................................................................... 53 
SÚMULA Nº 48fático-jurídicas em benefício do candidato, seja em relação a afastamento de 
inelegibilidade, seja em função de preenchimento de condição de elegibilidade, devem estas serem 
consideradas em favor do candidato. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 43 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 44 
O disposto no art. 26-C da LC nº 64/90 não afasta o poder geral de cautela 
conferido ao magistrado pelo Código de Processo Civil. 
 
A Súmula nº 44 cuidou de manter o poder geral de cautela dos juízes apesar da previsão do 
art. 26-C da Lei Complementar nº 64/90 se restringir a órgãos colegiados. 
O art. 26-C da Lei Complementar nº 64/1990, incluído pela LC nº 135/2010, passou a permitir 
que órgãos colegiados do Poder Judiciário, diante de plausibilidade jurídica e pedido expresso da 
parte, suspender, na análise do recurso em face decisões colegiadas, a incidência de certas 
inelegibilidades previstas no mesmo diploma legal, especificamente as previstas no art. 1º, inciso I, 
alíneas “d” (abuso de poder por parte de candidatos), “e” (condenação criminal), “h” (abuso de 
poder de detentores de cargos públicos), “j” (condenados por corrupção, captação ilícita de votos, 
gastos ilícitos de campanha, condutas vedadas a agentes públicos), “l” (improbidade administrativa) 
e “n” (simulação ou desfazimento de vínculo conjugal ou de união estável para evitar 
inelegibilidade). 
O verbete, então, com base no poder geral de cautela inerente a todos os magistrados, 
estendeu a possibilidade de suspensão de inelegibilidade em decisões monocráticas. A 
jurisprudência do TSE já caminhava nesse sentido, o que ensejou a edição da súmula em comento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 44 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 45 
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de 
ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de 
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
 
A Súmula nº 45 confere ao juiz eleitoral a possibilidade de reconhecimento “ex-officio”, ou 
seja, sem provocação, de incidência de hipóteses de inelegibilidade e/ou de falta de condição de 
elegibilidade, desde que oportunizados ao pretenso candidato o exercício dos postulados do 
contraditório e ampla defesa. 
Como se sabe, a verificação de incidência de causas de inelegibilidade e do preenchimento 
das condições de elegibilidade é feita no momento de análise do pedido de registro de candidatura. 
O procedimento em si é de natureza administrativa apenas se judicializando quando ocorre 
impugnação (via ação de impugnação de registro de candidatura) ou na hipótese de recurso. 
Com base na natureza administrativa dos pedidos de registro, resolveu o TSE editar a súmula 
em comento, possibilitando ao juiz originariamente competente, de forma excepcional, que 
conheça, de ofício, causas de inelegibilidade ou ausência de condição de elegibilidade, não arguidas 
pelos legitimados, desde que garantidos o contraditório e a ampla defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 45 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 46 
É ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e 
fundamentada autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral 
acessar diretamente apenas a relação dos doadores que excederam os limites 
legais, para os fins da representação cabível, em que poderá requerer, 
judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados relativos aos 
rendimentos do doador. 
 
 A Súmula nº 46 torna ilegítima a prova obtida por meio da quebra de sigilo fiscal sem 
autorização judicial anterior, bastando ao Ministério Público Eleitoral, para o ajuizamento da 
representação por doações acima do limite legal, valer-se da relação disponibilizada de doadores 
que excederam esse limite. No bojo da aludida representação, pode o MPE requerer dados 
individualizados inclusive acesso aos rendimentos do representado. 
 O TSE entende que a fase inicial de verificação de valores doados é de natureza 
administrativa, o que permite à Secretaria da Receita Federal do Brasil a disponibilização para o MPE 
de lista de doadores que excederam suas doações na campanha eleitoral. 
 Todavia, não é permitido à SRFB fornecer dados fiscais (sigilosos) de pessoas físicas ao MPE 
sem a devida e fundamentada autorização judicial. 
 O verbete cuida basicamente do procedimento a ser observado na coleta da prova, por meio 
da quebra de sigilo fiscal, com o propósito de averiguar a existência de excesso e quantificá-lo 
monetariamente. 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 46 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 47 
A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de recurso contra 
expedição de diploma, fundado no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de 
índole constitucional ou, se infraconstitucional, superveniente ao registro de 
candidatura, e que surge até a data do pleito. 
 
 A Súmula nº 47 estabelece que as inelegibilidades supervenientes de índole constitucional 
ensejam a proposição de RCED independentemente do momento em que o fato gerador da 
inelegibilidade tenha ocorrido. Em se tratando de inelegibilidades supervenientes 
infraconstitucionais, também é viável o RCED, desde que o fato gerador tenha ocorrido entre o 
registro de candidatura até a data do pleito. 
 É importante consignar que a jurisprudência do TSE tem se alinhado ao entendimento de que 
o termo final para ajuizamento de RCED nos casos de inelegibilidades supervenientes constitucionais 
e infraconstitucionais seja estendido até o último dia possível para ocorrer a diplomação dos eleitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 47 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 48 
A retirada da propaganda irregular, quando realizada em bem particular, não é 
capaz de elidir a multa prevista no art. 37, § 1º, da L ei nº 9.504/97. 
 
 A Súmula nº 48, de forma bem objetiva, assevera que o fato de retirada de propaganda 
eleitoral irregular veiculada em bem particular não afasta a aplicação da multa prevista em lei. 
 Nesse sentido, uma vez constatada propaganda eleitoral em bem particular, ainda que o 
infrator a retire do local ou restaure o bem eventualmente danificado, a propositura da 
representação pelos legitimados não fica impedida, podendo resultar na multa prevista legalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 48 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 49 
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério 
Público impugnar o registro inicia-se com a publicação do edital, caso em que é 
excepcionada a regra que determina sua intimação pessoal. 
 
 A Súmula nº 49, consolidando entendimento firmado pelo TSE, excepciona a regra de 
intimação pessoal de membro do Ministério Público para fins de impugnação de pedidos de registro 
de candidatura, tendo o prazo de cinco dias iniciado com a publicação do edital pela Justiça Eleitoral. 
 O prazo do edital é comum a todos os legitimados (candidatos, partidos/coligações e 
Ministério Público). A intimação pessoal do MP mostra-se como algo incompatível com a celeridade 
que reclama o processo eleitoral. 
 Dessa forma, a ausência de intimação pessoal do Ministério Público Eleitoral para fins de 
impugnação de pedido de registro de candidaturas não enseja nulidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 49 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 50 
O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do 
cumprimento regular de seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes 
do julgamento respectivo, afasta a ausência de quitação eleitoral. 
 
 A Súmula nº 50 cuidou de permitir o reconhecimento de quitação eleitoral de candidatos que 
efetuam o pagamento da multa ou de parcela, se requerido o parcelamento, após pedido de registro 
de candidatura perante o juízo eleitoral e antes do julgamento desse pedido. 
 Como se sabe, a verificação da incidência de causas de inelegibilidade e do preenchimento 
das condições de elegibilidade é feita por ocasião da análise do pedido de registro de candidatura. 
Nessa análise, pode ocorrer de ser verificada a pendência de pagamento de multa eleitoral, o que 
retira a quitação eleitoral do pretenso candidato. Tomando ciência, o interessado efetua o 
pagamento integral ou da primeira parcela (necessário o requerimento de parcelamento) e 
apresenta o comprovante de pagamento nos autos de registro. Dessa maneira, ao julgar, o órgão da 
Justiça Eleitoral atestará a quitação eleitoral do interessado, dando prosseguimento à análise para 
o posterior julgamento do pedido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 50 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 51 
O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se 
afastarem os eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de 
campanha ou partidárias. 
 
 A Súmula nº 51 afasta a possibilidade de discussão ou rediscussão de eventuais vícios 
ocorridos nas prestações de contas eleitorais ou partidárias. 
 Contas julgadas não prestadas ensejam ao candidato omisso a ausência de quitação eleitoral 
por todo o período do mandato para o qual concorreu. 
 Assim, por exemplo, um candidato omisso em prestar contas das eleições de 2016 dá entrada 
com pedido de registro de candidatura no ano de 2020 mesmo sem quitação eleitoral, em 
decorrência do julgamento das contas de 2016 como não prestadas. Ao ser impugnado pelo 
Ministério Público (o julgador também poderia reconhecer de ofício a falta dessa condição de 
elegibilidade), o pretenso candidato, em sua defesa, alega que o processo de prestação de contas 
cuja decisão declarou suas contas como não prestadas estava eivado de vícios. A alegação, com base 
no verbete em comento, não deve prosperar pois são procedimentos autônomos o pedido de 
registro e a prestação de contas. Ademais, eventuais vícios deveriam ter sido apontados no 
momento oportuno e no processo próprio de prestação de contas. 
 Não cabe, portanto, em processo de registro de candidatura, a análise de acerto ou desacerto 
da decisão que julgou as contas de campanha como não prestadas. 
 No que se refere a prestação de contas de partido, prevê o art. 28, III, da Lei nº 9.096/95 o 
cancelamento do registro civil do órgão partidário nacional omisso em prestar contas, após o devido 
trânsito em julgado da decisão. 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 51 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 52 
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da 
decisão que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor. 
 
