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Anotações Empresarial I

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DIREITO EMPRESARIAL I
DA ORIGEM DO COMÉRCIO
"Comutatio mercium"
FORTALECIMENTO DA CLASSE
 De exercentes da atividade comercial
 Da organização de regras
PERÍODOS HISTÓRICOS DO DIREITO COMERCIAL
Segunda metade do Século XII à segunda metade do século XVI;
Século XVI a Século XVIII
Século XIX à primeira metade do século XX;
Século XX aos dias atuais
DA DICOTOMIA DO DIREITO PRIVADO
DA AUTONOMIA DO DIREITO COMERCIAL
DA TEORIA DA EMPRESA
Do Código Civil (2002)
Da unificação
Sistema de troca como um meio para se evitar a perda das mercadorias excedentes, por outras de seu interesse.
Certo momento, passou-se a ter a perda da equivalência de interesse na troca de mercadorias por mercadorias.
A palavra "comércio" remonta-se ao sistema de subsistência. Originou-se do termo "comutatio mercium".
Então, passou-se a utilizar, para viabilizar as trocas, produtos de interesse geral (sal, gado).
Troca de produtos por moedas.
Lucro -> é a remuneração do risco da atividade.
Atividade comercial é uma atividade eminentemente arriscada. A margem de diferença do valor da aquisição dos produtos e da venda. Lucro.
Comerciante: Mercadoria -> Mercadoria; Mercadoria -> Moeda
Corporações de Ofício - > Sistematização da atividade Comercial. Idade Média. Aqui, surgiram as normas regulamentadoras da atividade comercial.
Cônsules -> Aplicadores do direito comercial: a passaram a dizer o direito
REVOLUÇÃO FRANCESA
Passou a ditar a relação jurídica entre a relação de comerciantes entre comerciantes e comerciantes e não comerciantes.
-> Código Comercial Napoleônico - Teoria dos atos de comércio
Informações das corporações de ofício.
Atos de comércio: todas os atos realizados pelos comerciantes -> arrolamento de condutas já praticadas pelos comerciantes.
Até então, o direito comercial tinha como caráter subjetivista (1ª fase). 2ª Fase, passou a ser objetivista (Código Comercial Napoleônico).
Rápido, simples, sem formalidades exacerbadas (formalidade suficiente para fornecer segurança jurídica)
Elástico (se houver um modo novo de negociar, caiu nos usos e costumes de comércio).
Internacional - >Existe para evitar-se discrepância quando nas relações comerciais entre países, pessoas de países distintos.
Itália -> Construção de um estado unitário -> Capital + Força de trabalho.
Dicotomia do Direito Privado - Direito Comercial e Direito Civil.
Não é correto dizer que o Direito de Empresa nasceu do Código Civil.
Direito do Consumidor é um braço do direito de empresa.
EMPRESA = Atividade Economicamente Organizada
Objetivo - > Estabelecimento
Subjetivo -> Empresário
Corporação -> tem apelo histórico à teoria da empresa.
Direito Comercial é mais amplo Direito Empresarial
DO EMPRESÁRIO
Do Conceito de empresário. Dos não-empresários à luz dos conceitos legais.
EMPRESÁRIO: É toda pessoa física ou jurídica que exerce atividade economicamente organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
Não é considerado empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, artístico, literatura, intelectual, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Das obrigações gerais do empresário
Do dever geral de registro
Órgãos de registro. Do tribunal do Comércio. Código Comercial de 1850. As juntas.
Das atribuições das juntas comerciais
Das atribuições das juntas comerciais
Da estrutura e dos setores da junta comercial
Do departamento Nacional de Registro de Comércio DNRC.
Atribuições
Dos prazos e efeitos dos registros
Dos procedimentos e regimes de tramitação dos registros.
Dos vícios sanáveis e insanáveis dos registros
Do instituto da inatividade da empresa
Dos efeitos do descumprimento da obrigação geral de registro
Do dever geral de manter escrituração regular.
