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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
AGATHA TEIXEIRA DOS SANTOS 
20181105187 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIME ESPÉCIE I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABO FRIO 
2020 
 
 
 
 Art. 123 Código Penal – Cabe concurso de agentes? 
 
 O crime de infanticídio descrito pelo artigo 123, refere à mãe sob o estado puerperal que 
mata o nascituro durante ou após do parto: 
“Artigo 123. Matar, sob a influência do 
estado puerperal, o próprio filho, 
durante o parto ou logo após: 
Pena – detenção, de 2 a 6 anos.” 
 
 É um crime próprio admitindo somente que no polo ativo a mãe, se tratando de matar “o 
próprio filho”, porém admitindo coparticipação. É unissubjetivo, pois não é necessário mais 
de um agente para a prática do crime, porém admite concurso eventual de pessoas. 
 O concurso de agentes é definido por, em sua teoria dualista, quando houver mais de um 
agente, com diversidades de conduta, desde que provocando o mesmo resultado ou possua a 
intenção de que seja provocado, deve separar os coautores e partícipes, sendo que cada um 
responderá pelo próprio delito, ou seja, como ao crime estabelecido pelo artigo resume-se 
apenas à mãe, aquele que se configurarem como partes do crime, responderiam cada um pela 
sua culpabilidade, por ser o “próprio filho” elementar do crime. Porém a teoria adota é a 
Unitária ou Monista, onde pela qual existe unicidade de crime e pluralidade de agentes e o 
código penal impede a imputação de crimes diversos aos concorrentes. Todos responderão 
pelo crime de infanticídio. 
 Como dispõe o dispositivo da lei sobre concurso de agentes em seu Art. 30 do Código 
Penal: 
“Artigo 30: não se comunicam as circunstâncias 
e as condições de caráter pessoal, 
salvo quando elementares do crime 
 (são consideradas individualmente).” 
E trata-se de uma característica própria do crime, os coautores e partícipes responderão pelo 
infanticídio, pois em tese também está sob o estado puerperal. Como por exemplo: Poderia a 
mãe matar seu filho com a ajuda de um participante, ou uma pessoa matar o filho por 
vontade da própria mãe em estado puerperal. Neste caso, se configura duas teses também 
apresentada por Silva (2011, p. 40), como resultante dessa omissão do legislador emergiram 
três teses que visam solucionar a problemática que sugere quando “a mãe e o terceiro 
realizam a conduta do núcleo do tipo penal quais sejam: matar; a mãe mata o recém-nascido 
havendo a participação acessória do terceiro; o terceiro mata a criança com a participação 
acessória da mãe”. 
 No caso em que a mãe mata e o terceiro tem como sua participação acessória, existe uma 
coautoria, pois há a relação dos autores para o fim comum, porém o questionamento é se o 
terceiro responderia pelo crime de infanticídio ou homicídio. Ora, ao ser acessório para o 
crime cometido pela mãe, a vontade da obtenção do resultado é o infanticídio cometido pela 
mãe. O terceiro auxilia para o mesmo fim: a mãe matar seu próprio filho, emprega-se o art. 
30 onde o terceiro passa a estar em estado puerperal, logo eles responderão pelo mesmo 
crime: infanticídio. Já no caso onde a mãe se torna o acessório, a culpabilidade se diferencia, 
pois como elemento subjetivo do crime, ainda que auxiliando para o mesmo fim, a mãe 
responde por infanticídio, e quem matou responde por homicídio. 
 O sujeito único passivo é o nascendo ou nascente. 
 O infanticídio é crime próprio, unissubjetivo, material, de forma livre, comissivo, 
instantâneo de efeitos permanentes, de dano, progressivo, plurissubsistente e simples. 
 Para se considerar infanticídio, a agente tem que ter agido com dolo, seja direito ou 
eventual: 
• Dolo direto: o agente, sob a influência do estado puerperal, agindo durante ou logo 
após o parto, quer a produção do resultado morte. 
• Dolo eventual: com a sua conduta anterior o agente assume o risco da produção do 
resultado morte. 
Não existe forma culposa por ausência de previsão legal. 
 O infanticídio, consuma-se pela ocorrência do evento morte. Iniciada a execução, porém 
por vontades alheias a do agente o criem não seja comsumado, será tentado nos termos do 
inciso II do art. 14: 
“Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - tentado, quando, iniciada a execução, 
não se consuma por circunstâncias 
 alheias à vontade do agente. 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)” 
 A doutrina classifica a tentativa em duas espécies: perfeita e imperfeita. 
• Perfeita: embora esgotada a fase executiva, não se verifica a produção do resultado. 
• Imperfeita: iniciada a execução, o agente, por circunstâncias alheias a sua vontade, não 
consegue concluir os atos executivos. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Δ https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/concurso-de-agentes-no-crime-de-infanticidio/ 
Δ https://jus.com.br/artigos/69647/possibilidade-de-caracterizacao-do-concurso-de-pessoas-no-crime-de-
infanticidio 
Δ https://ferciardo.jusbrasil.com.br/artigos/177418981/do-infanticidio-artigo-123-do-codigo-penal 
Δ https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/352/Concurso-de-pessoas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/concurso-de-agentes-no-crime-de-infanticidio/
https://jus.com.br/artigos/69647/possibilidade-de-caracterizacao-do-concurso-de-pessoas-no-crime-de-infanticidio
https://jus.com.br/artigos/69647/possibilidade-de-caracterizacao-do-concurso-de-pessoas-no-crime-de-infanticidio
https://ferciardo.jusbrasil.com.br/artigos/177418981/do-infanticidio-artigo-123-do-codigo-penal
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/352/Concurso-de-pessoas
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/352/Concurso-de-pessoas

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