 A Súmula nº 52 assevera a impossibilidade exame de correção de decisão que analisou a 
filiação partidária de eleitor em procedimento judicial próprio. 
 Havendo uma decisão que já resolveu acerca da existência ou inexistência de filiação 
partidária, esta vale como prova suficiente acerca do vínculo partidário do eleitor em processo de 
registro de candidatura. 
 O verbete se alinha ao postulado da coisa julgada, de modo a se evitarem decisões 
incompatíveis por parte da Justiça Eleitoral. 
 Suponhamos um sujeito, em múltiplas e concomitantes filiações partidárias, que teve 
reconhecida por sentença apenas a última filiação registrada. Por ocasião do registro de candidatura, 
dá entrada do pedido com a filiação mais antiga, desejando concorrer pelo partido respectivo. Irá 
prevalecer a filiação declarada na sentença, devendo ser esse pedido indeferido por falta de filiação 
ao partido que indicou no pedido de registro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 52 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 53 
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e 
interesse para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é 
integrante, em razão de eventuais irregularidades havidas em convenção. 
 
 A Súmula nº 53 inclui como interessado e legitimado para proposição de impugnação em face 
de coligação partidária o filiado a partido político que compõe a referida coligação. O fundamento 
dessa impugnação deve ser irregularidades ocorridas por ocasião da convenção partidária. 
 O rol de legitimados ativos para proposição de impugnação de registro de candidatura está 
no art. 3º da LC 64/90. O verbete em comento cria excepcionalmente mais uma possibilidade nesse 
rol ao incluir o filiado a partido político integrante de coligação. 
 Em que pese essa inclusão, fica limitado o interesse jurídico do filiado no sentido de promover 
impugnação ao pedido de registro de coligação da qual seu partido é integrante, tendo como 
razões específicas aquelas que eventualmente apontem para irregularidades levadas a cabo na 
convenção partidária, reunião partidária com a finalidade de escolher candidatos e de deliberar 
sobre formação de coligações, dentre outras decisões internas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 54A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de 
três meses antes do pleito e pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e 
não apenas seu afastamento de fato. 
 
 A Súmula nº 54 basicamente exige a exoneração do cargo em comissão que o servidor ocupa 
no prazo de três meses antes das eleições para que possa se candidatar no pleito, não bastando o 
afastamento de fato. 
 Vale lembrar que o servidor comissionado pode ser efetivo ou não. Sendo efetivo, para fins 
de desincompatibilização, deve ser exonerado do cargo em comissão e, ato contínuo, licenciado de 
suas funções no prazo de três meses. 
 Não sendo efetivo, fica sem vínculo com o órgão. De nada adianta afastar-se da função ou 
abandoná-la simplesmente sem ter sido exonerado formalmente para que seja reconhecida a 
desincompatibilização exigida pela súmula em comento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 55 
A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária 
ao deferimento do registro de candidatura. 
 
 De forma bem assertiva, a Súmula nº 55 assevera o reconhecimento de escolaridade 
necessária para o registro de candidatura de cidadãos habilitados à direção automotiva. 
 Como se sabe, a condição de analfabeto obsta o deferimento de pedido de registro de 
candidatura. 
 Dessa maneira, a apresentação da CNH no processo de registro de candidatura supre a 
comprovação de escolaridade do pretenso candidato, dada a presunção contida no verbete. 
 É uma questão de lógica. Para se habilitar como motorista/motociclista, é necessário ser 
alfabetizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 56 
A multa eleitoral constitui dívida ativa de natureza não tributária, submetendo-
se ao prazo prescricional de 10 (dez) anos, nos moldes do art. 205 do Código 
Civil. 
 A Súmula nº 56 define que a multa eleitoral se enquadra no conceito de dívida ativa de 
natureza não tributária, sendo-lhe aplicável o prazo prescricional de dez anos previsto no art. 205 
do Código Civil Brasileiro. 
 O verbete adveio da vontade do TSE em resolver a controvérsia envolvendo o prazo 
prescricional das multas impostas pela Justiça Eleitoral. 
 A multa a que se refere o enunciado sumular não é aquela cominada em alguns tipos penais 
eleitorais. A multa do verbete é uma sanção pecuniária aplicada em decorrência do cometimento de 
ilícitos eleitorais, como no caso de representações por propaganda eleitoral irregular procedentes. 
 Outros diplomas legais trazem o prazo prescricional de cinco anos para execução de crédito 
não tributário. A bem da verdade, a Lei 11.941/2009, com vigência posterior à Súmula em comento, 
prevê expressamente esse prazo de cinco anos para execução de dívida ativa de natureza não 
tributária. 
 A jurisprudência, todavia, mantém o entendimento exposto na Súmula, de modo a observar 
o prazo do art. 205 do Código Civil Brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 56 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 57 
A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da 
quitação eleitoral, nos termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei 
nº 9.504/97, pela L ei nº 12.034/2009. 
 
 A Súmula nº 57 reforça as disposições contidas no art. 11, § 7º, da Lei das Eleições, 
especificamente no que diz respeito à apresentação das contas como elemento hábil a conferir a 
quitação eleitoral. 
 Antes da vigência da referida lei, o TSE (Resolução 22.715/2008) asseverava que contas 
desaprovadas e não prestadas impunham a falta de quitação eleitoral pelo tempo do mandato para 
o qual o candidato concorreu. 
 Com a vigência da nova redação, a Corte Superior Eleitoral editou o enunciado sumular em 
comento. 
 Apenas as contas julgadas como “não prestadas” impedem a obtenção da quitação eleitoral. 
Apresentadas, sendo aprovadas ou desaprovadas, o candidato obtém a quitação eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 58 
Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, 
verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e 
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum. 
 
 A Súmula nº 58 afasta da competência da Justiça Eleitoral analisar eventual ocorrência de 
prescrição da pretensão punitiva ou executória estatais de pretensos candidatos no bojo do 
procedimento de registro de candidatura, bem assim reconhecer a extinção da punibilidade, 
notadamente em relação a penas impostas pela Justiça Comum. 
 Como se sabe, a condenação criminal enseja a suspensão dos direitos políticos, o que impede 
o cidadão de exercer o direito de votar e ser votado enquanto durarem os efeitos da condenação. 
 Assim como nas Súmulas 51 e 52, não cabe, segundo o verbete em comento, a discussão, no 
registro de candidatura, de questões alheias já debatidas em outros processos e em outros órgãos. 
 Não vale, portanto, alegar a prescrição no pedido de registro de candidatura. Deve o 
interessado buscar a declaração da prescrição da pena a que foi condenado na Justiça Comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 59 
O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum 
não afasta a inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto 
não extingue os efeitos secundários da condenação. 
 
 A Súmula nº 59 atesta que permanece a inelegibilidade prevista no art. 1º, I, “e”, da LC 64/90 
ainda que seja reconhecida, pela Justiça Comum, a prescrição da pretensão executória da pena, pois 
os efeitos secundários da condenação permanecem incólumes. 
 É preciso não confundir os dois tipos de prescrição na seara penal. 
 A prescrição da pretensão punitiva estatal (art. 109, CP) afeta a possibilidade de instauração 
da ação penal e, por conseguinte, condenar o réu. Uma vez reconhecida, não há condenação. Logo, 
sem efeitos de condenação, sejam primários, sejam secundários. 
 A prescrição da pretensão executória (art. 110, CP) ocorre apenas após o trânsito em julgado 
da sentença condenatória. Logo, há condenação. Assim, essa prescrição afeta apenas o 
cumprimento das penas principais, mas não incide sobre os efeitos secundários da condenação, 
dentre eles a inelegibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 60 
O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 deve 
ser contado a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão 
executória e não do momento da sua declaração judicial. 
 
 A Súmula nº 60 estabelece o marco inicial do prazo de inelegibilidade em decorrência de 
condenação criminal (art. 1º, I, “e”, LC 64/90), em casos de ocorrência de prescrição da pretensão 
executória estatal, como sendo a data efetiva da aludida prescrição, e não data em que foi delcarada 
judicialmente. 
 Segundo a norma de regência, o prazo deve começar após o cumprimento da pena. Todavia, 
nos casos em que ocorre prescrição da pretensão executória, não há cumprimento da pena. Por tal 
razão o TSE teve que se manifestar sobre o início desse prazo de oito anos de inelegibilidade. 
 Em suma, a Súmula nº 60 descreve a forma como deve ser contado o prazo de oito anos no 
caso de reconhecimento da prescrição da pretensão executória estatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 61 
O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC 
nº 64/90 projeta-se por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela 
privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa. 
 