ACEPÇÕES DO TERMO “EMPRESA”:
Empresário; 
Sede da empresa (estabelecimento comercial); 
Atividade economicamente organizada (critério funcional); 
Designa corporação; aproximação entre trabalho e capital.
DIREITO DE EMPRESA: Direito que regulamenta e organiza a atividade economicamente organizada.
Quando mencionar PJ, priorizar a sociedade.
OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO
REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL (TERMO INICIAL)
“Os empresários estão sujeitos, em termos gerais, às seguintes obrigações: a) registrar-se na Junta Comercial antes de dar início à exploração de sua atividade; b) manter escrituração regular de seus negócios; c) levantar demonstrações contábeis periódicas.” ULHÔA
“São obrigações de natureza formal, mas cujo desatendimento gera consequências sérias – em algumas hipóteses, inclusive, penais. A razão de ser dessas formalidades que o direito exige dos exercentes de atividade empresarial, diz respeito ao controle da própria atividade, que interessa não apenas aos sócios do empreendimento econômico, mas também aos seus credores e parceiros, ao fisco e, em certa medida à própria comunidade.”
“(...)O empresário que não cumpre suas obrigações gerais – o empresário irregular – simplesmente não consegue entabular e desenvolver negócios com empresários regulares, vender para a Administração Pública, contrair empréstimos bancários, requerer recuperação judicial etc.(...)” 
JUNTA COMERCIAL: Pessoa jurídica de Direito Público (Autarquias Estaduais), tendo autonomia administrativa e financeira, com subordinação ao Governador, a qual tem como finalidade executar atos de registro (registrários), a saber (lei n. 8.934/94): a) Arquivamento (refere-se à grande generalidade dos atos levados ao registro de empresas: constituição, alteração, dissolução e extinção de sociedades empresárias são arquivados na junta; b) Matrícula (outorga de habilitação a determinadas atividades profissionais acessórias da atividade comercial (leiloeiros, intérpretes, tradutores juramentados); c) Autenticação, atos de registro correlacionados ao dever de escrituração (livros contábeis, fichas, balanços e outras demonstrações financeiras etc.) impostos por lei aos empresários em geral.
“Os atos do registro de empresas têm alcance formal, apenas. Quer dizer, a Junta não aprecia o mérito do ato praticado, mas exclusivamente a observância das formalidades exigidas pela lei, pelo decreto regulamentar e pelas instruções do DNRC.” ULHÔA
A junta comercial é formada por: a) Vogais, nomeados pelo chefe do Executivo, os quais ficam incumbidos de julgar recursos administrativos, e realizar reuniões de interesse da junta comercial; b) secretaria da junta, a qual fica incumbida de realizar os atos de registro e; c) Procuradoria da Junta Comercial.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO: Órgão federal, integrante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Fiscaliza o trabalho das juntas. Normatiza, supervisiona e regulamenta. Mantém cadastro das pessoas jurídicas no Brasil. 
*Não executa registro de empresa.
VINCULAÇÃO HIERÁRQUICA: As juntas comerciais, em matéria administrativa e financeira, se sujeitam aos Governadores dos Estados-membros. Em matéria de atos de registro de empresa, as juntas comerciais se subordinam ao DNRC (Lei 8.934/94). É a chamada vinculação híbrida das juntas comerciais.
Dois órgãos de registro: Junta Comercial e DNRC - JF
Prazo para apresentar os atos sujeito à arquivamento: Prazo de trinta dias após à data da assinatura (salvo no caso de ata de assembleia de sócio na sociedade ilimitada, que deve ser encaminhada no prazo de 20 dias – CC, art. 1075, § 2º)
Se realizado em 30 dias, retroage à data do documento. Caso o contrário, constitui-se a partir do ato de registro realizado.
