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UNISANTOS
Arquitetura e Urbanismo
Materiais de Construção
20 semestre/ 2024
Notas de Aula 04/05
• Características e propriedades específicas das madeiras (tábuas, chapas, 
placas, lâminas, “mass timber”, desafios atuais e futuros).
Cesar Capasso, Me
INTRODUÇÃO – discussão inicial
Madeiras na Construção Civil:
O uso da como material de construção possui muita tradição, é um material cujas
características principais são a leveza, renovabilidade, e baixa energia incorporada, por
outro lado, podem ser consideradas desvantagens a suscetibilidade à intempéries e as
necessidades de tratamento e a frequência de manutenção.
É essencial avaliar a certificação das madeiras para garantir que o processo não seja 
ilegal e ambientalmente impactante.
Para aumentar a durabilidade das madeiras utilizam-se tratamentos preservativos e
imunizantes.
Esse material tem grande capacidade de se integrar a sistemas pré-fabricados e estruturas
de madeira leve.
A escolha do tipo de madeira e do formato (tábuas, chapas, placas, lâminas, etc) depende
dos critérios estruturais, estéticos e condições de exposição ambiental de cada projeto.
Ao projetar-se em madeira deve ser levado em consideração que elas podem sofrer ataques de 
agentes agressivos:
Biológicos
Micro-organismos: (se desenvolvem no núcleo das células da madeira)
• Bactérias;
• Bolores, e;
• Fungos;
Insetos:
• Cupins, e; (aleluias, siriris, cupins de solo, cupins de madeira seca...)
• Coleópteros; (carunchos, brocas, besouros...)
Brocas marinhas:
• Moluscos, e;
• Crustáceos
Físicos e químicos:
• Umidade;
• Poluição;
• Fogo, e;
• Materiais de limpeza e outros de uso doméstico ou referente à atividades desenvolvidas no local;
O principal processo de imunização mais consagrado é realizado em autoclave e é denominado de 
"célula cheia" ou "Bethell". 
INTRODUÇÃO – discussão inicial
INTRODUÇÃO – discussão inicial
O principal processo de imunização mais consagrado é realizado em autoclave e é 
denominado de "célula cheia" ou "Bethell". 
Este cilindro possui uma porta de aço em uma das extremidades, que é totalmente vedada e 
dimensionada para suportar a elevada pressão de trabalho (positiva ou negativa).
Os agentes imunizadores utilizados no processo podem ser
de diversos tipos.
Um deles é o CCA, que é uma solução preservativa solúvel, à
base de Cromo, Cobre e Arsênio e que dá uma coloração
esverdeada à madeira tratada.
Ele permite a obtenção de peças preservadas de qualidade.
O processo de preservação é regulamentado pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), que possui
normas específicas, de acordo com o produto a ser obtido,
nesse momento nos deteremos a explicar essa tipologia.
A autoclave é um grande cilindro de 
aço, normalmente com 2 metros de 
diâmetro e até 25 metros de
cumprimento, fabricado para suportar 
pressões elevadas de até 18 kg/cm2.
O processo de imunização, também chamado de preservação, tem como objetivo proteger a madeira
da ação de agentes químicos, físicos e biológicos.
Visa proteger a madeira do ataque de cupins, fungos, umidade e outros agentes.
A madeira, depois de cortada sob medidas e descascada artesanalmente, é enviada para a usina de
preservação, após um período de secagem de 30 a 60 dias, controlada ao ar livre.
Esta madeira é então classificada e esteirada no pátio da usina.
INTRODUÇÃO – discussão inicial
Em seguida, a madeira é carregada em vagonetas e estas vagonetas entram em uma autoclave, onde 
será desenvolvido o processo de imunização.
INTRODUÇÃO – discussão inicial
O processo de imunização segue os seguintes passos:
a) A autoclave é carregada com a madeira;
b) O vácuo inicial retira a maior parte do ar e da umidade das células da madeira;
c) O líquido imunizante é transferido de um tanque (reservatório) para a autoclave;
d) Sob pressão, o líquido imunizante penetra nas células da madeira;
e) O líquido imunizante que não penetra é transferido e armazenado no tanque 
(reservatório);
f) O vácuo final retira o excesso de produto imunizante da superfície da madeira e esse é 
transferido e armazenado no tanque (reservatório)
INTRODUÇÃO – discussão inicial
Retira-se a madeira da autoclave e o processo segue para a secagem e armazenamento.