 A Súmula nº 61 dispõe que, independentemente do tipo de pena imposta (privativa de 
liberdade, restritiva de direito ou multa), o prazo de oito anos de inelegibilidade inicia-se 
integralmente após o cumprimento dessa pena. 
 Conforme a jurisprudência do TSE, a concessão de indulto extingue a punibilidade, mas não 
incide sobre a inelegibilidade, já que é efeito secundário da condenação. Concedido o indulto, a 
partir data dessa concessão se inicia o prazo de oito anos de inelegibilidade. 
 O verbete em comento reforça a disposição legal mencionada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 62 
Os limites do pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais 
a parte se defende, e não pela capitulação legal atribuída pelo autor. 
 
 A Súmula nº 62 define, no processo eleitoral, que o pedido na demanda é limitado pelos fatos 
aduzidos na petição inicial, e não pelo enquadramento legal dado pelo autor. 
 Nesse sentido, incumbe às partes, tão somente, expor os fatos, e ao juiz, declarar o Direito, 
na tradição que vem lá de Roma, qual consagrado no famoso brocardo latino: da mihi factum, dabo 
tibi ius (dá-me os fatos, e eu te darei o direito). 
 Assim, fica o juiz limitado aos fatos jurídicos alegados e ao pedido realizado pela parte. Caso 
o autor enquadre legalmente os fatos de maneira equivocada, mas os fatos indicados autorizem o 
pedido realizado, não há óbice para a entrega da prestação jurisdicional, ou seja, o regular 
processamento da demanda e o seu julgamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 63 
A execução fiscal de multa eleitoral só pode atingir os sócios se preenchidos os 
requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 
do Código Civil, tendo em vista a natureza não tributária da dívida, observados, 
ainda, o contraditório e a ampla defesa. 
 
 A Súmula nº 63 basicamente detalha os requisitos para que a cobrança de multa eleitoral em 
execução fiscal alcance o patrimônio de sócios de pessoas jurídicas multadas. 
 Há que se reconhecer um sensível desuso dessa súmula, haja vista a edição da Lei nº 
13.165/2015, que revogou a possibilidade de doações de pessoas jurídicas para campanhas 
eleitorais. Antes disso, era recorrente a aplicação do verbete em comento na cobrança de multas 
eleitorais em face de pessoas jurídicas que cometeram irregularidades na doação de recursos em 
campanhas eleitorais. 
 Todavia, pode ocorrer aplicação de multas eleitorais a pessoas jurídicas que pratiquem 
irregularidades em pesquisas e propagandas eleitorais, por exemplo. 
 Fica claro, no enunciado sumular, que a desconsideração da personalidade jurídica deverá 
seguir os requisitos dispostos no art. 50 do Código Civil, e não nos termos do art. 135, inciso III, do 
Código Tributário Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 64 
Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de 
inelegibilidade, é cabível o recurso ordinário. 
 
 A Súmula nº 64 inclui hipótese de cabimento de recurso ordinário em face de decisão 
colegiada de tribunal regional eleitoral no exercício de competência originária, especificamente 
quando essa decisão contenha discussão acerca de condições de elegibilidade e de causas de 
inelegibilidade. 
 Não raro, processos de registro de candidatura trazem, simultaneamente, questões relativas 
a condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade. Estas são objeto de interposição de recurso 
ordinário para o TSE; aquelas, por ausência de previsão legal específica, são passíveis de recurso 
especial para o TSE. 
 Nessa situação de existência de concomitância de questões, surgiu a dúvida no sentido de ser 
necessária ou não a interposição de dois recursos: um ordinário para a inelegibilidades e um especial 
para condições de elegibilidade. 
 Assim, a jurisprudência do TSE se posicionou no sentido do cabimento apenas do recurso 
ordinário nessas hipóteses, para a análise tanto da condição de elegibilidade quanto da causa de 
inelegibilidade, surgindo o enunciado sumular em comento. 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 65 
Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão 
recorrida. 
 
 A Súmula nº 65 afirma a tempestividade do recurso interposto de forma antecipada, antes 
mesmo da publicação da decisão. 
 O verbete em comento reflete o entendimento jurisprudencial sobre os chamados recursos 
“prepósteros”, aqueles interpostos antes da publicação da decisão ou acórdão em órgão oficial, que 
marca o início do prazo recursal. 
 Essa antecipação não poderia mesmo ser punida com a pecha da extemporaneidade, pois 
contribui para a celeridade e efetividade do processo eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 66 
A incidência do § 2º do art. 26-C da LC nº 64/90 não acarreta o imediato 
indeferimento do registro ou o cancelamento do diploma, sendo necessário o 
exame da presença de todos os requisitos essenciais à configuração da 
inelegibilidade, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. 
 
 A Súmula nº 66 prudentemente expõe que, verificada a situação contida no § 2º do art. 26-C 
da LC 64/90, o indeferimento do pedido de registro de candidatura não se dará de forma automática, 
devendo o órgão julgador proceder à análise dos requisitos configuradores da inelegibilidade, 
oportunizando, ainda, ao interessado o contraditório e a ampla defesa. 
 Se for revogada a suspensão da inelegibilidade ou confirmado o acórdão gerador da 
inelegibilidade, é imperioso serem observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. É 
que antes de se declarar a inelegibilidade do candidato, necessário se faz abrir oportunidade de 
defesa para o interessado. 
 O enunciado sumular afasta, por fim, a posição que pugnava pela automática desconstituição 
do registro ou do diploma, sem análise de requisitos de incidência da inelegibilidade e sem 
contraditório ou ampla defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 67 
A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos 
candidatos eleitos pelo sistema majoritário. 
 
 A Súmula nº 67 retira do rol de mandatários de cargos eletivos que podem perder o mandato 
por infidelidade partidária aqueles eleitos pelo sistema majoritário, quais sejam, prefeitos/vices, 
governadores/vices, senadores e Presidente/Vice-Presidente da República. 
 Dada a lógica diversa que fundamenta o sistema majoritário e o sistema proporcional, 
notadamente o foco da distribuição de vagas, sendo o partido no proporcional e o candidato no 
majoritário, o STF (ADI nº 5.081/DF) não admitiu a perda de mandato pelos eleitos no sistema 
majoritário. 
 Assim, o TSE adaptou sua jurisprudência e editou a presente súmula. 
 Perceba que mesmo a reforma eleitoral de 2015, que incluiu o art. 22-A à Lei dos Partidos 
Políticos, não fez essa distinção de mandatários de cargo eletivo, o que reforça a importância do 
enunciado sumular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 68 
A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por 
descumprimento de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral. 
 
 A Súmula nº 68 legitima a União Federal como parte para promover a execução de multas 
cominatórias/coercitivas decorrentes de descumprimento de ordem judicial na seara eleitoral. 
 Na Justiça Eleitoral, a hipótese mais comum de ocorrência de imposição de astreintes é na 
propaganda eleitoral irregular, vez que a ordem eventualmente descumprida se constitui na 
obrigação de fazer ou não fazer. 
 Por exemplo, é dada uma ordem judicial pessoal e direta a um candidato para que retire um 
cavalete com propaganda eleitoral colocado num viaduto, sob pena de multa diária. Essa ordem é 
ignorada pelo candidato. 
 O valor dessa multa deverá ser executado pela União Federal, por sua Procuradoria da 
Fazenda Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 69 
Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da 
LC nº 64/1990 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final 
no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
 
 A Súmula nº 69 cuidou de definir os termos inicial e final do prazo de inelegibilidade fundada 
nas alíneas “j” e “h” do inciso I do art. 1º da LC 64/90, como sendo a data do 1º turno da eleição 
concorrida e o mesmo dia oito anos depois, respectivamente. 
 As alíneas mencionadas fazem referência às eleições em que verificadas as hipóteses de 
inelegibilidade para aferição do prazo de 8 anos em que o sujeito ficará inelegível. 
 O enunciado sumular segue o entendimento jurisprudencial segundo o qual o prazo de oito 
anos deve levar em conta o dia das eleições, incidindo até a mesma data do oitavo ano subsequente. 
 Por exemplo, condenado um candidato por abuso de poder político nas eleições de 2016 (que 
ocorreram em 2 de outubro), ficará ele inelegível até o dia 02 de outubro de 2024. 
 Apesar de a súmula não citá-las, a mesma lógica de contagem de prazo é aplicada às hipóteses 
das alíneas “d” e “g”. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 69 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 70 
O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui 
fato superveniente que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da 
Lei nº 9.504/97. 
 
