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Risco Biológico
Érica Lui Reinhardt, Ph.D.
Agente Biológico
• Ser vivo ou parte de ser vivo com potencial de causar danos à saúde 
humana
– Partes de seres vivos (boa parte considerada agentes químicos)
• Materiais originados em seres vivos: poeiras de plantas, fragmentos e fezes de ácaros, farinha, 
pólen, fragmentos de leveduras e fungos (mofo ou bolor), leite em pó, alimentos
• Materiais oriundos de seres vivos contendo toxinas: toxina botulínica, aflatoxinas
• Príons: “infecção”
– Ser vivo: microrganismos e parasitas
• Ser vivo infectante ≠ patógeno
– comensais excluídos
• Pessoas suscetíveis
Infecção, Doença e outros Conceitos
• Infecção: invasão de tecidos corporais de um hospedeiro por outro 
organismo vivo com consequências variadas, normalmente nocivas ao 
hospedeiro; inclui infestação por parasitas multicelulares (artrópodes e 
vermes, p.ex.)
– infecção ≠ doença
• Doença: desfecho clínico dos prejuízos ao hospedeiro que fica evidente 
após um determinado limite de danos ser ultrapassado
– sinais e sintomas detectáveis (visíveis) ou mensuráveis
Fonte: Casadevall e Pirofski 2003. Nature Reviews Microbiology 1 (1): 17-24
Infecção, Doença e outros Conceitos
• Patogenicidade: capacidade de um agente biológico infeccioso de causar dano ou 
prejuízo em um hospedeiro suscetível
– a patogenicidade pode dar-se inteiramente devido à resposta imunológica (ou à falta dela)
• Virulência: capacidade relativa de um agente biológico infeccioso de causar dano ou 
prejuízo em um hospedeiro suscetível; grau de patogenicidade de um agente biológico 
infeccioso
• Interação agente-hospedeiro: um agente só é patogênico dentro de um hospedeiro e a 
virulência é o grau com que essa patogenicidade se expressa, de zero (comensalismo) 
até o grau máximo (morte)
– reflexo das ações do agente e do sistema imunológico: o sistema imunológico não distingue 
entre patógenos e comensais, apenas controla o crescimento e a invasão dos comensais de 
forma a não haver patogenicidade
Fontes: NR 32; Casadevall e Pirofski 2003. Nature Reviews Microbiology 1 (1): 17-24
Patogenicidade e Virulência
• Patogenicidade
– Capacidade de um microrganismo causar dano em um hospedeiro suscetível
• qualitativo: sim ou não
• Virulência
– Capacidade relativa de um microrganismo de causar dano a um hospedeiro 
suscetível
• quantitativo: grau de dano
– Aumento na mortalidade do hospedeiro como resultado do dano causado pelo 
microrganismo
Microbioma Humano
Desfechos de uma Infecção
Fonte: Modificado de Pirofski e Casadevall 2002. Lancet Infect Dis 2(10):628–35
Infecção
Eliminação 
Contato do 
agente com 
a porta de 
entrada do 
hospedeiro
(exposição)
Colonização
Tempo
D
a
n
o
Latência
Tempo
D
a
n
o
Doença
Tempo
D
a
n
o
Comensalismo
Tempo
D
a
n
o
Danos: mínimos 
até morte
Infecção ≠ Dano ou Doença
• Infecção: aquisição de um microrganismo
• Dano
– Latência: resultado de uma infecção em que há dano ao hospedeiro que não leva 
a uma doença clínica
– Doença: estado de uma infecção onde há dano ao hospedeiro como resultado da 
interação microrganismo-hospedeiro e que é suficiente para perturbar a 
homeostase ao ponto em que o dano aos tecidos resulta em destruição destes ou 
em sintomas clínicos manifestos
• sintomática ou assintomática
Fonte: Pirofski LA, Casadevall A. The meaning of microbial exposure, infection, colonisation, and disease in clinical 
practice. Lancet Infect Dis 2002; 2:628–35
Interação Agente-Hospedeiro
Fonte: Modificado de Casadevall e Pirofski 2003. Nature Reviews Microbiology 1 (1): 17-24
Efeitos 
causados 
pelo agente
Efeitos 
causados pelo 
sistema 
imunológico
Fatores para a Suscetibilidade