3 dias úteis para a tramitação dos registros (atos simples e atos de secretaria)
10 atos complexos (ATOS DOS VOGAIS)
Recursos
Atos relativos à Sociedade Anônima
Fusões 
Incorporações
Vícios formais sanáveis - prazo de 30 dias para que o interessado corrija o ato, sendo o processo colocado em exigência (ex.: sede)
Vícios formais insanáveis: arquivamento indeferido (ex.: objeto ilícito)
“A matrícula, o arquivamento e a autenticação de atos pela Junta Comercial submetem-se a dois regimes distintos: de um lado, o regime de decisão colegiada; de outro, o dedecisão singular. Trata-se de um sistema desburocratizante, implantado, com outras denominações (regime ordinário e sumário, respectivamente), no então registro do comércio, em 1981.” ULHÔA
“O regime de decisão colegiada é reservado para a tramitação de atos de maior complexidade, enquanto o de decisão singular se observa no registro dos menos complexos. Em termos precisos, submete-se à decisão colegiada das Turmas o arquivamento de atos relacionados às sociedades anônimas, consórcios e grupos de sociedade, bem como os pertinentes às operações de transformação, incorporação, fusão e cisão (lei n. 8.934/94, art. 41, I). Submete-se, por outro lado, à decisão colegiada em Plenário o julgamento de recursos administrativos interpostos contra atos praticados pelos demais órgão da junta (Lei n. 8.934/94, arts. 19 e 41, II).” ULHÔA
Lei de registro de empresa.
Empresário leva mais de 2 anos sem arquivar nenhum ato poderá a junta cancelar o registro da empresa (PJ).
Empresário sem registro: Limita-se a sua atividade. Não há sanções para empresário não registrado. Contudo, há muitos empecilhos. Sem registro, os participantes responderão pelos seus patrimônios.
DO DEVER GERAL DE MANTER A INSCRIÇÃO REGULAR
FUNÇÕES DA ESCRITURAÇÃO
 Para atender o interesse do próprio comerciante; Função documental; Não atende apenas a necessidade do exercente, mas também a de terceiros; para o Estado impor/taxar impostos. Função fiscal.
 DO PRINCÍPIO DA SIGILOSIDADE DOS LIVROS
 Os livros são sigilosos. Exceção: 1. Exame – procedimento administrativo; 2. Exibição de livros (total, parcial, livro x livro)
DO EXAME E DA EXIBIÇÃO DE LIVROS: 
ESPÉCIES DE LIVROS
OBRIGATÓRIOS: Se o cidadão não possuir, sofrerá sanção
FACULTATIVOS: Livro auxiliar. 
DIÁRIO – livro de escrituração completa. Sistema de partidas dobradas. Escrituração científica.
BALANÇO. Ordinário: resumo de fácil leitura e entendimento arquivado na junta. Obrigatório: Se levanta para situações peculiares da pessoa jurídica. Especial: atualidades do balanço ordinário para finalidade específica.
LIVRO MEMORIAL: Livro que traduz um fato. Ex: Inspeção do Trabalho.
Se emitir duplicatas, deverá possuir livro para anotações.
DOS REQUISITOS DA ESCRITURAÇÃO
Intrínsecos: Deve ser escrito em vernáculo, sem borrões etc.
Extrínsecos: Termo de abertura, autenticação na junta, termo de encerramento.
DO PROCEDIMENTO LEGAL PARA O CASO DA PERDA OU EXTRAVIO DE LIVROS
Publica-se em jornal de grande circulação sobre o extravio; encaminha a publicação à junta em 48h, para a restauração.
DOS COLORÁRIOS DO DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO GERAL EM COMENTO Possibilidade de sofrer investigação do fisco. Sem livros, o empresário torna-se irregular. Não consegue contrair empréstimos, benefícios etc.
DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
CONCEITO
NATUREZA JURÍDICA
ELEMENTOS INTEGRANTES DO ESTABELECIMENTOS
O FUNDO DE EMPRESA E O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. CONCEITOS DISTINTOS.
O PONTO EMPRESARIAL
Conjunto de bens úteis e indispensáveis para exercer a atividade econômica.
Pode ser composto por elementos corpóreos (cadeira, mesa, etc) e incorpóreos (marca, nome, invenção).