 A Súmula nº 70, em verdade, complementa a Súmula nº 69, na medida em que explicita 
hipótese em que o prazo de inelegibilidade se encerra antes da eleição que se efetiva no oitavo ano 
de inelegibilidade. 
 O dispositivo legal mencionado assevera que as condições de elegibilidade e incidência de 
causas de inelegibilidade são aferidas no momento da formalização do pedido de registro de 
candidatura, ressalvando as alterações supervenientes que afastem a inelegibilidade. 
 O enunciado sumular em comento, então, considera que o término do prazo da 
inelegibilidade antes da eleição é um fato superveniente. Via de regra, o prazo termina nos dias 
iniciais do mês de outubro. 
 Vamos aproveitar o exemplo da Súmula nº 69. 
 Condenado um candidato por abuso de poder político nas eleições de 2016 (que ocorreram 
em 2 de outubro), ficará ele inelegível até o dia 02 de outubro de 2024. As eleições em 2024 
ocorrerão no dia 06 de outubro, após o encerramento do prazo da inelegibilidade. Em tal situação, 
poderá ser afastada a inelegibilidade para que esse cidadão possa concorrer novamente nas 
eleições, por se tratar de fato superveniente ao registro, que ocorre em agosto do ano eleitoral. 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 71 
Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da consequente 
interposição de agravo, a parte deverá apresentar contrarrazões tanto ao 
agravo quanto ao recurso especial, dentro do mesmo tríduo legal. 
 
 A Súmula nº 71 explicita o dever das partes em apresentar contrarrazões recursais tanto ao 
recurso especial cujo seguimento foi negado quanto ao agravo interposto em face dessa negativa 
no mesmo prazo de três dias. 
 O fundamento do enunciado sumular não é outro senão a celeridade de que reclama o 
processo eleitoral. Há que se menciona o aspecto utilitarista esposado no verbete.O TSE ao se debruçar sobre o art. 279, § 3º, do Código Eleitoral, em observância ao princípio 
da celeridade do processo eleitoral, editou a Súmula nº 71, dispondo que as contrarrazões ao agravo 
e ao recurso especial devem ser apresentadas no mesmo momento. Assim, com efeito, não é aberto 
novo prazo para contrarrazões na hipótese do provimento do agravo, permitindo o exame imediato 
e o rápido julgamento do recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 72 
É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi 
debatida na decisão recorrida ou não foi objeto de embargos de declaração. 
 
 A Súmula nº 72 impõe como requisito de admissibilidade do recurso especial a ocorrência de 
prequestionamento da questão na decisão recorrida ou, se não debatida, a oposição de embargos 
de declaração para que seja apreciada pelo tribunal regional eleitoral. 
 Caso o tribunal “a quo” não tenha enfrentado a questão, ainda que com provocação da parte 
interessada, e, mesmo com a oposição dos embargos de declaração, permanece inerte em debatê-
la, tem-se por preenchido o requisito de admissibilidade do recurso especial insculpido no verbete 
em comento. 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 49 ..................................................................................................................................... 55 
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SÚMULA Nº 51 ..................................................................................................................................... 57 
SÚMULA Nº 52 ..................................................................................................................................... 58 
SÚMULA Nº 53 ..................................................................................................................................... 59 
SÚMULA Nº 54 ..................................................................................................................................... 60 
SÚMULA Nº 55 ..................................................................................................................................... 61 
SÚMULA Nº 56 ..................................................................................................................................... 62 
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 Olá! 
A aula de hoje será bastante objetiva e versará sobre as SÚMULAS DO TSE. 
Apresentarei os respectivos enunciados e alguns comentários. Algumas são bem objetivas e 
autoexplicativas. 
 O Direito Eleitoral, caracterizado por possui diversas leis, resoluções e outros atos normativos 
que se renovam a cada eleição, possui ainda as súmulas editadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
Essas súmulas advêm da enorme gama de julgados eleitorais e visam a minimizar conflitos de ordem 
jurisprudencial, notadamente o enquadramento de casos concretos levados a julgamento. 
De qualquer forma, deve ficar claro que as bancas examinadoras irão cobrar o que estiver 
escrito no texto legal, mas não devem ficam de lado o teor dos enunciados sumulares, na medida 
em que, além da possibilidade de cobrança na prova objetiva, podem ser determinantes numa 
questão discursiva. 
Bons estudos! 
 
Prof. Fabiano Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Apresentação 
 
 
 
 
 
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Ah! anote aí os meus endereços nas redes sociais, pois você encontrará muito conteúdo 
complementar para sua preparação! 
 
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, fique 
à vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do aluno: 
 
https://www.youtube.com/channel/UC1YEcia-RD3icTwWx5ZBjzw 
 
https://www.instagram.com/fabianopereiraprof/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 1 
Proposta a ação para desconstituir a decisão que rejeitou as contas, 
anteriormente à impugnação, fica suspensa a inelegibilidade (Lei 
Complementar nº 64/90, art. 1º, I, g). 
 
 A Súmula nº 1 se referia à causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso I, alínea g, da Lei 
Complementar nº 64/1990. Antigamente o candidato para se ver livre da inelegibilidade por tal 
motivo, ajuizava uma ação em face da rejeição das contas na Justiça Comum antes de ser 
impugnado. 
 O simples fato do ajuizamento já suspendia os efeitos da inelegibilidade. 
 O TSE, então cancelou esse entendimento sumulado, com o advento da Lei da Ficha Limpa. 
 De qualquer forma, trata-se de súmula que não será objeto de prova, mas apenas para seu 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 1 (CANCELADA) 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 2 
Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo 
fixado em lei, considera-se satisfeita a correspondente condição de 
elegibilidade, ainda que não tenha fluído, até a mesma data, o tríduo legal de 
impugnação. 
 
A Súmula nº 2 se refere à filiação partidária,condição de elegibilidade, notadamente quanto 
ao prazo exigido por lei para reconhecimento de sua legitimidade. 
A Lei nº 9.504/97 prevê, após a reforma eleitoral de 2015, o prazo de seis meses de filiação 
antes do pleito para que o candidato possa concorrer nas eleições. 
A Súmula, então, assevera que a contagem do prazo de filiação se inicia na data do 
requerimento do cidadão perante a agremiação partidária, e não do deferimento pelo partido. Pode 
ocorrer, por exemplo, de algum filiado impugnar o requerimento de um cidadão pretendente à 
filiação, e a decisão do partido demorar um pouco, adentando o período de seis meses antes do 
pleito. Nesse caso, ainda que a decisão partidária venha depois, vale a data do requerimento do 
interessado. 
Com efeito, trata-se de situação difícil de ocorrer na prática, pois hoje o sistema de filiação é 
integrado entre partidos e TSE, ensejando o a manutenção das listas de filiados dentro dos prazos 
estipulados. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 2 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 3 
No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o 
suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta 
houver motivado o indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário. 
 
A Súmula nº 3 afirma a permissão para que documentos relativos ao registro de candidatura 
sejam juntados na fase recursal. 
É sabido que a norma eleitoral prevê necessidade de que o pedido de registro de candidatura 
esteja instruído com todos os documentos comprobatórios das condições de elegibilidade e de 
registrabilidade, bem assim da não incidência de causas de inelegibilidade. 
Não apresentado documento necessário, deve o julgador abrir o prazo legal para que o 
interessado supra a omissão. No caso de o magistrado não conceder esse prazo para suprimento da 
falha documental e, por tal motivo, indeferir o pedido de registro de candidatura, pode o pretenso 
candidato recorrer dessa decisão e, na peça de recurso, proceder à juntada da documentação 
faltante para apreciação da instância superior, com o fim de reformar a decisão de indeferimento. 
Em suma, é o teor dessa súmula. 
É importante salientar que o TSE (REspe nº 384-55/AM) ampliou o entendimento da Súmula 
nº 3, no sentido de admitir a possibilidade de juntada de documentos na fase recursal ainda que o 
órgão julgador originário tenha concedido prazo para suprimento de falhas, tendo em conta o 
princípio da razoabilidade e da proporcionalidade. 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 3 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 4 
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma 
variação nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido. 
 
A Súmula nº 4 trata de solução para situações em que dois ou mais candidatos que escolhem 
o mesmo nome para constar na urna, quando já superados os critérios de preferência. 
De forma simples, o verbete assevera que prevalecerá a escolha do que primeiro tenha 
protocolado o pedido de registro de candidatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 4 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 5 
Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da 
LC nº 64/90. 
A Súmula nº 5 aborda a causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso II, alínea l, da Lei 
Complementar nº 64/1990. 
Nos termos da citada norma, há uma ampliação do sentido da expressão “servidor público”, 
compreendendo aqueles submetidos tanto ao regime estatutário quando ao celetista nos órgãos ou 
entidades da administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo poder público. 
Todavia, em cartórios de serventia extrajudicial (cartório de notas, por exemplo), há 
trabalhadores com vínculo profissional celetista com o Tabelião da serventia, e não com o Estado. 
A Súmula em questão esclarece que esses trabalhadores não são considerados servidores 
públicos. Logo, não precisam se afastar de suas funções para se candidatar a cargo eletivo. 
É importante mencionar que o verbete não abrange o Tabelião (titular do cartório), pois há, 
nesse caso, vinculação com o Poder Público (delegação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 5 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 6 
São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, 
indicados no § 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, 
salvo se este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado 
definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito. 
 