• Microbioma: microbioma adequado protege contra infecções
• Imunidade: sistema imunológico funcionando adequadamente também protege
• Sexo: um ou outro sexo pode ser mais vulnerável
• Temperatura: quanto mais alta, menos vulnerável (febre)
– partes do corpo com temperatura menor mais vulneráveis; p.ex., dermatófitos na 
pele
• Ambiente: clima, aglomeração, higiene, toxinas ambientais
– de forma ampla, como p.ex. onde as pessoas moram, se o ambiente é poluído
• Idade: algumas com alta mortalidade nos extremos de idade; outras mais 
comuns em pessoas jovens e saudáveis
• Acaso: ocorrência de acidentes
Fonte: Casadevall e Pirofski 2018. Infection and Immunity 86 (2): e00636-17
Fatores para a Suscetibilidade
• História: quais infecções prévias o indivíduo já teve, com quais respostas, 
podendo afetar positiva ou negativamente; e quais vacinas ele tomou
• Inóculo (“dose”): quanto maior, pior
– hipótese: vacina não impediria a infecção, mas levaria a uma resposta 
imunológica que tornaria o inóculo insuficiente para causar doença quando da 
infecção
• Nutrição: nutrição adequada é protetora
• Genética
Fonte: Casadevall e Pirofski 2018. Infection and Immunity 86 (2): e00636-17
Exemplo com a covid-19 no HC/SP
• Trabalhadores assintomáticos ou com poucos sintomas
• Trabalhadores da limpeza/segurança tinham uma chance 10 vezes 
maior que os médicos de terem se infectado com a covid-19
• Fatores associados à infecção
– distância da casa ao trabalho
– uso de transporte público
– morar em comunidades pobres
– número de pessoas na residência não estava associado
• Trabalhadores teriam se infectado predominantemente fora do ambiente 
de trabalho
Fonte: Costa et al 2021. Clin Infect Dis. 73(5):e1214-e1218, doi: 10.1093/cid/ciaa1845
Agente Biológico para o Trabalhador
• Patógeno: ser vivo ou parte de ser vivo que causa danos à saúde do 
trabalhador
– Necessariamente com dano ou doença associados
• Tipos de danos:
– Danos decorrentes de infecções
• Doença infecciosa: tuberculose (micobactérias)
• Parasitoses: esquistossomose (esquistossomo)
• Intoxicação: toxina botulínica (após infecção pelo Clostridium botulinum)
• Doenças autoimunes: estreptococo do grupo A 
• Carcinogênicos: HPV, vírus das hepatites B e C
• Teratogênicos: rubéola
– Reações de hipersensibilidade (especialmente alergias) ou doenças inflamatórias
– Intoxicações: venenos de cobras (o agente biológico é o veneno)
Reações de Hipersensibilidade ou Doenças Inflamatórias
• Rinite alérgica e asma: poeiras e algodão, linho, cânhamo ou sisal; 
enzimas; proteínas animais em aerossóis; cereais, farinhas, serragem
• Doenças pulmonares obstrutivas crônicas: poeiras e algodão, linho, 
cânhamo ou sisal
• Bissinose: poeiras de fibras orgânicas, como algodão, linho, cânhamo ou 
sisal
• Pneumonite por hipersensibilidade à poeira orgânica: doença alérgica
– antígenos fúngicos, bacterianos e proteicos de feno, palha, grãos mofados; cana 
mofada; excrementos e penas de aves; cortiça; malte; cogumelos; sistemas de 
umidificação e condicionamento do ar; microrganismos e parasitas; toxinas
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
Exemplos de Agentes Biológicos Infecciosos
Salmonella
enteritidis
Aspergillus sp.
Vírus HIV
Piolhos
Leishmania sp.
Ascaris sp.
Distribuição em Fontes de Exposição 
Potenciais
Parasitas obrigatórios Oportunistas ou parasitas facultativos
Especializados em seres 
humanos
− Plasmodium falciparum
− HIV
− Vírus influenza (A, B, C)
− Mycobacterium tuberculosis
− SARS-CoV-2
Oportunistas comensais
− Staphylococcus aureus
− Enterococcus faecalis
− Haemophillus influenza
− Streptococcus pneumoniae
Não especializados em 
seres humanos 
(generalistas)
Zoonoses 
− Borrelia burgdorferi
− Vírus da raiva
− Salmonella spp.
