Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

NUBIA SILVA GOMES – T2 1 
 
1 DIURÉTICOS 
DIURÉTICOS 
O que diuréticos fazem? 
Reduzem o volume sanguíneo, reduzindo a 
resistência periférica vascular e aumenta o 
volume de urina. 
5 classes de medicamentos diuréticos: 
• Inibidores da anidrase carbônica – túbulo 
contorcido proximal. 
• Diuréticos osmóticos – atuam no néfron todo 
• Diuréticos de alça – atuam na alça de Henle. 
• Tiazídicos – atuam no túbulo contorcido 
distal. 
• Poupadores de Potássio – atuam bem no final 
do túbulo contorcido. 
 Quem tem arritmia não pode tomar algumas 
classes de antidiuréticos, podendo provocar 
arritmia. 
1- Inibidores da anidrase carbônica 
Atuam no túbulo contorcido proximal – 
acetozolamida, diclorfenamida, 
metazolamida. 
Anidrase carbônica está presente tanto na 
superfície das células tubulares e no 
citoplasma. 
Função da anidrase carbônica: Ela catalisa a 
conversão entre dióxido de carbono (CO₂) e 
água (H₂O), formando ácido carbônico 
(H₂CO₃), e também pode realizar a reação 
reversa. 
• H₂O + CO₂ ⇌ H₂CO₃ (reação direta) 
• H₂CO₃ ⇌ H₂O + CO₂ (reação reversa) 
 
 
Perceba que a ação ocorre tanto no lúmen quanto no citoplasma. 
Como funciona a reabsorção do sódio? 
A reabsorção de sódio (Na⁺) nos túbulos 
renais começa quando o NaHCO₃ 
(bicarbonato de sódio) é filtrado para o lúmen 
tubular. No lúmen, o bicarbonato se dissocia 
em Na⁺ e HCO₃⁻. Para evitar a perda de sódio 
na urina, o Na⁺ precisa ser reabsorvido de volta 
para o sangue, e isso ocorre por meio de um 
processo ativo de troca iônica. 
No túbulo contorcido proximal, a proteína 
antiporter nas células tubulares desempenha 
um papel crucial nesse processo. Ela troca Na⁺ 
(que entra na célula a partir do lúmen) por H⁺ 
(hidrogênio), que é secretado para o lúmen. 
Esse mecanismo permite que o sódio seja 
reabsorvido de volta para a corrente sanguínea 
enquanto o hidrogênio é eliminado para regular 
o pH. 
Por fim, a ação da anidrase carbônica dentro 
das células tubulares contribui para esse 
processo, convertendo CO₂ e H₂O em ácido 
carbônico (H₂CO₃), que se dissocia em H⁺ e 
HCO₃⁻. O H⁺ é então secretado para o lúmen, e 
o Na⁺ é reabsorvido. 
O que os inibidores de anidrase carbônica 
fazem? 
Se chega sódio no sangue, também chega 
água. Aumenta volume sanguíneo e pressão 
 
NUBIA SILVA GOMES – T2 2 
 
2 DIURÉTICOS 
arterial. Para controlar, deve reduzir essa 
reabsorção de sódio, logo: 
Inibidores da anidrase carbônica vai inibir a 
anidrase do lúmen e do citoplasma, assim não 
vai ter H+ dentro da célula para fazer a troca 
com o sódio e permitir a reabsorção. 
Consequentemente, se o sódio fica no lúmen, 
a água fica no lúmen, aumenta o volume de 
urina e não reabsorve água, não aumenta a PA. 
Também não vai ter bicarbonato, o sangue fica 
com PH alterado, pode ocorrer uma acidose.E 
consequentemente a alcalinização da urina. 
USOS: edema, pacientes com alcalose 
metabólica, glaucoma, não é o mais indicado 
para hipertensão (efeito diurético é fraco, eles 
podem causar distúrbios ácido-base e 
eletrolíticos, e existem opções mais eficazes e 
seguras para controlar a pressão arterial) 
Contraindicação: pacientes portadores de 
problemas que gerem uma acidose 
metabólica, principalmente: DPOC e 
problemas hepáticos. 
Diuréticos osmóticos – manitol (EV), 
glicerina (VO), ureia (EV). 
Ação principal no túbulo contorcido 
proximal, mas atua em todo o néfron, logo é 
inespecífico! 
Também não são muito utilizados para 
controle de hipertensão, são mais utilizados 
por exemplo: 
- Colonoscopia, utiliza manitol- via 
endovenosa (devido ao seu efeito osmótico, 
que atrai água para o intestino, ajudando a 
amolecer e eliminar as fezes, promovendo uma 
limpeza intestinal eficaz). Por isso ingere 
manitol por via oral, assim ele não chega no 
sangue e fica preso no trato gastrointestinal. 
 