A Súmula nº 6 trata da inelegibilidade reflexa (parentesco) prevista no § 7º do art. 14 da 
Constituição Federal. O termo “cônjuge” admite, segundo o TSE, a extensão de sentido, abrangendo 
os conviventes em uniões estáveis, concubinato e uniões homoafetivas. 
Essa inelegibilidade reflexa é observada apenas no âmbito de jurisdição do titular do mandato 
eletivo de Prefeito, Governador ou Presidente da República, nos exatos termos do dispositivo 
constitucional. 
É interessante observar que o verbete traz exceções na sua parte final. Dessa maneira, o 
cônjuge, no território de jurisdição do titular, poderá se candidatar desde que esse mandatário, em 
condições legais de se reeleger, tenha falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do cargo 
em até seis meses da data da eleição. 
O entendimento é no sentido que ficam afastadas – ou pelo menos diminuídas – as influências 
políticas sobre o eleitorado para favorecimento de cônjuges e parentes pretensos candidatos a 
cargos eletivos. 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 6 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 7 (CANCELADA) 
É inelegível para o cargo de prefeito a irmã da concubina do atual titular do 
mandato. 
 
A cancelada Súmula nº 7 fazia referência à inelegibilidade reflexa por parentesco contida no 
art. 14, § 7º, da Constituição Federal, de modo a abranger a irmã da concubina do mandatário, 
equivalente a “cunhada”, parente por afinidade em segundo grau. 
Perceba que, apesar de cancelada, seu teor encontra respaldo no entendimento atual do TSE, 
notadamente em função da ampliação de sentido conferida ao termo “cônjuge”. 
Estando cancelada, porém, não será objeto de cobrança em prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 8 (CANCELADA) 
O vice-prefeito é inelegível para o mesmo cargo. 
 
A Resolução TSE nº 20.920/2001 cancelou esse verbete. 
A bem da verdade, o teor dessa Súmula não estava alinhado com o art. 14, § 5º, da 
Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16/97, assim como com o 
seu §7º. A partir dessa alteração, foi admitida a reeleição de chefes do Executivo no Brasil. Por 
simetria, estendeu-se a possibilidade aos vices de se reelegerem para o mesmo cargo. 
Súmula cancelada: sem cobrança em prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 8 (CANCELADA) 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 9 
A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada 
em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de 
reabilitação ou de prova de reparação dos danos. 
 
A Súmula nº trata basicamente do restabelecimento dos direitos políticos do indivíduo 
condenado criminalmente por decisão transitada em julgado. 
A Constituição prevê a suspensão dos direitos políticos, que engloba as capacidades eleitorais 
ativa e passiva, no art. 15, III. Essa suspensão é uma consequência da condenação. 
Assim, o verbete deixa claro que a suspensão dos direitos políticos cessará com o 
cumprimento da pena imposta ou a sua extinção, sem qualquer dependência com eventual 
reabilitação do infrator ou reparação de danos causados. 
A própria Carta Magna dispõe que essa suspensão se mantém enquanto durarem os efeitos 
da condenação. Não se incluem nesses efeitos, conforme o TSE, os chamados efeitos penais 
secundários, como a obrigação de indenizar a vítima (art. 91, I, Código Penal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 9 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 10 
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em 
cartório antes de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso 
ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele 
tríduo. 
 
A Súmula nº 10 trata do prazo recursal em face de decisão em registro de candidaturas. 
O julgador, conforme art. 8º da Lei Complementar nº 64/1990, deve decidir o pedido de 
registro proferindo sentença, que deve ser apresentada em Cartório no prazo de três dias após 
terem sido colocados à disposição para julgamento (conclusos). 
É a partir do momento em que o magistrado disponibiliza a sentença em cartório que começa 
a fluir o prazo recursal para a instância superior. 
É possível - e muito comum - que o julgador apresente a sentença em Cartório antes do 
término do prazo de três dias. É nessa situação que assevera o verbete sumular no sentido de que a 
contagem do prazo para interposição de recurso eleitoral será iniciada apenas depois de 
transcorrerem os três dias seguintes à conclusão dos autos. 
No entanto, o TSE possui posicionamento no sentido de que se houve intimação pessoal da 
parte interessada da sentença que julgou seu pedido de registro de candidatura, o prazo para 
recurso inicia-se a partir dessa intimação. 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 11 
No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem 
legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de 
matéria constitucional. 
 
A Súmula nº 11 trata da legitimidade partidária para recorrer em processo de registro de 
candidatura. 
Excepcionalmente, em se tratando de matéria constitucional, poderá o partido interpor 
recurso em face de decisão que deferiu o pedido de registro de candidatura, na medida em que a a 
natureza constitucional da matéria afasta a preclusão. 
Assim, em outras palavras, o partido político não detém legitimidade para interpor recurso 
contra decisão de deferimento de pedido de registro de candidatura, caso não tenha 
oportunamente apresentado impugnação em face desse pedido. Essa impugnação é efetivada pela 
chamada ação de impugnação de registro de candidatura, que tramita juntamente com o respectivo 
processo de registro. 
Em suma: se o partido não impugnou o pedido registro, não pode recorrer da decisão que o 
deferiu, exceto se envolver questão constitucional. 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 12 
São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e 
os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do 
prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis 
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo. 
 
A Súmula nº 12 aborda a questão da inelegibilidade reflexa por parentesco em processos 
eleitorais relacionados a municípios oriundos de desmembramentos e sem instalação efetivada. 
Como já mencionado anteriormente, essa inelegibilidade tem incidência no território de 
jurisdição do titular do mandado eletivo. 
Todavia, em se tratando de municípios desmembrados e ainda não instalados, o TSE, ao julgar 
o REspe nº 9.926/PR, entendeu que a regra do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, é aplicável à 
situação. Esse entendimento teve como base a constatação de que os eleitores do município recém 
desmembrado fazem parte do eleitorado que elegeu o chefe do Executivo do município originário, 
permanecendo, portanto, a possibilidade de influência política, o que poderia comprometer a lisura 
e moralidade das eleições. 
O verbete traz como exceção à regra posta a situação de o cônjuge ou parentes já serem 
detentores de mandato eletivo, como o de vereador, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 12 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 13 
Não é autoaplicável o § 9º do art. 14 da Constituição, com a redação da Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4/94. 
 
 
A Súmula nº 13 veio para uniformizar a jurisprudência, já que, com a inserção da proteção à 
probidade administrativa e à moralidade a partir da observância da vida pregressa de candidatos a 
cargos eletivos, por meio da Emenda Constitucional de Revisão nº 04/94, muitos candidatos tiveram 
seus pedidos de registro de candidatura indeferidos com base apenas nesse dispositivo, tido como 
autoaplicável. 
O TSE, então, posicionou-se no sentido de que o indeferimento de pedido de registro de 
candidatura fundado tão somente no art. 14, § 9º, da Constituição Federal é indevido, pois o 
dispositivo constitucional não é autoaplicável, mas sim uma norma de eficácia limitada, na medida 
em que necessita de norma infraconstitucional específica para sua eficácia. 
Dessa maneira, ficou estabelecido que o indeferimento de pedidosde registro de candidatura 
apenas pode se fundamentar, em se tratando de inelegibilidade não prevista na Constituição, nas 
hipóteses expressamente dispostas em lei complementar como causas de inelegibilidade, não se 
permitindo ao julgador levar em consideração a vida pregressa do candidato para impor-lhe 
inelegibilidade, até que seja editada lei específica acerca da matéria. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 13 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 14 (CANCELADA) 
A duplicidade de que cuida o parágrafo único do artigo 22 da Lei nº 9.096/95 
somente fica caracterizada caso a nova filiação houver ocorrido após a remessa 
das listas previstas no parágrafo único do artigo 58 da referida lei. 
 
 A Súmula nº 14 se referia à duplicidade de filiação partidária. 
 Por meio da Resolução TSE nº 21.885/2004, essa Súmula foi cancelada. 
 Nem em termos práticos haveria possibilidade de sua aplicação atualmente, haja vista a 
sistematização das filiações partidárias. 
 Para prova, não haverá cobrança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 14 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 15 
O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de 
comprovar a condição de alfabetizado do candidato. 
 