− Bartonella henselae
Oportunistas ambientais
− Pseudomonas aeruginosa
− Burkholderia cepacia
− Rhodococcus equi
− Mycobacterium marinum
− Vibrio vulnificus
Fonte: Modificado de Brown et al. Trends in Microbiology 2012; 20(7):336-342
Virulência: Dano após Exposição 
• Gravidade do dano é definida em função da relação do patógeno 
com o organismo
– não é inerenteao microrganismo (patógeno)
– proporcional à vulnerabilidade ou fragilidade da pessoa infectada
– estritos: causam dano na maior parte dos expostos ou infectados
• normalmente de transmissão pessoa-a-pessoa, a partir de animais ou por vetores
• mecanismos de transmissão
– oportunistas: causam dano em uma fração menor dos expostos ou 
infectados
• expostos mais vulneráveis
• fontes ambientais, microrganismos comensais ou colonizadores
Características de Agentes Infecciosos
• Desfecho da infecção muitas vezes indeterminado
– dependente do estado geral de saúde e do sistema imunológico da pessoa
– para o mesmo agente é possível haver desde nenhum dano até a morte: agente 
nocivo à saúde?
– portadores saudáveis que ajudam a espalhar o agente infeccioso
– patógenos obrigatórios: ocupacional
– patógenos facultativos (comensais e oportunistas): não ocupacional
Agentes Infecciosos em Ambientes de Trabalho
• Amplamente disseminados e sem clara distinção entre fontes de exposição 
(principalmente pessoas) e ambientes comuns e de trabalho
– trabalho não determina a possibilidade de exposição (absoluto), mas a 
probabilidade de exposição (relativo)
– nexo causal dificultado
– origem natural e não antropogênica
• Capacidade de multiplicação dos agentes após exposição e doses realmente 
baixas
– inviabilidade de limites e tempo de exposição
Classificação de Schilling
• GRUPO I: doenças em que o trabalho é causa necessária, tipificadas pelas 
doenças profissionais, stricto sensu, e pelas intoxicações agudas de origem 
ocupacional.
• GRUPO II: doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, 
mas não necessário, exemplificadas pelas doenças comuns, mais frequentes ou 
mais precoces em determinados grupos ocupacionais e para as quais o nexo 
causal é de natureza eminentemente epidemiológica. Exemplos: hipertensão 
arterial, cânceres e doenças infecciosas em determinados grupos ocupacionais 
ou profissões.
• GRUPO III: doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, 
ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa, 
tipificadas pelas doenças alérgicas de pele e respiratórias e pelos distúrbios 
mentais, em determinados grupos ocupacionais ou profissões.
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
Transmissão de Doença Infecciosa Ocupacional
• Transmissão ≠ Contaminação
• Transmissão: transferência de um agente infeccioso (ou patógeno) de um 
reservatório ou fonte de exposição para um hospedeiro suscetível
– patógenos estritos: contato com pessoas, animais, vetores ou em acidentes
– SST: transmissão de doenças para as quais a maioria dos trabalhadores 
apresenta suscetibilidade
• exemplo: gripe
– Doenças de outros grupos não trabalhadores: objeto principalmente da vigilância 
sanitária ou epidemiológica
• Exemplo: algumas doenças causadas por bactérias resistentes a antibióticos, como Klebsiella
pneumoniae carbapenemase
Classificação dos Agentes Infecciosos
Classe de risco Risco para pessoas no 
geral
Risco para o 
trabalhador
Risco para a 
coletividade
Profilaxia ou tratamento
1 baixo baixo baixo não se aplica
2 moderado (++) moderado (+) baixo existem
3 elevado (+++) elevado (++) moderado para alguns
4 elevado (++++) elevado (++++) elevado não existem ainda
Observações:
1. Há oportunistas nas classes 2 e 3, fazendo com que alguns microrganismos sejam de fato patogênicos para a 
população em geral mas não para trabalhadores.