Após utilizar os diuréticos osmóticos, essas 
substâncias são filtradas e param nos túbulos, 
só que eles não são absorvidos, ficam 
concentrados nessa região e assim por 
osmose, a água vai sair do vaso sanguíneo, 
aumentando o volume de urina. 
Então resumindo, o acúmulo de diuréticos 
osmóticos, aumenta a pressão osmótica nos 
túbulos, aumenta o recrutamento de água nos 
tecidos para o túbulo renal e aumenta o 
volume de urina. SIMPLES. 
Usos: 
• Insuficiência renal aguda 
• Crise aguda de glaucoma 
• Edema cerebral 
• Desequilíbrio eletrolítico – Hemodiálise 
Cuidados: 
• Altas doses: Altera osmolaridade do 
plasma 
• Comprometimento da reabsorção de 
íons 
• Uso oral: efeito laxante 
Diuréticos de alça – furosemida (presente 
em fórmulas emagrecedoras), piratenida, 
ácido etácrino. 
Ação na porção espessa ascendente da alça 
de Henle. 
Por que não na parte descendente? Porque 
nela a maior absorção é de água e na 
ascendente tem água e sódio. 
Indicados para hipertensão, quando 
associados a outros anti-hipertensivos. 
O que fazem? Bloquear a proteína simporter de 
Na+, K+ e 2 Cl-. Acumula no lúmen, aumenta 
volume da urina. 
 
NUBIA SILVA GOMES – T2 3 
 
3 DIURÉTICOS 
Promove a maior natriurese entre os diuréticos 
(perda de sódio na urina). 
Usos: 
• Alteração da função renal, 
• ICC, 
• Edema de pulmão, 
• Hipercalemia, 
• Ascite, 
• Hipertensão arterial sistêmica. 
Cuidados: 
• Hipocalemia - arritmias cardíacas, 
• Gota (uso crônico - aumento a absorção de 
ácido úrico). 
• Uso associado entre digoxina e furosemida – 
aumenta o risco de hipocalemia. 
Diuréticos – Tiazídicos 
Atuam no túbulo contorcido distal. 
Ex: Hidroclorotizaida, clortalidona, idapamida. 
*Inibem a proteína de transporte simporte de 
Na+ e 2Cl-. 
Lembrar que o que acontece no rim é o seguinte: 
• Para o sódio (Na⁺) ser reabsorvido de volta para o 
sangue, o potássio (K⁺) precisa ser secretado para o 
lúmen tubular (a parte da urina que está sendo 
formada). 
• Da mesma forma, quando o cloreto (Cl⁻) entra na 
célula tubular, o potássio também precisa ser 
excretado para o lúmen, para manter o equilíbrio de 
íons no corpo. 
Promove a maior natriurese e hipocalcemia 
moderada. 
Usos: 
• Alteração da função renal, 
• ICC, 
• Hipertensão arterial sistêmica. 
Cuidados: 
• AINEs reduzem o seu efeito (porque 
consegue ser eliminado mais facilmente na 
urina); 
• Reduz efeito da insulina e anticoagulantes 
(porque compartilham proteínas de 
transporte); 
• Gota (uso crônico - aumento a absorção de 
ácido úrico). 
• Reabsorção ativa de Ca2+ - controlado por 
PTH. * Pessoas com osteoporose, cuidado. 
Diuréticos poupadores de potássio - 
amilorida e espirolactona. 
- Alteram o número de receptores de sódio 
no ducto coletor, promovendo natriurese de 
pequena intensidade e reduzindo a excreção 
de potássio). 
Essa região do túbulo coletor possui canais 
para que o sódio que não foi absorvido ao 
longo do trajeto entre. 
- Indicação: pacientes vulneráveis à 
hipocalemia. 
Espirolactona: 
• Antagonista a aldosterona; 
• Análogo do hormônio aldosterona; 
• ALDOESTERONA – regula expressão de 
moléculas como: ATP sintase e 
proteínas de canais de Na+; 
• Efeitos colaterais associados à 
hormônios. 
Amilorida/ triantereno: 
• Reduz número de canais de Na+ no 
ducto coletor. 
 
NUBIA SILVA GOMES – T2 4 
 
4 DIURÉTICOS 
Esquemas de tratamentos para hipertensão: 
 
Memorizar esses fármacos: 
Inibidores da anidrase carbônica: 
Acetozolamida, diclorfenamida, 
metazolamida. 
Diuréticos osmóticos: Manitol (EV), glicerina 
(VO), ureia (EV). 
Diuréticos de alça: Furosemida, piratenida, 
ácido etácrino. 
Diuréticos tiazídicos: Hidroclorotiazida, 
clortalidona, idapamida. 
Diuréticos poupadores de potássio: Amilorida, 
espironolacton.

Mais conteúdos dessa disciplina