A Súmula nº 15 busca basicamente rechaçar a presunção de alfabetização de mandatários de 
cargo eletivos por ocasião do julgamento de pedido de registro de candidatura para concorrer em 
eleições. 
Analfabetismo, como é cediço, é causa constitucional de inelegibilidade (art. 14, § 4º, CF/88). 
Até seria possível entender que um detentor de cargo eletivo seja alfabetizado, pois já teve 
esse requisito cumprido por ocasião das eleições em que concorreu e foi eleito. Todavia, o verbete 
afasta a presunção de alfabetização, devendo o pretenso candidato, ainda que mandatário de cargo 
eletivo, apresentar a documentação comprobatória de escolaridade, assim como todos os demais 
requerentes de registro de candidatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 15 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 16 (CANCELADA) 
A falta de abertura de conta bancária específica não é fundamento suficiente 
para a rejeição de contas de campanha eleitoral, desde que, por outros meios, 
se possa demonstrar sua regularidade (art. 34 da Lei nº 9.096, de 19.9.95). 
 
A Súmula nº 16 fazia referência à impropriedade ocorrida em prestação de contas consistente 
na ausência de abertura de conta bancária específica de campanha, a qual, isoladamente, não servia 
de fundamento para rejeição das contas, desde que houvesse outras formas de apresentar a 
regularidade da arrecadação e gastos de recursos na campanha eleitoral. 
Hoje, encontra-se cancelada. 
Sem cobrança em prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 16 (CANCELADA) 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 17 (CANCELADA) 
Não é admissível a presunção de que o candidato, por ser beneficiário de 
propaganda eleitoral irregular, tenha prévio conhecimento de sua veiculação. 
 
A Súmula nº 17 não permitia o entendimento de que o candidato possuía ciência prévia da 
veiculação de propaganda eleitoral irregular somente por ser o beneficiário dessa publicidade. 
Quando vigente, essa Súmula exigia prova inequívoca da ciência do beneficiário de 
propaganda irregular para que pudesse lhe ser imposta multa. Após o cancelamento do verbete, 
passou a ser admitida a imposição de multa ao beneficiado pela propaganda eleitoral irregular com 
base em presunção de ciência (art. 40-B, parágrafo único, da Lei nº 9.504/1997). 
Cancelada, não será cobrada em prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 18 
Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral 
para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela 
veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97. 
 
A Súmula nº 18 trata do poder de polícia atribuído aos juízes eleitorais para atuação diante 
da constatação de propagandas eleitorais irregulares nas campanhas eleitorais. 
Por meio do poder de polícia, competência administrativa, pode o órgão da Justiça Eleitoral 
determinar de ofício a regularização ou cessação da propaganda eleitoral veiculada irregularmente, 
sendo tipificada como a desobediência a essa determinação, conforme art. 347, do Código Eleitoral. 
 Todavia, o verbete limita a atuação do magistrado nesse poder de polícia, impedindo-o, de 
ofício, ou seja, sem provocação, deflagrar procedimento administrativo ou judicial no sentido de 
impor multa a candidatos ou partidos em decorrência da veiculação de propaganda eleitoral 
irregular ou ilícita. 
Reflete bem o teor do princípio da inércia da jurisdição, segundo o qual o Poder Judiciário 
somente age quando provocado. Agindo de ofício, o magistrado daria início a uma demanda que ele 
mesmo julgaria, o que afronta o princípio citado. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 18 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 19 
O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder 
econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e 
finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 
64/90). 
 
A Súmula nº 19 cuidou de estabelecer os marcos inicial e final do prazo de inelegibilidade de 
oito anos previsto no art. 22, XIV, da Lei Complementar nº 64/90. 
Não tendo a lei tratado do início e do fim do prazo de oito anos de inelegibilidade para aqueles 
que se enquadrarem no art. 1º, I, d, da LC 64/90, o TSE, por meio do verbete, estabeleceu que o 
início do prazo de inelegibilidade é o dia da eleição, em 1º turno, em que ocorreu o abuso; como 
fim, o dia correspondente oito anos depois. 
Exemplo: Para a Eleição ocorrida em 02/10/2016, a inelegibilidade vigoraria até o dia 
02/10/2024. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 19 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 20 
A prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados 
de que trata oart. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros 
elementos de convicção, salvo quando se tratar de documentos produzidos 
unilateralmente, destituídos de fé pública. 
 
A Súmula nº 20 trata da filiação partidária, uma das condições constitucionais de 
elegibilidade. 
Nos termos do art. 19 da Lei dos Partidos Políticos, na segunda semana dos meses de abril e 
outubro de cada ano, o partido deve remeter, aos juízes eleitorais, para arquivamento, publicação e 
cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos, a relação 
dos nomes de todos os seus filiados. Nessa relação, estará consignada da data de filiação do 
indivíduo ao partido. 
Pode ocorrer, porém, alguma falha no sistema informatizado de filiação partidária ou mesmo 
omissão da própria agremiação em incluir o nome de filiados. 
É para essa situação que o verbete prevê a possibilidade de que a filiação partidária seja 
comprovada de outras maneiras, desde que não seja por meio de documento produzido de forma 
unilateral, ou seja, pelo próprio candidato ou pelo partido. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 20 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 21 (CANCELADA) 
O prazo para ajuizamento da representação contra doação de campanha acima 
do limite legal é de 180 dias, contados da data da diplomação. 
 
A Súmula nº 21 se referia ao prazo para proposição de representações em face de doadores 
de campanhas eleitorais que ultrapassaram o limite legal de valores. 
Com a última reforma eleitoral de 2015, o art. 24-C da Lei nº 9.504897 passou a estabelecer 
o procedimento para essas representações. 
Cancelada, não será objeto de prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 21 (CANCELADA) 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 22 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial recorrível, salvo 
situações de teratologia ou manifestamente ilegais. 
 
A Súmula nº 22 trata de hipótese de cabimento de mandado de segurança perante a Justiça 
Eleitoral. 
Note que o teor dessa Súmula se aproxima muito do que reza a Súmula nº 267 do STF: “Não 
cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição”. 
Não deve o Mandado Segurança, ação de cunho constitucional, servir de alternativa ao 
recurso. Em suma, mandado de segurança não é recurso. Serve para proteger direito líquido e certo 
do impetrante. 
Todavia, conforme expressão do verbete, o TSE considera a admissão de mandado de 
segurança em face de decisões judiciais passíveis de recursos próprios quando verificadas situações 
teratológicas (absurdamente equivocadas) ou notoriamente ilegais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 22 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 23 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado. 
 
 
A Súmula nº 23 rechaça a possibilidade de cabimento de mandado de segurança perante a 
Justiça Eleitoral em face de decisões já transitadas em julgado. 
Note que o teor dessa Súmula se aproxima muito do que reza a Súmula nº 268 do STF: “Não 
cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado”. 
Não deve o Mandado Segurança, ação de cunho constitucional, servir de meio para se 
rediscutirem demandas já julgadas em definitivo pela Justiça Eleitoral. Ademais, não há que se falar 
em direito líquido e certo a ser tutelado nesse momento. 
Na Justiça Eleitoral, para tais situações, existe a ação rescisória, de competência do TSE. E 
mesmo assim essas ações devem versar sobre inelegibilidades. Só nesses casos há relativização da 
coisa julgada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 24 
Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-
probatório. 
 
 A Súmula nº 24 trata do não cabimento de recurso especial eleitoral em que o recorrente 
busca nova análise da matéria fático-probatória. 
 De natureza excepcional, o recurso especial para ser admitido demanda, além do interesse 
jurídico do recorrente, a satisfação de alguns pressupostos de admissibilidade. 
 O cabimento do recurso especial se relaciona com a existência de acórdão de tribunal regional 
que atente contra expressa previsão legal ou de divergência na interpretação de lei entre tribunais 
eleitorais. 
 Cabe ao TSE a uniformização da jurisprudência eleitoral. Logo, não se debruçará sobre 
rediscussões acerca da (in)justiça do acórdão, remexendo provas, mas tão somente se ater ao teor 
da decisão colegiada do tribunal regional, em face da qual se interpôs o recurso especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 25 
É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de 
recurso especial eleitoral. 
 