2. O grau de dano (virulência) dos microrganismos geralmente será maior para a população em geral que para os 
trabalhadores (efeito do trabalhador saudável)
3. No risco para o trabalhador importam especialmente a patogenicidade e a virulência; no risco à coletividade, o 
risco de disseminação.
Classificação dos Agentes Infecciosos
• Classificações existentes são voltadas à saúde pública
• Pode-se adaptar da seguinte forma:
– Classe 1: risco individual quase inexistente
– Classes 2 e 3: risco individual variando de baixo a alto
• analisar caso a caso, considerando patogenicidade, virulência e possibilidade de deixar 
sequelas
– parasitas obrigatórios ou oportunistas
• mais perigosos a população em geral que para trabalhadores
– Classe 4: risco individual e coletivo muito altos
• tratar como situação emergencial, com medidas rápidas e imediatas, como se fosse uma 
atmosfera IPVS
Agentes para o PGR
• Planilha disponibilizada no material didático
– Doenças relacionadas ao trabalho: Portaria GM/MS nº 1.999, de 27 de 
novembro de 2023
– Doenças de notificação compulsória: Portaria GM/MS nº 2.010, de 27 de 
novembro de 2023
– Lista nacional das doenças e agravos a serem monitoradas: Portaria nº 205, de 
17 de fevereiro de 2016
– Lista de doenças animais de notificação obrigatória em território brasileiro do 
MAPA: IN nº 50, de 24 de setembro de 2013
– Outras doenças infecciosas associadas ao trabalho
– Classificação de risco dos agentes biológicos do Ministério da Saúde
Trabalhadores sob Risco Potencial
• Trabalhos com animais
– Veterinários, trabalhadores da agropecuária, tratadores de animais, 
trabalhadores de biotérios, pesquisadores
• Trabalhos com produtos animais
– Veterinários, trabalhadores da agropecuária, tratadores de animais, 
trabalhadores de biotérios, pesquisadores, trabalhadores de frigoríficos e 
abatedouros, açougueiros, transporte de produtos animais, indústria alimentícia
• Trabalhos com risco de picadas por vetores
– Trabalhadores da agropecuária, jardineiros, trabalhadores da produção florestal 
e semelhantes, construção civil (manutenção de estradas), controle de pragas e 
vetores
Fontes: https://www.haz-map.com/infect.htm; http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_ trabalho1.pdf
https://www.haz-map.com/infect.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
Trabalhadores sob Risco Potencial
• Trabalhos em contato com dejetos humanos ou animais
– Trabalhadores de creches, veterinários, trabalhadores da agropecuária, 
tratadores de animais, trabalhadores de biotérios, construção civil, tratamento de 
esgoto, indústria alimentícia
• Trabalhos em contato com pacientes ou sangue
– Profissionais da saúde, embalsamadores
• Trabalhos com risco de acidentes (tétano)
– Trabalhadores da construção civil, trabalhadores da agropecuária, mineração, 
saneamento e coleta de lixo
Fontes: https://www.haz-map.com/infect.htm; http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_ trabalho1.pdf
https://www.haz-map.com/infect.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
Trabalhadores sob Risco Potencial
• Trabalhos em contato com poeira contaminada
– Trabalhadores da limpeza e da construção civil, estivadores, trabalhadores da 
agropecuária, jardineiros, controle de pragas e vetores, manutenção e demolição
• Trabalhos em contato com água ou em umidade elevada
– Trabalhadores de cozinhas, ginásios e piscinas, trabalhadores da limpeza, 
lavadeiras
Fontes: https://www.haz-map.com/infect.htm; http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_ trabalho1.pdf
https://www.haz-map.com/infect.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
Trabalhadores sob Risco Potencial
• Acréscimo de mais trabalhadores: publicação de Acke et al em 2022 na 
OEM 79 (1): 63-71 
– trabalhadores de bar, barbeiros, da construção, cobradores, trabalhadores da 
engenharia civil, bombeiros, trabalhadores de hotéis, manicures, trabalhadores da 
indústria da mineração, trabalhadores de escritório, policiais, motoristas de táxi 
ou ônibus, comissários de bordo, vendedores de lojas, assistentes sociais, técnicos, 
trabalhadores de televisão
• Em suma, é difícil dizer que trabalhadores não estariam em risco
Vias de Transmissão ou Exposição
Fonte: Modificado de http://sitn.hms.harvard.edu/flash/special-edition-on-infectious-disease/2014/an-introduction-to-infectious-disease/
A. A partir do Ambiente
Fontes de exposição abióticas
● Ar, vento
● Água
● Superfícies, 
solo
● Objetos 
diversos
● Alimentos
B. Por Vetores − Mosquitos, pulgas
C
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sm
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 P
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a-
a-
Pe
ss
o
a
Contato
Direto
Contato
Indireto
“Gotículas”
Aérea
Oral-Fecal
● Patógeno sobrevive 
melhor dentro do organismo
● Ebola, vírus do herpes, HIV
● Patógeno sobrevive fora 
● Isolamento de fontes 
externas
● Influenza, HBV, HIV
● Patógeno nas “gotículas”, 
mas não sobrevive muito (?)