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL = BENS CORPÓREOS + BENS INCORPÓREOS + FUNDO DE EMPRESA (FUNDO DE COMÉRCIO)
FUNDO DE EMPRESA = SOBREVALOR QUE SE AGREGA À ESTA ORGANIZAÇÃO. VALOR QUE SE AGREGA AO VALOR DA EMPRESA EM DECORRÊNCIA DA ATIVIDADE DO EMPRESÁRIO.
PONTO EMPRESARIAL
PONTO EMPRESARIAL 
Conceito: é o lugar onde se estabelece o empresário. Lugar onde se encontra o conjunto de bens para a execução da atividade empresarial.
Importância direta no destino do exercício da atividade econômica.
DO DIREITO DE INERÊNCIA AO PONTO
Direito que o empresário constrói no tempo. Direito de permanecer no lugar (empresário-inquilino). Lei n. 8.245/91.
DA LOCAÇÃO EMPRESARIAL
REQUISITOS
Contrato escrito com prazo determinado. Empresário deverá ter contrato de 5 anos ininterruptos.
DA AÇÃO RENOVATÓRIA DE ALUGUEL: Renovação compulsória do contrato de locação. Prazo decadencial (1º semestre do último ano).
DA EXCEÇÃO DE RETOMADA: Argumentos de defesa do proprietário. Uso próprio; destinar o imóvel a ascendente, descendente etc; para estabelecer sua atividade comercial no imóvel 
DO DIREITO À INDENIZAÇÃO PELA PERDA DO PONTO
DA SUCESSÃO EMPRESARIAL
DA MUDANÇA DE TITULARIDADE QUE DÁ ENSEJO À SUCESSÃO
DO TRESPASSE: Nome do contrato de compra e venda do estabelecimento comercial.
DO PRINCÍPIO DA NÃO SUBROGAÇÃO DO PASSIVO: Transações anteriores ao advento do Código Civil de 2002.
PRINCÍPIO DA SUBROGAÇÃO DO PASSIVO A PARTIR DA VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 2002.
FORMALIDADES CONDICIONANTES DE VALIDEZ JURÍDICA DO TRESPASSE: Deve ser levado a registro na junta comercial e será publicado no DOE. Durante 1 ano o alienante fica responsável solidariamente pelo passivo.
D AUSÊNCIA DO LOCADOR E O DIREITO A LUVAS: Participação no valor da compra e venda do estabelecimento.
DA CLÁUSULA DE NÃO RESTABELECIMENTO NO TRESPASSE: Cláusula obrigatória (obrigação de não fazer; não restabelecer).
DIREITO IMATERIAL
DO DIREITO IMATERIAL 
Sub-ramo do direito de empresa.
Do direito autoral (protege a concepção- criação, e a forma de criação) x Do direito industrial (registro ou carta patente – ato administrativo; protege a ideia da criação)
DO DIREITO INDUSTRIAL. CONCEITO. BREVE HISTÓRICO.
DOS BENS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
DA INVENÇÃO (Algo absolutamente novo)
Do modelo de utilidade (pequena invenção, representa aperfeiçoamento de invenção.
Do desenho industrial (representa uma preocupação com o formato das coisas)
Da marca (sinal visual, direto ou indireto – ISO, TOP OF MIND, de produtos ou serviços, podendo ser: nominativa; figurativa; mista)
DOS REQUISITOS
DA PATENTEABILIDADE
NOVIDADE
ATIVIDADE INVENTIVA
INDUSTRIABILIDADE
DESIMPENDIMENTO – Requisito externo
DA REGISTRABILIDADE
DO DESENHO INDUSTRIAL
NOVIDADE
ORIGINALIDADE
D
ESIMPEDIMENTO
DA MARCA
NOVIDADE RELATIVA: Não precisa que o criador, pela primeira vez, crie o nome.
NÃO-COLIDÊNCIA COM MARCA NOTÓRIA
DESIMPEDIMENTO (princípio da especificidade)
DO PROCEDIMENTO
INPJ (Instituto Nacional de Propriedade Industrial Sistema de tramitação e apuração de requisitos.

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