INTRODUÇÃO – discussão inicial
INTRODUÇÃO – discussão inicial
Madeiras na Construção Civil:
Principais produtos (consagrados) que estudaremos nessa 
disciplina:
• Tábuas;
• Chapas ;
• Placas;
• Lâminas;
Produto Inovador (destaque) que estudaremos nessa disciplina:
• Mass Timber (Madeira Engenheirada);
Principais Propriedades técnicas da Madeira:
• Resistência Mecânica : Depende do tipo de madeira, densidade e processo de
fabricação. Tábuas de madeira maciça, como o pinus e o eucalipto, são fortes em flexão,
enquanto chapas e placas têm resistência adequada para estruturas não expostas.
• Durabilidade : A durabilidade varia conforme o tratamento. Chapas de MDF e OSB
requerem proteção contra umidade, enquanto tábuas de madeira nobres são mais
resistentes a fungos e cupins.
• Isolamento Acústico e Térmico : Madeiras imensas possuem bom desempenho
térmico, enquanto chapas como MDF e OSB oferecem bom isolamento acústico, sendo
usadas em divisórias.
• Estabilidade Dimensional : Materiais como compensados e OSB são mais benéficos
dimensionalmente que a madeira maciça, sendo preferidos em ambientes de variação de
umidade.
Principais produtos (consagrados):
Tábuas
• Utilizadas principalmente em estruturas de telhados, pisos e revestimentos.
• Têm boa resistência mecânica e são geralmente de madeira maciça.
• Variam em tamanho, podendo ser lixadas, tratadas e polidas para diferentes finalidades.
• Estrutura de telhados, pisos e paredes de casas de madeira, sendo amplamente
utilizadas em construções tradicionais e rústicas.
As tábuas são peças de madeira maciça, serrilhadas e de espessura específica, o que
conferem boa resistência mecânica.
Elas são empregadas principalmente em sistemas construtivos tradicionais de madeira e
outras aplicações estruturais.
Principais produtos (consagrados):
Tábuas
• Estruturas de Telhados e Coberturas : Tábuas de madeira são extremamente usadas
para construir estruturas de telhados, como vigas e caibros, fornecendo suporte e
estabilidade para as telhas e outras coberturas.
• Pisos e Assoalhos : Em sistemas construtivos de casas e edifícios, as tábuas de
madeira são comuns para pisos e pisos, oferecendo uma superfície protetora e estética,
que contribui para o conforto térmico e acústico do ambiente.
• Parede de Madeira : Em sistemas como o “Wood Frame”, as tábuas podem atuar como
elementos estruturais nas paredes, unindo-se a outros materiais para criar uma estrutura
de sustentação leve, resistente e com bom desempenho térmico.
• Estruturas Temporárias : Em canteiros de obras, tábuas de madeira são
frequentemente usadas para formas de concreto, escoramentos temporários e
passarelas, devido à sua resistência e facilidade de aplicação.
Principais produtos (consagrados):
Chapas
• Produzidas a partir de fibras ou partículas prensadas, como chapas de madeira, como
MDF (Medium Density Fiberboard), OSB (Oriented Strand Board) e Compensado são
populares pelas características e facilidade de inclusão.
• São usados para divisórias e mobiliário.
• Empregadas em revestimentos internos, forros e móveis fixos, como armários e
prateleiras.
As chapas de madeira, como o MDF, OSB e compensado, são produtos compostos,
formados por partículas ou fibras prensadas e coladas.
São essenciais para sistemas construtivos que excluem materiais de revestimento ou
preenchimento com estabilidade dimensional.
Principais produtos (consagrados):
Chapas
• Revestimentos Internos e Divisórias : Chapas como o MDF são usadas como
revestimento interno, especialmente em ambientes onde se busca acabamento estético,
como escritórios e residências. As chapas oferecem boas propriedades de isolamento
acústico e facilidade de acabamento.
• Painéis Estruturais : O OSB, por sua resistência à flexão etração, é utilizado em
painéis estruturais em sistemas como o “Light Wood Frame”, uma construção modular e
rápida. O OSB oferece resistência mecânica e estabilidade em aplicações estruturais.