● Ebola, Bordetella pertussis
● Patógeno sobrevive nos aerossóis e 
chega longe
● Influenza, M. tuberculosis, SARS-CoV-2
● Água ou alimentos contaminados
● Cólera, norovírus, Shigella sp.
Normalmente 
ocorre 
colonização
http://sitn.hms.harvard.edu/flash/special-edition-on-infectious-disease/2014/an-introduction-to-infectious-disease/
http://sitn.hms.harvard.edu/flash/special-edition-on-infectious-disease/2014/an-introduction-to-infectious-disease/
Gotículas ou Aérea?
• Transmissão por “gotículas”
– gotículas (sólido + líquido) com mais de 5 µm de diâmetro que se depositam diretamente nas 
mucosas de olhos, nariz e boca ou indiretamente via veículos ou fômites
• Transmissão aérea ou por aerossóis
– aerossóis (sólido: núcleos de gotículas ou gotículas evaporadas) com menos de 5 µm de 
diâmetro que permanecem suspensos no ar e alcançam grandes distâncias e são inalados, 
depositando-se nas vias aéreas superiores ou inferiores
• Mas,
– diâmetro arbitrário de 5-10 µm para diferenciar as duas vias não foi comprovado
– estudos mostram que gotículas com diâmetro de 50 µm podem ficar suspensas e se deslocar 
por distâncias maiores, além de poderem ser inaladas e se depositar também nas vias aéreas
– raio de alcance é influenciado pela força e pelo volume da exalação, assim como pela 
umidade do ar, temperatura e correntes de ar
Fontes: OMS 2020. Scientific Brief, 09/07/2020 e Wilson et al 2020. doi: 10.1136/bmj.m3206 
https://www.who.int/news-room/commentaries/detail/transmission-of-sars-cov-2-implications-for-infection-prevention-precautions
Transmissão Aérea – Definição Atualizada
• Relevante para muitas doenças, normalmente consideradas como de 
transmissão por gotículas
– transmissão em distâncias curtas
• Inalação de aerossóis contaminados de até 100 µm, principalmente 
dentro de um raio de 1 a 2 metros a partir do indivíduo transmissor, em 
espaços fechados com pouca ou nenhuma troca de ar com o exterior ou 
em aglomerações de pessoas em espaços fechados ou abertos
– portanto, inclui a chamada transmissão por gotículas, desde que elas tenham até 
100 µm
Fonte: Wang et al 2021. https://doi.org/10.1126/science.abd9149
https://doi.org/10.1126/science.abd9149
Exposição e Bloqueio
• Desenvolvimento de doenças infecciosas, por sensibilização ou 
inflamatórias: ocorre quando há exposição
– não deve ocorrer exposição quando as medidas de proteção estão ativas: 
barreiras à exposição, bloqueando as vias de exposição
• medidas de proteção: medidas administrativas, procedimentos, equipamentos de proteção 
coletiva, equipamentos de proteção individual, medidas de precaução
• diferente de agentes químicos, para os quais muitas vezes há alguma exposição, até 
determinado limite
• agente biológico: não é aceitável nenhuma exposição, ela deve ser zero – nem sempre possível
• Medidas de proteção adequadas usualmente reduzem a incidência da 
doença até o nível da população em geral, não eliminam a doença 
totalmente
Principais Fontes de Exposição
• Agentes infecciosos
– pessoas com doença infecciosa manifesta ou inaparente
– mãos potencialmente contaminadas
– animais com doença infecciosa manifesta ou inaparente
– animais sinantrópicos
– ar contaminado a partir de reservatórios humanos, animais ou inanimados
– instrumentos ou materiais perfurocortantes contaminados
– materiais e produtos de origem animal ou vegetal
– material orgânico, inorgânico ou fômite contaminado a partir de reservatórios 