 A Súmula nº 25 insere no campo processual eleitoral um requisito específico de 
admissibilidade do recurso especial eleitoral: o esgotamento do caminho processual nas instâncias 
ordinárias. 
 Esse verbete guarda estreita relação com a Súmula 287 do STF: “É inadmissível o recurso 
extraordinário, quando couber na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada”. 
 Considerando o que conhecemos da organização da Justiça Eleitoral, é possível traçar um 
caminho desse esgotamento requerido pela Súmula em comento. 
 Vamos a um rápido exemplo para isso: 
 Da decisão de juiz eleitoral cabe o recurso eleitoral (inominado) para o TRE. Esse recurso é 
distribuído a um relator (juiz membro) do tribunal regional eleitoral. Em algumas situações esse 
relator pode decidir sozinho (monocraticamente). Em face dessa decisão monocrática cabe agravo 
interno (regimental) para que a questão seja submetida a julgamento pelo plenário do TRE. Proferida 
a decisão colegiada (acórdão), caberá recurso especial se preenchidos os pressupostos de 
admissibilidade bem assim se o teor do acórdão violar lei federal ou nele contiver divergência de 
interpretação de lei em relação a outros tribunais regionais eleitorais. 
 Vale lembrar que nesse esgotamento das instâncias ordinárias não se exige a oposição de 
embargos de declaração. 
 No exemplo acima, caso o relator já decidisse monocraticamente violando lei federal, o 
interessado não poderia já interpor o recurso especial eleitoral, mas percorrer todo o caminho para 
esgotar as instâncias ordinárias. Em suma, o teor do verbete é esse. 
 
 
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SÚMULA Nº 26 
É inadmissível o recurso que deixa de impugnar especificamente fundamento da 
decisão recorrida que é, por si só, suficiente para a manutenção desta. 
 
A Súmula nº 26 explicita a obrigação que a peça recursal possui em atacar os fundamentos 
da decisão recorrida, não sendo suficiente a impugnação parcial. 
Em outras palavras, a impugnação de um determinado fundamento não serve para modificar 
a decisão fundada em outro, que, por si só, já é determinante para essa decisão se manter. Ademais, 
conforme art. 932, inciso III, do Código de Processo Civil, trata-se de regra atinente aos recursos em 
geral, cabendo ao relator, verificada a insuficiência na fundamentação, decidir pelo não 
conhecimento do recurso. 
Suponha-se que Doquinha, advogado, tenha interposto recurso especial e, 
monocraticamente, o relator o desproveu no TSE, com base em dois fundamentos: a) ausência de 
indicação do dispositivo de lei federal violado; ii) necessidade de revolvimento de fatos e provas para 
modificar a decisão. Doquinha, fulo da vida, interpõe agravo regimental, aduzindo que apontou 
violação ao artigo “Y” da lei federal “X”, detalhando essa violação. Não, ataca, porém, o outro 
fundamento: reanálise de fatos e provas em recurso especial (fundamento autônomo: por si só já 
autoriza o não conhecimento do recurso). O plenário do TSE se reúne para julgar o agravo e decide 
que, de fato, Doquinha apontou violação de lei federal, mas, para proceder a essa análise, seria 
necessária a impugnação do fundamento do revolvimento de fatos e provas, o que, de rigor, enseja 
a manutenção da decisão monocrática do relator. Doquinha não estudou a Súmula nº 26 do TSE. 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 27 
É inadmissível recurso cuja deficiência de fundamentação impossibilite a 
compreensão da controvérsia. 
 
A Súmula nº 27 privilegia a boa técnica da fundamentação das peças recursais. 
De fato, o que se espera de um recurso é que ele possua minimamente lógica e coerência nas 
suas razões de modo a permitir o entendimento suficiente e capaz de impugnar uma decisão. Não 
há análise de mérito, bastando apenas a verificação da deficiência recursal quanto a sua 
ininteligibilidade e inaptidão para infirmar os fundamentos da decisão atacada. 
Na prática, o TSE tem se valido dessa súmula para não conhecer de recursos especiais 
interpostos sem a expressa indicação dos dispositivos legais ou constitucionais violados ou do cotejo 
analítico entre o acórdão recorrido e o paradigma colacionado (modelo de decisão de outros TRE’s). 
Algumas outras vezes a negativa de conhecimento se relaciona com a falta de identidade entre os 
dispositivos indicados como violados e a matéria em discussão nos autos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 27 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 28 
A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com 
base na alínea b do inciso I do art. 276 do Código Eleitoral somente estará 
demonstrada mediante a realização de cotejo analítico e a existência de 
similitude fática entre os acórdãos paradigma e o aresto recorrido. 
 
A Súmula nº 28 descreve a forma como deve ser demonstrada a divergência entre decisões 
entre dois ou mais tribunais regionais para admissão do recurso especial eleitoral. 
Como se sabe a existência de divergência jurisprudencial entre acórdãos de dois ou mais 
tribunais eleitorais acerca de um mesmo dispositivo de lei federal é causa de pedir de recurso 
especial eleitoral, cabendo ao TSE a uniformização da jurisprudência eleitoral. 
Assim, para admissão desse recurso fundado em divergência, esta deve restar demonstrada 
por meio do cotejo analítico (comparação detalhada) entre o acórdão recorrido e o paradigma 
colacionado (decisão colegiada de outro tribunal regional escolhida para o cotejo), de modo que se 
apresente clara a discrepância entre os entendimentos dos julgados que tiveram por base fatos 
semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 29 
A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar 
dissídio jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral. 
 
 A Súmula nº 29 reforça o comando legal acerca da admissibilidade do recurso legal no sentido 
de que a divergência jurisprudencial deve ocorrer entre dois ou mais tribunais regionais eleitorais, e 
não entre turmas de um mesmo tribunal. 
 Em sede de agravo regimental, é possível que seja levantada a divergência interna do tribunal 
acerca de uma dada matéria. O plenário desse regional se reúne para unificar sua jurisprudência 
sobre o assunto. Ainda que não haja a unificação pelo plenário, não cabe apreciação pelo TSE, haja 
vista a divergência ocorrer no âmbito de um mesmo regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 30 
Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando 
a decisão recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal 
Superior Eleitoral. 
 
A Súmula nº 30 também delimita o fundamento de divergência jurisprudencial, notadamente 
quando a decisão atacada guardar relação de consonância com o entendimento do TSE, razão pela 
qual o recurso especial não deve ser conhecido. 
Assim, ainda que demonstrada divergência jurisprudencial no âmbito da Justiça Eleitoral, o 
estabelecimento de posicionamento do TSE sobre a matéria põe fim a essa divergência. 
Havendo, por exemplo, interposição de recurso especial eleitoral calcado em divergência 
jurisprudencial entre tribunais regionais eleitorais sobre violação de artigo de lei federal, não será 
cabível o recurso se o entendimento constante do acórdão recorrido estiver em conformidade com 
a jurisprudência do TSE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 31 
Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de 
medida liminar. 
 
 A Súmula nº 31 é bem objetiva e autoexplicativa sobre o não cabimento de recurso especial 
eleitoral em face de decisão colegiada sobre pedido de medida liminar (in limine). 
 De redação igual à da Súmula nº 735 do STF, o intuito é que a competência para julgar 
recursos de suas decisões em caráter liminar, concessivas ou denegatórias, sejam mantidas no 
âmbito dos tribunais regionais eleitorais. 
 O recorrente, nesses casos, deve aguardar o julgamento de mérito da demanda paraa 
interposição do recurso especial eleitoral, desde que presentes todos os requisitos legais de 
admissibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 32 
É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou 
estadual, ao Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas 
partidárias. 
 
A Súmula nº 32 traz hipóteses de inadmissibilidade do recurso especial eleitoral, consistente 
na violação de lei municipal ou estadual, de regimento interno de tribunais eleitorais e de normas 
partidárias. 
A disposição constitucional (art. 121, § 4º) acerva do cabimento de recurso especial eleitoral 
se refere a “lei”, normas materiais e processuais relativas ao Direito Eleitoral. Logo, refere-se a lei 
federal. 
Dessa maneira, não é possível o cabimento de recurso especial eleitoral para colocar reparo 
em violação a legislação estadual ou municipal. Tampouco cabe o mesmo recurso para atacar 
violação de regimentos internos de tribunais e de estatutos ou programas partidários. 
Excepcionalmente, segundo a jurisprudência do TSE, é admitido o recurso especial eleitoral 
quando houver, na decisão recorrida, violação a resoluções normativas do TSE, incluindo o próprio 
regimento interno da Corte Superior Eleitoral. Vale lembrar que o TSE detém poder normativo, de 
natureza excepcional, cuja finalidade é a de fazer cumprir fielmente a legislação eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 32 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 33 
Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que 
versem sobre a incidência de causa de inelegibilidade. 
 
A Súmula nº 33, de forma bastante objetiva e autoexplicativa, limita a uma única hipótese de 
cabimento de ação rescisória eleitoral, qual seja, a ação deve ter por objeto a desconstituição de 
uma decisão do TSE transitada em julgado que verse sobre ocorrência de causa de inelegibilidade. 
Vale ressaltar que o TSE é o único órgão que possui competência para julgar ações rescisórias 
no âmbito eleitoral. Portanto, não cabe ação rescisória em face de decisões de tribunais regionais 
eleitorais. 
A decisão que versa sobre inelegibilidades, para ser atacada pela via da ação rescisória, deve 
ainda ser de mérito. Uma decisão, por exemplo, transitada em julgado, que não conheceu de um 
recurso especial eleitoral, não pode ser objeto de ação rescisória eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 33 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 34 
Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de 
segurança contra ato de membro de Tribunal Regional Eleitoral. 
 