• Pisos Flutuantes e Subpisos : Chapas de madeira, especialmente compensadas, são
empregadas como subpiso para pisos flutuantes em construções comerciais e
residenciais, conferindo maior estabilidade e absorção de vibrações.
• Canteiro de Obras e Formas para Concreto : Compensado é amplamente utilizado
para moldes de concreto e estruturas temporárias, devido à sua durabilidade, resistência
à umidade (quando tratado) e custo acessível.
Principais produtos (consagrados):
Placas
• Incluem compensados e aglomerados.
• São formadas por camadas de madeira coladas, garantindo resistência.
• Utilizadas para estruturas internas, divisórias e mobiliário, sendo menos resistentes ao
ambiente externo.
• Usadas para divisórias, pisos elevados, e móveis que desativam leveza e estética.
• A madeira compensada é frequente em paredes de drywall e divisórias internas.
Placas de madeira, como os compensados estruturais e os painéis de aglomerado, são
formadas por várias camadas ou partículas prensadas, sendo robustas e versáteis em
várias partes de sistemas construtivos.
Principais produtos (consagrados):
Placas
• Divisórias e Estruturas de Paredes : Compensados e painéis de aglomerado são
comuns em divisórias internas de construções leves, especialmente em escritórios e
ambientes residenciais, oferecendo leveza e bom acabamento.
• Revestimento Externo : Compensados tratados e de alta densidade podem ser
usados como revestimento externo em construções “Timber Frame”, sendo aplicados
em sistemas de fechamento de fachadas, garantindo bom desempenho térmico e
resistência às intempéries.
• Móveis Embutidos e Componentes de Sistema : No contexto de construções
modulares, placas de aglomerado e compensado são usadas para fabricar móveis
embutidos e componentes estruturais internos, que integram o sistema construtivo de
forma eficiente e econômico.
Principais produtos (consagrados):
Lâminas
• São camadas finas de madeira, aplicadas como revestimento decorativo em móveis e
paredes.
• A lâmina permite um acabamento estético e sofisticado.
• Aplicadas para acabamentos finos em móveis e painéis decorativos, proporcionando
uma estética refinada e natural.
As lâminas de madeira, feitas de camadas finas e delgadas, são amplamente utilizadas
como revestimento decorativo e para acabamentos finos. Embora não sejam estruturais,
as lâminas desempenham papel fundamental em sistemas que exigem acabamento
estético.
Principais produtos (consagrados):
Lâminas
• Revestimento de Painéis e Paredes : As lâminas são aplicadas em painéis de MDF
ou compensadas para criar superfícies esteticamente fechadas e protegidas. São
comuns em ambientes comerciais e residenciais para acabamento interno.
• Laminados para Portas e Janelas : Em portas e janelas, lâminas de madeira são
utilizadas para revestir materiais como compensados e MDF, conferindo o visual e a
textura de madeira nobre, com custos limitados.
• Acabamentos em Mobiliário : Em sistemas construtivos de interiores, as lâminas são
muito usadas em móveis embutidos, painéis decorativos e outros elementos de
acabamento, conforto um toque sofisticado e personalizado.
Produto inovador (destaque):
Mass Timber (Madeira Engenheirada): 
A fabricação do Mass Timber envolve etapas industriais de alta precisão, que visam garantir
a resistência, uniformidade e durabilidade dos painéis.
O processo industrializado facilita a produção em larga escala, reduzindo desperdício e
garantindo um produto final de alta qualidade.
Pesquisadores e especialistas têm visões positivas sobre o futuro do mass timber como
material de construção, destacando tanto o potencial ambiental quanto os avanços
tecnológicos que o tornam uma alternativa viável e sustentável ao concreto e ao aço.
O mass timber representa, portanto, uma alternativa viável e sustentável para a construção
civil, beneficiando-se da tecnologia de industrialização para aliar sustentabilidade e
eficiência em projetos modernos de médio e grande porte.