humanos ou animais
– água contaminada a partir de reservatórios humanos, animais ou inanimados
– superfícies contaminadas a partir de reservatórios humanos, animais ou inanimados
Principais Fontes de Exposição
• Agentes sensibilizantes ou inflamatórios
– ar contaminado
– água contaminada
– superfícies e outros suportes inorgânicos úmidos que permitam a multiplicação de 
microrganismos
– material orgânico
– animais, plantas e fungos, inclusive partes ou materiais derivados
Fontes de Exposição – Exemplos
• Presença de pessoas com doenças infecciosas
• Aglomeração de pessoas
• Ambiente fechado com pessoas e ventilação deficiente
• Fonte de água de beber sem tratamento
• Torres de resfriamento
• Paredes cheias de mofo
• Superfícies sujas
• Alimentos de proveniência duvidosa, sem controle
• Acúmulo de lixo
• Ambientes que permitem proliferação de mosquitos, ratos, etc
• Espaços confinados
• Carcaças ou peças de animais doentes ou sem controle
• Acidentes com perfuração ou corte da pele
• Material potencialmente contaminado espirrado num trabalhador
Toxoplasmose em Madeireira de Lages/SC 
• Notícia de 31 de outubro de 2022
– Até o momento já foram confirmados laboratorialmente 19 casos de 
toxoplasmose, com início de sintomas entre o dia 10 de maio e o dia 18 de julho. 
Os sinais e sintomas mais prevalentes foram dor de cabeça, dor no corpo, 
cansaço, tosse, dor nas pernas, fraqueza, dor nas costas e febre.
– (...) coleta de água na fonte de captação que abastece a empresa, que 
apresentou resultado insatisfatório, demonstrando a não potabilidade da água 
para o consumo humano. A partir disso, foi preventivamente interrompido o 
fornecimento de água para consumo humano por meio desta fonte, tendo a 
empresa que providenciar água potável por meio de garrafões de água mineral 
e por meio de caminhões pipa até que seja implantada uma nova forma de 
captação de água potável e de qualidade para consumo humano.
Fonte: https://dive.sc.gov.br/index.php/noticias-todas/488-nota-surto-de-toxoplasmose-em-trabalhadores-de-industria-madeireira-de-lages-sc
https://dive.sc.gov.br/index.php/noticias-todas/488-nota-surto-de-toxoplasmose-em-trabalhadores-de-industria-madeireira-de-lages-sc
Criptococose no CTCE/MT dos Correios
Fonte: https://correiosdobrasilfuncionarios.blogspot.com/2017/03/ambiente-insalubre-com-fezes-de-pombo.html
https://correiosdobrasilfuncionarios.blogspot.com/2017/03/ambiente-insalubre-com-fezes-de-pombo.html
Neuropatia Inflamatória na Indústria da Carne
• 11 casos: trabalhadores realizavam procedimento de extração de 
cérebro de carcaças de porcos com ar comprimido
• polineuropatia desmielinizante inflamatória progressiva
– talvez reação autoimune ao tecido cerebral dos porcos que foi aerossolizado
PGR para Riscos Biológicos
1
• Levantamento preliminar de perigos
• Compilação das fontes de exposição existentes e vias de exposição potenciais
2
• Implantação das medidas de controle: medidas de precaução
3
• Identificação de perigos
• Identificação dos agravos e doenças mais prováveis associados às fontes de 
exposição e vias de exposição presentes
4
• Avaliação do risco biológico
• Estimativa do risco conforme matriz de risco
5
• Análise crítica da eficácia das medidas implantadas
• Monitoramento: indicadores de exposição e adoecimento
Gradação de Probabilidade – Avaliações Qualitativas
Nível Controle Existente Medidas de Prevenção