A Súmula nº 34 retira do âmbito da competência do TSE o julgamento de mandado de 
segurança cuja autoridade coatora seja membro de tribunal regional eleitoral. 
Como se sabe, o TSE é competente para julgar o mandado de segurança impetrado contra 
suas decisões, monocráticas ou colegiadas, e contra acórdãos de tribunais regionais eleitorais. Em 
relação a decisões colegiadas de tribunais regionais, excetuam-se aquelas de natureza 
administrativa, pois cabe ao próprio regional julgá-las. 
As decisões monocráticas proferidas por membros de tribunais regionais eleitorais, inclusive 
as proferidas por presidente de tribunal regional eleitoral, são apreciadas pelo plenário do próprio 
tribunal por meio do mandado de segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 34 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 35 
Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta 
ou de ato normativo do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
A Súmula nº 35 afasta a possibilidade de cabimento de reclamação como instrumento hábil 
a arguir descumprimento de resposta a consulta ou de ato normativo emanado pelo TSE. 
O cabimento da reclamação se funda na preservação da competência do TSE e de sua 
autoridade, nos termos do art. 15, V, do seu Regimento Interno. A reclamação cabe em face de atos 
do TSE no exercício de sua função jurisdicional ou administrativa. 
Não cabe, portanto, em face de atos inerentes à função consultiva ou à função normativa 
exercidas pelo TSE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 36 
Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida 
sobre inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato 
eletivo nas eleições federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da 
Constituição Federal). 
 
 A Súmula nº 36, a rigor, reflete a garantia do duplo grau de jurisdição, na medida em que 
deixa livre a fundamentação recursal e permitida a rediscussão de fatos e provas na instância 
imediatamente superior. 
 De acordo com o verbete, é possível concluir que as demandas oriundas de eleições 
municipais só chegam ao TSE pela via do recurso especial eleitoral, já que o alvo recursal previsto na 
súmula é um acórdão, e não sentença. Todavia, em se tratando de competência originária nos 
tribunais regionais eleitorais, vinculada às eleições estaduais ou federais, as demandas podem 
chegar ao TSE tanto pela via do recurso ordinário quanto pela via do recurso especial eleitoral, tendo 
em conta o objeto das decisões colegiadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 36 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 37 
Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar 
recurso contra expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais. 
 
 A Súmula nº 37 define a competência do TSE para julgar recurso contra a expedição de 
diploma nas eleições federais ou estaduais, que são de competência dos tribunais regionais 
eleitorais. 
 Em aula específica, já se mencionou que, embora possua o nome “recurso”, o recurso contra 
expedição de diploma é, na verdade, uma ação cível-eleitoral que visa à desconstituição de diploma 
conferido a eleitos e suplentes. 
 Em se tratando de eleições municipais, compete aos respectivos tribunais regionais eleitorais 
o julgamento dessa ação. 
 Por outro lado, segundo o verbete em comento, sendo eleições estaduais ou federais, 
compete ao TSE o julgamento do recurso contra a expedição de diploma em face de senadores, 
deputados, governadores, vice-governadores, Presidente da República e Vice-Presidenteda 
Reública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 37 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 38 
Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há 
litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa 
majoritária. 
 
A Súmula nº 38, nas ações que menciona, obriga a inclusão do vice de cargos majoritários no 
polo passivo da demanda, em conjunto com o titular da chapa. 
O verbete exige a presença do titular e do vice da chapa majoritária no polo passivo das ações 
de cassação de registro, diploma ou mandato, ou seja, dos candidatos a prefeito e vice-prefeito, em 
eleiçõe municipais; a governador e vice-governador, em eleições estaduais; e a presidente e vice-
presidente, nas eleições gerais. 
O teor da súmula reflete o conceito de unicidade da chapa majoritária, que não permite que 
apenas um dos membros da chapa majoritária tenha sobre si os efeitos das ações que importem 
cassação do registro ou do diploma, se expedido, ou do mandato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 38 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 39 
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de 
candidatura. 
A Súmula nº 39 rechaça a possibilidade de litisconsórcio necessário nos processos em que são 
analisados os pedidos de registro de candidatura. 
Essa formação do litisconsórcio se daria entre o pretenso candidato e o partido pelo qual 
deseja concorrer no pleito num contexto em que o registro de candidatura tenha sofrido alguma 
impugnação. 
Como o alvo é o candidato, não haveria motivos para inclusão da agremiação partidária no 
polo passivo da ação de impugnação de registro de candidatura. Não há lesão ou ameaça de lesão 
de direito partidário que possa ensejar a entrada do partido como parte no processo de registro. 
Todavia, pode o partido participar do feito como assistente simples, na medida em que há o 
interesse jurídico da agremiação partidária numa decisão favorável ao filiado assistido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 SÚMULA Nº 39 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 40 
O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à 
cassação de diploma. 
 
A Súmula nº 40 afasta a possibilidade de que partidos políticos figurem em polo passivo, 
conjuntamente com eleitos ou suplentes, de demandas ações que buscam a cassação de diploma. 
Em que pese o teor do verbete se referir apenas a cassação de diploma, a jurisprudência do 
(TSE) é remansosa em não exigir a formação do litisconsórcio passivo necessário também em ações 
que visam à cassação de mandato eletivo. 
Todavia, pode o partido participar do feito como assistente simples, na medida em que resta 
o interesse jurídico da agremiação numa decisão favorável ao filiado assistido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 41 
Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões 
proferidas por outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que 
configurem causa de inelegibilidade. 
 
A Súmula nº 41 retira do âmbito de competência da Justiça Eleitoral a análise de mérito de 
decisões externas hábeis a constituir inelegibilidade em face de cidadãos. Não cabe à Justiça Eleitoral 
a rediscussão de tais decisões. 
Segundo o verbete, fica impossibilitada a Justiça Eleitoral, ao julgar pedido de registro de 
candidatura, ponderar sobre o acerto ou desacerto da decisão de outros órgãos do Judiciário ou de 
tribunais de contas da qual se origina a causa de inelegibilidade. 
Cabe à Justiça Eleitoral, portanto, fundada na legislação eleitoral, fazer-se cumprir os efeitos 
da decisão que deu azo à inelegibilidade do pretenso candidato. Não cabe, assim, à Justiça Eleitoral 
imiscuir-se no mérito decisório de outro órgão, bastando a verificação de incidência ou não de 
hipótese de inelegibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fagner Cardoso dos Santos
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SÚMULA Nº 42 
A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato 
de obter a certidão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual 
concorreu, persistindo esses efeitos, após esse período, até a efetiva 
apresentação das contas. 
 
A Súmula nº 42 impõe a falta de quitação eleitoral àqueles candidatos omissos em prestar as 
contas de campanha. 
Segundo o verbete, transitada em julgado a decisão que julga as contas de campanha como 
não prestadas, fica impedido o candidato omisso de obter a certidão de quitação eleitoral durante 
todo o período do mandato para o qual concorreu. Passado esse período, o impedimento 
permanece até que as contas sejam prestadas. 
Um candidato nas eleições de 2020, por exemplo, que tenha contra si uma decisão transitada 
em julgado que julgou as contas como não apresentadas, ficará até o término do mandato que 
disputou, ou seja, 31/12/2024. Como se trata de condição de elegibilidade a quitação eleitoral, não 
poderá esse indivíduo concorrer nas eleições de 2024. 
Além de condição de elegibilidade, a condição de quite com a Justiça Eleitoral é requerida 
para o exercício de diversos atos da vida civil. 
 
 
 
 
 
 
 
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SÚMULA Nº 43 
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o 
candidato, nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97, também 
devem ser admitidas para as condições de elegibilidade. 
 
A Súmula nº 43 tratou de interpretar a parte final do art. 11 § 10, da Lei das Eleições, 
ampliando o alcance de eventual benefício superveniente ao candidato. 
 É que o dispositivo faz a ressalva acerva de alterações fáticas e jurídicas supervenientes ao 
registro que AFASTEM A INELEGIBILIDADE, mas não inclui o incremento superveniente de uma 
condição de elegibilidade antes não preenchida pelo candidato. 
A partir do verbete, então, essas alterações supervenientes também são admitidas para as 
condições de elegibilidade, não mais somente para afastar inelegibilidade. 
Como se sabe, a verificação do preenchimento das condições de elegibilidade e da não 
ocorrência de causas de inelegibilidade é feita por ocasião do pedido de registro de candidatura, 
submetido a julgamento por órgão da Justiça Eleitoral. Assim, após essa análise, ocorrendo 
alterações

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