Produto inovador (destaque):
Mass Timber (Madeira Engenheirada): 
O futuro do mass timber na construção civil parece promissor, com avanços que expandem
suas aplicações e tornam sua melhoria viável em larga escala. A madeira altamente
industrializada é um dos materiais que mais se alinha aos objetivos globais de
sustentabilidade e redução de carbono, e as inovações tecnológicas estão tornando-a cada
vez mais acessível, segura e adaptável a diversos tipos de construções. Contudo, o
sucesso de sua expansão depende da evolução das regulamentações, do manejo
responsável das florestas e do apoio a práticas de construção sustentáveis.
Algumas das principais tendências e expectativas discutidas na literatura acadêmica:
a. Redução das Emissões de Carbono e Impacto Ambiental
b. Expansão de Edifícios Altos da Madeira
c. Tecnologias de Fabricação e Industrialização Avançada
d. Benefícios para a Saúde e Bem-Estar
e. Normatização e Desafios Regulamentares
f. Economia Circular e Sustentabilidade
a. Redução das Emissões de Carbono e Impacto Ambiental
A madeira maciça é vista como um material promissor para mitigar as emissões de carbono na
construção civil. Segundo estudos, a madeira sequestra CO₂ durante seu crescimento, o que faz
dela uma opção de construção de baixo carbono. Edifícios de madeira podem reduzir a pegada
de carbono dos projetos em até 75%, especialmente quando comparados a edifícios de
concreto e aço. Para otimizar o uso da madeira, os pesquisadores apontam para o manejo
sustentável das florestas, com práticas que respeitem a biodiversidade e o ciclo de renovação
natural, permitindo que a construção com madeira se torne uma solução de longo prazo para as
demandas habitacionais e comerciais.
b. Expansão de Edifícios Altos da Madeira
Uma área de grande interesse é a expansão do maciço de madeira em arranha-céus e edifícios
de médio e grande porte. Estudos de caso como o Brock Commons Tallwood House (Canadá) e
o Ascent MKE (EUA) demonstram que a madeira pode ser usada em edifícios de até 25
andares, com segurança e estabilidade. Projetos evidenciam o potencial da madeira maciça
para superar desafios de resistência e flexibilidade, com aqueles específicos de que em breves
construções de madeira poderão atingir alturas comparáveis às estruturas de concreto armado,
mas com um impacto ambiental muito menor.
Produto inovador (destaque):
c. Tecnologias de Fabricação e Industrialização Avançada
O uso de tecnologias como corte CNC e robótica permite a pré-fabricação de peças de madeira
maciça de alta precisão, facilitando uma montagem rápida e eficiente no canteiro de obras.
Pesquisadores afirmam que essa industrialização reduz custos, tempo de construção e
desperdício de material, aumentando a competitividade da madeira maciça frente aos materiais
produzidos. Espera-se que avanços adicionais nas técnicas de adesão e laminação permitam
ainda mais inovação, com a criação de produtos híbridos e estruturas modulares adaptáveis a
diferentes regiões e climas.
d. Benefícios para a Saúde e Bem-Estar
Estudos apontam que o uso da madeira em ambientes construídos melhora o conforto térmico e
acústico, além de trazer benefícios psicológicos, como sensação de bem-estar e conexão com a
natureza. Essa tendência, chamada de design biofílico (design biofílico), sugere que o mass
timber tem potencial para se popularizar em projetos de escritórios, escolas e ambientes de
saúde, onde o bem-estar é prioridade. O interesse acadêmico nesse aspecto está crescendo,
pois evidencia um impacto positivo da madeira além dos benefícios ecológicos.
Produto inovador (destaque):
e. Normatização e Desafios Regulamentares
A regulamentação para construções de madeira maciça é um desafio em muitos países,
incluindo questões de resistência ao fogo e estabilidade em condições de umidade.Pesquisadores destacam a importância de atualizações nas normas de construção para
possibilitar o uso de madeira maciça em edifícios de grande porte de maneira segura e
regulamentada. A adoção de normas como a ANSI/APA PRG 320 nos EUA e EN 14080 na
Europa exemplifica como novas regulamentações podem viabilizar a madeira maciça ,
permitindo seu uso mais amplo com critérios rigorosos de segurança.
f. Economia Circular e Sustentabilidade
A madeira maciça também se encaixa bem no conceito de economia circular, uma vez que
estruturas de madeira podem ser desmontadas e reaproveitadas ou recicladas no final de sua
vida útil. Pesquisas exploram o ciclo de vida da madeira maciça , desde a remoção até o
descarte, e mostram que ele permite uma economia circular mais eficaz do que o concreto ou o
aço, cujo reaproveitamento é mais complexo e energeticamente intensivo. Assim, a madeira
maciça pode se tornar um modelo de construção mais sustentável, especialmente se for
apoiado por políticas públicas que incentivam a reciclagem e a reutilização de materiais.