1 Controle excelente Representa a melhor tecnologia ou prática de controle disponível
2 Controle em conformidade legal Controle seguindo as normais legais, mantido adequadamente
3 Controle com pequenas deficiências
Controle adequado com pequenas deficiências na operação ou 
manutenção
4 Controle deficiente Controle incompleto ou com deficiências relevantes
5 Controle inexistente As medidas de controle são inexistentes ou totalmente inadequadas
Fonte: Trivelato 2020 - Apresentação sobre Perigos e Riscos
https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2020/8/fundacentro-realiza-serie-de-webinars-sobre-pgr/trivelato-2020-webinar-3-criterios-e-procedimentos-para-identificar-perigos-e-avaliar-riscos.pdfGradação de Severidade Sugerida para Risco Biológico
Nível Gravidade do Dano Classe de Risco do Agente
1 Lesão leve sem necessidade atenção médica, incômodos ou mal estar 1, 2
2 Lesão ou doenças sérias reversíveis 2
3
Lesão ou doenças críticas irreversíveis que podem limitar a capacidade 
funcional
2, 3
4 Lesão ou doença incapacitante ou mortal 2, 3, 4
5 Mortes ou incapacidades múltiplas (>10) 3, 4
Modificado de: Trivelato 2020 - Apresentação sobre Perigos e Riscos
https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2020/8/fundacentro-realiza-serie-de-webinars-sobre-pgr/trivelato-2020-webinar-3-criterios-e-procedimentos-para-identificar-perigos-e-avaliar-riscos.pdf
Sugestão de Matriz de Risco
Severidade
1 2 3 4 5
Probabilidade
5 5 10 15 20 25
4 4 8 12 16 20
3 3 6 9 12 15
2 2 4 6 8 10
1 1 2 3 4 5
1 - 4 Baixo
5 - 9 Moderado
10 - 12 Alto
15 - 25 Crítico
Modificado de: Trivelato 2020 - Apresentação sobre Perigos e Riscos
https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2020/8/fundacentro-realiza-serie-de-webinars-sobre-pgr/trivelato-2020-webinar-3-criterios-e-procedimentos-para-identificar-perigos-e-avaliar-riscos.pdf
Exemplo
Fonte: https://oglobo.globo.com/epoca/sociedade/frigorifico-nos-eua-vira-foco-de-disseminacao-do-coronavirus-24410639
https://oglobo.globo.com/epoca/sociedade/frigorifico-nos-eua-vira-foco-de-disseminacao-do-coronavirus-24410639
Exemplo
Fonte de exposição Via de exposição Agente provável, classe de risco e 
nível de severidade
Controle existente e 
nível de controle
Risco biológico
Carne (com controle 
de qualidade)
Contato (dérmico) Papilomavírus, classe 2, nível 1 Em conformidade legal, 
nível 2
Nível 2, baixo
Carne (sem controle 
de qualidade)
Contato (dérmico) 1. Papilomavírus, classe 2, nível 1
2. M. bovis, classe 3, nível 3
Deficiente, nível 4 Nível 12, alto
Faca sem 
contaminante 
perigoso
Corte ou perfuração 1. Papilomavírus, classe 2, nível 1
2. Bactérias ambientais 
contaminantes, classe 1, nível 1
Em conformidade legal, 
nível 2
Nível 2, baixo
Faca contaminada Corte ou perfuração 1. Papilomavírus, classe 2, nível 1
2. Bactérias ambientais 
contaminantes, classe 1, nível 1
Deficiente, nível 4 Nível 4, baixo
Pessoas 
aglomeradas
1. Gotículas
2. Aérea
1. Vírus da gripe, classe 2, nível 
2
2. SARS-CoV-2, classe 3, nível 3
Com pequenas 
deficiências, nível 3
Nível 9, moderado
Medidas de Controle
• Hierarquia das medidas de controle
– eliminação da fonte de exposição, do processo ou da atividade
– descontaminação da fonte de exposição
– substituição da fonte de exposição por outra com menor probabilidade de 
acarretar uma exposição
– implantação de um programa de vacinação
– implantação de controles de engenharia que eliminem ou reduzam a 