Produto inovador (destaque):
Desafios Práticos para a Expansão do uso da Madeira em Grandes Obras:
A madeira maciça tem sido mostrada uma opção viável para construção, inclusive em relação à
segurança contra incêndios, devido à sua resistência natural ao fogo quando comparada a
outros materiais de madeira. A adequação da madeira maciça às normas de prevenção e
controle de incêndios envolve várias abordagens e práticas de segurança que garantem sua
confiabilidade, mesmo em edifícios de médio e grande porte. Aqui estão as principais
características e práticas que permitem que a madeira maciça atenda às normas de segurança
contra incêndio:
a. Resistência Natural ao Fogo
As grandes dimensões dos elementos de madeira maciça , como CLT (Cross-Laminated Timber)
e GLT (Glued-Laminated Timber), proporcionam uma resistência ao fogo distinto da madeira
convencional. Quando exposta ao fogo, a madeira maciça cria uma camada carbonizada em
sua superfície que envelhece como um isolante natural, protegendo o núcleo interno e
retardando a combustão. Essa característica reduz a velocidade de propagação do fogo, o que
ajuda a preservar a integridade estrutural da madeira por mais tempo. Estudos apontam que
essa carbonização pode retardar o colapso das estruturas, permitindo que ocupantes e equipes
de resgate tenham mais tempo para evacuar e proteger o incêndio.
Desafios Práticos para a Expansão do uso da Madeira em Grandes Obras:
b. Atendendo às Normas Internacionais de Segurança
Normas como a ANSI/APA PRG 320 nos Estados Unidos e a EN 14080 na Europa estabelecem
requisitos específicos para o uso de madeira maciça em construções, incluindo padrões de resistência
ao fogo. Eles desligam o material que passa por testes de resistência ao fogo e definem a taxa de
carbonização (a velocidade como a da madeira queimada) para prevenir a durabilidade da estrutura
em situações de incêndio.
Na América do Norte, o código International Building Code (IBC) já permite o uso de madeira maciça
em edifícios de até 18 andares, desde que cumpram rigorosos requisitos de segurança contra
incêndio. Esses códigos incluem diretrizes para que os elementos de madeira sejam específicos e
dimensionados de acordo com uma taxa de carbonização específica, para que permaneçam
estruturalmente sólidos mesmo após exposição prolongada ao fogo.
c. Revestimentos e Tratamentos para Resistência ao Fogo
Em algumas aplicações, a madeira maciça é tratada com retardantes de fogo, seja por aplicação de
revestimentos ou especiais por impregnação com substâncias químicas retardantes de chamas.
Esses tratamentos são aprimorados para aumentar a resistência do material ao fogo sem
comprometer sua integridade estrutural. A aplicação de gesso e outros materiais de revestimento
sobre a madeira maciça também pode aumentar a proteção contra fogo, atuando como uma camada
adicional de isolamento térmico e prevenindo que o calor atinja a madeira diretamente.
Desafios Práticos para a Expansão do uso da Madeira em Grandes Obras:
d. Projetos Estruturais com Compartimentação
Uma das técnicas recomendadas para edificações com madeira maciça é a compartimentação, que
consiste em dividir o edifício em fragmentos independentes para evitar a propagação do fogo entre
áreas. Essa abordagem, que é comum em construções com outros materiais, também se aplica à
madeira maciça , utilizando paredes de madeira laminadas e revestimentos internos que mantêm o
isolamento contra fogo em áreas específicas. Essa prática é complementada pelo uso de portas corta-
fogo e sistemas de ventilação que evitam que o fogo e a fumaça se espalhem rapidamente,
garantindo a segurança dos ocupantes.
e. Sistemas de Detecção e Supressão de Incêndio
O uso de madeira maciça em construções de médio e grande porte é frequentemente acompanhado
pela implementação de sistemas de detecção e supressão de incêndio, como alarmes de fumaça e
sprinklers. Embora a camada carbonizada da madeira maciça proporcione certa resistência ao fogo,
os sistemas de supressão aumentam ainda mais a segurança, resfriando rapidamente o ambiente e
controlando o fogo antes que ele atinja a estrutura. Esses sistemas são particularmente importantes
em edifícios altos e são exigidos por normas de segurança, como o NFPA 13 da National Fire
Protection Association nos Estados Unidos.
Desafios Práticos para a Expansão do uso da Madeira em Grandes Obras:
f. Segurança contra incêndios – Madeira Maciça no Brasil
A expansão do uso da madeira maciça está impulsionando mais pesquisas sobre sua atuação em
situações de incêndio. Universidades e centros de pesquisa realizam estudos com estruturas de
madeira em escala real para entender melhor o comportamento do material e desenvolver novas
estratégias de combate a incêndios. Com o apoio de dados empíricos, as normas de construção e
prevenção de incêndios estão sendo constantemente revisadas para incluir diretrizes mais específicas
para a madeira maciça , permitindo que o material atenda aos padrões de segurança mais exigentes.
Uma descrição dos principais passos desse processo de fabricação do
Mass Timber pode ser a seguinte:
a) Seleção e Preparação da Madeira
b) Montagem e Colagem das Camadas
c) Cura e Acabamento
d) Inspeção de Qualidade e Certificação
e) Logística e Transporte
Produto inovador (destaque):
Processos de Industrialização do Mass Timber
a. Seleção e Preparação da Madeira
• Madeira de Reflorestamento e Certificação : A matéria-prima vem geralmente de
florestas certificadas, como FSC (Forest Stewardship Council), e reflorestamentos.
Espécies de crescimento rápido, como o pinus e o eucalipto, são comuns à
sustentabilidade e boa adaptabilidade ao processo.
• Secagem e Tratamento : As toras de madeira passam por secagem controlada em
estufas, reduzindo o teor de umidade a níveis entre 10% e 15%. Isso evita deformações,
rachaduras e melhora a resistência da madeira.
• Corte e Dimensionamento : A madeira é serrilhada e dimensionada para formar tábuas
e vigas que servirão como matéria-prima para os painéis de madeira maciça . Esse corte
é feito em tamanhos padronizados e é preparado para a laminação.
Processos de Industrialização do Mass Timber
b. Montagem e Colagem das Camadas
• Laminação Cruzada e Paralela : No caso de CLT, as camadas de madeira são
dispostas de forma cruzada, com camadas sobrepostas em ângulos de 90 graus. Para
GLT e LVL, as vagas são oferecidas paralelamente. Esse processo cria um painel
extremamente resistente, com estabilidade dimensional e alta resistência mecânica.
• Adesivos Industriais : A película entre as camadas de madeira utiliza adesivos
industriais à base de poliuretano, epóxi ou resinas de melamina-formaldeído, que são
aplicados para garantir a união das peças. O tipo de adesivo depende do uso final do
material e das regulamentações ambientais.
• Prensagem : Depois da colagem, os painéis são submetidos a uma prensa hidráulica,
que aplica alta pressão e, em alguns casos, também calor,para garantir a fixação das
camadas e a formação de um bloco monolítico. No caso de DLT, pinos de madeira
substituem os adesivos, unindo as camadas mecanicamente.
Processos de Industrialização do Mass Timber
c. Cura e Acabamento
• Cura Controlada : Após a prensagem, os painéis passam por uma fase de cura para
estabilizar a colagem, permitindo que o adesivo alcance sua resistência total. Isso pode
ser feito em temperatura ambiente ou em câmaras de secagem controladas.
• Corte CNC : Com os painéis curados, são cortados e perfurados com máquinas CNC
(Controle Numérico Computadorizado) de alta precisão, garantindo medidas exatas para
atender às especificações de cada projeto. Isso permite a pré-fabricação de peças
personalizadas, incluindo aberturas para janelas, portas e passagens de instalações.
Processos de Industrialização do Mass Timber
d. Inspeção de Qualidade e Certificação
• Testes de Resistência e Qualidade : Antes de sair da fábrica, os painéis passam por
testes específicos de qualidade, como resistência à flexão, tração e especificações, além
de avaliações de desempenho contra fogo e umidade. Esses testes garantem que os
painéis de madeira maciça estejam dentro dos padrões de segurança.