probabilidade de exposição no trabalho em contato com as fontes de exposição
– implantação de controles administrativos e das práticas de trabalho, incluindo 
capacitação e medidas básicas de higiene pessoal, que eliminem ou reduzam a 
probabilidade de exposição no trabalho em contato com as fontes de exposição
– como último recurso, adoção de vestimentas e equipamentos de proteção 
individual contra os agentes biológicos potencialmente presentes
Medidas de Controle
• Medidas de controle também em relação às seguintes situações de 
trabalho:
– trabalho realizado em ambientes quentes ou úmidos
– atividades que requerem contato constante e prolongado com a água
– condições de trabalho que acarretem irritação e pequenos ferimentos na pele
Indicadores do Risco Biológico
• Indicadores de exposição
– Frequência de acidentes, quantidade de microrganismos no ar, microrganismos em 
superfícies, frequência da limpeza e desinfecção, ocorrência de surtos entre 
pacientes, trabalhadores ou animais
• Indicadores de dano
– Sorologia positiva para doenças, frequência dos CIDs, teste tuberculínico, 
absenteísmo por doenças infecciosas, por sensibilização ou inflamatórias
• Indicadores da efetividade dos controles
– Frequência de situações de risco, conhecimento em biossegurança, análise 
microbiológica de amostras, frequência de higienização das mãos e uso de EPIs, 
consumo de PDS, status vacinal
	Slide 1: Risco Biológico
	Slide 2: Agente Biológico
	Slide 3: Infecção, Doença e outros Conceitos
	Slide 4: Infecção, Doença e outros Conceitos
	Slide 5: Patogenicidade e Virulência
	Slide 6: Microbioma Humano
	Slide 7: Desfechos de uma Infecção
	Slide 8: Infecção ≠ Dano ou Doença
	Slide 9: Interação Agente-Hospedeiro
	Slide 10: Fatores para a Suscetibilidade
	Slide 11: Fatores para a Suscetibilidade
	Slide 12: Exemplo com a covid-19 no HC/SP
	Slide 13: Agente Biológico para o Trabalhador
	Slide 14: Reações de Hipersensibilidade ou Doenças Inflamatórias
	Slide 15: Exemplos de Agentes Biológicos Infecciosos
	Slide 16: Distribuição em Fontes de Exposição Potenciais
	Slide 17: Virulência: Dano após Exposição 
	Slide 18: Características de Agentes Infecciosos
	Slide 19: Agentes Infecciosos em Ambientes de Trabalho
	Slide 20: Classificação de Schilling
	Slide 21: Transmissão de Doença Infecciosa Ocupacional
	Slide 22: Classificação dos Agentes Infecciosos
	Slide 23: Classificação dos Agentes Infecciosos
	Slide 24: Agentes para o PGR
	Slide 25: Trabalhadores sob Risco Potencial
	Slide 26: Trabalhadores sob Risco Potencial
	Slide 27: Trabalhadores sob Risco Potencial
	Slide 28: Trabalhadores sob Risco Potencial
	Slide 29: Vias de Transmissão ou Exposição
	Slide 30: Gotículas ou Aérea?
	Slide 31: Transmissão Aérea – Definição Atualizada
	Slide 32: Exposição e Bloqueio
	Slide 33: Principais Fontes de Exposição
	Slide 34: Principais Fontes de Exposição
	Slide 35: Fontes de Exposição – Exemplos
	Slide 36: Toxoplasmose em Madeireira de Lages/SC 
	Slide 37: Criptococose no CTCE/MT dos Correios
	Slide 38: Neuropatia Inflamatória na Indústria da Carne
	Slide 39: PGR para Riscos Biológicos
	Slide 40: Gradação de Probabilidade – Avaliações Qualitativas
	Slide 41: Gradação de Severidade Sugerida para Risco Biológico
	Slide 42: Sugestão de Matriz de Risco
	Slide 43: Exemplo
	Slide 44: Exemplo
	Slide 45: Medidas de Controle
	Slide 46: Medidas de Controle
	Slide 47: Indicadores do Risco Biológico