• Certificação : Em mercados como o europeu e o norte-americano, a madeira maciça
precisa atender a normas como a EN 14080 (Europa) e a ANSI/APA PRG 320 (América
do Norte), que estabelecem parâmetros de qualidade e segurança.
Processos de Industrialização do Mass Timber
e. Logística e Transporte
• Pré-montagem e Embalagem : Os painéis são preparados e embalados para
transporte, sendo muitas vezes pré-fabricados para se ajustarem aos sistemas de
construção modular. A embalagem garante proteção durante o transporte e minimiza
danos.
• Transporte e Montagem Rápida no Canteiro : A logística para o transporte é projetada
para facilitar o carregamento e o descarregamento rápido no canteiro de obras, onde a
montagem é rápida e simples devido ao ajuste exato das peças e ao baixo peso relativo
aos elementos de madeira.
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iv
il: Exemplos de Obras com Sistemas Estruturais da Madeira no Brasil
• Escola Concept (São Paulo): Triptyque Architecture.
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iv
il: Exemplos de Obras com Sistemas Estruturais da Madeira no Brasil (projeto)
• Moradas Infantis em Canuanã (Tocantins): Rosenbaum e Aleph Zero
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iv
il: Exemplos de Obras com Sistemas de Vedação 
The Cub Residencial – (Londres): Hawkins\Brown
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iv
il: Mobiliário Urbano em Madeira no Brasil (projeto)
• Praça Victor Civita (São Paulo) : Levisky Arquitetos e Anna Julia Dietzsch
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iv
il: Mobiliário Urbano em Madeira no Brasil
• Orla do Guaíba (Porto Alegre) : Jaime Lerner
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il:
Dentre as Empresas Brasileiras de Mass Timber que se destacam podemos citar: 
• Ita Construtora (Paraná)
o A Ita Construtora é pioneira na produção e construção com CLT no Brasil. Ela está envolvida em projetos 
inovadores que utilizam madeira maciça , especialmente para residências e edificações de médio porte, 
promovendo a expansão desse material no mercado brasileiro.
• Crosslam Brasil (Santa Catarina)
o A Crosslam Brasil é uma das primeiras empresas brasileiras dedicadas à fabricação de CLT para o mercado 
nacional. A empresa utiliza madeira de reflorestamento (pinus e eucalipto) e atua em projetos residenciais, 
comerciais e industriais, com forte enfoque em sustentabilidade e inovação.
• BrasPine (Paraná)
o A BrasPine é tradicionalmente conhecida pela produção de madeira processada e recentemente ampliou sua 
produção para incluir componentes de madeira maciça , especialmente CLT. Com fábricas modernas e certificação 
de sustentabilidade, a empresa atende o mercado interno e exporta para vários países.
• Glulam Brasil (Paraná)
o Especializada em madeira laminada colada (GLT), a Glulam Brasil é uma das principais empresas do setor no 
Brasil, fornecendo materiais para estruturas em madeira de médio e grande porte. A empresa também está 
envolvida em projetos de arquitetura sustentável, com um portfólio voltado para construções com alta performance 
ambiental.
• Riga Madeiras (Paraná)
o A Riga Madeiras atua na produção de painéis de madeira de alta qualidade, incluindo produtos de GLT e CLT. 
Focada em projetos inovadores e estruturais, uma empresa que se destaca no setor de madeira maciça no Brasil, 
promovendo o uso de madeira certificada e gestão de forma sustentável.
Os Materiais, Processos Construtivos e Processo de Trabalho da 
Construção Civil tendem a se desenvolver e evoluir, e, no momento 
atual, da indústria 4.0, os processos de projeto tendem a ser 
influenciados pela Tecnologia da Informação e Comunicação, 
através do BIM (Modelagem da Informação da Construção) e pelos 
fluxos de trabalho baseados nos Métodos Ágeis.
Mas a finalidade da Arquitetura e Urbanismo não deve se desviar 
dos seus princípios: servir às necessidades humanas, de forma 
ética, sem desconsiderar a premissa da construção de um 
ecossistema sustentável e justo.

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